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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.034


Conseleite/PR divulga projeção para o leite entregue em novembro

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Novembro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.  

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2023 é de R$ 4,2778/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. 

As informações são do Conseleite-PR.


Arrecadação tem alta real em outubro e soma R$ 215,602 bilhões

Recolhimento de tributos soma R$ 1,907 trilhão no ano

Após quatro meses de queda na comparação anual, a arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu em outubro. O recolhimento de tributos somou R$ 215,602 bilhões no mês passado, um alta real (descontada a inflação) de 0,10% na comparação com o resultado de outubro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$ 205,475 bilhões, em termos nominais.

Em relação a setembro deste ano, a arrecadação cresceu 23,39%. De acordo com a Receita, esse é o melhor resultado para meses de outubro, em termos reais, na série histórica iniciada em 1995.

O Fisco apontou que houve em outubro um crescimento real de 3,28% na arrecadação da Contribuição Previdenciária, em razão do crescimento da massa salarial. O órgão destacou ainda o crescimento real de 8,20% da arrecadação de PIS/Cofins devido ao avanço de vendas e de serviços, além da reoneração da gasolina.

Por outro lado, a Receita citou a redução real de 12,98% na arrecadação de IRPJ e CSLL e a queda real de 12,25% nos recolhimentos do balanço trimestral."Ressalta-se que em outubro de 2022 foram registradas arrecadações atípicas, no valor de R$ 3 bilhões", completou o órgão.

De janeiro a outubro de 2023, a arrecadação federal somou R$ 1,907 trilhão. O volume acumulado no ano é o pior para o período desde 2021 (R$ 1,776 trilhão), em valores corrigidos pelo IPCA. O montante representa um recuo real de 0,68% na comparação com os primeiros dez meses de 2022. (Correio do Povo)

Sem aumento de ICMS, Eduardo Leite prevê rever benefícios fiscais

Estudo já foi solicitado à Secretaria da Fazenda

Diante da discussão e pressão de deputados e de empresários contrários ao projeto do Executivo que prevê aumento da alíquota modal do ICMS, o governador Eduardo Leite (PSDB) projeta como alternativa, com a rejeição do texto, a revisão dos benefícios fiscais. Segundo Leite, um estudo já foi solicitado à Secretaria da Fazenda, uma vez que abrange diferentes setores da economia. 

O governador encaminhou há dez dias um projeto de lei à Assembleia Legislativa aumentando a alíquota modal de ICMS dos atuais 17% para 19,5%. A argumentação de Leite é a queda da arrecadação dos bluechips e a perspectiva da aprovação do atual texto da reforma tributária no Congresso. 

Leite disse nao estar preocupado com o impacto político negativo da proposta.  Ao mesmo tempo, considera essa medida a mais "inteligente" no cenário atual. Em função disso, o governador também ressaltou estar otimista com a discussão no Legislativo e a possível aprovação.  Reforçou ainda que  a ausência de receita impactará nos serviços públicos. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat estão entre os vencedores do Carrinho AGAS
As associadas do Sindilat/RS, Cooperativa Santa Clara e Lactalis estão entre os grandes vencedores do tradicional troféu Carrinho AGAS de 2023. A Santa Clara foi reconhecida nas categorias de melhor fornecedor de queijos e de leite, enquanto a Lactalis venceu na de iogurtes nesta 40ª edição da premiação. Promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), a cerimônia de premiação foi realizada no dia 27/11, em Porto Alegre (RS). Ao todo, foram 36 premiados, eleitos por representantes das 250 maiores companhias supermercadistas do Rio Grande do Sul. Na avaliação, foram considerados critérios como share de mercado, cumprimento de prazos de entrega, relacionamento com o varejo, capacidade de inovação e baixos índices de ruptura. (Assessoria de imprensa do SINDILAT *Com informações de agas.com.br)


 

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Porto Alegre, 28 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.033


Guilherme Portella é reeleito no Sindilat e prevê ação conjunta pela competitividade

Em votação na tarde desta terça-feira (28/11), o diretor da Lactalis do Brasil Guilherme Portella foi reconduzido à presidência do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) para o triênio 2024/2026. Atual presidente da entidade, ele foi aclamado em chapa única, que tem Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, como 1º vice-presidente. A nova diretoria ainda conta com Alexandre dos Santos (Deale) como 2º vice-presidente, com Caio Vianna (CCGL) como diretor secretário, e Angelo Sartor (RAR) como diretor tesoureiro. A eleição ocorreu durante a reunião mensal de associados transmitida em formato híbrido da sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS).

Segundo Portella, uma das principais frentes de ação será a busca por maior competitividade para o setor lácteo gaúcho. “Nosso objetivo é manter uma defesa firme das indústrias e cooperativas de leite do Rio Grande do Sul em busca de melhores condições para o desenvolvimento da atividade. Precisamos trabalhar a cadeia de produção junto com as entidades de produtores rurais e Governo em ações que fomentem a produtividade, reduzam custos e aumentem o consumo interno. Dessa forma, em médio prazo, conseguiremos produzir um leite competitivo em escala mundial, aumentando nosso volume de vendas interestaduais e exportações, o que deverá ajudar no desenvolvimento de todo o Estado”, frisou, lembrando que a cadeia leiteira gera renda em 493 dos 497 municípios gaúchos.

Para o executivo, que acompanhou a eleição diretamente de Laval, na França, é essencial que se garanta condições de o setor produtivo manter-se produzindo em igualdade competitiva entre os estados da federação, mas que também ganhe força no mercado internacional, turbinando as exportações hoje ainda incipientes. “Só superaremos o impacto das importações se formos competitivos o suficiente para enfrentar os produtos que vem de fora”, indicou. E disse mais. Portella acredita que o setor lácteo brasileiro tem muito a amadurecer. “Precisamos unir esforços e ganhar competitividade, mas, para isso, precisamos de ações concretas que transformem o esforço produtivo da cadeia em rentabilidade para as indústrias e para o campo”.

Entre as ações práticas a serem implementadas na nova gestão está o aprofundamento de estudos científicos que comprovem que o leite é uma atividade de baixo impacto ambiental e capaz de fixar carbono no solo. “O leite gaúcho tem uma qualidade diferenciada e merece ser reconhecido tanto dentro do Rio Grande do Sul quanto no resto do Brasil e no mundo”, reforçou. (Jardine Comunicação)

                   

Foto: Carolina Jardine 


Conseleite/MG projeta valor de referência do leite a ser pago em dezembro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Novembro de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2023 a ser pago em Outubro/2023. O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2023 a ser pago em Novembro/2023. A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2023 a ser pago em Dezembro/2023. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela.


Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

As informações são do Conseleite-MG.

Farm Kids defendendo a indústria que os criou

“Os líderes não nascem, eles são feitos”, disse certa vez o lendário técnico de futebol americano Vince Lombardi. “E eles são feitos como qualquer outra coisa, através de muito trabalho.”

Não é por acaso que os jovens agricultores costumam ser bons líderes. Eles testemunham habilidades de liderança demonstradas diariamente na fazenda.

Não muito tempo atrás, dois dos meus filhos tiveram a oportunidade de ministrar uma aula de laticínios 'Da fazenda para a comida, para você' na escola secundária do meu filho mais novo, para a aula de artes linguísticas da oitava série. O currículo da turma tem lido O Dilema do Onívoro, que pinta uma história um tanto falsa e muito opinativa de como os alimentos são produzidos. 

Perguntei a Jacob se ele concordava comigo vindo e ensinando esta lição para sua classe, e ele disse com segurança que achava que poderia ensiná-la sozinho. Sua irmã mais velha, Cassie, perguntou se ela poderia ajudar a ensinar também, já que ela não pôde fazer esse workshop quando estava no ensino fundamental, pois era o ano do COVID.

