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Porto Alegre, 06 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.995

   Cadeia produtiva do leite debate mudanças nas INs 76 e 77 em Pelotas

Em vigor deste o último dia 30 de maio, as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a produção, a coleta e a armazenagem do leite cru, foram tema de debate, na tarde desta quarta-feira (05/6), na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS). O encontro contou com a presença de representantes de entidades, indústrias e produtores ligados ao setor lácteo.

A reunião tem o objetivo de criar um ambiente de discussão, aproximando a cadeia produtiva e o poder público em prol da qualificação do leite. Outros encontros nos mesmos moldes estão previstos para ocorrer também no mês de junho nas cidades de Ijuí (12/6), Santo Cristo (13/6) e Frederico Westphalen (18/6).
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, o Brasil é um país importador e as mudanças exigidas pelo Mapa visam, entre outras coisas, a qualidade do leite e a exportação. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, além da qualificação do produto, as INs 76 e 77 têm a intenção de dividir a responsabilidade entre o setor e o poder público.

Durante o encontro, a médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul Karla Pivato apresentou as principais motivações para realizar as mudanças nas normativas do leite, enquanto o analista pesquisador da Embrapa Marcelo Bonnet falou sobre exportação, qualidade e consumo de lácteos. “De jeito nenhum o leite fora do padrão pode chegar até o consumidor”, frisou.

Responsável pela captação de leite da Latvida na região, a médica veterinária Lilian Muller contou que, desde o final de 2018, a empresa tem a preocupação de fazer com que todos os seus produtores atendam as novas regras estabelecidas pelo Mapa. “Criamos uma cartilha explicando no detalhe todas as modificações das INs, e a mesma está sendo entregue aos nossos parceiros”, relata. A Latvida certifica as propriedades livres de brucelose e tuberculose, projeto que faz parte do Programa Mais Leite Saudável desenvolvido pelo Mapa que, na oportunidade, foi apresentado pelo médico veterinário Roberto Lucena.

O produtor da Latvida Magno Huttner, de São Lourenço do Sul, destacou que todos os produtores precisam se adequar às INs, caso contrário, o Brasil continuará importando leite. E citou a importância de estar atendo a saúde do rebanho. “Tem que ter planejamento para conseguir cumprir com as exigências, mas não é impossível e não podemos ter medo de descartar os animais”, disse. Quanto à coleta, a médica veterinária do Ministério da Agricultura Milene Cé ressaltou que a interrupção da coleta ocorrerá após três meses consecutivos de média geométrica fora do padrão. “Entendo a angústia, mas a intenção do Mapa não é que os produtores deixem de exercer a atividade, mas, sim, diminuir a concorrência desleal vinda daqueles que não primam pela qualidade do leite”, revela.

Ao final da reunião, houve uma mesa redonda a fim de esclarecer as principais dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou à distância, através do Facebook do Sindilat. O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado, Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Pelotas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Foto: Stephany Franco
 
 
                 
 
Simpósio Vaca leiteira

A qualidade do leite será foco do VI Simpósio da Vaca Leiteira, que será realizado na Universidade de Passo Fundo (UPF), no dia 28 de junho. O evento é aberto para acadêmicos de cursos de Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia e para profissionais que atuam nessas áreas.
 
As inscrições estão abertas. Os acadêmicos da UPF podem inscrever-se diretamente no diretório acadêmico do curso de Medicina Veterinária, com um desconto especial. Para os demais, as inscrições podem ser realizadas conforme categoria, na página da UFRGS, em portalfaurgs.com.br, link “Cursos e eventos”. O período de inscrições, que está em seu segundo lote, segue aberto até 27 de junho, com investimento de R$ 150,00 para estudantes e R$ 180,00 para profissionais. Há desconto especial de 10% para grupos de 5 pessoas e de 20% para grupos de 10 pessoas ou mais.

A atividade é uma ação conjunta entre a UPF e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e será realizado em Passo Fundo, região que concentra 60% da produção leiteira do estado. O VI Simpósio da Vaca Leiteira terá uma ampla programação, que será realizada no Centro de Eventos da Universidade.

Confira a programação de palestras:
- Impacto da mastite sobre a qualidade do leite, com Mônica Cerqueira (UFMG)
- Impacto da nutrição na composição e qualidade do leite, com Leopoldo Braz Los (Frisia Cooperativa Agroindustrial)
- Indicadores para avaliar a qualidade físico-química do leite, com Marcelo Bonnet (Embrapa)
- Eficiência produtiva e qualidade do leite em cruzamentos de vacas holandesas e jersey, com André Thaler (UDESC)
- Desmistificando conceitos dos efeitos do leite sobre a saúde humana, com Rogério Friedman (UFRGS). (Fonte: UPF)
 
 
8º Seminário Produtor de Leite Piá 

Está acontecendo em Marau, o primeiro dia do 8º Seminário Produtor de Leite Piá. O evento é promovido pela Cooperativa Piá com objetivo de trazer informação e novas tecnologias ao produtor de leite, fortalecendo a cadeia e buscando a fidelização. No evento estão presentes 280 associados produtores. (Cooperativa Piá)


Preços LTO 

O cálculo da média mensal de preços do leite em abril de 2019 foi de € 33,21/100 kg, [R$ 1,51/litro], para o leite padrão. Queda de € 0,30/100 kg em relação ao mês anterior. Quando comparado com abril de 2018, a média de preços aumentou € 0,85/100 kg, ou 2,6%. Pela primeira vez, desde março de 2018, a média de preço foi maior do que um ano atrás.

Entretanto, foi um movimento, relativamente pequeno, nos preços, pois a média geral caiu ligeiramente. Isso foi em decorrência dos efeitos sazonais. As maiores baixas foram registradas na Dairy Crest e Sodiaal, com -€2,27 e -€1,00 por 100 kg de leite padrão, respectivamente. A queda foi essencialmente pelas retiradas das bonificações sazonais.

A Milcobel também reduziu os preços em € 1,00 por 100 quilos de leite, enquanto a italiana Granarolo aumento € 1,00/100 kg.

Nos Estados Unidos da América (EUA) os preços estão subindo consistentemente, em relação aos baixos níveis anteriores. Pelo segundo mês consecutivo, o leite Classe III teve aumento de € 2,00/100 kg. O surpreendente é que esse aumento é decorrente do aumento nos preços das proteínas.

A Fonterra reduziu a projeção dos preços para a temporada 2018/19. Sem as variações cambiais, houve decréscimo de aproximadamente € 0,80/100 kg de leite padrão. Para a próxima temporada, que começou no dia 1º de junho, a Fonterra anunciou o preço na faixa de NZ$ 6,25-7,25/kgMS. Isso difere da forma como eram anunciados os preços em anos anteriores. O preço final do leite para a temporada atual deverá ser de NZ$ 6,35/kgMS, com bonificação na faixa de 10-15 centavos, totalizando NZ$ 6,475.

A média de preço caiu levemente, principalmente em decorrência da compensação feita nos preços pela Glanbia. Apenas a Glanbia, a Hochwald e a Danone diminuíram os preços aos seus produtores. Os preços do leite caem sazonalmente no início da temporada quando a produção chega ao seu pico em abril e maio. O gráfico mostra que os preços de 2019 acompanharam o padrão de anos anteriores.  

A Fonterra mantém a previsão do preço em NZ$ 6,45 (faixa de NZ$ 6,30-NZ$ 6,60/kgMS) e a projeção dos dividendos é entre 15 e 25 centavos. A estação 2018/2019 abriu com o preço projetado de NZ$ 7,00/kgMS.

Nos Estados Unidos o leite Classe III, expresso em dólar aumentou de US$ 13,89/cwt, [R$ 1,24/litro], em fevereiro, para US$ 15,96/cwt, [R$ 1,39/litro], em abril. O aumento ocorreu basicamente pela bonificação da proteína. É o segundo mês consecutivo, que em Euros, o aumento é mais de € 2,00/100 kg. E isso pela melhoria nas cotações das proteínas. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)
 
DPA Brasil
Representantes de diversas áreas da DPA Brasil estiveram na AgTech Garage, em Piracicaba, para conhecer as propostas de 10 startups participantes do 2º Circuito de Startups DPA. Foram apresentadas soluções bastante inovadoras, que vão desde temas como inteligência artificial a automação e robotização. É a DPA atenta as últimas novidades e tecnologias! (DPA Brasil)

Porto Alegre, 05 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.994

   Santa Maria recebe primeiro debate das INs 76 e 77 após mudanças entrarem em vigor

O otimismo deu o tom no primeiro debate sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa) após as mudanças entrarem em vigor. Desde o dia 30 de maio, ambas trouxeram uma série de alterações que modificam a forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru. Na tarde desta terça-feira (04/06), representantes de entidades ligadas ao setor, produtores e estudantes lotaram o auditório do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (USFM) para discutir o tema - que já faz parte da pauta da cadeia produtiva do leite. 

