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Porto Alegre, 17 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.802

EUA: exportações de lácteos serão cruciais na próxima década

"Exportar o excedente dos produtos lácteos dos EUA é essencial para os preços do leite", afirmou Marin Bozik a um grupo de 250 produtores de leite e agricultores do Meio-Oeste. Mas ele reconheceu que lidar com as consequências de uma guerra comercial não é fácil. "Quando você vai para uma briga, você sabe que haverá baixas. Nós somos as vítimas. É muito corajoso entrar em uma guerra comercial em um ano eleitoral", continuou.

Bozik, professor associado de economia de marketing de produtos lácteos da Universidade de Minnesota, falou no Dairy Experience Forum, no dia  26 de julho em Bloomington, Minnesota, sobre o comércio de lácteos, questões políticas e oportunidades de demanda. Além de ser diretor associado do Midwest Dairy Foods Research Center, Bozik é um dos oito membros do corpo docente do Programa Nacional de Mercados e Política de Lácteos.

Bozik disse ao público que os concorrentes comerciais dos EUA estão lutando agressivamente por participação de mercado. "Nós não estamos. Estamos renegociando acordos de livre comércio com o México, o Canadá e a Coreia do Sul e travando uma guerra comercial. Nossos concorrentes estão assinando acordos de livre comércio, e nós não". 

Bozik reconheceu que as exportações são arriscadas, porém eles não possuem um programa de gerenciamento de fornecimento de leite, por isso, não há outra alternativa. O economista disse que as exportações são críticas para os preços do leite nos EUA. "Em 2009, estávamos exportando 16% de nosso leite e, até o final de 2009, as exportações caíram para apenas 11% - e todos sabemos o que aconteceu com os preços do leite".

Pelos números
Na última década, as exportações absorveram a maior parte do crescimento da produção de leite dos EUA. De 2007 a 2014, os EUA exportaram 79% do aumento doméstico de lácteos. O que as exportações de produtos lácteos significam para os produtores dos EUA nos próximos 10 anos?

De acordo com Bozik, as exportações de lácteos dos EUA totalizam US$ 5 bilhões por ano, o que representa cerca de 15% da produção de leite dos EUA. "As exportações de lácteos representam uma queda proverbial em comparação com o total das exportações de produtos agrícolas", explicou ele. "As exportações totais agrícolas dos EUA totalizam US$ 161 bilhões por ano. Enquanto as importações agrícolas também estão crescendo, exportamos muito mais produtos do agro do que importamos".  Então, quanto os produtores de leite dos EUA precisam exportar nos próximos 10 anos?

Bozik calcula que existam 9,4 milhões de vacas nos EUA, que permanecem praticamente iguais desde 2000. A vaca média dos EUA produz 23.000 libras (10.400 litros) de leite. Ele projeta que, com vacas produzindo em média 1,2% a mais de leite do que no ano anterior, o rebanho leiteiro dos EUA produzirá 979,75 milhões de quilos a mais de leite este ano do que no ano passado. Em 2016, cada pessoa nos EUA consumiu 250 quilos de equivalentes de leite fluido.

"Não há tendência de aumento no consumo de leite", observou ele. "Enquanto consumimos mais queijo, o consumo de leite fluido está diminuindo. Eu vou assumir que a demanda por leite vai se manter estável nos EUA para a próxima década". Mas as notícias não são todas ruins. Bozik disse que o consumo de gordura está aumentando nos EUA.

"O consumo de gordura do leite foi crescente nos últimos anos", disse ele. "As pessoas estão bebendo leite integral e comendo manteiga e iogurte integral. A pessoa média consome 290 quilos de gordura de leite por ano. Nós realmente não temos que exportar qualquer manteiga. Podemos vender tudo internamente".

No geral, Bozik calcula que os EUA precisarão exportar 6 bilhões de quilos de leite, ou 44% do aumento nacional de lácteos, em cada um dos próximos 10 anos. "É uma quantia considerável", defendeu.

Como resultado, Bozik acredita que haverá muita pressão sobre as fazendas leiteiras de tamanho médio na próxima década. "A lei agrícola de 2018 oferecerá proteção substancial para os produtores de leite que ordenham 300 vacas ou menos", disse ele. "Mas as fazendas de tamanho médio, que possuem entre 500 e 2.000 vacas, estarão sob considerável pressão. Grandes fazendas com 2.000 vacas ou mais ficarão bem devido às vantagens de tamanho e escala". (As informações são do portal American Agriculturist, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Veja como o Brasil aprendeu a produzir mais leite com um rebanho menor

Produção - Mesmo com a redução de animais ordenhados de 12 milhões para 11 milhões na última década, a produção brasileira de leite saltou de 20,567 bilhões de litros em 2006 para 30,114 bilhões no último ano, de acordo com o Censo Agropecuário 2017. De acordo com a pesquisa, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de leite quase dobrou no Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores. O investimento no rebanho foi essencial para essa evolução. Em 2006, os produtores gaúchos declararam produtividade média de 2.500 litros de leite por animal. Onze anos depois, o rendimento quase dobrou, passando para 4.301 litros por vaca. Lideranças do setor acreditam que a demanda da indústria tem papel importante no fomento da produção.

"Dobrar a produção em dez anos é um peso muito forte, tem que ter uma qualidade definida que atenda o mercado, se não nós estaríamos aí com leite sobrando. Eu acho que hoje, se houver uma demanda maior da indústria, o produtor tem condições de atender", afirma o presidente da Comissão de Leite da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues. Em Estrela, município no vale do Taquari, a produtividade cresceu 62%. Na propriedade onde Anderson Wermeier mantêm um pequeno rebanho de gado holandês, o desempenho duplicou, segundo ele, como resultado do melhoramento genético. O produtor conta que foram descartados muitos animais com baixa produtividade e o dinheiro obtido foi investido em exemplares de melhor genética.

A dieta do rebanho também sofreu alterações. Os animais agora dispõem de pastagem melhorada e também recebem, segundo Wermeier, milho, silagem, farelo de soja, sal mineral, bicarbonato, gordura protegida, calcário calcítico. "Teve animal que aumentou em 30% a produtividade", diz. O médico-veterinário Martin Schmachtenberg, que atua como assistente técnico regional da Emater, lembra que cada vaca tem uma necessidade nutricional própria. Observar essa particularidade, acredita, ajuda a garantir o sucesso da produção leiteira. O veterinário afirma que muitos produtores mal sabem quanto cada uma de suas matrizes está produzindo. "Ali nós podemos ter vaca de 30 litros de leite (por dia), podemos ter vacas de 10 litros de leite. Se nós tratarmos as duas vacas pensando que elas são iguais, provavelmente a de 30 litros não vai dar essa litragem e aquela que está produzindo 10 litros tem tendência a engordar e não vai aumentar (a produção)", afirma Schmachtenberg. Vídeo (Canal Rural)

Com apoio da Faep, Nova Zelândia promoverá evento sobre leite no PR

Leite/PR - A Nova Zelândia lidera com folga o mercado internacional de leite. Em 2017, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), o país movimentou US$ 5,6 bilhões, o equivalente a 20,4% de todo o volume mundial. Mesmo somadas, Alemanha (US$ 3 bilhões) e Holanda (US$ 2,5 bilhão), que ocupam as posições seguintes no ranking mundial, não conseguem alcançar os neozelandeses. A nação da Oceania é uma potência global. É nessa esfera internacional de comercialização que a região Sul do Brasil, maior produtor de leite nacional, quer entrar nos próximos anos. A tendência é natural, já que nos últimos 15 anos os bovinocultores de leite paranaenses mais que dobraram sua produção. E o ritmo de crescimento segue acelerado. A partir desse cenário, a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil irá promover um workshop para 150 pessoas em Curitiba, em novembro deste ano. O objetivo é compartilhar com lideranças paranaenses como o país da Oceania conseguiu atingir esse patamar de destaque mundial na cadeia de lácteos. Na programação estarão o embaixador da Nova Zelândia, Chris Langley, e integrantes de empresas de processamento de lácteos do país, além de pesquisadores do setor. A data prevista para o evento é 21 de novembro.

A programação e a data foram definidas em uma reunião promovida na sede da FAEP, em Curitiba, no 15 de agosto. Estiveram presentes no encontro, além de membros da FAEP e da embaixada neozelandesa, representantes da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do Paraná do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Sindicato das Indústrias de Leite (Sindileite) do Paraná, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Sistema Ocepar, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). Na ocasião, a delegação da Nova Zelândia acompanhou uma apresentação do agronegócio paranaense, realizada pelo Departamento Técnico Econômico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR. Após a exposição, o embaixador avaliou que há desafios a serem vencidos pela cadeia, mas enxerga um grande potencial para melhorar a produção, tanto em qualidade quanto em quantidade (confira entrevista do embaixador ao lado).

O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, lembrou que o trabalho da entidade nas últimas décadas contribuiu para colocar o Estado em um nível diferenciado na produção brasileira de leite. Isso faz com que a capital nacional do leite, Castro, nos Campos Gerais, esteja no Paraná, além de produtores de nível internacional espalhados em todo o território estadual. "Tenho certeza que esse trabalho de promover um intercâmbio será de grande valor para melhorar ainda mais a qualidade dos produtos lácteos e nos elevar à condição de exportador de lácteos", disse Meneguette. Leia entrevista com o embaixador no Boletim Informativo. (Agronovas) 

Panamá investe em raça leiteira do Brasil
Investimento - Os produtores de leite do Panamá estão investindo na raça brasileira Girolando para melhorar a produção leiteira do país. Por apresentar boa produtividade mesmo em regiões de clima mais quente, como é o caso do Panamá, o Girolando já domina grande parte dos rebanhos panamenhos. O país acaba de sediar o XXIII Congresso Nacional Leiteiro - Produzindo em tempos difíceis, ocorrido nos dias 9 e 10 de agosto, na cidade de David, que contou com palestras técnicas sobre a internacionalização da raça e ferramentas de seleção. "Houve um interesse muito grande dos participantes em relação ao programa de melhoramento genético do Girolando e ao sistema de seleção do Brasil. O Panamá é um mercado com grande potencial e tem importado bastante sêmen de touros Girolando", esclarece o coordenador Operacional do PMGG (Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando), Marcello Cembranelli. Durante o XXIII Congresso Nacional Leiteiro, ele ministrou duas palestras. Na primeira delas, o tema abordado foi sobre o contexto do Girolando no Brasil e a internacionalização da raça. Atualmente, o Girolando é a raça leiteira nacional que mais vende sêmen no Brasil e já conta com um rebanho de animais registrados de quase 1,7 milhão. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando conta com termos de cooperação técnica na área de melhoramento genético com vários países da América Latina. O Panamá em breve assinará o acordo, passando a receber orientação técnica da associação para a seleção do rebanho Girolando. Cembranelli ministrou uma segunda palestra no evento, desta vez o tema foi o uso do controle leiteiro como ferramenta de seleção do rebanho. Os dados coletados pelo serviço de Controle Leiteiro são utilizados na geração das avaliações genéticas dos animais. Segundo dados da Embrapa Gado de Leite, houve um crescente aumento na produção de leite das vacas Girolando nos últimos anos. Enquanto em 2000, a produção era 3.599 kg em até 305 dias no ano (considerando as três primeiras lactações), em 2016, esta produção passou a ser de 5.445 kg no mesmo período, o que representa um incremento de 51,29%, na produção leiteira. Para o coordenador do PMGG, o Panamá já conta com bons exemplares da raça e tem condições de evoluir ainda mais com a adoção de ferramentas de seleção já utilizadas no Brasil. "O Girolando tem muito a contribuir com a pecuária leiteira panamenha, pois é uma raça rústica, bem adaptada aos Trópicos, de menor custo já que não apresenta tantos problemas sanitários como outras raças", diz Cembranelli. O XXIII Congresso Nacional Leiteiro foi promovido pela Associação dos Produtores de Gado Leiteiro do Panamá (Aprogalpa) e teve palestras de especialistas do Chile, Colômbia, Cuba, México e Panamá, além do Brasil. (Compre Rural)