Sabendo o quão impressionáveis são os alunos do ensino médio, peguei meu Rolodex e entrei em contato com a Domino's para me ajudar a contar minha boa história sobre laticínios. Queria unir o cuidado incrível que é necessário na produção dos alimentos que eles comem e, quando se trata de adolescentes, você fala com eles com pizza. Não consegui pensar num parceiro melhor do que a Domino's devido à sua incrível parceria com os produtores de leite.

Observei Cassie e Jacob passarem o dia conversando sobre o conforto das vacas, cuidados com a terra e contando aos alunos como não há antibióticos na carne e no leite que consomem. Isso não era algo para o qual meus filhos realmente tivessem que se preparar. Foi uma conversa natural sobre algo muito próximo de seus corações. Eles até fizeram uma sessão de perguntas e respostas e fizeram perguntas triviais, e todos os alunos ficaram muito envolvidos. 

Muitas vezes penso que nós, produtores de leite, falamos tanto sobre sermos defensores que às vezes nos esquecemos de perguntar se os nossos filhos gostariam de ser defensores de uma indústria que ajudou a criá-los e que eles também aprenderam a amar.

No início de cada aula, os alunos assistiam a uma apresentação de slides de 3 minutos com fotos de nossa família e da fazenda, enquanto tocavam o hit de Luke Bryan, “Hear's to the Farmer”. Todas as crianças estavam sorrindo, mas então olhei para Jacob, cujo sorriso era largo. Ele ficou muito orgulhoso de seus colegas verem de onde ele era. Ele tinha orgulho de ser filho do Fazendeiro. Você sabe do que estou orgulhoso? A capacidade do meu filho de se levantar e dar uma lição com paixão e conhecimento. 

Eu encorajaria mais de vocês a olhar para os líderes natos que ajudaram a criar para ajudar a contar a boa história dos laticínios e a serem defensores da indústria. (Dairy Herd)


Jogo Rápido

Uruguai: captação de leite cresceu 2% em outubro e bateu recorde
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale), 221 milhões de litros de leite foram processados nas diversas plantas industriais em outubro, um volume 2% maior (+5 milhões de litros) em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi também um recorde histórico para outubro, superando o recorde anterior de 220 milhões de litros em 2021. Da mesma forma, a referência conseguiu se recuperar do retrocesso (-1,6%) registrado em setembro na comparação anual, como resultado do impacto da falta de água no início da primavera em várias áreas do país. No acumulado janeiro-outubro, a produção de leite acumula uma taxa de expansão de 1%, enquanto nos 12 meses até outubro atinge 2.106 milhões de litros (+1%). (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 27 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.032


Crise do leite pode mudar forma como produtores e indústria fazem negócios

Leite - A produção de leite no país carece de políticas públicas de longo prazo, que aumentem a previsibilidade do negócio, avalia Caio Rivetti, vice-presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg). Por incrível que pareça, a atual crise pode ter dado o empurrão que faltava para o segmento.

Segundo Rivetti, a forte queda dos preços no campo obrigou produtores rurais e representantes da indústria a sentarem para discutir o problema e traçar caminhos para interromper ciclos ruins cada vez mais frequentes.

A volatilidade é intrínseca à atividade. Mas esta ocorreu em meio a um monte de coisas e problemas externos [ao setor]”, afirma Rivetti, que mantém 60 vacas em lactação, produzindo diariamente 900 litros, no município de Guaranésia. Ele fala com propriedade: desistiu da atividade em 2009 porque a conta não fechava, mas retornou em 2013.

Rivetti afirma que o setor ainda é desorganizado e desunido.

O produtor vê a indústria como inimigo, mas quando ele bate na indústria, ela bate de volta

Não é bom para ninguém. A crise fez todo mundo sentar para encontrar uma solução conjunta”, diz.

Um dos pontos que precisa mudar é a previsibilidade dos preços ao produtor. “Ainda tem fazenda que só vai saber o preço do leite 60 dias depois de entregar. Existe na legislação a obrigação de os laticínios falarem o preço antes do início do mês. Mas, no Brasil, tem leis que pegam e outras que não”, afirma.

Rivetti fornece leite exclusivamente à Danone Brasil, que mantém os produtores informados sobre os preços com antecedência, além de fazer contratos de médio e longo prazo.

Ano passado, quando o preço estava subindo, o produtor não queria fazer contrato. Agora, reclama que a indústria não quer. Eu [se eu fosse a indústria] também não iria querer”, afirma

Redução de produtores

O pecuarista Maurício Coelho, de Passos (MG), concorda que a relação do produtor com a indústria precisa avançar. “Boas empresas, dos dois lados, precisam ter visão de parceria de longo prazo. O setor ainda é desunido, e tem muito oportunismo. Produtor que não cria relacionamento e não entende que está ruim para todo mundo”, afirma.

Coelho diz que a crise deve enxugar o número de produtores no país, tirando do jogo principalmente aqueles que deixaram de investir por não acreditar na atividade. “Eles têm sistemas de produção desatualizados e não conseguem mais acompanhar”, afirma.

Segundo o produtor, vão sobrar apenas os produtores mais eficientes — e eficiência não é determinada, necessariamente, pelo tamanho da fazenda, afirma. Coelho tem 2 mil vacas em lactação, produzindo 50 mil litros por dia. A produção média, de 25 litros, supera em muito a média nacional, de 6 litros.

Diante da debandada de produtores, Coelho projeta uma queda na captação de leite, que pode provocar uma reação nos preços ao longo de toda a cadeia no próximo ano. “Crise não dura para sempre, e as consequências desta vão vir muito rápido”, afirma. (Fonte: Globo Rural)


Sinais de que a demanda da China por lácteos está se recuperando

Todos os meses, o Milk Monitor mergulha na indústria de laticínios e nos dá informações sobre o bom, o ruim, o feio e tudo mais. O ano está se encerrando, restando mais três leilões do Global Dairy Trade para 2023.

Os preços caíram 0,7% após o leilão de 8 de novembro e 2,7% para o leite em pó integral, encerrando a sequência de quatro altas consecutivas. O economista sênior de agro da Westpac, Nathan Penny, diz que, nessa perspectiva, os preços deveriam ter uma pausa.

Os preços do leite em pó integral subiram 20% nesse período, embora com uma queda acentuada. Após a queda de 8 de novembro, eles moderaram esse aumento para 17%. Penny diz que há sinais de que a demanda na China está se recuperando. 

Os dados econômicos recentes têm sido mais positivos do que o esperado, então isso pode se traduzir em maior demanda ao longo do tempo. Além disso, os Contratos 4 e 5 de leite em pó integral (para entrega em quatro e cinco meses) foram 8% e 9% maiores, respectivamente, do que o Contrato 1. 

"Este é o sinal mais claro até agora de que a retirada da tarifa de 10% a partir de janeiro impulsionará a demanda chinesa", diz ele no Agri Update do banco.

A Fonterra deixou sua previsão de preços do leite para 2023-2024 inalterada em sua reunião anual de meados de novembro – NZ$ 6,50-NZ$ 8 por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,53-NZ$ 0,66 (US$ 0,32 - US$ 0,40) por quilo de leite] com um ponto médio de NZ$ 7,25 por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,60 (US$ 0,36) por quilo de leite].

Isso reflete a contínua redução da demanda por leite em pó integral, embora tenha havido um fortalecimento nos preços recentemente à medida que a dinâmica de oferta e demanda melhora, disse o presidente-executivo da Fonterra, Miles Hurrell, em seu discurso na reunião.

"Prevê-se que a produção de leite da Nova Zelândia seja levemente menor do que na temporada passada, enquanto o crescimento agregado do leite nos principais mercados de exportação também deve ficar abaixo da média. Do lado da demanda, ainda não está claro se a demanda mais forte vista nos recentes eventos do Global Dairy Trade será sustentada, então estamos cautelosos em nossas perspectivas."

Ele reconheceu que o forte resultado financeiro apresentado pela cooperativa foi devido à queda do preço do leite devido à redução da demanda e que os produtores estão enfrentando pressão dos altos custos de insumos.

