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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.246


SINDILAT/RS lança cartilha com orientações para o bem-estar animal no verão, em parceria com a UPF

Buscando incentivar a adoção de práticas que visem o bem-estar dos animais e, ao mesmo tempo, a manutenção do volume e da qualidade do leite nos períodos mais quentes do ano, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (SINDILAT/RS) elaborou em conjunto com a Universidade de Passo Fundo (UPF) a Cartilha de Verão para os produtores de leite, que pode ser acessada clicando aqui

“Relacionamos um conjunto de medidas na nutrição e no manejo durante o verão que ajudam a evitar variações e a manter a qualidade do leite, inclusive com relação à diminuição nos desvios de crioscopia, comuns nos períodos mais quentes, preservando a qualidade e volume da produção”, explica Darlan Palharini, secretário executivo do SINDILAT/RS. 

Conforme Carlos Bondan, médico veterinário, doutor em ciências veterinárias, professor e pesquisador na UPF, a cartilha busca orientar sobre preocupações que ressurgem com a chegada do verão, e que podem diminuir a quantidade e qualidade do leite. “Temos percebido em estudos em parceria com o SINDILAT/RS, que fatores como temperatura, umidade altas e fatores nutricionais estão relacionados a uma diminuição dos sólidos não gordurosos. E o estresse térmico tem uma participação muito grande nesses fatores”, explica. 

Na cartilha, as soluções indicadas para garantir o conforto térmico dos rebanhos leiteiros ajudam a minimizar os efeitos do calor e garantir a saúde e a produtividade das vacas. Elas incluem fornecimento de sombra, uso de aspersores e ventiladores, alimentação balanceada, acesso irrestrito à água, manejo adequado da ordenha e monitoramento da saúde do rebanho. 

“Os bovinos são muito exigentes quanto à qualidade da água. Gostam de tomar água limpa e com uma temperatura entre 18 e 20 graus. Na alimentação, o desafio é o equilíbrio entre a energia e a proteína. Acredito que a crioscopia vá nessa mesma direção. Então o produtor deve consultar um nutricionista e tentar encontrar o melhor caminho para a suplementação dos seus rebanhos”, recomenda o professor. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Milho apresenta bom desenvolvimento apesar da baixa incidência de radiação solar 

O período prolongado de chuvas, além de resultar em alta umidade do solo, limitou o avanço da semeadura do milho, que ficou em apenas 1%, totalizando 65% da área cultivada prevista. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (17/10), apesar da baixa incidência de radiação solar, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e adequado estande de plantas. A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo (97%) e 3% estão em floração. 

Em algumas regiões, embora a semeadura esteja chegando ao final, ainda está atrasada no Sul e na Campanha devido ao período mais extenso de incidência de chuvas, iniciado ainda em setembro. Nos campos de altitude, especialmente nos Aparados da Serra, a operação não iniciou, pois é realizada de forma mais tardia pelas condições edafoclimáticas inadequadas para operações em períodos mais precoces. 

SOJA 
O período recomendado para semeadura, conforme o Zarc, teve início em 01/10 no Rio Grande do Sul. Contudo, o plantio foi realizado em áreas limitadas na fase inicial da janela e, durante o período, dificultado pelas constantes precipitações entre 08 e 11/10.  

A área semeada até o momento representa menos de 1% da superfície total a ser cultivada, estimada em 6.811.344 hectares pela Emater/RS-Ascar. A continuidade da semeadura deve ocorrer de forma moderada, nos próximos dias, em virtude da priorização de outras atividades, consideradas urgentes, como a colheita de cereais de inverno e a semeadura de arroz. A produtividade média projetada para a safra 2024/2025 é de 3.179 kg/ha. 

TRIGO 
A colheita do trigo atingiu 3% da área total estimada no estado nas lavouras de ciclo mais curto. Já a maior parte das lavouras de ciclo mais longo ainda estão em processo de maturação (45%) e enchimento de grãos (42%).

A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares e a produtividade prevista permanece em 3.100 kg/ha. 

As condições climáticas que, até a primeira semana de outubro, favoreciam a cultura, sofreram mudanças, gerando apreensão entre os triticultores. A sucessão de precipitações, que se estenderam por até cinco dias consecutivos em parte do estado, resultou em excessiva umidade no solo, limitando o desenvolvimento das lavouras e mantendo água livre sobre as plantas durante quase todo o período. Essa situação beneficiou o desenvolvimento de doenças, sobretudo giberela. 

A colheita foi interrompida pela dificuldade de acesso das máquinas, o que pode afetar pontualmente os resultados da safra em razão da degradação das reservas do grão em maturação fisiológica, principalmente nas áreas onde foram aplicados herbicidas para dessecação e uniformização das plantas. 

PASTAGENS 
As pastagens cultivadas de aveia e azevém apresentam maior disponibilidade de forragem, apesar de estarem no final de seus ciclos produtivos e iniciando a fase de produção de sementes. As pastagens nativas mostram melhorias significativas na disponibilidade forrageira, além de crescimento acelerado, favorecendo a eficiência no manejo dos animais nos piquetes. 

BOVINOCULTURA DE LEITE 
Os produtores estão focados no manejo das pastagens e na criação de terneiras. Tem sido recomendado o plantio antecipado de milho para silagem, visando garantir uma alimentação adequada para o gado.  Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1837 de 17 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os produtores estão focados no manejo das pastagens e na criação de terneiras. Tem sido recomendado o plantio antecipado de milho para silagem, visando garantir uma alimentação adequada para o gado. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as áreas de azevém tem apresentado um ciclo mais longo este ano devido às temperaturas amenas, mantendo boa qualidade e volume para a alimentação das matrizes. No entanto, o acúmulo de barro persiste, afetando a sanidade das matrizes e a qualidade do leite. 

Em Aceguá, grandes produtores mantêm reservas de silagem e fenos, evitando o acesso aos potreiros para prevenir a degradação das pastagens. 

Na de Erechim, as chuvas e as temperaturas amenas não causaram estresse calórico nos rebanhos. 

Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados beneficiaram o desenvolvimento das culturas e o bem-estar dos animais, contribuindo para o crescimento de cereais de inverno destinados à silagem e pré-secado. 

Na de Passo Fundo, o estado nutricional está satisfatório, e não foram observados problemas sanitários, embora a umidade tenha aumentado. As vacinações de rotina foram realizadas e o controle de moscados-chifres está sendo monitorado em função do aumento na incidência desses insetos.

Na de Pelotas, houve aumento da produtividade do leite em alguns municípios, impulsionado pelo bom volume de pastagens de inverno e pelas condições climáticas favoráveis.

Na de Porto Alegre, o plantio e o preparo das áreas para milho silagem avançam, apesar de atrasos causados pelo clima chuvoso, o que pode resultar em falta de silagem para o próximo inverno. Há demanda por insumos para pastagens de verão, e o plantio de milho está em andamento. 

Na de Santa Maria, os produtores estão utilizando pastagens de inverno com suplementação de ração, mantendo rigoroso controle sanitário, incluindo o uso de homeopatia. 

Na de Santa Rosa, as temperaturas amenas garantiram conforto térmico, mas a presença de mosca-dos-chifres e berne foi observada, exigindo medidas de controle. Também foram registrados casos de Tristeza Parasitária Bovina (TPB), associada aos vetores ectoparasitas. 