Porto Alegre, 16 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.801

Conseleite SC 

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 16 de Agosto de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Julho de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Agosto de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Faesc)

 
 

Anuário do Leite 2018 é lançado na Agroleite

Anuário do Leite - Ontem foi lançado em Castro-PR, durante a Agroleite, o Anuário Leite 2018. A publicação é oriunda da parceria entre a Embrapa Gado de Leite e a Texto Comunicação Coorporativa e conta com coordenação técnica da pesquisadora Rosângela Zoccal e do jornalista Nelson Renteiro, um dos mais influentes profissionais de imprensa do setor leiteiro no Brasil.

O anuário possui 40 artigos, com diferentes enfoques. Entre os autores estão pesquisadores, jornalistas e técnicos do setor. Segundo Rentero, a publicação é pontual e inédita. "Buscamos associar indicadores e análises que ajudem a compor o perfil da pecuária leiteira, considerada uma das mais complexas atividades do agronegócio", afirma.

Alguns artigos e reportagens contidos no anuário trazem informações sobre aspectos econômicos do setor, avaliando custos, margens e preços nos últimos meses. No cenário mundial, a publicação apresenta indicadores de várias partes do mundo. Outros artigos abordam as novidades da pesquisa agropecuária em bovinocultura de leite.

O Anuário traz ainda duas entrevistas exclusivas, com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, e com o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Eles falam sobre o atual momento da cadeia produtiva do leite no país.

O lançamento do Anuário ocorreu num dos maiores eventos do setor na América Latina, realizado no município de maior expressão nacional em produção de leite. Castro é a cidade com a maior produtividade leiteira do país. São 7.478 litros/vaca/ano. Número muito superior à média brasileira (1.709 litros) e de países especializados como Argentina, Uruguai ou Nova Zelândia.

Além da versão imprensa, a publicação está disponível em versão digital, no site da Embrapa Gado de Leite. Para ter acesso ao Anuário Leite 2018, clique aqui. (Embrapa)

 

Fazendas inteligentes alimentadas por TIC para impulsionar a produção de leite

Fazendas Inteligentes - A aplicação da tecnologia de informação e comunicação (TIC) transformou as fazendas tradicionais em fazendas inteligentes, impulsionando o setor lácteo. A Internet of Things (IoT), o uso de dados e a robótica estão melhorando a eficiência e a produtividade no gerenciamento de fazendas.

Especialistas globais em tecnologias agrícolas inteligentes compartilharão seus conhecimentos no World Dairy Summit da FIL/IDF em Daejeon, Coreia do Sul, de 15 a 19 de outubro de 2018.
O Dr. Hen Honig da 'Organização de Pesquisa Agrícola', no Volcani Centre, em Israel, discutirá a utilidade dos biossensores em fazendas leiteiras em uma sessão especial sobre TIC Inteligente em Fazendas de leite em 17 de outubro.

"Os biossensores são úteis em todos os aspectos dos laticínios, incluindo o monitoramento das condições fisiológicas e sua saúde geral", disse o Dr. Honig. "Existem muitos tipos de biossensores disponíveis no mercado hoje, com perspectivas interessantes de crescimento no futuro".

O Sr. Timo Joosten da 'Leyly International', na França, discutirá o uso da robótica em fazendas de leite para sistemas automáticos de ordenha e alimentação. A IoT e a computação em nuvem, que foram integradas à agricultura inteligente, beneficiam os produtores de leite japoneses. Soichio Honda, da 'Farm Note', do Japão, vai se concentrar na integração de TICs para avançar nos processos de automação e controle. O uso de Big Data para saúde e bem-estar animal será abordado pela Sra. Marion Carrier, da 'CybeleTech', na França, com o Dr. Luis Tedeschi, da 'Texas A & M University', dos EUA, falando sobre modelagem e agricultura de precisão.

"À medida que a integração entre agricultura de precisão e modelagem computacional se torna realidade, a lucratividade máxima de uma fazenda de gado leiteiro é alcançada, otimizando o desempenho individual das vacas leiteiras ao ponto de que o bem-estar animal e a produtividade sejam incorporados aos sistemas de apoio à tomada de decisões", disse Tedeschi.

A Dra. Laurence Shalloo da 'Teagasc', na Irlanda, ressalta a importância da integração de dados em tecnologias de precisão, na agricultura, para aumentar a eficiência, a qualidade do produto e a redução do impacto ambiental.

"As tecnologias de precisão orientadas por soluções podem oferecer benefícios reais em lucratividade, sustentabilidade e resiliência por meio do fornecimento de soluções de gerenciamento informadas em tempo real para o produtor", afirmou Shalloo. A Diretora-Geral da FIL/IDF, Caroline Emond, disse que há muito a ser aprendido na pecuária inteligente, que impulsionará o crescimento dos negócios para o futuro em um ambiente comercial competitivo global.

"As tecnologias agrícolas inteligentes podem dar às fazendas de leite uma vantagem comparativa ao maximizar a produção por meio de monitoramento e adaptação", disse Emond.

Clique aqui para baixar o programa em português do World Dairy Summit 2018 da FIL/IDF.
Para mais detalhes sobre o evento, acesse https://filbrasil.org.br/eventos/world-dairy-summit-2018/. (FIL/IDF - Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

 

Alta nos preços do iogurte natural no atacado

A baixa demanda na primeira quinzena de agosto impôs pressão de baixa no mercado de lácteos. A exceção ficou por conta do iogurte natural que teve valorização nesse período.

Segundo o levantamento da Scot Consultoria, no atacado, na primeira quinzena de agosto o iogurte natural subiu 2,2% frente a quinzena anterior. O retorno às aulas escolares colabora com este aumento. (SCOT CONSULTORIA)

Leite: ordenha robotizada aumenta em até 15% a produção por animal
Ordenha - A ordenha robotizada registra aumentos de até 15% na produção de leite por animal. De acordo com o gerente nacional de vendas da Lely América Latina, João Vicente Pedreira, é necessário um investimento de cerca de R$ 700 mil para adquirir uma máquina que realiza essa função. Vídeo (Canal Rural)

Porto Alegre, 15 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.800

Solo de qualidade auxilia na engorda do rebanho e na produção do leite

Solo de qualidade - Pastagens nutridas com cálcio e enxofre podem representar ganho de peso e massa seca, resultando em até dois litros de leite a mais na produção. O investimento em uma pastagem de qualidade tende a garantir a rentabilidade da pecuária, mesmo em momentos de aperto econômico.  Seja na engorda do rebanho ou na qualidade do leite, uma boa estratégia pode iniciar já nas características nutricionais que contém o solo onde a atividade agrícola é desenvolvida.

De acordo com o agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva, se o objetivo for criar um gado de boa qualidade, o investimento no solo é estritamente necessário, uma vez que ele vai oferecer a base nutricional da pastagem. "É um processo de transferência, onde a partir de um solo equilibrado o produtor terá uma pastagem mais nutritiva e, por consequência, um reflexo na qualidade e produção do leite e também na engorda dos animais", destaca.

O especialista explica que o segredo está na área explorada pela raiz da planta no solo. Reforça que fertilizantes minerais à base de sulfato de cálcio granulado são fonte de cálcio e enxofre solúveis e auxiliam muito no aumento do tamanho e profundidade da raiz, com consequente aumento da capacidade de absorver água e, assim, melhorar a produtividade. Além disso, sobre as culturas consorciadas aveia mais azevém, típicas pastagens de inverno nos campos gaúchos e catarinenses, Silva e Silva cita um estudo desenvolvido em parceria com a Seeds Pesquisa Agrícola, no qual se verifica um incremento de 42 kg/ha de massa seca e 195 kg/ha de massa fresca, podendo chegar a níveis de 763 kg/ha de massa seca e 7.741 kg/ha de massa fresca.

Essa estratégia foi adotada na propriedade do produtor Júnior Debiase, no município de Quilombo, em Santa Catarina, e já rendeu bons resultados. Debiase atingiu um incremento de 30% na produção de tifton (usada principalmente para pastagens gerenciadas e para feno), após a aplicação de sulfato de cálcio granulado. "Antes de eu usar eu fazia 400 fardos/hectare em média, depois foi para 600 fardos em média. A qualidade da planta ficou bem melhor e a área mais uniforme. Um resultado excelente para quem tem gado leiteiro na propriedade", conta o produtor. 

Outro exemplo de resultados positivos com a adoção de sulfato de cálcio na pastagem vem do Rio Grande do Sul, na região da grande Passo Fundo. "Temos relatos de produtores que aplicaram o sulfato de cálcio granulado na pastagem de inverno, como a aveia, e comprovam o resultado positivo na planta pelo incremento de fitomassa ao sistema e, além disso, o solo fica solto mesmo com o pisoteio dos animais. Outra região que tem colhido os bons resultados no tifton e milho silagem é a de Lajeado, onde a integração lavoura e pecuária é marcante", destaca Silva e Silva, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense líder no fornecimento de sulfato de cálcio. (Mapa)

Piracanjuba é a empresa destaque no segmento de Leite e Derivados no Brasil

Referência no segmento lácteo brasileiro, a Piracanjuba comemora mais um importante reconhecimento. A marca foi eleita como destaque no segmento de Leite e Derivados (segmento Agronegócio), de acordo com o Anuário Melhores & Maiores, da Revista EXAME. O ranking foi divulgado na segunda-feira (13/08), em São Paulo, na Sala São Paulo, em evento que reuniu autoridades, formadores de opiniões e líderes de várias empresas do país.

