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Porto Alegre, 10 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.976

   INs 76 e 77 são tema de debate do setor leiteiro em Lajeado

A fim de discutir as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru, representantes de entidades, indústrias e produtores do setor lácteo reuniram-se nesta quinta-feira (9/5), na Universidade do Vale do Taquari (Univates), em Lajeado (RS). O encontro teve o objetivo de sanar dúvidas sobre o tema e facilitar a adequação às normativas, que passam a vigorar no dia 30 de maio, aproximando produtores, indústria e o setor público em prol da qualificação do leite gaúcho.

Em Lajeado, os participantes puderam ouvir explicações dos técnicos e especialistas sobre a operacionalização e a importância do cumprimento das regras para evitar o descredenciamento de produtores. O evento reuniu pouco mais de 200 pessoas e contou com transmissão em tempo real na página do Facebook do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Um dos objetivos das INs 76 e 77, que visam dividir as responsabilidades do processo produtivo e industrial entre a cadeira, é tornar o leite gaúcho mais competitivo. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, os municípios e estados encontram dificuldades em relação à energia elétrica e à manutenção das estradas. “A ideia é que cada um faça a sua parte na busca por um novo padrão de produto no mercado”, enfatizou Palharini.

Segundo o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, modernizar as atividades do leite é um avanço, visto que outros setores como aves e suínos estão atendendo às regras para exportação e o leite não. “Infelizmente ainda não estamos adaptados para atender ao setor externo, mas, esperamos que haja tolerância no começo da implementação das regras para que todos consigam atender às exigências das INs”, contou.

A médica veterinária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato apresentou aos participantes algumas das motivações que virão pela frente. Durante palestra sobre os aspectos de inspeção do leite, a médica veterinária do Ministério da Agricultura Milene Cé destacou que é preciso implementar as regras para manter a qualidade do leite. “Para quem não conseguiu se preparar, a partir de 30 de maio “zera a vida" dos produtores no Brasil inteiro, pois a primeira média geométrica trimestral será com os resultados de junho, julho e agosto de 2019”.

Quanto às amostras que serão analisadas, a partir da implementação das INs, o responsável técnico do laboratório do leite (Unianálises) Anderso Stieven ressaltou que o laboratório irá treinar e capacitar todos os transportadores e responsáveis técnicos das indústrias para que façam a coleta das amostras da maneira correta, dentro dos padrões de exigência. Sobre o envio das análises, o responsável pelo laboratório do leite na Universidade de Passo Fundo (UPF) Carlos Bondan salientou que seria interessante que as indústrias enviassem as amostras de forma escalonada.

De acordo com o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena, as INs 76 e 77 têm parâmetros muito importantes para serem atendidos. “Para dar certo, existe a necessidade de aproximação das empresas com os produtores rurais”, pontuou Lucena, durante a palestra sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. Além de especialistas no assunto, o técnico em agropecuária e produtor de leite associado da Cooperativa Languiru Mauricio Eidelwein também dividiu suas experiências com os demais participantes do evento.

Uma grande mesa de debates entre participantes e produtores, que puderam também fazer perguntas via WhatsApp e através da live no Facebook do Sindilat, encerrou o encontro que foi promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), pela Secretaria da Agricultura, pelo Sindicato da Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Univates. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Stéphany Franco
 
                 
 

Índice da FAO para preços de alimentos volta a subir; lácteos valorizados

O índice de preços globais de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, alcançou 170 pontos em abril, com variação positiva de 1,5% (2,5 pontos) em relação a março e maior patamar desde junho de 2018. Na comparação com abril do ano passado, houve retração de 2,3%.

Com exceção dos cereais, todos os demais grupos de produtos que compõem o indicador da FAO registraram valorização sobre março. A maior, de 5,2%, foi a dos lácteos, cujo sub-índice específico atingiu 215 pontos, maior nível desde maio do ano passado.

"As cotações internacionais de manteiga, leite em pó integral e queijo aumentaram, uma vez que a demanda global continuou robusta, antecipando um aperto na oferta de exportação da Oceania, por causa do clima seco. Por outro lado, os preços do leite em pó desnatado caíram pelo segundo mês consecutivo", afirma a FAO em comunicado.

No grupo formado pelas carnes, houve alta de 3% na comparação mensal, para 169 pontos, maior resultado desde abril de 2018. O salto foi puxado pelas carnes suína e bovina. Para a primeira, pesou a redução da oferta na China em consequência do surto de peste suína africana. As carnes de aves e ovina também subiram, mas moderadamente.

Mais modestas também foram as valorizações observadas nos óleos vegetais - grupo que inclui a soja - e do açúcar. No primeiro, a alta em abril foi de 0,9% em relação a março; no segundo, de 0,7%. E para os cereais houve baixa, de 2,8%, determinada sobretudo pelo comportamento das cotações de trigo, cuja oferta mundial continua confortável. Com a queda, o índice do grupo desceu ao menor nível do ano. (As informações são do Valor Econômico)

Conaprole aumenta preço do leite para os produtores em 5% e levanta críticas

A diretoria da Conaprole anunciou ontem (9) um aumento de 5% por litro no preço básico destinado ao leite enviado entre abril e julho (antes do encerramento do ano comercial da companhia).O aumento não agradou a todos os produtores e o comentário deles mostrou mais críticas do que elogios.

"O aumento não é suficiente para absorver a diferença na taxa de câmbio que durou por quatro meses", disse Justino Zavala, diretor da Associação Tamberos de Canelones. Os produtores esperavam uma grande melhora e as corporações pressionaram os diretores da Conaprole a melhorar o preço para os fornecedores. "Os produtores estão indignados. É um aumento muito ruim. Se fosse necessário dar um sinal para que os produtores colocassem a força necessária para melhorar a produção, não é este", disse Zavala.

Outros produtores também mostraram sua insatisfação e a falta de informação sobre o percentual de sólidos que seria utilizado no cálculo. "O aumento é muito pequeno. Com um dólar a 35 pesos, não será suficiente para absorver a diferença na taxa de câmbio. O aumento não está de acordo com ninguém", observou o gerente da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

Os produtores argumentam que, frente à melhora nos preços que estão mostrando os leilões de lácteos da Nova Zelândia, a Fonterra, que marca os preços-base do mercado internacional, trouxe 11 aumentos consecutivos no valor médio. Houve baixa para leite em pó integral e com a melhoria que a taxa de câmbio estava mostrando, era esperado um sinal forte. “O sinal que nos deram com esse aumento é: temos um alívio, mas não dá para continuarmos. Se já estávamos com 10% menos leite (em relação ao ano anterior), não se deve esperar uma recuperação. É um sinal negativo e bastante negativo", disse Zavala.

Comissão
Por outro lado, o progresso continua na criação de uma comissão técnica que trabalhará em alguns detalhes. Um fideicomisso será armado com o aumento de 1,30 pesos (3,62 centavos de dólar) por litro para o leite de consumo, dinheiro com o qual se pretende criar um fundo US$ 36 milhões por ano e que seriam utilizados para aliviar o endividamento dos laticínios uruguaios.

"Continuamos procurando uma forma de sair dessa. Vamos nos reunir para algo mais técnico, uma comissão mais técnica. Lentamente, mas está progredindo em boa forma", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite, Walter Frisch Ferrando.

Este valor que está sendo implementado seria composto pelas organizações de produtores do leite, técnicos das mesmas e dos ministérios da Pecuária, Agricultura e Pesca e de Economia e Finanças.

O setor leiteiro uruguaio está arrastando uma dívida como resultado dos problemas climáticos enfrentados anos atrás, a perda de mercados importantes, como o caso da Venezuela e o declínio dos preços internacionais que castigou os produtores. Antes disso, o setor vinha de um crescimento vertiginoso.
Em 09/05/19 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,02832
35,3104 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Seguro rural 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou o cronograma de liberação do orçamento para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2019. Do valor total a ser liberado, R$ 125 milhões serão destinados para as culturas de inverno, como o milho safrinha e trigo, R$ 160 milhões para as culturas da soja, milho, arroz, feijão e café, R$ 64 milhões para as frutas, R$ 1 milhão para a pecuária e R$ 20 milhões para as demais culturas. “Apesar do bloqueio de 38% ocorrido no orçamento do Ministério, conseguimos preservar o valor executado no ano passado, o que representa redução de 16% do total previsto para este ano”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio. De acordo com o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, o ministério buscará desbloquear o orçamento ao longo do ano e executar integralmente o valor aprovado na Lei Orçamentária Anual para 2019, que totaliza R$ 440 milhões. O cronograma foi aprovado durante a última reunião do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR) realizada no dia 30 de abril e publicado no Diário Oficial da União, por meio de Resolução do Comitê. (Notícias Agrícolas) 

Porto Alegre, 09 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.975

   Região Norte do RS inaugura nova etapa na produção e industrialização de leite

A reunião entre integrantes da cadeia produtiva do leite realizada nesta quarta-feira (08/5), no auditório do Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), para discutir as Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa), inaugurou uma nova etapa na produção e na industrialização de leite na região Norte do Estado. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, que ouviram as explicações dos técnicos e especialistas sobre o tema e puderam sanar suas dúvidas sobre a operacionalização das obrigações que passam a vigorar a partir do próximo dia 30 de maio. 

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, as novas regras, que visam a qualificação do leite ao consumidor, tornarão o produto gaúcho mais competitivo e dividirão as responsabilidades do processo produtivo e industrial não só entre o campo e a plataforma, mas, também entre as entidades representativas do setor e o Poder Público. “Essas INs têm toda a inteligência de mudar o foco da discussão e fortalecer a cadeia produtiva, além de exigir que cada um faça sua parte na busca por um novo padrão de produto ao mercado.”, enfatizou. Afinal, citou, há carências também na estrutura dos municípios e do Estado, como energia elétrica e estradas.
A médica veterinária do Ministério da Agricultura Milene Cé explicou que as mudanças mais significativas ocorrerão com relação à contagem de bactérias totais do leite, o que impactará no uso de equipamentos para refrigeração do leite cru tanto na propriedade, quanto na indústria. Entretanto, lembrou que o processo de adequação será gradativo. “Existe uma flexibilidade para que todos cheguem à temperatura de acondicionamento de 7 graus. As indústrias irão ajustando as rotas e incluindo novas etapas, e o Ministério da Agricultura trabalhará com elas para que este processo aconteça”, informou.