Na de Soledade, há boa disponibilidade de pasto para as vacas, resultando em uma relação custo-benefício favorável na produção de leite, e as pastagens anuais de verão estão em fase de semeadura. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Semana de clima estável no RS, com chuvas leves nas regiões do norte e oeste
O início da próxima semana entre será marcada por tempo firme na maior parte do Rio Grande do Sul, com algumas exceções em regiões próximas à divisa com Santa Catarina. No sábado (19), o cavado ganhará amplitude e atuará sobre o Sudeste do Brasil, permitindo que o anticiclone permaneça sobre o RS e o Atlântico, mantendo o clima estável, com poucas nuvens e temperaturas confortáveis. O domingo (20) seguirá essa tendência, com uma crista em níveis médios intensificando a estabilidade atmosférica, deixando o Estado com céu claro e nuvens esparsas. Já na segunda-feira (21), o cenário atmosférico permanecerá semelhante, ainda que o anticiclone comece a se mover em direção ao Atlântico, resultando em temperaturas um pouco mais elevadas. Na terça-feira (22), um cavado em superfície entre o Paraguai e o RS provocará a volta da instabilidade, trazendo chuvas leves e temperaturas em alta para regiões centrais, Vales, Noroeste, Norte e Missões. Na quarta-feira (23), o cavado em superfície será associado a uma frente estacionária no oceano, causando chuvas fracas a moderadas desde a Fronteira Oeste até a Serra Gaúcha, com um leve declínio nas temperaturas ao longo do dia. Para a semana, o prognóstico aponta chuvas de até 20 mm nas regiões Sul, Oeste, Noroeste e Norte. Nas áreas centrais e no Litoral, não são esperadas precipitações. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (As informações são da SEAPI adaptadas pelo SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 17 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.245


Série resgata os vencedores do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo

A fim de homenagear os jornalistas que se destacaram ao receberem o Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo, iniciou nesta quinta-feira, 17/10, uma série especial de postagens no Instagram do sindicato relembrando os vencedores de cada edição. O acesso é através da conta @sindilatrs. “É uma forma de reconhecer e valorizar estes profissionais que dedicam seu talento ao setor lácteo gaúcho”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS. As postagens seguem até o dia 12 de dezembro, uma semana antes da revelação dos vencedores da 10ª Edição e do jornalista homenageado. 

As inscrições para a premiação deste ano estão abertas até o dia 01/11 para trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo que abordem seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com.  

Regulamento e Ficha de inscrição clique aqui.

(Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Preço do leite ficou diferente neste ano

Segundo conselho paritário que reúne produtores e indústria, valores no setor se comportam com base em lógica recorrente, pela qual este deve ser um ano "médio"

Pelo cenário desenhado até este momento, 2024 deve fechar como um ano “médio” no que diz respeito aos valores pagos ao produtor de leite. O comportamento segue uma lógica recorrente, observa Allan Tormen, coordenador do Conseleite-RS, conselho paritário que reúne indústria e produtores e valida os preços de referência para o Estado. Depois de anos ruins como o de 2023, com queda nas cotações mesmo na entressafra, o efeito costuma ser a redução na oferta e a reacomodação de valores.

— Costuma ser um ano de preço bom, um ruim e um médio. Este é um ano médio — avalia Tormen.

O ano “bom” foi 2022, quando o pico de valorização teve como efeito o estímulo à produção. Com a oferta ampliada (e outros fatores combinados), o que se viu foi a queda em 2023. Neste momento, a perspectiva é da média. Estima-se em 10% a redução na oferta no RS em 2024. Cenário que reflete também o impacto da enchente de maio, quando houve uma diminuição percentual importante na produção de bacias leiteiras representativas como o Vale do Taquari e a Serra.

Para ajudar os produtores de leite a entenderem o cálculo do preço de referência, o Conseleite implementou uma calculadora. A ferramenta (acesse aqui), permite visualizar, ainda, como a melhora de índices de qualidade pode levar a bonificações que chegam a até 35%. Quando ficam abaixo da média, pode haver um deságio (até 10%). A entidade avalia que enxergar essas diferenças também pode estimular o produtor a melhorar. (Zero Hora)

FIL/IDF | Líderes mundiais do setor de laticínios discutem sustentabilidade no World Dairy Summit 2024

Um dos eventos mais esperados da cúpula é o FIL Dairy Innovation Awards, programado para sexta-feira. A Yili recebeu quatro indicações, o maior número de indicações entre todas as empresas, sendo que duas delas se concentram em sustentabilidade e ecoinovação.

A Cúpula Mundial de Laticínios 2024, organizada pela Federação Internacional de Laticínios (FIL), teve início na terça-feira em Paris, atraindo especialistas, acadêmicos e líderes do setor de todo o mundo para discutir as últimas tendências e o futuro do setor de laticínios.
A cúpula de quatro dias se concentrará em questões importantes, como sustentabilidade, segurança alimentar e a atratividade do setor de laticínios.Destacando-se como a única empresa asiática no evento, o Yili Group da China apresentou uma ampla variedade de produtos lácteos, como leite líquido, leite em pó, iogurte, queijo e sorvete. Seus produtos inovadores chamaram a atenção.

Gilles Froment, o recém-eleito presidente da IDF e diretor da Associação Canadense de Produtos Lácteos, refletiu sobre sua primeira experiência na Cúpula Mundial de Laticínios em Paris, em 2002.

“Em comparação com mais de 20 anos atrás, a participação de hoje pode ser um recorde. Naquela época, pouquíssimas pessoas falavam sobre sustentabilidade ou sobre como conseguir a aceitação social da pecuária leiteira. Agora, esses tópicos se tornaram o foco de todas as conferências, refletindo as grandes mudanças pelas quais o setor passou nos últimos anos”, disse Froment em uma entrevista à Xinhua.
“Devemos enviar uma mensagem clara ao mundo: os laticínios não são um problema para o desenvolvimento sustentável, mas uma solução fundamental para lidar com as mudanças climáticas, a nutrição e as questões ambientais”, acrescentou.

Um dos eventos mais esperados da cúpula é o IDF Dairy Innovation Awards, programado para sexta-feira. A Yili recebeu quatro indicações, o maior número de indicações entre todas as empresas, sendo que duas delas se concentram em sustentabilidade e ecoinovação.

Froment elogiou as contribuições da Yili, destacando o impressionante progresso da empresa em sustentabilidade. “As empresas chinesas fizeram investimentos significativos em sustentabilidade e seu progresso tem sido notável”, disse ele.

Yun Zhanyou, membro do conselho da IDF e especialista da Yili, destacou o crescente reconhecimento global do setor de laticínios chinês. As vitórias anteriores da Yili na Cúpula Mundial de Laticínios de 2022 e 2023 por inovação destacam o progresso do setor.

“Estamos honrados por passarmos de aprendizes a participantes ativos e agora até mesmo nos tornarmos líderes na definição de padrões em determinadas áreas. Isso reflete o crescimento do setor de laticínios da China”, disse Yun. (Edairy News) 


Jogo Rápido

Maior fazenda leiteira da América Latina produz mais de 565.000 litros de leite por dia
A maior fazenda leiteira da América Latina possui 13.000 vacas leiteiras, que ficam a 150 metros da fábrica de transformação, produzindo mais de 565.000 litros de leite por dia: Conheça tudo sobre a ‘Estancias del Lago’. Você já imaginou uma “cidade do leite”? O Uruguai tem ganhado notoriedade no cenário agropecuário mundial, e um dos grandes responsáveis por isso é o impressionante complexo agroindustrial da Estancias del Lago, que abriga a maior fazenda leiteira da América Latina. Com uma produção diária superior a 565.000 litros de leite, essa fazenda representa um modelo de eficiência, inovação tecnológica e sustentabilidade que a coloca entre os maiores e mais modernos empreendimentos do setor na região Localizada no departamento de Durazno, no coração do Uruguai, a Estancias del Lago se destaca pelo tamanho e pela capacidade produtiva. Com 13.650 vacas leiteiras em um rebanho criteriosamente selecionado e manejado com o auxílio de tecnologias avançadas, a fazenda produz uma quantidade colossal de leite: 565.000 litros diariamente. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 16 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.244


GDT: estabilidade nos preços internacionais

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram comportamentos diferentes entre as categorias lácteas, com o preço médio ficando próximo da estabilidade, no 366º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 15/10. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.852/tonelada, como mostra o gráfico 1, com uma sutil diminuição de 0,3% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
As principais categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram tanto oscilações positivas como negativas.

