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Porto Alegre, 10 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.019

     Política agrícola a ser exportada 
A cada dia se amplia a participação do governo federal no estímulo à produção da agricultura familiar, por meio das compras públicas para seu abastecimento. Com essa modalidade de compra se permite que administração pública direta e indireta dos governos federal, estadual e municipal possam a ter a possibilidade de adquirir alimentos dos pequenos agricultores, de forma mais simplificada pelo site institucional www.comprasagriculturafamiliar.gov.br O governo brasileiro estima que, de 2016 a 2019, as compras institucionais de alimentos dos produtores da agricultura familiar cheguem a R$ 864 milhões, quase oito vezes mais que o período de 2012 a 2015, quando adquiriu R$ 112,6 milhões de produtos. Os valores demonstram o reflexo positivo dessas compras públicas de alimentos produzidos por agricultores familiares. Com isso, valoriza-se o que se produz regionalmente e se fortalece as cadeias produtivas curtas por meio das compras que são realizadas por órgãos federais, tais como: hospitais públicos, as Forças Armadas, presídios, refeitórios de creches e restaurantes universitários, entre outros.
 
De todos esses, a participação efetiva tem sido das Forças Armadas, responsável por, em média, 75% das compras institucionais brasileiras. Isso é um exemplo do fortalecimento desta política institucional porque, apenas nos 100 primeiros dias da nova gestão, as compras institucionais foram da ordem de R$ 100 milhões, o equivalente a R$ 1 milhão ao dia, o que demonstra o esforço do Ministério da Cidadania, liderado pelo ministro Osmar Terra. Como dirigente de organismo internacional de cooperação para a agricultura, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), vejo que esta política com sua metodologia que o governo pode dar. Assim, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) deve ser ponte para troca de experiências e apoio na realização de projetos de cooperação técnica com outros países que, com base na experiência brasileira de venda institucional de produtos da agricultura familiar, repliquem este modelo em seus países e desenvolvam seus pequenos e médios produtores. 
 
Os dados revelam que um programa que trabalha com inclusão produtiva rural faz com que o agricultor possa ter a possibilidade de melhorar sua renda e, cada vez mais, sair do assistencialismo governamental. Somado a isso, como as compras acabam sendo regionalizadas, permite-se, ainda, que o desenvolvimento econômico e social floresça de forma descentralizada pelo interior do País.  
 

Caio Tibério da Rocha - Coordenador Regional do Mercosul do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura e ex-secretário de Agricultura/RS   (Jornal do Comércio)                 

 
Mercosul-UE: veja como ficam as tarifas e cotas para produtos agrícolas
Produtos agrícolas brasileiros vendidos para o mercado europeu terão as tarifas zeradas ou reduzidas. O acordo prevê ainda normas para a aplicação do princípio da precaução.
Com o acordo Mercosul-União Europeia, cerca de 99% das exportações agrícolas brasileiras terão as tarifas eliminadas (zeradas) ou parcialmente reduzidas. Aproximadamente 82% dos produtos agrícolas terão acesso livre ao mercado europeu e o restante ampliará a participação por meio de cotas preferenciais fixas. 
Livre comércio
Produtos brasileiros que terão as tarifas totalmente eliminadas. As importações europeias desses produtos somam quase a totalidade das vendas agrícolas brasileiras em 2018 (US$ 14 bilhões).
 
Cotas 
Lista dos produtos que terão acesso ampliado ao mercado europeu por meio de cotas tarifárias.
 
Tratamentos mistos
Concessões do Mercosul 
No acordo, quase 96% das importações do Mercosul alcançarão livre comércio em 15 anos. Foram estabelecidas cotas e períodos de transição mais longos para produtos considerados mais sensíveis pelos países sul-americanos.  
 
Princípio da Precaução  
 

Indicadores sinalizam a melhora do emprego no 2º semestre, aponta FGV

Menor incerteza no cenário político e previsão de atividade mais aquecida no segundo semestre impulsionaram melhora em dois indicadores de emprego da Fundação Getulio Vargas (FGV). Após recuar por quatro meses, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,8 ponto entre maio e junho, para 86,6 pontos, informou ontem a fundação. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 1,1 ponto para 94,6 pontos. Mas a continuidade da melhora ainda é uma incógnita, na análise de Rodolpho Tobler, economista da FGV. Isso porque é preciso ver se a atividade econômica mais aquecida se confirmará neste semestre - e se ela se converterá em maior abertura de vagas.

Cinco componentes contribuíram positivamente para o IAEmp em junho. Os destaques foram os de expectativas dos consumidores em relação ao emprego nos seis meses seguintes e o que avalia a percepção sobre a situação atual dos negócios das empresas do setor de Serviços, que subiram 7,4 pontos e 6,4 pontos, entre maio e junho, respectivamente. Já no caso do ICD, a classe de renda que mais contribuiu para o recuo foi a de consumidores com renda familiar mensal de R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil. 

Foram observados sinais de cenário melhor para os próximos meses, tanto para a economia quanto para a política. Ocorreram avanços no andamento da reforma da Previdência, que, se aprovada, vai conferir maior confiança. 

Apesar de sinais claros de atividade fraca no primeiro semestre, há um entendimento tanto de mercado quanto do empresariado de que a economia vai operar de forma mais aquecida. Mesmo assim, ele chamou atenção para o fato de que, mesmo com a alta em junho, o IAEmp opera em patamar muito baixo. Em maio, o indicador estava em 85,8 pontos, menor pontuação desde junho de 2016 (82,2). "Foi uma alta sim em junho, mas em cima de uma base de comparação muito fraca", afirmou ele.

Ele salientou ainda que, embora a reforma da Previdência seja o primeiro passo para otimismo maior com a economia, não é a única reforma necessária. Outras, como a tributária, também devem ser realizadas para aumento de otimismo entre o empresariado - que possa favorecer rodada de abertura de vagas. 

O especialista reiterou ser fundamental, além da aprovação da Previdência, ações mais incisivas do governo para reativar a economia e impulsionar o aumento de abertura de vagas. (Valor Econômico)

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse na segunda-feira que, "se
Deus quiser", conseguirá um orçamento de R$ 2 bilhões para o programa
federal de subsídios aos prêmios do seguro rural no Plano Safra 2020/21, que
entrará em vigor em 1º de julho do ano que vem. A indicação da ministra
ainda está distante tendo em vista que o Plano Safra 2019/20 acabou de
começar - com R$ 1 bilhão prometidos para o seguro. Vale lembrar, porém,
que esse montante, que já é mais que o dobro do disponibilizado na safra
passada, pode ser contingenciado ao longo do próximo ano. A possibilidade
de contingenciamento dos recursos para o seguro, comum nos últimos anos,
continua a provocar muitas incertezas entre seguradoras e produtores. A fala
da ministra sobre o Plano Safra 2020/21 foi feita em cerimônia do Banco do
Brasil em Campo Grande (MS).

Porto Alegre, 09 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.018

     Câmara Setorial do Leite do RS debate os impactos das INs 76 e 77
 

Crédito: Stéphany Franco
Diversas entidades ligadas ao setor lácteo, entre elas o Sindicato da Industria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), participaram da reunião da Câmara Setorial do Leite, realizada nesta terça-feira (09/7), na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado. O objetivo do encontro foi debater os impactos da implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77,  que regulamentam a qualidade, conservação, acondicionamento e transporte do leite em todo o País desde 30 de maio.
Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o encontro visa a aproximar a cadeia produtiva e discutir estratégias para driblar as dificuldades encontradas no dia a dia da atividade leiteira. "Os produtores ainda enfrentam problemas para se adequar às normativas, mas eles entendem que as mudanças vieram para melhorar a qualidade do produto e fomentar a exportação", reflete. 
Na oportunidade, a médica veterinária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Milene Cé, citou os motivos para a criação das INs 76 e 77 e as principais vantagens das novas regras. "Os produtores podem fazer o número amostras que acharem necessário", afirma Milene, lembrando que o RS possui quatro laboratórios credenciados para fazer a análise do leite cru.
O Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite foi pautado pelo médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Ele apresentou um panorama geral sobre o programa Mais Leite Saudável, iniciativa que já conta com mais de 30 mil produtores beneficiados no Rio Grande do Sul, e ressaltou a importância da assistência técnica e do manejo ambiental dentro das propriedades.
Ao final na reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, fez considerações a respeito das reuniões itinerantes realizadas pelo interior do Estado. "Após nove encontros, percebemos que a maior preocupação dos produtores é em relação à falta de  infraestrutura viária e energia elétrica", pontua Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
                  
