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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.228


Fundoleite busca R$ 15 milhões para projetos

Até julho deste ano, a cadeia leiteira tinha obtido a liberação de apenas R$ 130 mil, de um saldo de R$ 35,91 milhões acumulados, os quais foram usados para pagar despesas do Conseleite com a UPF

Segundo maior em recursos depositados, o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) conseguiu a liberação de módicos R$ 130 mil até julho deste ano, frente um saldo de R$ 35,91 milhões. Os valores pagos representam 0,36% do total arrecadado junto a pecuaristas e indústrias do setor lácteo. Os pagamentos foram feitos para custear o convênio do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite) com a Universidade de Passo Fundo (UPF), que fornece serviços técnicos mensais de cálculo do preço de referência aos produtores.

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, relata a necessidade de liberação de R$ 15 milhões para a execução de outros projetos já apresentados. “A arrecadação é satisfatória, mas não tivemos sucesso até agora para a aplicação dos recursos, que são fundamentais, ainda mais agora depois das enchentes, porque seriam aplicados a fundo perdido na recuperação de pastagens, de equipamentos, instalações e no próprio rebanho”, afirma.

Palharini foi informado pelo Correio do Povo sobre o saldo do Fundoleite (R$ 35,91 milhões, em 16 de julho de 2024) e espera uma sinalização do governo estadual. “Não sabemos por que até agora não houve liberação, já que, segundo informação da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), as dificuldades jurídicas já teriam sido ultrapassadas”, salienta. Para o dirigente, qualquer possível mudança na gestão deve buscar mais agilidade na operacionalização. “O que a gente precisa é a efetiva liberação do recurso”, reforça.

O gerente de relações institucionais e sindical do Sistema Ocergs, Tarcisio Minetto, diz que os recursos no fundo são fundamentais para a melhoria de processos produtivos, assistência técnica e extensão rural (Ater), sanidade e certificação. A legislação indica que 70% da arrecadação deve ser direcionada para Ater, 20% para projetos de desenvolvimento e apoio à cadeia produtiva e 10% para custeio administrativo de entidade representativa do setor. “O Sistema Ocergs entende que é preciso celeridade na liberação de recursos, e o Fundoleite tem valores para serem utilizados”, afirma.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) informou que está em andamento desde 2023 o contrato com a UPF para elaboração e apresentação de relatório técnico de acompanhamento sistemático de parâmetros para a formação do valor de referência do leite ao produtor. A Seapi diz que já trabalha para a renovação do contrato e garantia do serviço em 2025. “Já os projetos para desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e dos seus produtos lácteos, o governo está trabalhando para a liberação desses recursos, sabendo da importância do setor produtivo. Há questões administrativas e jurídicas que precisam ser superadas para manifestações futuras”, informou a assessoria da pasta. (Correio do Povo)


89% da grande indústria do país tem práticas ambientais

Estudo mostra que empresas maiores adotam maior número de iniciativas e que a maior parte delas está ligada à regulação do setor

Em tempos de secas e queimadas no Brasil, um novo estudo do IBGE dá uma dimensão do uso de iniciativas ambientais por indústrias extrativas e de transformação de médio e grande porte no país. Das empresas industriais com pelo menos 100 funcionários, 89,1% têm alguma prática ambiental: são 8.758 das 9.827 nesse perfil. A maioria (58,8%) tem iniciativa em pelo menos quatro temas e uma em cada dez empresas (9,7%) só adotaram um tipo de iniciativa.

As informações são da Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec 2023): Indicadores Temáticos - Práticas Ambientais e Biotecnologia, uma parceria entre IBGE, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O levantamento foi feito com amostra de 1.611 empresas, dentre 9.833 que se encaixam no perfil estudado.

O estudo se volta para a atuação das companhias em seis temas. O tópico resíduos sólidos foi o teve maior adesão entre as companhias (79,6%), seguido por reciclagem e reuso (75,1%), eficiência energética (61,5%), recursos hídricos (57,1%), emissões atmosféricas (46,3%) e uso do solo (23,9%).

Os dados mostram que o número de temas adotados pelas empresas aumenta de acordo com seu porte. Entre aquelas com ações em apenas um tema, a maioria (81,6%) era empresas na faixa de 100 a 249 funcionários. As empresas com mais de 500 funcionários detinham a maior parcela (38,2%). As empresas com 500 ou mais ocupados lideram em todos os seis temas de iniciativas ou práticas ambientais.

“Entre as grandes empresas, só 2,2% tem ações em apenas um tema. Por outro lado, as empresas menores têm participação maior entre as com apenas um tema [81,6%]”, afirma o gerente de pesquisas temáticas do IBGE, Flávio Peixoto.

A regulação brasileira é a principal razão para a adoção de práticas ambientais. Das indústrias com iniciativas na área, 88,6% apontam este como o principal fator a influenciar na decisão. A estratégia autônoma das empresas também aparece com destaque (87,7%), seguida por influência de fornecedores e/ou clientes (63,9%) e da opinião pública e/sociedade civil (44,9%). O atendimento a normas ambientais externas foi apontado por 44,1%.

Apenas 22,2% das empresas industriais mencionam a atratividade de programas de apoio (públicos ou privados) para a inclusão de iniciativas ambientais em sua operação. “Isso sugere a importância da melhoria das condições de acesso à apoio público. Os programa

Na análise dos benefícios das práticas ambientais, o mais citado foi atendimento às normas legais (89,5%). As vantagens mais mencionadas em seguida trazem outras informações sobre a visão das empresas. Eficiência operacional, redução de custos e riscos operacionais (84,4%); melhoria na reputação/imagem (78,8%); relacionamento com o cliente (71,6%); e relacionamento com a comunidade local (66,5%) foram os benefícios mais frequentes.

Os altos custos das soluções ambientais são o principal obstáculo, seja nas empresas com iniciativas na área (71,8%), seja nas que não têm ações. No grupo de empresas industriais com práticas ambientais, 52,4% citaram a escassez de oferta de programas de apoio e fomento público como fator complicador, seguido por escassez de recursos financeiros na empresa (39,7%).

A indústria de bebidas lidera a adoção de medidas, com 100% das empresas. Em seguida aparecem refino e derivados de petróleo, coque e biocombustíveis (99,4%); artigos de borracha e plástico (95,9%); equipamentos de informática, produtos 

Peixoto explica que geralmente as práticas ambientais estão ligadas ao ramo de atividade. “Os setores, por sua natureza, tendem a praticar mais as iniciativas ligadas às suas atividades.” O setor de bebidas se destaca no tema de recursos hídricos (93,3%). Já o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos é líder em resíduos sólidos (94,4%). 

Valor Econômico

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1833 de 19 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite da Campanha ainda enfrentam dificuldades para aumentar a produção tanto pelo desempenho abaixo do normal das pastagens de aveia e de azevém quanto pela limitação de pastejo, causada pelo excesso de umidade no solo. 

Em Candiota, o barro vem causando grandes transtornos, como a elevação da incidência de mastites nas matrizes e sérios problemas para o acesso dos caminhões de coleta até os resfriadores das propriedades. 

Na Fronteira Oeste, o cenário é um pouco melhor devido à condição mais favorável de umidade nos solos, que beneficia as pastagens e não causa acúmulo de barro nos potreiros e nos acessos internos. 

Na de Caxias do Sul, o bem-estar dos animais foi favorecido pelas temperaturas mais agradáveis tanto para animais em sistema a pasto quanto para os confinados. A condição corporal e de sanidade dos bovinos leiteiros está boa, sem restrições alimentares. 

Em Picada Café, foi constatado casos de raiva herbívora, deixando os municípios próximos em alerta, de acordo com informações da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Nova Petrópolis. O tempo seco favoreceu a qualidade do leite produzido na maior parte da semana, mantendo os úberes limpos. A contagem de células somáticas e bacteriana total ficaram dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). As coletas de leite transcorreram normalmente.

Na de Erechim, matrizes leiteiras apresentam melhora na produtividade, principalmente em animais criados a pasto, pois o clima beneficiou o desenvolvimento das pastagens. Os produtores estão realizando o desmame, a mocha e a vacinação contra brucelose em terneiras com idades entre 3 e 8 meses. Além disso, está ocorrendo a secagem das vacas com o objetivo de preservar a saúde e a produtividade do úbere para a próxima lactação. Os casos de mastite, que foram altos durante o período chuvoso e úmido, estão começando a se normalizar. A vacinação contra clostridioses e a dosificação para o controle de verminoses ainda estão em andamento em muitas propriedades. As inseminações artificiais ocorrem dentro da normalidade, e as práticas de IATF estão aumentando. As vacinas reprodutivas, como para rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), diarreia viral bovina (BVD) e leptospirose, têm sido aplicadas nas novilhas e reforçadas nas vacas, visando melhorar a imunidade do rebanho, conforme os protocolos estabelecidos para cada propriedade. O estado sanitário dos rebanhos é considerado adequado.

Na de Frederico Westphalen, dias secos e ensolarados e a chuva facilitaram o desenvolvimento das culturas e o aumento do pastejo. A produção de leite está estável.

Na de Ijuí, o clima mais ameno com baixa umidade tem auxiliado no manejo dos animais a campo e contribuído para o controle da umidade no substrato utilizado nas instalações de acomodação dos animais confinados. A dieta das vacas ainda é de pastagens e silagem, que respondem por aproximadamente 65% do alimento consumido; ração representa 24%; e o restante entre fenos e suplementos.

Na de Porto Alegre, a atenção tem sido redobrada em relação ao estado sanitário para evitar problemas de casco e mastites. A produção de leite ainda está abaixo do normal. Há melhora no estado corporal, nutricional e sanitário do rebanho em razão da suplementação alimentar com ração e silagem de milho e de maior atenção sanitária, mas essas práticas refletem em aumento no custo de produção. Não há registros de infestação por mosca ou carrapato. É realizado agendamento de diagnósticos de gestação nos rebanhos. 

Na de Pelotas, observa-se a retomada na produção de leite na proporção da melhoria das pastagens cultivadas de inverno e pastejo. Conforme relatos de empresa compradora, o volume de produção está em níveis ajustados para a época; destaca-se que, desde junho, os 
volumes não atingiam níveis compatíveis.

Na de Santa Maria, a maior parte do rebanho leiteiro recebe boa oferta de pastos de aveia e azevém. Em Pinhal Grande, há necessidade de complementação da dieta das vacas com silagem e ração.

Na de Santa Rosa, mantém-se a tendência de aumento da produção de leite, potencializada pelas condições climáticas para o desenvolvimento das pastagens. Na maioria das análises de leite, houve melhora da qualidade. Além das pastagens de inverno, começam a entrar, na dieta das vacas, as forrageiras de verão, como Tifton, Jiggs, e as braquiárias, como Aruana, que apresentam qualidade nutricional, diminuindo o uso de proteína na ração. Os produtores realizam a suplementação no cocho com ração e com alimentos conservados, como silagem, pré-secado e principalmente feno. Entre os dias 12 e 13/09, as chuvas causaram a formação de barro nos arredores das salas de espera, reduzindo o pastejo. Nos demais dias, o tempo seco colaborou para o bem-estar das vacas e para sua produtividade. 