Nesse cenário, a maior valorização ficou para a categoria do queijo cheddar, que obteve uma aumento de 4,2% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 4.702/tonelada. Por outro lado, também no grupo de queijos, a muçarela teve redução no seu preço, com retração de 8,2%, fechando com preço médio de US$4.559/tonelada

Em relação às quedas, o leite em pó desnatado apresentou baixa de 1,8% sendo negociado na média de US$ 2.745/tonelada, da mesma forma a categoria da manteiga obteve desvalorização de 0,3%, fechando na média de US$ 6.495/tonelada. Além disso, o leite em pó integral, que apresentou forte valorização no último leilão, apresentou estabilidade, sustentando a altas recentes, sendo negociado na média de US$ 3.553/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 15/10/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
No último leilão de outubro, o volume negociado apresentou leve aumento. Com um total de 38.956 toneladas sendo negociadas, um aumento de 0,3% em relação ao volume negociado no evento anterior, renovando o volume máximo dos últimos anos, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda no leilão, mesmo com o volume ofertado atingindo os níveis mais altos dos últimos anos, um dos principais destaques tem sido a expressiva retomada das compras pelo mercado do norte asiático, que vem aumentando significativamente seu volume de aquisições nos últimos eventos. Esse crescimento tem desempenhado um papel crucial em dar maior sustentação e estabilidade aos preços leilão GDT.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam um pequeno aumento nos preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais. Esse crescimento reflete não apenas uma valorização, mas também preços superiores aos praticados anteriormente para os contratos vencidos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3, essa tendência de alta se destaca ao observarmos a evolução histórica dos preços.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Entretanto, os preços mais elevados do mercado internacional, conforme evidenciado no leilão GDT, podem impactar nas relações comerciais para importações de lácteos pelo Brasil.
A menor diferença entre os preços do leilão GDT e os preços praticados para exportações da Argentina e do Uruguai faz com que outros países compradores aumentem seu abastecimento de produtos da Argentina e do Uruguai, reduzindo a disponibilidade para o Brasil.

Nesse sentido, segundo dados trimestrais do Instituto Nacional de La Leche (Inale), do Uruguai, o Brasil perdeu o posto para a Argélia de principal destino das exportações do Uruguai no 3º trimestre deste ano – pela primeira vez desde o 3º trimestre de 2022.

Nesse cenário, apesar de as negociações do Mercosul com o Brasil seguirem a preços superiores aos apresentados no leilão GDT – atualmente em cerca de USD4.000/tonelada para o leite em pó integral, enquanto o mesmo produto no GDT tem apresentado preço médio de USD3.553/ton – o acompanhamento do mercado internacional liga um alerta para os compradores brasileiros, que estão tendo que lidar com uma disponibilidade mais restrita do Mercosul neste momento. (Milkpoint)


Novo sistema ANVISA substitui os quatro cadastros utilizados e melhora a experiência dos usuários

Novo sistema substitui os quatro cadastros utilizados e melhora a experiência dos usuários 

Apresentamos o novo Cadastro Anvisa! Estamos falando de um sistema criado para integrar os quatro cadastros até então utilizados e entregar aos cidadãos mais qualidade e eficiência. Desenvolvido de acordo com as boas práticas adotadas no âmbito da administração pública federal, o Cadastro Anvisa aprimora e incrementa os mecanismos de acesso. Acesse aqui.Para se ter uma ideia dos avanços, no novo Cadastro ANVISA será possível adicionar, editar e revogar perfis e acessos por meio de uma só ferramenta, além de atribuir perfis em lote, realizar auditoria no sistema e pesquisar colaboradores e organizações por CNPJ ou CNES. Primeiros passos Quer realizar o cadastro na ANVISA? Autentique e valide a vinculação do responsável legal à organização a qual ele representa, por meio do Gov.Br. Feito isso, o responsável legal da organização, através do seu login junto ao Gov.Br, terá acesso aos perfis disponíveis no novo Cadastro Anvisa. 

O responsável legal pode cadastrar quantos gestores de cadastro a organização julgar necessários e esses, por sua vez, podem cadastrar os demais colaboradores da organização, desde que todos tenham previamente aberto sua conta no Gov.Br.  (Terra Viva)

Duas culturas podem fazer o RS colher safra recorde neste ano, projeta Conab

Estatal prevê que a produção gaúcha chegue a 38,35 milhões de toneladas, volume 3,3% maior do que o colhido na safra anterior

Duas culturas de verão poderão colocar o Rio Grande do Sul em um novo patamar da produção de grãos na safra 2024/2025: a soja e o arroz. É o que mostram as estimativas do primeiro levantamento do ciclo divulgado nesta terça-feira (15), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Até o momento, a produção gaúcha está prevista em 38,35 milhões de toneladas, volume 3,3% a mais do que na safra anterior. Se confirmado, será um novo recorde para o Estado. Deste total, 28,64 milhões de toneladas são estimados entre soja e arroz.

A área destinada ao plantio, por outro lado, está prevista em 10,48 milhões de hectares, uma elevação de 0,7%. Destes, 7,8 milhões de hectares são das duas culturas.

De acordo com Fabiano Vasconcellos, gerente de Acompanhamento de. Safras (Geasa), os números indicam uma recuperação em relação à safra passada, afetada pelo clima.

— A safra atual tem perspectiva de chuvas mais uniformes, com menos anomalias. Isso pode ter resultado significativo na slavouras de primeira safra no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná — acrescenta o técnico.

Considerando a safra em todo o Brasil, igualmente impactada pelo clima, a primeira estimativa da Conab aponta para uma produção nacional de 322,47 milhões de toneladas de grãos. O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/2024, também com um novo recorde. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares.

Produtores têm ponderado à coluna, no entanto, que as estimativas apresentadas podem não se concretizar diante da falta de solução com relação ao passivo de financiamento.

Só na soja, principal cultura do Estado, a Conab prevê uma produção de 20,34 milhões de toneladas, um aumento de 3,5% em relação à safra passada. A oleaginosa também deve ter um incremento de 1,1% na área cultivada, chegando a 6,84 milhões de hectares.

E o plantio começou na semana passada no Estado, segundo a Emater. (Zero Hora) 


Jogo Rápido

LEITE/OCEANIA: A produção de leite na Austrália, em agosto, aumentou 2,9% na comparação interanual
De acordo com a Dairy Australia, a produção de leite em agosto de 2024 foi de 682,4 milhões de litros, 2,9% acima de agosto de 2023. Na Austrália, algumas redes de supermercados responsáveis pela maioria das vendas de varejo, reduziram em 5 centavos o preço do leite com Marca da Distribuição (MDD). Os preços MDD não eram reduzidos desde 2011, quando algumas redes estabeleceram o valor de US$ 1 por litro. O porta-voz de um grupo de fazendeiros declarou que o preço do leite ao produtor atualmente está muito próximo do custo de produção e que a redução do preço ao consumidor representará uma pressão sobre o preço do leite na fazenda. Já o porta-voz de uma das redes de supermercados observou que o preço mais baixo pago aos produtores nesta temporada permitiu diminuir o preço do leite MDD em suas lojas.  (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 15 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.243


Faltam 20 dias para o final das inscrições do 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo

Vai entrando na reta final o prazo para as inscrições da 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Até o dia 01/11, podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024, e que tratem de seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. A premiação está dividida em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Não há limite de número de inscrições por profissional. 

Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha para cada trabalho. Ela deve ser enviada por e-mail para imprensasindilat@gmail.comAbrir numa nova janela, juntamente com cópia do Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. 

A divulgação dos finalistas está programada para o dia 29/11 e os vencedores serão revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Nesta edição de aniversário, a premiação também destacará o profissional mais premiado ao longo das dez edições. 

Regulamento e Ficha de inscrição aqui. 


GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT ADAPTADO PELO SINDILAT
                                     

Ingredientes lácteos | A ascensão do mercado de soro de leite: tecnologia e impacto na indústria de alimentos

Com o avanço das tecnologias e a crescente demanda por proteínas de alta qualidade, o mercado de soro de leite experimenta um crescimento expressivo, transformando o que antes era descartado em um produto com grande valor comercial.

O soro de leite, que por muitos anos foi visto apenas como um subproduto da fabricação de queijos, tem se consolidado como uma das matérias-primas mais valiosas da indústria alimentícia.

Com o avanço das tecnologias e a crescente demanda por proteínas de alta qualidade, o mercado de soro de leite experimenta um crescimento expressivo, transformando o que antes era descartado em um produto com grande valor comercial. Nesse contexto, é fundamental reconhecer seu potencial e entender que sua incorporação em alimentos não só agrega nutrientes, mas também melhora o valor nutricional dos alimentos.

Essa transformação está intimamente ligada ao desenvolvimento de tecnologias de separação por membranas, como microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração, que permitem a separação e concentração de componentes valiosos, como proteínas, lactose e minerais.

A ultrafiltração, por exemplo, é amplamente utilizada para a produção de WPC ou Concentrado Proteico de Soro de Leite, que concentra proteínas e retira compostos indesejados, como lactose e sais minerais. O WPI (Isolado Proteico de Soro de Leite) é ainda mais concentrado, com até 95% de proteína, sendo amplamente utilizado em produtos voltados para nutrição esportiva e suplementos alimentares.

Além da concentração de proteínas, a lactose presente no permeado do soro de leite também encontra diversas aplicações, desde a fabricação de prebióticos até o desenvolvimento de produtos nutracêuticos e farmacêuticos. Essas inovações tecnológicas não só possibilitaram o aumento do valor comercial do soro de leite, como também contribuíram para a sustentabilidade da indústria, reduzindo o desperdício e aproveitando ao máximo cada componente desse subproduto.

A ciência tem caminhado lado a lado com esse crescimento, contribuindo para a obtenção de produtos cada vez mais refinados e de alta qualidade. Pesquisas e estudos constantes permitem a criação de matérias-primas de alto valor agregado que servem como base para o desenvolvimento de outros produtos na indústria alimentícia, valorizando ainda mais o soro de leite e aumentando sua relevância em diversas aplicações.

A trajetória de crescimento do mercado de soro de leite é impressionante. Nos anos 1970, ele era frequentemente descartado de forma inadequada, causando impactos ambientais. Com o passar das décadas, seu valor foi reconhecido, e produtos como o WPC, WPI e soro desmineralizado começaram a ser comercializados globalmente. Atualmente, o mercado global de proteínas de soro de leite está em rápida expansão.

Projeções indicam que o valor do mercado crescerá de US$ 10,26 bilhões em 2021 para US$ 18,12 bilhões até 2029, impulsionado pela crescente demanda por proteínas de alta qualidade, tanto para alimentação humana quanto para outras indústrias, como nutrição animal, cosméticos e produtos farmacêuticos.

Esse crescimento do mercado é alimentado por vários fatores. A busca por uma alimentação mais saudável, com maior ingestão de proteínas, é um dos principais impulsionadores, especialmente no segmento de suplementos esportivos e fórmulas infantis. Além disso, o mercado está cada vez mais diversificado, com novas aplicações surgindo constantemente, desde produtos funcionais até ingredientes para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis.

Outro ponto relevante é a formalização da legislação relacionada ao soro de leite. No Brasil, a regulamentação é estabelecida pela Instrução Normativa MAPA nº 94, de 18 de setembro de 2020, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do Soro de Leite.

Esta normativa define os parâmetros que garantem a qualidade e a segurança do produto, incluindo critérios físico-químicos, microbiológicos, além das condições de armazenamento e transporte. O RTIQ estabelece os padrões exigidos para sua comercialização, tanto no mercado interno quanto no externo, contribuindo para a credibilidade e a expansão desse setor.

Com esses avanços e a crescente valorização do soro de leite, a indústria alimentícia encontra um aliado não só para aumentar sua eficiência produtiva, mas também para desenvolver novas soluções sustentáveis e inovadoras. O futuro deste mercado é promissor, e o potencial para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias baseadas nessa matéria-prima continua a crescer, reforçando sua importância e representatividade na indústria de alimentos. (Food Safety Brazil via Edairy News) 


Jogo Rápido

LEITE/EUROPA: A produção de leite na Europa Ocidental varia entre as regiões
A produção de leite na Europa Ocidental varia entre as regiões. Países como Alemanha e Irlanda apresentam produções sazonalmente menores, enquanto outros países como França e Reino Unido apresentam aumentos semanais na captação de leite. Contatos da Alemanha informam que a oferta de matéria gorda do leite está apertada, afetando, recentemente, os preços tanto da manteiga como dos queijos. Relatórios recentes indicam que as taxas de novos casos de língua azul estão diminuindo em toda a Europa. A Comissão Europeia divulgou o relatório semestral das Perspectivas de Curto-Prazo dos Mercados Agrícolas da UE no dia 08 de outubro, prevendo aumento de 0,5% na oferta de leite no ano de 2024, apesar da redução de 0,3% do rebanho leiteiro. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 14 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.242


Preços dos laticínios | Quarto trimestre deve melhorar a situação global dos laticínios, diz Rabobank

As condições climáticas adversas, a diminuição do número de vacas e os altos custos de produção prejudicaram a oferta global de produtos lácteos em 2024 e contribuíram para uma redução ano a ano na oferta de leite no primeiro semestre de 2024.

No entanto, com preços de ração mais acessíveis e inflação mais baixa para os insumos agrícolas, as margens estão melhorando, de acordo com o último relatório do Rabobank, analisado pela interprofissão de laticínios do Reino Unido. Para as principais regiões exportadoras, o Rabobank prevê uma melhora para o terceiro e quarto trimestres, resultando em um pequeno crescimento de 0,14% ao ano até 2024, seguido por um crescimento maior de 0,65% em 2025. 

Os preços globais no atacado têm melhorado à medida que o mercado reage à baixa oferta. De acordo com o Rabobank, as cotações estão começando a se refletir nos preços do leite nos EUA, que vêm caindo há mais de um ano. Espera-se que os preços mais altos do leite impulsionem algum crescimento, embora o custo e a disponibilidade de novilhas de reposição possam limitar esse crescimento.

Espera-se que a Oceania tenha um crescimento modesto no final de 2024 e 2025. Na Nova Zelândia, há um risco de eventos climáticos La Niña.

A produção tem sido mista na Europa e no Reino Unido. As condições climáticas difíceis e a ameaça do vírus da língua azul contribuíram para a redução da produção geral. A previsão é de que a Irlanda tenha uma redução de 5% em relação a 2023.

Enquanto isso, a Polônia aumentou mais de 4% em maio em relação ao ano anterior. Olhando para o futuro, preços de ração mais acessíveis e margens melhores podem incentivar mais oferta.