Os olhos agora estarão voltados para o quão seco o país ficará até dezembro. Tem sido uma primavera razoavelmente decente até agora, com a chuva chegando nos momentos certos para manter o pasto crescendo após o inverno frio e úmido. Penny diz que a produção da primavera começou com firmeza, indicando que isso pode explicar a recente queda de preços, com a produção subindo 1,3% em comparação com setembro do ano passado.

"Os mercados de lácteos já vinham considerando o risco de seca devido ao padrão climático El Niño. Em nossa opinião, isso foi exagerado, já que os lençóis freáticos da Nova Zelândia são geralmente muito altos e a maioria dos agricultores tem bastante ração disponível. Isso ajudará a mitigar ou atenuar qualquer impacto da seca. Além disso, esperamos uma produção firme contínua em termos de variação anual durante o restante da primavera", diz ele.

Há também um sinal positivo para os preços dos fertilizantes, com a estabilidade de preços esperada para o início do Ano Novo, embora com um alerta sobre o conflito em Israel. O analista agrícola do Rabobank para insumos agrícolas, Vitor Pistóia, diz na atualização de novembro do banco que há um pequeno potencial de baixa nesse mercado, supondo que não haja interrupção das cadeias de suprimentos ou dos preços do petróleo bruto da guerra Israel-Hamas.

"Para os próximos cinco meses, prevemos que os preços internacionais da ureia caiam 11% em termos de dólar em comparação com o período entre novembro de 2022 e março de 2023, com os preços do fosfato diamônico (DAP) caindo 26% e o potássio caindo 41%." Em termos de dólar, isso equivale a 4%, 19% e 35% para ureia, DAP e potássio, respectivamente, diz ele.

Mas fundamental para que esses preços permaneçam baixos é o que acontecerá na guerra Israel-Hamas. O conflito está longe de onde Israel extrai fosfato e potássio e não houve suspensão da atividade portuária até agora, disse ele.

"Não só o fornecimento de fertilizantes está ameaçado, mas também petróleo bruto e gás natural e, portanto, fertilizantes nitrogenados. O Egito é um ator pesado neste setor. Uma escalada de conflito envolvendo o Egito viraria o mercado."

As informações são do Farmers Weekly, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Produção de Leite no Nordeste: Uma Ascensão Impressionante

Leite no Nordeste - Nos últimos três anos, a região Nordeste tem solidificado sua presença no mapa leiteiro do Brasil. Os números revelam um aumento significativo na produção, com a Bahia se destacando como líder regional.

Detalhando o Crescimento

Ao analisar a produção de leite na região Nordeste, nota-se um crescimento robusto:

Em 2020, a produção na Região Nordeste foi de 4.558.992 litros de leite. Já no ano seguinte, 2021, houve um aumento notável para 4.985.741 litros. E o crescimento não parou por aí: em 2022, a produção alcançou impressionantes 5.223.391 litros.

Os Grandes Produtores do Nordeste

Em 2022, no Nordeste, a Bahia liderou a produção de leite com 1.278.109 litros, seguida por Pernambuco com 1.178.998 litros e pelo Ceará, que produziu 1.063.705 litros.

O Rebanho Nordestino em Expansão

O crescimento na produção de leite está diretamente relacionado à expansão do rebanho na região.

Paralelamente ao aumento na produção, o número de vacas ordenhadas também demonstrou crescimento. Em 2020, foram ordenhadas 3.308.399 vacas. O ano de 2021 viu esse número subir para 3.557.503, e em 2022, a contagem chegou a 3.710.840 vacas ordenhadas.

Análise da Produtividade

Assim como a produção e o rebanho tenham crescido, a produtividade média, expressa em litros por vaca por ano, apresentou melhoras significativas.

Em 2020, os registros apontavam uma produtividade de 1.378 (litros/vaca/ano) , no entanto, 2021 viu esse número crescer, atingindo 1.401,5 (litros/vaca/ano). Mantendo esse crescente, em 2022, houve mais uma elevação nos dados apresentados, com a produtividade chegando em 1.407,6 (litros/vaca/ano).

A região Nordeste demonstra, através de seus números, a capacidade de crescimento e adaptação no setor leiteiro. Com investimentos contínuos e uma visão estratégica, o Nordeste pode se consolidar ainda mais como um dos principais polos produtores de leite do país.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Whey protein fermentado para prevenção da atrofia muscular
Estudiosos destacaram as propriedades do whey protein fermentado, mediado por Lactobacillus gasseri IM13, na prevenção da atrofia muscular induzida pela dexametasona. Isso significa que, ao impulsionar a formação muscular, promover a síntese proteica e desencadear processos benéficos como autofagia, o whey protein fermentado revelou ser um aliado promissor na preservação da massa muscular.  (Fonte: BEBA MAIS LEITE - ESTUDO: Preventive effect of fermented whey protein mediated by Lactobacillus gasseri IM13 via the PI3K/AKT/FOXO patwhway in muscle atrophy. 2023; p. 1-14. DOI:Preventive effect of fermented whey protein mediated by Lactobacillus gasseri IM13 via the PI3K/AKT/FOXO pathway in muscle atrophy)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.031


Conseleite SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Novembro de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Outubro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


EMATER: Informativo Conjuntural 1.790

BOVINOCULTURA DE LEITE:

O tempo chuvoso resultou em excesso de umidade nas pastagens, além de acúmulo  de barro nos locais de trânsito e ao redor das instalações. Para evitar danos às pastagens,  muitos produtores mantiveram as matrizes nos locais mais altos e aumentaram a oferta de alimentos concentrados. A rotina de ordenha foi impactada, exigindo mais tempo para a higienização dos tetos, consequentemente aumentando a chance de contaminação do leite.  Continua o controle de ectoparasitas, havendo aumento considerável na presença de mosca, berne e carrapato.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições de produção foram mais favoráveis durante o período com menor volume de chuvas, embora persista a presença significativa de barro nos potreiros planos e nos corredores de acesso. 

O volume entregue pelos produtores teve uma redução principalmente devido à queda na qualidade da dieta das matrizes, composta principalmente por azevém em final de ciclo, campo nativo e feno. Muitas propriedades não possuem mais silagem de milho em razão da quebra da safra, causada pela estiagem. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos animais ainda é mantida; há estabilidade no estado corporal e ausência de restrições alimentares. Apesar das adversidades  ocasionadas pelas chuvas, a qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pela legislação. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas reduziu o tempo efetivo de pastejo e prejudicou o manejo dos rebanhos, refletindo na produção de leite. 

Na de Frederico  Westphalen, a umidade elevada prejudicou o manejo dos animais no pasto e nas 
proximidades das instalações ao dificultar o deslocamento dos animais e o manejo de ordenha. 

Na de Ijuí, os dias chuvosos se tornaram obstáculos para a produção nos sistemas de pasto em função das adversidades no manejo, diminuindo a produção por animal. Nos sistemas confinados, a produção permanece estável.

Na de Passo Fundo, os animais mantêm o volume de produção e escore corporal estáveis; dedica-se atenção especial à saúde do úbere devido ao excesso de barro e umidade. 

Na de Pelotas, a semana foi caracterizada por chuva e vários dias nublados, impedindo o manejo das pastagens de verão. O foco dos produtores está no nascimento dos terneiros e na secagem das vacas.
Na de Soledade, as pastagens perenes de verão estão sendo utilizadas como fonte de forragem em diversas propriedades para minimizar o déficit forrageiro na primavera. No entanto, o crescimento dessas plantas ainda não atinge níveis satisfatórios em decorrência da limitação de radiação solar, que afeta a produção de matéria seca. 

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/11/2023:

A projeção para a próxima semana novamente mostra chuva em todo o RS. Na sexta-feira (24) e sábado (25), o tempo seco, com ligeira elevação da temperatura, predominará em todo o Estado. No domingo (26), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá maior variação de nuvens, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva nas Missões, Alto Uruguai e no Planalto. Na segunda (27) e terça-feira (28), a aproximação de uma nova área de baixa pressão deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Na quarta-feira (29), o ingresso de ar úmido e quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores superiores a 30 °C na maioria das regiões. Os totais previstos deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 35 mm e, somente nas Missões e Alto Uruguai, os valores poderão alcançar 60 mm em diversas localidades.