 
Produção/AR 
As exportações de lácteos da Argentina enfraqueceram no primeiro trimestre em relação ao ano passado, pressionadas pela apertada oferta doméstica.
A Argentina é uma das principais regiões exportadoras de lácteos do mundo, mas, a produção de leite no país permanece abaixo da do ano passado, em meio a preocupações econômicas e climáticas.
Os números argentinos de produção de leite para maio foram estimados em 785 milhões de litros, uma queda de 1,7% em um ano. A diferença entre os números da produção diminuiu consideravelmente desde o início da temporada. A produção de abril foi 5% menor do que a registrado no mesmo mês do ano passado.
O aumento na produção de leite pode ser atribuído às margens melhores. As grandes safras de soja e milho em toda a América do Sul resultaram em suprimentos abundantes que reduziram os preços dos alimentos nas últimas semanas. O fornecimento mais restrito de leite doméstico contribuiu para o aumento do preço do leite em maio, 9% a mais que abril. Os preços mais elevados do leite e a queda na alimentação estimularam a produção no período que antecede o pico, em outubro.
As exportações de lácteos caíram em grande parte do ano passado. As exportações de leite em pó no primeiro trimestre deste ano foram de 8,3 mil toneladas a menos que no mesmo período do ano passado. Menor produção de leite reduziu o processamento nas fábricas e as indústrias priorizaram a manutenção de suprimentos domésticos em detrimento das exportações. Isso deve ser invertido, se a produção de leite continuar a aumentar com preços mais baixos e melhores margens. O acordo comercial UE-Mercosul, assinado recentemente, reduzindo as tarifas entre os membros sul-americanos  deve dar a oportunidade para aumentar as exportações de produtos lácteos para a UE. (Terra Viva)
 
 
 
Indústria de laticínios terá que aumentar a competitividade para enfrentar a concorrência da União Europeia
O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios, Alexandre Guerra, avaliou o impacto do acordo Mercosul e União Europeia para o setor de lácteos. Destacou também o desempenho do primeiro semestre do segmento. Clique aqui para ouvir o áudio da entrevista (Agert)

Porto Alegre, 08 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.017

     Governador Eduardo Leite visita a Cooperativa Santa Clara
Na tarde da última sexta-feira, 05, o Governador do Estado, Eduardo Leite, juntamente com o vice, Ranolfo Vieira Júnior, acompanhados de outras lideranças políticas, estiveram na Cooperativa Santa Clara, onde foram recepcionados pelo presidente Rogerio Bruno Sauthier, pelo diretor administrativo e financeiro, Alexandre Guerra, e demais gestores. 
Além de conhecer a estrutura da Cooperativa, Leite aproveitou para confirmar presença na inauguração da nova unidade de Laticínios da Santa Clara, na próxima sexta-feira, 12, em Casca. À noite, Eduardo Leite e Ranolfo Vieira Júnior também passaram pelo estande da Santa Clara no Festiqueijo. (Assessoria de imprensa Santa Clara)
 

Fotos: Gustavo Mansur / Palácio Piratini 
 
                

Em parceria com o Mapa, Ministério Ciência e Tecnologia pretende expandir a conectividade no campo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento avançou nesta semana com as discussões para ampliar o acesso à internet no campo. Em reunião do Grupo de Trabalho sobre conectividade no mundo agro, realizada nesta última quinta-feira (4), o Mapa consolidou a parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para definir as ações prioritárias que devem ser empreendidas para expandir a conectividade na área rural.

Além de integrantes dos dois ministérios, participaram do encontro representantes do setor produtivo, de operadoras de telecomunicações e da Frente Parlamentar da Agropecuária. Também integram o GT profissionais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), entre outros.

O Departamento de Inovação para a Agropecuária do Mapa estima que de 6% a 9% da agricultura brasileira tenha algum tipo de conectividade. Só na área urbana, há uma demanda urgente por mais de 100 mil torres de conexão e, com o avanço da rede 5G, essa meta salta para 500 mil.

“Tem muita coisa para ser trabalhada para melhorar a conectividade no campo. Hoje, o Brasil tem algo em torno de 90 mil torres de conectividade na área urbana. Os Estados Unidos têm cinco vezes esse número, algo em torno de 500 mil torres. A China tem dois milhões de torres”, comentou Luís Cláudio França, diretor de Inovação para Agropecuária do Mapa.

Para ter um mapeamento mais exato sobre o gargalo de acesso à internet no país, o Ministério da Agricultura firmou uma parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) para a elaboração de um estudo inédito. “Esse estudo é importantíssimo para qualificar a tomada de decisão sobre conectividade. Ele vai dar uma noção sobre o que realmente vamos precisar para fazer investimento nos próximos anos. Também vamos identificar o quanto cada real investido em infraestrutura vai gerar de outros reais no setor produtivo”, explicou França.

O resultado do levantamento deverá ser apresentado aos integrantes do Grupo de Trabalho até o início da próxima semana. Um dos principais objetivos é dar condições de avanço na pesquisa de apoio à agricultura digital e qualificar o trabalho de assistência técnica rural.

“O Brasil tem que promover o crescimento de 20% na produção agropecuária nos próximos dez anos. Nós só vamos conseguir isso inovando a nossa forma de produzir”, declarou França.

Os participantes decidiram elaborar um manifesto com os principais pontos que impedem o desenvolvimento de infraestrutura de comunicação no país. Entre as reivindicações colocadas na carta está a aprovação de projetos de lei que estão parados no Congresso Nacional e que, se aprovados, poderiam flexibilizar o uso de recursos de alguns fundos para investimento em infraestrutura de conectividade no campo. (As informações são do Mapa)

 

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul – Relatório 27 de 03/07/2019

Leite/América do Sul – A produção de leite ao nível das fazendas está melhorando progressivamente na América do Sul, especialmente no Cone Sul da região. As condições climáticas estavam favoráveis nas principais bacias leiteiras na última semana, com efeitos insignificantes da El Niño. 
Na verdade, o clima seco está favorecendo a colheita de milho, e o plantio de grãos de inverno, principalmente na Argentina. A oferta de leite e creme tem sido suficiente para atender as necessidades de processamento em todo o Cone Sul. Com o início das férias escolares de inverno, o volume de leite para outros produtos deve aumentar nos próximos dias. A demanda doméstica por produtos lácteos, em nível de varejo, está estagnada, especialmente na Argentina e no Brasil, já que a instabilidade econômica está prejudicando o poder de compra dos consumidores.  
Ainda assim, na semana passada, a União Europeia (UE) e o Mercosul chegaram a um acordo comercial, depois de 20 anos de negociações. O acordo comercial estabeleceu cotas de importações de lácteos da UE para o Mercosul, que serão implantadas gradualmente. Em dez anos 30.000 toneladas de queijo, 10.000 toneladas de leite em pó, e 5.000 toneladas de fórmulas infantis. As tarifas também serão reduzidas gradualmente no mesmo período, e em dez anos chegarão a zero. Por enquanto, no entanto, o acordo precisa ser aprovado pelo parlamento de todos os países dos dois blocos, bem como pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE. (Terra Viva)
 
 
 
Rússia amplia proibição de produtos lácteos dos EUA e da UE
Vladimir Putin, presidente da Rússia, estendeu na semana passada a proibição do país às importações de lácteos  dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) até 2020, informou o boletim do Dairy and Food Market Analyst. A proibição foi instituída pela primeira vez em 2014, depois que os EUA e a UE sancionaram a Rússia pela invasão da Ucrânia imediatamente após as Olimpíadas de 2014. A Rússia importava enormes quantidades de queijo da Europa, ao mesmo tempo, a UE havia acabado de elevar as cotas de produção de leite que estavam em vigor desde os anos 80. A combinação de aumento na produção de leite na Europa e menores vendas de queijos resultou na criação pela Europa de enormes estoques de leite em pó, que pairaram sobre os mercados nos quatro anos seguintes. Esses estoques foram finalmente eliminados no inverno passado. Muitos analistas acreditam que as sanções comerciais russas foram o início da espiral descendente dos preços dos lacticínios, que só agora começou a inverter. (As informações são do https://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 

 

Porto Alegre, 05 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.016

     Seminário atrai produtores de leite e estudantes em Erechim
Com foco na agricultura familiar, o  III Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai, realizado na última quinta-feira (04/7), reuniu estudantes e pequenos produtores de leite da região a fim de discutir assuntos que refletem diretamente na atividade. O encontro, promovido pela Emater/Rs-Ascar, ocorreu na sede da Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE) e contou com a participação do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).
Entre os temas debatidos está a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, desde 30 de maio, regulamentam a qualidade, conservação, acondicionamento e transporte do leite. Foram abordados itens como o percentual da produção gaúcha que atende os novos parâmetros e perspectivas do mercado lácteo no Estado, no Brasil e no mundo. Os temas foram abordados pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que participa do ciclo de palestras itinerantes que acontece no interior do Rio Grande do Sul, desde maio, sobre as novas normativas do Mapa.
Na oportunidade, Palharini também citou os principais pontos em discussão sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, esclarecendo o que poderá significar risco ou oportunidade para o setor. "O meu objetivo era tranquilizar e sanar algumas  dúvidas, pois o acordo deverá permitir o livre comercio de produtos", disse, alertando que o acordo somente valerá após aprovação de todos os países integrantes dos blocos.
Durante o evento, as produtoras Franciele Gusatto, de Francisco Beltrão (PR) e Larissa Zambiasi, de Coqueiros do Sul (RS) contaram aos participantes os desafios do dia a dia da atividade leiteira com relação, principalmente, à sucessão rural, mostrando como é possível fazer essa transição e aumentar a produção. Atualmente, a propriedade de Franciele produz 10.000 litros/dia e a de Larissa, 1.250 litros/dia.