Na de Soledade, em decorrência da restrição da oferta de pastagens anuais de inverno, os bovinocultores de leite buscaram a complementação da oferta de volumosos com alimentos conservados (silagem, pré-secado e feno) produzidos ou adquiridos. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão do tempo para o Rio Grande do Sul: Chuvas distribuídas e elevação de temperatura
A semana entre os dias 23 e 25 de setembro de 2024 trará mudanças climáticas significativas ao Rio Grande do Sul, com temperaturas em elevação e volumes expressivos de chuva em diversas regiões. A atmosfera repetirá o comportamento do final de semana anterior, favorecendo uma elevação gradativa nas temperaturas e a possibilidade de precipitações fracas em áreas do Sul, Campanha, Fronteira Oeste e parte da Região Metropolitana. Na segunda-feira (23/09), espera-se que o cenário se mantenha estável, com o calor crescente ao longo do dia e pancadas leves em regiões isoladas. Já na terça-feira (24/09), a presença do Jato de Baixos Níveis (JBN) intensificará o movimento do cavado em superfície, que se deslocará do Paraguai até o Rio Grande do Sul. Isso aumentará a nebulosidade e continuará elevando as temperaturas, preparando o Estado para um quadro mais úmido. O destaque será na quarta-feira (25/09), quando a propagação de uma frente estacionária no Oceano Atlântico deverá provocar chuvas de moderada a forte intensidade nas regiões Sul e parte da Campanha. Esse aumento nas precipitações será uma constante durante a semana, com volumes acumulados de chuva significativos. De acordo com os prognósticos meteorológicos, há previsão de chuvas bem distribuídas em todo o Estado ao longo da próxima semana, com volumes que podem variar de 30 a 50 mm na maioria das regiões. No entanto, algumas áreas, como a Campanha, Fronteira Oeste, Extremo Sul, Região Central e Vales, poderão registrar acumulados superiores a 50 mm. Em contrapartida, nas fronteiras com Argentina e Santa Catarina, além da Região Metropolitana, Litoral Norte e áreas próximas à Laguna dos Patos, os volumes de chuva devem ser menores, entre 20 e 30 mm. Essas condições demandam atenção, especialmente em regiões propensas a alagamentos e enchentes, como áreas ribeirinhas e zonas mais baixas. A elevação das temperaturas, combinada com a umidade, pode gerar instabilidades que agravam os riscos de temporais localizados e trovoadas intensas. Os gaúchos devem se preparar para dias quentes, mas acompanhados por chuvas em momentos estratégicos, o que poderá aliviar parcialmente o impacto do calor intenso, mas exige cautela em áreas mais vulneráveis. (Boletim agrometeorológico)


 
 
 

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Porto Alegre, 19 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.227


Copom decide elevar juro em 0,25 ponto, a 10,75%

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou negativo em 0,02%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda no preço da energia puxou o índice para baixo, mas o alívio na inflação é temporário.

As tarifas de luz subirão a partir de setembro por causa da bandeira tarifária vermelha. Além disso, a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o choque de oferta de alimentos não seja resolvido por meio de juros.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,24 em 12 meses, próximo do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4%, mas a estimativa pode mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de setembro.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,35%, perto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,22%.

Crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 2,3% a projeção de crescimento para a economia em 2024, mas o número deve ser revisado após o crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

O mercado projeta crescimento bem melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,96% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Correio do Povo)


IBGE: Produção da Pecuária Municipal 2023 - PPM 

Preço médio pago pelo leite recua 1,7%, porém ainda é a segunda maior média nacional registrada na série histórica

O valor de produção do leite contabilizado, em 2023, foi de R$ 80,3 bilhões, alta de 0,4% frente a 2022. O preço médio estimado foi de R$ 2,27 por litro de leite, recuo de 1,9% se comparado aos R$ 2,31 pagos no ano anterior. Essa redução no preço do leite pode ser explicada pela forte importação do produto, concorrendo com o produto nacional, além da fraca demanda interna por produtos lácteos.

Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul lideraram dentre os valores de produção estaduais. Minas Gerais foi responsável por 28,6% do total nacional, R$ 21,5 bilhões, queda de 6,0% em relação ao valor de produção de 2022. O Paraná alcançou R$ 11,4 bilhões, aumento de 4,3% e participou com 14,2% do valor de produção nacional; e o Rio Grande do Sul, com valor de produção de R$ 9,1 bilhões, participou com 11,4%.

Dos 5 491 Municípios com alguma produção de leite de vaca, em 2023, Castro (Paraná) apresentou a maior quantidade, liderando, mais uma vez, o ranking, com 454,0 milhões de litros, alta de 6,4% em relação a 2022, e R$ 1,3 bilhão. Carambeí (Paraná) se manteve na segunda posição, com 269,9 milhões de litros, alta de 5,6%, e R$ 755,7 milhões e, em seguida, com 211,1 milhões de litros e R$ 513,0 milhões, veio Patos de Minas (Minas Gerais), assim como no ano anterior.

Por meio da diferença entre o total de leite produzido no Brasil (35,4 bilhões de litros), apurado pela PPM, e a quantidade de leite cru adquirida pelos laticínios sob inspeção sanitária (24,6 bilhões de litros), obtida pela Pesquisa Trimestral do Leite, também do IBGE, é possível inferir que o volume de leite submetido à inspeção sanitária correspondeu a 69,6% do total nacional em 2023.


Piracanjuba Lança Relatório de Sustentabilidade 2023 e reforça compromisso com futuro sustentável

A Piracanjuba divulgou nesta semana o seu Relatório de Sustentabilidade 2023, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e responsável. O documento detalha as iniciativas da empresa em práticas ambientais, sociais e de governança (ASG), e traz uma análise profunda dos resultados obtidos ao longo do ano passado.

Entre os principais avanços apresentados, destaca-se a adoção da matriz de materialidade, ferramenta estratégica essencial que permite à Piracanjuba identificar e priorizar os impactos socioambientais e financeiros mais relevantes para seu negócio e seus stakeholders. Essa matriz fortalece o planejamento estratégico da empresa, com foco em um crescimento sustentável e responsável.

No aspecto ambiental, o relatório ressalta importantes conquistas, como a redução das emissões de carbono, melhorias no uso racional da água e iniciativas de economia circular, que visam minimizar o desperdício e aumentar a reutilização de recursos. A empresa também reforçou seu compromisso com a energia renovável, destacando a transição para o uso de fontes mais limpas em suas operações.

No campo social, a Piracanjuba sublinhou ações voltadas para a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, além de projetos comunitários que buscam impactar positivamente as regiões onde a empresa opera. O relatório destaca ainda o fortalecimento de parcerias com produtores de leite, promovendo práticas sustentáveis na cadeia produtiva.

A Piracanjuba tem investido fortemente em inovação, com foco em soluções tecnológicas que não apenas aumentem a eficiência operacional, mas também promovam o respeito ao meio ambiente. O Relatório de Sustentabilidade 2023 demonstra essa dedicação por meio de indicadores e métricas que garantem a transparência das operações da empresa.

O documento está disponível ao público, e a empresa convida todos os interessados a acessá-lo e conferir de perto as iniciativas que estão moldando o futuro sustentável da marca. Acesse o relatório completo clicando aqui (pIracanjuba via Linkedin  - adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo vão até 01/11
Seguem abertas até o dia 01/11 as inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Nesta edição de aniversário, a premiação vai destacar o profissional mais premiado ao longo das dez edições. Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Os trabalhos precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e não há limite de número de inscrições por candidato. A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29/11 e os vencedores revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição. (SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.225


Copom deve retomar alta da taxa de juros

Analistas ouvidos pelo Banco Central acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) subirá a taxa básica de juros para 10,75% nesta semana. O comitê se reúne para definir a nova Selic. Segundo o boletim Focus, divulgado ontem, o mercado prevê que haverá um aumento de 0,25 ponto percentual no patamar atual de 10,50%. Os dados mais recentes disponíveis, da sexta-feira, sugerem que a Selic deve subir 0,25 ponto percentual a partir desta quarta-feira, e chegar a 11,50% em janeiro de 2025. A partir dali, seriam três reuniões de estabilidade, com a possibilidade de um primeiro corte só em julho do ano que vem.

Apesar da expectativa consensual sobre qual deve ser a rota escolhida pela autoridade monetária, nem todos os agentes econômicos concordam com o caminho que parece mais provável nesta reunião -a primeira desde que Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, foi indicado pelo presidente Lula à presidência do BC.

Alguns acham que o Copom precisa ser mais agressivo na largada, com uma alta de 0,5 ponto 
percentual, enquanto outros defendem que a melhor opção seria manter os juros no patamar atual, na visão deles já bastante restritivo.

O economista-chefe da XP e ex-assessor no Ministério da Economia, Caio Megale, considera acertada a possibilidade de o BC iniciar um novo ciclo de subida de juros com uma elevação de 0,25 ponto percentual da Selic. “Quando se tem pouca visibilidade e muita incerteza, é melhor começar devagar e, ao longo do tempo, ir calibrando (o ritmo de ajuste). Se precisar, acelera (o passo) ou não. Mas começar de forma gradual, com 0,25 faz sentido”, diz. “Até outro dia eles 
estavam cortando os juros. É uma reversão de percepção de cenário”, acrescenta.

Para Tony Volpon, ex-diretor do BC e professor adjunto da Georgetown University, o Copom deveria dar um passo maior no primeiro movimento de alta para sinalizar com mais clareza ao mercado o tamanho do seu compromisso com a meta de inflação, sobretudo nesse momento em que a credibilidade da instituição está na mira devido à transição de comando.

Mas o economista considera que os dados mais recentes de inflação geram um “constrangimento” do ponto de vista político a um aumento de juros mais agressivo. Outra previsão que subiu, mas pela nona semana seguida, foi a inflação, que saltou a 4,35%, contra 4,30% da semana anterior. O mercado também elevou a expectativa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2025 (de 3,92% para 3,95%) e 2026 (3,6% para 3,61%). Um juro médio maior ao longo do ano que vem deveria fazer a inflação convergir mais rapidamente. Mas o Focus também mostrou que a projeção do mercado para a inflação acumulada em 12 meses em março de 2026 - o horizonte relevante do Copom - aumentou, de 3,77% na semana anterior para 3,81% nesta, com base nas projeções mensais. Na sua última reunião, o comitê estimava que manter a Selic estável em 10,5% seria suficiente para levar a inflação a 3,2% nesse mesmo horizonte.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se preocupa que a seca que assola parte do país deve aumentar “um pouquinho” a inflação, e a sua pasta já revisou a expectativa do índice neste ano para 4,25%, contra 3,9% anteriormente. O dólar também está com uma previsão mais alta nesta segunda--feira, com os economistas projetando a cotação de R$ 5,40 para o término deste ano. Na semana passada, ele estava em R$ 5,35.

As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que subsidia o relatório Focus, continuam indicando um ciclo total de aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, a 11,5% em janeiro de 2025. Mas também passaram a sugerir menos cortes nos juros no ano que vem, com uma taxa média mais alta ao longo de todo o horizonte relevante do Banco Central. Um juro médio maior ao longo do ano que vem deveria fazer a inflação convergir mais rapidamente. Mas o Focus também mostrou que a projeção do mercado para a inflação acumulada em 12 meses em março de 2026 - o horizonte relevante do Copom - aumentou, de 3,77% na semana anterior para 3,81% nesta, com base nas projeções mensais. (Jornal do Comércio)


GDT: preços internacionais voltam a avançar

Grande parte das categorias lácteas voltaram a apresentar ajustes positivos nos preços, no 364º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 17/09. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.883/tonelada, como mostra o gráfico 1, com um aumento de 0,8% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Neste leilão, os preços médios finais apresentaram menores oscilações, se comparado ao evento anterior. Nesse cenário, o destaque ficou para a categoria do queijo muçarela, que obteve uma valorização de 4,5%, sendo negociado na média de US$ 5.351/tonelada.
A principal categoria do leilão, o leite em pó integral, voltou a registrar alta, sendo negociado na média de US$ 3.448/tonelada, representando um aumento de 1,5% em relação ao evento anterior, da mesma forma, o leite em pó desnatado apresentou alta de 2,2% sendo negociado na média de US$ 2.809/tonelada. Em relação à queda, a única categoria que obteve variação negativa foi a manteiga, que apresentou pequena retração de 1,7%, fechando na média de US$ 6.546/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 17/09/2024.


Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
No segundo leilão de setembro, o volume negociado apresentou pequeno crescimento. Com um total de 38.814 toneladas sendo negociadas (o maior volume desde setembro de 2019), marcando um aumento de 1,2% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda do leilão, mesmo com o volume ofertado atingindo suas máximas dos últimos anos, o bom apetite das compras chinesas e de países do oriente médio tem dado maior sustentação aos preços. Para o leite em pó integral, por exemplo, o preço vem oscilando na faixa de USD 3.200 a USD 3.500 nos últimos meses.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam preços próximos à estabilidade em comparação com os valores atuais, conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

As importações futuras brasileiras continuarão sendo influenciadas principalmente pela competitividade de preços entre os produtos importados e os produtos locais, além da disponibilidade dos nossos principais fornecedores internacionais de lácteos, a Argentina e o Uruguai.

Desta forma, o mercado de lácteos no Brasil enfrenta um cenário de preços ainda superiores aos praticados no Global Dairy Trade (GDT), embora a diferença tenha diminuído recentemente, devido às altas do último leilão.

Com o Brasil ainda pagando preços superiores aos outros principais mercados, o país ainda deve manter suas importações em patamares elevados. Entretanto, o crescente apetite de mercados que também são compradores do Mercosul, como Oriente Médio e Norte da África, pode refletir em uma disponibilidade mais apertada das vendas de lácteos da Argentina e Uruguai para o Brasil. (Milkpoint)

Da tela para a mesa: o impacto do Tik Tok no setor de alimentício

O TikTok, uma febre mundial com mais de um bilhão de usuários ativos, está revolucionando nossos hábitos alimentares. A plataforma, uma das maiores redes sociais do planeta, está influenciando significativamente o setor de alimentos e bebidas.

Com um algoritmo que prioriza a descoberta e a interação, o TikTok criou um ambiente onde receitas caseiras e dicas culinárias se espalham rapidamente, influenciando as escolhas e até os hábitos alimentares de milhões de pessoas. Diferente do Instagram, que valoriza a estética perfeita, o TikTok celebra a autenticidade e a diversidade, permitindo que qualquer pessoa compartilhe suas experiências - inclusive as culinárias - e inspire outros. 

De acordo com o relatório The Future of Food & Drink: how TikTok is influencing the way we eat (em tradução livre, O Futuro da Alimentação e Bebidas: como o TikTok está influenciando a maneira como comemos), elaborado pela agência Verve, diversas mudanças culturais no consumo de alimentos e bebidas estão ocorrendo na plataforma.

O relatório revela que há uma oportunidade de aprender não apenas como as pessoas compram, mas quando e onde elas compram. Elas misturam varejistas (de baixo valor a alto valor). Elas não fazem simplesmente uma "grande compra" por semana. Segundo o relatório, houve uma aumento de 95% em artigos da mídia sobre "truques de supermercado" do TikTok ano após ano (Brandwatch, janeiro de 2022). 

Além disso, o relatório destaca mudança no comportamento dos consumidores: estamos nos afastando de alimentos autoconscientes e esteticamente selecionados, geralmente promovidos por influenciadores e celebridades, e migrando para um cenário onde ‘todos têm uma chance’. Cozinhar de maneira imperfeita virou uma forma de entretenimento, com o prazer superando a busca pela perfeição.

Essa nova abordagem não apenas promove uma relação mais positiva com a comida, mas também oferece oportunidades para marcas se alinharem aos novos valores dos consumidores. As marcas precisam estar atentas às novas dinâmicas de compra, preparo e consumo, pois a influência do TikTok vai além das vendas imediatas, moldando as expectativas e percepções sobre o prazer e a experiência alimentar. 

Impacto do TikTok no mercado lácteo

Um exemplo claro desse impacto no setor de lácteos é o “boom” nas vendas de queijo cottage nos Estados Unidos. O fenômeno pode parecer exagerado, mas é real: o TikTok impulsionou as vendas dessa categoria a níveis surpreendentes. Segundo a Circana, empresa de pesquisa de mercado sediada em Chicago, nos Estados Unidos, as vendas de queijo cottage cresceram expressivamente no período de 52 semanas encerrado em 25 de fevereiro de 2024.

As vendas em dólares de queijo cottage aumentaram 16% em comparação ao ano anterior, alcançando US$1,33 bilhão, enquanto as vendas em unidades cresceram 11%, totalizando 485 milhões. Marcas próprias de supermercados lideraram o crescimento, mais do que dobrando as vendas em relação aos concorrentes. Mas, além das marcas próprias, várias empresas obtiveram excelentes resultados em relação ao ano anterior. O maior destaque foi a empresa Good Culture, cujas vendas em dólares aumentaram 87%, chegando a US$104 milhões, acompanhada de um aumento de 57% nas vendas unitárias, chegando a 35 milhões.

 “O queijo cottage está registrando um forte crescimento tanto para as marcas quanto para as marcas próprias de supermercados, já que o TikTok elevou toda a categoria”, disse John Crawford, vice-presidente de Insights do Client Insights-Dairy da Circana.

Além do queijo cottage, algumas subcategorias específicas mostraram força significativa. Um exemplo é o creme azedo, que teve um ano forte em geral. Suas vendas em dólares aumentaram 6% em relação ao ano anterior, chegando a US$1,76 bilhão.

O TikTok está redefinindo a maneira como nos relacionamos com a comida, criando tendências que vão além das redes sociais e impactam diretamente o mercado alimentício. Desde novas formas de consumo até o aumento nas vendas de produtos específicos, como o queijo cottage, a plataforma se tornou um verdadeiro impulsionador de mudanças culturais e comerciais no setor. 

E você, já foi influenciado por alguma receitinha que viu no TikTok? 

Fonte: Milkpoint
Referências: The Future of Food & Drink: how TikTok is influencing the way we eat | Dairy Foods: TikTok drives astronomical sales for cottage cheese


Jogo Rápido

Leite/Argentina
No último relatório do Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA) foi apresentado um mapa com a quantidade de animais ordenhados e a quantidade de fazendas leiteiras cadastradas. A nível nacional, existem 9.241 unidades de produção de leite, que juntas contêm um rebanho de 1.471.497 vacas, a uma taxa de 159 vacas em lactação. A província de Córdoba possui o maior número de vacas leiteiras (465.826), o que representa 31,7% do total de animais leiteiros do país. Santa Fé segue de perto com 31,1%. Quanto ao número de explorações leiteiras, a lista é liderada pela província vizinha, com 3.202 unidades (34,6%), seguida por Córdoba com 2.601 (28,1%). Fonte: https://www.eldiariocba.com.ar via Portalechero.


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.224


Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo vão até 01/11

Seguem abertas até o dia 01/11 as inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Nesta edição de aniversário, a premiação vai destacar o profissional mais premiado ao longo das dez edições. 

Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Os trabalhos precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e não há limite de número de inscrições por candidato. 

A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29/11 e os vencedores revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. 

Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. 

Regulamento e Ficha de inscrição aqui. 

As informações são do SINDILAT/RS


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

Indicadores Leite e Derivados Setembro/2024

O preço do leite ao produtor registrou primeira queda no ano, 1,1% em julho/24, cotado a R$ 2,72 por litro. Em valores nominais, a alta é de 12,8% na comparação com julho do ano passado.

A relação de troca leite/mistura melhorou em julho/24 quando comparada ao mês anterior e também a julho/23. Foram necessários 29,5 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 34,1 litros observados em julho/23.

No varejo, o preço da cesta de lácteos caiu 0,05% em agosto/24. Contudo, registra alta de 2,66% em 12 meses, contrastando com a inflação brasileira de 4,24% no período, medida pelo IPCA. O leite em pó obteve a maior alta mensal, de 1,07% e o leite UHT maior queda, de 1,21%.


As importações brasileiras de leite e derivados, registraram queda. O leite em pó, principal produto importado, recuou 31%. Foram importados 183 milhões de litros equivalente em Agosto/24.

As exportações também caíram, fechando em 4,1 milhões de litros equivalentes. Os principais produtos exportados foram o leite condensado e UHT.

No acumulado de 2024, a balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 620 milhões, correspondente ao volume de 1.436 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral apresentou alta de 1% em relação ao mês anterior, cotado a US$ 3.396/tonelada no início de setembro/24. O leite em pó desnatado registrou alta de 6%, cotado ao valor de US$ 2.753/tonelada.


Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados - Setembro/2024
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Ítalo de Paula Bellozi e Henrique Salles Terror
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


Jogo Rápido

Fazenda projeta alta do PIB de 2024 para 3,2%
O Ministério da Fazenda aumentou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, conforme já havia antecipado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com a grade de parâmetros divulgada na sexta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade este ano passou de 2,5% para 3,2%. Para 2025, a projeção diminuiu marginalmente, de 2,6% para 2,5%, refletindo "a perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado", segundo a SPE. O último boletim macrofiscal havia sido divulgado em julho de 2024. A queda esperada para o PIB agropecuário em 2024 foi reduzida de 2,5% para 1,9%, refletindo revisões para cima nas expectativas para a colheita de milho, algodão e cana de açúcar, além dos abates no ano. (Jornal do comércio)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.223


Crianças Argentinas inovam fazendas leiteiras com robótica

Poucos dias atrás, um grupo de crianças participou de um concurso regional realizado na cidade de Salta. Lá, Benicio Furman, Lautraro Toledo e Gaspar Gonazález, unidos em “Los Halcones” conquistaram o júri avaliador com o projeto destinado a ser uma solução robótica inovadora e funcional para uma fazenda leiteira.Nasceram em Jovita, comunidade ao sul de Córdoba, e desde tenra idade se inclinaram pelo aprendizado de robótica. Na Escola Municipal estudam, aprendem e se divertem meninos e meninas de distintas idades sob a coordenação da engenheira de Sistemas, Carina Cosio

O tema do concurso deste ano foi “aliados da terra”, conforme informação da Escola Municipal de Robótica.

Depois de pesquisar durante semanas, o grupo “Los Halcones” decidiram trabalhar sobre uma fazenda leiteira, algo vinculado à região produtiva onde moram.

“Aí desenvolveram um Sistema Inteligente de Alimentação da Fazenda Leiteira (SIATAMBO)”, explicaram

Com a proposta, os estudantes obtiveram o primeiro lugar entre dezenas de crianças de todo o país e conseguiram passar para o encontro mundial de robótica que será realizado em novembro, na cidade de Esmirna, Turquia.

Sobre o concurso internacional de robótica

A Olimpíada Mundial de Robótica (WRO) é um concurso internacional de robótica educativa que vem sendo realizado há 20 anos e tem como objetivo incentivar o interesse e a paixão pela ciência, a tecnologia, a engenharia e as matemáticas entre meninos, meninas e jovens de todo o mundo.

A cidade turca onde será realizado o evento é um polo de destaque na indústria e tecnologia.

Não é a primeira vez que os estudantes de Jovita se destacam em concursos de robótica no país e no mundo.

Em 2020 obtiveram resultados promissores nos Estados Unidos. Para as pessoas que trabalham na escola de robótica não existe uma receita para conseguir que as crianças se destaquem. Mas partem de três premissas: paixão, amor pelo que faz e muito estudo.

A escola de robótica é pioneira no centro do país. Funciona em um velho posto de gasolina reformado. As últimas administrações municipais consideraram o projeto e deram-lhe continuidade naquela cidade.   Fonte: La Voz - Tradução livre: www.terraviva.com.br


O consumo per capita de leite informal é maior que o consumo formal
 
Consumo de leite - Conforme as estatísticas do PPM/IBGE, a partir de 1997 tornou-se possível calcular o total de leite adquirido pelos produtos e, ao subtraí-lo do total da produção de leite, obtém-se a quantidade de “leite informal”. Alguns analistas menos atentos ainda insistem em denominá-lo “Leite Fantasma”, conceito errado em todos os sentidos, não só do ponto de vista lógico, mas sobretudo porque não explica as diversas questões subjacentes a realidade dos mercados de leite e de lácteos.
 
É importante conhecer a identidade de quem produz esse leite “informal”, quem os consome, assim como se faz com o leite formal.
 
