Porto Alegre, 12 de setembro de 2019 Ano 13 - N° 3.065
Ministra inicia nesta quarta-feira viagem ao Oriente Médio para ampliar relações comerciais
Em busca de fortalecer a parceria comercial e abertura de mercado para os produtos agropecuários brasileiros, a ministra Tereza Cristina embarcou nesta quarta-feira (11) para a região do Oriente Médio. Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra visitará quatros países árabes: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos.
A primeira parada é na cidade do Cairo (Egito), onde a ministra terá encontro com autoridades egípcias responsáveis pelas compras governamentais e acordos internacionais. Tereza Cristina participará ainda de um seminário com empresários locais para debater investimentos e perspectivas de negócios entre os dois países. No domingo (15), será o encontro com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, embaixador Ahmed Aboul Gheit, para tratar de infraestrutura e logística.
O segundo destino é Riade, capital da Arábia Saudita. A ministra também se reunirá, nos dias 16 e 17, com empresariado e ministros do governo.
Já no dia 18, na Cidade do Kuwait (Kuwait), Tereza Cristina e autoridades do país irão debater sobre alimentação, nutrição, pesca e demais assuntos agrícolas. A viagem será encerrada nos Emirados Árabes Unidos, com encontros empresariais do setor de alimentos e de governo em Abu Dhabi e Dubai, de 19 a 22 de setembro.
A comitiva chega ao Brasil no dia seguinte (23). Participam da missão o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro; a diretora de Promoção Comercial, Investimentos e Cooperação, Márcia Nejaim; o assessor Aurélio Rolim Rocha e adidos agrícolas.
Brasil e países árabes
Em 2018, as exportações agropecuárias do Brasil para 22 países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica, totalizando 55 nações, somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro, percentual superior ao que foi exportado para a União Europeia (16%).
Os produtos mais vendidos foram açúcar, carnes, milho, soja e café. Estima-se que o comércio agrícola entre Brasil e o mundo árabe pode crescer e chegar a US$ 895 milhões. Os produtos em perspectiva são: soja (farelo e grãos), café verde, açúcar e fumo não manufaturado.
Os países árabes importaram de todo o mundo o equivalente a US$ 114 bilhões, em 2017. O item mais buscado pelos árabes é o trigo, seguido de açúcar, cigarros, milho, arroz, carne de frango, leite em pó, carne bovina e preparações alimentícias.
Ao participar de evento da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em São Paulo, no dia 26 de agosto, a ministra Tereza Cristina destacou que os países árabes têm se consolidado como um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Segundo a ministra, há oportunidades de negócio por toda a cadeia produtiva: insumos, maquinário, processamento, estocagem, distribuição, transporte, pesquisa, tecnologia e inovação.
A ministra ressaltou que os produtores brasileiros estão familiarizados com as exigências dos mercados árabes, e que seus consumidores já conhecem a qualidade dos nossos produtos, lembrando que o Brasil é o maior exportador mundial de proteína halal (seguindo os princípios islâmicos).
"O Brasil tem condições de ampliar o fornecimento de diversos produtos agrícolas já importados pela Liga Árabe, mas que ainda tem representação ínfima na pauta de exportação brasileira para seus países. É como é o caso do algodão, cacau e das frutas secas ou frescas, como goiaba, manga e limão", disse.
A balança comercial do Brasil com os quatro países que serão visitados tem oscilado desde 2009, apresentando queda nos últimos dois anos.
Produtos mais vendidos
Para o Egito, o destaque é a venda de carne bovina in natura e miudezas, milho, fumo não manufaturado, carne de frango in natura, soja em grãos, bovinos vivos, café verde e pimenta piper seca, triturada ou em pó. Já os produtos mais importados do Egito são: azeitonas preparadas ou conservadas, leveduras, algodão, cebolas secas, plantas para medicina ou perfumaria, tubérculos secos, especiais, sementes de anis e badiana, e óleos essenciais.
Os dez principais produtos exportados pelo Brasil para a Arábia Saudita, nos dois últimos anos, foram carne de frango in natura, açúcar de cana bruto e refinado, carne bovina, soja em grãos e farelo, milho, ovos, café solúvel e verde. No mesmo período, o Brasil importou vinho e óleos essenciais.
Para o Kuwait, as exportações envolvem carne de frango in natura e industrializada, milho, sucos de laranja, café solúvel e verde, farelo de soja, castanha de caju, e carnes de pato e peru in natura. Não há registro de importações de produtos agropecuários do Kuwait em 2017 e 2018.
Os Emirados Árabes também compram carnes bovina e de frango in natura, açúcar bruto, fumo não manufaturado, milho, ovos, farelo de soja e café verde. Os brasileiros importam nozes e castanhas, fumo manufaturado, chocolate e preparações com cacau, pães, biscoitos, produtos de pastelaria, confeitaria, tâmaras secas, chás preto e verde. (As informações são do Mapa)
No 2º trimestre de 2019, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária – seja ela Federal, Estadual ou Municipal foi de 5,85 bilhões de litros, representando um aumento de 6,9% em relação à quantidade adquirida no 2° trimestre de 2018, e queda de 5,8% em comparação ao trimestre imediatamente anterior.
Os dados foram publicados pelo IBGE, que você pode acessar CLICANDO AQUI. (IBGE/Terra Viva)
Conseleite/MG
Roberto Simões - Presidente do Sistema FAEMG
“Procuramos passar mais informação ao produtor para que ele compreenda melhor o Conseleite. Ao invés de passar um número apenas, iremos divulgar uma faixa de valores para permitir ao produtor verificar onde ele se enquadra. É fundamental que ele use o simulador, com seus dados, para saber exatamente qual é o seu valor de referência”.
João Lúcio Barreto Carneiro - Vice-presidente do SILEMG
“A apresentação do valor de referência indica mercado estável. Queremos mostrar ao produtor o valor de referência do leite padrão e como a qualidade vai influenciar no maior e no menor valor”.
Isabela Chenna Perez - Assessora de diretoria da Ocemg
“Cada vez que disseminamos as informações do Conseleite, vemos como são importantes para os produtores, industriais e cooperativas. Usando o simulador ou participando dos seminários, maior será a interação e mais fácil vai ser entender o Conseleite.” (Faemg)
O Ministério da Agricultura recebeu comunicação das autoridades do Equador informando da aceitação do Certificado Zoosanitário Internacional proposto pelo Brasil para a exportação de bovinos vivos, concluindo, assim, negociações para a abertura daquele mercado, iniciadas em 2014. O Brasil exportou, em 2018, 535 milhões de dólares em bovinos vivos, para todos os continentes, além de 6,5 bilhões de dólares em carne bovina. A exportação de animais vivos diversifica a pauta exportadora brasileira e oferece uma alternativa para os produtores rurais de todo o país. O avanço do Brasil no mercado de bovinos vivos é um testemunho do alto padrão genético e da qualidade dos animais brasileiros e um reconhecimento da confiança internacional na defesa agropecuária brasileira. (As informações são do Mapa)