"Esse reconhecimento só reforça que estamos no caminho certo, lançando tendências, de modo a atender cada vez melhor as necessidades dos nossos consumidores e clientes", comemora o Diretor Comercial da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo.

A Piracanjuba também figurou entre as 1000 Maiores Empresas Por Venda, Melhores no Setor de Bens de Consumo e também entre as 100 Maiores da Região Centro Oeste. "O avanço deve-se aos contínuos investimentos em inovação, tecnologia e expansões fabris, que permitiram à empresa ampliar o volume de vendas e o mix de produtos, que hoje já é comercializado de norte a sul do Brasil", finaliza o Diretor.

Sobre a pesquisa
A 45ª edição do especial Melhores & Maiores da Revista EXAME identificou, em 20 setores da economia, as empresas que obtiveram sucesso na condução de seus negócios e na disputa de mercado com as concorrentes no ano que passou, comparativamente ao exercício anterior.
O critério para essa avaliação é realizado por meio de uma comparação dos resultados obtidos em termos de crescimento, rentabilidade, saúde financeira, participação de mercado e produtividade por empregado. Para chegar à lista final, foram avaliados balanços de 3 mil companhias.

Sobre a Piracanjuba
Com 63 anos de mercado e ocupando a posição de 12ª marca mais presente nos lares de todo o país, a Piracanjuba preza pela qualidade e por oferecer produtos que encantem os consumidores. A história, que começou em 1955, apresenta, ao longo do tempo, marcos importantes, com lançamentos de produtos nutritivos, pioneiros e inovadores. As bebidas lácteas com cereais e os produtos zero lactose para pessoas com intolerância à lactose são alguns dos exemplos e fornecem ainda mais praticidade aos consumidores. Com isso, a marca tem trabalhado para se antecipar às tendências e agradar com qualidade. 

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 130 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, Chocobom e Viva Bem. Os itens são comercializados em todas as regiões do Brasil. A empresa reúne cinco Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Dr. Maurício Cardoso (RS), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 5 milhões de litros de leite por dia, mobilizando 2,5 mil colaboradores diretos. A empresa é uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil e tem recebido importantes premiações e reconhecimentos nacionais e internacionais relacionados à marca Piracanjuba, aos produtos e à gestão, fundamentada em valores sólidos, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. (Cartão de Visita)

Com join venture, Fonterra entra no mercado lácteo indiano

A Fonterra entrou no mercado indiano de lácteos em parceria com a empresa de bens de consumo Future Consumer Ltd, também indiana, para criar uma nova joint venture no país. Chamada de Fonterra Future Dairy Partners, a joint venture produzirá uma série de produtos lácteos para os setores de consumo e serviços de alimentação, que atenderão à crescente demanda por produtos lácteos dos consumidores indianos. De acordo com o comunicado divulgado pela Fonterra, a parceria foi estabelecida para atender às necessidades dos jovens consumidores indianos, que desejam consumir produtos lácteos nutritivos e de alta qualidade. A Future Consumer faz parte do Future Group, que opera mais de 2.000 pontos de venda modernos e 5.000 pontos de distribuição públicos em toda a Índia, e o Future Consumer pretende lançar 1.100 lojas de varejo este ano.

Segundo Lukas Paravicini, diretor de operações, consumo global e serviço de alimentação da Fonterra, a parceria permitirá à empresa preparar as bases e aproveitar ao máximo a experiência de entrarem no maior e mais rápido mercado de lácteos do mundo. "Nos próximos sete anos, a demanda dos consumidores por lácteos na Índia deve aumentar em 82 bilhões de litros - sete vezes o crescimento previsto para a China. A parceria será impulsionada pelo crescimento por meio da lucratividade. Os estágios iniciais da parceria se concentrarão no desenvolvimento de produtos e no marketing, com o investimento de capital correto feito durante esse período. Os primeiros produtos de consumo serão lançados em meados de 2019, usando leite local e lácteos da Nova Zelândia. Também usaremos esse tempo para nos instalarmos na infraestrutura da parceria, aprender sobre o mercado e priorizar geografias."

"O consumo de leite e outros produtos lácteos na Índia está aumentando e continuará recebendo forte demanda", acrescentou Kishore Biyani, diretor executivo do grupo Future Group. "Com a Fonterra, a Future Consumer aprimorará seu portfólio de alimentos e FMCG (sigla do Inglês Fast-moving consumer goods - ou bens de grande consumo), oferecendo uma variedade de produtos lácteos com alta demanda e consumidos diariamente". 

Ashni Biyani, diretor-gerente da Future Consumer, concluiu: "Como uma empresa que representa o FMCG 2.0, a Future Consumer está comprometida em fornecer não apenas os melhores, mas também os mais recentes alimentos e outros produtos consumidos diariamente. Estamos muito satisfeitos em fazer parceria com a Fonterra, que lidera globalmente a indústria de lácteos em qualidade e inovação. Por meio dessa parceria, poderemos alcançar nossos clientes diariamente com produtos lácteos de qualidade". (As informações são do portal FoodBev, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


EUA: planta de queijo e soro de leite será construída em Michigan
A Glanbia Nutritionals, a Dairy Farmers of America (DFA) e a Select Milk Producers revelaram planos para criar uma nova unidade de produção de queijo e soro de leite no valor de US$ 470 milhões nos EUA. Localizado em St. Johns, Michigan, o local processará 3,63 milhões de quilos de leite por dia em uma variedade de produtos de queijo e soro para os mercados dos EUA e internacional, empregando aproximadamente 250 funcionários na produção. As três empresas também anunciaram que foi alcançado um acordo com a Proliant Dairy Ingredients, para processar o permeado de soro do leite. A Proliant investirá US$ 85 milhões em uma instalação adjacente, criando até 38 empregos. Os parceiros acrescentaram que a planta em St. Johns atende aos principais critérios de seleção em termos de localização estratégica em relação à oferta de leite, fortes conexões de transporte, um ambiente de negócios positivo e disponibilidade de mão de obra. A Glanbia, a DFA e a Select colaboraram com as autoridades estaduais para tratar de questões como custo, infraestrutura e planejamento, a fim de finalizar a decisão. De acordo com o CEO da Glanbia Nutritionals, Brian Phelan, a finalização do local ideal é um passo crítico na jornada para entregar uma nova e ultramoderna fábrica de laticínios em Michigan. "Queremos agradecer às autoridades estaduais e municipais por seu apoio contínuo à medida que avançamos para iniciar a construção o mais rápido possível". "A construção desta fábrica em St. Johns não apenas atenderá a uma necessidade crescente da indústria por capacidade de fabricação de Michigan, mas também agregará valor e apoiará nossas famílias de fazendas locais nesta área", acrescentou o diretor financeiro da DFA, Greg Wickham. Espera-se que a instalação seja finalizada no quarto trimestre de 2020. Vale destacar que no ano passado, a DFA inaugurou uma nova fábrica de ingredientes lácteos localizada no Kansas, com o objetivo de atender a demanda por seus produtos nos EUA e no mundo. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 14 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.799

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 14 de Agosto de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2018, calculados por metodologia definida pelo ConseleiteParaná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2018 é de R$ 2,5509/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Setor prepara exportações

Depois de projetar que o Sul do país responderá por metade da produção do leite brasileiro até 2025, a Aliança Láctea Sul- Brasileira e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) apresentaram ao setor, na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), um projeto-piloto para que as indústrias comecem a se preparar para a exportação, especialmente de leite em pó.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, explica que o plano será repassado aos associados, principalmente às médias empresas que atualmente não vendem para fora do país. "Na medida em que eles começarem a entender melhor o mercado externo, vão se adequando para ter as condições e a competitividade necessárias", diz Guerra.

Por meio das informações da Aliança Láctea, explica Guerra, os laticínios interessados podem ter subsídios sobre o mercado externo, o tipo de embalagens que são demandadas, as questões tributárias para a saída dos produtos, as normas sanitárias, o funcionamento da logística e as oportunidades que existem nos variados países. "O primeiro passo é este, entender para depois vislumbrar as oportunidades. Assim como ocorre com outras proteínas, precisamos nos tornar exportadores", enfatizou o dirigente do Sindilat, ao lembrar que o alto volume de lácteos no mercado interno, concentrado no Sul nos próximos anos, pode levar milhares de famílias à exclusão da atividade.

De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, a região Sul foi escolhida para encabeçar o projeto por apresentar o maior potencial produtivo do país. Dados da Aliança Láctea apontam que os três estados do Sul, juntos, já representam 38% da produção láctea do Brasil, mas concentram apenas 15% da população, o que gera uma preocupação em função do alto estoque de leite. Para o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, o ideal é que, em 2025, 10% da produção do Brasil seja exportada.

Em 2017, o Brasil industrializou 24 bilhões de litros de leite e exportou 23,9 mil toneladas de lácteos, enquanto que importou 103,4 mil toneladas, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). (Correio do Povo) 

A cada dois dias, uma agroindústria gaúcha obtém a regularização das suas atividade

Para conseguir vender o seu produto em todo o Estado, a Cooperativa Sulleite teve de buscar um registro que dependia de aval sanitário, por se tratar de matéria-prima animal. O processo levou quatro anos até cumprir as exigências legais e a tramitação nos órgãos públicos municipais e estaduais. A Sulleite contou com um apoio da Emater para estruturar e organizar o processo. "A Emater foi tudo", valoriza o presidente da cooperativa, Carlos Talavera Campos. A empresa de extensão, por meio do Programa de Agroindústria Familiar, vem ajudando associações ligadas à agricultura familiar para atender aos quesitos. 

A coordenadora do programa pela empresa de assistência, a engenheira de alimentos Bruna Bresolin Roldan, diz que o trabalho aumenta a formalização. Em 2018, uma agroindústria obtém registro a cada dois dias úteis. A meta é legalizar 130 empreendimentos este ano. O programa fornece assistência técnica gratuita para projetos financeiros, legalização sanitária e ambiental e para montar tabelas nutricionais dos produtos. São informações que também auxiliam na busca de linhas de crédito. Hoje existem mais de 3,1 mil famílias cadastradas e mais de 1,15 mil agroindústrias. Em 2017, 149 agroindústrias foram registradas, enquanto a meta era de 120. 

"O primeiro passo é cadastrar a família ou da cooperativa. É exigido talão de produtor", explica Bruna. O registro permite que os empreendimentos participem de feiras apoiadas pelo Estado, como a Expointer e Expodireto. 

O maior obstáculo para venda estadual é atender aos requisitos sanitários. Produtos de origem animal precisam passar por inspeção. O caminho inicial é passar pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Depois é possível migrar para o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susafi), criado em 2012 e que promove a equivalência entre as autorizações municipal e estadual. 