Pelo tamanho desses 2 mercados observa-se ser importante ver os dois lados da produção de leite e suas relações entre si e com a produção e a população total, assim como, com a renda do consumidor e os preços dos produtos e suas distintas estruturas de produção, processamento e distribuição.
 
Não procedendo dessa forma, a sociedade não vai entender por que o Estado teria de ter uma função importante ao atuar nesse mercado informal, fazer investimentos de recursos públicos relevantes voltados a interveniências através de políticas públicas com vistas a integrar esse mercado aos mercados formais. Políticas públicas são muito usuais, mas tem sido mais tempestiva apenas em relação ao mercado formal. Não se pode ter para um mesmo fenômeno dois pesos tão distintos.
 
Ao estudar esse tema, ao procurar entender sob quais funções sua dinâmica funciona, temos que: inicialmente observar que ao medir o leite “comercializado informalmente”, não deve ser somente fazer uma relação mecânica à produção total de leite, apenas para concluir que esse leite informal seria somente a sobra do leite que não passa pelos laticínios, isto é, o leite que vai para o mercado formal.
 
De 1997 a 2014, o leite informal cresceu 33,8%, um pouco menos da metade do crescimento da produção total no mesmo período, mas cresceu! Analisando essa relação no período de 2014 a 2022, no âmbito da mais longa estagnação da cadeia láctea, constata-se que esse mercado informal cresceu mais que a produção total, ficando por volta de 4% a 3%. Então, como são duas faces, lógico que o leite formal cresceu menos.
 
 Achamos que é preciso ir além e considerá-lo também como um mercado que atores, que tem um faturamento de no mínimo de R$ 34 bilhões e cerca de 500 mil produtores de leite. Mas há ainda outras considerações é um setor que ocupa muita gente na produção, no processamento e na distribuição, enfim é um segmento da cadeia láctea, é um setor econômico.
 
Primeiramente, ao fazer essa relação com a produção total, olhamos para o leite informal não somente como “produção”, mas pelo outro lado da moeda, ele é simplesmente uma comercialização de leite para um mercado bem definido: de leite fluidos, queijos e doces etc., sobretudo para regiões rurais e ou periféricas às cidades, de forma decrescente, segundo for o tamanho delas.
 
O maior atrativo de consumo de qualquer produto informal é o seu preço, o mais em conta, natural que seja, até porque não carrega custos de conformidade higiênico sanitária e tributária, entre outros.
 
Chega a ser consumido por uma população próxima a 60 milhões de habitantes. Se tomarmos o volume destinado de leite para o mercado informal em 2024, teríamos um consumo per capita ao arredor de 192 litros.
 
Por outro lado, já o leite formal direto ao consumo através de leite fluido e derivados lácteos, considerando somente o de produção nacional, em um mercado estruturado, detraindo a população que consome o informal, seria acessado por cerca de 153 milhões de habitantes em 2024, resultando de 159,49 litros per capita, em 2024 Assim, temos que o mercado de leite informal além de ter um crescimento maior, tem também um consumo per capita maior que o do leite formal.
 
Entretanto, o mais importante é afirmar que o leite informal é visível, precisa ser entendido pelas autoridades e pela cadeia láctea de quem é filho, com vistas a abrir um debate muito sério sobre a necessidade de fazer a sua integração formal ao mercado lácteo, claro que não se faz com uma varinha de condão, mas com muito trabalho, investimentos em políticas públicas e sobretudo com união de propósitos de toda a sociedade interessada.
 
Por fim, assistimos ao longo dos últimos anos boas iniciativas, como foi, por exemplo, a instituição do selo arte que integra nos mercados a produção artesanal e o SISBI (Selo Arte e SISBI só produção sob SIE e SIM) que descomplica o acesso aos mercados nacionais para laticínios de pequeno porte, fatos esses que constituem um bom início de solução sobretudo em relação as questões relacionadas conformidades sanitárias.
 
Veja no GRÁFICO o desenvolvimento produção de leite 1974 a 2022
 
Segundo o IBGE a produção brasileira de leite e a sua comercialização formal e informal, em 1997- 2014 - 2022- 2024*, definem-se nos seguintes volumes, em milhões de litros ano.
 

 
Para os dados de 2024 a Terra Viva fez uma projeção considerando 2,5% de aumento da produção para 2023, igualmente projetamos um crescimento de 0,5% da produção para 2024, portanto, chegando a um total de crescimento de 3.01% em 2024; em relação a 2022.
 
Observa-se que a produção evoluiu muito bem entre 1997 e 2014, portanto, em 17 anos, houve aumento de 88,17%.
 
No entanto, de 2014 e 2024, em 10 anos, a produção permaneceu estagnada, diminuiu, aumentou, permaneceu estável em alguns desses 10 anos e, finalmente aumentou 2.5% em 2023 (como projeção) e (0,5% como projetado para 2024), como resultado no final de 10 anos conclui-se que esse período se configura como uma longa e tortuosa estagnação, a mais longa da história da cadeia láctea brasileira.
 
O IBGE iniciou a estatística trimestral do leite adquirido pelas indústrias em 1997 que cresceu 121,58%, até o seu apogeu em 2014 e, a partir daí, só diminui pouco e cresceu pouco, até os dias atuais, lógico, conforme aconteceu em segmentos da cadeia láctea, caracterizando como a mais longa estagnação da história da indústria láctea.
 
No período de euforia pelo crescimento que acontecia – 1997/2014 - houve investimentos vultuosos, muita imobilização de capital, muitos esforços em todos os segmentos da cadeia láctea.
 
Na fazenda - a primeira grande luta pela qualidade do leite se iniciou com o resfriamento do leite nas propriedades e na coleta a granel, que envolveu toda a cadeia de produção, de serviços, tecnologias e desenvolvimento de infraestruturas de estradas e de fornecimento de energia; elevação de produtividade do rebanho leiteiro (passando de 1000 litros por lactação em 1997 para 2.199 em 2022), e em todas as demais áreas relacionadas a produção de leite na fazenda, ou seja, na alimentação; no treinamento da mão de obra; no conforto animal; na prestação de serviços relacionados à atividade; no uso de genética por inseminação e processos de transferência de embriões, até chegar aos “compost barns”;pastagens irrigadas; manejo correto de todas as atividades primárias da produção leiteira.
 
Na Indústria - os laticínios evoluíram em todas as direções para receber o leite do produtor e atender aos reclamos dos consumidores, de tal forma, que hoje os laticínios brasileiros produzem praticamente todos os principais produtos lácteos.
 
A atualização tecnológica da produção industrial de leite até as gôndolas do varejo é contínua, visa atender a todas as demandas e capacidades diferentes de compra do consumidor, com o desafio de enfrentar um mercado aberto e um mercado enorme informal devido sobretudo à falta de renda de seu consumidor.
 
Mas, ainda assim, os esforços precisam ser redobrados com vista alcançar melhores posições de competitividade sobretudo com o Mercosul, até porque chegam aqui todos os seus produtos lácteos, com alíquota zero. Sendo que para a produção brasileira, segundo se preconiza na nova regra tributária que se está discutindo no Congresso, nem todos os produtos lácteos deverão possuir alíquota zero.  Visto que o mercado brasileiro é de fato aberto, mas precisaria que todas as condições tributárias de tributação interna fossem iguais em relação ao Mercosul, do contrário criam-se vantagens aos produtos originários do Mercosul.
 
A Estagnação da População entre 2014 à 2022
 
O Brasil respetivamente nos anos 1997- 2014 - 2022 e 2024 - contava com a seguinte população, como segue:
 
1997 = 159.636.413  
 
 2014 = 202.768.562 
 
2022 = 203.080.756 
 
2024 = 212.600.000
 
Segundo o IBGE essa é a estimativa revisada da população brasileira para 2014, com base em dados dos censos de 2010 e 2014.
 
De 1997 a 2014 a população aumentou 27%, em 17 anos. De 2014 a 2024 (veja na tabela anterior de produção) aumentou 4,84%.
 
É importante sob todos os aspectos considerar com atenção a importância do processo demográfico que passa o Brasil, especialmente a sua distribuição, ao longo do tempo e no âmbito do território nacional. Entender essa variável é importante para qualquer projeto de crescimento da cadeia láctea nacional.
 
Trabalhando os números da produção brasileira e os combinando com a população, de imediato já nos leva a um importante indicador:  disponibilidade per capita aparente interna.
 
É exatamente aqui que combinando população, renda e produção temos os valores que nos dará a condição de analisar e definir, o que é mais relevante:  o preço do produto leite e seus derivados são caros? Ou é a renda da população que não alcança os seus preços?
 
Nesse ponto deve abrir as janelas do preço do produto ofertado, como ele é formado em cada uma das linhas de produtos que chega nos mercados: seja no mercado informal que no formal, tema esse que devemos analisar em outro momento.
 
Quantidade de leite disponível de leite para esse mercado informal:
 
Volume de leite informal previsto para 2024, 11.565.000.000 litros, esse é o tamanho do mercado de leite informal.  Comercializado sem uma fiscalização higiênico sanitária oficial e sem o cumprimento da legislação tributária municipal, estadual e federal.
 
Normalmente, o leite é comercializado em garrafas pet de 1.5lt ou 2lt, ou ainda no formato de queijos, doces vários ou iogurtes, há produtores que vendem a granel para pequenos artesãos também informais de queijos, queijos, iogurtes, doces, bolos e quitandas diversas.
 
São comercializados na área rural, na beira das estradas, mais próximo das fazendas onde é produzido por pequenos produtores, nas periferias de cidades, em mercados de “1 check out” ou mesmo em “vendas” e feiras, feirinhas, seja o leite ou queijos ou doces, sobretudo em cidades menores de 50 mil habitantes, que possuem uma população de cerca de 64 milhões de hab. Mas essa produção chega até mesmo nas periferias de médias e grandes cidades, sobretudo queijos e os doces, ainda que mais caros.
 
Depois de estudar diversas variáveis, projeções, pesquisas de dados, entrevistas, podemos supor, que essa produção comercializada informalmente, ofertada na sua maior parte para a população rural em mais de 4.895 municípios abaixo de 50 mil habitantes, que correspondem a 30,1% a população, a 64 milhões de habitantes, conforme estatísticas revistas pelo IBGE.
 
Podemos supor que toda a produção destinada ao comércio informal seja consumida por cerca de 60 milhões de pessoas no Brasil. Significa que o consumo per capita da produção informal chegaria aproximadamente a cerca de 190,2 litros per capita em 2024 segundo o IBGE.
 
Além da população rural desses municípios, diríamos que essa produção informal está presente em todas as áreas rurais de todos os municípios brasileiros, inclusive nas capitais, a diferença é que na medida em se avança para o centro das cidades maiores, o produto informal chega através de queijos e doces, como produto “artesanal”, inclusive mais caros.
 
Elaboração www.terraviva.com.br com informações do site do IBGE

SDT | South Dairy Trade Apresenta: Preços do Leite na Mira – Análise Quente da Competição entre Argentina e Uruguai

O mercado de lácteos da Argentina encerrou a segunda quinzena de julho com resultados positivos, registrando um aumento no preço médio de exportação e um crescimento significativo nas exportações e nos preços. aumento no preço médio de exportação e um crescimento significativo no volume de leite enviado ao exterior. de leite embarcado para o exterior.

Entre 16 e 31 de julho de 2024, o preço médio dos produtos lácteos exportados atingiu 3.377.000 toneladas. O preço médio dos produtos lácteos exportados atingiu USD 3.376,76 por tonelada, superando a média da primeira metade do mês (USD 3.322,76 por tonelada). O preço médio de venda do café na primeira metade do mês (3.322,82 USD/tonelada).

Durante esse período, a Argentina exportou 11.197,76 toneladas de produtos lácteos para 29 destinos internacionais, expandindo seu mercado em dois novos países e superando em mais de 37% o volume exportado na primeira metade do mês (3.322,82 USD/tonelada).