O médico veterinário do Mapa Roberto Lucena ressaltou que um grande ganho trazido pelo novas normas será a proximidade entre o campo e as indústrias, que assumirão o protagonismo no controle da qualidade do produto por meio da assistência técnica, da mesma forma que já ocorre no Programa Mais Leite Saudável. Para a indústria, Lucena disse que o programa busca a qualidade do leite, o aumento da quantidade e a fidelização do produtor. Para o produtor, a rentabilidade e a sustentabilidade. “E, para o Brasil, um produto mais competitivo, mais seguro e a sustentabilidade da cadeia de leite”. Assim como Milene, Lucena salientou que os técnicos do ministério fiscalizarão todo o processo de mudança, seja por meio de auditorias presenciais e documentais.

O encontro contou também com depoimentos do diretor do Laticínio Domilac, Rodrigo Puhl, e da produtora Marinês Trevisan, que revelou a realidade das dificuldades enfrentadas no dia a dia do campo. “Produzir leite não é para qualquer um, não importa o tamanho”, frisou ela. A agenda em Passo Fundo terminou com uma grande mesa de debates entre os participantes e os produtores, que puderam também contribuir via WhatsApp e pelo Facebook do Sindilat. A programação ainda contou com o professor da UPF e coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (SARLE), Carlos Bondan, e com a médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (SEAPDR), Karla Pivato.

A reunião é uma promoção da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), da SEAPDR, do Sindilat e das seguintes entidades: Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet e CRMV/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Thaise Teixeira
 
                 
 

Pub do Queijo divulga potencialidades do provolone e coalho durante a Fenasul 2019

Os visitantes que forem até a Fenasul 2019 – de 15 a 19 de maio – no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), poderão visitar mais uma edição do Pub do Queijo. Nesta feira, o espaço trará uma degustação gourmet de queijos coalho e provolone. As peças serão comercializadas aquecidas na chapa em porções individuais em estande montado no Pavilhão Internacional. O projeto foi apresentado na manhã desta quinta-feira (9/05) durante lançamento oficial da exposição. Com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, de autoridades e lideranças do setor, a solenidade contou com café da manhã regado a produtos lácteos e queijo coalho assado.

A proposta, explica o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, é apresentar o produto com harmonizações diferenciadas ao lado de cervejas artesanais que estarão à venda no local. “Queremos mostrar ao consumidor todas as potencialidades gastronômicas do queijo. Que ele não é apenas uma alternativa de consumo com o vinho, mas que pode ser um excelente petisco junto com um chopp em um ambiente mais informal como a Fenasul”, pontuou. No local, também haverá diversos tipos de queijos de diferentes marcas para venda direta aos visitantes.

O Pub do Queijo é um projeto do Sindilat que teve início na Fenasul 2017 e foi replicado com sucesso na Expointer nos últimos dois anos (2017 e 2018). Recentemente, o projeto ganhou outros eventos, transcendendo o universo das exposições ligadas ao agronegócio. No mês de abril, o Pub do Queijo marcou presença na Feira da Loucura por Sapatos, na Fenac, em Novo Hamburgo, e diversos pedidos vêm sendo feitos ao sindicato para reproduzir a proposta pelo interior do Rio Grande do Sul.

Durante a solenidade de lançamento da Fenasul, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou o apoio das entidades que estão empenhadas em promover a Fenasul 2019, uma exposição que será feita com limitação de recursos. E lembrou da importância de agregar valor e abrir novos mercados para a produção leiteira gaúcha. O presidente da Febrac, Leonardo Lamachia, agradeceu o empenho dos diferentes elos do setor produtivo – do produtor à indústria – e do secretário da Agricultura, Covatti Filho, na organização do evento. “Vamos superar as dificuldades que a economia nos impõe com união, diálogo e cooperação”, frisou.  

Covatti Filho pontuou que a Fenasul e a Expoleite estão as prioridades do governo, assim como o setor leiteiro que merece mobilização por sua relevância. Citou ações de gestão que estão sendo adotadas para fortalecer as atividades do Parque de Exposições Assis Brasil. Segundo ele, entre as metas está a aplicação de placas de energia solar nos pavilhões de forma a abastecer a demanda local por eletricidade e gerar crédito para outros prédios públicos. Com uso de uma área coberta de de 2 mil m², estima ele, será possível uma economia de R$ 500 mil mensais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine

 
 

Câmara Setorial do Leite solicita prazo de transição para adequação às INs 76 e 77

A Câmara Setorial do Leite solicitou ao Ministério da Agricultura (Mapa) um prazo de transição para que os laticínios e produtores se adequem a algumas mudanças preconizadas pelas Instruções Normativas 76 e 77, previstas para entrar em vigor em 30 de maio. A principal preocupação refere-se às mudanças quanto à contagem bacteriana total do leite na plataforma – índice até então não contabilizado – e à temperatura de resfriamento e conservação do produto nas propriedades e no transporte. O prazo servirá para levantamento dos índices atuais atingidos, que serão os parâmetros do trabalho a ser realizado para atender às exigências. “Estamos pedindo prazo para monitorar alguns pontos antes da exigência a pleno e, com isso, atingir os índices de forma gradativa. Assim, acreditamos que os setores envolvidos terão tempo e condições de atender às normativas a contento visando a melhoria contínua de nossa produção”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, que participou de reunião do grupo realizada nesta manhã (09/5), em Brasília. 

Segundo ele, a solicitação partiu dos próprios laticínios, que temem iniciar a nova legislação com passivo junto ao governo federal.  “Relatamos a situação das indústrias, que, em sua maioria, têm dificuldades em atingir a contagem bacteriana total de 900 mil neste momento como define a nova lei”, afirmou. Por meio de especialistas e pesquisadores da Embrapa Clima Temperado e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as indústrias repassaram dados da atual situação dos laticínios e ressaltaram a preocupação com a possível falta de matéria-prima que pode decorrer da aplicação imediata das normas.

O grupo solicitou retorno do Ministério da Agricultura sobre o pleito até o próximo dia 30, quando as INs entram em vigor. “A reunião foi muito boa porque, através dos professores, pudemos apresentar nossos dados. Mas temos que trabalhar para atingir os índices que garantirão uma maior qualidade e competitividade para o leite gaúcho e brasileiro”, frisou o dirigente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Comitê define primeiras áreas que deverão adotar o sistema de autocontrole no país
O Comitê Técnico de Programas de Autocontrole definiu as quatro primeiras áreas que deverão adotar o sistema de autocontrole: alimentação animal (ração), fertilizantes, suínos e bebidas. Nesse sistema, o fabricante fica responsável pela qualidade do produto e o Estado fiscaliza. Cada uma das quatro áreas será trabalhada por um subcomitê específico, formado por integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e por representantes de cada setor.  Os subcomitês devem ser instalados até o dia 15 de junho e até 60 dias depois devem ser realizadas reuniões de avaliação com o Comitê Técnico para verificar os avanços de cada uma das áreas. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, José Guilherme Leal, a escolha das primeiras áreas foi feita com base na maturidade e na disposição dos setores que já manifestaram interesse em avançar em um primeiro momento. “Também levamos em conta a diversidade, para não ficar em uma área só. Isso vai ajudar a construir os modelos de autocontrole para depois expandir para outras áreas”, explicou. Na avaliação de Leal, o autocontrole vai trazer benefícios para toda a sociedade. “No caso do Ministério, vamos conseguir direcionar melhor as ações de fiscalização e as empresas vão aprimorar seus procedimentos de verificação e monitoramento dos seus produtos, assumindo mais responsabilidade sobre o que elas produzem”. Atualmente, a fiscalização do ministério acompanha o fluxo produtivo até o final e, com o autocontrole, esta tarefa será compartilhada com o setor privado. Os avanços nos modelos de autocontrole seguem a tendência crescente do uso de sistemas voluntários de certificação de qualidade e muitos países da União Europeia já criaram normatizações sobre isso. (As informações são do Mapa)

Porto Alegre, 08 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.974

   Lajeado recebe debate sobre as Instruções Normativas do Leite - INs 76 e 77

Lajeado reúne, nesta quinta-feira (09/5), representantes de empresas e entidades do setor lácteo gaúcho para apresentar as principais alterações no âmbito da produção e armazenagem do leite cru, previstas nas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que passam a vigorar no final do mês de maio. O evento acontece às 13h, no auditório do prédio 9, sala 514, na Univates, localizada na Avenida Avelino Talini, 171. As inscrições são gratuitas, limitadas e podem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/reuniao-lajeado-normativas-do-leite---ins-76-e-77__520926.

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite, sanidade e  plano de qualificação de fornecedores, depoimentos de produtores e indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável, além de mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via Whatsapp pelo número (51) 9 89091934. O evento contará com transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs).

De acordo com o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, a programação da reunião é bastante pertinente, visto que o prazo final para adequação está se aproximando e não haverá prorrogação. "Infelizmente, ainda têm gente que não está preparada para atender às normativas. Esperamos que haja um pouco de tolerância no começo da implementação para que não tenhamos um número grande de produtores descredenciados", afirma.

O encontro integra um circuito de discussões aberto em Porto Alegre no último dia 03/5 e que se repete também no interior do Rio Grande do Sul. A ideia é que produtores, indústrias e prefeituras possam sanar dúvidas sobre o tema e facilitar a adequação às normativas. 

A reunião é promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), pela Secretaria da Agricultura, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Univates. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                 
 

Secretário-executivo do Sindilat antecipa debate sobre as INS 76 e 77 aos veículos de imprensa de Passo Fundo

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, foi entrevistado no programa Mundo Rural, da Rádio Planalto, de Passo Fundo (RS), veiculado na manhã desta quarta-feira (8).  No espaço inteiramente dedicado a pautas do agronegócio gaúcho sob o comando do jornalista José Altair, Palharini antecipou o tema da reunião sobre as Instruções Normativas 76 e 77 para o setor lácteo. No debate realizado à tarde na Universidade de Passo Fundo (UPF), lideranças de diversas entidades ligadas ao setor e técnicos do Ministério da Agricultura detalharam as principais alterações no âmbito da produção e armazenagem do leite cru, previstas nas INs que entram em vigor no final deste mês.