Poucas cidades conseguiram a adesão, pois as prefeituras precisam passar por auditoria da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para comprovar se os processos e procedimentos de inspeção e fiscalização seguem o padrão estadual. Recen-temente, decreto estadual facilitou a adesão ao Susaf, dispensando a auditoria. A agroindústria deve enviar os documentos da inspeção municipal. Se tudo estiver dentro das exigências, é feita a adesão ao sistema, que permite vender fora da localidade. (Jornal do Comércio) 


Produção de leite aumenta depois da instalação de colchões para vacas descansarem
Colchões para vacas - A produção de leite aumentou em uma propriedade rural de Medianeira, no oeste do Paraná, depois que colchões foram instalados para que as vacas passem o dia mais confortáveis, descansando. Assista ao vídeo. O casal Assir e Vaneide Rosso contou que a ideia de investir no bem-estar animal partiu do filho, que estava estudando zootecnia. As vacas da propriedade ficam confinadas em um espaço que foi adaptado pela família para receber os colchões. O sistema foi implantado há quatro anos e os produtores de leite conta que, um mês depois, cada animal começou a produzir, em média, dez litros de leite a mais por dia. A propriedade tem 22 vacas e produz, atualmente, 500 litros de leite diariamente. O custo para a instalação dos colchões foi de R$ 1,3 mil por animal. O material foi comprado na cidade e, sobre o colchão, foi colocado um tapete que protege a espuma. (G1/PR)

Porto Alegre, 13 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.798

Avançam as discussões sobre projeto-piloto de exportação de lácteos 


Crédito: Camila Silva

Representantes do setor lácteo deram continuidade às discussões que visam fomentar as exportações de leite em pó. O encontro, realizado na sede do Sindilat, contou com a participação da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e de integrantes da Aliança Láctea Sul-Brasileira. A ideia é avançar em um projeto-piloto para as indústrias de laticínios do país ganharem mercado internacional.

Na oportunidade, o consultor Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, apresentou o projeto CNA/Aliança Láctea: Exportação de Leite em Pó, plano que sugere a ação que deve ser adotada pelas indústrias para ganhar mercado, as adequações necessárias e o preço ideal para competir lá fora. De acordo com Barral, para se tornar competitivo é preciso comercializar o produto brasileiro com preço 7% inferior ao praticado na Oceania, por exemplo. O documento inclui também mecanismos de financiamento de exportação, além dos cálculos de lucros, nos casos em que as operações forem efetuadas.

A aplicabilidade do plano suscitou dúvidas entre os participantes do encontro, tendo em vista que o processo de exportação exige inúmeras modificações processuais por parte da indústria e dos produtores, pois envolve e exige desde treinamento de pessoas até adequação às normas sanitárias dos países para os quais as indústrias desejam exportar.

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a reunião foi um marco e representou a unificação do setor em prol de um objetivo comum. "A pauta de exportação faz parte do planejamento da nossa gestão, essas reuniões são preparatórias para que nossas empresas possam iniciar o processo e entender o mercado externo", ressaltou.

De acordo com o presidente da câmara setorial do leite da CNA, Rodrigo Alvim, a região Sul foi escolhida para encabeçar o projeto por apresentar o maior potencial produtivo do país. Dados da Aliança Láctea apontam que os três estados do Sul, unidos, totalizam 38% da produção láctea do Brasil, percentual que pode chegar a 50% até 2025. Entretanto, a região concentra apenas 15% da população brasileira, o que leva a uma preocupação em função do alto estoque que pode ser gerado nos próximos anos. "Teremos, sim, de escoar tanta produção para o mercado lá fora, caso contrário, haverá muita exclusão no setor. Teremos de escolher quem fica e quem sai da atividade", frisa o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies. O ideal, segundo ele, é que, em 2025, 10% da produção do Brasil seja exportada.

O próximo passo, de acordo com o presidente do Sindilat, é apresentar o projeto- piloto aos associados, prospectando, assim, indústrias interessadas em ingressar no projeto. "É o primeiro passo para a exportação, e as indústrias terão de buscar maneiras de vender excedentes de forma a manter o nosso mercado equilibrado", afirmou.

Uma das principais pautas levantadas pelos participantes foi a necessidade de adequação ao Certificado Sanitário Internacional (CSI), já que países como a Argentina possuem certificações sanitárias específicas. Ou seja, para ingressar naquele mercado, além de obedecer às normas vigentes do Brasil, é necessário atentar para a CSI argentina.  De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, discutir a adequação a essas normas é um dos principais fatores a serem trabalhados nos processos de exportação. O encontro também contou com representantes dos sindicatos das indústrias lácteas de Santa Catarina e do Paraná. 
 
IN 38 - Manifestações extraídas da consulta pública da IN 38, que trata dos regulamentos técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade exigidas para o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite tipo A, foram apresentadas pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Segundo ele, os retornos não estão adequados à realidade do setor no Brasil. Ele citou como exemplo a exigência para o leite cru refrigerado, que, pela IN 38, deve apresentar limite máximo para Contagem Padrão em Placas de até 900.000 UFC/mL. "Não somos contra as exigências, mas elas ainda não são compatíveis com a nossa realidade, precisamos de tempo e de escala para chegarmos lá", disse Guerra.

O presidente do Sindilat considerou necessário um debate mais aprofundado com a área técnica do Ministério da Agricultura para rever o que pede a instrução normativa. "A ideia é que o setor possa aprofundar suas argumentações sobre as novas normas e deixar claro que não somos contra melhorias, mas nossa estrutura atual é que não consegue cumprir o que diz ali", afirmou. Guerra lembrou que o setor não conhece estatísticas de contagem bacteriana, pois as planilhas não são liberadas pelo Mapa. "Temos acesso apenas a amostras individuais repassadas pelos associados", disse. "Se não sei onde estou, como vou saber para onde quero ir", questionou, sobre as exigências da área técnica em torno da IN 38

O presidente da Aliança Láctea, Ronei Volpi, acredita que o tema precisa ser aprofundado em reunião da Câmara Setorial do ministério, em Brasília, para saber se as instituições de defesa acham "factível" o cumprimento da INS 38. Antes disso, no entanto, o grupo pretende formatar uma posição em reunião no dia 21 de agosto, às 10h, na sede da Faesc, em Florianópolis. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

PÃO QUENTE

 

Tem novidade saindo do forno da 41ª Expointer. Depois de aguçar o paladar com o Pub do Queijo, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS) chega à feira deste ano com nova proposta. A Leiteria (Boulevard Quadra 46, no parque Assis Brasil, em Esteio) colocará na vitrine outros produtos do segmento, de leite a iogurtes.

O Pub do Queijo será mantido e funcionará no mesmo espaço. Diferentemente do ano passado, quando o visitante pagava para entrar e podia se servir à vontade, agora o acesso será livre e as pessoas vão desembolsar apenas pelos itens consumidos. Na Leiteria, será possível saborear café da manhã, com promessa de pão (e leite) quentinho.

- A ideia é ter no espaço telões nos quais as pessoas possam ver informações dos processos de industrialização, mostrando o trabalho da indústria e do produtor - explica Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.

A operação da Leiteria ficará com a equipe do Mule Bule. A assinatura do espaço é da Storia Eventos. Depois de passar por período crítico, nos cinco primeiros meses do ano, o setor teve recuperação nos valores do produto em junho e julho, movimento esse que já enfraqueceu um pouco, avalia Guerra. A expectativa é de que o segundo semestre seja de recuperação, principalmente porque os últimos seis meses de 2017 foram de resultados considerados muito ruins. (Zero Hora)

 

Sulleite venderá doce de leite em todo o Estado

O dono da gelateria Quati, Fernando Campello, não precisa mais percorrer os mil quilômetros em rodovias entre ida e volta de Porto Alegre a Santa Vitória do Palmar, na Zona Sul do Rio Grande do Sul e quase na fronteira com o Uruguai, para comprar um dos principais ingredientes de seu cardápio de sorvetes artesanais. Tudo porque agora o doce de leite da Cooperativa Sulleite, que fica no município do Extremo-Sul do Estado, já pode ser vendido para fora dos limites do município. Desde que obteve o registro estadual, a Sulleite conta com dois representantes comerciais, sendo um em Porto Alegre e outro em Pelotas. 

"O produto fica no mesmo nível dos doces de leite mineiros e é melhor do que os uruguaios", garante Campello, que não abre mão da matéria-prima para elaborar um dos sabores mais requisitados pela clientela da Quati, que fica no bairro Bom Fim, na Capital. "É um doce de leite que não tem amido. As vacas se alimentam de pastagem muito parecida com a usada no setor leiteiro uruguaio, e a produção tem muita qualidade e cuidado", valoriza o dono da gelateria. A exemplo de Campello, outros fãs do doce de leite, principalmente consumidores finais, costumam adquirir potes do produto da marca quando vão à fronteira para comprinhas nos free shops na cidade de Chuí, vizinha a Santa Vitória do Palmar. 

A Sulleite recebeu, em maio deste ano, o selo da Coordenadoria de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Cispoa), que permite a venda em todo o território do Rio Grande do Sul. O próximo passo é a conquista do registro no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), adianta o presidente da cooperativa, Carlos Talavera Campos. Com o Sisbi, a marca poderá chegar a outros mercados do Brasil. Além disso, os 60 produtores associados querem buscar registro de denominação de origem, explorando as ca¬racterísticas da região, que foi já foi mar. A existência de minerais e sais no solo gera nutrientes que reforçam a qualidade do pasto. "É como terroir que só tem aqui", diz Campos. 

A cooperativa foi fundada em 1997 para unificar os produtores de leite da cidade. "Havia muita produção de leite nas granjas", diz Campos, explicando que a associação foi uma saída para fortalecer os agricultores que estrearam na atividade leiteira no modelo de agrovilas na década de 1960. A produção do derivado teve início em 2006, com venda apenas no município sede. Segundo Campos, o processamento ocorreu para resolver um gargalo da produção da matéria-prima, que era a dificuldade do escoamento de leite para plantas de beneficiamento em outras localidades já que o volume por propriedade é baixo. 

A principal fonte de renda da Sulleite ainda é a venda de leite in natura para laticínios. Mas a fabricação do doce de leite já responde por 5% do faturamento da cooperativa que reúne 60 associados. A produção do derivado é de cerca de 500 quilos por dia e envolve seis funcionários. O maquinário instalado permite fabricar até 2 mil quilos diários processando 4 mil litros de leite, operando em mais turnos. Por enquanto, está descartada a expansão no curto prazo, mas tudo vai depender da procura. 