O volume exportado na primeira quinzena de julho. Os resultados refletem uma clara expansão do setor, impulsionada pela demanda por produtos como leite em pó, queijo e manteiga. Essa tendência de crescimento destaca a capacidade do mercado de laticínios argentino de se adaptar e crescer em um contexto global competitivo. contexto global competitivo.

Leite em pó integral:
● Preço: 3.773,85 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 0,32% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 4.603,10

Leite em pó desnatado:
● Preço: 3.208,72 USD/Ton.
Variação: Aumento de 0,39% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.051,72

Queijo semiduro:
● Preço: 4.456,95 USD/tonelada.
Variação: Aumento de 2,30 por cento em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.283,73

Queijo duro:
● Preço: 6.439,64 USD/tonelada.
Variação: Aumento de 0,99% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 371,70

Manteiga:
● Preço: 5.065,38 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 7,14% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 534,38

Leitelho:
● Preço: 2.950 USD/tonelada
Variação: Diminuição de 1,67% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 23,50

Soro de Leite Permeado:
● Preço: 645,29 USD/Tonelada.
Variação: Aumento de 0,23% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 862,40

Soro de Leite Parcialmente Desmineralizado (D40%):
● Preço: 994,35 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 19,88% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.171,80

Proteína concentrada do soro de leite em pó 35% (WPC 35%):
● Preço: 2.250,13 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 0,01% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 1.035,03

Proteína concentrada do soro de leite em pó 80% (WPC 80%):
● Preço: 8.157,44 USD/Ton.
Variação: Aumento de 5,49% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 260,40

Comércio de Lácteos do Uruguai, aumenta volume de exportações de lácteos na segunda quinzena de agosto:

Na segunda quinzena de agosto de 2024, o setor lácteo uruguaio registrou um aumento notável no volume de exportações, com 10.596,53 toneladas de produtos lácteos enviadas a 30 destinos internacionais, superando os números do ano anterior.

O setor lácteo uruguaio registrou um aumento notável no volume de exportações, com 10.596,53 toneladas de produtos lácteos enviadas para 30 destinos internacionais, superando em 26,3% os números da primeira metade do mês. Apesar disso Apesar desse aumento, o preço médio por tonelada caiu 1,41%, para US$ 3.657,75.

Durante agosto, o Uruguai exportou um total de 18.983,35 toneladas de produtos lácteos, refletindo um aumento na capacidade de colocação no mercado. crescimento na capacidade de colocação nos mercados internacionais. O aumento significativo.

O aumento significativo no volume exportado destaca a capacidade do setor de expandir e responder à demanda global, consolidando sua posição em um mercado global. demanda, consolidando sua posição em um ambiente de preços flutuantes.

Leite em pó integral:
● Preço: 3.568,36 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 1,82% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 8.843,18

Leite em pó desnatado:
● Preço: 3.103,71 USD/Ton.
Variação: Aumento de 2,73% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 972,24

Queijo semiduro:
● Preço: 5.358,75 USD/Tonelada.
Variação: Aumento de 3,74% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 170,59

Queijo duro:
● Preço: 6.599,89 USD/Tonelada.
Variação: Aumento de 3,81% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 96,69

Manteiga:
● Preço: 5.818,35 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 2,15% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 413,83

Leitelho:
● Preço: Não foram registradas exportações no período.

Soro de Leite Parcialmente Desmineralizado (D40%):
● Preço: 1.054,90 USD/Ton.
Variação: Diminuição de 7,55% em relação ao período anterior.
Volume de toneladas exportadas: 100

Um aspecto relevante é que, na segunda quinzena, somente o leite em pó integral exportou. 8.843,18 toneladas, superando assim o total de toneladas exportadas por todos os produtos na primeira metade do mês. Esse número reflete não apenas o aumento da capacidade de exportação, mas também a consolidação e o aumento da demanda.

Esse número reflete não apenas o aumento da capacidade de exportação, mas também a consolidação e o aumento da demanda por leite em pó integral nos principais mercados internacionais para ele, que são os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e os Estados Unidos. Os principais mercados internacionais de leite em pó integral são o Brasil, a Nigéria e a Argélia.

Fonte: South Dairy Trade via edairy news


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponibilizado no site do SINDILAT/RS Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.222


Quase um quarto dos jovens brasileiros não estuda nem trabalha

Segundo dados da Pnad, o porcentual é ainda mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%

A família Santos conhece bem essa realidade. Naturais do Recife, os gêmeos Maurício e Maurílio dos Santos, de 29 anos, já tiveram três filhos cada um. Por isso, suas mulheres tiveram que largar os estudos e os trabalhos para cuidar dos filhos e da casa. Elas ainda aceitaram morar em cima da casa da sogra, no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana, para se livrar do aluguel e fazer com que o pequeno rendimento dos maridos dure o mês inteiro.

"Moro aqui porque as contas são apertadas", explicou Karla Campos da Silva, de 29 anos, admitindo que o que queria mesmo era trabalhar como enfermeira e ter uma casa própria. Esse sonho, no entanto, ficou pelo caminho quando engravidou de Maurício, sem planejar, aos 18 anos. "Eu estava no segundo ano do colégio, mas desisti porque não tinha com quem deixar a bebê", conta a dona de casa, que, depois da gravidez, até chegou a concluir o ensino médio, mas nunca teve condições de começar o curso de enfermagem que tanto queria. 

Com a primeira filha pequena, ela partiu, então, para outras ocupações. Não demorou muito para sair do trabalho, pois engravidou novamente. "Com três filhos, fica impossível arrumar um emprego. Não dá para pagar creche para três. E também não sobra tempo para estudar", argumenta Karla, que hoje é cuida dos filhos de 11, 7 e 4 anos e da casa. 

Ela depende do salário do marido, que é balconista de um supermercado, para pagar as contas. A cunhada Jéssica Cândido de Souza, de 28 anos, por sua vez, não tem a mesma sorte, pois o marido não tem um emprego fixo. Maurílio vive de bicos. Por isso, nem sempre consegue pagar as contas de casa, onde Jéssica passa o dia cuidando dos três filhos, de 11, 4 e 1 ano de idade, e dos afazeres domésticos.

"Queria trabalhar para ajudar. Faria qualquer coisa. Mas não consigo. Minha vida é cuidar dos meninos e limpar a casa", diz Jéssica, admitindo que já teve que pedir ajuda à família e aos amigos nos dias mais críticos, quando chegou a faltar até comida dentro de casa. "Não voltei para a escola, porque não tinha com quem deixar o bebê."

Jovens

A PNAD revela que o Brasil tem 47,3 milhões de jovens, de 15 a 29 anos de idade. Desse total, 13,5% estavam ocupados e estudando; 28,6% não estavam ocupados, porém estudavam; 34,9% estavam ocupados e não estudavam. Finalmente, 23% não estavam ocupados nem estudando. Os porcentuais aferidos em 2018, segundo os pesquisadores, são similares aos de 2017. 

"É importante ressaltar que elevar a instrução e a qualificação dos jovens é uma forma de combater a expressiva desigualdade educacional do país", sustenta a pesquisa. "Além disso, especialmente em um contexto econômico desfavorável, elevar a escolaridade dos jovens e ampliar sua qualificação pode facilitar a inserção no mercado de trabalho, reduzir empregos de baixa qualidade e a alta rotatividade."

A desigualdade se revela ainda mais acentuada quando aplicado o recorte por raça e gênero. Entre as pessoas brancas, 16,1% trabalhavam e estudavam – mais do que entre as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda (11,9%). Os porcentuais de pessoas brancas apenas trabalhando (36,1%) e apenas estudando (29,3%) também superou o de pessoas pretas e pardas, 34,2% e 28,1%, respectivamente. Consequentemente, o porcentual de pessoas pretas ou pardas que não trabalhavam nem investiam em educação é de 25,8%, 7 pontos porcentuais mais elevado que o de brancos.

Comparando homens e mulheres, o problema se repete de forma ainda mais grave. Entre as mulheres, a pesquisa mostrou que o porcentual das que não trabalhavam nem estudavam era de 28,4%. O de homens é bem menor: 17,6%.

De acordo com a pesquisadora, parte da explicação para este fenômeno está nos trabalhos domésticos. A realização de afazeres domésticos ou o cuidado com outras pessoas foram os motivos alegados por 23,3% das mulheres para não estarem estudando nem trabalhando. Entre os homens, esse porcentual é de meros 0,8%. Os números se mantêm estáveis desde 2017.

Aguas cita como exemplo um outro indicador levantado pela pesquisa. A PNAD contínua divulgada nesta quarta aferiu pela primeira vez a frequência a creches, entre crianças de até um ano de idade (a educação é obrigatória no Brasil a partir dos 4 anos). No total, somente 12,5% frequentavam a creche. E os piores índices estavam, justamente, no Norte (3,0%) e no Nordeste (4,6%) – lugares onde a participação das mulheres no mercado de trabalho também é mais baixa.

Segundo a PNAD contínua, o Brasil tem 11,3 milhões de pessoas (com 15 anos ou mais) que são analfabetas – uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0,1 ponto porcentual, o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos.Mais uma vez, os negros são mais afetados que os brancos: são 9,1% contra 3,9%.

O analfabetismo no país está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos; refletindo uma melhora da alfabetização ao longo dos anos. Segundo os números de 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para este grupo etário. 


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1832 de 12 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

O cenário é de estabilidade na produção de leite. O bem-estar dos animais, em geral, foi favorecido pelo tempo seco e pelas temperaturas mais agradáveis. A vacinação contra clostridioses e a dosificação para o controle de verminoses ainda estão em andamento em muitas propriedades. As inseminações artificiais estão ocorrendo dentro da normalidade, e as práticas de IATF estão aumentando em muitos rebanhos mais tecnificados devido à sua praticidade e ao planejamento da produção das vacas para determinados períodos do ano. As vacinas contra Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR), Diarreia Viral Bovina (BVD) e leptospirose estão sendo aplicadas nas novilhas e reforçadas nas vacas para evitar problemas reprodutivos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens de aveia e azevém continuam com oferta inferior, se comparado a anos anteriores, impedindo o melhor desempenho das matrizes. Algumas áreas de trevo e cornichão, que são normalmente destinadas à fenação e à silagem em setembro, estão sendo utilizadas para complementar a alimentação dos animais no pastejo direto ou com corte e fornecimento no cocho. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos bovinos de leite seguiu dentro da normalidade, e os parasitas estão controlados, principalmente carrapato. Os sistemas mais intensivos que utilizam silagens e fenos como base forrageira, apresentam estoques baixos. Nos sistemas à base de pasto, aveia e azevém apresentaram bom desenvolvimento. A qualidade do leite produzido foi favorecida pelas condições de tempo seco, mantendo os úberes mais limpos. 

Na de Erechim, o cenário climático do período beneficiou a produção de leite, o manejo dos animais e a alimentação em pastejo. O rebanho leiteiro apresenta boas condições nutricionais de modo geral. 

Na de Ijuí, a diminuição da umidade também foi benéfica para a redução de doenças e facilitado a higienização dos animais no momento da ordenha e dos locais de alimentação e descanso.

Na de Passo Fundo, o período de 02 a 08/09 apresentou condições favoráveis para a produção de leite. O estado nutricional está adequado, e as vacas têm recuperado o escore corporal em diferentes fases (lactação, gestação, novilhas e vacas secas), ficando dentro da normalidade para a época. 

O manejo está sendo diferenciado para as vacas lactantes. Foi registrada a ocorrência de aborto em novilhas de primeira cria; a suspeita é de infecção por herpesvírus bovino, que deve ser prevenido com posterior vacinação.

Na de Porto Alegre, a atenção tem sido redobrada em relação ao estado sanitário para evitar problemas de casco e mastites. Os animais estão recebendo suplementação de silagem de milho e ração formulada. 