O evento promovido pelo Sindilat e pela Superintendente Federal do Mapa no Estado, contou com palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção que mudam com as INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro teve ainda depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área.

Além de comentar sobre as mudanças que impactam o produtor de leite e a indústria, o secretário-executivo do Sindilat falou aos ouvintes da Planalto sobre a necessidade de mais investimentos do poder público em infraestrutura, de forma a permitir que os produtores realizem melhorias no âmbito das propriedades rurais. Um dos gargalos citados foi a energia elétrica, sistema que, segundo o dirigente, precisa ser qualificado para possibilitar, por exemplo, que o produtor adquira novos resfriadores e consiga entregar o leite dentro da temperatura prevista nas normativas.

Além da Rádio Planalto, Palharini concedeu entrevista ao vivo à Tua Rádio Alvorada, de Marau. Os detalhes da reunião sobre as INs em Passo Fundo foram o tema central da entrevista concedida à jornalista Rosana Costenaro, do programa No Ponto. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista concedida à Radio Planalto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Thaise Teixeira
 

Demanda por queijos continua crescendo nos EUA
 
Apesar da falta de demanda por leite fluido, os americanos estão desejando mais queijo e aumentando o consumo doméstico. De acordo com um artigo recente da RaboResearch, o consumo per capita de queijos cresceu de 6,5 para 16,7 quilos, um aumento de 10,2 quilos.
A demanda por queijos naturais e italianos, como queijo cheddar, colby, mussarela, entre outros, contribuiu para o crescimento desse consumo.

Em 1995, os americanos consumiam uma média de 5,3 quilos de queijo natural e 4,53 quilos de queijo de estilo italiano por ano. No entanto, este número cresceu para uma média de 6,8 quilos para ambas as categorias de queijo, de acordo com a Dairy Foods.

Anteriormente em queda no consumo, o queijo processado também está em ascensão. Saltando de 1,6 quilos em 2010 para aproximadamente 2,35 quilos de queijo processado a cada ano.

Os dados do USDA informam que os americanos só beberam o equivalente a 67,6 quilos de leite per capita em 2017, abaixo dos 112 quilos em 1975. De acordo com RaboResearch, no entanto, são necessários 4,5 quilos de leite para produzir um quilo de queijo. Como resultado, a redução anual de 44,45 quilos no consumo de leite fluido foi compensada pelo aumento de 102,5 quilos no leite usado para fabricar queijos. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 
Preço do leite ao produtor 
O preço do leite perdeu força em abril, mas mesmo assim, apresentou uma alta de 1% em relação a março, um valor muito abaixo comparado com o acumulado dos três primeiros meses do ano, que foi de quase 19%. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a pouca oferta do produto é o que está estimulando a elevação nos preços. Natália Grigol, analista de mercado do Cepea, explica que a queda nos valores está ligada ao cenário conturbado no setor no último ano, e complementa, “a produção ilimitada no campo, é uma questão atípica, porque no primeiro trimestre o produtor está em época de maior produção de leite, mas neste ano por conta de cenários climáticos adversos, de chover quando precisava e quando não precisava, isso causou uma influência negativa na produção. Além disso, o ambiente institucional político dentro do setor afetou teve influência no mercado”. “Com a oferta reduzida no primeiro trimestre, então as empresas de laticínios acabaram acabaram competindo mais pelo produto e o valor foi elevado, mas apesar da alta de 19%, as empresas tiveram dificuldades em repassar a matéria prima para os consumidores”, finaliza a analista. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Fonte da Notícia:Canal Rural)

Porto Alegre, 07 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.973

   GDT

 
                 
 
Competitividade do setor lácteo

O governo estuda um conjunto de medidas estruturantes para melhorar a situação dos produtores de leite no país. Entre as propostas está a desoneração tributária de insumos, como ração, e equipamentos (ordenhadeira, maquinário e equipamentos). A ideia, de acordo Eduardo Sampaio, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é estipular um plano de promoção da competitividade do setor de lácteos no Brasil com base em políticas públicas alinhadas às estratégias econômicas do governo federal.

O foco é aumentar a competitividade do setor reduzindo os custos de produção. Outro ponto solicitado pelo setor produtivo é a isenção de PIS/Confis para ração. O secretário disse a elaboração de metas e indicadores para o setor servirão para dar maior estabilidade, competitividade e resistência às oscilações de preço do leite e seus subprodutos. Outro aspecto, segundo Sampaio, é estabelecer diretrizes, com menor interferência estatal, na política agrícola, a fim de promover a competitividade real da cadeia de lácteos.

Outro tema levantado diz respeito ao desenvolvimento de um seguro rural específico para o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura vai intermediar as discussões de novo modelo de seguro entre as companhias seguradoras e o setor produtivo do leite.

Novos modelos de incentivo à exportação
Desenvolvimento de novos instrumentos de política agrícola para o leite está entre as prioridades discutidas entre os representantes das entidades do setor produtivo e o governo. Também está em estudo um instrumento de apoio à comercialização do leite e a ampliação do acesso do produtor ao crédito rural.

De acordo com Eduardo Sampaio, está sendo discutido com a equipe econômica do governo mecanismos que permitam absorver o excedente do leite em período de safra, com oferta elevada e preços baixos. A ideia é ter oferta equilibrada do produto ao longo de todo o ano.

Para auxiliar os produtores na melhoria da qualidade e da produtividade de sua atividade, o Mapa irá fomentar maior adesão de laticínios e cooperativas no Programa Mais Leite Saudável. O programa já beneficiou cerca de 55 mil produtores e a meta é chegar a 150 mil até 2035. Além de beneficiar diretamente o produtor rural de leite, o programa coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação permite que as indústrias e cooperativas tenham acesso aos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins.
 
Trânsito interestadual de produtos artesanais
O ministério também trabalha na regulamentação do Selo Arte, instituído pela Lei nº 13.680/2018, que irá identificar e autorizar a comercialização interestadual de alimentos de origem animal produzidos de forma artesanal, como os queijos produzidos a partir de leite cru. A medida trará segurança aos estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte, além de fomentar o comércio de produtos agropecuários e promover a agregação de valor das cadeias artesanais.

Além disso, a medida objetiva dar ao consumidor a segurança de que o processo de produção é realizado de forma artesanal, respeitando características e métodos tradicionais ou regionais próprios, que atendem às boas práticas agropecuárias e de fabricação. É preciso garantir que os produtos atendam às exigências de segurança sanitária. Desta forma, o selo isenta a necessidade de inspeção sanitária federal do produto quando passar pelas barreiras de inspeção estadual ou do Distrito Federal. (Mapa)

 

Produção 

O monitoramento da produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras, UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos mostra a tendência atual da oferta de leite. Essas cinco regiões produzem 65% do leite mundial, e são responsáveis por 80% do comércio mundial de lácteos, sendo, portanto, essenciais para influenciar a direção dos preços nos mercados internacionais.

O tracker, (projeção) traça uma linha de base de comparação da produção atual e expectativa de crescimento ou queda.
 

- Em fevereiro de 2019 a captação de leite foi em média 796 milhões de litros por dia, 0,6% menor do que no mesmo mês do ano passado, que foi de 801 milhões de litros por dia, e pouco abaixo das expectativas.
- A queda na oferta de leite foi em decorrência da redução na produção da Austrália e Argentina. Embora tenha sido registrado pequeno aumento nos Estados Unidos e União Europeia (UE) em fevereiro, não foi o suficiente para cobrir o déficit apresentado pelas outras regiões.

- A produção de leite na Nova Zelândia ficou estática em fevereiro, registrando 65 milhões de litros por dia, sob o impacto da seca. Em fevereiro a média da Austrália foi 12,6% menor do que a registrada um ano antes, e continua com problemas na produção, enquanto a produção da Argentina foi impactada por temperaturas elevadas e inundações nas principais bacias leiteiras, desde dezembro de 2018.

A captação nos Estados Unidos e UE ficou 0,1% acima da registrada no ano passado, o equivalente a 0,2 e 0,5 milhões de litros dia, respectivamente. Na UE, a captação em regiões essenciais como Alemanha, França, Holanda e Espanha caiu em fevereiro, mas, isso foi contrabalançado pelos aumentos registrados no Reino Unido, Irlanda, Polônia e Itália. (AHDB Dairy – Tradução livre: Terra Viva)

 
Santa Clara 
A Cooperativa Santa Clara mais uma vez reuniu suas associadas, esposas e filhas de associados para o Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A 13ª edição do evento aconteceu na Associação dos Motoristas de Paraí neste sábado, dia 4 de maio, com uma intensa programação durante todo o dia, reunindo 1.700 mulheres. (Fonte: Página Rural)
 

Porto Alegre, 06 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.972

   Passo Fundo recebe reunião sobre as Instruções Normativas 76 e 77
 
A cidade de Passo Fundo sediará, nesta quarta-feira (08/5), reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que passam a vigorar a partir do próximo dia 30 de maio e alteram a forma de produção e armazenagem do leite cru. O evento acontece às 13h, no auditório da Pós-Graduação da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF), é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), pela Secretaria da Agricultura, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet e CRMV/RS. As inscrições são gratuitas e limitadas. E podem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/reuniao-passo-fundo-normativas-do-leite---ins-76-e-77__520899
 
A iniciativa tem como objetivo esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e prefeituras do interior do Estado sobre a adequação às normas. Segundo o professor da UPF e coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (SARLE), Carlos Bondan, as alterações nas INs primam, acima de tudo, pela qualidade do leite. "A principal mudança é que, agora, a indústria passa a ter a responsabilidade de treinar e capacitar os produtores para manter a qualidade do leite. Desta forma, todos ganham, principalmente o consumidor", afirma.
 