"Temos uma meta modesta, pois as quantidades mudam dramaticamente as coisas", explica o presidente, referindo-se à estrutura de produção já instalada. A Sulleite segue à risca o perfil quase artesanal de produção. Contudo, isso não o impede os associados de sonhar alto. "Enquanto não tivermos nosso doce de leite em cada lojinha, em cada vendinha ou delicatessen não estaremos 100% satisfeitos", avisa o presidente. Para quem quiser provar, o produto estará à venda no pavilhão da agricultura familiar na Expointer, em Esteio, de 25 de agosto a 2 de setembro. (Jornal do Comércio)

Brasileiro dedica cada vez menos tempo ao preparo das refeições, aponta estudo
Simplificação e praticidade. As duas palavras ganham cada vez mais importância na rotina dos brasileiros, principalmente quando relacionadas ao comportamento de consumo. De acordo com dados do Consumer Watch da Kantar Worldpanel, 85% dos lares buscam receitas rápidas e fáceis de preparar na hora das refeições. Nesse cenário, o tempo dedicado ao preparo dos alimentos em casa tem diminuído. Segundo a análise, no segundo semestre de 2017 os lares gastaram 15 minutos em média para fazer o café da manhã, uma queda de 7% no tempo empregado no mesmo período do ano anterior. O almoço apresentou diminuição de 4%, consumindo 31 minutos, enquanto o jantar, com queda de 2%, foi feito em média em 27 minutos. A refeição que apresentou a maior diminuição de tempo foi o lanche da noite, com 13% menos, sendo preparado, em média, em 11 minutos. O tradicional lanche da tarde teve redução de 11% em sua elaboração, sendo feito em 13 minutos. Na soma de todas as refeições, a redução no tempo de preparo foi de 4%, totalizando 21 minutos. (As informações são da Kantar Wordpanel)

Porto Alegre, 10 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.797

Trimestrais da pecuária - primeiros resultados: no 2º trimestre de 2018, abate de frangos cai em todas as comparações

Produção Trimestral/IBGE - No 2º trimestre de 2018, o abate de frangos caiu 5,4% em comparação ao 2º tri de 2017 e 8,3% frente ao trimestre imediatamente anterior, chegando a 1,36 bilhão de cabeças. O abate de bovinos teve aumento de 3,6% e o de suínos registrou alta de 1,9% no 2º trimestre de 2018 frente ao 2º trimestre de 2017.

Na comparação entre o 2º tri de 2018 e o 1° trimestre de 2018, o abate de bovinos caiu 0,4% e o de suínos aumentou 0,9%. A aquisição de leite chegou a 5,47 bilhões de litros, com queda de 3,2% em relação ao 2º tri de 2017 e redução de 9,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A produção de peças de couro recuou 3,5% frente ao 2º tri de 2017 e 7,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a produção de ovos subiu 4,5% comparada a 2º tri de 2017, totalizando 857,60 milhões de dúzias, e cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior. Tal volume é recorde para um 2º trimestre desde 1987. A publicação com os primeiros resultados das pesquisas trimestrais da pecuária pode ser acessada ao lado.

Abate de frangos cai 8,3% frente ao 1º tri de 2018
No 2º trimestre de 2018, foram abatidas 1,36 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significa retração de 8,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior e uma queda de 5,4% na comparação com o mesmo período de 2017.
O peso acumulado das carcaças foi de 3,33 milhões de toneladas no 2º trimestre de 2018, caindo 5,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 1,8% frente ao mesmo período de 2017.
 
Abate de bovinos cresce 3,6% na comparação anual
No 2º trimestre de 2018, foram abatidas 7,69 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,4% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 3,6% maior que a do 2º trimestre de 2017.
A produção de 1,89 milhões de toneladas de carcaças bovinas no 2º trimestre de 2018 aumentou 0,5% em relação ao 1º trimestre deste ano e 3,2% em relação ao 2º trimestre de 2017.
 
Abate de suínos totaliza 10,81 milhões de cabeças
No 2º trimestre de 2018, foram abatidas 10,81 milhões de cabeças de suínos, um aumento de 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2017.
O peso acumulado das carcaças foi de 977,53 mil toneladas, no 2º trimestre de 2018, representando crescimento de 2,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 2,8% em relação ao mesmo período de 2017.
 
Aquisição de leite cai no 2º tri de 2018
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), no 2º trimestre de 2018, foi de 5,47 bilhões de litros. O valor representa uma queda de 9,0% em comparação ao volume registrado no primeiro trimestre desse ano, comportamento tradicional da série histórica, em que o segundo trimestre do ano geralmente é de menor captação. A estimativa também foi 3,2% menor do que a quantidade de leite adquirida no mesmo trimestre em 2017. (IBGE)

 

APOSTA NO STF PARA DERRUBAR TABELA

Com a sanção da lei que impõe a tabela de fretes no Brasil, entidades do agronegócio apostam todas as suas fichas nas ações diretas de inconstitucionalidade que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). É a alternativa que resta para tentar derrubar a medida considerada incompatível com a economia de livre mercado.

- É intervenção na iniciativa privada. Quem mais vai perder com essa história é o caminhoneiro autônomo - diz Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul).

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) classifica a lei como "retrocesso a políticas públicas abandonadas pelo país nos anos 1990". A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acrescentou: "A competitividade nacional e internacional do país está em jogo neste momento".

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é uma das entidades que entrou com ação no STF. A decisão não deve sair antes do fim do mês. Está marcada para o dia 27 audiência pública para tratar do tema.

Até lá, o setor seguirá sofrendo os impactos. As exportações caíram - a tabela impactou a liquidez - e os custos subiram.

Segundo a Abiove, os primeiros cálculos apontam que o tabelamento "acarreta alta de custos da ordem de R$ 73,9 bilhões" por ano, que "será paga por toda a sociedade brasileira", com impacto de 0,92 ponto percentual na inflação do ano e redução de massa salarial real em R$ 20,7 bilhões.

- A comercialização futura de soja está praticamente parada. Estamos deixando de aproveitar a briga comercial entre Estados Unidos e China - lamenta Vicente Barbiero, presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Estado. (Zero Hora)

 

Margarina ou manteiga: saiba qual a melhor opção para a sua saúde

Opção saudável - Manteiga ou margarina? Com certeza a dúvida já passou pela sua mente, seja na hora de preparar uma receita, tomar café da manhã ou comprar os produtos no mercado. Apesar de serem igualmente saborosas, as duas possuem grandes diferenças no que diz respeito a sua origem e valores nutricionais.

 Para ajudar a entender melhor Renata Domingues, médica especializada em Nutrologia, diretora responsável da Clínica Adah e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia Médica (Abranutro), explicou cada uma delas. Confira:

- Margarina: "A margarina é um produto feito a partir do óleo vegetal, que passa por um processo chamado de hidrogenação que o transforma de líquido em sólido através da adição de hidrogênio. Nesse processo, uma parte das gorduras insaturadas do óleo se transforma em gordura trans. Ou seja, a margarina é uma gordura criada artificialmente que conta com conservantes e componentes em sua composição que aumentam os riscos de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e as chances do desenvolvimento de diabetes tipo 2."

- Manteiga: "Já a manteiga é um produto de origem animal derivado do leite. É obtida através da nata do leite batida, que se transforma em um creme de leite com soro e glóbulos de gordura. A parte líquida é então retirada e o que sobra, ou seja, a parte gordurosa, é a manteiga.  Por ser composto exclusivamente da gordura retirada do leite, a manteiga é rica em gorduras saturadas e colesterol."

Mas afinal, qual a melhor? De acordo com Renata, por serem compostas basicamente de gorduras, tanto a manteiga como a margarina são calóricas, então resta analisar quais os tipos de gorduras presentes em cada uma delas. "Primeiro é preciso entender que nem sempre gorduras são ruins para o corpo, já que nosso organismo precisa delas para absorver as vitaminas A, B e K, por exemplo", destaca a médica. "Mas, as gorduras diferenciam-se entre si. Por ser de origem animal, a gordura saturada, presente na manteiga, é melhor reconhecida pele nosso corpo e logo é digerida com mais facilidade. O que não quer dizer que é 100% saudável, pois este tipo de gordura aumenta tanto o colesterol ruim quanto o bom, além de existir o risco de acumular nas paredes das artérias, favorecendo doenças cardíacas com o infarto. Já a gordura trans, que compõe a margarina, é mais difícil de ser reconhecida e digerida pelo organismo por ser de origem vegetal e quimicamente alterada, o que aumenta as chances de ficar acumulada nos vasos sanguíneos e órgãos importantes." Resumindo, a manteiga é a opção mais saudável por ser produzida de forma natural e ser melhor digerida pelo organismo. Apesar disso, ela deve ser consumida com moderação, de preferência seguindo a medida recomendada, que é de uma colher de chá de manteiga por dia. (Bem Paraná)

Tabelamento do frete influencia em nova queda das exportações do agronegócio gaúcho
Agronegócio/RS - Pelo segundo mês consecutivo, as exportações do agronegócio gaúcho foram impactadas pelo tabelamento do frete. O setor fechou o mês de julho com US$ 919 milhões em vendas, em um total de 1,755 milhão de toneladas. Isso representa queda de 9,6% no valor e 3,8% no volume comercializado na comparação com junho de 2018. O acumulado do ano ainda apresenta crescimento, atingindo 10,9% de alta em relação ao mesmo período de 2017. Os dados estão no Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS, divulgado pelo Sistema Farsul nesta terça-feira, dia 7. O Complexo Soja, principal produto do estado no mercado internacional, apresenta alta de 2,2% em julho e 16,5% no acumulado. O resultado está diretamente relacionado com a recuperação do Farelo e Óleo de Soja. Já a oleaginosa em grãos registrou nova queda no último mês, com -8,8% e de -8,1% no volume. No Grupo Carnes, houve aumento no valor e volume exportado (27,6% e 22%). O Grupo Cereais teve queda de 22,7%, tendo o arroz como principal ofensor (-22,4%). A China se mantém como principal parceiro do agronegócio gaúcho, respondendo por 46% do valor exportado. Confira o Relatório na Íntegra. (Farsul)

Porto Alegre, 09 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.796

Leiteria é novidade do setor lácteo na Expointer 2018
   
As indústrias lácteas gaúchas uniram-se para levar um espaço de aconchego e sabores inusitados para a Expointer 2018. É a Leiteiria Sindilat, um projeto que chega ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para oferecer aos visitantes da exposição um conceito diferenciado de alimentação, composto por lanches rápidos e saborosos com uma proposta que se assemelha a uma pâtisserie. No local, além do delicioso e tradicional leite com café, haverá um mix diferenciado de cappuccinos, cafés especiais, salgados e doces à base de leite e derivados. O espaço (localizado na Boulevard Quadra 46) vem complementar o projeto do PUB do Queijo, inaugurado em 2017 e que volta a Expointer este ano. A área do Sindilat também foi ampliada e agora conta com espaço vip, Palco  para Eventos e uma varanda para acomodar os visitantes na área externa.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a Leiteira foi uma forma de ampliar a gama de produtos lácteos apresentados durante a Expointer. "Essa ação surgiu da demanda dos próprios associados do Sindilat que queriam ampliar o espectro do projeto. A Leiteria soma-se ao Pub para atrair ainda mais público e demonstrar todas as potencialidades que os lácteos têm na gastronomia", pontua. No local, as famílias ainda terão a opção de adquirir produtos diretamente da indústria com destaque para queijos diferenciados e produtos de consumo rápido, como iogurtes, bebidas lácteas e achocolatados.