Enquanto a deflação dos preços de varejo continua em muitas regiões, a deflação do IPC de laticínios da UE está perdendo ritmo. Os preços recordes da manteiga e do creme podem criar resistência à demanda se os preços forem repassados ao consumidor muito rapidamente. (EDAIRY)


Ingredientes lácteos | A ascensão do mercado de soro de leite: tecnologia e impacto na indústria de alimentos

Com o avanço das tecnologias e a crescente demanda por proteínas de alta qualidade, o mercado de soro de leite experimenta um crescimento expressivo, transformando o que antes era descartado em um produto com grande valor comercial.

O soro de leite, que por muitos anos foi visto apenas como um subproduto da fabricação de queijos, tem se consolidado como uma das matérias-primas mais valiosas da indústria alimentícia.

Com o avanço das tecnologias e a crescente demanda por proteínas de alta qualidade, o mercado de soro de leite experimenta um crescimento expressivo, transformando o que antes era descartado em um produto com grande valor comercial. Nesse contexto, é fundamental reconhecer seu potencial e entender que sua incorporação em alimentos não só agrega nutrientes, mas também melhora o valor nutricional dos alimentos.

Essa transformação está intimamente ligada ao desenvolvimento de tecnologias de separação por membranas, como microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração, que permitem a separação e concentração de componentes valiosos, como proteínas, lactose e minerais.

A ultrafiltração, por exemplo, é amplamente utilizada para a produção de WPC ou Concentrado Proteico de Soro de Leite, que concentra proteínas e retira compostos indesejados, como lactose e sais minerais. O WPI (Isolado Proteico de Soro de Leite) é ainda mais concentrado, com até 95% de proteína, sendo amplamente utilizado em produtos voltados para nutrição esportiva e suplementos alimentares.

Além da concentração de proteínas, a lactose presente no permeado do soro de leite também encontra diversas aplicações, desde a fabricação de prebióticos até o desenvolvimento de produtos nutracêuticos e farmacêuticos. Essas inovações tecnológicas não só possibilitaram o aumento do valor comercial do soro de leite, como também contribuíram para a sustentabilidade da indústria, reduzindo o desperdício e aproveitando ao máximo cada componente desse subproduto.

A ciência tem caminhado lado a lado com esse crescimento, contribuindo para a obtenção de produtos cada vez mais refinados e de alta qualidade. Pesquisas e estudos constantes permitem a criação de matérias-primas de alto valor agregado que servem como base para o desenvolvimento de outros produtos na indústria alimentícia, valorizando ainda mais o soro de leite e aumentando sua relevância em diversas aplicações.

A trajetória de crescimento do mercado de soro de leite é impressionante. Nos anos 1970, ele era frequentemente descartado de forma inadequada, causando impactos ambientais. Com o passar das décadas, seu valor foi reconhecido, e produtos como o WPC, WPI e soro desmineralizado começaram a ser comercializados globalmente. Atualmente, o mercado global de proteínas de soro de leite está em rápida expansão.

Projeções indicam que o valor do mercado crescerá de US$ 10,26 bilhões em 2021 para US$ 18,12 bilhões até 2029, impulsionado pela crescente demanda por proteínas de alta qualidade, tanto para alimentação humana quanto para outras indústrias, como nutrição animal, cosméticos e produtos farmacêuticos.

Esse crescimento do mercado é alimentado por vários fatores. A busca por uma alimentação mais saudável, com maior ingestão de proteínas, é um dos principais impulsionadores, especialmente no segmento de suplementos esportivos e fórmulas infantis. Além disso, o mercado está cada vez mais diversificado, com novas aplicações surgindo constantemente, desde produtos funcionais até ingredientes para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis.

Outro ponto relevante é a formalização da legislação relacionada ao soro de leite. No Brasil, a regulamentação é estabelecida pela Instrução Normativa MAPA nº 94, de 18 de setembro de 2020, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do Soro de Leite.

Esta normativa define os parâmetros que garantem a qualidade e a segurança do produto, incluindo critérios físico-químicos, microbiológicos, além das condições de armazenamento e transporte. O RTIQ estabelece os padrões exigidos para sua comercialização, tanto no mercado interno quanto no externo, contribuindo para a credibilidade e a expansão desse setor.

Com esses avanços e a crescente valorização do soro de leite, a indústria alimentícia encontra um aliado não só para aumentar sua eficiência produtiva, mas também para desenvolver novas soluções sustentáveis e inovadoras. O futuro deste mercado é promissor, e o potencial para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias baseadas nessa matéria-prima continua a crescer, reforçando sua importância e representatividade na indústria de alimentos. (Food Safety Brazil via Edairy News) 

Live do IZ discute importância da ingestão de leite para o desenvolvimento de crianças e adolescentes

Visando a produção de leite de qualidade para alimentação humana, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Bovinos Leiteiros do IZ desenvolve pesquisas voltadas principalmente a qualidade do leite, manejo e bem-estar de bovinos leiteiros, nutrição e fitoterapia. O projeto “Caravana Giro do Leite”, idealizado pelo Centro, mantém um trailer itinerante com laboratório que realiza análises em tempo real de composição, contagem de células somáticas e também análise microbiológica para detecção de patógenos de mastit

O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizará no dia 16 de outubro, às 20h, a live “Leite e Saúde: Crescendo com Força”, no canal do Youtube da Caravana Giro do Leite. O evento, organizado pelo pesquisador do IZ Luiz Carlos Roma Júnior, com apoio das empresas Boehring Ingelheim, Plantar e Jussara, será destinado a produtores rurais, pesquisadores, estudantes e demais interessados.

Roma relata que o objetivo da live é discutir a importância da ingestão do leite para o desenvolvimento das crianças e adolescentes. “O leite é rico em lipídeos, carboidratos, proteínas de alta qualidade, sais minerais e vitaminas, e é fundamental para todas as fases de vida. Teremos a participação da nutricionista Luciana Sicca Pasquali Garcia, mestre pela USP, especialista em nutrição materno infantil, e da nutricionista Laura Martin Coletti, mestre em biotecnologia pela Unaerp, especialista em nutrição clínica. As especialistas irão discutir a importância da ingestão do leite e seu impacto na saúde de crianças e adolescentes”, explica o pesquisador. (terra viva)


Jogo Rápido

Releite – PL 3995/23 Institui o Regime Especial Tributário para Aquisição de Bens de Capital por Produtores de Leite
Projeto de Lei 3995/23, de autoria do Deputado  Henderson Pinto - MDB/PA  cria o Regime Especial Tributário para Aquisição de Bens de Capital por Produtores de Leite (Releite). Em 09/10 teve seu parecer aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural -CAPADR. O projeto irá beneficiar produtores e empresas com projetos aprovados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. O PL tramita em caráter conclusivo, ainda irá passar pelas Comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (TERRA VIVA) 

 
 

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Porto Alegre, 11 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.241


Marca portuguesa aposta no lançamento de um iogurte enriquecido com creatina

Se você pratica exercícios físicos, com certeza já conhece os efeitos da creatina. Essa substância, presente em pequenas quantidades nas carnes vermelhas e no peixe, é fundamental para quem busca aumentar a massa muscular magra e a força, além de facilitar uma recuperação mais rápida entre treinos intensos.

Pensando nisso, a marca portuguesa Premyer lançou uma novidade que promete transformar seu lanche: um iogurte com creatina. Com um sabor natural, perfeito para quem prefere gostos mais sutis, esse produto é rico em proteínas e oferece impressionantes seis gramas de creatina por porção.

Este iogurte é livre de glúten e lactose, sem açúcares adicionados, e, a cada 100 gramas, possui apenas 36 calorias, 6,1 gramas de proteína, 2,9 gramas de carboidratos e 2,2 gramas de açúcares. Além da versão natural, o produto também pode ser encontrado nos sabores de morango e manga com maracujá, tornando-o uma opção saborosa para qualquer paladar.