A abertura do evento ficou a cargo do reitor da UFSM, doutor Paulo Afonso Burmann, que citou a importância da realização da discussão dentro da Universidade, promovendo a aproximação dos acadêmicos com a cadeia produtiva. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a regionalização da discussão sobre as INs 76 e 77 é extremamente benéfica para os produtores, tendo em vista que engloba representantes específicos de cada região. 

Durante o evento, que reuniu cerca de 150 pessoas, técnicos e especialistas apresentaram as principais mudanças das INs e reforçaram a intenção da cadeia produtiva em se adequar a todas as normas estipuladas pelo Mapa. Também citaram projetos já consolidados que tratam da qualidade do leite, como o Programa de Sanidade Total, desenvolvido pela CCGL, que engloba um projeto de certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose e que foi apresentado pela médica veterinária e produtora Lisiane Griceu. O Programa Mais Leite Saudável, desenvolvido pela Mapa, foi apresentado pelo médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Representando as indústrias de leite do Estado, o zootecnista da Latvida Marcelo de Freitas defendeu o empenho do setor para se adequar às mudanças. “Depois que a lei é formulada, cabe-nos cumprir, só temos que trabalhar para isso”, frisou.  Além disso, Freitas citou o programa de controle de brucelose e tuberculose desenvolvido pela empresa que integra o projeto Mais Leite Saudável. 

Favoráveis às mudanças apresentadas nas INS, os produtores também puderam explanar seu posicionamento.  De acordo com o produtor Conrado Kunert, adequar-se às normas não é problema, o gargalo maior está direcionado à infraestrutura. Segundo ele, as más condição das estradas e o fornecimento precário de energia elétrica estão entre os pontos que encarecem a produção de leite. “Desde setembro de 2018 estou trabalhando com gerador de energia, pois a energia fornecida na propriedade não é suficiente para utilizarmos a ordenha robotizada e o refrigerador”, destacou.

A médica veterinária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato apresentou os avanços conquistados com a Lei do Leite. A médica veterinária do Mapa Milene Cé desmembrou as mudanças apresentas nas IN’s,e reforçou que a primeira média geométrica trimestral será coletada apenas em setembro, a partir dos resultados de junho, julho e agosto de 2019, ponto bastante tencionado pelos produtores de leite. 

O evento foi encerrado com uma mesa redonda sobre os temas discutidos na reunião. A série de reuniões sobre as INs 76 e 77 é uma promoção da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), da Secretaria da Agricultura, do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Univates. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Camila Silva

 
 
                 
 
Sindilat participa do Intercâmbio de Lideranças Setoriais em Brasília

Representantes da indústria da alimentação do Brasil estiveram reunidos em Brasília nesta semana (dias 3 e 4) em Brasília para debater temas de interesse do setor e compartilhar experiências em gestão visando o fortalecimento da cadeia, da rede sindical e do sistema de representação da indústria. A 5ª edição do Intercâmbio de Lideranças Setoriais foi realizada na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e contou com a participação do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. 

A participação gaúcha foi intermediada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e possibilitou o encontro de sindicatos de diversos estados do país. “Compartilhamos boas práticas sindicais e debatemos assuntos de interesse do setor de alimentos”, destacou o presidente do Sindilat. De acordo com Guerra, os temas em pauta envolveram desde negociações coletivas após a reforma trabalhista e projeções com base nas possíveis aprovações das reformas previdenciária e tributária.

“Salientamos que as reformas são fundamentais para a retomada da economia e ressaltamos a importância do Sistema S para o desenvolvimento e educação profissional”, salientou Guerra. O dirigente afirmou ainda que a presença na capital federal também possibilitou uma aproximação com deputados federais para alinhar os temas discutidos no intercâmbio com o Congresso Nacional. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Miguel Ângelo de Brito Pinheiro

IN’s do leite em pauta pelo Estado 

O secretário-executivo do Sindilat conversou com a RBS TV de Santa Maria para falar sobre as mudanças com as novas INS do leite. A entrevista foi dividida com o produtor Conrado Kunert, da localidade de Rincão do Pinhal (Agudo). Já no evento de apresentação das novas regras para o leite em Pelotas, Palharini concedeu entrevista à Rádio Pelotense.  CLIQUE AQUI para conferir a entrevista veiculada no Jornal do Almoço, da RBS TV Santa Maria. (RBS TV Santa Maria/Assessoria de Imprensa Sindilat)

Curso de Juízes de Queijos 

Ocorre nesta semana a quinta edição do Curso de Juízes de Queijos, promovida pela Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL) com o patrocínio da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS).

O evento tem por objetivo selecionar provadores com habilidade sensorial para caracterizar vários tipos de queijos. O curso será realizado nos dias 6 e 7 de junho no Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Icta), no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em Porto Alegre (RS).

Conforme a diretora científica da AGL, Neila Richards, que ministrará o curso, a análise sensorial é uma ferramenta básica para o controle de alimentos em muitas indústrias. "É uma ciência utilizada como parte da pesquisa e desenvolvimento de produtos. A adoção dos conceitos e aplicação dos testes sensoriais promovem ganhos de marketing e a aceitação dos produtos no mercado. É a identificação e interpretação das propriedades que chamamos de atributos que são percebidas por meio dos cinco sentidos", destaca.

Para a especialista, o mais importante é que os juízes conheçam as características dos queijos que devem analisar como aspecto externo, aspecto da massa, coloração, odor, entre outros. "Este julgamento é extremamente importante para conduzir importantes mudanças posteriores no produto. E quem ganha com isso são os consumidores, que irão consumir produtos lácteos de empresas preocupadas com a melhoria contínua da qualidade dos produtos produzidos", salienta.

O curso de Juízes de Queijos terá carga horária total de 12 horas. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo e-mail agl.poa.rs@gmail.com. (Página Rural)

 
Leite em pó 
O produto mais exportado pelo Uruguai se desvalorizou 1,5%. O valor médio do leite em pó integral, voltou a baixar na Fonterra e acumula cinco perdas consecutivas de preço. Desta vez a queda foi de 1,5%, ficando com o preço médio de US$ 3.138/tonelada, depois de ter alcançado a cotação máxima de US$ 3.317/tonelada, em março, e o melhor valor desde dezembro de 2016. A cesta de produtos lácteos também apresentou queda de 3,4% (US$ 3.423/tonelada), registrando a segunda queda, depois de onze elevações consecutivas. A maior perda foi o queijo Cheddar, caiu 14% (US$ 3.950/tonelada). O leite em pó desnatado teve desvalorização de 4% (US$ 2.436/tonelada), enquanto a manteiga caiu 10,3% (US$ 4.805/tonelada). (El País – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 04 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.993

   GDT

 
(GDT, adaptado pelo Sindilat)
 
                 
 

Uruguai registra queda significativa na produção e entrega de leite

A entrega de leite das fazendas leiteiras para o conjunto de unidades industriais de laticínios do Uruguai foi 9,7% menor nos primeiros quatro meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018, atingindo 529,296 milhões de litros. A entrega de abril foi estimada em 133,083 milhões de litros, 12,6% a menos que no mesmo mês do ano passado.

No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2018 a abril de 2019), o envio de leite foi 1,4% acima do valor correspondente a um ano atrás. Com base em informações elaboradas por técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), no ano de 2018 foram enviados 2.063.383 milhões de litros, volume recorde, 17% superior ao enviado durante o ano de 2017.

Três ou quatro anos ‘asfixiados’
Mauro Curbelo, presidente da Sociedade dos Produtores de Leite de San Ramón, disse que existem várias razões para que esse declínio tenha ocorrido, entre elas, o valor que o produtor recebe pelo leite enviado às indústrias, que é avaliado em dólares e caiu de maneira notória. Isso impacta os produtores com relação aos seus problemas de caixa e o enfrentamento de investimentos importantes, por exemplo, para alimentar seus rebanhos, o que afeta os níveis de produção e, portanto, a menor entrega.

Inclusive, ele admitiu que cenário poderia ser pior, mas felizmente o preço do grão em dólares não teve aumentos relevantes. Na verdade, "já se passaram três ou quatro anos desde que fomos sufocados e, a longo prazo, isso está sendo sentido", disse ele. Em relação ao valor do leite, embora tenha havido uma leve recuperação em pesos, "começamos o ano com um valor em dólar de US$ 0,29 a US$ 0,30 por litro e agora estamos em US$ 0,26 a US$ 0,27 em média e isso está nos atingindo".

A isto devemos acrescentar uma seca que ocorreu este ano, que não foi muito pronunciada. "Ela durou no máximo 50 dias, mas aconteceu num momento chave, os pastos não cresceram bem e poucos produtores conseguem fazer um bom pastoreio de aveia, por exemplo. Os pastos não contribuíram e os campos estão auxiliando pouco", acrescentou. Ele também lembrou que a boa primavera passada gerou muito pasto e levou os produtores, a fim de economizar o máximo possível, a investir menos na suplementação de seus rebanhos "e isso também está tendo impacto”.