Na de Pelotas, os produtores realizam o manejo de lotação nas pastagens e a aplicação  de fertilizantes para otimizar o crescimento, propiciando um aporte nutricional adequado para o gado leiteiro.

Na de Santa Rosa, a boa oferta de pasto aumentou a produção de leite e reduziu a necessidade de alimentos conservados, melhorando a rentabilidade. As condições sanitárias estão satisfatórias, e o estado corporal dos rebanhos se manteve estável em virtude da oferta constante de forragem de qualidade. Em razão do clima mais seco das últimas semanas, diminuíram os lamaçais, encontrados principalmente nas salas de espera, e consequentemente a incidência de mastite nas propriedades. 

As condições ambientais também contribuíram para melhorar o pastejo e a ingestão de alimentos, resultando em boa produção de leite. Observa-se que as infestações por ectoparasitas, principalmente carrapatos, estão começando a aumentar nas propriedades, exigindo atenção dos produtores. 

Na de Soledade, melhorou a oferta de pastagens anuais de inverno, que havia sido restrita neste ano pelo clima desfavorável, exigindo complementação da oferta com alimentos conservados (silagem, pré-secado e feno), produzidos ou adquiridos. (Emater adaptado pelo SINDILAT)

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 12 A 18/09/2024

A previsão para os próximos quatro dias no RS é de retorno do tempo estável e de declínio gradativo nas temperaturas a partir do final de semana. 

No sábado (14/09), a corrente de jatos em altos níveis se intensificará e atuará em conjunto com o cavado em níveis médios atmosféricos do dia anterior, formando um ciclone extratropical em superfície (a partir do cavado já existente), que se deslocará sobre o RS em direção ao sudeste do Oceano Atlântico, ainda durante a madrugada. 

Nesse sentido, haverá maiores probabilidades para precipitação nas regiões Metropolitana, Norte, Serra, Litoral Norte e Campos de Cima da Serra, onde as possibilidades para o desenvolvimento de nuvens isoladas que provocam trovoadas serão maiores. Além disso, sobre as regiões Sul e Campanha, ventos mais intensos, associados à passagem do ciclone extratropical, poderão ser observados. 

No decorrer do dia, as temperaturas devem ter um declínio gradual à medida que o anticiclone migratório for ingressando no RS, deixando o tempo mais estável. No domingo (15/10), com o deslocamento do anticiclone migratório, em superfície, sobre o RS em direção ao Sudeste do Brasil, haverá um declínio nas temperaturas no decorrer do dia, o tempo deverá permanecer estável na maior parte do Estado, com exceção das regiões Norte e Campos de Cima da Serra, onde haverá mais nebulosidade e probabilidade de precipitação de intensidade fraca. 

Apesar do retorno do tempo firme, poderão ser observados nevoeiros na faixa litorânea do RS, em função do vento oceânico e úmido no setor oeste do anticiclone migratório, e sobre áreas de encostas e baixadas nas regiões Sul e Campanha devido à perda radiativa ao amanhecer. A tendência para os próximos três dias no RS será de estabilidade, marcada por temperaturas em elevação. 

Na segunda-feira (16/09), a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir à medida que o anticiclone migratório avançar em direção ao Oceano Atlântico, o que mantém a probabilidade para a ocorrência de nevoeiros na faixa litorânea, nas proximidades da Laguna dos Patos e Lagoa Mirim e em áreas de baixadas e encostas, principalmente nas regiões Sul e Campanha. 

No geral, o tempo deverá ficar estável com leve declínio nas temperaturas no decorrer do dia. Na terça-feira (17/09), com o deslocamento total do anticiclone migratório para o Oceano Atlântico, o setor oeste desse sistema de alta pressão transportará vento úmido e mais aquecido do quadrante norte, tornando as temperaturas mais amenas no decorrer do dia, aumentando a nebulosidade, apesar do tempo estável, e intensificando os ventos ao longo da faixa litorânea do RS e nas proximidades da Laguna dos Patos e da Lagoa Mirim. 

Na quarta-feira (18/09), mesmo que a configuração atmosférica do dia anterior se repita, a intensidade dos ventos na faixa litorânea diminuirá, e as temperaturas se elevarão gradualmente até o final da tarde, mantendo o tempo estável com poucas nuvens, sem probabilidades de precipitação. 

Os prognósticos indicam chuvas para a próxima semana em todo o Estado, com exceção da Região Noroeste. Os maiores acumulados estão previstos para o Nordeste e Sul do Estado, especialmente na região ao sul da Lagoa dos Patos, com volumes entre 30 e 100 mm. 

No litoral, Região Metropolitana e Centro-Sul do Estado, esperam-se acumulados de até 20 mm. Na Campanha, os volumes podem variar entre 10 e 30 mm. Na Região Central e na Fronteira Oeste, as chuvas devem ser mais escassas, com volumes entre 2 e 10 mm. (Boletim agrometerológico)


Jogo Rápido

Audiência Pública - Plant Based
Audiência Pública - Para discutir a proposta de Regulamentação dos Produtos Vegetais, Análogos a Produtos de Origem Animal,  no dia 24 de setembro de 2024, das 9 às 18 horas, no auditório Olacyr de Moraes, no Ministério da Agricultura e Pecuária, em Brasília/ DF, será realizada uma Audiência Pública, a reunião será realizada na modalidade presencial, veja portaria PORTARIA SDA/MAPA Nº 1.176, DE 4 DE SETEMBRO DE 2024. Acesse aqui. (Fonte:  Diário Oficial da União)

 


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.221


Novo regulamento técnico e seus efeitos para o setor de lácteos

No dia 26 de agosto de 2024 o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) publicou a Portaria SDA/MAPA n°1170, que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Composto Lácteo, destinado ao consumo humano.

A nova Portaria é muito mais simples que a anterior, a Instrução Normativa (IN) n° 28/07, que foi revogada na mesma data, por meio da Portaria MAPA n° 712.

Maria Cristina Alvarenga Mosquim, Consultora técnica da ABIQ, Viva Lácteos e Sindileite/SP e palestrante do Dairy Vision 2024, conversou com o MilkPoint e retratou alguns pontos importantes a respeito das mudanças na portaria. “O composto lácteo já era um produto bastante produzido pelas indústrias lácteas e o emprego de gordura vegetal era muito usado, muito porque existem vários compostos para diferentes aplicações e de uso industrial em alimentos. A retirada da gordura vegetal foi para atender o Decreto-Lei o RIISPOA. No entanto, ficou permitida a adição de óleo vegetal”, Cristina lembra também que a adição do óleo vegetal fica restrita ao enriquecimento do produto ou para uso de alegações nutricionais, o que é importante para o setor.

Mosquim ainda destacou a questão da rotulagem e clareza aos consumidores. “Devido as entidades representativas dos consumidores começarem a questionar muito a semelhança entre o leite em pó e compostos lácteos, a nova normativa define alguns requisitos de rotulagem, como identificação e diferenciação do produto, que devem constar no painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto de forma a não causar engano ao consumidor”.

Seguem os pontos mais importantes da nova normativa.

A razão de um novo RTIQ para Composto Lácteo foi para atender o artigo n° 365 do RIISPOA, que não prevê a substituição dos constituintes do leite, já que a Portaria revogada previa a adição de gordura vegetal. Conforme a nova Portaria, apenas é permitida a adição de óleo vegetal para fins de enriquecimento do produto ou de informação nutricional complementar (para compostos com vitaminas lipossolúveis, ômega 3 dentre outros). Entretanto esta adição deve constar no rótulo expressa como “Contém Óleo Vegetal”. A repetição da expressão “CONTÉM ÓLEO VEGETAL” abaixo da denominação de venda torna-se opcional quando a informação já estiver comtemplada no texto da denominação de venda.

Para que o consumidor não confunda o produto com o leite em pó, abaixo da denominação de venda do produto deve constar em caixa alta e negrito, sem intercalação de dizeres, a expressão: “Composto Lácteo não é leite em pó”.

O Composto Lácteo sem adição deve conter no mínimo 13 gramas de proteína de origem láctea por 100 gramas do produto elaborado; o Composto com adição, 9g de proteína láctea por 100 gramas do produto elaborado.

Caso o Composto Lácteo com adição apresente características de cor, odor e sabor semelhantes ao leite em pó, deve ter no mínimo 13 g (treze gramas) de teor de proteína de origem láctea, por 100 g (cem gramas) do produto elaborado.

Composto Lácteo sem adição, na cor branca, pronto para o consumo, após sua reconstituição em forma líquida, deve ter no mínimo 1,9 g (um grama e nove décimos) por 100 ml (cem mililitros), de proteínas lácteas. O Composto Lácteo com adição, após a reconstituição na forma líquida, deve ter no mínimo 1,3 g (um grama e três décimos) por 100 ml (cem mililitros) de proteínas lácteas. Caso o Composto Lácteo com adição apresente características sensoriais de cor, odor e sabor semelhantes ao leite em pó, quando pronto para consumo, após sua reconstituição na forma líquida o produto deverá ter no mínimo 1,9 g (um grama e nove décimos) por 100 ml (cem mililitros) de proteínas lácteas.

Apesar do leite ser considerado um ingrediente obrigatório, o Composto poderá não ter leite ou este não  ser o ingrediente preponderante. Esta informação deve constar na denominação de venda do produto, como se segue: “Composto Lácteo de....”, sem prejuízo às demais informações constantes na denominação de venda.

A lista de ingredientes permitidos é bem extensa, o que ajuda no desenvolvimento de novos produtos.

Foram acrescentados novos padrões microbiológicos, de acordo com os permitidos pela Anvisa.

Os aditivos foram retirados da norma e passam a atender normas específicas da Anvisa, estabelecidas em Instruções Normativas, pela facilidade de serem alteradas mais facilmente do que uma Portaria. Atualmente deverão seguir a IN n° 211/2023 da Anvisa, mas novos aditivos estão sendo revistos no Mercosul.

O prazo para adequação da Portaria será de 365 dias contados a partir da sua publicação. Os produtos contendo gordura vegetal poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade. Novos produtos contendo gordura vegetal não poderão ter a denominação “Composto Lácteo” e sim “Mistura láctea de......”, conforme previsto no artigo 366 do RIISPOA. 

Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS


Indústrias Lácteas | O ranking: quais são as empresas que mais processam leite na Argentina?

O Observatório da Cadeia de Laticínios da Argentina atualizou a lista que compila todos os anos com informações comerciais. O relatório confirma que o mercado nacional é muito menos concentrado do que o mercado mundial.

A multinacional Saputo voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking das maiores indústrias de laticínios do país para o período 2023/2024.

Essa é uma lista elaborada todos os anos pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), com base em informações fornecidas pelas próprias empresas – devido ao sigilo estatístico, não há dados oficiais – sobre a quantidade de leite que recebem e processam diariamente em suas fábricas.

Com 3,6 milhões de litros por dia, a Saputo – que produz várias marcas, mas a mais conhecida é a La Paulina – está no topo do ranking; seguida pela Mastellone Hnos (La Serenísima), com 3,15 milhões; e pela Savencia (Milkaut), com 1,66 milhão.

Depois dessas três multinacionais, o top 5 é completado por duas PMEs do setor de queijo e manteiga de Villa María: Punta del Agua, com 1,15 milhão (estimado pela OCLA) e Noal (929.352 litros).

Atrás delas, a gigante argentina Adecoagro está em sexto lugar, com 839.027 litros. E a pesquisa confirma o colapso da Sancor, que já foi a maior produtora de laticínios do país, mas devido à sua eterna crise, hoje aparece apenas em 12º lugar, com 409.163 litros.

INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS: HÁ CONCENTRAÇÃO?
Dentro dessa estrutura, com base nessas informações, o estudo da OCLA faz uma série de considerações interessantes sobre o mercado de laticínios na Argentina.

Por exemplo, os dados refutam a hipótese frequentemente apresentada de que se trata de um mercado concentrado. Pelo contrário, é um dos países com o setor de laticínios mais atomizado.