Ideal para ser consumido antes ou depois da atividade física, esse iogurte é especialmente recomendado para praticantes de esportes que exigem mais energia, como futebol, handebol, artes marciais e basquete. Além disso, a creatina ajuda a aumentar a potência do sprint e a capacidade de salto, reduzindo a fadiga ao diminuir a acumulação de ácido láctico. As informações são do NiT.


Tendências | Leite A2: O que é e como pode melhorar sua digestão

O leite A2 é obtido a partir de vacas selecionadas geneticamente e que contém apenas a variante A2 da proteína beta-caseína.

O leite A2 é uma nova tendência no mercado de laticínios no Brasil e vem levando inúmeros produtores rurais a investir em sua produção. Mas afinal, o que é leite A2?

O leite A2 é um leite produzido por uma vaca que contém apenas a variante A2 da proteína beta-caseína. Representando cerca de 30% do total de proteínas lácteas, a beta-caseína pode ter duas diferentes variantes, dependendo da genética do animal. São elas: β-caseína A1 e A2. O leite comercialmente disponível consiste frequentemente em uma mistura de variantes A1 e A2.

A liberação de BCM-7 durante a digestão da β-caseína A2 é mínima, considerada inexistente. Logo, estão apontados os benefícios do leite A2 para a saúde. O peptídeo BCM-7 é amplamente estudado na medicina, pois parece implicar diversos distúrbios clínicos, que incluem: doenças cardiovasculares, diabetes, além de autismo e esquizofrenia.

Assim, o leite A2 torna-se uma alternativa dietética, principalmente para indivíduos que reportam desconforto gastrointestinal por consumo de leite de vaca não associados à lactose.

E de onde vem a vaca A2?

A produção do leite A2 acontece por seleção genética e, para isto acontecer, a fazenda necessita realizar o mapeamento genético das vacas para identificar se são aptas a produzir este tipo de leite. Essas vacas devem ser separadas e inseminadas artificialmente com sêmen de bovinos também de genótipo A2A2.

De acordo com o pesquisador do Instituto de Zootecnia, Anibal Eugênio Vercesi Filho, betacaseína A2 pode aparecer em qualquer raça, mas predomina nas raças zebuínas como no Gir leiteiro, Sindi e Guzerá. “Usamos touros A2A2 e genotipamos as vacas, realizando a programação de acasalamento. A ideia é que todas as vacas, independentemente da raça, sejam produtoras de leite A2, com alta produtividade, vida produtiva longa e resistência à mastite”, afirma Vercesi. (Band via Edairy News)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1836 de 10 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

O estado nutricional do rebanho encontra-se dentro dos parâmetros normais, com sanidade e escore corporal adequados. Em diversas propriedades, foram implementadas práticas de sincronização e IATF, visando otimizar a reprodução. 

As atividades de manejo  incluem o monitoramento de partos, o desmame e a vacinação contra brucelose em terneiras de 3 a 8 meses. Além disso, a secagem das vacas tem sido realizada para preservar a saúde do úbere antes da próxima lactação, assegurando uma transição saudável e produtiva entre os ciclos de lactação. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Alegrete, os produtores relatam uma leve queda na produção. Em função da ocorrência de pouca chuva e da presença de radiação solar, as pastagens de inverno estão encerrando seu ciclo, resultando em perda de volume e qualidade da forragem verde na dieta das matrizes. 

Na de Erechim, as matrizes leiteiras estão em boas condições e apresentam aumento de produtividade, especialmente nos sistemas a pasto em pastagens perenes de verão, que foram favorecidas pelo clima ideal.

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite mantém-se estável, em parte, devido ao aumento no uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior disponibilidade de pastagens. 

Na de Passo Fundo, as condições gerais do rebanho refletem boas práticas de manejo e atenção à saúde animal. No entanto, há um aumento progressivo da população de mosca-dos-chifres, apesar das estratégias de manejo adotadas pelos produtores para o controle dessa praga.

Na de Pelotas, a elevada umidade do solo tem dificultado o preparo de novas pastagens e o plantio de milho para silagem, além de limitar o acesso de maquinários às propriedades. 

Na de Porto Alegre, o cenário sanitário exige atenção intensificada em decorrência do excesso de precipitações, que criam ambientes propícios ao aumento de contagens de células somáticas (CCS) e de bactérias totais (CBT), além de elevar a incidência de mastites. 

Na de Santa Rosa, as pastagens estão se desenvolvendo bem em função das chuvas regulares e dos dias ensolarados, que favoreceram a oferta de forragem, como azevém e pastagens perenes de verão. 

Na de Soledade, em razão do aumento das atividades de semeadura das pastagens anuais de verão, os produtores esperam melhorar a oferta de forragem nos próximos meses, que deve contribuir para a recuperação da atividade leiteira na região. (Emater/RS Adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Tempo firme retorna durante o fim de semana no RS
O clima nos próximos dias no Rio Grande do Sul será marcado pela instabilidade, seguido pelo retorno do tempo firme durante o fim de semana. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 41/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Sábado (12/10) e domingo (13/10): uma crista (área alongada de alta pressão) em médios níveis deverá se intensificar e conduzir um anticiclone migratório em superfície a avançar sobre o Rio Grande do Sul de maneira gradual, estabilizando o tempo em todo o estado, mantendo as temperaturas agradáveis no transcorrer do final de semana. Segunda-feira (14/10): a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir, porém com a elevação gradual das temperaturas na maioria das regiões, paralelo à intensificação dos ventos oceânicos do quadrante nordeste ao longo da faixa litorânea. Embora a tendência seja de estabilidade no decorrer do dia, haverá a possibilidade para a ocorrência de nevoeiro na Região Sul e parte da Região da Campanha. Terça-feira (15/10): um novo cavado em altos e médios níveis sobre o Rio da Prata deverá se expandir em direção ao estado, intensificando uma área de baixa pressão em superfície entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. No transcurso do dia, em função dessa configuração atmosférica, uma nova frente fria se formará associada a um novo ciclone extratropical. Nesse contexto, a tendência é para a ocorrência de precipitação variando de intensidade moderada a forte em todo o estado, principalmente sobre as regiões Central e parte das regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Missões. Apesar da mudança no tempo em relação ao dia anterior, as temperaturas deverão permanecer amenas durante todo o dia. Quarta-feira (16/10): uma nova crista em médios níveis se deslocará sobre a mesma região citada anteriormente, conduzindo o avanço de um anticiclone migratório em superfície sobre o estado, trazendo estabilidade no tempo e mantendo as temperaturas agradáveis. O prognóstico para a próxima semana indica chuvas de intensidade moderada na metade norte e variando de moderada a forte na metade sul do estado, onde as precipitações devem variar de 50 a 100 mm nas regiões Sul, Campanha e Região Central. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)

 
 

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Porto Alegre, 10 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.240


USDA destina fundos para fomentar inovação em fazendas e laticínios

O financiamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) destinado às Iniciativas de Inovação em Negócios de Lácteos está apoiando pequenas e médias empresas do setor e fornecendo um caminho para a expansão e diversificação de mercados, à medida que a indústria adota tecnologias inovadoras na produção de leite. 

Até o momento, a DBI (Dairy Business Innovation) investiu mais de US$ 64 milhões em mais de 600 projetos de laticínios para apoiar a resiliência da cadeia de suprimentos, estabelecer novos mercados e expandir o crescimento econômico em economias rurais, disse Tom Vilsack, secretário do USDA, em um comunicado divulgado na semana passada.

"O USDA está comprometido em ajudar a indústria de lácteos dos Estados Unidos a permanecer competitiva, enquanto trabalha arduamente para fornecer produtos lácteos necessários e nutritivos para comunidades em todo o país. Através da DBI, nosso objetivo é ajudar a indústria a acessar novos e melhores mercados, impulsionar a inovação e criar crescimento econômico", afirmou Vilsack.