Diferente de 2017 quando o ingresso no PUB era cobrado em preço único, neste ano, o visitante tem livre acesso ao espaço, podendo escolher entre um lanche rápido ou o tradicional menu de degustação do PUB, que inclui mais de 50 tipos de queijos, embutidos, pães e pratos quentes. A operação ficará a cargo do Mule Bule e tem a assinatura da Storia Eventos.

Projeto Sustentável
Mais do que um espaço de gastronomia, a Leiteira Sindilat também é sinônimo de sustentabilidade. O local foi equipado com móveis de madeira reaproveitada e materiais recicláveis, dentro da lógica de responsabilidade do setor com ações de logística reversa, que prevê responsabilidade da indústria sobre os resíduos gerados após o consumo. A nova varanda será coberta por placas de energia solar para garantir abastecimento ao prédio sem custo ambiental, com um pergolado e estrutura sustentável. O conceito de reciclagem também está na decoração dos espaços, que será feita em pallets e madeira sustentável. As caixas de leite fornecidas pelos associados do Sindilat serão peças decorativas e de interação para as crianças no espaço Kids. "É um projeto que integra alimentação consciente, responsabilidade ambiental e conforto para bem receber quem visita a Expointer", reforça o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Região Sul é líder no controle de tuberculose

A região Sul do Brasil é líder no controle de tuberculose no país. Entre 2012 e 2017, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina sanearam 1.104, 1.519 e 769 focos, respectivamente. Os casos são resultado de uma ação rigorosa que inclui uma média anual de  240 mil testes no Rio Grande do Sul, 828 mil no Paraná e 165 mil em Santa Catarina. Infelizmente, o rigor do Sul não se reflete no resto do Brasil. O tema foi alvo de reunião da Aliança Láctea realizada nesta quinta-feira (9/8), na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o controle traz um diferencial para a Região Sul na busca por mercado externo para os produtos lácteos.

"Isso não quer dizer que estamos infestados da doença. Mas que aqui se faz um controle que não existe em outras regiões", reforçou o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Inácio Kroetz.  Segundo ele, só os três estados do Sul utilizam mais testes do que todos o restante do território nacional. Além disso, entende-se que os exames realizados no Sul são mais rigorosos. Frente a essa realidade, os estados debatem estratégias de enfrentamento conjunto, que passam, inclusive, por reavaliar a vacinação dos rebanhos.

Segundo o gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura do Paraná, Rafael Dias, o Programa Nacional de Controle de Tuberculose enfrenta dificuldades para avançar no Brasil, principalmente pela baixa testagem em outras regiões do país. Um dos agravantes para esse quadro é o déficit da produção de antígenos para os exames. "O programa vive um momento crítico no país", reforçou. 

O assunto é de alta importância para a indústria láctea nacional, reforça Guerra. Ao lado de seus associados, o Sindilat desenvolve projeto intenso nos rebanhos leiteiros. "O controle da tuberculose e brucelose é essencial para assegurar a qualidade da nossa produção. E é prioridade para as indústrias", disse. 

FRETE - Durante a reunião da Aliança Láctea, o presidente do Sindilat ainda pontuou a importância de o grupo seguir debatendo a implementação de tabela de preços mínimos para o frete no país. "Temos que seguir discutindo esses projetos, que só criam insegurança para nossas indústrias. Não podemos desistir de lutar contra esse projeto", reforçou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Fotos: Carolina Jardine
Na foto: Inácio Kroetz - Reunião da Aliança Láctea

Documento base para fortalecer presença do agro no exterior é aprovado

Foi publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União que aprova o Documento Base da Estratégia para Abertura, Ampliação e Promoção no Mercado Internacional do Agronegócio Brasileiro. De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, o texto constitui a primeira fase da elaboração da estratégia que visa criar política pública estruturada com esse objetivo. O documento tem contribuições de segmentos do setor produtivo e de entidades do agronegócio brasileiro, de unidades administrativas e de empresas públicas. O objetivo é fortalecer a presença do setor agropecuário brasileiro no cenário internacional, abrindo novos mercados, aumentando as exportações para os mercados importadores, ampliando o rol de empresas exportadoras e diversificando a pauta de produtos, estimulando a agregação de valor e a captação de investimentos estrangeiros.

O documento base está sob avaliação de Comissão de Especialistas, constituída por representantes de órgãos e entidades governamentais, envolvendo a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e secretarias dos demais ministérios envolvidos nas atividades de comércio internacional, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ( Embrapa), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para consolidação das diretrizes. necessárias à ampliação da participação brasileira no mercado internacional. A Comissão de Especialistas elaborará projeto de documento final a ser submetido à consulta pública, oportunidade em que a sociedade civil poderá participar, interagir, apresentar sugestões e se fazer representar. A publicação da minuta de projeto para fins de consulta pública poderá ocorrer até o início do próximo mês, para avaliação de contribuições, em outubro, e publicação do documento final, até novembro. As sugestões vão contribuir para a evolução e aperfeiçoamento da estratégia que deverá nortear a política de negociações internacionais do agronegócio brasileiro até 2022. (As informações são do Mapa)

Não se deixe enganar: a gordura presente no leite e derivados faz muito bem à saúde!

Leite e derivados - As pesquisas mais recentes na área de nutrição humana mostram que os médicos e nutricionistas que condenam o consumo de lácteos e carne estão errados. Inclusive, trinta anos depois da capa que anunciava "Colesterol: e agora, as más notícias", a Revista Time dá o braço a torcer face às evidências que se acumularam nas últimas décadas e recomenda: "Coma Manteiga". O que os cientistas descobriram é que, enquanto a gordura trans industrializada (gordura parcialmente hidrogenada) pode aumentar os níveis de colesterol e se acumular nas artérias, a gordura trans presente nos lácteos pode trazer vários benefícios para a saúde, desde a prevenção da formação de tumores até a redução da porcentagem de gordura corporal.

A gordura trans industrializada é produzida a partir da hidrogenação parcial de óleos vegetais, diminuindo o seu potencial de rancificação e, com isso, aumentando a validade dos produtos. O grande problema é que o consumo desses alimentos leva a um aumento nos níveis corporais de triglicérides e do "colesterol ruim", o LDL, predispondo a ocorrência de problemas cardíacos. Já o consumo da gordura láctea, apesar de também aumentar os níveis de LDL, aumenta o HDL, chamado bom colesterol. O HDL remove o LDL que pode se acumular nas paredes arteriais. Aumentar tanto o HDL quanto o LDL faz da gordura saturada um "lava-jato cardíaco", impedindo a formação das placas adiposas nos vasos. Além disso, cientistas agora sabem que há dois tipos de partículas de LDL: algumas são pequenas e densas e outras são grandes e esponjosas. As grandes parecem ser, em sua maioria, inofensivas, e são elas que aumentam com a ingestão de gordura saturada. Por outro lado, a ingestão de carboidratos parece aumentar as partículas pequenas, que parecem estar ligadas à doença cardíaca, por se aderirem às paredes das artérias.

Outro ponto de extrema relevância é que a gordura trans dos lácteos é produzida a partir de uma reconfiguração dos ácidos graxos insaturados feita pelas bactérias presentes no rúmen das vacas. O produto final, que é transferido para o leite e carne dos bovinos, inclui o ácido linoleico conjugado (CLA) e o ácido vaccênico (VA), ambos comprovadamente benéficos para a saúde. Pesquisas realizadas nos últimos 30 anos sugerem que as fontes naturais de gordura trans estão associadas com benefícios para a saúde de humanos e animais. A primeira delas, concluída no meio da década de 1980 por Michael Pariza e colaboradores, e publicada no American Journal of Clinical Nutrition, mostrou efeitos anticarcinogênicos relacionados, mais tarde, ao CLA. Desde essa primeira pesquisa, inúmeros estudos com o CLA e o VA vêm demonstrando vários efeitos anti-câncer em animais, incluindo a inibição do desenvolvimento de tumores e a prevenção das metástases.

Estudos sobre a composição da massa corporal mostram que o CLA tem um efeito positivo na redução da porcentagem de gordura e aumento da massa magra. Acredita-se que o CLA age de forma direta, reduzindo o acúmulo de gordura no tecido adiposo, e, possivelmente, de forma indireta, agindo sobre os hormônios envolvidos com o metabolismo lipídico (leptina e adiponectina). Outra linha importante de pesquisa tem mostrado o potencial do CLA como imuno modulador, o que pode ajudar a desvendar sua influência na prevenção do câncer, dos problemas cardíacos e sobre a porcentagem de gordura corporal. O CLA estimula a produção de mediadores anti-inflamatórios, conhecidos como citocinas, reduzindo os sinais de inflamação. Esse efeito foi identificado tanto em estudos com animais quanto com humanos. O direcionamento do sistema imune no sentido anti-inflamatório pode explicar o papel do CLA na prevenção dos carcinomas, ganho de peso e arteriosclerose. Flávia Fontes é médica veterinária, D.Sc. Nutrição Animal, editora-chefe da Revista Leite Integral e do movimento #bebamaisleite e diretora científica da ABRALEITE. (Beba Mais Leite)

Custo de produção tem deflação de -0,30% em julho
ICPLeite/Embrapa - Após um período de explosão de preços ocorrida no mês de junho, como resultado da greve dos caminhoneiros, o Índice de Custo de Produção de Leite - ICPLeite/ Embrapa registrou, no mês de julho, uma deflação de -0,30%.  Neste mês, a maior queda verificada foi a do grupo Concentrado, que variou -1,95%. A Mão de Obra também teve queda de -1,30%. O terceiro grupo a apresentar queda foi o de Energia e combustível, que foi de -0,35%. O grupo Qualidade do Leite registrou o maior aumento do mês, que foi de 5,44%, seguido pelo grupo Sal mineral, 3,71%. O grupo Produção e Compra de volumosos teve alta de 1,86% e Sanidade teve elevação de preços de 1,45%. O grupo Reprodução não apresentou variação de preços este mês. Por apresentar o maior peso na ponderação, essa deflação contribuiu para a contenção de mais um aumento expressivo do índice. Mais informações. (Embrapa)

Porto Alegre, 08 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.795

A TABELA DE FRETE COBRA O SEU PREÇO

Enquanto nova proposta não é apresentada e o Supremo Tribunal Federal não avalia as ações de inconstitucionalidade audiência pública está marcada para o próximo dia 23 , o agronegócio segue pagando a fatura da tabela de fretes instituída por medida provisória no mês de junho. E ela não é nada barata, argumentam entidades, com base em números.