Segundo  o assistente técnico regional da Emater Vilmar Fruscalso, o encontro foi um sucesso e teve a participação de cerca de 600 pessoas. "O seminário foi acima das expectativas. Vieram representantes de 40 municípios para prestigiar as palestras que tratavam de assuntos muito pertinentes à atividade leiteira dentro das propriedades", finalizou Fruscalso, já planejando o evento do próximo ano. O evento contou com a cobertura da imprensa local, confira aqui:  https://globoplay.globo.com/v/7739897/programa/. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Terezinha Vilk/Emater/RS-Ascar  

                  
 
Acordo Mercosul-UE vai aumentar a competitividade da agricultura brasileira, diz ministra

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia vai modernizar e aumentar a competitividade da agricultura brasileira, avaliou a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta quarta-feira (3). Em entrevista à imprensa, ela afirmou que o acordo irá permitir que os produtos do país se tornem mais atraentes e alcancem um mercado de aproximadamente 700 milhões de pessoas.

"Vai trazer para o Brasil uma busca de mais qualidade e competitividade para acessar esse mercado, que é um mercado acessado por países como Canadá, Coreia. O Brasil vai estar em igualdade de condições", disse a ministra. 

Além de tornar as exportações para a União Europeia mais acessíveis para os grandes produtores, a ministra afirmou que a intenção do governo com a parceria é colocar os pequenos e médios produtores num patamar para que eles possam atingir esse mercado. "Nós vamos trazer essa possibilidade para esses produtos agrícolas que já são muito competitivos dentro da porteira". 

Durante a entrevista, a ministra ainda esclareceu os principais pontos do acordo, como o princípio da precaução, os prazos para ele entrar em vigor e as cotas com as quantidades alguns produtos agrícolas que poderão ter benefícios fiscais ao serem vendidos ao bloco europeu.

Ela também lembrou que a parceria poderá abrir caminho para novos acordos comerciais do Brasil, lembrando que há quatro acordos em vista que podem ser fechados nos próximos anos: com Associação Europeia de Livre Comércio, Canadá, Coreia do Sul e Cingapura.

A ministra avaliou que a resistência da França ao acordo Mercosul-UE revela que os produtores daquele país "estão temendo a nossa competitividade". "Para os brasileiros é muito bom, mostra que estão temendo nossa entrada no mercado", afirmou. Para Tereza Cristina, a reação é "normal e esperada". "Assim como nós vamos ter que fazer alguma adaptação, eles também terão que fazer".

Princípio da precaução
O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Ribeiro, explicou a inclusão do princípio da precaução acordo. Segundo ele, esse era um elemento central para que o acordo fosse assinado. "A gente manteve a expressão mas encapsulou completamente qualquer possibilidade de uso do princípio contra o Brasil. Nós buscamos garantias para evitar ou reduzir o risco desse abuso que justificassem barreiras ao comércio", disse.

Ele também explicou que princípio não consta do capitulo fitossanitário, apenas no capítulo sobre meio ambiente e sustentabilidade. "Isso já tira qualquer possibilidade de aplicação do princípio da precaução para temas sanitários", disse.

"Nós colocamos várias garantias para que isso não fosse usado politicamente", disse a ministra, lembrando que o princípio da precaução é um ponto que a União Europeia coloca como base nos seus acordos.  

O secretário explicou que, em teoria, o princípio da precaução permite que um país rejeite a importação de um produto alegando que ele faz mal à saúde humana e quem tem que provar o contrário é o país exportador. "Se a gente aceitasse na acepção original, toda vez que fôssemos exportar os europeus poderiam dizer que não queriam importar um produto porque acham que faz mal à saúde".

No entanto, foram incluídas nas negociações cláusulas expressas para evitar restrições arbitrárias. Assim, no acordo Mercosul-União Europeia, haverá a necessidade de basear as medidas em evidências cientificas. Caso essas evidências sejam inconclusivas, a aplicação do dispositivo ficou restrita a situações que ocorram no território da parte que aplica a medida, que deverá também assumir o ônus da prova.

Alíquotas
Orlando Ribeiro embrou que, com o acordo, 82% das exportações agrícolas brasileiras ficarão com tarifa zero em dez anos. "O acordo cobre 99% das exportações. Ficou o mínimo com cotas e essas cotas são bastante generosas. Arroz, por exemplo, ficou com uma cota de 60 mil toneladas, frango 180 mil toneladas, açúcar 180 mil toneladas. A reação do setor produtivo tem sido bastante favorável", disse. A ministra também citou o caso do café solúvel e torrado, cujas tarifas serão totalmente zeradas em quatro anos. Ela lembrou que o Brasil  hoje só exporta café verde, em grão,  e que países como  Alemanha e Itália fazem os blends e vendem caro o produto,  como café gourmet. "Café é um exemplo muito bom. Teremos alíquota de 9% e desgravação em quatro anos", explicou. Tereza Cristina destacou, ainda, que houve grandes ganhos ao Brasil na exportação de frutas, um grande potencial brasileiro, ainda pouco explorado. Ela anunciou que a uva, por exemplo, terá a tarifa eliminada assim que o acordo entrar em vigor. E abacate terá alíquota zerada em quatro anos. O Brasil também se beneficiou com cotas de açúcar, etanol e carnes, setores tradicionalmente protegidos na Europa.

Meio ambiente
Sobre questões envolvendo o meio ambiente, a ministra afirmou que isso não será um entrave para a execução do acordo. Ela lembrou que o Brasil tem leis ambientais como o Código Florestal que devem ser cumpridas. "Não muda nada para nós, onde a produção está, ela tem que estar legalizada. O Brasil assinou o acordo de Paris e deve cumprir todas as suas metas", afirmou.

Prazos
Antes de entrar em vigor, o acordo precisa ser aprovado pelos parlamentos da União Europeia e do Mercosul. A ministra disse confiar que isso ocorra em aproximadamente dois anos. (MAPA)

Puxadas pelos leites em pó, importações diminuem 22% com relação a maio

A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou os dados da balança comercial láctea nesta quarta-feira (03). Segundo a SECEX, ocorreu uma diminuição de 22,1% na quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês de junho em relação a maio, com 81,9 milhões de litros em equivalente leite importados. Na comparação de junho de 2019 com o mesmo mês do ano passado, a quantidade importada ficou 1,4% maior.

Os 6,9 milhões de litros exportados pelo Brasil em junho deste ano representaram uma redução de 35,7% em relação aos 10,7 milhões de litros de maio em equivalente leite. Na comparação com jun/18, essa diminuição foi de 1,9%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -75 milhões de litros em junho, no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
 

As diminuições das importações de leite em pó ocorrem em um momento de mercado internacional em que o desnatado vem se valorizando desde o começo do ano. No mesmo período, a Argentina e - principalmente o Uruguai - vêm apresentando redução em suas produções de leite, de -6,3% e de -9,4% respectivamente no acumulado de jan-mai/19 versus o acumulado jan-mai/18.

Assim, com a produção interna de leites em pó abastecendo o mercado brasileiro, junto à quantidade restrita de leite em pó dos vizinhos do Mercosul, foi possível notar uma redução nas importações.

Com essa conjuntura, as 5 mil toneladas de leite em pó integral (LPI) internalizadas em jun/19 representam uma redução de -17% em relação a mai/19, enquanto as 1,4 mil toneladas de leite em pó desnatado (LPD) representam uma redução de -39%, considerando o mesmo período. Outros produtos como queijos, manteigas e soro de leite também apresentaram redução nas importações brasileiras em junho. Na tabela 1, é possível observar as variações da quantidade importada desses derivados lácteos.