A programação inclui palestras sobre o Fundo de Sanidade do Rio Grande do Sul (Fundesa), a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via whatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento contará com transmissão simultânea por meio do facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
             
 
2ª Feira do Leite movimenta bacia leiteira do Noroeste gaúcho
 

Produtores de uma das maiores bacias leiteiras do Estado tiveram a oportunidade de conhecer as mais recentes tecnologias em equipamentos e serviços para o setor na 2ª Feira do Leite, evento realizado sexta-feira (3) e sábado (4), em São Domingos do Sul. Foram 38 empresas do setor leiteiro que apresentaram suas inovações para um público que cada vez mais investe na propriedade rural. “Os produtores de leite da região têm um conhecimento bem avançado sobre a atividade, estão mais tecnificados e muitos já atuam com confinamento”, afirmou Rodrigo Puhl, sócio do Laticínio Domilac, promotor do evento juntamente com a Prefeitura Municipal de São Domingos do Sul.
 
No sábado, a Feira do Leite contou com um circuito de palestras com a participação de mais de 500 pessoas, sendo 400 produtores cadastrados na Domilac. As novas Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que entram em vigor a partir de 30 de maio, dominaram o debate. “Muita gente aproveitou para perguntar sobre as normativas durante as explanações”, contou Puhl.
 
As palestras começaram às 10h, com o tema Transtornos Metabólicos: da dieta ao leite, ministrada pelo médico veterinário Juliano Buchle, assistente técnico da Mig-PLUS. Qualidade, rentabilidade e competitividade em produção de leite foi o tema abordado pelo consultor da Transpondo Wagner Beskow. 
 
No final das palestras, a Domilac realizou o sorteio de uma novilha entre os mais de 400 produtores cadastrados na empresa, ação seguida de almoço com um boi inteiro assado na brasa. A 2ª Feira do Leite ocorreu paralela à 11ª Feira Intermunicipal de Artesanato, evento já tradicional do município. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Douglas Zabot
 
 

Puxadas pelo leite em pó desnatado, importações aumentam

A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou os dados da balança comercial láctea, os quais apontam um aumento de 3% na quantidade importada de leite abril em relação a março, com 84,4 milhões de litros em equivalente leite importados. Por outro lado, na comparação de abril de 2019 com o mesmo período do ano passado, a quantidade importada ficou 8% menor. Além disso, os 7,8 milhões de litros exportados pelo Brasil em abril representam uma redução de 48% em relação aos 14,9 milhões de litros em março em equivalente leite.

Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -77 milhões de litros nesse mês, no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
 

A menor disponibilidade de leite nos países do Mercosul e a desvalorização do real influenciaram em uma redução de 10% nas 4,6 mil toneladas internalizadas de leite em pó integral em abril em comparação com mar/19. Além de uma redução das compras de LPI, foi possível notar uma menor importação de queijos (8%), manteigas (-16%), soro (-10%), com a desvalorização cambial e demanda fraca explicando essa queda na quantidade internalizada.

Por outro lado, com uma demanda interna maior por leite em pó desnatado (LPD), as 1,9 mil toneladas compradas em abril/2019 representaram um aumento de 94% na quantidade importada em relação ao mês passado. Adicionalmente, um novo descolamento dos preços pagos ao produtor de leite no Brasil em relação à Argentina e ao Uruguai proporcionou um aumento na quantidade importada do produto. No gráfico 2, é possível notar esse movimento.

Gráfico 2. Evolução dos preços pagos aos produtores de leite em dólar no Mercosul. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base no CEPEA, INALE e Ministério de Producción y Trabajo de Argentina.


 
É possível observar a quantidade importada dos derivados bem como seus valores na tabela 1. (Milkpoint)

Tabela 1. Balança comercial láctea em abril de 2019. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.

China x Uruguai

Em março as importações de lácteos realizadas pela China aumentou 9,8% em volume e 17,8% em valor, em comparação com março de 2018. No trimestre janeiro/março o crescimento foi de 13,8% em volume e de 15,8% em valor, totalizando US$ 3 bilhões. 

As últimas atualizações das importações de lácteos chinesas de março de 2019, mostram um aumento de 9,8% em volume e de 17,8% em valor, com um forte aumento no percentual de leite em pó integral (WMP) e desnatado (WMP), leites infantis, leite fluido e creme. O WMP mostra crescimento de 57,5% em comparação com março de 2018, quase em sua totalidade procedente da Nova Zelândia (94% da cota do mercado).

No primeiro trimestre de 2019 a China importou 862.907 toneladas de produtos lácteos (crescimento de 13,8% em termos de tendência), equivalente a US$ 3 bilhões (15,8% a mais em relação ao mesmo período de 2018). (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

 
Saiba como o brasileiro pesquisa preços dos supermercados
O mundo é cada vez mais digital. Mesmo assim, a maioria dos consumidores brasileiros ainda recorre a métodos tradicionais para pesquisar os preços praticados pelos supermercados. A constatação é de uma pesquisa da Apas conduzida pelo Ibope Inteligência. De acordo com o estudo, que ouviu mais de dois mil brasileiros, 56% das pessoas utilizam os encartes e jornais impressos para pesquisar preços. Na região Centro-Oeste do país, esse percentual sobe para 60%. O segundo método mais utilizado na pesquisa de preços é a observação dentro dos próprios supermercados, algo comum para 54% dos entrevistados, que poderiam citar mais de uma resposta. A pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Supermercados mostra que apenas 32% dos brasileiros checam pela internet valores dos itens da compra do mês. Esse percentual avança para 42% entre o público da classe A, porém cai para 30% junto às pessoas das classes C2, D e E. Já as pesquisas feitas por meio de aplicativos de celular são comuns a 28% dos respondentes, sem variação importante por classe social.  No futuro, a tendência é de aumento na utilização de recursos digitais para essa finalidade. “Vemos um potencial incrível na internet e nos aplicativos, que representam uma parcela significante da população. Estar presente no mundo online é fator obrigatório para o sucesso dos supermercados”, lembra Ronaldo dos Santos, presidente da APAS. (As informações são do SA Varejo)

Porto Alegre, 03 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.971

   Novas regras para o leite reúnem especialistas em Porto Alegre

Iniciou por Porto Alegre a rodada de reuniões promovida pelo Sindilat  para discutir os novos pontos das Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura, que passam a vigorar a partir de 30 de maio e que ampliam o grau de exigência das áreas produtiva e industrial do setor lácteo. 

Na manhã desta sexta-feira (3), 17 entidades abriram um canal de comunicação direto com o Ministério da Agricultura, que será o órgão responsável pela fiscalização das regras impostas pelas normativas que visam boas práticas de produção e gestão dentro da cadeia produtiva, oferta de um leite de qualidade ao consumidor e, por consequência, novos mercados para o produto brasileiro. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância do evento que buscou incluir todos os agentes da cadeia na discussão sobre os processos de mudanças nas regras de produção, coleta e entrega do leite às indústrias. "Já debatemos muito sobre a necessidade de ganharmos um prazo maior para adequação, e agora, às vésperas da vigência das INs, promovemos esse debate com o intuito de esclarecermos a operacionalidade das 2 INs para que possamos ter o êxito necessário na nossa atividade", afirmou Guerra. O dirigente pontuou a necessidade de ampliação da qualidade do leite para ganhos de competitividade, mas lembrou que um período maior de adequação e de exceção sobre alguns pontos das INs seriam importantes para adequação de todo o processo. "Muitas das exigências não dependem apenas do produtor e da indústria. Para se entregar um leite de qualidade também é necessária uma infraestrutura compatível, como acesso à energia de qualidade na propriedade e de boas estradas, além da linha de crédito para troca ou compra de equipamentos", citou. 

O encontro realizado no auditório da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura e Pecuária reuniu dois representantes da pasta, que levaram esclarecimentos importantes ao público, especialmente sobre os novos parâmetros de qualidade do leite - Contagem Bacteriana (CPP) e Contagem de Células Somáticas (CCS). Pelas normativas, foi mantida a contagem bacteriana máxima de 300 mil unidades por ml e 500 mil células somáticas por ml para o leite cru refrigerado. Uma novidade, no entanto, é que a CPP no leite cru de silo (indústria) deverá ser de 900 mil ufc/ml antes do processamento. "Até três vezes é o que se pode perder (300 mil ufc a 900 mil ufc) entre a produção do leite e a entrega  na indústria", salientou a médica veterinária Milene Cé, ao comentar sobre aspectos das INs 76 e 77.  Segundo ela, essa adequação segue tendência mundial já adotada nos Estados Unidos e na União Europeia.  

Em relação à contagem bacteriana, a especialista ressaltou que a exclusão do produtor no processo de fornecimento do leite somente ocorrerá após três meses consecutivos onde a média geométrica final extrapole o padrão (acima de 300 mil ufc/ml). "O retorno à atividade dependerá do resultado da amostra coletada por laboratório da RBQL (Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite). Quando o produtor alcançar uma primeira coleta dentro do limite legal poderá ser reintroduzido e terá sua média (histórico) zerada", explica Milene. Segundo ela, como a amostragem se dará trimestralmente, serão conhecidos em outubro deste ano os primeiros resultados de propriedades que não conseguiram atingir a contagem de 300 mil ufc/ml.

O médico veterinário do Mapa Bruno Leite falou sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores, previsto no artigo 6º da IN 77, que trata da necessidade de assistência técnica e gerencial visando à implantação de boas práticas na atividade leiteira. "O objetivo dessa política pública nada mais é do que aproximar produtor e indústria e garantir mais segurança alimentar ao consumidor, além de focar no desenvolvimento ao setor produtivo", salientou. De acordo com Leite, a indústria é quem será responsável por buscar opções de assistência técnica, seja por meio da Emater, Sebrae, Senar ou até mesmo via parceira direta com os produtores. "O plano busca colocar no papel a política da empresa (indústria) em relação à qualidade do leite", frisou. 