Ontem, a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) apresentou o relatório das exportações gaúchas do setor em julho. Pelo segundo mês consecutivo, registram-se quedas nos embarques. A razão, afirma o economista-chefe Antônio da Luz, é o tabelamento que "diminui a liquidez". Na comparação com julho de 2017, a soja em grão teve recuo de 25,5% no volume embarcado. Ante junho, caiu 8,18%.

- Pela primeira vez, tivemos exportação de arroz menor do que tínhamos exportado no mesmo mês do ano anterior - completa Luz.

A medida também traz efeitos nocivos dentro de casa. Em seminário de Economia Agrícola do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas, afirmou que o tabelamento deve resultar em mais custos para o setor agropecuário, podendo impactar a inflação.

Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz afirma que feijão e óleo de cozinha tiveram alta expressiva, mas pondera:

- O óleo não está mais caro porque a soja está mais cara e, sim, por causa do tabelamento de fretes, que segue causando impactos à população brasileira.

Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, o tabelamento gerou alta de cerca de US$ 2,36 bilhões nos custos logísticos para a exportação de grãos e paralisou a negociação dos contratos de grãos para a safra 2018/2019. O assunto pautou reunião com a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).

Para Luz, além dos prejuízos evidenciados, a indefinição tem outro aspecto negativo:

- Diante desse cenário, empresas estão adquirindo frotas de caminhões. O pessoal vai botar dinheiro em algo que não é seu negócio. Para quem quer competir globalmente, isso é um desastre. (Zero Hora)

Ipea prevê queda menor do PIB agropecuário

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para cima sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no país neste ano. Em razão de uma produção de grãos maior que a prevista inicialmente na safra 2017/18, o órgão passou a estimar que o PIB do setor "da porteira para dentro", medido pelo IBGE, cairá 1%, e não 1,3%, como estava previsto anteriormente.

"Como melhorou a condição da safra de grãos, especialmente de soja, tivemos que revisar nossos cálculos", afirmou José Ronaldo Souza Junior, diretor de Macroeconomia do Ipea, ao Valor. Assim, para o PIB da agricultura o instituto agora prevê queda menor em 2018, de 0,6% - e não mais de 2,5% -, enquanto a pecuária tende a recuar 2,5%, e não crescer 1,4%.

De acordo com o diretor do Ipea, o espaço para ajustes nessas previsões diminuiu, já que a colheita de grãos na safra 2017/18 está praticamente definida, restando dúvidas mais relevantes apenas para a safrinha de milho e para o trigo. Na área agrícola, porém, as colheitas de cana, café e laranja, ainda em andamento, também poderão influenciar ajustes.

Para Souza Junior, ainda que o Ipea projete retração para o PIB da agropecuária, há motivos para comemorações, sobretudo porque a colheita total de grãos em 2017/18 só perde para a do ciclo passado - a base de comparação nessa frente, portanto, é elevada.

O destaque negativo deste ano, segundo ele, ficará com a inflação dos alimentos, já que os preços de grãos como soja e milho, apesar da safra robusta, subiram no mercado doméstico graças a fatores externos como a quebra da safra argentina e as disputas comerciais entre Estados Unidos e China.

O Ipea também divulgou ontem seu índice específico para o PIB agropecuário que mede variações mensais. De acordo com o "Indicador Ipea de PIB Agropecuário", o setor cresceu 2,6% entre os meses de maio e junho deste ano, puxado justamente pelo bom desempenho da colheita de grãos. O resultado, no entanto, não foi suficiente para evitar uma queda de 1,9% no segundo trimestre de 2018 em relação ao primeiro. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve baixa de 2,9%. De acordo com o Ipea, a queda mais uma vez é explicada pelo resultado "excepcional" da produção agrícola do país na temporada 2017/18. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Leite tem previsão de produção menor, mas maior equilíbrio na balança externa

As projeções de longo prazo dos principais produtos do agronegócio brasileiro, feitas neste ano, apresentam um ritmo de crescimento bem acima do que se previa nos anteriores. O setor do leite, porém, deu marcha a ré. Em 2015, quando o Ministério da Agricultura fez as previsões de produção para 2025, estimava-se uma captação de 47 bilhões a 53 bilhões de litros de leite no país. Nas projeções deste ano, divulgadas na segunda-feira (6), os números de 2025 indicam uma produção de 41 bilhões a 46 bilhões de litros, bem abaixo das estimativas iniciais. Essa disparidade ocorre porque as projeções feitas em 2015 se baseavam no ritmo de crescimento de 2014, período em que o país atingiu 35 bilhões de litros, o pico da produção nacional. Nos anos seguintes, o setor perdeu ritmo, e a produção recuou para até 33,6 bilhões de litros em 2016. Os números mais recentes do Ministério da Agricultura indicam que o setor ficará com produção de 43 bilhões a 48 bilhões de litros em 2028. É um cenário menos otimista do que o de 2015, mas mais realista em termos de consumo e de importações.

O consumo de leite deverá aumentar 23% nos próximos dez anos. As exportações, 29%. Já as importações, um dos gargalos do setor, ficarão estáveis no mesmo período. O setor de leite é um dos que ainda precisam de um choque de tecnologia e, consequentemente, de aumento de produtividade. Muito suscetível às oscilações de mercado, principalmente às de custos, a pecuária de leite tem de melhorar a gestão nas fazendas, buscar redução de gastos na produção e aumentar a produtividade dos animais. Os pecuaristas que buscam essas práticas e estão se profissionalizando têm permanecido no mercado. Outros, pressionados pelas baixas margens do setor, saíram da atividade. As perspectivas de crescimento são boas, uma vez que a pecuária tem ainda muita tecnologia para incorporar. Isso garante custos menores e melhor qualidade do produto. Apesar de ter o maior rebanho comercial mundial, o Brasil tem déficit na balança comercial de leite e de derivados. Uma evolução da produção e produtos de qualidade podem elevar o consumo interno e permitir acesso do país ao mercado externo.

Os novos rumos da atividade, que vem buscando maior escala de produção nas fazendas, devem promover essa mudança. O Censo Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2017, divulgado no mês passado, apontou que os líderes de produção são Minas Gerais (9 bilhões de litros), Rio Grande do Sul (4 bilhões) e Paraná (3,4 bilhões). Os principais números das projeções do agronegócio do Ministério da Agricultura apontam para uma produção de grãos de 302 milhões de toneladas em 2028. A produção de milho deverá atingir 113 milhões de toneladas, 27% mais do que a atual, e de soja sobe para 156 milhões, 33% mais. (As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Maggi diz que tabelamento do frete terá efeitos sobre a inflação
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta terça-feira (7) que o tabelamento do frete terá efeitos sobre a inflação. De acordo com ele, não se tratará de uma escalada dos preços, mas de um ajuste. "Com toda certeza. Já se percebe isso impacto sobre os preços não só na área de grãos, mas em cargas gerais, cargas de retorno", citou. "Tudo isso vai levar a um movimento de ajuste no processo inflacionário." Maggi participou do 28º Congresso & ExpoFenabrave, em São Paulo. (As informações são do jornal Estadão)

Porto Alegre, 07 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.794

GDT 
 
 
 

Expectativa otimista, apesar da crise do país

O lançamento da 41ª Expointer, abrilhantado por apresentações artísticas, ontem, contou com um clima de otimismo contido por parte das entidades organizadoras. A expectativa é de bons negócios "apesar da crise", porém não há uma previsão de quanto deve ser faturado durante os nove dias do evento. Em 2017, a feira contou com 411,9 mil visitantes e um total de 2,035 bilhões em propostas de negócios encaminhadas. 

Neste ano, a exposição ocorre de 25 de agosto a 2 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. "O importante é aquilo que a Expointer enseja de negócios durante o seu período e de negócios posteriores pelo que foi demonstrado (na feira)", afirmou o secretário da Agricultura, Odacir Klein. Na avaliação dele, mesmo com a crise econômica, os produtores irão buscar investimentos na agricultura e na genética animal para a incrementar a produção de alimentos, pois a demanda é crescente. O lançamento da feira, realizado na Casa de Música da Ospa, em Porto Alegre, contou com apresentação da música tema do evento por Elton Saldanha. O poeta Luiz Coronel recitou poema alusivo à feira. O encerramento ficou por conta de Renato Borghetti e a Orquestra da Ospa, com regência do maestro Evandro Matté. 

A principal novidade é a ampliação do Pavilhão da Agricultura Familiar, que vai aumentar em 50% o número de expositores, chegando a 300 estabelecimentos. O presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, disse que a expectativa é positiva tendo em vista o histórico da Expointer. "A feira sempre soube transformar as crises e os momentos difíceis em momentos de sucesso", destacou. O dirigente salientou ainda que a proximidade com o calendário eleitoral e a ida de candidatos ao Parque Assis Brasil vai permitir que o setor apresente demandas para o futuro. (Correio do Povo)

 
 

Onda de calor maltrata o campo europeu

A onda de calor e seca que assola a Europa provoca situações inusitadas. Como na Suíça, onde o exército transporta água em helicópteros para matar a sede de vacas que pastam nos Alpes e pescadores tentam salvar peixes que começam a morrer nos rios por causa de águas quentes demais. Para além dessas medidas extremas, o fato é que temperaturas elevadas recorde - o Reino Unido, por exemplo, enfrenta o verão mais severo em quatro décadas - têm deixado rastros devastadores em vários países, e o setor de agronegócios é um dos que mais têm sofrido com isso. No mercado de commodities agrícolas, quem mais está acusando o golpe é o trigo. Na Rússia, que lidera a produção no continente e as exportações mundiais, a tonelada do cereal superou a barreira dos € 200 no fim de julho e alcançou € 234 na sexta-feira, maior patamar desde 2014.

Depois da colheita recorde do ano passado, os russos preveem queda de 20% na produção em 2018, para 68,5 milhões de toneladas. A Alemanha também está sendo bastante prejudicada, com perdas estimadas em 8 milhões de toneladas e colheita agora prevista em cerca de 31 milhões. Na Polônia, produtores sinalizam perdas importantes na colheita de cereais - da ordem de 20% no caso da canola -, enquanto a Letônia declarou "estado de calamidade agrícola", a Dinamarca prevê uma colheita de cevada simplesmente catastrófica e a Suécia derrete em meio a reclamações. Na França, inicialmente a alta dos cereais e de outros produtos chegou a gerar contentamento entre alguns produtores que há anos convivem com preços baixos e prejuízos, mas a Federação Nacional dos Agricultores, que não perde o hábito de demandar ajuda ao governo, já pediu socorro porque o calor não permite o plantio em boas condições. 