A alocação deste ano será concedida de forma não competitiva para as quatro iniciativas atuais da DBI: na California State University, Fresno, na University of Tennessee, na Vermont Agency of Agriculture, Food & Markets, e na University of Wisconsin.

As iniciativas usarão o financiamento para oferecer assistência técnica e subsídios para produtores e empresas de laticínios em suas regiões. Esse suporte ajudará no desenvolvimento de planos de negócios, esforços de marketing e branding, além de expandir o acesso a novas técnicas de produção e processamento para avançar no desenvolvimento de produtos com valor agregado.

Ao longo da Califórnia, Oregon e Washington, a Pacific Coast Coalition usará US$ 690 mil em novos financiamentos para apoiar os produtores na exploração de usos de maior valor para o leite (por exemplo, queijos artesanais e produtos lácteos orgânicos). Para se manterem competitivos, a Coalizão também fornecerá treinamento empresarial para que os produtores possam expandir e diversificar sua renda e mercados.

Os US$ 3,45 milhões alocados para a University of Tennessee apoiarão produtores em 12 estados para adotarem práticas que melhorem os resultados financeiros e diversifiquem a cadeia de suprimentos de lácteos. As principais áreas de foco incluem segurança do produto, sustentabilidade agrícola e desenvolvimento de mão de obra – visando melhorar a produtividade e a competitividade no setor de laticínios do sudeste dos EUA.

No Nordeste, o Vermont Dairy Business Innovation Center alavancará US$ 3,45 milhões para expandir seu impacto na região. Desde agosto de 2024, a iniciativa forneceu US$ 31 milhões para 333 projetos, desde a modernização de fazendas até melhorias em eficiência energética, tudo projetado para fortalecer a resiliência e a eficiência operacional na indústria de lácteos da região. Os fundos também fortalecerão os esforços de sustentabilidade e produção da região.

No Centro-Oeste, a Wisconsin Dairy Business Innovation Alliance usará seus US$ 3,45 milhões para fornecer subsídios e assistência técnica a produtores e processadores de laticínios para expandir sua presença no mercado e fortalecer o desenvolvimento de produtos com valor agregado.
 
As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Brasil está pronto para assinar o acordo Mercosul-União Europeia, afirma ministro

Em evento com representantes de governo e lideranças empresariais, Rui Costa destacou que o país aguarda apenas a confirmação da Europa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (9) que o Brasil está preparado para assinar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Durante sua participação no Fórum Empresarial Itália-Brasil, em São Paulo, com representantes de governo e lideranças empresariais, o ministro destacou que o país aguarda apenas a confirmação da Europa para formalizar o acordo.

Sinergia entre Brasil e Itália
Rui Costa ressaltou a importância das relações entre o Brasil, a Itália e a Europa, apontando que as sinergias entre os países são amplas. “Estamos prontos. O presidente Lula já manifestou isso de forma enfática. Entendemos que todos os pontos mais relevantes foram superados”, declarou o ministro.

A abertura do fórum contou com a presença de importantes autoridades, como o vice primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores e de Cooperação Internacional da Itália, Antonio Tajani, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, e o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth.

Investimentos e descarbonização
Durante o evento, Rui Costa apresentou as oportunidades de investimentos no Brasil, destacando projetos de descarbonização e eletrificação da frota de ônibus, com apoio do Novo PAC.

Ele mencionou o desafio global da transição energética e a necessidade de investimentos. “Enquanto não temos escala de produção, os custos ainda são mais altos, como é o caso dos ônibus elétricos em comparação com os a combustão”, explicou o ministro.

Fundo Amazônia
O ministro também lembrou que o Brasil conta com o Fundo Amazônia e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que contribuem para o avanço de projetos sustentáveis no país, alinhados com as metas globais de combate às mudanças climáticas.

Rui Costa destacou as medidas institucionais implementadas pelo Governo Federal para modernizar o marco regulatório, especialmente na área de energia. Ele afirmou que as empresas italianas já reconhecem a segurança jurídica e econômica proporcionada por essas atualizações, o que oferece previsibilidade para os investidores.

Novas leis para PPPs
Além disso, o governo trabalha para aprovar no Congresso Nacional uma nova lei de parcerias público-privadas (PPPs) e um novo processo de licenciamento no país.

O ministro também mencionou os projetos na área de infraestrutura, como a Nova Indústria Brasil, que visa fortalecer a indústria nacional até 2033, e iniciativas no modal ferroviário para melhorar a integração do Brasil com os países do Mercosul.

Canal Rural

Primeiras ações já geram resultados na Rede Elite a Pasto

A adoção de novas tecnologias no manejo de pastagens e forragens começa a gerar novas oportunidades a produtores de leite em Júlio de Castilhos. Na quinta-feira (03/10), a propriedade de Gilson Mazarro, localizada no Rincão dos Pinheiros, foi o ponto de encontro para a realização de visita técnica, como parte de uma série de ações da Rede Elite a Pasto. Sob o tema "Novidades em Pastagens, Silagens, Bioinsumos e Manejo no Inverno", produtores e técnicos puderam avaliar, in loco, os primeiros resultados de práticas capazes de trazer novas perspectivas para a produção e utilização de forragem.

PRODUÇÃO DE FORRAGEM EM FOCO

O encontro, conduzido pelo engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar, teve como principal objetivo verificar o impacto das tecnologias implementadas e avaliadas na propriedade. Ele explica que as tecnologias aplicadas na propriedade visam atender a uma demanda levantada pelos produtores participantes do projeto, que sentem haver limitação de área para produzir forragem e alimento para os rebanhos. "Com isso, estamos trazendo técnicas que permitem aumentar a quantidade de forragem produzida por área, haja vista que existe limitação do aumento de área de produção de forragem e vacas não comem área, mas sim a forragem produzida", ressalta Ebert.

A primeira técnica avaliada foi o arranjo de sobressemeadura de inverno. Foram validadas duas gramíneas de inverno posicionadas para essa finalidade, a cevada BRS Korbel e o trigo X-Front, ambos consorciados a uma leguminosa e uma brássica: trevo vermelho e chicória forrageira. Para isso, foram firmadas parcerias com a Biotrigo Nutrição Animal, PGG W. Seeds e Embrapa Trigo. Esses consórcios foram comparados com um azevém tetraploide de última geração, amplamente utilizado na região. O corte e a estimativa de massa verde indicaram uma produção 80% maior de forragem em relação às gramíneas solteiras, dado que evidencia o potencial dessa tecnologia.

BIOINSUMOS E MANEJO EFICIENTE

Outro ponto de destaque da visita foi o uso de bioinsumos para melhorar a saúde do solo e a produtividade das forrageiras. Em parceria com a Inocular Soluções Agrícolas, foram aplicados os microorganismos Azospirillum brasiliense e Rizóbio, já consolidados por aumentar a atividade biológica do solo e promover o crescimento vegetal. Contando com a presença de Lucas Leal, representante da Inocular, os participantes discutiram os benefícios, o aumento da atividade biológica do solo, enraizamento e promoção de crescimento vegetal, como também a fixação biológica de nitrogênio, trazendo uma solução limpa, eficiente e de baixo custo para os produtores, com resultados em aumento da produção e da renda.

Também dentre as técnicas de manejo, o Pastoreio Rotatínuo passou a ser adotado em toda a área de pastagem de inverno na propriedade neste ano. O produtor Gilson Mazarro destacou que, com a área maior disponibilizada para pastejo por dia e a velocidade mais alta da rotação, em 2024 teve maior disponibilidade de pasto em comparação com invernos anteriores, permitindo trabalhar com menos fornecimento de silagem no cocho, mesmo considerando as adversidades climáticas deste outono/inverno.