Se considerarmos as cinco empresas que mais processam leite, elas respondem por 36,2% da produção nacional, enquanto a média mundial para o grupo principal de empresas é superior a 80%.

“A principal empresa da Argentina recebeu 12,5% do total de leite; esse valor nos principais países produtores de leite do mundo está na faixa de 25 a 90%. Em meados da década de 1990, na Argentina, a empresa nº 1 do ranking recebia 23% e as 5 maiores, 55%”, acrescenta o relatório.

Ao mesmo tempo, o desastre da Sancor fez com que o sistema cooperativo recebesse menos de 5% do leite, enquanto em 1994 recebia 35%. Em nível mundial, quase 50% do leite é administrado por cooperativas.

“Os números mencionados no relatório mostram uma grande atomização no recebimento/processamento do leite na Argentina, que aumentou desde a década de 1990 e se manteve nos últimos anos, como pode ser visto no gráfico a seguir”, acrescenta a OCLA. (Edairy News)

Nos 8 primeiros meses do ano, as importações de queijos atingem novo recorde

Importações – Depois da alta registrada em julho, as importações de produtos lácteos de agosto recuaram 13,5% e 11,4%, em dólares e toneladas, respectivamente, na comparação interanual. 

Em relação ao mês anterior, a redução foi de -21% e -24%, em valor e volume.

No acumulado do ano o volume diminui 2,2% e as divisas 9%.

Ao longo do tempo, entretanto, percebe-se que as importações mantêm a ascensão iniciada em 2021 e pelo 4º ano consecutivo, as compras de produtos lácteos sobem tanto em valores como em equivalente litros de leite (EqL).

O crescimento das importações, em um primeiro momento, foi provocado pelas compras de produtos NCM0402. Nos primeiros oito meses de 2023, atingiram o recorde para o período.  

Mas, posteriormente, as importações de Queijos, iniciadas em 2023, foram sendo impulsionadas, adquirindo, em 2024, proporções nunca antes vistas. Nos oito primeiros meses do ano, subiram 84% em EqL na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Mercosul é responsável por mais de 90% de todas as importações brasileiras de produtos lácteos,  com a Argentina na liderança, seguida por Uruguai e Paraguai.

Fonte: Terra Viva com dados do MDIC


Jogo Rápido

Como reduzir as emissões de uma fazenda leiteira?
Estamos preparados para produzir leite de baixo carbono? Há diferenças nas estratégias de mitigação entre fazendas de baixa, média e alta emissão? Quais são os primeiros passos para reduzir a pegada de carbono de uma fazenda com alta emissão? É muito importante conhecer o perfil de cada fazenda para adotar as estratégias certas, e para isso, o pesquisador Luiz Gustavo mostra quais são os primeiros passos para iniciar a mitigação, ajustados aos diferentes níveis de emissão. Confira clicando aqui. (Milkpoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.220


Projeto Carbon Free: Em parceria com o SINDILAT/RS, aula da Academia Jovens Produtores de Leite Cotribá destaca importância do bem-estar animal para melhoria da produção leiteira

Os 20 alunos vinculados da Academia Jovens Produtores de Leite da Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda (Cotribá), acompanharam, nesta quarta-feira (11/09), a aula em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (SINDILAT/RS), chancelada pelo selo Carbon Free. “Esta parceria nos permite desenvolver os temas mais modernos de bem-estar animal, que comprovam aumento na produção leiteira, gerando mais produtividade e lucro para as propriedades”, assinalou Felipe Nicolodi, supervisor de Negócios do Varejo da Cotribá. 

 Créditos: Comunicação Cotribá

“Quanto maior o bem-estar, mais a vaca produz e mais rentável ela é”, reforçou  Ângelo Lacerda Serrano, médico veterinário da RAR Alimentos. Ele falou, de forma online, com os alunos no primeiro módulo realizado pela manhã. “Os produtos que têm selo de sustentabilidade, de bem-estar animal, de redução de carbono, têm muito mais apelo para o consumidor. É um tema que não tem volta. Precisamos olhar para isso nas nossas indústrias e fazendas”, recomendou. 
 

Reprodução Zoom Meetings

No formato presencial na sede da cooperativa em Ibirubá (RS), João Vitor Secco, produtor de leite da Cabanha DS de Vila Lângaro (RS), que recentemente conquistou o 1º lugar como Propriedade Referência Leiteira nos sistemas de semiconfinamento ou confinamento, destacou as vantagens obtidas com a adoção da tecnologia de ordenha robotizada. “Instalamos o robô em um primeiro momento para reduzir a mão de obra, hoje vemos que fomos muito além. Com ele tivemos melhoria na gestão, maior foco em outros setores, dados instantâneos para utilizar e tomar melhores decisões, aumento da eficiência produtiva e também bem-estar animal”, concluiu.

 

Créditos: Comunicação Cotribá

Geomar Corassa, engenheiro-agrônomo da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), detalhou o funcionamento da ferramenta digital Smartcoop. Na plataforma, o produtor registra online as informações diárias da sua propriedade rural, consulta a previsão do tempo, recebe alertas sobre suas atividades, acompanha a produção entregue, avalia os indicadores de desempenho do seu negócio e tem acesso a diversas outras funcionalidades. “Quando não estamos nos sentindo bem, procuramos um médico. O mesmo precisamos fazer com a nossa propriedade. A análise de solo é o exatamente da lavoura.”, pontuou Corassa.


Créditos: Comunicação Cotribá

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, reforçou que a parceria com a Cotribá é fundamental para disseminar as melhores práticas na produção leiteira. “Queremos agradecer pela parceria e parabenizar a iniciativa da cooperativa na formação dos jovens, visando além do conhecimento dos conceitos mais modernos de produtividade, a fixação destes produtores no campo, garantindo a sucessão na produção leiteira”. 

As informações são da Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS


Emater/RS-Ascar empossa novo dirigente

A eleição e posse de Luciano Schwerz ocorreu nesta terça-feira (10/09) durante sessão extraordinária conjunta dos conselhos administrativos (CTA/Conad) da Emater/RS-Ascar. O novo presidente da Emater/RS e novo superintendente-geral da Ascar sucede a Mara Helena Saalfeld, que estava nos cargos desde abril de 2023.

Luciano Schwerz é de família agricultora, nascido e criado no município de Sarandi. Cursou engenharia agronômica na Universidade de Santa Maria (UFSM), Campus Frederico Westphalen. Concluiu o doutorado em Produção Vegetal - Fitotecnia na Escola Superior de Agricultura, Luiz de Queiroz, (Esalq - USP) em 2017, defendendo a tese Necessidade e estratégias de irrigação para a cultura do milho no RS.

Ingressou na Emater/RS-Ascar em 2012, no escritório municipal de Sarandi, onde assumiu a chefia em 2014. Desde 2019, estava como gerente regional de Frederico Westphalen.

Em seu discurso de posse, Luciano Schwerz afirmou que espera fazer muito com a parceria dos diretores Técnico, Claudinei Baldissera, e Administrativo, Alexandre Durans. Quando olho para o horizonte, enxergo muito o agricultor. Temos um grande desafio pela frente, para levarmos uma informação técnica e social à frente, com um conjunto de ferramentas e o aprimoramento das metodologias para estarmos mais presentes no campo. É lá que vamos estar cada vez mais. Que possamos estar juntos em prol da agricultura gaúcha, disse.

Já Mara Helena Saalfeld listou ações importantes que a Emater/RS-Ascar desenvolveu durante sua gestão. Entre as conquistas, citou a realização de processo seletivo para novos extensionistas, plano de preparação para aposentadoria, programa de intercâmbio para jovens rurais no Canadá, entre outras. Mara disse, emocionada: saio feliz desta experiência de vida, saio grata a vocês que me confiaram tamanha responsabilidade, saio mais orgulhosa ainda da linda, maravilhosa e encantadora Emater.

CONSELHOS TÉCNICO E ADMINISTRATIVO

Na mesma sessão extraordinária, também foi eleito e empossado o novo presidente do Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Emater/RS e do Conselho Administrativo (Conad) da Ascar, o secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Vilson Covatti.

O secretário esclareceu na eleição que colocou seu nome à disposição por considerar importante estar presente e construir com todas as entidades que fazem parte dos conselhos a reconstrução do Estado pós calamidade. Todos confiam no trabalho e na evolução da Emater, venho para somar. Não é uma intromissão, mas uma atuação mais efetiva, disse.

Covatti ainda agradeceu a Mara Helena Saalfeld pelo trabalho desempenhado na presidência da Instituição em meio à maior catástrofe climática vivida pelo Rio Grande do Sul. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Automação Industrial | Santa Clara faz parceria com a Dalca Brasil para desenvolver de células robóticas de paletização

Projeto de automação está sendo desenvolvido para uma das unidades fabris da Cooperativa Santa Clara, por meio da solução FlexPall.

Com unidades fabris em três cidades gaúchas, a Cooperativa Santa Clara firmou uma parceria com a Dalca Brasil para o desenvolvimento de células robóticas de paletização no parque industrial localizado em Casca, no norte do Rio Grande do Sul.

O leque de segmentos passíveis de receber projetos de automação industrial tem se mostrado cada vez mais amplo. Um deles é o de lácteos, evidenciado pelo protagonismo da mais antiga cooperativa de laticínios em atividade do Brasil.

Um dos principais benefícios é a padronização que a robotização oferece.

Duas unidades da FlexPall já estão em funcionamento, além de outra em fase de implementação – apresentando ganhos que a automação vem proporcionando desde que a unidade foi inaugurada, em 2019.

Para a industrialização dos 15 milhões de litros de leite produzidos por mês pela cooperativa, todo o processo está sendo automatizado com a tecnologia da Dalca.

Um dos principais benefícios é a padronização que a robotização oferece. “Com o pallet padronizado, facilitamos a logística interna da empresa e melhoramos o armazenamento, até chegar no cliente final”, explica o diretor industrial do setor lácteos, João Seibel.

A alta produtividade e a preservação da saúde e integridade física dos colaboradores são outros pontosSanta Clara II importantes do projeto. “As células nos ajudam também na conservação da saúde física das pessoas, pois elas podem ser alocadas para outras funções”, reforça Seibel.

Na envolvedora, onde o filme strech envolve os pallets com as caixas, é possível registrar uma melhora significativa na estrutura e na segurança do pallet. “Temos um ganho na aplicação porque o pallet é padronizado.

Isso também ajuda no aumento da produtividade, pois nossa produção segue todos os dias e a robotização nos dá segurança, aumento de escala e confiabilidade para atingir as metas produtivas”, complementa.

Para entender na prática, o leite é envasado por máquinas especializadas e as caixinhas de 1L passam por uma esteira. Nela, são agrupadas em uma caixa maior com 12 litros.

O papel das células é pegar essas caixas com uma garra e coloca-las em cima do pallet. O diagnóstico assertivo para a resolução dessa demanda e o know-how Joao Seibel Santa Clarada Dalca foram determinantes para que a parceria fosse concretizada.

“Além de estarmos próximos à Dalca, pois precisamos de técnicos sempre à disposição para resolver questões técnicas, problemas operacionais e melhorias do processo, percebemos que a empresa está ao lado de vários players do mercado e acumula uma expertise em todo o país. Isso nos fez optar pela escolha desse parceiro”, destaca o diretor.

Vale reforçar que a FlexPall da Dalca oferece benefícios significativos para as indústrias que desejam otimizar seus processos, reduzir custos e aumentar a segurança na linha de paletização.