Nesse contexto, a União Europeia já autorizou seus países-membros a ajudar os agricultores afetados com a antecipação de subvenções que deveriam ser pagas somente em dezembro. Além disso, no momento foram flexibilizadas algumas regras ambientais, como a semeadura de grãos forrageiros em algumas áreas que deveriam ser preservadas. Enquanto isso na Suíça, que não faz parte da UE, as vacas suam em meio a um calor tão forte que ontem provocou tempestades. Pecuaristas dizem que as temperaturas ideais para os animais ficam entre 5 e 15 graus centígrados, mas o calor tem superado os 30 graus. Durante uma onda como essa, uma vaca precisa consumir entre 100 e 200 litros de água por dia, mas os riachos nas montanhas secaram e o exército mais uma vez está sendo obrigado a usar helicópteros para levar milhares de litros de água ao rebanho nos Alpes. 

Os produtores não vão pagar pelo serviço. Os voos de helicóptero com a água são financiados pelo orçamento normal das Forças Armadas, já que servem também de treinamento para os pilotos das aeronaves. Ainda assim, dizem os pecuaristas suíços, haverá prejuízo. Como as vacas comem menos quando estão estressadas, a produção de leite diminuiu de 10% a 20%. O teor de gordura e proteínas no leite também caiu, e no mercado não há espaço para uma elevação de preços capaz de compensar a queda. Outra preocupação na Suíça é que o clima está quente demais para os peixes. Nos lagos e rios, as temperaturas das águas estão elevadas como há muito não se via, e a Federação da Pesca do país diz temer o mesmo cenário do "verão mortal" de 2003. Conforme a entidade, temperaturas da água de mais de 20 graus representam um fator de estresse para várias espécies de peixes. A partir de 23 graus a situação é crítica, e 25 graus é caso de morte para trutas, por exemplo. Pescadores suíços anunciaram um plano de combate ao problema que inclui reduzir da navegação excessiva nos rios e uma recomendação a banhistas para evitar as águas mais frias onde os peixes se refugiam automaticamente. Ocorre que no Lago de Constance, entre a Suíça e a Alemanha, pescadores alemães continuam a exercer sua atividade normalmente, e para os suíços essa ambição terá graves reflexos sobre a futura reprodução de algumas espécies. (Valor Econômico) 

LEITE/CEPEA: Valores recuam pela 4ª semana consecutiva
Leite UHT - As cotações do leite UHT e da muçarela caíram pela quarta semana consecutiva no mercado atacadista de São Paulo. Entre 29 de julho e 4 de agosto, o preço do UHT teve média de R$ 2,90/litro, queda de 4,84% frente ao da semana anterior. Conforme colaboradores do Cepea, essa desvalorização está atrelada à normalização do cenário após o encerramento da greve dos caminhoneiros, no final de maio - a paralisação acabou atrapalhando a entrega de produtos lácteos ao atacado, impulsionando fortemente as cotações. Além disso, o elevado estoque dos atacados também contribui para as quedas de preço. Quanto ao queijo muçarela, os valores recuaram 1,62% no mesmo período, para a média de R$ 19,23/kg. (CEPEA)

Porto Alegre, 06 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.793

Expointer é lançada com discurso de valorização
 
Seguindo o slogan "Nossa gente, Nossa força", a 41ª Expointer foi lançada na tarde desta segunda-feira (6/08) com direito a show de dança, música, poesia e apresentação do Grupo de Cordas da Ospa acompanhado pelo gaiteiro e músico tradicionalista gaúcho Renato Borghetti. Durante o evento, o secretário da Agricultura, Odacir Klein, reforçou a importância de valorização do agronegócio, setor que é essencial para assegurar o "direito à vida, à segurança e à liberdade". Dizendo-se emocionado,  Klein agradeceu o apoio da iniciativa privada que, ao lado do governo do Estado, faz da Expointer o evento grandioso que é. Em sua manifestação, o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, lembrou que a feira marcará a inauguração do novo pavilhão da Agroindústria Familiar, em espaço ampliado em 2018. 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pelo seu secretário-executivo, Darlan Palharini, e pela consultora de qualidade Leticia Vieira. Mais uma vez na Expointer, o Sindilat está finalizando sua agenda de eventos e mostras gastronômicas. A programação será divulgada em breve.(Assessoria de Imprensa Sindilat)  
 
 

Importações lácteas voltam a crescer em julho

De acordo com os dados apresentados recentemente pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em julho o Brasil importou 119 milhões de litros em equivalente leite, crescimento de 43,2% em relação a junho, e praticamente estável em relação a julho/17 (+1%). Com este aumento, o saldo da balança comercial foi afetado negativamente, fechando em -113 milhões de litros em equivalente leite, contra -76 milhões no mês anterior, como ilustra o gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 

Este aumento nas importações ocorreu principalmente por conta do maior volume de leite em pó enviado ao Brasil em julho. No mês, foram internalizadas 9,3 mil toneladas (entre leite em pó desnatado e integral), 61% a mais do que o volume de junho (5,8 mil toneladas). Neste volume, o integral participou com 5,7 mil toneladas, 58,5% a mais do que em junho (e ainda 14% menor em relação a julho/17). No desnatado, foram 3,7 mil toneladas importadas em julho, com crescimento de 65,6% em relação a junho/2018 e de 42% ante julho/17.

Neste volume, importante ressaltar que o produto do Uruguai teve grande influência nas importações de julho. No mês, o país enviou 3,8 mil toneladas ao Brasil, contra 1,9 mil toneladas em junho (+101%), elevando assim sua participação total para 41% do leite importado pelo Brasil, contra 33% em junho.     

Em julho, também se buscou um maior volume de gorduras no mercado externo. Entre manteiga e butter oil, houve aumento mensal de 70% nas importações, sendo internalizadas 0,74 mil toneladas em julho, contra 0,44 mil toneladas do mês anterior.

Já nos queijos, a variação foi de 4%, sendo internalizadas 2,8 mil toneladas em julho contra 2,7 mil toneladas em junho. Os dados de comércio exterior para o mês de julho/2018 são apresentados na tabela 1. (Milkpoint)

Tabela 1. Balança comercial láctea em julho de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 

 
 

BOIA AO MAR

Endividamento de produtores é um dos grades problemas do agronegócio. O anúncio do BNDES, na sexta-feira, da criação de linha para quitação de dívidas foi espécie de boia jogada ao mar, na tentativa de trazer à terra eventuais náufragos.

O programa tem limite de R$ 5 bilhões. Se encaixam operações de custeio ou investimento acertadas até 28 de dezembro de 2017, dívidas contraídas com fornecedores de insumos agropecuários ou instituições financeiras.

- Vale como alternativa para quem não tem outra saída. O custo é muito alto, mas tem gente que está pagando juros superiores a esses ao estar na inadimplência ou para fornecedores - avalia o advogado Ricardo Alfonsin. (Zero Hora) 

 

Valorização de produtos a partir da região de origem é tema de evento internacional em BH

Indicação Geográfica - A valorização de produtos a partir qualidade e da origem, o controle, a rastreabilidade e desafios tecnológicos serão discutidos por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na próxima semana, nos dias 9 e 10, no III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, em Belo Horizonte. 

De acordo com a coordenadora de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários do Mapa, Patrícia Metzler Saraiva, o encontro internacional, resultado de parceria entre instituições brasileiras e internacionais, reunirá empresários, produtores rurais, técnicos e dirigentes de entidades. "Vamos discutir os benefícios das indicações geográficas, das marcas coletivas, e como elas podem valorizar produtos de determinadas regiões", disse Patrícia.

O evento contará com a participação de especialistas vindos do Chile, França, Guatemala, Marrocos, México e Portugal, além dos brasileiros e representantes de diferentes IGs registradas no país.

O encontro é uma realização do MAPA, em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Instituto de Propriedade Industrial da França e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

No sábado (11), das 10 às 17h, no Museu Abílio Barreto, sera realizada a Feirinha Aproxima - Indicações Geográficas do Brasil, com produtos com registro de Indicação Geográfica e Marca Coletiva. Haverá degustação, exposição, lançamento e venda de produtos diferenciados, com origem reconhecida e protegida, como queijos, cafés, vinhos e espumantes.

Histórico
Muito conhecidas em países com tradição na produção de vinhos e produtos alimentícios, como França, Portugal e Itália, as Indicações Geográficas (IG) foram estabelecidas no Brasil pela Lei da Propriedade Industrial (nº 9.279), em 1996. Cabe ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, conceder os registros.

As Indicações Geográficas podem ser registradas como Indicação de Procedência - que é o nome geográfico do país, cidade, região ou localidade que tenha se tornado conhecida como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto - e também como Denominação de Origem - para designar produtos cujas características se devam exclusivamente ou essencialmente ao meio geográfico de onde vieram, incluindo fatores naturais e humanos.

No Brasil já estão registradas 67 IGs, sendo 49 como indicações de procedência e 18 como denominações de origem (destas, oito são estrangeiras). Inscreva-se para o evento. (Mapa)

 

Mapa Leite: mais três cidades estão no roteiro para receber visita e orientações sobre nutrição.
Mapa Leite - As incursões de instrutores do SENAR-RS vinculados ao programa Mapa Leite seguem pelo noroeste do Estado. A partir de 06 de agosto, propriedades de Tuparendi, Horizontina e Santo Cristo estarão no roteiro das consultorias que abordarão o tema nutrição de bovinos de leite. Produtores rurais de localidades vizinhas que estão cadastrados no programa participarão das consultorias que tem como objetivo melhorar a produtividade e a qualidade da produção de leite das propriedades dos produtores assistidos pelo programa, bem como, melhorar eficiência da cadeia do leite no Estado. As consultorias se baseiam nas necessidades identificadas pelos técnicos de campo durante a realização das visitas mensais nas propriedades participantes do Programa, realizadas em meses anteriores. Será a oportunidade para que os produtores recebam orientações sobre nutrição a serem implementadas nas propriedades. O Mapa Leite, fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura e o SENAR, visa fornecer Assistência Técnica e Gerencial, além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento de leite seguro e de qualidade. Cada propriedade cadastrada recebe metodologia específica, através de profissionais com formação em ciências agrárias de nível técnico e superior em Agronomia, Medicina Veterinária ou Zootecnia, capacitados e habilitados pela instituição. No Rio Grande do Sul, 1057 propriedades estão sendo atendidas pelo programa. (Senar/RS)