Porto Alegre, 03 de outubro de 2018 Ano 12 - N° 2.832
Um software Para cada nicho
A Receita Estadual vai autorizar empresas a desenvolverem softwares de emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e) focados nas atividades agropecuária. A inovação será anunciada nos próximos dias. "Trata-se de uma grande evolução, porque os desenvolvedores vão poder atender às peculiaridades de cada nicho da produção rural", diz o subsecretário adjunto da Receita Estadual, Guilherme Comiran. Hoje, para emitir a NF-e, o produtor tem que acessar o site da Secretaria da Fazenda e preencher as informações dentro de um sistema generalista.
Muitas vezes, este procedimento é de difícil entendimento. Comiran observa que, para emissão da NF-e por meio de um software de sua escolha, o produtor precisará ter um certificado digital, adquirido junto às autoridades certificadoras. A emissão das NF-e se tornará obrigatória, em substituição ao talão de produtor, a partir de 1° de janeiro de 2020. Em agosto deste ano, o governo publicou decreto no Diário Oficial do Estado prorrogando o prazo, que terminava no início de 2019, por entender que ainda existem diversas regiões sem acesso à Internet.
O assessor de Política Agrícola da Fetag, Kaliton Prestes, diz esperar que este prazo alongado sirva para se encontrar uma saída para quem reside em áreas sem Internet. "Queremos uma alternativa, nem que seja um aplicativo que funcione off-line para o registro das notas", pediu Prestes. O representante da Receita diz que o serviço off-line é inviável tecnicamente. "Não existe esta possibilidade, porque não há como garantir a transmissão da nota", afirma Comiran, ao apostar que este problema só terminará com a cobertura de Internet em todo o Estado. (Correio do Povo)
Programa garante a excelência do leite que chega à Indústria de Laticínios da Languiru
A Cooperativa Languiru gerencia programas que fiscalizam o manejo na propriedade rural, as condutas na indústria e a expedição do seu mix de produtos. O intuito é preservar as características naturais das matérias-primas e garantir a qualidade dos produtos que integram tanto a linha de alimentação humana como a linha de nutrição animal. Há décadas, a cooperativa sustenta uma reputação positiva junto aos consumidores, reflexo de um trabalho que sempre primou pela segurança dos alimentos produzidos em suas plantas industriais. Um exemplo disso está na industrialização de produtos lácteos, com o controle da qualidade iniciando desde o campo.
O Departamento Técnico da Languiru é formado por técnicos em agropecuária, médicos veterinários e engenheiro agrônomo, organizados em divisões por área de atuação (Setor de Aves, Setor de Suínos e Setor de Leite). No que se refere à cadeia produtiva do leite, o grupo de profissionais atua em diversas frentes, que vão desde ao repasse de orientações sobre a sanidade do rebanho, composição da dieta dos animais e instruções sobre ordenha.
Objetivos do programa
Em 2014, com a finalidade de reforçar o conceito de qualidade e valorizar a marca da cooperativa, o Setor de Leite introduziu o programa de Boas Práticas na Fazenda (BPF). A iniciativa concede certificação à propriedade rural mediante a realização de auditoria que procura atender rigorosos parâmetros de segurança dos alimentos, bem-estar animal e sustentabilidade. A auditoria orienta o produtor de leite sobre a conservação dos alimentos, reforça ações para que haja um maior controle sanitário do rebanho, endossa atitudes higiênicas no ambiente de ordenha e acondicionamento do leite, além de chamar a atenção para a importância de anotar desde tratamentos veterinários até mudanças de comportamento do rebanho.
Procedimentos de avaliação
A partir do agendamento da visita de implementação, são entregues o Manual de Boas Práticas de Fabricação, a Agenda da Qualidade e os cartazes com os procedimentos indicados no BPF. Estando todos os aspectos em conformidade, a propriedade recebe certificado válido por um ano, com nova visita de vistoria após esse período. Conseguindo a aprovação, o associado da cooperativa também passa a receber um bônus no pagamento pela produção (Conta do Leite).