Menos fazendas leiteiras
Curbelo acrescentou que "devemos ter em mente que os produtores continuam fechando fazendas leiteiras. Estão fechando menos, em média uma a cada dois ou três dias". Ele mencionou que parte desses rebanhos passa para outras fazendas leiteiras, mas uma boa parte vai para frigoríficos ser abatida a fim de fazer dinheiro e pagar contas. “E isso provavelmente continuará acontecendo”. Finalmente, consultado sobre a ajuda oficial que havia para o setor lácteo, Mauro lamentou que "a pequena ajuda que foi dada, por diferentes razões, não se materializou em benefícios reais para os produtores”. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Demanda global de lácteos em alta, mas não os preços

A demanda global por produtos lácteos está aumentando, mas os preços nem sempre seguem a mesma trajetória. “A história de crescimento é fantástica. Desde 2007, o leite vem crescendo em demanda em 2,3% ou 19 milhões de toneladas por ano. Isso é quase a produção anual de leite da Nova Zelândia”, disse Torsten Hemme na conferência internacional da Alltech realizada em Lexington de 19 a 21 de maio.

O direcionador é uma população crescente e as pessoas consumindo mais, disse Hemme, fundador da rede IFCN Dairy, com sede em Kiel, na Alemanha, que monitora a dinâmica dos laticínios em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o consumo de leite é alto, de 274 litros por ano, mas na Indonésia é baixo, com 30 litros por ano.
O relatório IFCN Dairy traça o perfil de 115 países e informou que desde 2006, o preço médio do leite era de US$ 40 por 100 kg, mas desde 2017 os preços flutuaram em 10%, então eles caíram para US$ 35 por 100 kg. Neste ano, a demanda pode superar a oferta e os preços podem melhorar um pouco.

A demanda por leite não crescerá em mercados maduros como os EUA, a Austrália ou a União Europeia, mas a prosperidade na China deverá registrar um aumento no consumo. A Índia é o produtor número um em volume de leite com um modelo agrícola de duas vacas por fazenda. Cinco por cento de crescimento por ano é esperado.

Segundo o relatório, os terceiros maiores produtores são UE, Brasil e Nova Zelândia. Rússia, Ucrânia, sudeste da Europa, Japão e Noruega são grandes produtores, mas viram um declínio na produção de leite. O Japão e a Coreia do Sul mostram um declínio contínuo na produção, mesmo com o apoio do governo e o investimento do setor. Algumas partes da UE também mostrarão enfraquecimentos, mas membros como a Irlanda experimentaram uma enorme expansão nos últimos anos.

Fatores para a produção de leite incluem elementos naturais como clima, terra e água. Nas regiões que sofrem secas, os fornecimentos de ração foram limitados e a produção caiu. Além disso, a Rede IFCN encontrou grandes flutuações no custo de produção que variam de US$ 20 a US$ 105 por 100 kg. O estudo da rede dividiu a produção em três segmentos.

Os produtores domésticos são aqueles com uma a 10 vacas e são comuns no sul da Ásia, Paquistão e Índia, onde 90% das fazendas possuem menos de 10 vacas. A próxima é a agricultura familiar com 10 a 100 vacas e isso é visto na UE e na América Latina. Fazendas maiores, com 100 a 300 vacas por fazenda, geralmente têm funcionários e investimentos. Este modelo prevalece nos EUA, onde rebanhos de 1.000 vacas ou mais estão se tornando mais comuns.

O estudo também analisou o impacto ambiental do setor e descobriu que apenas 2,7% das emissões globais de gases de efeito estufa provêm de laticínios. As pessoas que pensam que a substituição do leite salvará o planeta estão equivocadas, disse Hemme. (As informações são do The Western Producer, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Produção/Oceania
Em abril a produção de leite da Austrália retrocedeu 13,7% e na Nova Zelândia caiu 8,4% em relação a abril de 2018. Do outro lado, as importações de produtos lácteos pela China aumentaram, tanto em quantidade como em valor. Na Austrália a queda foi provocada em decorrência da seca e dos altos custos dos insumos. A expectativa é de que, nos primeiros dez meses da temporada, a produção tenha diminuído 7,3%.  Na Nova Zelândia, o leite produzido em abril caiu 8,4% em relação a abril, mas, a captação da Fonterra foi 9% menor em relação ao ano anterior. Nos primeiros 11 meses da temporada 2018-19, a Nova Zelândia aumentou sua produção de leite em 2,3% no total.As exportações da Nova Zelândia continuam crescendo (12,9% em abril de 2019), mas, existe preocupação relacionada ao vírus da peste suína africana que está dizimando os planteias de preços da China. Consequentemente, haverá redução na compra de alimentos para suínos na Nova Zelândia.
China aumenta as importações lácteas
Por outro lado, a demanda de produtos lácteos por parte da China continua sendo alta no primeiro trimestre do ano. Entre janeiro a abril as importações cresceram 17,3% em quantidade, e 20,4% em valor. A Oceania é a região de maior oferta de lácteos, seguida pela União Europeia (UE). Ambas fortalecem suas posições graças à guerra entre Pequim e Washington. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 03 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.992

   Mudanças nas INs 76 e 77 são tema de reunião em Santo Cristo
 
A cidade de Santo Cristo, região Noroeste do Rio Grande do Sul, é palco de mais um debate sobre adequação de produtores e indústrias de laticínios às Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As novas regras já estão em vigor, desde o último dia 30 de maio e alteram alguns artigos sobre a  forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru. O evento ocorre no dia 13 de junho, às 13h, no Centro Cultural José Paulino Stein (Rua Dom Hermeto Pinheiro, 771). As inscrições são gratuitas, limitadas a 558 lugares e podem ser realizadas pelo link: https://bit.ly/2XaMg7Z.

A reunião tem o objetivo de mostrar que não é impossível a adequação às normativas que visam a qualidade do leite. Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, a ideia é que as pessoas saiam do evento sem dúvidas. "Por meio de dados, os especialistas mostram as vantagens para toda a cadeia produtiva do leite ao se adequarem às exigências", ressalta.

O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, Unijuí, Fema, Setrem, Sintralog, AMGSR, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Santo Cristo. 

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores de leite. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (https://facebook.com/sindilatrs/). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
                 
 
Serafina Corrêa reúne pequenos produtores para discutir sobre o setor lácteo

O 1° Encontro de Bovinocultores de Leite, realizado na cidade de Serafina Corrêa, centro-oeste do Estado, reuniu aproximadamente 90 pessoas com o objetivo de discutir o cenário do leite na região e estimular produtores a não saírem da atividade leiteira. O evento, promovido pela Emater/RS-Ascar, contou com a participação de diversas entidades, entre elas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat),  a Cooperativa dos Produtores de Leite (Coperlate) e o Serviço Nacional De Aprendizagem Rural (Senar/RS) no painel que abriu o evento, na última quinta-feira (30), no Clube dos Motoristas do município.

As entidades apresentaram um resumo da situação do leite na região que, segundo o engenheiro agrônomo da Emater Leandro Ebert, é preocupante, dados os baixos índices de produtividade. "O leite vem perdendo importância nos últimos anos e as famílias acabam investindo em outras atividades", explica Ebert.

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a atividade leiteira é uma das que mais rentabilidade oferece por hectare. "O objetivo do painel foi mostrar que a partir de bons controles e acompanhamento é possível reverter a baixa produtividade", afirma Palharini, que aproveitou o evento para expor aos participantes algumas tendências do mercado internacional e doméstico. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: João Carlos Santos da Luz
 
 

Compartilhando o saber no agronegócio

A tecnologia potencializou a integração entre pessoas, agilizou a troca de dados e, por mais contestações que se possa fazer sobre a profundidade dessas relações, é preciso compreender que vivemos na era do compartilhamento, seja nas relações interpessoais ou profissionais.

No entanto, no ambiente corporativo, há um abismo quando se fala em compartilhamento de estratégias ou de pesquisas. Apesar de muitas empresas conviverem nos chamados coworkings, projetos, experiências e pesquisas seguem trancados a sete chaves. Isso porque o empresariado brasileiro ainda não internalizou o conceito tão difundido entre as novas gerações. Quando lidam com a concorrência, a maioria dos executivos ainda vê um rival voraz à frente sempre pronto para atacar seu mercado e uma fatia de seu lucro. Ledo engano.