As dúvidas das mais de 100 pessoas presentes no evento foram suavizadas com o depoimento do produtor Fernando Boll, de Ivoti, cooperativado da Piá. Boll contou os resultados alcançados pela propriedade ao ingressar no projeto Mais Leite, do Mapa, que culminou em melhorias de manejo, genética, nutrição e reprodução. "Conseguimos nos adequar aos níveis de CCS e CPP que serão exigidos. Melhoramos a qualidade do leite e muito mais do que isso, melhoramos a qualidade de vida da nossa família", relatou o jovem produtor. Boll reforçou que todos os dados extraídos da propriedade são colocados em planilhas e, após observação detalhada dos resultados, é feita a tomada de decisão. "Quero produzir um leite que eu mesmo possa ter coragem de beber", disse, ganhando aplausos da plateia.

O presidente do Sindilat finalizou o evento salientando a responsabilidade dos presentes que, na prática, representam mais de 65 mil famílias que atuam com o leite. "Saímos daqui com muitas missões a serem cumpridas, mas é importante reforçar que muitas delas não dizem respeito somente ao produtor e à indústria, mas também ao poder público no que se refere a gargalos de infraestrutura", salientou. Guerra pontuou ainda que o evento desta sexta-feira é apenas um de vários que ainda vêm pela frente.

Uma mesa redonda com painelistas e representantes das entidades foi realizada no final do evento, a fim de tirar dúvidas enviadas por redes sociais durante a transmissão do evento pela TV Emater-RS. Na próxima semana, o encontro acontece em Passo Fundo (08/05) e em Lajeado (09/05).

Inscrições para Passo Fundo podem ser feitas através do link: https://bit.ly/2JfhE19

Inscrições para Lajeado podem ser feitas através do link: https://bit.ly/2GYvySk


Crédito: Stéphany Franco 

 
 
                 
 

Cenário positivo para os produtores de leite

Os produtores de leite do país tendem a ter margens de lucro melhores em 2019 que em 2018, principalmente se as condições favoráveis à atividade observadas nos primeiros meses do ano persistirem no segundo semestre. Enquanto os preços pagos aos pecuaristas aumentaram quase 20% de janeiro a abril, para R$ 1,49 o litro, em média, os custos de produção subiram marginalmente (de 1% a 1,5% até março), segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, os preços pagos registraram alta de 34%. "O ano começou atípico para o segmento. O aumento de preços, que costuma ocorrer entre fevereiro e maio, quando a captação é menor, começou em janeiro", afirmou Thiago Rodrigues o assessor técnico da CNA. Essa antecipação é resultado da safra do Sul do país em 2018, menor que a esperada, e do veranico de janeiro deste ano, que afetou a produção no Sudeste e reduziu o volume de captação.

O índice de captação de leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu 3,05% em janeiro e 4,73% em fevereiro. Em março, a queda foi de 1,6% ante fevereiro. Em 2018, a captação de leite com inspeção somou 24,5 bilhões de litros no Brasil, alta de 0,5% sobre 2017, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tudo indica que o movimento de recuperação dos preços pagos aos produtores perderá força até junho, com a entrada da nova safra da região Sul do país, mas mesmo assim os valores deverão continuar mais elevados que os praticados no ano passado. Conforme estimativa da CNA, em abril o preço médio nacional do litro ficou de R$ 1,56, ante R$ 1,38 no mesmo mês do ano passado. Para maio, o valor projetado para o litro é R$ 1,59, ante R$ 1,45 em maio de 2018, e para junho a entidade espera que os R$ 1,59 se repitam - em junho do ano passado, a média foi R$ 1,47 por litro. Em um mercado em que cada centavo faz a diferença, já será uma boa notícia. "Com isso, as margens dos produtores deverão ser maiores que as do ano passado", afirmou Valter Galan, analista do MilkPoint. "Mas isso vai depender de quanto será a queda depois de junho".

 
Como a economia não está crescendo como esperado, as indústrias deverão segurar os reajustes nas gôndolas para estimular o consumo. Ao mesmo tempo, tendem a diminuir os preços pagos aos pecuaristas para preservar suas próprias margens.

Essa dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos sem prejudicar tanto as margens já limitou a valorização no campo em abril, segundo avaliação do Cepea. A "Média Brasil" líquida de abril, referente à captação de março, aumentou 0,92% (praticamente um centavo) em relação a março, para R$ 1,4920 por litro. "Não há nenhum indicativo de que o consumo vai melhorar e, mais cedo ou mais tarde, a indústria vai pressionar o produtor", acrescentou Rodrigues, da CNA.

Assim, os custos de produção também farão muita diferença para a manutenção das contas dos pecuaristas no azul. "Os preços do milho estão favoráveis e a perspectiva é de uma safra farta. Mas, se houver algum problema climático, esse cenário pode mudar", afirmou Rodrigues.

Com a menor oferta no mercado interno no começo do ano, as importações ocuparam parte do mercado, que se abriu. No entanto, as produções de leite da Argentina e do Uruguai recuaram no primeiro trimestre do ano - 8,5% e 9%, respectivamente. E a alta do dólar reduziu a atratividade das importações. "Isso abriu espaço para essa maior de oferta do produtor de leite nacional", disse Galan, do MilkPoint.

As importações brasileiras recuaram 36,5% em março ante fevereiro, para 80,9 milhões de litros, de acordo com dados do Cepea. Ante ao mesmo período do ano passado, a retração é de 26%. O Brasil tem histórico de importar leite em pó dos dois países vizinhos e um longo processo de negociações para reduzir os volumes adquiridos. E, nos últimos três anos, essa redução vem ocorrendo. No ano passado, o país importou 96,68 mil toneladas, ante 103,44 no ano anterior, segundo dados da Viva Lácteos.

De acordo com Marcelo Martins, diretor executivo da Viva Lácteos, entidade que representa os principais laticínios que atuam no mercado brasileiro, se a aprovação da reforma da Previdência se concretizar, o cenário para o segmento será "extremamente positivo" neste ano. Para ele, a grande volatilidade dos preços do mercado interno, que oscilaram 52% em 2018 e 29,5% no ano anterior, também prejudica o produtor. E a saída é ampliar o consumo interno e as exportações. "A gente vem fazendo um trabalho para melhorar a commodity. O avanço tem acontecido na exportação de produtos de produtos de maior valor agregado, como queijos". (As informações são do jornal Valor Econômico)

Consumo/AR

O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) publicou dados alarmantes em relação à cadeia láctea: o consumo médio anual caiu para 183 litros por pessoa no primeiro bimestre do ano. 

A crise econômica persistente que atravessa o país oferece cenários de deterioração social alarmantes, em especial pela incapacidade do Governo para controlar a escalada inflacionária, que é exponencial em produtos de primeira necessidade, em especial, alimentos.

O caso mais problemático se viu nas últimas semanas no segmento lácteo, com o aumento nos preços e desabastecimento nos supermercados de marcas mais baratas por uma decisão empresarial monopolista.

O consumo médio de leite caiu para 183 litros anuais, por habitante, no primeiro bimestre de 2019, em comparação com igual período do ano passado. É o nível mais baixo desde 2003, quando ficou em 179 litros em média, revelou o relatório do Ocla.  

 
O observatório atribui a queda a distintos motivos: a combinação de menor produção no início do ano (caiu 8,3% no primeiro trimestre), a liquidação de estoques em 2018, para produtos com melhores condições de exportação (subiu 37% em toneladas) por necessidade de fazer caixa no mercado doméstico, somado à baixa no consumo, muito importante no final de 2018 e início de 2019, que “gerados, obviamente, pela menor oferta”.

 
“Essa menor oferta no mercado interno foi mais intensa no item leite fluido e dentro deles sua versão refrigerados, que fundamentalmente é o produto de maior consumo, pela diferença de preços entre os pacotes de leite e aqueles apresentados em embalagens cartonadas e a menor quantidade de marcas disponíveis nas gôndolas (baixa disponibilidade de matéria-prima e/ou plantas desativadas)”, esclareceu o boletim do Ocla.

Por outro lado, dias atrás o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Daniel Pelegrina, afirmou que a elevação de preços do leite se deve “à queda na produção”, e previu que o problema será resolvido “na primavera, quando houver novos aumentos de produção”. O dirigente acrescentou que “hoje temos o mesmo nível de produção de leite de 15 anos atrás, e desde então foram fechadas 2.000 fazendas de leite. Quanto mais produção houver, melhor”.

Pelegrina também destacou que “a exportação também demanda mais porque melhoraram os preços e é preciso cumprir com compromissos no exterior”, em referência à desvalorização cambial que melhorou a competitividade para a venda de lácteos, a custo do consumo local, segundo acusaram muitos especialistas do ramo. Apesar de tudo, o dirigente assegurou que “apenas foram exportadas 20% da produção, tanto de carne como de leite”. (Conclusión – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Produção de leite dos EUA caiu 0,4% em março
A produção de leite norte-americana foi negativa em março, com a produção de leite dos EUA caindo 0,4% em todos os 50 estados e 0,1% nos 23 maiores produtores, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Esta é a primeira vez desde fevereiro de 2017 que a produção de leite caiu, embora essa seja uma diferença contábil, porque 2016 foi um ano bissexto e fevereiro de 2016 teve um dia extra de produção de leite. Notavelmente, no entanto, o número de vacas voltou a cair significativamente, com 86.000 menos cabeças em março em relação a um ano atrás (-0,91%) e 10.000 a menos que em fevereiro. O USDA diz que há agora 9,344 milhões de vacas leiteiras nas fazendas dos EUA, abaixo dos 9,430 milhões do ano anterior. Dos 23 principais estados leiteiros, 10 relataram menos produção de leite com relação ao ano anterior em março, e 15 desses estados relataram menos vacas. A Pensilvânia, por exemplo, teve queda de 29.000 cabeças, o Novo México de 12.000, Ohio e Virgínia de 10.000 e a Califórnia de 9.000. Mesmo os estados que apresentaram crescimento, como Texas, Colorado e Dakota do Sul estão sentindo os efeitos de margens mais apertadas. O Texas teve aumento de apenas 5,8% na produção de leite, mas com 27.000 mais vacas. O Colorado teve aumento de 3,9% com mais 9 mil vacas, e Dakota do Sul aumentou em 3,5% com mais 4 mil vacas. (As informações são do https://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 02 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.970

   FrieslandCampina 

O preço garantido do leite cru da FrieslandCampina para o mês de maio de 2019 foi estabelecido em € 35,25/100 kg, [R$ 1,61/litro, queda de € 0,75/100 kg, em relação ao mês anterior, incluindo uma correção a menor de € 0,58/100 kg.