As informações são da Emater e da SEAPI, adaptadas pelo SINDILAT/RS

Produção Leiteira na Região Centro-Oeste: Desafios e Potenciais

Produção Leiteira - O Centro-Oeste, região estratégica para o agronegócio brasileiro, tem se mostrado como um importante player no cenário da produção leiteira. Nos últimos anos, enquanto a produção total tem apresentado uma leve retração, o rebanho e a produtividade têm crescido, revelando um panorama cheio de nuances.

Tendências Recentes na Produção de Leite
Em 2020, a produção de leite da Região Centro-Oeste foi de 4.113.109 litros. No entanto, essa marca sofreu uma diminuição em 2021, com a produção registrando 3.984.020 litros. A tendência de queda persistiu em 2022, com a produção caindo para 3.815.968 litros.

Líderes na Produção Leiteira
Quando olhamos para os estados que mais se destacaram na produção de leite em 2022, Goiás surge como o principal produtor, com expressivos 1.742.203 litros. Em seguida, temos Mato Grosso, com uma contribuição de 291.677 litros, e Mato Grosso do Sul, com 159.749 litros. Estes estados, em conjunto, mostram a capacidade e o potencial leiteiro da região.

O Crescimento do Rebanho Leiteiro
No que se refere ao número de vacas ordenhadas, os dados também apresentam um decréscimo. Em 2020, 2.433.227 vacas foram ordenhadas na região. Esse número sofreu uma queda em 2021, totalizando 2.316.116 vacas ordenhadas. A redução continuou em 2022, com 2.208.629 vacas.

Produtividade em Ascensão
O Centro-Oeste tem mostrado uma melhoria na produtividade média por vaca ao longo dos anos. Em 2020, cada vaca produzia, em média, 1690,4 litros de leite. No ano subsequente, esse número subiu para 1720,1 litros e, em 2022, a produtividade alcançou 1727,8 litros por vaca ao ano. Esse crescimento sugere a adoção de práticas mais eficientes e um manejo mais especializado na região.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

Leite argentino ganha espaço em supermercados do Brasil
Falamos sobre a crise do leite, que afeta produtores de várias regiões do Brasil. A invasão do produto importado dos vizinhos do Mercosul tem chegado às gôndolas de supermercados até mesmo no nordeste. Sobre esse assunto, a gente conversou com o especialista em agronegócio de leite e derivados e pesquisador da Embrapa, Paulo do Carmo Martins. Assista aqui. (AgroMais)


 

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Porto Alegre, 23 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.030


Divulgados os finalistas do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Reunida na tarde desta quinta-feira (23/11), a Comissão Julgadora do 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo anunciou os finalistas das categorias Impresso, Online e Eletrônico. O grupo foi composto pelos jornalistas Antônio Goulart (Associação Riograndense de Imprensa - ARI), Viviane Finkielsztejn (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS - SindJoRS), Gerson Raugust (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - Farsul), Eduardo Oliveira (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - Fetag-RS) e pelas representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. 

“Os trabalhos estão apresentando para o público o quanto é difícil produzir, o quanto é importante a cadeia leiteira para o Estado e o quanto os produtores estão precisando de um olhar governamental para manter a atividade leiteira. São necessárias políticas públicas para manter os produtores na atividade”, assinalou Eduardo Oliveira, coordenador da Comissão Julgadora.

Os vencedores serão conhecidos durante a tradicional cerimônia de premiação que será realizada em Porto Alegre (RS), no dia 14/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus.  

O prêmio instituído pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat/RS) reconhece as reportagens que evidenciam o setor lácteo. No total, foram 53 trabalhos inscritos, distribuídos nas três categorias.  

O volume de inscrições é o maior já registrado na premiação que chegará em 2024 a sua 10ª edição. “Além da grande quantidade de produções na área e no setor do leite, observamos uma altíssima qualidade, com abordagens contundentes e diversificadas que fazem jus a esta cadeia tão presente os gaúchos, e ao leite, este produto tão nobre na alimentação”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat. 

Categoria Impresso 

Jornalista: Ana Esteves
Trabalho: Setor lácteo gaúcho luta para reverter prejuízos
Veículo: Jornal do Comércio

Jornalista: Itamar Pelizzaro
Trabalho: Fundos agropecuários públicos em xeque
Veículo: Correio do Povo

Jornalista: Susana Leite
Trabalho: Pecuária de precisão eleva rendimento no setor leiteiro
Veículo: NH

Categoria Online

Jornalista: Julio Huber
Trabalho: Produzir leite sem emitir carbono é a meta de pecuaristas brasileiros
Veículo: Revista Negócio Rural

Jornalista: Marcelo Gonzatto
Trabalho: Preço baixo e dificuldade de produção ampliam debandada do setor leiteiro
Veículo: Zero Hora/GZH

Jornalista: Tamires Ribeiro
Trabalho: RS desponta na produção de leite com carbono neutro
Veículo:  Folha de S.Paulo

Categoria Eletrônico

Jornalista: Bruno Faustino
Trabalho: A busca por um "LEITE VERDE"
Veículo: TV Cultura

Jornalista: Cid Martins
Trabalho: 10 anos da primeira operação contra a fraude no leite: o crime não compensa
Veículo: Rádio Gaúcha 

Jornalista: Eliza Maliszewski
Trabalho: Dez anos após "Operação Leite Compensado" proteína gaúcha é uma das mais seguras
Veículo: Canal Rural

Fonte: Jardine Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS


China – Mercado internacional
 
China – A China é um mercado relevante para o Uruguai. Divulgamos o boletim de Comércio Exterior de Lácteos da China com os principais dados.
 
Até setembro, houve aumento das importações de leite em pó desnatado, queijos e soros. E, queda nas compras de fórmulas infantis, leite em pó integral, leite e cremes frescos.
 
O produto que mais cresceu foi o queijo (representou 8% do total das importações em dólares) e o que mais decresceu foi o leite em pó integral, que representa 16% das importações em valores.
 
O Uruguai é o terceiro maior exportador de leite em pó integral (1%) para a China, enquanto a Nova Zelândia é o maior fornecedor, não somente de leite em pó integral, mas também de leite em pó desnatado, queijos, leite e cremes frescos. 
 


 
Fonte: Inale – Tradução livre: www.terraviva.com.br

ICMS: duas visões sobre o possível aumento da carga tributária no RS

Artur Lemos e Gilberto Porcello Petry argumentam a favor e contra a alta da alíquota

O projeto de lei que propõe majoração da carga tributária de ICMS de 17% para 19,5%, apresentado pelo governador Eduardo Leite, deve ser votado ainda neste ano pela Assembleia Legislativa. Em regime de urgência, a proposta passa a trancar a pauta de votações a partir do dia 17 de dezembro. O governo do Estado defende que, sem a elevação, o RS perderá receitas relevantes no futuro, afetando custeio e investimentos. Entidades empresariais garantem que a alta da alíquota prejudica a geração de empregos e enfraquece as indústrias locais.  GZH oferece ao leitor duas visões sobre a possível mudança na tributação. 

Artur Lemos: ajustar o ICMS é olhar para o futuro

Por Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil do governo do RS

Este é um governo que tem compromisso com o futuro do Estado, dos gaúchos e dos que aqui escolheram morar ou trabalhar. Sendo assim, não pode deixar de colocar em debate o ajuste nas alíquotas do ICMS.

No passado recente, o Rio Grande do Sul precisou elevar percentuais do tributo para fechar as contas, o que pode sugerir que a proposta atual tem o mesmo sentido. Mas não é isso.

O caminho, agora, é para não ficarmos atrás em relação a outros Estados na divisão do novo tributo, denominado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A partir da implementação da reforma tributária, quem arrecadar menos entre 2024 e 2028 receberá, pelos próximos 50 anos, uma fatia menor na futura divisão do bolo tributário.