Algumas das iniciativas mais exitosas no mundo estão atreladas ao ambiente cooperativo, onde grupos de empreendedores unem-se por um objetivo coletivo que, em alcançando o sucesso, logo adiante, elevará todos a patamar superior. O conceito não é novo e está expresso no estudo de equilíbrio proposto pelo matemático norte americano John Nash ainda nos anos 1940. Mas, se história e economia nos sinalizam que o bem de todos é o caminho para o sucesso individual, porque não exercitamos esse olhar colaborativo? A resposta repousa na crença de que, na era da informação, "o segredo ainda é a alma do negócio" e que dividi-lo pode ser ameaçador. E muitas vezes o é. Mas nem sempre.

Felizmente, muita gente vem pensando diferente. Recentemente, um grupo de 32 cooperativas gaúchas decidiu mostrar que conhecimento pode, sim, ser compartilhado. Para isso, criou a Rede Técnica Cooperativa (RTC), um centro de inteligência onde, técnicos trabalham para buscar soluções para dilemas coletivos. A expectativa é que a iniciativa renda frutos à produção agrícola gaúcha, uma vez que os cooperados envolvidos movimentam 50% da safra de grãos do Rio Grande do Sul.

Alinhando esse trabalho, a RTC promove nos dias 5, 6 e 7, em Gramado, sua primeira jornada técnica, um momento de reflexão e alinhamento para o futuro do agronegócio gaúcho. A meta é sinalizar quais as melhores formas de produzir mais, melhor, obter a máxima produtividade e rentabilidade com o mínimo impacto ambiental. As respostas não são simples nem surgirão em um passe de mágica. É preciso ter em mente é que a solução não chegará antes de trabalharmos duro. Um caminho que, sem dúvida, será bem mais curto se for percorrido de mãos dadas, integrando experiências de campo, pesquisa e investigação agrícola. E, mais do que isto, permitindo a aplicação e o acompanhamento dos resultados econômicos nas propriedades, o que assegura a manutenção dos produtores na atividade de forma competitiva e global. (Caio Vianna, Presidente da CCGL/Zero Hora)

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) promove amanhã, às 13h em Santa Maria reunião sobre as instruções normativas  nº 76 e nº 77, que entraram en vigor no dia 30 de maio. O evento tem como objetivo esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e de prefeituras de cidades do interior sobre adequação às normas.
Local: auditório do Colégio Politécnico, na Av. Roraima, 1.000 em Santa Maria.
Inscrições podem ser feitas através do link https://bit.ly/2YLNAid (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 31 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.991

   Reunião que debate as mudanças nas INs 76 e 77 chega a Ijuí

A reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que entraram em vigor no último dia 30 de maio, alterando a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, chega a região Noroeste do Estado, na cidade de Ijuí (RS). O evento será realizado no dia 12 de junho, às 13h, no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) - Rua do Comércio, 3000 – Bairro Universitário. As inscrições são gratuitas, limitadas a 558 vagas e podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/2HXTntY.

A iniciativa tem o objetivo de esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e de prefeituras do interior do Estado sobre a adequação às normas. De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, essas mudanças buscam um ajuste ainda maior  na qualidade do leite e favorece toda a cadeia produtiva, principalmente o consumidor. "As novas regras aumentam  os controles e as responsabilidades do processo produtivo para a indústria. Mas, para que isso se concretize na propriedade rural, a mesma terá de ter uma boa infraestrutura. Também é necessária uma boa estrutura viária e acesso à energia elétrica, o que requer a participação das prefeituras e Governo do Estado", afirma.

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que se modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual o público poderá fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).

O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Unijuí e Prefeitura Municipal de Ijuí. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

                 
 

Leite: setor teme não conseguir se adaptar às novas regras de produção

As instruções normativas 76 e 77 que modicam regras importantes de produção, transporte e armazenamento de leite cru começaram a valer nesta quinta-feira, dia 30. Em nota, o Ministério da Agricultura informa as INs abrangem desde a organização da propriedade rural, suas instalações e equipamentos, até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose. 

As normas mantêm o padrão de contagem bacteriana para o leite cru refrigerado na propriedade rural de 300 mil unidades por mililitro, vigente desde julho de 2014. Produtores que ultrapassarem, por três meses consecutivos, o nível aceitável deixarão de fornecer para laticínios. 

“Diante dos dados de qualidade obtidos pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL), a situação atual ainda não permite uma redução de padrão, sendo necessária a adoção de outras ações para avançar nos índices de qualidade”, disse na nota Ana Lúcia Viana, diretora de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária. 

Para as indústrias, o padrão de contagem bacteriana foi estabelecido em 900 mil unidades por ml, para que o leite, após o transporte, mantenha a qualidade obtida na origem. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, o Ministério da Agricultura levou em conta a regra europeia, o que não pode ser aplicado no estado. “Na Europa, o volume de leite produzido por agricultor é maior, mas, por aqui, não. Temos que coletar leite de muitos produtores para encher um caminhão, o que faz com que muitas vezes o produto demore para chegar à indústria”, pondera o dirigente. 

O setor industrial reconhece que a medida serve para trazer mais qualidade ao produto, porém, acredita que deveria ter mais tempo para se adaptar às mudanças. “Não vemos problema em cumprir o regramento, mas esperávamos um período de transição. Isso foi solicitado ao Ministério da Agricultura quando a lei foi redigida”, diz Guerra. 

Milene Cristine Cé, auditora scal federal agropecuária do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, lembra que o limite de contagem bacteriana total foi estabelecido em novembro do ano passado. “Os efeitos práticos serão vistos a partir de novembro de 2019, quando teremos uma média. Só então noticaremos ou multaremos as empresas em que a medição car fora dos padrões”, diz a auditora. “Para atender este padrão, é necessário que os estabelecimentos revisem a sua logística de coleta, as condições dos tanques dos caminhões transportadores, e os procedimentos de higiene deles. São procedimentos que visam amenizar a multiplicação bacteriana e fornecer produtos de maior qualidade ao consumidor”, disse Ana Lúcia.

Outra mudança importante diz respeito à temperatura do leite na chegada à indústria, que passou de 10ºC para 7ºC. Em casos excepcionais, em que o processo enfrente problemas nas estradas ou desastres naturais, o limite será estendido a 9ºC.

A Comissão Técnica Consultiva do Leite (CTC/Leite), a ser criada com a participação dos integrantes da Câmara Setorial do Leite e Derivados e das secretarias do ministério, vai acompanhar a aplicação das normas. (Canal Rural)

Produção/EUA

Em abril houve queda de 1.000 cabeças de vaca, depois de terem caído 17.000 cabeças em março, de acordo com o Serviço de Estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (NASS). 

A produção de leite ficou praticamente inalterada (+0,1%) em relação a um ano atrás, depois de ter caído 0,6% em março. A produtividade por vaca subiu 1% na comparação anual. Este ano começou promissor, porque as vendas de leite fluido haviam caído 0,6% em janeiro. Mas, as vendas terminaram o inverno, com queda de 4,7% em março, quando comparado com o mesmo mês de 2018, e apresentou a maior queda na comparação anual desde setembro do ano passado. A venda média dos produtos lácteos líquidos caiu 2,5% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

A produção de manteiga, leite em pó e queijo nesse primeiro trimestre acompanhou a produção de leite e mostrou pequenas alterações em relação ao ano anterior. A produção de manteiga e leite em pó caiu 1% de janeiro a março, e a produção de queijo ficou inalterada. O queijo típico Americano, teve queda de 1% em sua produção, enquanto outros tipos de queijos (principalmente os italianos) subiram 0,5%.

O preço do leite destinado ao mercado de queijo (leite Classe III) teve a média de US$ 14,30/cwt durante o primeiro trimestre, em comparação com os US$ 13,87/cwt um ano antes. O mercado de queijo foi o mais dinâmico nos últimos três meses, já que o preço do leite Classe III aumentou quase US$ 1/cwt tanto em março, quanto em abril. As cotações semanais do queijo cheddar ficaram estáveis nas últimas semanas, sugerindo que o preço do leite Classe III, em maio, pode não ter nova alta.

Os preços no atacado da manteiga ficaram parados nos primeiros quatro meses de 2019, variando entre US$ 2,25 e US$ 2,28/pound, [R$ 19,69/kg e R$ 19,96/kg]. Os preços em maio reagiram, e subiram perto de 10 centavos acima da média dos quatro meses anteriores. Os estoques de manteiga no final de abril caíram 5% em relação ao ano anterior, contra apenas 1% a menos no início do mês. O aumento dos preços em maio pode ser um indicativo de que os estoques continuam a cair.

O preço do leite em pó desengordurado (NDM) no varejo apresentou a mesma estabilidade da manteiga nos quatro primeiros meses do ano, ficando na faixa de 97 e 99 centavos por pound, [R$ 8,49/kg e R$ 8,66/kg]. Esses preços são 37% maiores do que os registrados um ano atrás, e 9% a mais em relação ao último trimestre de 2018. As exportações de leite em pó subiram 18% entre 2017 e 2018 e o aumento dos preços refletiu nas exportações. Em março, foram 9% menores do que as verificadas em março de 2018, e, no primeiro trimestre, caíram 10%.