A correção corresponde a um alinhamento aos pagamentos efetuados pelas diversas companhias de referência, e com a estimativa de avanço na queda de preços. A expectativa agora é de que os preços continuem estáveis no próximo período.

 
O preço garantido pela FrieslandCampina para o leite orgânico em maio de 2019 permaneceu o mesmo valor de março, e abril, € 48,50/100 kg [R$ 2,21/litro], e incluiu uma correção a maior de €0,18/100 kg. A expectativa de preços das principais indústrias de referência é de estabilidade.    
 

O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.

Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)
              
 
Preços Arla 

A Arla Foods Amba anunciou que em maio, tanto o preço do leite convencional, como o orgânico, permanecerá o mesmo. O preço da indústria britânica será de 30,23 pences, [R$ 1,54/litro], para o leite convencional, e 41,98, [R$ 2,13/litro], para o leite orgânico.

O diretor da Arla, e produtor associado, Johnnie Russell, disse: “De um modo geral, o volume de leite na Europa encontra-se estável em relação ao ano passado. Enquanto houve crescimento significativo na produção em alguns mercados, incluindo o Reino Unido, precisamos resguardar os interesses de todos nossos cooperativados, visto que a alteração do preço tem alcance global. O mercado de orgânicos continua sob pressão em alguns países, mas, encontra-se estável de um modo geral. Os mercados europeus estão quietos em relação aos queijos amarelos, e os preços caíram no último mês, enquanto a cotação da manteiga ficou estável. Estamos observando o mercado mundial das commodities onde os valores estão maiores do que os preços europeus. Isso pode ser uma boa oportunidade para nossa cooperativa exportar”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

Argentina: cresce a concentração da produção leiteira em um menor nº de fazendas

O Observatório da Cadeia de Lácteos da Argentina divulgou as estatísticas que revelam a crescente concentração da produção em um menor número de fazendas leiteiras: 2,4% dos estabelecimentos produzem mais de 16% do leite do país.

As estatísticas continuam dando a razão para aqueles que afirmam que o fenômeno da concentração do leite está se aprofundando em cada vez menos estabelecimentos. No último relatório apresentado pelo Observatório se nota que as fazendas leiteiras, com menos de 2.000 litros por dia, representando 63% das unidades produtivas, contribuem com 25,9% do leite total, e no outro extremo as fazendas de mais de 10.000 litros por dia, que são apenas 2,4% do total, contribuem com um volume de 16,7%.

Nos meses de maior produção (set-dez), o maior estrato de produção superou os dois estratos de menor produção. As 254 fazendas leiteiras do estrato de + 10.000 litros produzem uma média de 15.795 litros por dia, fornecendo a mesma quantidade de leite que 5.257 explorações leiteiras que produzem menos de 2.000 litros.

O processo de concentração da produção nas grandes fazendas leiteiras é contínuo e acelerou nos últimos anos. Tamanho (litros de produção diária) não é sinônimo de produtividade e eficiência, mas podemos ver que a escala de produção alcançaria o lucro líquido total (obviamente, se estes são positivos) que pode atender às necessidades de retirada de dinheiro dos negócios.

Com base na produção mensal e no número anual estimado de fazendas leiteiras (sobre o número de fazendas leiteiras publicadas pelo SENASA para 2018, 4% são deduzidos), podemos inferir o tamanho médio da fazenda leiteira (de cerca de 2.227 litros de leite por dia para março 2019).

A produção desta fazenda leiteira média em março de 2019 é 3,9% menor do que no ano anterior (deve-se notar que a produção interanual total em março de 2019 caiu 8,0%). Se avaliarmos seu comportamento ao longo do tempo, apesar da diminuição do número de unidades produtivas e do número de vacas (este último número não foi corroborado com os dados atuais do SENASA), a fazenda leiteira média apresenta no período de 2009-2019 uma taxa anual de crescimento acumulado de 0,2%, que permite o apoio dos níveis de produção agregada no nível do país. (As informações são do https://diariocastellanos.net.ar, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Reunião sobre as IN’s 76 e 77
Nesta sexta-feira (3), acontece a primeira reunião sobre as IN’s 76 e 77 que alteram a produção e armazenagem do leite cru.  O encontro será a partir das 9h, no auditório da Superintendência Federal do Mapa no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), localizado na Avenida Loureiro da Silva, 515, em Porto Alegre. Haverá transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da TV Emater RS e uma live no Facebook do Sindilat RS. Dúvidas poderão ser esclarecidas via whatsapp, através do número 51 98909-1934. Informações e inscrições CLIQUE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Porto Alegre, 30 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.969

   Sindilat e Mapa reúnem entidades e indústrias do setor lácteo para apresentar as alterações nas INs 76 e 77
 
Acontece, nesta sexta-feira (3), a primeira reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que altera a produção e armazenagem do leite cru.  O encontro será a partir das 9h, no auditório da Superintendência Federal do Mapa no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), localizado na Avenida Loureiro da Silva, 515, em Porto Alegre.

O objetivo, segundo o Sindilat, é debater a operacionalização das normas, que entram em vigor no próximo dia 31 de maio e definirão o futuro do setor lácteo brasileiro.  “O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da TV Emater/RS e por uma live no Facebook do Sindilat. As pessoas também poderão enviar perguntas via Whatsapp, através do número 51 98909-1934”, conta o secretário executivo do Sindicato, Darlan Palharini. 

Nos dias 8 e 9 de maio, o Sindilat e o Mapa levarão o evento para o interior do Estado, nas cidades de Passo Fundo e Lajeado, respectivamente.  Outras cidades também fazem parte do calendário como Ijuí, Santa Rosa, Frederico Wesphalen e Pelotas, que ainda não tem data definida. A ideia é que produtores, indústrias e prefeituras do Estado possam sanar dúvidas e evitar prejuízos futuros.

Para participar, acesse: https://www.sympla.com.br/reuniao-normativas-do-leite---ins-76-e-77__513849

Confira a programação do evento em Porto Alegre:
Das 9h às 9h15: Solenidade de abertura
Das 9h20 às 9h35: Lei do Leite RS - Med. Vet. Dra. Karla Pivato
Das 9h40 às 10h25: IN 76 - Aspectos de inspeção do leite e IN 77 - Med. Vet.  Dra. Milene Cé
Das 10h30 às 11h15: Plano de qualificação de fornecedores e IN 77 - Med. Vet. Dr. Bruno Leite
Das 11h20 às 11h50: Depoimento de produtor e indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável
Das 11h55 às 13h: Mesa redonda - perguntas e respostas
Mais informações através do e-mail sindilat@sindilat.com.br (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                 
 

Retirada da vacinação contra febre aftosa no Paraná será antecipada

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou a antecipação da retirada da vacina de febre aftosa no estado do Paraná durante reunião com os integrantes do Bloco V (RS, SC, PR, MS e MT) do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) e representantes do setor privado, realizada em Curitiba na última semana.

“Diante dos resultados apresentados, todos os estados componentes do Bloco manifestaram concordância quanto ao pleito do estado do Paraná de antecipar o calendário de suspensão da vacinação contra a febre aftosa, conforme previsto no Plano Estratégico”, explica o diretor de Saúde Animal e Insumos Pecuários da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes.

A suspensão da vacina contra a febre aftosa no Paraná ocorrerá logo após a finalização da etapa de maio de 2019. “As normativas relativas ao encerramento da vacinação no estado serão publicadas pelo Mapa em 30 de setembro, após implantação final de ações pontuais pelo serviço veterinário estadual”, destaca Moraes.

Após os procedimentos, o Mapa poderá solicitar o status de livre de febre aftosa sem vacinação para o Paraná junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Atualmente, o único estado livre de febre aftosa sem vacinação é Santa Catarina. 

Os demais estados que compõe o Bloco V e que ainda não possuem o status de livre de febre aftosa sem vacinação - Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso - continuarão com as ações do Plano Estratégico do PNEFA, que visam a suspensão da vacinação. O calendário programado para o Bloco V prevê a retirada da vacinação em 2021.

No último sábado (27), em Uberaba (MG), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) deu início à campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa 2019. (As informações são do Mapa)

Levantamento aponta mais de 300 startups dedicadas ao agronegócio

O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, entre a prefeitura do município paulista, a Universidade de São Paulo (USP), e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, divulgou na Agrishow que o número de startups atuantes do setor de agronegócios já chega a 307.

Segundo os dados levantados pela iniciativa, que é gerida pel Fipase, essas startups se dividem em 18 categorias, incluindo gestão de fazendas, biotecnologia, bioenergia, veículos aéreos não tripulados, drones e geoprocessamento, e-commerce e economia compartilhada. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Leite/América do Sul 

Nas duas últimas semanas, o nível da produção de leite nas fazendas da Argentina melhorou ligeiramente com as temperaturas caindo um pouco, proporcionando conforto animal.

No entanto, o volume registrado até agora permanece abaixo do verificado nos dois últimos anos, desempenho fraco atribuído às altas temperaturas do verão, e inundações que mataram muitas vacas de leite e deixaram diversas fazendas fora do circuito de captação de leite. Devido à falta de leite para a indústrias, o preço ao produtor vem aumentando, refletindo no varejo. Como resultado, o governo lançou o Programa de Controle de Preços. O programa consiste em um acordo entre o estado e empresários para oferecer aos consumidores valores razoáveis para produtos básicos, como leite e iogurte, em todos os supermercados do país.

No Brasil a produção de leite de vaca ficou estagnada, como é típico nesta época do ano. Como na Argentina, o preço ao produtor aumentou dada a pequena oferta de leite para processamento. No entanto, o produtor verá o custo da alimentação animal cair, uma vez que o volume de milho colhido, é superior ao registrado no ano passado. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
No Radar
O Estado dá a largada amanhã na primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa. A imunização seguirá até 31 de maio. A meta da Secretaria da Agricultura é chegar à cobertura de 90% do rebanho de 12,5 milhões de bovinos e búfalos. No ano passado, na primeira e segunda etapas, o índice foi de 97%. (Zero Hora)

Porto Alegre, 29 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.968

   Casos de raiva bovina reacendem alerta

Seis anos após o último surto de raiva bovina no Rio Grande do Sul, quando mais de 33 mil casos foram registrados, criadores de bovinos de corte e de leite voltam a ficar em alerta. Neste ano, 18 casos foram confirmados pela Secretaria Estadual da Agricultura. O que chama a atenção não são os números, dentro da média para a época do ano, mas a região onde estão concentrados: no norte do Estado.