"Vale a pena se enquadrar, pois organiza a rotina na propriedade"
Em Linha Comprida, município de Maratá, está localizada a propriedade de Rafael José Schons (36). O associado entrega em torno de mil litros de leite por coleta à Languiru. Decidiu aderir ao programa a partir de informações transmitidas pelo técnico em agropecuária que atende o Vale do Caí. "O BPF logo me interessou, constatei que iria facilitar o manejo e agregar um bônus no valor pago pelo litro de leite", afirmou. A esposa Fabiane Marx Schons (23) revela que tiveram que fazer algumas melhorias, como repensar o local de armazenagem de embalagens de agrotóxicos e de medicamentos veterinários. "É muito importante marcar as vacas que estão em tratamento para não correr o risco de ordenhar algum animal que esteja medicado", exemplificou. Rafael ainda salienta que associados de localidades vizinhas acabaram aderindo ao programa depois de visitarem a sua propriedade rural. Entende que reconheceram os padrões de qualidade do BPF. "Vale a pena se enquadrar, pois organiza a rotina na propriedade", sintetizou. (Assessoria de Imprensa Languiru)
Material vai orientar combate às doenças
Pecuaristas, veterinários e técnicos agrícolas do Rio Grande do Sul irão receber, nas próximas semanas, material elaborado pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) com orientações sobre o combate à febre aftosa. A confecção custou cerca de R$ 240 mil e foi viabilizada com recursos do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Entre os itens estão folhetos, cartazes, separadores de notas fiscais e até ímãs de geladeira. O objetivo é avançar em educação sanitária no contexto de deixar o Estado pronto para auditoria federal, ainda não marcada, que autorize a suspensão da vacinação contra a doença.
O material vai disponibilizar informações como as obrigações do produtor e os números de telefone dos órgãos de controle, além de alertar o pecuarista para a importância de notificar casos de doenças em animais. Segundo a fiscal agropecuária Lucila Carboneiro, do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa da Seapi, a indicação é que, ao observar um animal doente, o pecuarista ou profissional da área veterinária comunique a inspetoria em até 24 horas.
Por isso, será disponibilizado também um número de WhatsApp, 24 horas por dia, que irá receber mensagens de áudio ou escritas. A orientação é que, após o comunicado, o serviço oficial faça o atendimento em até 12 horas. Como o material está em fase final de elaboração, a Seapi pretende utilizá-lo já na etapa de vacinação contra aftosa que ocorre em novembro. "É o momento em que o produtor vai se dirigir à inspetoria e nossos colegas de campo vão fazer a fiscalização", afirma Lucila. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, afirma que o objetivo é mobilizar os segmentos da pecuária de corte e de leite para que estejam atentos a eventuais suspeitas de doenças. (Correio do Povo)
Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa - Relatório 39 de 27/09/2018
Leite/Europa - A produção de leite na União Europeia (UE) continuou bem depois do pico de maio. Historicamente a tendência é de estabilidade até setembro, aumento em outubro, e novas reduções a partir de novembro. Assim a produção atual de leite está em seu menor nível no ano. Na semana passada houve declínio de 1% na Alemanha, e na França de 2%.
As preocupações do verão com o calor e a seca ficaram para trás na Europa. A produção de leite voltou ao normal, e sazonalmente normal também está o processamento nas indústrias. O preço do leite ao produtor pode ser considerado relativamente bom, garantido a produção. Existe um pouco de preocupação no Norte da Europa onde as forragens para o inverno estão menores do que o desejável. Uma iniciativa da população está para ser iniciada na UE. Trata-se de tornar obrigatório a rotulagem com a origem de todo o alimento. A iniciativa começa formalmente no dia 2 de outubro quando buscam um milhão de assinaturas em sete países da UE. Se a meta fora atingida, a Comissão Europeia terá o prazo de três meses para rejeitá-la ou regulamentar. Qualquer que seja a decisão, ela deverá ser bem fundamentada. De acordo com a Eurostat, de janeiro a julho, houve aumento de 1,7% na produção de leite da UE.(Fonte: Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
Lácteos: saiba qual critério é mais importante na decisão de compra
Pesquisa com 1.433 internautas de todos os estados brasileiros, feita pelo painel de consumidores do Opinion Box constatou que preço é o principal critério na decisão de compra de laticínios, com 27% das menções. Em segundo lugar aparece o quesito sabor, citado por 23% dos entrevistados. Segundo o levantamento, a marca figura em terceiro lugar, uma vez que é o fator mais relevante para 17% do público. Outros 13% de internautas disseram decidir a compra influenciados, principalmente, por promoções. A tabela nutricional fecha a lista dos cinco mais relevantes critérios de escolha, com 8% de participação. De acordo com o estudo, os produtos mais consumidos do segmento são os iogurtes, lembrados por 83% dos entrevistados. Em seguida aparece a manteiga, que figura entre os hábitos de consumo de 72% dos participantes da pesquisa. Queijos e leite líquido estão logo atrás, ambos mencionados por 70% do público. Duas outras categorias também são consumidas por mais da metade dos respondentes: requeijão (62%) e leite em pó (56%). Para a grande maioria dos respondentes, o valor médio gasto com lácteos a cada compra não ultrapassa a faixa dos R$ 50. Segundo a pesquisa, 36% costumam desembolsar menos de R$ 30, enquanto 35% dos consumidores gastam entre R$ 31 e R$ 50. (As informações são da SA Varejo)