Tabela 1. Variação em % da quantidade importada em toneladas pelo Brasil por produto, jun/19 comparado com mai/19 e com jun/18. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
 

Desde o fim das cotas quantitativas com origem argentina (que se findaram em maio de 2018), o mês de maio de 2019 foi o primeiro no qual as importações brasileiras de leites em pó originadas do Uruguai superaram as importações dos leites em pó argentinos. Essa diferença se fez mais presente em junho de 2019, como é possível notar no gráfico 2.

Gráfico 2. Quantidade mensal de importações brasileiras de leites em pó da Argentina e do Uruguai em mil toneladas. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.


 
Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos para o mês de junho deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em junho de 2019. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
 
 (Milkpoint Mercado)

 
Guedes prepara corte tributário
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem, que o governo tem dois anos para "simplificar, eliminar e reduzir impostos", em referência ao período previsto para que o acordo entre Mercosul e União Europeia entre em vigorar. Antes de começar de fato, o acordo precisa ser aprovado pelos congressos dos países que participam dos blocos. Guedes falou na apresentação na edição da Expert, evento da XP Investimentos, em São Paulo. O trabalho que o governo pretende fazer na área tributária tem o objetivo de tornar o país mais competitivo, em condições de disputar no mercado internacional e para que o acordo seja positivo para o Brasil. O ministro criticou a maneira como o MDIC (antigo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) estava funcionando na relação com o setor privado, com lideranças industriais obsoletas que travavam a abertura. "Não teria sido possível (o acordo) se não tivéssemos juntado os ministérios", disse. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 04 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.015

     Previstas medidas para o leite e o vinho

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ontem que o governo busca medidas para aumentar a competitividade dos vinhos e lácteos brasileiros, setores que se consideram prejudicados pelo acordo entre Mercosul e União Europeia (UE). Para a cadeia do leite, informou que há tratativas que poderão gerar isenção de até 35% na importação de máquinas. Para o vinho, anunciou a criação de um fundo para incentivo à produção e industrialização. Os recursos para o fundo virão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a circulação de vinhos. "Isso deve entrar em vigor o mais rápido possível", adiantou a ministra, em coletiva de imprensa. Ainda sobre o leite, Tereza Cristina disse que o setor já causava preocupação, mesmo antes do acordo. Para a ministra, é preciso "fazer uma arrumação interna e achar políticas públicas" voltadas à competitividade. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, cobrou medidas compensatórias para que a cadeia consiga concorrer de igual para igual com as de outros países. "A gente já sofria pressão no Mercosul, e agora esta pressão aumenta com a retirada da tarifa de importação da Europa, que dá muitos subsídios aos seus produtores", preocupa-se. A respeito da redução de impostos para importação de máquinas, Guerra diz que este é pleito antigo da entidade, que inclui equipamentos, tecnologias, insumos. "Muitos fatores precisam ser pensados para que mais produtores se tornem competitivos", afirmou, citando a simplificação de impostos, estradas de qualidade e melhoria da energia elétrica, entre outros. 

Em relação ao vinho, o embaixador Orlando Ribeiro, que participou da coletiva de imprensa, disse não haver um valor fechado para o fundo, mas que "seria bom algo em torno de R$ 150 milhões ao ano para dar musculatura ao setor". Pelo acordo comercial, os vinhos terão um período de oito anos de transição, enquanto que para espumantes o tempo será de 12 anos. Ao final deste prazo, serão zeradas as tarifas e começa o livre comércio entre as partes. Para o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Oscar Ló, o anúncio da criação do fundo mostra o reconhecimento do governo quanto aos prejuízos que o setor vai ter. "Além do fundo, precisamos de mais medidas, porque vamos ter um grave problema social se não dermos condição para os produtores rurais sobreviverem na atividade", advertiu. (Correio do Povo)
 
                  
 

Nota de pesar 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) comunica, com profundo pesar, o falecimento de Amilton Strelow, 51 anos, ex-integrante de sua diretoria, e se solidariza com toda a comunidade de São Lourenço do Sul, cidade na qual Strelow deixa um legado em prol da agricultura familiar e do fortalecimento do cooperativismo.

Ainda em 1990, o jovem agricultor já se destacava na defesa da pequena propriedade e, pouco tempo depois, esteve à frente da inauguração da Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar/Pomerano) na condição de sócio-fundador. 

De lá para cá atuou como presidente e gerente geral da cooperativa, período em que se consolidou como gestor focado nas necessidades e demandas da agricultura familiar. Foi um exemplo de superação, dedicação e prova de que a agricultura familiar pode estar à frente de grandes empreendimentos e contribuir para o crescimento coletivo no campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 


Crédito: Benildo Barbosa/Comunicação e Marketing Coopar

Rolnei Volpi é indicado para presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados

O setor lácteo indicou o nome de Ronei Volpi para assumir, a partir de agosto, a presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura (Mapa). O nome foi escolhido em reunião da própria câmara, em Brasília. Médico veterinário da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, Volpi tem passagem pela superintendência do Senar PR, é produtor de leite e um dos fundadores do primeiro Conseleite do Brasil. A indicação passará, ainda, pelo aval da ministra da Agricultura Tereza Cristina. Se confirmado para o cargo, será o primeiro representante da região Sul a assumir o posto, substituindo o atual presidente Rodrigo Alvim.

Segundo Volpi, a indicação foi uma grande e grata surpresa. "Fui indicado devido ao meu trabalho e dedicação à atividade leiteira. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento dos colegas". Dois grandes desafios o esperam assim que assumir o novo cargo: a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 e o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que permite o livre comercio de produtos entre os blocos. "Esse acordo tem ameaças e oportunidades que abrem portas para a comercialização de lácteos para o mundo", afirma. Volpi garante que irá trabalhar com afinco para que nenhum produtor seja impedido de realizar a atividade por não atingir os parâmetros exigidos pelo Mapa.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, a escolha de um representante da região Sul para a presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados é muito importante para os produtores gaúchos, ainda mais porque, além de ser produtor de leite,  o indicado tem vasta experiência profissional. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Wenderson Araujo/CNA

 

Exportações aéreas para China ganham reforço 

A exportação de mercadorias brasileiras para a China, em especial os produtos frescos e de alto valor, ganhou novo impulso com a ampliação da frequência de voos de carga. O Consulado-Geral do Brasil em Cantão anunciou, nessa quarta-feira (03/7), que os serviços aéreos da Ethiopian Airlines, com voos de carga no trecho Chongqing-São Paulo operados por cargueiros 777, com escala técnica em Adis Abeba, será semanal. A capacidade do transporte é de 100 toneladas, aproximadamente. 

A informação foi repassada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além disso, o Consulado informou que a holding Sino-Lac está em vias de finalizar entendimentos para estabelecer frequência regular de serviços aéreos de carga para São Paulo, com escala em Luanda. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
 
IN's 76 e 77 - Adaptação deve ser lenta
Os produtores ainda estão em fase inicial de adaptação às instruções normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que entraram em vigor há pouco mais de um mês e estabelecem novos padrões de qualidade, identidade, transporte e conservação do leite em todo o país. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, estima que o produtor precisa de pelo menos um ano para se adequar às regras e que, para isso, não depende só de fazer investimentos, como a compra de resfriadores, mas também de respostas a questões estruturais que não dependem dele, como a qualidade da energia elétrica. A veterinária e consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, ressalta que as empresas gaúchas estão mapeando as condições de produção dos seus fornecedores. Algumas, diz ela, já elaboraram um check list para os agricultores apontarem sua capacidade de atendimento às novas regras. "Quando se tiver este diagnóstico é que vai ser possível estabelecer outras ações", destaca. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 03 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.014

     Mercado Desigual

Com cota recíproca definida em 45 mil toneladas por ano, e redução progressiva de taxas em até 10 anos, o comércio de lácteos entre Mercosul e União Europeia preocupa a indústria brasileira.

- Já somos pressionados pelos países do Mercosul, que têm custos menores de produção. Agora teremos mais a pressão dos produtos europeus - prevê Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS).

Segundo o dirigente, a capacidade produtiva brasileira é bem diferente da dos europeus, que historicamente recebem incentivos para produção.

- O leite já vem passando por um momento difícil. Teremos de trabalhar a nossa competitividade - indica Guerra, acrescentando que o setor precisará de medidas compensatórias para competir de igual para igual.