Um dos municípios mais atingidos é Soledade. O produtor Adriano Borges Knopf perdeu cinco animais da raça holandesa no final de março. 

- As vacas começaram a perder a força nas pernas, não levantavam mais. Vi que algo errado estava ocorrendo - lembra Knopf, que acionou a assistência técnica da Coagrisol Cooperativa Agroindustrial.

Ao constatar o quadro clínico dos animais, o médico veterinário da cooperativa Bolivar Camargo fez coleta de sangue e encaminhou para exame laboratorial. No mesmo período, o produtor Luiz Carlos dos Santos, também de Soledade, acionou o profissional pelo mesmo motivo: morte de seis vacas de um total de 20.

- Vivemos do leite. Estávamos até pensando em aumentar a produção, mas depois dessa rasteira, vai ficar difícil - lamenta Santos.

Dias depois da coleta das amostras, veio a confirmação da raiva herbívora - vírus transmitido a bovinos, equinos e ovinos por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue de animais vertebrados). O mesmo quadro clínico foi verificado em animais de pelo menos outras 12 propriedades rurais de associados da Coagrisol em Soledade e Ibirapuitã.

- Só aqui na região pelo menos 60 bovinos já morreram com quadro clínico da doença - contabiliza o veterinário, explicando que os exames laboratoriais são feitos por amostragem, por isso os números oficiais são menores.

VACINA É A PRINCIPAL FORMA DE PROTEÇÃO
Após a confirmação da doença, a Coagrisol orientou a todos os criadores de bovinos da região a vacinarem o rebanho - a única forma de proteger os animais, já que o vírus é fatal quando passado a animais não imunizados (veja mais abaixo). A mesma orientação é dada pela Secretaria da Agricultura para as regiões com casos confirmados e também suspeitos.

- Fazia muito tempo que o Estado não registrava casos nesta região, o que nos preocupa e reforça a necessidade dos produtores tomarem medidas preventivas - destaca André Witt, analista ambiental da Secretaria da Agricultura, lembrando que o surto de 2011 a 2013 atingiu principalmente a região Centro-Sul.

Com casos sendo notificados e investigados, Witt estima que os números tendem a aumentar à medida em que os diagnósticos serão concluídos. Mas tranquila ao afirmar que não se trata de um surto, mas sim de reforço dos cuidados no campo. No ano passado, 24 municípios gaúchos registraram casos de raiva herbívora em bovinos.

Atenção aos sintomas
Distúrbios nervosos, saliva em abundância e paralisia nos membros inferiores. Com perda da força nas patas, animais não conseguem levantar e se alimentar, até morrerem. Ferimentos e fios de sangue escorrendo podem ser sinais da mordida de um morcego-vampiro. Ao constatar esses sintomas, deve-se comunicar a inspetoria veterinária do município para investigação do caso e proteção dos demais animais.

Como proteger o rebanho
A única forma de proteção é a vacinação, que deve ser aplicada em duas doses na primeira vez (com intervalo de 21 dias). Depois da primeira imunização, a vacina deve ser aplicada anualmente, em dose única. A vacinação não é obrigatória, por isso, não é gratuita. O frasco com 25 doses custa em média R$ 16. Usar luvas e utensílios esterilizados, para evitar a contaminação cruzada. Além da vacina, é preciso monitorar possíveis mordidas nas extremidades do animal. Constatada a mordida, recomenda-se aplicar uma pasta vampiricida ao redor do ferimento. Como o morcego tem o hábito de voltar ao ponto mordido, o produto é usado para causar hemorragia no transmissor. O controle deve ser reforçado com a identificação de refúgios, onde os morcegos hematófagos podem habitar - como cavernas, túneis, casas abandonadas, telhados e porões.

Riscos a humanos
Embora menor, o risco de contaminação de raiva bovina em humanos existe. Se uma pessoa tiver contato com um animal doente, precisa recorrer a atendimento médico, para avaliar a necessidade de aplicação de soro e de vacina antirrábica. A doença não é transmitida a humanos pelo consumo de leite ou carne. Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura

Registros da doença em 2019
Soledade 6
Venâncio Aires 3
Forquetinha 2
Ivoti 2
Canudos do Vale 1
Santa Clara do Sul 1
Vale do Sol 1
Salto do Jacuí 1
Santo Antônio da Patrulha 1 (Zero Hora)

                 

 
LEITE/CEPEA: valorização do leite ao produtor perde força de março para abril

Depois de acumular alta real¹ de 18,9% no primeiro trimestre de 2019, o movimento de valorização do leite ao produtor perdeu força de março para abril. Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida² de abril (referente à captação de março) foi de R$ 1,4920/litro, variação de 0,92% (ou de praticamente um centavo) frente ao mês anterior.

As consecutivas elevações no preço ao produtor ao longo do primeiro trimestre estiveram atreladas à limitação da oferta no campo e à maior competição das indústrias para garantir a compra de matéria-prima. No entanto, a dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos ao consumidor sem prejudicar seus shares limitou o movimento de valorização no campo em abril.

Para garantir liquidez no período, agentes de laticínios mudaram suas estratégias de processamento e trabalharam com a diminuição dos estoques, principalmente no caso do leite UHT. O preço deste derivado apresentou queda acumulada de 2,1% no atacado paulista em março. No caso da muçarela, houve desvalorização de 1,1% no acumulado de março. É importante lembrar que a formação do preço do leite ao produtor é diretamente influenciada pelo desempenho das vendas dos derivados no mês seguinte à captação.

No campo, a produção dentro da porteira continuou limitada em março, devido ao clima desfavorável. O Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) registrou queda de 1,6% na “Média Brasil” de fevereiro para março. As reduções mais expressivas foram observadas no Rio Grande do Sul (6,4%), Santa Catarina (4,1%) e São Paulo (3,5%). Os volumes em Goiás e Minas Gerais caíram ligeiramente (1,7% e 0,4%, respectivamente), enquanto Paraná e Bahia apresentaram altas (de 3,9% e 9%, nesta ordem).

O cenário de oferta restrita no campo foi observado em abril, o que tem forçado laticínios a repassarem a valorização da matéria-prima aos derivados. Esse cenário, por sua vez, pode sustentar as cotações no campo para o próximo mês. No acumulado da primeira quinzena de abril, as cotações diárias do UHT e da muçarela no atacado paulista se elevaram 6,7% e 3,8%, respectivamente. O leite spot negociado em Minas Gerais também seguiu valorizado, fechando a segunda quinzena de abril com alta de 12,3% em relação ao período anterior. (Cepea/Milkpoint)
 


 
Mercado de embalagem inteligente crescerá 11% ao ano, atingindo US$ 39,7 bilhões

As embalagens inteligentes e as embalagens conectadas estão no radar dos executivos seniores e atraindo investimentos significativos em toda a cadeia de valor, de acordo com a Deloitte. A empresa apresentará as conclusões de sua pesquisa sobre o futuro das embalagens inteligentes na AIPIA (Active & Intelligent Packaging Industry Association) US Summit, em Nova Jersey, de 3 a 4 de junho de 2019.

Este é o segundo AIPIA Summit Americas e o evento contará com dois dias de seminários, networking e expositores de tecnologia de embalagens disruptivas. Os tópicos incluem: realidade aumentada, proteção de marca, engajamento do consumidor, rótulos inteligentes, impressão eletrônica, monitoramento de condições, controle de resíduos e controle da cadeia de fornecimento. De acordo com a Deloitte, entre US$ 5 e US$ 10 trilhões de bens de consumo são vendidos globalmente a cada ano e a maioria deles é embalada de alguma forma, gerando um mercado de embalagens de US$ 424 bilhões em 2016.

“A embalagem é muitas vezes um aspecto negligenciado e subutilizado no design de produtos e que agrega um valor imenso a todos os envolvidos. Embalagem com funcionalidade aprimorada, por meio de novas tecnologias, novos materiais e design inteligente, ou seja, a embalagem inteligente, tem um enorme potencial para criar valor e revolucionar os modelos de negócios tradicionais”, disse Mike Armstrong, MD, Monitor Deloitte. Ele disse que a Deloitte realizou uma pesquisa entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018, entrevistando 425 executivos norte-americanos de 12 indústrias. Mais de 70% dos entrevistados representaram empresas com receita de mais de US$ 1 bilhão. Quase 90% estavam em cargos de gerência sênior.

Os resultados confirmam que as embalagens conectadas se dividem em três categorias: inventário e gerenciamento do ciclo de vida; integridade do produto e a experiência do usuário. Os dois primeiros estão atraindo a maior parte do investimento. “A embalagem inteligente ainda está surgindo, mas não pode ser ignorada, pois apresenta oportunidades significativas e um risco real de ruptura. O setor gerou receitas de US$ 23,5 bilhões em 2015 e deve crescer 11% ao ano, chegando a US$ 39,7 bilhões até 2020", acrescentou.

As empresas estão considerando a embalagem como uma solução possível para transformar a maneira como entregam, vendem e usam produtos. Os líderes de mercado em todos os setores estão adotando aplicativos de embalagem inteligentes inovadores, especialmente do tipo conectado, que geram e aproveitam dados para tomar melhores decisões de negócios e encantar o cliente. O potencial positivo para os participantes de projetos com embalagens inteligentes é grande, mas eles enfrentam pelo menos quatro desafios: comercial, legal, tecnológico e organizacional.