O NASS-USDA estima que o preço do leite recebido pelos produtores em março (última data disponível) foi US$ 17,50/cwt, [R$ 1,58/litro]. Até o final de 2018, esse preço foi de US$ 16,60/cwt, [R$ 1,50/litro], e no ano anterior US$ 15,70/cwt, [R$ 1,42/litro]. A elevação do preço do leite Classe III durante abril, deve ajudar na média de todos os leites de abril, no final do mês. Além disso, o ligeiro aumento nos preços da manteiga e leite em pó agora em maio e a estabilidade nos preços do queijo sugerem que o preço ao produtor, em maio, será similar ao de abril.

As perspectivas para os meses de verão vão depender da demanda de queijo e o volume de vendas do leite fluido que podem variar entre 1% e 2% em relação a um ano atrás. Com a produção de leite neste trimestre de verão semelhante à do ano passado (menos vacas no rebanho sendo compensado por maior produtividade animal), e ganhos modestos no queijo, sugerem que o preço pode ficar na média em torno de US$ 18,00/cwt, [R$ 1,63/litro], acima dos US$ 16,00/cwt registrados em 2018. (Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)

 
RS: aumento de focos de raiva resulta em alerta sanitário
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul emitiu alerta sanitário para a raiva dos herbívoros e está orientando os produtores rurais a vacinarem ou revacinarem os rebanhos para prevenir a doença. O alerta foi emitido com base em situações registradas no Estado, como a incidência de agressões do morcego-vampiro a bovinos. Em nota, a Seapdr informou que até o dia 22 de maio, a Divisão de Defesa de Sanidade Animal (DSA) registrou a incidência de 28 focos em 17 municípios, representando 82,3% de todos os 34 focos registrados em 24 municípios em 2018. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Porto Alegre, 30 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.990

   Novas regras para o leite elevarão custos na cadeia produtiva

 
Criadas para aumentar a qualidade e a durabilidade do leite, as instruções normativas 76 e 77 entram em vigor nesta quinta-feira no país ainda gerando dúvidas na cadeia produtiva. Embora não tragam mudanças para os consumidores, as novas regras ampliam exigências que deverão pesar no bolso das indústrias e dos produtores. Do ponto de vista da indústria, duas mudanças preocupam. A primeira é a exigência de que a matéria-prima chegue ao laticínio com até 7ºC - com tolerância até 9ºC. Até então, o limite era 10ºC. Para que isso aconteça, o produtor deve entregar o leite a 4ºC. O problema é que isso depende de uma série de fatores, como a qualidade da energia elétrica nas propriedades - para manter as temperaturas nos tanques de armazenamento do leite -, e envolve até mesmo o fato de que o produto é coletado em diferentes fazendas. "Em quais circunstâncias será aceito esse limite?", questiona Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). 
 
Segundo ele, não há um dado preciso, mas estima-se que metade dos produtores ainda tenha que fazer ajustes para se adaptar às normativas. Outra novidade é a definição de um limite de contagem de padrão em placas (cpp). O indicador permite saber qual o teor da presença de bactérias em uma amostra de leite, e o limite determinado é de 900 mil unidades formadoras de colônias por ml (UFCs). O problema, neste caso, é o transporte. Muitas vezes a carga leva até 12 horas para chegar à indústria e, nesse meio tempo, esquenta, formando um ambiente ideal para a proliferação de bactérias. Darlan destaca que, para garantir que o limite seja observado, as indústrias poderão ter que alterar rotas de coleta. Para as indústrias que ultrapassarem esse limite, autos de infração poderão ser emitidos. "Como a maioria ainda não atingiu esse limite, que é novo, as indústrias estão apreensivas". Ele defende que adiar a cobrança para o prazo de um ou até dois anos daria tempo ao segmento para adequação. O Ministério da Agricultura deve se manifestar até o dia 30 sobre essa demanda, disse Palharini. Para que esse limite seja alcançado, o produtor terá que entregar o leite com 300 mil ufcs por ml.
 
O produtor que entregar a matéria-prima três meses seguidos acima desse limite pode ter o fornecimento suspenso. "Não acho que isso ajude a garantir a qualidade. O produtor vai buscar outra indústria que não tenha SIF para vender esse produto, pois depende desses recursos para se sustentar", avaliou Thiago Martins, assessor-técnico da CNA. Para ele, a normativa deveria determinar que as empresas orientassem esses produtores em vez de suspender as aquisições. As normativas, contudo, estabelecem que as indústrias terão que elaborar um plano de qualificação para os produtores. "Para quem já oferece assistência técnica ao produtor, isso será mais fácil. Do contrário, será mais um custo", pondera Palharini. As indústrias também deverão realizar análises de resíduos de antibióticos em amostras uma vez por mês. "É um custo que as empresas não tinham antes", afirmou Palharini. Segundo ele, isso representaria um aumento de R$ 300 mil para os laticínios gaúchos. "Mas isso também é investimento, pois evita o descarte de produtos fora do padrão".
 
Outra alteração prevista é a proibição do uso de tanques de imersão - no qual a temperatura do produto é mantida/reduzida em latões submersos em água gelada. Embora a maioria dos produtores trabalhe com tanques de expansão, isso representará um custo para aqueles que tiverem que migrar. Um tanque com capacidade de 500 litros custa de R$ 5 mil a R$ 9 mil. (Valor Econômico)
 
                 
 
O que muda com a entrada em vigor das novas regras de qualidade do leite
 
Entram em vigor nesta quinta-feira (30) duas normativas referentes a padrões de qualidade do leite processado no país. Depois de seis meses até a vigência, as novas regras (IN 76 e 77) trazem mudanças importantes nos processos da relação entre empresas e produtores.
 
— Tudo aquilo que é para aperfeiçoamento do setor, é bem-vindo. Vai melhorar nossa competitividade porque se tenho matéria-prima de qualidade, consigo dar maior vida de prateleira ao produto — reconhece Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat).
 
Ainda assim, diz que haverá muitas dificuldades das empresas em cumprir com exigência nova, do limite de 900 mil unidades por mililitro na contagem bacteriana total no recebimento do leite cru, na indústria:
 
— Nos testes feitos, cerca de 80% dos laticínios no Brasil não atingiram esse patamar. A indústria começa a trabalhar sabendo que o índice não será atingido. Por isso, entendíamos que deveria haver período transitório.
 
 
E a dificuldade não é reflexo de má vontade, garante o dirigente. É que o recolhimento de volumes menores e mais fracionados no Brasil, em relação a outros países usados como referência, impacta diretamente a dificuldade de chegar com o produto na plataforma de recebimento com essa contagem.
 
Auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura no Estado, Milene Cristine Cé reforça que o prazo para a entrada em vigor serviu justamente para que pudessem ser feitas as adaptações necessárias para a preparação:
 
— Tem muita gente boa que já está adaptada, tanto na indústria quanto nas propriedades rurais.
Os parâmetros cobrados são de qualidade, permitindo maior durabilidade e melhor sabor. O não atingimento não oferece riscos à saúde de consumidores.
 
O que muda 
• Contagem Bacteriana (CBT) na Indústria: limite no recebimento do leite cru será de 900 mil unidades por mililitro.
• Descarte de produtores: leite cru coletado nas propriedades deve ter médias geométricas de contagens de no máximo 300 mil unidades formadoras de colônia por mililitro. Índices acima em três trimestres sequenciais, levam à suspensão da coleta.
• Temperatura do leite: 7°C na indústria, podendo chegar a 9°C em casos excepcionais.
• Capacitação: empresas precisarão adotar planos com qualificação de fornecedores. (ClicRBS)
 
 
Leite/América do Sul 
 
As condições climáticas favoráveis melhoraram a produção de leite nas fazendas em todo o continente, e as temperaturas continuam caindo. Além disso, o clima seco estimulou a colheita de grãos, oleaginosas e algodão na Argentina.
 
No Brasil, chuvas espalhadas promoveram o crescimento de grãos imaturos de milho e algodão. Existe relato de muitas fazendas, sobre o alívio nos custos da alimentação concentrada, bem como a melhoria na qualidade das forragens. Os preços do leite, atualmente, estão mais equilibrados e alguns produtores estão conseguindo melhorar suas receitas, recuperando as perdas anteriores.
 
A produção de leite vem aumentando no Cone Sul. Ao contrário de algumas semanas atrás, o volume recebido nas indústrias já pode ser destinado à produção de queijo, manteiga, iogurte e doce de leite. Desta forma, as exportações de queijo, manteiga e leite em pó, dentro e fora do bloco têm sido muito mais ativas, dentro e fora do Mercosul, em comparação com o primeiro trimestre do ano em curso.
 