Se nada for feito, se adotarmos a cômoda posição de deixar os outros decidirem ou de evitar medidas impopulares, as futuras gerações serão prejudicadas pela menor disponibilidade de recursos para o funcionamento do Estado.

Ninguém gosta de propor ajuste de tributação, mas a responsabilidade com o futuro nos impõe a coragem e a transparência de não sermos demagógicos e populistas agora
No Norte e no Nordeste, governadores já anunciaram elevação de alíquotas para não correrem o risco de ter uma receita menor nas próximas décadas.

E está falando uma gestão que baixou o ICMS de forma responsável, passando a alíquota modal de 18% para 17%, umas das menores do Brasil, além de diminuir em telecomunicações, energia e combustíveis.

O RS, que já teve participação de 7% na arrecadação total desse imposto no país, está com 5,9%. Prova clara de que reduzimos o peso do tributo na vida dos gaúchos. Agora, por uma ação que nada tem a ver com a administração estadual, precisamos retomar os níveis históricos de participação no recolhimento total do ICMS.

Se ficar tudo como está, em 25 anos o Rio Grande do Sul deixará de ter arrecadado R$ 110 bilhões para custeio da máquina pública e investimentos. É preciso agir para que não apenas esta gestão, mas também as próximas não fiquem com menos recursos em caixa.

É importante destacar que os valores que o Rio Grande do Sul deixar de receber serão divididos entre os outros Estados. Não se trata apenas de perder recursos, mas de ficarmos muito menos competitivos dentro da Federação.

Ninguém gosta de propor ajuste de tributação, mas a responsabilidade com o futuro nos impõe a coragem e a transparência de não sermos demagógicos e populistas agora. Com essa postura, agimos para que nossos filhos e netos não paguem uma conta muito maior lá na frente, sem ter um instrumento para virar o jogo porque o imposto com gerenciamento do governo estadual deixará de existir.

Gilberto Porcello Petry: O custo de produzir no RS

Por Gilberto Porcello Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul

A função social dos tributos é indiscutível enquanto respondam às necessidades e demandas dos contribuintes. No entanto, há que se ter um equilíbrio entre a carga tributária estadual e as características locais, que podem gerar vantagens ou desvantagens comparativas ao setor industrial. Tal como existe no âmbito nacional o denominado “Custo Brasil”, temos que considerar o “Custo RS”.

Trata-se do custo adicional de produção aqui no Rio Grande do Sul em relação a outros Estados. No setor industrial gaúcho, a razão entre o custo de produção e a receita líquida de vendas é de 64,9%, o maior percentual entre os Estados mais industrializados e muito acima da média nacional de 57%.

A economia gaúcha tem características próprias que precisam ser levadas em conta. A primeira delas é a fatalidade geográfica, que nos distancia dos grandes centros compradores e fornecedores de insumos. Essa barreira impõe gastos de logística bem superiores a outros Estados. E ainda somos um dos poucos Estados que mantêm o piso regional acima do salário mínimo nacional.

Temos também grandes problemas conjunturais, muitos deles vinculados à agroindústria, vulnerável às condições climáticas, que, bem sabemos, estão oscilando entre estiagens e inundações. Outros fatores ainda estão presentes e a todo momento se refletem nas estatísticas.

A proposta de elevação do ICMS irá causar um desequilíbrio que certamente comprometerá toda a economia rio-grandense em 2024
A produção industrial gaúcha, por exemplo, caiu 5,1% neste ano, até setembro, e 7,5 mil empregos foram fechados nos últimos 12 meses. O Rio Grande do Sul foi o segundo pior Estado na produção fabril em nove meses de 2023. O primeiro foi o Ceará. Ainda deve-se levar em conta o alto custo burocrático do nosso sistema fiscal.

O aumento da carga tributária gaúcha também representará uma redução do poder aquisitivo dos consumidores, estreitando o mercado local e gerando inflação. A proposta de elevação do ICMS, portanto, irá causar um desequilíbrio que certamente comprometerá toda a economia rio-grandense em 2024.

O cenário de incertezas, aliado aos custos operacionais elevados e à carga tributária já existente, pode levar a uma redução ainda maior nos investimentos do setor industrial, impactando o crescimento econômico e a geração de empregos.

Por essas razões e considerações, temos a expectativa de que os deputados avaliem o contexto da proposta de elevação da alíquota do ICMS e decidam o que entenderem mais adequado para o Rio Grande do Sul.

As informações são de GZH


Jogo Rápido

Live - Perspectivas para a Agropecuária Chinesa nos Próximos Dez Anos
Em 2023 foi realizada a "China Agricultural Conference" evento onde são apresentadas as perspectivas agrícolas chinesas para os próximos dez anos. Neste webinar foi discutido os principais apontamentos e tendências publicadas no China Agricultural Outlook 2023-2032, visando evidenciar os principais impactos para a agropecuária brasileira. Participantes: Moderador: Pedro Rodrigues - Assessor de Relações Internacionais da CNA. Luiz Augusto de Castro Neves - Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China - CEBC. Inty Mendoza - Chefe do Escritório da Cna em Xangai. Assista clicando aqui. (CNA)


 

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Porto Alegre, 21 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.028


Crise argentina pode dificultar corte das retenciones no agro

A retirada da tributação sobre as exportações do agronegócio – as chamadas retenciones –, uma forte bandeira do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, não deve ser tão simples quanto prometido. Mergulhado em uma dívida externa de US$ 276 bilhões, com reservas negativas de US% 15,3 bilhões e uma inflação que pode chegar a quase 190% até o final de 2023, o governo local tem nesses impostos uma importante fonte de receita. E o impasse na solução desse imbróglio econômico já faz balançar o mercado internacional de grãos.

A avaliação é do diretor da Brasoja Agro Corretora, Antonio Sartori. “A situação no país vizinho é caótica. E Javier Milei venceu com um discurso de zerar a alíquota das retenciones em cinco anos. E de, nesse mesmo intervalo, dobrar a produção agrícola. Mas cada grão de soja embarcado reverte 33% do valor para os cofres públicos. Outras culturas têm alíquotas menores. Mas é difícil o governo abrir mão desse recurso”, analisa.

A medida seria importante para o agronegócio argentino, que poderia ganhar em tecnologia e produtividade com o aumento da renda dos produtores rurais e o investimento nas propriedades. Mas as entidades do agro estão apreensivas com o que pode, de fato, se tornar a política econômica do futuro governo. “Todos querem uma única cotação para o dólar. Mas hoje há nove cepas para a moeda americana: para a soja, para o turismo, o dólar blue (uma cotação paralela do peso negociada por cambistas dentro do país), o oficial, entre outras. O futuro é uma caixa de surpresas”, acrescenta o dirigente da Brasoja.

Sartori vê a alta de quase 25 pontos na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (20) como mais um reflexo das incertezas quanto à oferta mundial de soja, comodity que tem na Argentina um dos maiores produtores do mundo. Segundo ele, questões políticas, geopolíticas e especulativas já estão estabelecendo um ambiente de retenção da soja nas mãos dos produtores na Argentina e no Brasil.

“Os efeitos exacerbados do El Niño na América Latina criam um cenário de incertezas no campo. Calor extremo em algumas regiões, matando as plantas queimadas, e chuvas excessivas em outras, impedindo a semeadura ou afogando as mudas. O mercado está em alta e, nessa situação, ninguém quer vender”, completa.

Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, acredita que Milei não deverá manter o subsídio aos locais – medida que, segundo ele, teria sido usada com fins eleitoreiros para potencializar a campanha do candidato derrotado Sergio Massa. “Essa retirada já traria um certo equilíbrio na relação de preços entre o produto nacional e o argentino, que vem sendo derramado em enorme volume no País, desafogando nossos produtores. Queremos acreditar que seja um governo que respeite as regras do Mercosul e que subsídios só possam ser concedidos em comum acordo entre os países do bloco”.