A pesquisa da Deloitte descobriu que a maioria das embalagens inteligentes se enquadra no campo “ativo”, usando química avançada e materiais para oferecer controle de corrosão/umidade ou capacidades termocromáticas, principalmente para alimentos e bebidas, cuidados com a saúde e produtos de consumo pessoal. A embalagem conectada, que pode se comunicar com outras embalagens ou com a internet, ainda é uma oportunidade relativamente inexplorada, com códigos de barras simples e RFIDs cada vez mais usados para rastrear e localizar a embalagem na cadeia de fornecimento.

O relatório afirma que a adoção de embalagens conectadas varia de acordo com a indústria, com bens de consumo embalados e empresas industriais e de manufatura expressando os mais altos níveis de interesse. No entanto, as embalagens conectadas ainda estão nos estágios iniciais de crescimento e nenhuma aplicação ou indústria está próxima de atingir a maturidade. “A indústria de embalagens inteligentes ainda é altamente fragmentada, pois empresas de grande e pequeno a médio porte continuam focando em soluções únicas e limitadas, em vez de oferecer uma oferta integrada e coesa para implementação em grande escala. A natureza interconectada do ecossistema e a grande variedade de participantes de provedores de infraestrutura para empacotadores, marcas, varejistas e consumidores impediram que as embalagens inteligentes acelerassem rapidamente”, disse Armstrong.

“A inovação no espaço tem sido impulsionada principalmente por pequenas startups, e as soluções ainda precisam atingir uma escala significativa. Os padrões de Internet das Coisas (IoT) dominantes em todo o setor ainda precisam se firmar, muito parecido com os dias que antecederam a chegada do Bluetooth ou Wi-Fi em redes sem fio locais. O custo de sensorização e conectividade ainda é alto, embora tenha diminuído significativamente nos últimos anos e esperamos que caia ainda mais”.

Francesco Fazio, da Deloitte e co-autor do relatório apresentará seu seminário; "Capturando valor da revolução das embalagens inteligentes" no evento na terça-feira, 4 de junho, às 9h. Outro destaque no evento deste ano é a Mondelez International, que sediará o "Packaging Challenge", convidando as empresas a ouvirem Lou Fenech, líder da plataforma de embalagem, Mondelez International e Charles Halgren, desenvolvedora de embalagens da Mondelez International, com sua tecnologia de embalagem ativa e inteligente. “À medida que procuramos aumentar nosso impacto em embalagens inteligentes, reconhecemos que estamos desenvolvendo tecnologias de embalagem no mundo digital que podem nos ajudar a cumprir nossa missão”, disse Fenech.

“Para o propósito deste resumo, selecionamos duas áreas nas quais acreditamos que embalagens ativas e inteligentes podem aumentar o envolvimento e a conectividade com os consumidores por meio de nossas embalagens; segurança e sustentabilidade". Como parte do campo, a Mondelez estará procurando tecnologias que demonstrem a autenticidade e a segurança de seus produtos através de evidências de falsificação; recursos de embalagem que podem atuar como um PIF (recurso de integridade da embalagem) e tecnologias que asseguram que a embalagem interna ou principal e o conteúdo correspondam à embalagem externa ou secundária.

Como parte das metas de sustentabilidade da empresa de tornar 100% de suas embalagens recicláveis e fornecer informações de reciclagem em mercados em todo o mundo até 2025, a empresa está procurando por tecnologias/canais de comunicação que possam ajudar os consumidores a entender melhor como reciclar seus produtos; plataformas conectadas para incentivar os consumidores a reciclar e tecnologias/infraestrutura que permitam uma melhor classificação de MRF (Material Recovery Facilities) para gerar taxas de reciclagem. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Economia fracaEmpresários de diferentes segmentos estão reavaliando suas estratégias diante das frustrações com o desempenho da economia nesse início de ano. A atividade econômica esfria desde o final de 2018, a inflação voltou a subir, o desemprego é crescente e a massa salarial não evolui em nível suficiente para aquecer o consumo. (Fonte: Diário do Comércio/SP 

Porto Alegre, 26 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.967

   UE – A captação de leite cai 0,8% nos dois primeiros meses de 2019

A captação de leite na União Europeia (UE) caiu ligeiramente em fevereiro (-0,1%), o que resultou em uma queda acumulado nos dois primeiros meses de 2019 de -0,8%, de acordo com os últimos dados do Observatório Lácteo da UE.
 
França, Holanda e Itália são os estados membros com as maiores reduções em fevereiro. As entregas na Alemanha se mantiveram estáveis. Polônia e Reino Unido registraram os maiores aumentos de produção em fevereiro (+36.000 toneladas cada um).
 

Na Espanha, as entregas de leite foram reduzidas em 0,3% em fevereiro e em 1% nos dois primeiros meses do ano com relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de leite em pó na UE vem caindo significativamente em 2019: -9,1% para o leite em pó integral e -6,1% para leite em pó desnatado. A produção de queijo também caiu -0,5%, enquanto que a manteiga subiu ligeiramente nos primeiros meses do ano (+0,3%).

O crescimento da produção de leite na Nova Zelândia caiu consideravelmente em fevereiro (+0,1% quando foi de +8% em janeiro). Desde o início da campanha foi registrado incremento acumulado de 4,4%. A produção de leite australiana continua colapsando. Caiu 12,6% em fevereiro e em 6,6% no acumulado desde o início da temporada. Nos Estados Unidos houve aumento moderado da produção de leite: +0,1% em fevereiro, e, 0,6% em janeiro-fevereiro de 2019. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

                 
 
Concurso leiteiro

Evento promovido pela Gadolando deve atrair criadores e público em geral para acompanhar o torneio que se encerra com o tradicional Banho de Leite. O concurso leiteiro da raça Holandesa na Expoleite Fenasul chama muito a atenção tanto dos criadores quanto do público em geral.

Trata-se de uma atração à parte no evento que realiza mais uma edição neste ano entre os dias 15 e 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A organização é da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando). O presidente da Gadolando, Marcos Tang, destaca que diferentemente dos julgamentos morfológicos e de pista quando quem assiste precisa entender da raça e o que o juiz está avaliando, no concurso leiteiro é fácil evidenciar a vaca campeã porque é a que produziu mais leite. No entanto, alcançar uma boa produção não é simples, é preciso que o animal tenha genética para tal feito. Para chegar em uma exposição e produzir grandes quantidades de leite, a vaca também deve ser bem conduzida, bem alimentada, ter conforto e, sobretudo, ter um temperamento adequado. "Uma vaca completa é a que come bem, que produz leite e que consegue fazer tudo isso em um ambiente estranho", observa Tang.

Conforme o dirigente, é bastante complexo fazer uma vaca campeã de torneio leiteiro. Explica que o produtor ao pensar em obter boas produções realiza um longo trabalho que se inicia já no acasalamento da mãe com a utilização do sêmen de um touro adequado. "Não adianta uma vaca só produzir muito, ela também tem que ter pernas para chegar à ordenhadeira, capacidade digestiva para conseguir comer bastante, assim como capacidade respiratória e circulatória para ter uma boa oxigenação", salienta.

Tang lembra que os torneios leiteiros são bastante reais por não serem permitidos o uso de medicações. "As vacas têm que produzir o leite a partir da ingestão voluntária oral, não podendo ter injeções e artificialidades. Com isso preservamos o conforto do animal", sinaliza, ressaltando que os produtores que conduzem seus animais aos torneios têm que saber o que eles devem comer e qual a quantidade de proteínas, de fibras e de água. "Certamente teremos vacas produzindo muito leite e vacas de boa conformação subindo na nossa sala de ordenha e que poderá ser acompanhada pelo público", afirma o dirigente.

A programação da Gadolando na Expoleite Fenasul além do Concurso Leiteiro que se encerra na quinta-feira, dia 16 de maio, com o já tradicional Banho de Leite que ocorrerá às 17h, vai contar também com o Julgamento da raça Holandesa, com a classificação de fêmeas paridas, conjuntos e Grande Campeonato. Haverá ainda a Entrega de Prêmios da Raça Holandesa Expoleite 2019 e o Desfile dos Campeões. Vale lembrar que o líquido utilizado para o Banho de Leite contém uma grande quantidade de água misturada em um pouco de leite. (Página Rural)


USDA anuncia US$ 1,5 milhão em subsídios para apoiar a indústria de lácteos

 Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou US$ 1,5 milhão em subsídios competitivos para as Iniciativas do Dairy Business Innovation (DBI). O DBI é autorizado por meio da lei agrícola de 2018. O programa apoia os esforços do USDA para reduzir o risco e desenvolver usos de maior valor para os produtos lácteos, diversificar a renda dos produtores por meio do processamento e da inovação de marketing e incentivar o uso da produção regional de leite. As DBI Initiatives devem fornecer assistência técnica direta e fazer doações para empresas do setor de lácteos. 

As iniciativas devem estar posicionadas de acordo com os recursos da indústria de lácteos existentes, incluindo a densidade de propriedades leiteiras e a adequação de terras agrícolas a laticínios, bem como atividades conduzidas por programas de pesquisa e promoção de lácteos, organizações de pesquisa, empresas de laticínios ou interessados acadêmicos e industriais. Iniciativas podem servir a um determinado nicho de produto, como queijo especial, ou atender a empresas de laticínios com produtos lácteos derivados do leite de um tipo específico de animal leiteiro, incluindo produtos feitos a partir de leite de vaca, ovelha e cabra. 

As inscrições devem ser enviadas eletronicamente por meio de www.grants.gov até 17 de junho. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Produção/AR 
Os produtores de leite foram entrevistados em relação ao planejamento de sua atividade. 67% deles asseguraram que iriam aumentar a produção total nos próximos 12 meses. E média, o incremento será de 3,5% em relação a 2018. Além disso, a metade dos produtores entrevistados esperam poder aumentar a quantidade total de vacas em ordenha. No primeiro trimestre do ano a dívida de curto prazo das fazendas de leite comprometia 47 dias do faturamento, um valor menor do que os 53 e 52 dias apurados nas pesquisas realizadas em julho e novembro do ano passado, respectivamente, o que estaria indicando, em termos médios, uma progressiva recomposição da complexa situação enfrentada pelos produtores de leite em 2018. Os produtores consultados disseram que o nível atual de endividamento afeta, principalmente, as decisões relacionadas com os investimentos em infraestrutura e compra de animais. (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)