Enquanto isso, uma delegação de empresários chineses, visitaram o Uruguai em busca de possíveis investimentos. A delegação também se mostrou interessada em importar produtos lácteos do Uruguai, especialmente leite em pó integral. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
Rússia recupera junto à OIE status de área livre de febre aftosa sem vacinação
O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) anunciou que o país recuperou o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. De acordo com a nota emitida no dia 21 de maio, a Organização Nacional de Saúde Animal (OIE) reconheceu que o país cumpre todos os requisitos necessários para conquistar o status sanitário. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Porto Alegre, 29 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.989

   Municípios solicitam mais debates sobre as INs 76 e 77 pelo Rio Grande do Sul

Frente ao sucesso das imersões realizadas no interior do Estado sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa), representantes de diversas entidades municipais estão entrando em contato com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) para solicitar a realização dos eventos.

Uma delas foi o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) de Rio da Várzea, cujo presidente, Joel Rubert, se reuniu com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, na última segunda-feira (27/5). Na ocasião, ele solicitou a realização de um debate sobre as INs na cidade de Palmeira das Missões.

Para Palharini, levar o evento para as cidades do interior do Estado é uma oportunidade para sanar dúvidas quanto à adequação das normativas que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru a partir desta quinta-feira (30/5). "Estamos em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a Secretaria da Agricultura do Estado e as outras entidades para verificar a disponibilidade da reunião ocorrer também em Palmeira das Missões", afirma.

As próximas reuniões ocorrerão no mês de junho em Santa maria (4/6), Pelotas (5/6), Ijuí (12/6), Santo Cristo (13/6) e Frederico Westphalen (14/6). As inscrições gratuitas podem ser feitas pelos links listados abaixo. As vagas são limitadas, mas os eventos serão transmitidos em tempo real pelo facebook do Sindilat.

Confira a agenda:
- 04/6 - Santa Maria: das 13h às 17h15, no auditório do Colégio Politécnico – Prédio 70, localizado na Avenida Roraíma, 100. Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2YLNAid

- 05/6 – Pelotas: das 13h às 17h15, na Embrapa, localizada na BR-392, Km 78, 9º Distrito.  Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2YAU4jM

- 12/6 - Ijuí: das 13h às 17h15, no auditório principal da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), localizada na Rua do Comércio, 3000.  Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2HXTntY

- 13/6 - Santo Cristo: das 13h às 17h15, no Centro Cultural José Paulino Stein, localizado na Rua Dom Hermeto Pinheiro.  Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2XaMg7Z

- 14/6 - Frederico Westphalen: das 13h às 17h15, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), localizada na Rua Assis Brasil, 709. Inscrições em breve. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Joel Rubert
 
                 
 

Preços/AR 

Analisando a evolução do preço ao produtor, em moeda corrente, se observa que 13,36 pesos/litro (média divulgada pelo SIGLeA - Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina) pagos em abril de 2019, alcança, pela primeira vez, o nível recebido em 2014, ano anterior à crise, segundo descreve o consultor Marcos Snyder em seu blog Darylando.com.
 
Destaca também a reconfiguração do Market Share local (depois de consolidada a compra da fábrica de Morteros e Chivilcoy (ex-Sancor) pela Adecoagro, em fevereiro de 2019), que estabeleceu uma concorrência nunca vista pelo leite cru. A tal ponto se esticou a corda da demanda que boa parte da recuperação foi obtida às custas da participação do preço final dos lácteos. Em abril de 2019 - com 34,8% - atingiu o pico mais alto desde o início da série que é publicada. (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 

Leite/Europa 

A produção de leite de janeiro a março de 2019 caiu 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção em março subiu 1%, em relação a um ano atrás, na União Europeia (UE).

Os aumentos nos principais países foram: Alemanha (+1,2%); Irlanda (+11,1%); Reino Unido (+4,1%). Esses crescimentos compensaram as quedas na França (-0,8%); Itália (-3,1%); Holanda (-2,4%).

Mesmo com um início de ano fraco, a expectativa é de que no segundo semestre do ano, a produção seja superior à verificada em 2018. O preço do leite em abril subiu em alguns países da Europa. A expectativa é de que esse fato seja um estímulo à produção, para equilibrar o ano.

A produção de queijos na UE, entre janeiro e março de 2019, caiu 0,1% em relação ao ano anterior. Em março a queda foi de -2,4%. Ainda assim as exportações de queijo da UE, de janeiro a março de 2019, aumentaram 2,4%. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Mercado de lácteos do Reino Unido desacelera, segundo Kantar Worldpanel

Durante o período da Páscoa, que tende a ver o crescimento de alguns laticínios, o mercado de lácteosdo Reino Unido desacelerou 1% desde o último período. Isso está de acordo com um relatório publicado pela Kantar Worldpanel.

Nas últimas 12 semanas, o crescimento diminuiu de 3,1% para 2,1%. O principal declínio veio do leite, que teve uma queda no crescimento de mais de £ 15 milhões (US$ 19 milhões) no total. Apesar disso, ainda está crescendo em £ 25 milhões (US$ 31,6 milhões) em comparação com o mesmo período em 2018.

Pequenos aumentos anuais podem ser vistos em cremes e queijo, com a receita de queijo crescendo 2,3% a partir de 2018, e a de creme, em 5,4% - o melhor desempenho de todos os produtos lácteos em comparação ao ano passado.

O declínio na receita no leite é indicativo da resposta do setor às alternativas lácteas, como produtos derivados da soja e da amêndoa.

Em 27/05/19 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,26481
0,79064 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do FoodBev.com, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Leite UHT 
Os preços do leite UHT e do queijo muçarela seguem em alta. De acordo com colaboradores do Cepea, as negociações permanecem em ritmo lento, a produção e os estoques seguem baixos e o preço da matéria-prima continua elevado. De 20 a 24 de maio, o preço do leite longa vida subiu 0,08%, fechando a R$ 2,6117/litro, em média. O queijo muçarela teve valorização mais expressiva no mesmo período, de 0,77%, com preço médio de R$ 2,7350/kg. (Cepea)

Porto Alegre, 28 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.988

   Biogás cresce com a força da produção 

Energia oriunda dos dejetos de aves, suínos e vacas e de resíduos de agroindústrias e saneamento, o biogás, aos poucos, começa a ganhar relevância no Brasil. Entre 2015 e 2018, a produção do combustível mais do que dobrou, passando de 1,5 milhão para 3,1 milhões de metros cúbicos ao dia, segundo o Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás). E o Rio Grande do Sul tem participação direta neste resultado, já que detém a quinta maior geração diária do combustível entre os Estados. No mesmo período, pulou de 11 mil para 160 mil metros cúbicos a cada 24 horas, quase 15 vezes mais.

Composto majoritariamente por metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), o biogás resulta da decomposição anaeróbia dos resíduos, constituindo-se em energia limpa e renovável. Essa fonte poderia suprir, no longo prazo, 36% da demanda de eletricidade no Brasil, segundo o CIBiogás. De quebra, como a agropecuária responde por cerca de 90% do potencial de conversão energética, produtores rurais ganham uma solução no tratamento dos efluentes, evitando o lançamento de gases na atmosfera e a contaminação do solo.

O país tem 276 plantas de biogás em operação, sendo 13 no Rio Grande do Sul. Uma das unidades ativas no Estado é a da Fazenda Trevisan, de Farroupilha, na Serra. Voltada ao leite, a propriedade tem em torno de 500 vacas, que geram 33 mil litros de dejetos por dia. Há uma década, começaram a se transformar em energia elétrica. Isso porque no local foram colocados biodigestores, equipamentos que armazenam a matéria-prima e estimulam seu processo de decomposição.

- Quando começamos o projeto de vacas leiteiras, tínhamos preocupação com a grande geração de dejetos e em como tratá-los. Por isso, decidimos fazer os biodigestores. Ter o biogás para gerar energia foi uma consequência - aponta Jean Trevisan, que lidera a fazenda ao lado pai, Osmar Trevisan.

A família investiu R$ 2 milhões na implementação do sistema, o que incluiu a instalação de um novo biodigestor no ano passado, totalizando três equipamentos. São cerca de 2 mil metros cúbicos de biogás por semana, que resultam em 4,5 megawatts-hora (MWh). Isso é suficiente para abastecer 15% da propriedade, que inclui ainda fábrica de envase de leite tipo A. Desta maneira, a economia mensal na conta de luz chega a R$ 7 mil.

Produção pode crescer até 200% em três anos
Casos como os da Fazenda Trevisan tendem a se multiplicar. Além das usinas em operação, o Brasil tem outras 90 estruturas prestes a serem concluídas ao longo de 2019. Com a finalização destes projetos, a produção do combustível subirá para 4,7 milhões de metros cúbicos ao dia. E a tendência é de que a geração continue subindo de maneira exponencial.

- A expectativa de crescimento do setor é muito grande. Com os empreendimentos que devem entrar em operação, a perspectiva é de que a produção aumente mais de 200% nos próximos três anos, ultrapassando os 10 milhões de metros cúbicos ao dia - estima Felipe Marques, coordenador do projeto Aplicações do Biogás na Agroindústria Brasileira, do CIBiogás.