Ontem, a Nestlé anunciou o fechamento de unidade de recebimento de leite localizada em Palmeira das Missões. Segundo a multinacional, o trabalho será absorvido pela fábrica de Carazinho, onde itens da marca são produzidos no Estado. Será mantida a compra de leite de 127 produtores na região. A medida visa a otimizar a logística e aumentar a eficiência. (Zero Hora)
 
                  
 

Mapa lança sistema para facilitar acesso da população a atos regulatórios

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou nesta terça-feira (2) o Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), que visa dar transparência e facilitar a participação da sociedade nos atos de regulação de competência do Mapa. O sistema online, inédito no governo, facilita a interatividade, especialmente nos casos de consultas públicas para novas regras. No mesmo evento, foi assinado termo de cooperação com as confederações da Agricultura, Pecuária e da Indústria (CNA e CNI) para levantar o estoque regulatório da área de defesa agropecuária.

O objetivo da cooperação com as entidades do setor privado é identificar atos legais “para uma análise do que pode ser revogado, incorporado ou consolidado”, explicou o secretário de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, José Guilherme Leal.

O secretário executivo do ministério, Marcos Montes, que representou a ministra no lançamento do Sisman, falou do empenho de Tereza Cristina em realizar uma gestão técnica e moderna. “A sociedade não suporta mais normas que não têm funcionalidade”. Ele também destacou a importância de trabalhar junto com o setor privado, “contando com a experiência de quem vive a prática do dia a dia”.

O sistema lançado pelo Mapa permite o acesso aos atos regulatórios, “possibilitando ao cidadão acompanhar todas as etapas desde a intenção de editar uma norma até a sua implementação”, de acordo com o coordenador de Qualidade Regulatória do Departamento de Suporte e Normas do ministério, Carlos Fonseca.

“O ministério inova ao tornar essa atividade totalmente pública, desde o período de intenção de redigir uma norma até a sua completa edição”, destaca o coordenador geral de Análise e Revisão de Atos Normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária, Rodrigo Padovani.

Judi Nóbrega, diretora do Departamento de Normas da SDA, observou que o Sisman permite maior transparência e participação social para melhorar a governabilidade e a segurança jurídica dos atos normativos da secretaria.

Para acessar o Sisman, o usuário deve efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - Solicita do Mapa. (MAPA)

Millennials cresceram e agora apresentam novos hábitos de consumo

Entender e acompanhar os hábitos dos millennials sempre foi um grande desafio para o mercado de consumo. Uma característica marcante desse público nascido entre o início da década de 1980 e o fim dos anos 1990 é a hiperconectividade: 9 em cada 10 usam celular frequentemente para se conectar. Até aí, nenhuma novidade, mas acontece que os integrantes dessa geração cresceram, ganharam novas responsabilidades e isso vem transformando suas escolhas na hora de gastar dinheiro.

Os primeiros millennials não estão longe de completar 40 anos de idade. Oito em cada dez pessoas da geração Y tiveram filhos e hoje precisam lidar com novas e complexas preocupações. Associar esse público apenas a jovens que consomem produtos e serviços de acordo com seus desejos individuais é não enxergar de forma ampla este grande grupo de pessoas. Para entender o novo momento, a Kantar elaborou o estudo "Desmistificando as Famílias Millennials". Uma das constatações é que, na América Latina, 25% das donas de casa atualmente têm menos de 34 anos. Este grupo etário representa um quarto da população da região e responde por 24% do consumo de itens básicos, o equivalente a US$ 30 milhões. 
 
Hábitos nas refeições
O dia a dia desses jovens adultos envolve lidar com restrições financeiras e com a preocupação em poupar. Com isso, alguns hábitos mudaram. Visitas a restaurantes e pedidos por delivery, por exemplo, diminuíram. Em média, as famílias chefiadas por millennials cozinham quatros vezes por semana. No Brasil, são gastos em torno de 30 minutos no preparo das refeições. As mulheres ainda são as principais responsáveis por esta tarefa, mas os homens desta geração têm cozinhado com uma frequência 50% maior em comparação a outras faixas etárias.

Compra de itens básicos
Em comparação com o restante da população da América Latina, os millennials compram 8% menos itens básicos. Em 2018, diminuíram em 3,1% o tíquete médio e visitaram 4,6% menos os pontos de venda em relação ao ano anterior. Produtos com bom custo-benefício e promoções são os mais populares. “Os Millennials gastam menos em bens de rápido consumo e compram com menor frequência”, analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Consumer Insights da Kantar.

Famílias de baixa renda
O comportamento atual de consumo da geração Y é fortemente influenciado pela renda. Segundo a pesquisa, dois terços das famílias latino-americanas formadas por millennials são de baixa renda, e metade delas conta com fonte única de orçamento, já que 58% das mulheres não têm um trabalho remunerado, o que ocorre principalmente no Brasil, na Argentina e no México. Muitas dessas famílias de baixa renda são formadas por mais de cinco pessoas. Não por acaso, os itens mais comprados estão diretamente ligados aos cuidados infantis, como fralda descartável, leite em pó, snacks, biscoitos e pão. Há interesse especial em marcas próprias e econômicas, e o canal preferido é o atacarejo, devido à possibilidade de aproveitar ofertas.

Millennials com alto poder aquisitivo
Já no caso das famílias de alta renda, o mais comum são domicílios com até duas pessoas, sem crianças. A dependência de apenas uma fonte de renda cai para 37%. Famílias de millennials com renda alta costuma ter carro (63%), o que justifica a priorização de compras maiores e menos visitas aos pontos de venda. Nesse perfil, hipermercados e supermercados são os canais mais escolhidos. Segundo a Kantar, 45% do orçamento com itens básicos é gasto em missões de abastecimento. Marcas premium são as preferidas, e é bastante comum a compra de produtos associados à indulgência. A lista de compras dos millennials com alto poder aquisitivo costuma incluir: leite UHT, cerveja, iogurte, comida para pet e queijo. (As informações são do SA Varejo)

 
 
Conaprole
A Conaprole decidiu aumentar o preço do leite ao produtor, segundo fontes ligadas à diretoria da cooperativa. Será um aumento de 0,30 por litro, a partir de 1º de junho. Considerando que o pagamento estava em 10,50 pesos por litro, em média, variando de acordo com os teores de sólidos, o preço agora ficará em 10,80 pesos por litro. Segundo informou, o preço a partir de junho de 2019, para o leite com 3,92% de matéria gorda e 3,44% de proteína terá um valor médio de 10,70 pesos por litro. Com as bonificações por qualidade chegará a 10,90 pesos por litro, [R$ 1,19/litro]. Também poderá ter outra bonificação extra envolvendo os sólidos totais, que subirá de 3,50 para 8 pesos por quilo, [R$ 0,87/quilo]. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 02 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.013

     Sindilat participa do III Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) estará presente no III Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai, que acontece na próxima quinta-feira (04/7), na Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), localizada na Rua Henrique P. Salomoni, 403 - Frinape. O evento, que tem foco na agricultura familiar, é gratuito e promovido pela Emater/Rs-Ascar, Regional de Erechim.  O objetivo do encontro é apresentar dados de mercado e sobre tecnologia para estudantes e produtores de leite da região.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, fará  um panorama sobre o mercado atual e futuro do leite no Estado após a vigência das Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram o âmbito da produção, coleta e armazenagem do leite cru, em todo o País, desde 30 de maio. "Irei ressaltar a importância da atividade leiteira para o Rio Grande do Sul e mostrar, através de dados, que as INs visam à qualidade do produto para fomentar a exportação". Além disso, Palharini abordará os principais pontos do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que envolvem o setor lácteo, a fim de tranquilizar toda a cadeia produtiva.

De acordo com o assistente técnico regional da Emater Vilmar Fruscalso, o evento busca sanar dúvidas, também, quanto à temperatura e contagem bacteriana do leite, seguindo as exigências do Mapa. "A qualidade do leite já era importante antes. Agora, com a chegada das INs 76 e 77, ela é fundamental para que os produtores não tenham a atividade suspensa", frisa.