A automação com robôs permite a manipulação de cargas pesadas e maior precisão, utilizando tecnologias avançadas para, também, contribuir com ganhos sustentáveis, como a redução do uso de plástico e melhorias na armazenagem. A FlexPall se destaca por oferecer soluções personalizadas, adaptando-se às necessidades específicas de cada indústria. (Edairy news via Infor Channel)


Jogo Rápido

Alteração do Decreto nº 12.138, de 12 de agosto de 2024
Alteração - 10/09/2024,  foi publicado no DOU o DECRETO Nº 12.170, DE 9 DE SETEMBRO DE 2024 que altera a redação do  Decreto nº 12.138, de 12 de agosto de 2024, “ que regulamenta a concessão de desconto nas operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização contratadas por mutuários que tiveram perdas materiais decorrentes dos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de 2024.” Elaboração www.terraviva.com.br com informações Diário Oficial da União


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.219


Anuário Leite 2024 reúne análises para a cadeia produtiva e traz novidade em avaliação genômica multirracial

Anuário leite 2024 -  A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Gado de Leite (Embrapa Gado de Leite) já disponibilizou ao mercado e produtores o Anuário Leite 2024 (acesse aqui). A publicação é considerada uma importante ferramenta para atualização dos pecuaristas. Além de reunir informações sobre o mercado lácteo, o material conta também com resultados de pesquisas e tendências para a produção. Uma das grandes novidades é a avaliação genômica multirracial, que está sendo desenvolvida.

Conforme o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Denis Teixeira da Rocha, o anuário vem para consolidar os principais dados e estatísticas da cadeia do leite no Brasil. Com os números, é possível traçar o que está acontecendo na cadeia como um todo, analisando desde a área do produtor, passando pela parte de comércio exterior – importação e exportação -, até a parte de indústria.

O anuário é importante porque, além dos dados que a Embrapa analisa, a gente tem participação de outras associações do setor e que contribuem com estatísticas de processamento de leite, dados da captação e do mercado de sêmen. O anuário também é muito utilizado pela cadeia como um referencial para a gente entender como é que foi o último ano da cadeia e fazer diversas análises”.

Entre as informações de mercado, o anuário mostrou que o ano de 2023 foi desafiador para a pecuária de leite no Brasil. No período, houve recorde nas importações de leite, principalmente da Argentina e do Uruguai. O ingresso desenfreado de leite importado no mercado impactou de forma negativa os rendimentos de toda a cadeia, afetando diretamente o produtor de leite.

Além da parte de análise da cadeia nacional e do mercado do leite, o anuário também reúne as novidades e os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa no que se refere às pesquisas. 

Anuário reúne pesquisas para avanço da produção de leite

Dentre as tecnologias abordadas, estão as práticas para recuperação de pastagens degradadas, técnicas para redução da pegada de carbono do leite e protocolo de biosseguridade em fazendas leiteiras.

Na questão da recuperação de pastagem degradadas, falamos da importância dessa recuperação e orientamos como o produtor pode fazer. A iniciativa é um programa de governo e que tem recebido investimentos importantes. Haverá recursos para a recuperação de pastagem e crédito subsidiado por programas de governos dentro dos planos safras”.

Há ainda soluções que estão em desenvolvimento e que, em breve, serão lançadas, como a avaliação genômica multirracial. A avaliação permitirá identificar animais Gir Leiteiro com genética superior para cruzamento com bovinos da raça Holandesa a fim de se obter o melhor Girolando.

A avaliação genômica multirracial vai reunir, pela primeira vez, os dados de três raças para fazer uma avaliação combinada. A maior parte da produção brasileira de leite vem do do cruzamento do Gir Leiteiro com o Holandês, que deu origem ao Girolando. A ideia é descobrir quais são os melhores animais para produzir esse animal cruzado, esse Girolando, nas diferentes composições sanguíneas”.

Na parte de transferência de tecnologia, conforme Rocha, o anuário destaca a iniciativa piloto de compartilhamento de conhecimentos e tecnologias focadas em bovinocultura de leite por meio da rede Embrapa com as empresas estaduais de assistência técnica e extensão rural. Em Minas Gerais, a parceria é com a Emater-MG.

Esse projeto é uma integração entre as pesquisas e a assistência técnica e extensão rural pública. Isso tem funcionado muito bem porque de nada adianta a gente gerar tecnologia e ela não chegar de forma eficiente no campo. A melhor maneira de fazer isso é de  forma integrada com os órgão de assistência técnica”. (Diário do comércio)


Assembleia do RS vota novo projeto da reforma administrativa de Eduardo Leite

Projeto reestrutura carreiras na Segurança Pública, Fazenda, Procuradoria e Agricultura

O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) dá seguimento à reforma administrativa que tem sido a principal pauta legislativa do Palácio Piratini neste segundo semestre de 2024. A Assembleia Legislativa deve votar nesta terça-feira (10) o projeto que faz alterações em carreiras da Segurança Pública, Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Agricultura. O texto é uma sequência da reforma que iniciou-se com a aprovação da reestruturação de carreiras de servidores em julho.

As propostas mais robustas são na área da segurança pública e incluem novas contratações, reajuste de salários e alterações de cargos. O impacto previsto é de R$ 879,2 milhões entre janeiro de 2025 e dezembro de 2026, quando encerra-se o governo Leite. Portanto, a repercussão financeira será de cerca de R$ 440 milhões por ano. Alterações na Agricultura trarão impacto de menos de R$ 1 milhão por ano.

Na Polícia Civil, será criado um regime de sobreaviso, com hora remunerada no valor de um terço (33,3%) extra do subsídio. Também haverá a criação de 239 Funções Gratificadas (FGs), entre chefias de gabinete, diretorias de departamentos, chefes de divisão, etc.

Na Brigada Militar (BM), serão criadas 150 FGs, cuja remuneração varia de R$ 2.878,20 a R$ 8.669,70. No Corpo de Bombeiros Militar (CBM), serão criadas 64 FGs, com a mesma variação de subsídio.

Ainda haverá a valorização da carreira de soldado na BM e CBM com a extinção do nível III de soldados, que contam com a remuneração mais baixa de entrada de carreira. Atualmente, são quase 10 mil brigadianos e bombeiros que recebem R$ 4.970,61 no nível III e passarão ao nível II, recebendo R$ 5.716,20 (aumento de 30% na entrada). Só esta alteração deverá gerar impacto de R$ 556 milhões em dois anos aos cofres do Estado.

A partir da proposta, os soldados também precisarão de menos tempo para subirem de nível de remuneração. Atualmente, um soldado levaria 20 anos de serviço para ir do nível III ao nível I. Com o projeto, o tempo reduziria para 15 anos.

O texto também envolve o Instituto-Geral de Perícias (IGP), que terá equiparação entre carreiras, com maior amplitude remuneratória, ficando todos os cargos com 40% de amplitude. Também haverá redistribuição de vagas, com aumento de vagas em classes superiores. Ainda terá a criação de 97 FGs com salário entre R$ 1.950,00 e R$ 8.669,70.

A Susepe terá 207 novas FGs com a mesma variação salarial. Ainda haverá a criação de 500 novas vagas de agente penitenciário e 50 de agente penitenciário administrativo, além da redistribuição do quadro de vagas do Técnico Superior Penitenciário entre os graus.

Na Secretaria da Fazenda, a alteração fica por conta da nomenclatura da carreira de Técnico Tributário da Receita Estadual, que passa a ser Analista Tributário da Receita Estadual.

Na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, haverá a criação de 45 FGs de técnicos agrícolas em 15 regionais do Estado. (Correio do Povo)

CCGL recebe mais de 800 participantes no XIV Dia de Campo

Nesta quinta-feira, dia 05, a área do Tambo Experimental da CCGL foi o cenário do XIV Dia de Campo, que reuniu mais de 800 participantes em um dia repleto de aprendizado e troca de experiências. Com 8 estações distribuídas ao longo do evento, os participantes tiveram a oportunidade de se aprofundar em temas essenciais para a produção leiteira, como fertilidade do solo, gestão eficiente e saúde animal.

O jovem Wesley Pfeifer, de Condor, destacou-se entre os participantes, representando a nova geração de produtores que aposta na inovação para o futuro da atividade. Terceira geração de sua família no leite, Wesley expressou o forte compromisso com a continuidade da propriedade: “Nós temos que estar sempre em busca de evoluir. Meu pai e meu avô lutaram para que essa propriedade estivesse de pé, e eu continuo nessa missão. O Dia de Campo é uma chance de agregar conhecimento e melhorar cada detalhe do que fazemos.”

Entre os temas abordados, a estação liderada pelos especialistas Dr. Jackson Fiorin e Dr. Tiago Hörbe tratou sobre práticas sustentáveis para revitalizar a fertilidade do solo, um assunto que ressoou especialmente com o produtor Zélio Teixeira Dias, de Pedras Altas. Para ele, o sucesso da produção leiteira está diretamente ligado ao respeito pelo meio ambiente: “É tudo um ecossistema. Precisamos respeitar e manter o ambiente para garantir que nossa produção tenha os melhores resultados. Trabalhamos em conjunto com a assistência técnica para que tudo funcione como deve, e o Dia de Campo é mais uma oportunidade de aprendizado.”

Outro destaque do evento foi o debate sobre o manejo fitossanitário no milho, conduzido pelos pesquisadores Dr. Mario Bianchi, Dr. Glauber Stürmer e Dr. Carlos Pizolotto, que compartilharam estratégias essenciais para proteger e maximizar a safra de milho, uma cultura fundamental para o equilíbrio da alimentação animal. Outro assunto abordado foi como maximizar o potencial reprodutivo através de uma gestão eficaz, conduzido por Douglas Manfro, Eduardo Demarco e Andréia Beck.

Rosalvo Mühl, produtor de Victor Graeff, ressaltou a importância do conhecimento técnico, que sempre pode ser aprimorado. "Por mais que a gente trabalhe com algo há anos, nunca sabemos tudo. Sempre há algo novo para aprender, seja com o técnico que visita a propriedade, com os pesquisadores ou até com os vizinhos. Hoje, com certeza, saio daqui sabendo algo que não sabia antes", afirmou, destacando a relevância de estações como a de manejo de bezerras e práticas de reprodução, que garantem o sucesso desde o nascimento até a otimização do rebanho. Thaís Endrigo, Victória Baldin e Jaqueline Alchieri apresentaram as melhores práticas para garantir um nascimento de sucesso.

Outro ponto alto foi a estação conduzida por Darlan Schwade, Renan Dillemburg e Amanda Godoy, que apresentaram a Smartcoop, uma ferramenta tecnológica que está transformando a gestão das propriedades rurais, facilitando o controle das atividades diárias e melhorando a eficiência produtiva. Além disso, a irrigação foi tema central em outra estação, com Michel Kraemer e Tiago Kunz destacando como essa prática pode transformar a produtividade nas propriedades.

Com foco na saúde animal, Dra. Natália Bastos e Dr. Éder Motta conduziram a estação que abordou a saúde ruminal e a importância de melhorar os sólidos no leite, reforçando a necessidade de práticas que assegurem a qualidade do produto final que chega à mesa dos consumidores.

Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o dia foi fundamental para divulgar alternativas práticas que tornam a atividade mais rentável, proporcionando um momento enriquecedor para discussões de alto nível técnico e fortalecendo ainda mais o relacionamento com os produtores de leite que abastecem a indústria.

O XIV Dia de Campo da CCGL reforçou o compromisso com o futuro do setor leiteiro, unindo tradição e inovação para fortalecer ainda mais o campo. Foi um dia de inspiração, conhecimento e crescimento para todos os envolvidos. (CCGL)


Jogo Rápido

O MAPA publica as portarias 716 e 1.124
A Portaria MAPA 716 revoga IN MAPA 16/25. Portaria Mapa 1.174 aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de bebida láctea. Portaria MAPA nº 716, de 3 de SETEMBRO de 2024 Revoga a Instrução Normativa MAPA nº 16, de 23 de agosto de 2005. Acesse aqui a Portaria MAPA nº 716, de 3 de SETEMBRO de 2024 na íntegra. Acesse aqui a PORTARIA SDA/MAPA Nº 1.174, DE 3 de SETEMBRO DE 2024 na íntegra. (Terra Viva)