O produtor de frutas e criador de suínos e bovinos Igor Rech é um dos que devem engrossar a lista de empreendedores que recorrem à geração própria de energia elétrica. Em sua propriedade em Vila Oliva, no interior de Caxias do Sul, ele está montando uma agroindústria para fazer o processamento de alimentos. A ideia é colocar biodigestores, utilizando os dejetos dos animais para gerar, ao menos, parte do consumo.

- É um gás que hoje está indo fora, porque não o absorvemos. Será, inclusive, muito mais barato (o biogás) do que comprar gás (natural). É uma opção viável e sustentável, pois conseguiremos baixar os custos dentro da propriedade - constata.

Associado da Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares de Caxias (Caaf), Rech enfatiza que o biogás é fator decisivo para alcançar a meta de tornar a propriedade sustentável do ponto de vista ambiental. (Zero Hora)

 
                 
 
FrieslandCampina 

O preço do leite cru garantido pela FrieslandCampina para o mês de junho de 2019 foi estabelecido em € 35,75/100 kg, [R$ 1,66/litro], aumento de € 0,50/100 kg, em relação ao mês anterior, [€35,25/100 kg]. A expectativa é de que o preço do leite ao produtor será reajustado pelas principais indústrias de referência, no momento, mas, que deverá ficar estável nos próximos meses.
 

O preço do leite orgânico garantido pela FrieslandCampina para junho de 2019, € 47,25/100 kg [R$ 2,20/litro], caiu 1,25 euros em comparação com o mês anterior que foi de € 48,50/100 kg, [R$ 2,26/litro], incluindo uma correção de 0,55 euros correspondente a uma avaliação feita a maior em meses anteriores. A expectativa é de que o preço do leite orgânico a ser pago pelas principais indústrias de referência deverá ficar estável. 


 
O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.

Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)


Captação/UR 

A captação da Conaprole nos primeiros 19 dias de maio foi 11% menor do que a verificada no mesmo período do ano passado. Na última semana, houve uma recuperação entre 250.000 e 300.000 litros diários, o que levou a captação diária a 3,5 milhões de litros, 1,7% acima da verificada um ano antes.

“A recuperação desta semana ocorreu, sem dúvida, porque, depois do déficit hídrico, vieram chuvas que ajudaram no crescimento das pastagens e dos plantios de inverno”, destacou o vice-presidente da cooperativa, Alejandro Pérez Viazzi.
No acumulado até 19 de maio, a produção enviada à Conaprole está 9% menor do que a registrada em igual período de 2018. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)
 
Preços/UR 
No terceiro mês de 2019, o preço recebido pelas indústrias de laticínios do Uruguai, em dólares, caiu 11% (US$ 0,53/litro), em decorrência da queda no preço recebido pelas exportações (-12%) e no mercado interno (-9%) em comparação com um ano atrás. O preço ao produtor também caiu em dólares (-15%). Segundo o boletim do Inale, se compararmos os preços de março de 2019 com os de dezembro do ano passado, observamos que o preço, em dólares, recebido pelas indústrias correspondentes às exportações (medidos em equivalente litro de leite) melhorou 4%, enquanto que no mercado interno, sofreu queda de 20%. No entanto, o preço ao produtor, em dólares (US$ 0,30/litro) de março aumentou 3% em relação a dezembro de 2018. (Tardaguila – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 27 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.987

   Produtores de leite pedem mais tempo para adequação a regras de qualidade

Produtores de leite querem mais tempo para se adequar às novas regras do Ministério da Agricultura, que entram em vigor na próxima quinta (30).

As determinações da instrução normativa que, segundo a pasta, servem para garantir mais qualidade ao produto, esbarram em problemas de infraestrutura dos estados, como a deficiência da distribuição de energia elétrica, o que afeta a refrigeração, por exemplo. 

Os produtores defendem um ano de adaptação e monitoramento —com a possibilidade de notificações e cobranças de plano de melhoria —mas sem incidência de multa.

O setor se mostra preocupado com as sanções impostas pelo não cumprimento das novas regras —uma delas é a interrupção imediata da comercialização do leite que não se ajustar às conformidades. Segundo representantes do segmento, a penalidade pode criar efeito cascata em outros produtores.

"Se for diminuindo a coleta de leite, isso cria uma inviabilidade. Isso, porque, para um caminhão que não carrega abaixo de 10 mil litros, ele vai ter que passar em mais centros distribuidores para cumprir a cota mínima. E nisso, entra a questão de aquecimento do leite, que vai aumentando de temperatura no caminho. Ou seja, vai ficar mais difícil de estar de acordo com uma das exigências, que é mínimo de 7ºC", diz Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul).

Segundo o setor, o pleito de extensão do período para aplicação da instrução normativa foi levado à câmara setorial, em Brasília, que diz esperar retorno do Ministério da Agricultura até a próxima quinta-feira (30). (Folha de São Paulo) 

                 
 

Sindilat participa de discussão sobre a cadeia produtiva do leite de Serafina Corrêa

Com o intuito de discutir o cenário da bovinocultura de leite na região e unir esforços para engajar os produtores do setor leiteiro de Serafina Corrêa, a Emater/RS promoverá o 1° Encontro de Bovinocultores de Leite na cidade localizada na região centro-oeste do Estado. O evento ocorrerá no dia 30 de maio, das 9h às 15h30, no Clube dos Motoristas.

A abertura do encontro ficará a cargo das entidades parceiras. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a Cooperativa dos Produtores de Leite (Coperlate) e o Senar/RS irão compor o painel “Cenário do leite na visão das entidades”, debate que será mediado pelo assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar Jaime Ries.

Segundo o engenheiro agrônomo da Emater Leandro Ebert, o cenário da produção leiteira da cidade é preocupante. “O Estado inteiro vive um momento de crise, dificuldades principalmente que se referem à rentabilidade da produção. Por conta disso, decidimos pensar o cenário e propor alternativas”, afirma Ebert. O objetivo é pensar soluções em conjunto com as entidades do setor. A estimativa é reunir cerca de 200 produtores da região.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que falará no evento sobre o mercado do leite no Estado, Brasil e mundial destacou a importância de promover iniciativas que levem a pensar em soluções para os gargalos que geram preocupação na cadeia produtiva. “Vamos apresentar números que demonstram a realidade da produção de leite no Estado. A atividade pode se mostrar ajustada nas margens em determinados momentos, entretanto, segue sendo uma das mais rentáveis para os produtores que possuem áreas rurais pequenas, comparada com a maioria de outras alternativas agrícolas para a mesma área, principalmente quando analisamos o resultado financeiro por hectare” destaca.

Palharini afirma também a importância de comentar os impactos das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 – medidas que entrarão em vigor no dia 30/05. “O setor, atendendo as INs, o governo precisa avançar no que se refere à comercialização de leite para que possamos acessar outros mercados e consequentemente dar maior estabilidade ao preço pago aos produtores”, frisa.

Além do painel, será realizada à tarde uma oficina sobre as perspectivas para o leite em Serafina Corrêa, para a consolidação das principais demandas dos produtores junto as entidades públicas e privadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
 

Norma contra peste suína requer clareza

Os recentes surtos de peste suína africana na China e em parte da Europa são alerta para o Brasil. Hoje, pessoas e mercadorias transitam rapidamente pelo mundo, facilitando a circulação de pragas e doenças. Para proteger o mercado agropecuário e a segurança alimentar do país é necessária uma eficiente barreira sanitária.

A doença é altamente contagiosa e nefasta para a produção suína. O Brasil enfrentou seu último surto em 1978, quando a enfermidade entrou em restos de alimentos vindos de um voo da Europa. Só conseguiu erradicá-la em 1984, após investir US$ 22 milhões e ter suas exportações de carne suspensas por mais de 10 anos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), somos o 4º maior exportador de carne suína do mundo, o que tornaria a erradicação tarefa muito mais onerosa.
Uma das principais formas de evitar a entrada da peste é o controle zoo-sanitário em portos, aeroportos e fronteiras. Cerca de 350 auditores fiscais federais agropecuários atuam hoje no Serviço de Vigilância Agropecuária. A equipe é preparada, mas enfrenta dificuldades no controle da entrada de pragas e doenças.

A recente alteração na Instrução Normativa nº11 do Ministério da Agricultura foi positiva, mas ainda aquém da necessidade. Ela proíbe a entrada de produtos crus, mas a lista disponibilizada no site permite, contraditoriamente, o ingresso de queijos e carnes crus. Produtos sem pasteurização ampliam, inclusive, o risco de intoxicações alimentares. É indispensável uma campanha massiva de informação correta para que os passageiros saibam o que é permitido trazer, evitando, assim, conflitos entre viajantes e autoridade agropecuária.