Palharini lembra, porém, das dificuldades econômicas da Argentina e a escassez de dólares. E que isso pode pesar na hora de o novo comando da Casa Rosada definir como tratar o tema.

Já para o presidente da Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul, Fabio Ciocca, a fala de Javier Milei após a confirmação da vitória nas urnas já foi mais ponderada e pragmática, mostrando preocupação com o que ele próprio chamou de “uma nova Argentina”. De acordo com o dirigente, com um discurso efusivo, Milei demonstrou a necessidade de um trabalho conjunto entre as lideranças políticas e o setor privado.

Ciocca avalia que ocorrerá o enxugamento da máquina, com cortes importantes nos gastos públicos, para retomar o equilíbrio fiscal, a fim de restaurar décadas de deterioração econômica. E que questões que gravitam em torno da dolarização, do fechamento do Banco Central, da saída da Argentina do Mercosul, serão bastante complexas para o futuro presidente, pois necessitam do aval do Congresso, onde ele não terá maioria. Ele espera uma política de governo menos intervencionista, impulsionada à abertura de mercado, sem barreiras tarifárias e não tarifárias, o que fortalecerá as negociações com os principais parceiros comerciais”.

Segundo o dirigente, mesmo com fatores conjunturais adversos, Brasil e Argentina têm características tradicionais que podem oportunizar vantagem comparativa no intercâmbio comercial. “Ambos podem ser atores importantes na cadeia global, pois são grandes produtores de alimentos e necessitam trabalhar em conjunto questões relacionadas à segurança alimentar, assim como necessitam figurar como atores na segurança energética e na transição para uma economia verde”. (Jornal do Comércio)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado SINDILAT/RS

Com capacitação, pecuaristas multiplicam por quatro a produção de leite

Programa Balde Cheio, da Embrapa, atende a mais de 3 mil criadores de gado leiteiro

A capacitação técnica continuada e as melhorias aplicadas na produção de leite geraram uma verdadeira “mudança de chave” na gestão da Agropecuária Saint Expedit, em Porto Nacional (TO).

A produtora Ingergleice Abreu diz que as melhorias na rotina da produção não demandam investimentos tão altos, mas que o retorno é positivo. “A ideia é otimizar o processo com o menor custo possível”, afirmou.

Ela é uma das mais de três mil pessoas atendidas pelo programa Balde Cheio, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fazenda recebe consultoria do programa há três anos. Algumas atividades foram corrigidas nesse período. Animais que antes eram descartados passaram a receber um manejo mais eficiente e se tornaram produtivos.

“Aprendemos que, com medidas simples, podemos oferecer maior conforto ao animal, o que deixou o rebanho mais produtivo”, relatou.

O Balde Cheio tem 247 técnicos em 375 municípios de 18 Estados do país. Com a assistência do programa, pecuaristas conseguem até quadruplicar a produção leiteira. Enquanto a média geral brasileira é de 1.180 litros de leite por hectare ao ano, as propriedades integrantes da iniciativa têm produtividade de 4.485 litros por hectare.

Um relatório mostrou que cada R$ 1 investido reverte R$ 44,41 em benefícios para a sociedade, com base em valores corrigidos em IGP-DI entre 2003 e 2022. No período, o investimento da Embrapa na manutenção do programa foi de R$ 53 milhões, resultando em um ganho de produtividade equivalente a R$ 941 milhões em valores atuais. A taxa de retorno é de 1.148%.

“Analisamos tudo que foi gerado gasto, considerando o aumento de produtividade. Comparamos a produtividade dos produtores assistidos pelo programa Balde Cheio com a produtividade média de cada região de produtores que não são assistidos, e foram descontados os custos de implantação, de uso da tecnologia, de investimentos feitos pela Embrapa”, disse o coordenador do Balde Cheio, André Novo, que também é chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste.

Enquanto a produção de leite média no país é de menos de 100 litros por dia, cerca de 75% das propriedades que participam do programa produzem mais que o dobro. “Independentemente da produtividade inicial ou da região, a aplicação de tecnologias adequadas para cada estágio multiplicou por três ou quatro vezes”, destacou Novo. São cerca de 79,3 mil hectares atendidos pelo programa no país.

A maior produtividade nessas fazendas é fruto de várias tecnologias e conceitos utilizados de forma customizada para os pecuaristas, como sanidade animal, bem-estar, gerenciamento, irrigação, manejo intensivo de pastagens, estruturação de rebanhos, eficiência na reprodução e preservação ambiental.

De acordo com a Embrapa, a aplicação da metodologia do Balde Cheio propicia aumento da produtividade e da renda, em função da intensificação e das melhorias nos sistemas de produção com sustentabilidade. O programa foi criado em 1998 para melhorar o desempenho da pecuária leiteira do país, com base na adoção de ferramentas de gerenciamento das propriedades e tecnificação dos processos de acordo com a realidade de cada produtor.

A iniciativa capacita profissionais da assistência, extensão rural e pecuaristas em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais. É uma rede de formação contínua, na qual as propriedades funcionam como “salas de aula”.

Ainda conforme a Embrapa, o conjunto de práticas preconizado pela iniciativa também contribui para a sustentabilidade ambiental. Os resultados já podem ser vistos nas nascentes preservadas e nos cursos de água descontaminados. Os efeitos das mudanças climáticas, como a ocorrência de secas, também diminuíram nas propriedades participantes do programa.

Em algumas propriedades, houve aumento das áreas de sombra com plantio de árvores. Pecuaristas de Tocantins e Pará abandonaram o uso da queima anual das pastagens. Com o manejo, os animais deixaram de pisotear margens de cursos d’água, o que contribuiu para a preservação e redução do assoreamento. Em São Paulo e Rondônia foi possível irrigar os pastos.

O conjunto de práticas previsto na metodologia permitiu ainda conter a pressão pela abertura de novas áreas para pastagens, diz a Embrapa. André Novo, coordenador do Balde Cheio, disse que as parcerias são vitais para o programa. No ano passado, foram 99. São laticínios, cooperativas, associações de produtores, órgãos públicos e privados de extensão rural, ONGs, bancos, prefeituras, agências e entidades do sistema “S” que atuam junto à Embrapa para disseminar as técnicas para a cadeia leiteira nacional.

Recentemente, o governo criou um grupo interministerial para elaborar um novo programa para aumentar a competitividade da cadeia leiteira nacional, diante de uma crise de custos e preços agravada pela importação de lácteos, segundo o setor. (Globo Rural Via Valor)


Jogo Rápido

Diálogo Setorial - Discussão da proposta de RDC após análise das contribuições recebidas durante o período de consulta pública (CP 1.158/2023) 
O diálogo setorial, a realizar-se no dia 23/11, das 9:30 às 12:30, via teams, com o objetivo de apresentar e discutir a proposta de RDC que dispõe sobre a comprovação de segurança e a autorização de uso dos novos alimentos e novos ingredientes de que trata a CP 1.158/2023. Não é necessário confirmar participação. Incentivamos o compartilhamento do link com os interessados. O encontro virtual será realizado na Plataforma Microsoft Teams e os participantes deverão acessar o link na data e horário informados:  Data: 23/11/2023 | Horário: 9h30 às 12h30 | Link de acesso: Clique para ingressar na reunião. (ANVISA) 


 

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Porto Alegre, 17 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.025



ÚLTIMA CHAMADA: Encerram nesta sexta-feira as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
 
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha finaliza amanhã (17/11) as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. 
 
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.
 
A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
 
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
 
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 
Quais os valores pessoais motivam o consumo de iogurtes saudáveis?
 
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) buscou compreender como os valores pessoais influenciam os consumidores de iogurtes saudáveis. Os resultados revelaram que existem três perfis de consumo orientados por valores distintos:
 
● os universalistas, que se preocupam não apenas com a sua própria saúde, mas também com o bem-estar animal;
● os entusiastas, que valorizam o prestígio e a aparência física;
● e os conscientizados, que têm como objetivo principal a segurança pessoal e a saúde.
 