Confira a programação completa:
8h - Recepção
8h50 - Início das atividades
9h - Palestra sobre o mercado futuro do leite, com o secretário-executivo do Sindilat Darlan Palharini
9h45 - Palestra sobre a automação da atividade leiteira, com o zootecnista da empresa DeLaval, Marcio Gato
10h30 - Intervalo
10h50 - Palestra sobre os fatores que influenciam a percepção e o sucesso do produtor de leite, com o assistente técnico regional da Emater Vilmar Fruscalso
11h35 - Depoimento de produtor: Caso de sucessão na agropecuária, com Franciele Gusatto, agricultora do município de Francisco Beltrão/PR
11h50 - Pronunciamento das autoridades
12h30 - Almoço (CTG)
13h40 - Reinício das atividades
13h50 - Palestra sobre os autos rendimentos de leite nos sistemas pastoris, com o sócio-administrador da empresa Transpondo, Wagner Beskow
14h40 - Palestra sobre a sucessão e a atividade leiteira evoluindo em família, com o zootecnista e supervisor técnico comercial da empresa Tortuga | DSM, Frederico dos Santos Trindade
15h25 -  Depoimento de produtor: Caso de sucessão na agropecuária, com Larissa de Souza Zambiasi, agricultora do município de Coqueiros do Sul/RS
15h40 – Encerramento

SERVIÇO
3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai
Data: 04 de julho de 2019
Local: Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), localizada na Rua Henrique P Salomoni, 403 - Frinape.
Horário: 8h
Promoção: Emater/RS-Ascar
 (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                  
 

GDT


(GDT, adaptado pelo Sindilat)
 

Acordo com UE impacta no Rio Grande do Sul

Ainda que informações mais detalhadas sobre acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia só agora começarão a ser divulgadas, é fato que importantes setores da economia gaúcha serão impactados. Tanto positivamente, pela conquista de uma parcela maior de mercados externos, quanto negativamente, pelo aumento da concorrência no mercado interno com produtos importados com preços mais competitivos. Enquanto alguma setores já comemoram o acordo, como calçadistas e moveleiros, outros segmentos vivem um momento de preocupação, como vitivinícola e lácteo. 

Segundo o coordenador do grupo temático de negociações internacionais da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Frederico Behrends, o governo brasileiro deverá divulgar mais dados sobre o acordo amanhã, em reunião da Coalizão Empresarial Brasileira (CEB), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Muitos dados não foram mantidos em segredo para não atrapalhar as negociações, como prazos de redução de tarifas por setores, se imediatos ou graduais, em até 15 anos”, explica Behrends. 

té agora, diz o executivo, se sabe que calçados e móveis terão tarifas zeradas imediatamente após a aprovação do acordo por todos os país do Mercosul e da União Europeia. Para Behrends, setores afetados pelo livre comércio, como metal mecânico e mesmo de vinhos, a solução pode estar no fechamento de parcerias com empresas europeias. Na Europa, diz o executivo, não há mais terra para ampliar a produção de vinho, o que pode ser uma possibilidade de parceria para produção aqui. 

No setor metalomecânico, como de produção de máquinas pesadas, se poderia fazer pareceria na assistência técnica local, já que não se pode simplesmente vender a máquina sem prestar assistência. “Em um país de dimensões continentais com o Brasil, fazer esse atendimento não é uma tarefa fácil para quem é de fora. Parceria nessa área pode ser um caminho”, analisa Behrends. No quadro abaixo, veja o impacto em diferentes setores da economia gaúcha.

Leite
O setor lácteo é um dos que tem muitas dúvidas e preocupações sobre o impacto do acordo no futuro dos negócios. Com uma produção de 160 bilhões de litros por ano, ante 35 bilhões do Brasil, e com grandes subsídios, frente a nossa alta carga tributária, por exemplo, a União Europeia é uma ameaça concreta ao setor. “Apesar de ainda ter poucas informações concretas sobre como foi feito o acordo para o setor, o que soubemos é que em setores sensíveis haveriam cotas para isenção, como de 30 mil toneladas para o queijo, 10 mil toneladas para o leite em pó e 5 mil para fórmulas infantis (alimentos processados para alimentação de bebês e recém nascidos)”, avalia o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini. 

Atualmente produtos lácteos importados da União Europeia entram no Brasil com uma tarifa de 28%. De acordo com Palharini, para evitar danos maiores ao setor o governo brasileiro terá que adotar medidas de apoio aos produtores e a indústria, como Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para diferentes produtos e compras governamentais, além de reforço no seguro rural, por exemplo. O lado positivo do acordo, analisa Palharini, pode vir com a redução nos preços de equipamentos importados para o setor, como ordenhadeiras robotizadas. (Jornal do Comércio)

 
Acontece - Dias 4 a 5 de julho
O 21º Seminário Internacional de Queijos e Leite tratará de produção, mercado e legislação. Ocorre no dia 4, no auditório da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa. No dia 5, o Memorial da Santa Clara será palco do 5º Concurso Estadual de Queijos. Informações em facebook.com/agl.agl.710. (Zero Hora)

Porto Alegre, 01 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.012

     Acordo entre Mercosul e União Europeia: o que prevê o texto

 
O acordo entre o Mercosul e a União Europeia acertado nesta sexta-feira (28) prevê uma série de alterações em temas tarifários e não tarifários. A negociação entre os dois blocos levou mais de 20 anos para ser concretizada.
 
Entenda os principais pontos já divulgados:
 
Temas tarifários
O que será eliminado:
• Quando estiver totalmente implementado, o acordo vai retirar tarifas sobre 91% dos produtos que a União Europeia exporta para o Mercosul num período de 10 anos;
• Em sentido contrário, serão retiradas tarifas de 92% dos produtos que o Mercosul exporta para a União Europeia num período de 10 anos;
• Produtos agrícolas brasileiros, como suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais terão tarifas eliminadas;
• Exportadores brasileiros também terão acesso preferencial para carnes bovina, suína e de aves, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel;
• Produtos industriais do Brasil serão beneficiadas com a eliminação de 100% nas tarifas de exportação;
• Produtos europeus terão tarifas de exportação eliminadas para diversos setores. Na lista estão veículos e partes, maquinários, produtos químicos e farmacêuticos, vestuário e calçados e tecidos;
• Chocolates e doces, vinhos e outra bebidas alcoólicas e refrigerantes provenientes da União Europeia terão tarifas eliminadas progressivamente;
 
Cotas:
A UE vai liberalizar 82% das importações agrícolas do Mercosul. Alguns produtos ficarão sujeitos a um valor estabelecido por cotas:
1. Carne bovina: 99 mil toneladas;
2. Aves: 180 mil toneladas;
3. Carne de porco: 25 mil toneladas;
4. Etanol: 450 mil toneladas para uso químicos e 200 mil toneladaspara todos os tipos de utilização;
5. Arroz: 60 mil toneladas;
6. Mel: 45 mil toneladas.
Haverá também abertura de cotas entre Mercosul e UE para diversos produtos
1. Queijo: 30 mil toneladas;
2. Leito em pó: 10 mil toneladas;
3. Fórmula infantil (leite artificial): 5 mil toneladas;
Haverá uma cota transitória de 50 mil veículos exportados da UE para o Mercosul. O tempo dessa transição é de 7 anos
 
 
Temas não tarifários
• Acordo vai ampliar o grau de liberalização do comércio de serviços. Nesse grupo estão incluídos, os setores de telecomunicações, serviços financeiros, entre outros;
• Nas compras governamentais, haverá maior concorrência em licitações públicas;
• Empresas da UE e do Mercosul poderão participar de licitações públicas nos dois blocos;
• Haverá redução no custo dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens;
• Os blocos vão se comprometer a desburocratizar e reduzir os custos no comércio entre as duas regiões;
• Os blocos se comprometem a remover barreiras ao comércio eletrônico e garantir um ambiente seguro para os consumidores;
• Mercosul e UE se comprometem a reduzir entraves de medidas sanitárias e fitossanitária;
• O acordo possui um mecanismo de salvaguarda que vai permitir a implementação de medidas temporárias caso haja um aumento inesperado e significante de importações, que possa causar prejuízos às empresas e produtores agrícolas domésticos;
• Segundo a UE, não haverá mudanças nos padrões de segurança alimentar e saúde animal do continente – ou seja, a UE continuará podendo barrar a entrada de produtos que não se enquadrem nesses padrões;
• Blocos se comprometem a reconhecer a propriedade intelectual de diversos produtos;
• Mercosul vai proteger nomes de 357 produtos europeus como indicações geográficas (tais como presunto de Parma e vinho do Porto);
• UE vai reconhecer nomes de produtos tradicionais do Mercosul, como a cachaça brasileira e o vinho de Mendoza (Argentina);
• Os signatários se comprometem com assuntos como proteção ambiental, que abarca conservação de florestas, respeito por direitos trabalhistas e promoção de condutas empresariais responsáveis;
• EU e Mercosul se comprometem, de acordo com os europeus, a implementar efetivamente o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, que inclui, entre outros assuntos, combater o desmatamento e a redução da emissão de gases do efeito estufa;
• O acordo inclui também a obrigação de implementar efetivamente os padrões fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se referem a liberdade de associação, eliminação de trabalho forçado, abolição do trabalho infantil e não discriminação, entre outros. CLIQUE AQUI para assistir aos vídeos. (G1)
 
                  
 
Ministra diz confiar no Congresso para aprovar acordo entre Mercosul e UE
 
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta segunda-feira (1) confiar no Congresso Nacional para a aprovação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, firmado na última sexta-feira (28). Antes de entrar em vigor, o tratado precisa do aval dos parlamentos de todos os países envolvidos. “Eu não acredito que no Brasil nós teremos grandes dificuldades. Eu tenho certeza que o Congresso vai aprovar, porque isso é muito bom para o Brasil”, afirmou a ministra durante o VI Encontro de Implantação do Cadastro Ambiental Rural.
 