Outro entrave é uma interpretação do inciso 18º do artigo 37 da Constituição Federal. A receita federal interpreta que tem precedência na fiscalização das bagagens e, em alguns locais, só aciona o Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), se encontrar produto de origem animal ou vegetal. A legislação é clara em determinar que a receita tem precedência dentro da sua área de competência e jurisdição, o que não é o caso da vigilância agropecuária. Tal equívoco impede que se priorize a origem do produto na fiscalização.

Uma revisão na legislação, a realização de campanha de esclarecimento ao público e uma correta interpretação do artigo 37 da Constituição são indispensáveis para garantir a segurança alimentar e a proteção da suinocultura do país. (Maurício Porto, Presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa)/Zero Hora)

Lácteos/UE 
O último boletim do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), de 23 de maio tem os seguintes destaques:
- A captação de leite na UE aumentou 1,2% em março, mas, no acumulado do primeiro trimestre de 2019, registrou queda de 0,1%.
- A Nova Zelândia registrou forte queda na produção de leite em março, caindo 8%.
- Nos Estados Unidos da América (EUA) foi registrada a primeira redução interanual dos últimos 5 anos.
- O preço do leite em pó desnatado (SMP) continua com tendência de alta: 204 €/100 kg.
- A maioria dos preços dos produtos lácteos da UE estão muito acima da média dos últimos 5 anos (manteiga +6,4%; SMP +5,3%; Gouda +7%).
A produção de SMP na UE caiu no primeiro trimestre de 2019. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 24 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.986

   RS se destaca pela capilaridade da produção e indústria atrai novos consumidores

O Rio Grande do Sul ocupa hoje a segunda colocação na produção de leite nacional, com 4,55 bilhões de litros de leite por ano, 13,6% do total do País. O trabalho envolve 232 indústrias e mais de 65 mil produtores em solo gaúcho. O diferencial dessa produção está em sua capilaridade. Atualmente, o leite é fonte de renda em 491 dos 497 municípios gaúchos, explica o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra.

O dirigente relata que 2019 iniciou com otimismo para o setor lácteo e o primeiro trimestre fechou com valores superiores aos do ano passado. "Contudo, entendemos que, para que a projeção de crescimento e expansão econômica se confirmem, é essencial que as reformas da Previdência e tributária sejam aprovadas no Congresso Nacional, pois entendemos que isso dará gás à economia brasileira e se constituirá em uma corrente que puxará todos os setores produtivos. Esperamos um ano de melhores preços e incremento de vendas no mercado interno, puxado exatamente por esse ajuste de contas e pelo estímulo ao consumo interno", disse.

Ele destaca avanços na legislação brasileira para a produção no campo e na indústria. "Nossa força também está em rígidos padrões de qualidade que se aperfeiçoam ano a ano. No próximo mês de junho entrarão em vigor as Instruções Normativas 76 e 77 que trazem novos parâmetros para a produção rural e da indústria. Adaptar o setor a esse novo regramento virá de um trabalho integrado entre indústrias e produtores que, juntos, já estão implementando programas de melhorias. Um trabalho que integra as áreas de nutrição, saúde animal e manejo, passando também pelo setor de transporte. Tudo isso, para levar produtos de excelência à mesa do consumidor brasileiro."

Para assegurar maior competitividade ao setor produtivo nacional, o Sindicato defende a reforma tributária. "Defendemos com veemência a reforma tributária, que simplifique a legislação nacional, incentivando o investimento e o empreendedorismo". Guerra ressalta que o leite gaúcho é consumido em diferentes regiões brasileiras e, por isso, precisa ganhar competitividade para enfrentar a desigualdade com a produção de outros estados brasileiros e, também, de outros países.

Em paralelo, avalia que é preciso retomar a valorização do homem do campo. "Acreditamos que o governo está disposto a fomentar o agronegócio porque reconhece nele a força da economia nacional. Mas nosso desenvolvimento com eficácia depende de novas políticas públicas que nos permitam competir em igualdade de condições, tanto em nível internacional quanto nacional. Importante que se diga, atualmente a expansão do setor está atrelada diretamente ao crescimento e rendimento do mercado interno, até porque somos um país importador de lácteos em nossa balança comercial", reforça. (As informações são do Jornal do Comércio)
 
                 
 
Preço ao produtor
Em abril, o preço do leite ao produtor manteve a trajetória de valorização, mas com diminuição no ritmo de crescimento. Na comparação anual, as cotações de abril ficaram 26% superiores aos valores pagos no mesmo mês de 2018.

No quadrimestre a alta foi de 30% em relação ao ano passado, em termos nominais. Confira a análise completa no Boletim Indicadores: Leite e Derivados. CLIQUE AQUI para acessar a publicação. (Embrapa)

Fonterra 

A Fonterra anunciou que a previsão do preço do leite na abertura da próxima estação será na faixa de NZ$ 6,25 a NZ$ 7,25/kgMS. A cooperativa disse que a faixa de preços será reduzida à medida que a temporada progredir. O valor do adiantamento na estação 2019/20 foi definido em NZ$ 6,75/kgMS.

O presidente da cooperativa, John Monaghan disse que esta é uma previsão realista. “Precisamos fazer previsão para um futuro de mais de um ano, o que é difícil, mas, as informações disponíveis apontam para uma demanda forte entre os parceiros chaves, e isso reflete nas cotações do GDT.

“Estamos oferecendo aos agricultores uma ampla faixa na expectativa do preço do leite no início da temporada. Com o passar da estação, iremos ajustando”. O clima desempenha um papel significativo na determinação dos volumes globais de leite, e, portanto, do preço.

A Fonterra está prevendo captar 1.520 milhões de kgMS na próxima temporada, um pouco acima da produção atual.

No entanto, Monaghan disse que “existe muita água para passar debaixo da ponte, antes de termos uma visão clara da estação que ainda vai começar, sobre o quanto volume de leite iremos receber de nosso agricultores, e qual será a oferta mundial de leite”.

Para 2018/2019 a Fonterra reduz 20 centavos no preço, passando para NZ$ 6,30-NZ$ 6,40/kgMS. Isso foi reflexo do movimento cambial, que reduziu um pouco a expectativa em relação às cotações do leite em pó integral e leite em pó desnatado. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

Dez tendências para o varejo alimentar até 2025

Embora ainda pouco observado por aqui, o processo de transformação do autosserviço alimentar está em movimento acelerado nos EUA, o que possibilita um bom olhar sobre as oportunidades para o varejo brasileiro. Thom Blischok, CEO do The Dialogic Group LLC – empresa americana de consultoria em estratégia global e tendências –, afirma que as mudanças no comportamento do consumidor vêm redesenhando a forma de abastecer os lares.

Nos EUA, Blischok estima que 30% das redes desaparecerão do mercado até 2025 e aposta que as sobreviventes estarão operando com novas estratégias. Muitas iniciativas despontam em todos os lugares, incluindo as que se apropriam de várias tendências ao mesmo tempo.

Acompanhe as principais apostas
01 - Aumento na demanda de alimentos para viagem. As lojas “groceraunts” (mercearia + restaurante) deverão explodir. O conceito é o de oferecer alimentos preparados para a refeição completa da família: da entrada à sobremesa.

02 - O “menu por assinatura” se desenvolverá com intensidade. Por esse serviço, o shopper paga uma mensalidade e recebe em casa todos os ingredientes para o preparo de um prato. Tudo separado e porcionado, conforme a receita.

03 - A oferta dos produtos saudáveis, dos premium e super premium continuará avançando. A rede Costco, por exemplo, já atua na criação de frangos livres (criados fora de gaiolas), alimentados com ração sem antibióticos.

04 - Emergência dos chamados “mall marts”, ou seja, pontos de venda desocupados ou abandonados, que serão transformados em pop-ups (lojas temporárias para testar modelos de negócio, marcas, produtos).

05 - Lojas de formato pequeno terão rápido crescimento.

06 - A marca própria desempenhará um novo papel em função da especialização das lojas, do e-commerce e da imagem que as redes terão de reconstruir para competir no mercado.

07 - Aumentará a batalha entre os serviços “clique e colete” e entrega em domicílio.

08 - O cliente do e-commerce demandará novos benefícios, como prazo de entregas mais curto, devolução de produtos e pagamento sem taxa de entrega.

09 - A robótica e a inteligência artificial se tornarão ferramentas essenciais na operação das lojas e na redução de custos operacionais.

10 - As grandes redes ficarão ainda maiores e as redes menores se tornarão mais especializadas – foco apenas em hortifrútis, por exemplo. (As informações são do SA Varejo)

 
Instruções Normativas 76 e 77 serão debatidas em cinco cidades do interior em junho
O secretário-executivo do Sindiat, Darlan Palharini, informou que mais cinco encontros serão realizados no interior do Estado para explicar aos produtores de leite as instruções normativas 76 e 77. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista. (Agert)