Embora cada segmento tenha motivações e preferências semelhantes em relação a algumas características do produto e à percepção dos seus benefícios, cada um desses três grupos é orientado por valores pessoais distintos. De acordo com a pesquisa, os universalistas valorizam a ausência de ingredientes de origem animal e veem essa escolha como uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Os entusiastas veem os iogurtes saudáveis como uma forma de melhorar a estética do corpo e buscam informações nutricionais que possam contribuir para esse objetivo. Os conscientizados procuram informações nutricionais nos iogurtes e valorizam a presença de frutas, textura e sabor semelhantes aos iogurtes convencionais.
 
 
Esse trabalho, fundamentado na Teoria de Valores Básicos Humanos e na Teoria da Cadeia Meios-Fim, utilizou a técnica de coleta e análise de dados conhecida como Laddering. Ele contou com a participação de 60 consumidores desse tipo de bebida, divididos em três grupos: os que tomavam iogurtes veganos, proteicos e sem lactose. Esses participantes foram selecionados com base em critérios como: consumo regular de um desses produtos, idade mínima de 18 anos, e experiência acima de seis meses com esse alimento. Os entrevistados responderam a perguntas que identificaram características consideradas importantes dessa bebida, apontando os efeitos percebidos pela ingestão regular dela.
De acordo com os autores do estudo, entender como os valores pessoais influenciam a escolha por iogurtes saudáveis pode auxiliar os gestores de empresas no desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes e na criação de produtos que atendam às necessidades e expectativas dos compradores. Além disso, alterações no design das embalagens, destacando os componentes nutricionais e características desejadas desses produtos, podem fortalecer a percepção positiva dos consumidores.
 
Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento de como as características de um produto se relacionam com a autopercepção do consumidor. “Cada um desses segmentos de consumo tem uma linha de raciocínio própria, o que possibilita oportunidades de criação de conteúdo de acordo com as premissas e com as crenças desses consumidores”, afirma o pesquisador Alberdan Teodoro. Tal descoberta abre caminho para novas pesquisas nessa área e dialoga com a literatura de marketing e de comportamento do consumidor.
 
O trabalho completo foi publicado na Revista Brasileira de Marketing - ReMark, com o título “Motivações no consumo de iogurtes saudáveis: um estudo baseado na teoria dos valores básicos humanos”. Os autores são Alberdan José da Silva Teodoro, mestre em Administração do Departamento de Administração e Economia (DAE), Daniel Carvalho de Rezende, professor do DAE, Luiz Henrique de Barros Vilas Boas, professor do DAE, e Américo Pierangeli Costa, doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e hoje professor na Universidade de Brasília.
 
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.
 
As informações são da UFLA

Jogo Rápido

Marca de Raul Randon vira restaurante
A abertura da Spaccio RAR Gramado já tem data marcada. Em 20 de novembro, a nova unidade da marca criada por Raul Anselmo Randon - daí as iniciais - abrirá as portas de seu empório gastronômico, assim como o serviço de distribuição de produtos para hotéis, restaurantes e pequenos varejistas locais. A unidade, com 65 metros quadrados, fica na Avenida Borges de Medeiros, no bairro Floresta. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e nos sábados das 10h às 17h. Segundo Carolina Porsch, proprietária da loja, haverá distribuição ainda para Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha, Taquara, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Esse será ainda o ponto de partida para outro empreendimento, uma trattoria italiana que usará produtos RAR nos pratos. A abertura está prevista para janeiro de 2024. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre, 20 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.027


Produtores de leite devem ficar atentos à onda de calor

A onda de calor que vem atingindo vários estados brasileiros traz um alerta para cuidados com a hidratação, saúde e bem-estar. Isso vale também para os animais. Em bovinos, por exemplo, o estresse térmico pode causar alterações na frequência respiratória (respiração ofegante), redução na ingestão de matéria seca (menor busca por consumo de alimentos) e, consequente, queda na produção de leite.

O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Adriano de Souza Guimarães, dá dicas que podem ajudar a diminuir o estresse térmico e dar mais conforto ao gado neste período de temperaturas extremas. O primeiro ponto é a oferta de água, nutriente essencial para a vida humana, animal e vegetal.

“A água deve ser ofertada em quantidade e qualidade”, destaca o pesquisador, lembrando que a necessidade de água varia em função de aspectos intrínsecos como raça, idade, lactação, sexo, alimentação, dentre outros. “Vacas maiores bebem mais água, pois ingerem maior quantidade de alimento. Animais taurinos bebem mais água que os zebuínos (mais adaptados às condições tropicais). Vacas em lactação têm maior exigência hídrica, pois perdem mais água nos processos de secreção do leite e ordenha. Vacas gestantes necessitam de mais água do que novilhas e vacas secas, por exemplo”.

As temperaturas muito acima do normal e a baixa umidade do ar, características da onda de calor também interferem na necessidade de água pelos animais. “Em situações de estresse térmico, o gasto energético dos animais é maior na tentativa de dissipar o calor. Por características de fermentação e fisiologia do rúmen é comum que os bovinos optem por água em temperaturas mais altas (a literatura aponta entre 25ºC e 30ºC) e tendem a reduzir o consumo em temperaturas inferiores a 15ºC, mas, em períodos atípicos, como este que estamos vivenciando, a água um pouco mais fresca, seguramente vai ajudar a amenizar o estresse por calor”, informa o pesquisador.

Adriano Guimarães ressalta a importância de se reduzir o deslocamento do animal na busca por hidratação. “O ideal é que haja bebedouros em diferentes pontos, como nas salas de espera, na saída da sala de ordenha, corredores, currais de alimentação (pista de trato) e piquetes. Também é preciso pensar na higienização dos bebedouros. Já existem mecanismos de drenagem bem eficientes e práticos, como os cochos d’água basculantes para facilitar esse trabalho de limpeza”, acrescenta.

Medidas
Outras maneiras de se garantir o conforto animal diante das altas temperaturas são: proteger os animais do sol, pela opção por locais sombreados, de forma natural (árvores) ou artificial (sombrites); o uso de mecanismos de ventilação e de aspersão (ex. na sala de espera ou linha de cocho) e ou em salas de resfriamento, prática comum em sistemas de confinamento mais tecnificados.

“Pequenas mudanças na rotina de alimentação podem ainda contribuir para amenizar os impactos negativos do estresse calórico de bovinos no que se refere ao desempenho animal. Dividir porções, ou seja, fracionar a dieta ao longo do dia (ofertando mais vezes) tende a reduzir as oscilações de consumo alimentar do rebanho”, completa Adriano Guimarães.

As informações são do Diário do comércio, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Produção de Leite na Região Sul: Uma Visão Abrangente

Produção de Leite - A região Sul, conhecida por sua tradição agropecuária, tem vivenciado variações no setor leiteiro nos últimos três anos. A produção de leite, o tamanho do rebanho e a produtividade são fatores que demonstram a complexidade e o dinamismo desse segmento na região.

Evolução da Produção ao Longo dos Anos

Em 2020, os produtores da Região Sul registraram uma produção de 12.058.038 litros de leite. No ano seguinte, em 2021, esse número apresentou uma ligeira queda, totalizando 11.977.983 litros. O decréscimo continuou, embora de forma sutil, em 2022, quando a produção alcançou 11.695.873 litros. Mesmo que a diminuição não seja drástica, ela reflete desafios enfrentados pelos produtores, que podem estar relacionados a diversos fatores, desde questões climáticas até aspectos econômicos e de manejo.

Destaque dos Estados Produtores

Dentre os estados da região Sul, o Paraná se destacou em 2022 como o maior produtor, com uma expressiva marca de 4.472.406 litros. O Rio Grande do Sul não ficou muito atrás, contribuindo com 4.070.650 litros, enquanto Santa Catarina completou o trio com uma produção de 3.152.817 litros. Juntos, esses estados representam a força leiteira da região Sul.