O acordo prevê a eliminação da cobrança de tarifas para suco de laranja, frutas (melões, melancias, laranjas, limões e outras), café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais. A estimativa é que o acordo aumente o PIB brasileiro em US$ 125 bilhões, em 15 anos, segundo o Ministério da Economia. 
 
Segundo a ministra, ela irá explicar os principais pontos do acordo em uma comissão da Câmara dos Deputados. Entre os assuntos está o princípio da precaução, que permite que o importador interrompa preventivamente as compras se considerar que pode haver algum dano. De acordo com Tereza Cristina, ficaram acertadas medidas para o uso do princípio e de proteção ao comércio agrícola. 
 
“Nós colocamos para eles (União Europeia) as nossas dificuldades de aceitar o princípio puro e simples e conseguimos colocar várias medidas, que são de proteção usando também o princípio científico”, explicou. 
 
O acordo entre os blocos prevê que o uso do princípio da precaução deverá ter base científica e que o ônus da prova ficará com quem apresentar a reclamação. 
 
Após as negociações, Tereza Cristina classificou o texto como “muito bom” e “confortável para aquilo que o Brasil e a agricultura brasileira queriam”. Ela ainda afirmou que os impactos do acordo são benéficos para o país. “Isso destrava o Brasil, traz a modernidade principalmente para nossa agricultura”, disse.
 
Cadastro Ambiental Rural
O VI Encontro de Implantação do Cadastro Ambiental Rural ocorre nesta semana, em Brasília. O evento tem por objetivo dar continuidade às cooperações técnicas para implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e dos Programas de Regularização Ambiental (PRA). Na abertura do encontro, a ministra defendeu a análise dos dados de mais 6 milhões de propriedades já cadastradas para ajudar os produtores. Ela lembrou que nenhum outro país tem um cadastro como o do Brasil e disse que isso mostra que “estamos muito à frente em relação ao meio ambiente, ante a muitos países do mundo”. (MAPA)
 
 
Produção/NZ 
 
Uma temporada de duas faces chega ao fim com a produção de leite da Fonterra na Nova Zelândia ficando ligeiramente acima dos “fracos” números do ano passado. A previsão é de que a nova temporada tenha volumes semelhantes. Depois de um grande otimismo sobre a produção de leite, a Fonterra termina 2018-19 com captação pouco maior que 1% em relação à “fraca” temporada passada.
 
A cooperativa projeta volumes similares para a próxima estação.
 
O início de 2018-19 teve chuva e condições espetaculares de produção, mas, o inverno trouxe seca e queda nos volumes de leite.
 
No boletim de junho da Fonterra, consta que a produção de leite em maio na Nova Zelândia caiu 3,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com isso a temporada totalizou 1.523 milhões de quilos de sólidos de leite, registrando aumento de 1,2% sobre os 1.505 milhões de quilos produzido em 2017-18. Foi “uma fraca estação de leite”, conclui a Fonterra.
 
“As condições em maio de 2019 foram mais favoráveis em muitas regiões em comparação com os meses anteriores, mas, mesmo assim, houve queda de 3,5% quando comparado com maio de 2018.
 
“A previsão de coleta de leite para 2019/20 é de 1.520 milhões de quilos de sólidos”.
 
A queda em maio de 2019 foi em decorrência da produção da Ilha Norte. Foi 10,7% menor em comparação com maio de 2018. Na Ilha Sul a produção subiu 3,5%, na mesma comparação.
 
A Fonterra relatou que as condições na Ilha Norte melhoraram no final de maio, “mas, não havia tempo suficiente para minimizar a magnitude do impacto nos volumes”.
 
A previsão da Fonterra para o preço final do leite da temporada 2018/19 é de NZ$6,30-NZ$6,40/kgMS, [R$ 1,21/litro-R$ 1,23/litro], projetando a faixa entre NZ$ 6,25-NZ$ 7,25/kgMS, [R$ 1,20/litro-R$ 1,40/litro], para o início da próxima. Muitos economistas têm a expectativa de que a Fonterra está apta a pagar NZ$ 7,00/kgMS, [R$ 1,35/litro], diante das atuais condições internacionais de mercado. (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)
 
Leite/Nota
Buscando aperfeiçoar a metodologia, a pesquisa do leite ao produtor do Cepea passará a focar, a partir de 2020, o preço líquido negociado. A ideia é explicitar aos agentes de mercado que o valor acompanhado se refere apenas ao recebido pelos produtores, sem adição de frete e impostos, facilitando, assim, a comparação e análise das informações. Atualmente, o Cepea calcula os preços líquido (que não considera frete e impostos) e bruto (que considera frete e impostos). Tendo em vista a grande heterogeneidade nas condições de frete e impostos no Brasil, a presença dessas duas variáveis exógenas ao preço do leite pode dificultar a comparação entre médias das diferentes regiões. Por esse motivo, decidiu-se por interromper o cálculo do preço bruto a partir de 2020. É importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que os agentes de mercado estejam precavidos desses aspectos ao utilizar os dados em suas negociações. (Cepea)

Porto Alegre, 28 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.011

   LEITE/CEPEA: preço ao produtor se estabiliza em junho

O valor do leite pago ao produtor em junho (pelo produto captado em maio) ficou praticamente estável frente ao mês anterior. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida fechou a R$ 1,5278/litro neste mês, ligeira alta de 0,68% em relação à de maio/19, mas 13,9% superior à registrada em junho/18, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/19). Os únicos estados que não seguiram a tendência de estabilidade foram o Paraná e o Rio Grande do Sul, onde as médias mensais subiram 2,93% e 2,86%, respectivamente, de maio para junho.

Desde o início do ano, os preços do leite ao produtor já subiram 21,1% na “Média Brasil” líquida. Essa expressiva valorização está atrelada ao cenário de elevada competição entre indústrias para garantir a compra de matéria-prima e à menor oferta neste primeiro semestre. A disponibilidade de leite tem sido limitada pelas condições sazonais (redução de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste e diminuição da qualidade das pastagens), mas também pela maior insegurança de produtores em realizar investimentos desde 2017. Nos últimos dois anos, a diminuição do poder de compra das famílias brasileiras e a “gangorra” de preços do leite prejudicaram os investimentos dentro da porteira, com efeitos sendo sentidos no longo prazo.

No entanto, os laticínios enfrentam dificuldades em repassar as valorizações da matéria-prima ao consumidor, tendo em vista a estagnação econômica. O aumento da concorrência dos laticínios também na venda dos derivados e a pressão dos canais de distribuição nas negociações têm corroído as margens das indústrias. Para os próximos meses, agentes do setor acreditam em quedas graduais nos preços do leite ao produtor. (Por: CEPEA/ESALQ/Agrolink)
                  
 

Leite/NZ

O Rabobank projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 7,15/kgMS, [R$ 1,38/litro], para 2019/20. Em seu relatório trimestral – Dairy Quarterly Q2 2019. Um otimismo em meio ao caos, em que o Rabobank diz que os fundamentos do mercado mundial ficaram presentes em todo o primeiro semestre de 2019: estagnação da oferta, baixos estoques e preços estáveis, e que continuam sendo temas chaves que permeiam todo o setor.
“A produção de leite dos ‘Big 7’ exportadores (União Europeia, Nova Zelândia, Austrália, Uruguai, Argentina e Brasil) em 2019 ficou abaixo à do ano anterior, dando sustentação ao mercado. Fracos finais de temporada na Nova Zelândia e Austrália, junto com forte demanda da China, deram suporte às cotações dos produtos lácteos na Oceania”, diz a analista, Emma Higgins, no relatório do Rabobank.

Higgins diz em sua análise que o segundo semestre de 2019 terá o desafio de melhorar a produção de leite nas regiões exportadoras. “A produção de leite nessas regiões [exportadoras] foi claudicante no primeiro semestre, ficando com o resultado negativo de 0,3%, criando uma tensão no mercado internacional. No entanto, a defasagem da oferta está diminuindo lentamente, e no terceiro trimestre, a expectativa é de que haja crescimento no ‘Big 7’, especialmente entre os produtores do Hemisfério Norte (União Europeia e Estados Unidos da América)”, diz ela.   

O banco sugere que haverá menor volume de leite disponível nos países exportadores do Hemisfério Sul no segundo semestre de 2019, e isso é importante para os produtores da Nova Zelândia. “Nossa expectativa é de que haja recuperação do preço das commodities lácteas após esse período de queda sazonal”, disse Higgins.

Do lado da demanda, o relatório diz que o conjunto dos mercados importadores é misto.

“O apetite chinês foi maior do que o esperado nos primeiros quatro meses de 2019, e alguns compradores podem ter estoque adequado. Assim, acreditamos que a demanda chinesa continuará robusta, mas, menos intensa do que no primeiro semestre, o que pode definir o teto dos preços”, acrescenta a analista.

“A economia dos Estados Unidos da América (EUA) está caminhando para uma desaceleração em 2020, enquanto a economia da Eurozona apresenta baixa performance desde 2018. São aspectos que moderam os gastos dos consumidores e limitam a demanda por produtos lácteos”, conclui Higgins. (Dairy News – Tradução livre: Terra Viva)

Argentina: preço do leite ao consumidor dobra e consumo tem queda histórica

Quando o dinheiro não é suficiente para continuar enchendo o bolso como antes, a primeira coisa a sair da lista de compras são os “petiscos" e os "aperitivos". Com o resto, a tática é geralmente escolher embalagens e marcas mais baratas. Mas, se isso não for suficiente, cortes mais drásticos serão impostos: aqueles que implicam em deixar de levar os alimentos essenciais à saúde ou servi-los em quantidades menores.

Esse foi o passo dramático que milhões de famílias argentinas tiveram que fazer este ano, reduzindo seu consumo de leite e produtos lácteos a níveis historicamente baixos. Isso, após seus preços, em apenas um ano, dobrar.

No leite, a escalada foi frenética. Há um ano, no supermercado Capital, o saquinho mais econômico encontrado foi de 22,50 pesos (US$ 0,51). Hoje, no entanto, o preço não fica abaixo de 45 pesos (US$ 1,02): o dobro. Se analisarmos a garrafa de litro, o aumento anual foi de 33 pesos (US$ 0,75), para 64 pesos (US$ 1,43), um crescimento de 94%.

Na mesma linha, as consultoras Focus Market e Scanntech pesquisaram 750 produtos e constataram que o leite foi o segundo que mais encareceu no ano passado: em média, 95,4%. Entre os 10 itens comparados, sachê e longa vida, o valor passou de cerca de 24,30 pesos (US$ 0,55) por litro em maio de 2018 para cerca de 50,10 pesos (US$ 1,14) no mês passado.

O aumento no preço do leite também afetou todos os derivados, como ficou claro no relatório Consumer Price Index divulgado pela Indec na última quinta-feira. Segundo a agência oficial de estatísticas, os lácteos foram os mais afetados pela inflação até agora neste ano, com um aumento de 31,2% em Buenos Aires em cinco meses. Nos últimos 12 meses, já subiram 81,1%, contra uma inflação de 63% no total de alimentos e uma taxa geral de 56,8%.

Para exemplificar, um pote de iogurte de 190 gramas de uma das marcas líderes que há um ano custava 23,50 pesos (US$ 0,53) agora é vendido a 50 pesos (US$ 1,14), um valor 113% mais caro. E o quilo do queijo cremoso, se há um ano valia 164 pesos (US$ 3,74), agora já está em 326 pesos (US$ 7,44). No meio da crise, a resposta das famílias a estes aumentos foi limitar o consumo de produtos lácteos como não o faziam há décadas, bem como voltar-se para os mais econômicos.

Segundo os últimos dados da Secretaria do Agronegócio, atualizados até março, no primeiro trimestre deste ano, 13,2% a menos de leite fluido foi vendido no país comparado há um ano e 21,1% a menos que mesmo mês de 2016. Ou seja, 1 de cada 5 litros de leite tomados três anos antes foi eliminado.

Se analisarmos o consumo de março, o registro mais recente, em leites não refrigerados ("longa vida") a queda no consumo anual atingiu 30,1% em litros, em comparação a uma retração de 3,3% para aqueles de saquinho, que mostra em que medida os compradores se refugiaram nas opções mais baratas. A queda, por sua vez, ultrapassou 21% ao ano em leite em pó e iogurte, alcançou 18,5% em manteiga e 11% em queijos. Mais dispensáveis, sobremesas lácteas e pudins foram consumidos 30,9% a menos e leites achocolatados e aromatizados, 51,5% menos.

No total, o Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA) calculou que, em janeiro e fevereiro, o consumo de leite - direto e via derivados - caiu para um patamar equivalente a 183 litros por habitante ao ano. Foi o menor registrado desde 2003. E, tirando 2003, o menor desde 1991. Estima-se, entretanto, que os primeiros quatro meses de 2019 tenham uma média de 180 litros, longe dos 193 litros per capita consumidos em todo o ano de 2018, os 197 de 2017, os 201 de 2016 e os 217 de 2015.

"Em 2018 o consumo diminuiu um pouco, mas a queda deste ano foi muito forte, em quantidades e qualidades. Os lácteos são os produtos básicos em que os maiores cortes estão sendo observados. As pessoas consomem menos sobremesas lácteas, cremes, queijo ralado ou leite com sabor. E no leite, o que mais se destacou foi uma mudança para as marcas secundárias, e do papelão para o sachê, o que até causou complicações para manter a oferta de marcas mais baratas em sachê”, explica Jorge Giraudo, diretor executivo da OCLA.

Segundo o especialista, os aumentos ocorreram principalmente nos primeiros meses deste ano porque, "devido às altas temperaturas", a produção caiu 10%. E, ao mesmo tempo, devido às altas exportações de 2018, as empresas ficaram com poucas reservas para compensar. Essa falta de oferta que permitiu os aumentos, disse Giraudo, já começou a se normalizar. "Mas não esperamos que os valores caiam", adverte.

"Agora o preço é suficiente para a fazenda não estar em crise, porque muitos de seus custos são dolarizados, como os de ração para gado, vacinas e combustíveis", acrescentou David Miazzo, economista da Fundação para o Desenvolvimento Agrícola da Argentina. Nesse contexto, mesmo que a produção se recupere é difícil que o preço caia. Para ressurgir o consumo, o que precisa ser recomposto é o poder de compra dos salários. 

Segundo nutricionistas consultados, essa situação é muito preocupante já que o leite é um alimento essencial para a saúde da população e especialmente para o adequado crescimento das crianças. Alimento que, por sua vez, é muito difícil de ser substituído. 

A recomendação médica, no país e em todo o mundo, é que as pessoas, para ter uma dieta saudável, consumam cerca de três porções de leite por dia, que podem ser um copo (200 ml) de leite, um iogurte e um pedaço de queijo de 30 gramas, explica Sérgio Britos, diretor do Centro de Estudos de Política Alimentar e Economia.

"O problema é que na Argentina, antes deste último outono, a população vinha registrando um nível de consumo muito inferior ao saudável", afirma. Em média, segundo Britos, as pessoas consumiam 48% menos laticínios do que o ideal: ou seja, a metade. Embora com desigualdades: nos setores de baixa renda o déficit está próximo de 60%, e naqueles com maior renda, a 30%.

"É um preocupante problema nutricional e de saúde que afeta as crianças em particular. Os produtos lácteos são a fonte fundamental de cálcio em nossa dieta e o cálcio é um mineral essencial para a nossa saúde óssea", completou Britos. 

"Durante a idade escolar e pré-adolescência, o cálcio se fixa e forma a densidade óssea que terá que nos sustentar ao longo da vida. Portanto, a recomendação desse nutriente é muito exigente neste período. O perigo é que se, devido a um déficit de cálcio, a criança não tiver massa óssea suficiente naquele momento, ele terá um alto risco na idade adulta de ser mais propenso a fraturas e osteoporose", disse Britos.

Em 24/06/19 - 1 Peso Argentino = US$ 0,02283
43,7968 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Clarín, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Cresce a produção de leite
Para o levantamento foram considerados os volumes de leite adquiridos pelos laticínios com algum tipo de inspeção sanitária (municipal, estadual e/ou federal). De janeiro a março foram coletados 6,2 bilhões de litros de leite no país, um aumento de 3% em relação a igual período do ano passado. Este foi o maior volume captado neste intervalo desde 1997. No primeiro trimestre de 2018, o volume captado havia reagido 2,7% frente a igual período de 2017. Em 2019, com o produtor incentivado, com o preço do leite 6% maior em valores reais (deflacionados pelo IGPI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) no período de janeiro a maio, a produção cresceu em maior proporção comparado com os anos anteriores. Em contrapartida, a demanda comedida na ponta final da cadeia começa a pressionar o preço do leite para o produtor já no final do primeiro semestre. (Fonte: Scot Consultoria)