Dinâmica do Rebanho Leiteiro

Quando olhamos para o número de vacas ordenhadas, a tendência também é de retração. Em 2020, foram ordenhadas 3.300.322 vacas. Esse total sofreu uma diminuição em 2021, com 3.231.455 vacas ordenhadas. Em 2022, o número reduziu ainda mais, chegando a 3.142.536. A redução no rebanho ordenhado pode ser um dos reflexos – e talvez uma das causas – da queda na produção de leite.

A Ascensão na Produtividade

Um ponto de destaque é a produtividade média por vaca, que tem mostrado uma tendência ascendente ao longo dos anos. Em 2020, foi registrada uma produtividade de 3653,6 litros por vaca. No ano seguinte, houve um aumento para 3706,6 litros. E em 2022, esse número cresceu ainda mais, chegando a 3721,8 litros por vaca ao ano. Esse padrão ascendente reflete possivelmente a adoção de melhores práticas, tecnologias e manejo no setor.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br

Go: governo propõe FCO especial para cadeia do leite

Com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva do leite em Goiás, o Governo Estadual propôs ao Ministério do Desenvolvimento Regional a criação de uma linha de crédito específica dentro do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) externo para a bovinocultura leiteira. O FCO Leite visa oferecer taxas de juros mais baixas e um período de carência mais longo para pagamento, concentrando-se em financiar projetos que enfatizem o aprimoramento genético dos rebanhos.

A proposta para a criação do FCO Leite está sob análise do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão responsável pela gestão do FCO. Segundo a sugestão, esta nova linha de crédito terá taxas de juros equivalentes ao FCO Verde, aproximadamente 7% ao ano, e um prazo de pagamento de até 15 anos, incluindo uma carência de quatro anos, período não incluído na quitação do financiamento. Além disso, a proposta contempla uma taxa de juros zerada para aquisição de material genético.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destaca: “Nosso foco principal é estimular o avanço genético do rebanho leiteiro em Goiás. Já possuímos algumas fazendas que são referências globais em genética avançada. a esse material. Investir em genética de alto nível significa valorizar o nosso produto, seja o leite ou o próprio animal, e isso é crucial para a sustentabilidade da cadeia."

Para viabilizar esses investimentos, aproximadamente R$ 300 milhões dos recursos disponíveis através do FCO já foram reservados para projetos nesse segmento. César Moura, secretário da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), gestor do FCO em Goiás comentou a respeito. "A previsão é atender cerca de 2.500 pequenos produtores goianos com o FCO Leite, uma iniciativa do governador Ronaldo Caiado, que despertou o interesse da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para ampliá-la a todos os estados da região" ressalta o secretário. (AGROLINK)


Jogo Rápido

ÚLTIMAS VAGAS: 2ª edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite está com inscrições abertas
Após grande adesão em sua primeira edição, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com a Univates, lança a segunda edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas. “Tivemos uma turma lotada e estamos registrando uma grande procura pela formação para melhorar a qualidade do leite tanto no setor da indústria quanto nas fazendas. Este curso foi elaborado para formar laboratoristas altamente qualificados e atualizados nas melhores práticas e legislações vigentes”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. Podem participar da formação profissionais da área agropecuária, estudantes em campos relacionados e laboratoristas que desejem aprimorar seus conhecimentos. Para se inscrever é preciso acessar o link. Para mais informações é possível entrar em contato pelo telefone (51) 99614-5442 ou e-mail comercial@univates.br. O curso será realizado nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro, com aulas no formato virtual síncrono e presencial para prática. O conteúdo está baseado na introdução ao setor leiteiro a até metodologias aplicadas nas análises de plataforma, incluindo questões como legislação e boas práticas, aplicação das leis da propriedade à indústria, noções de boas práticas agropecuárias, análises de plataforma, utilização de equipamentos como crioscópio e medidor de densidade relativa, realização de diversos testes como Alizarol, antibióticos, acidez, autonomia em testes e execução de testes aleatórios em amostras de leite para conferir autonomia aos estudantes. (SINDILAT)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.024



ÚLTIMA CHAMADA: Encerram nesta sexta-feira as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
 
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha finaliza amanhã (17/11) as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. 
 
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.
 
A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
 
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
 
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 
Quais os valores pessoais motivam o consumo de iogurtes saudáveis?
 
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) buscou compreender como os valores pessoais influenciam os consumidores de iogurtes saudáveis. Os resultados revelaram que existem três perfis de consumo orientados por valores distintos:
 
● os universalistas, que se preocupam não apenas com a sua própria saúde, mas também com o bem-estar animal;
● os entusiastas, que valorizam o prestígio e a aparência física;
● e os conscientizados, que têm como objetivo principal a segurança pessoal e a saúde.
 
Embora cada segmento tenha motivações e preferências semelhantes em relação a algumas características do produto e à percepção dos seus benefícios, cada um desses três grupos é orientado por valores pessoais distintos. De acordo com a pesquisa, os universalistas valorizam a ausência de ingredientes de origem animal e veem essa escolha como uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Os entusiastas veem os iogurtes saudáveis como uma forma de melhorar a estética do corpo e buscam informações nutricionais que possam contribuir para esse objetivo. Os conscientizados procuram informações nutricionais nos iogurtes e valorizam a presença de frutas, textura e sabor semelhantes aos iogurtes convencionais.
 
 
Esse trabalho, fundamentado na Teoria de Valores Básicos Humanos e na Teoria da Cadeia Meios-Fim, utilizou a técnica de coleta e análise de dados conhecida como Laddering. Ele contou com a participação de 60 consumidores desse tipo de bebida, divididos em três grupos: os que tomavam iogurtes veganos, proteicos e sem lactose. Esses participantes foram selecionados com base em critérios como: consumo regular de um desses produtos, idade mínima de 18 anos, e experiência acima de seis meses com esse alimento. Os entrevistados responderam a perguntas que identificaram características consideradas importantes dessa bebida, apontando os efeitos percebidos pela ingestão regular dela.
De acordo com os autores do estudo, entender como os valores pessoais influenciam a escolha por iogurtes saudáveis pode auxiliar os gestores de empresas no desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes e na criação de produtos que atendam às necessidades e expectativas dos compradores. Além disso, alterações no design das embalagens, destacando os componentes nutricionais e características desejadas desses produtos, podem fortalecer a percepção positiva dos consumidores.
 
Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento de como as características de um produto se relacionam com a autopercepção do consumidor. “Cada um desses segmentos de consumo tem uma linha de raciocínio própria, o que possibilita oportunidades de criação de conteúdo de acordo com as premissas e com as crenças desses consumidores”, afirma o pesquisador Alberdan Teodoro. Tal descoberta abre caminho para novas pesquisas nessa área e dialoga com a literatura de marketing e de comportamento do consumidor.
 
O trabalho completo foi publicado na Revista Brasileira de Marketing - ReMark, com o título “Motivações no consumo de iogurtes saudáveis: um estudo baseado na teoria dos valores básicos humanos”. Os autores são Alberdan José da Silva Teodoro, mestre em Administração do Departamento de Administração e Economia (DAE), Daniel Carvalho de Rezende, professor do DAE, Luiz Henrique de Barros Vilas Boas, professor do DAE, e Américo Pierangeli Costa, doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e hoje professor na Universidade de Brasília.
 
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.
 
As informações são da UFLA

Jogo Rápido

Marca de Raul Randon vira restaurante
A abertura da Spaccio RAR Gramado já tem data marcada. Em 20 de novembro, a nova unidade da marca criada por Raul Anselmo Randon - daí as iniciais - abrirá as portas de seu empório gastronômico, assim como o serviço de distribuição de produtos para hotéis, restaurantes e pequenos varejistas locais. A unidade, com 65 metros quadrados, fica na Avenida Borges de Medeiros, no bairro Floresta. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e nos sábados das 10h às 17h. Segundo Carolina Porsch, proprietária da loja, haverá distribuição ainda para Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha, Taquara, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Esse será ainda o ponto de partida para outro empreendimento, uma trattoria italiana que usará produtos RAR nos pratos. A abertura está prevista para janeiro de 2024. (Zero Hora)