SILAGENS DE INVERNO MAIS PRODUTIVAS

Além das pastagens, o projeto também trouxe inovações na produção de silagens. Foram testadas as variedades de triticale BRS Zênite e IPR Goitacá, além do novo trigo silageiro Energix 204. Essas novas opções demonstraram um aumento de até 23% em matéria seca por hectare, superando a aveia branca tradicionalmente utilizada. "Os ganhos não estão apenas na quantidade, essas novas opções de cereais de inverno alcançam uma forragem diferenciada em qualidade, tanto pela maior sanidade dos cultivos quanto pela maior presença de folhas e grãos, que resultam em silagens de maior valor nutricional e conversão em leite", afirmou Ebert.

PRÓXIMOS PASSOS

A visita técnica faz parte da programação da I Jornada Técnica de Primavera da Rede Elite a Pasto, que ainda terá atividades nos dias 10 e 17 de outubro. "Essas ações apresentam novas tecnologias e práticas para os produtores, sempre com foco na aplicação de conhecimentos científicos e no aumento da eficiência das propriedades leiteiras", finaliza Ebert.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido

Balde Branco 60 anos
“Falando da Balde Branco, a gente a confunde com a evolução da produção de leite no Brasil, já que nesses 60 anos saímos de um país importador de lácteos para, em alguns momentos, sermos exportadores de alguns produtos lácteos, passando pelas instruções normativas, a questão da coleta granelizada do leite, que foi um grande avanço. Atualmente a revista continua trazendo os indicadores do nosso setor, opiniões de especialistas, reportagens especiais, que nos trazem essas inovações que estão acontecendo na atividade leiteira. A revista Balde Branco faz parte do nosso dia-a-dia com informações e opiniões do que está acontecendo no setor e esperamos que tenha vida longa e nos traga sempre boas informações e boas reportagens, como tem sido nesses últimos 60 anos.” A fala é de Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindicato das Indústria de Lácteos do RS (SINDILAT/RS), em comemoração aos 60 anos da revista. Confira o depoimento em vídeo clicando aqui. (Balde Branco)

 
 

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Porto Alegre, 09 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.239


Devemos oportunizar ou suprimir a seleção de pasto?

Há um antigo dilema no manejo de pastagens sobre a questão da seletividade. Por um lado, se argumenta que é mais vantajoso oportunizar condições para que os animais selecionem pasto; por outro, que é mais eficiente proporcionar acesso a pastagens homogêneas e evitar seleção. E, ainda, há quem considere a seletividade algo a ser evitado e defenda ser melhor aplicar técnicas que visem tornar os animais mais vorazes para suprimi-la.

Em um estudo recente realizado por professores da Facultad de Agronomía, Universidad de la Republica, no Uruguai, Menegazzi et. al, 2021, trouxeram resultados interessantes sobre o tema. O estudo avaliou o efeito de 3 alturas residuais em pastagens de festuca, representando altura residual baixa, média e alta: No outono-inverno, 6, 9 e 12 cm, respectivamente e, na primavera, 9, 12 e 15 cm. A altura de entrada na pastagem foi a mesma em todos os tratamentos e era definida pelo número de folhas da pastagem (3 folhas) e altura (18-20 cm). O experimento foi conduzido na Estação Experimental “Dr. Mario A. Cassinoni”, em Paysandú, com vacas holandesas em pastejo, durante outono-inverno e primavera. Na primavera, onde ocorreram as medições, não houve suplementação volumosa ou concentrada, para isolar o efeito do manejo do pasto. 

Pastejo mais intenso, menor consumo

Dentre os resultados, o consumo de matéria seca (MS) de pasto foi menor na menor altura residual (14,8 kg) enquanto nas alturas residuais média e alta, não houve diferença significativa em consumo de MS de pasto (ambos na faixa de 18 kg kg). Ou seja, quando forçados a rebaixar mais intensamente o pasto, o consumo de MS por animal foi prejudicado, em comparação aos rebaixamentos menores.

Mesmo consumo de pasto, mas produtividades diferentes

Mesmo com o consumo de MS similar entre os residuais alto e médio houve diferenças em produção de leite: na altura residual mais alta, as vacas produziram mais leite (quase 19 L/vaca/dia) do que na altura média (cerca de 16 L/vaca/dia). 

Isso foi explicado pelo fato de que, com a altura residual mais alta, os animais tiveram mais oportunidade de selecionar pasto de maior qualidade, o que resultou em maior qualidade do pasto consumido e, consequentemente, maior conversão de matéria seca de pasto em produção de leite. 

Note que, a produtividade alcançada no tratamento de maior intensidade (menor altura residual) foi de 13 L/vaca/dia, onde o consumo de MS também foi menor. 

Maior seleção, maior produtividade

Com a diferença em produtividade mesmo quando o consumo de MS do pasto é igual, esse estudo reforça a tese de que quando as vacas podem selecionar o pasto que consomem, ingerem mais nutrientes e, com isso, produzem mais individualmente. Foi o que ocorreu quando o rebaixamento do pasto era menor, deixando mais sobra de pasto, no que é chamado por eles de "manejo laxo".

Avaliando também outros critérios discutidos no artigo, como frequência e duração das refeições de pastejo e períodos de ruminação, tempo diário de pastejo e ruminação, e além de ingestão de matéria seca e produção de leite, os cientistas ressaltaram que "o manejo “laxo” resultou em uma maior ingestão de nutrientes digestíveis e, portanto, maior produção de leite, alcançada por meio de adaptações comportamentais ao longo do processo de pastejo expressando maior seletividade.”

A implicação prática disso é que, ao trabalhar com residuais de pasto mais altos, que oportunizam a seleção, se eleva a produção individual dos animais em sistemas a pasto.
Referência

Menegazzi G, Giles PY, Oborsky M, Fast O, Mattiauda DA, Genro TCM and Chilibroste P (2021) Effect of Post-grazing Sward Height on Ingestive Behavior, Dry Matter Intake, and Milk Production of Holstein Dairy Cows. Front. Anim. Sci. 2:742685. doi: 10.3389/fanim.2021.74268


A crise econômica da Argentina afeta a produção de laticínios

De acordo com um relatório do USDA, o setor de laticínios da Argentina está enfrentando desafios significativos este ano, causados pela crise econômica do país.A combinação de inflação nos insumos domésticos e controles cambiais instituídos pelo governo, incluindo restrições à saída de capital e controles sobre pagamentos de dívidas externas, está afetando a produção de leite, a competitividade das exportações e o consumo doméstico.A Argentina está passando por uma crise econômica caracterizada por recessão, diminuição do poder de compra e aumento dos custos de bens essenciais. Os produtores de leite locais dependem muito dos insumos produzidos internamente, incluindo ração, maquinário e combustível.A política de remoção de subsídios de várias categorias, especialmente de eletricidade, significa que o custo da energia aumentou mais rápido do que a inflação e mais rápido do que o preço do leite, tornando os produtos lácteos mais caros. Esse cenário econômico levou à diminuição das vendas de produtos lácteos e ao aumento dos custos de produção.

Por outro lado, a situação é ainda mais exacerbada pelos efeitos duradouros da seca do ano passado, que se estendeu até 2024. Da mesma forma, os custos de produção, principalmente concentrados de ração, milho e derivados de soja, foram particularmente caros em termos de poder de compra do leite durante grande parte de 2021 e 2022. Da mesma forma, as secas globais e o conflito entre a Ucrânia e a Rússia levaram a um aumento acentuado nos preços dos grãos nos últimos dois anos.

Em 2023, os produtores de leite sustentaram a produção mantendo e aumentando os suplementos do rebanho para compensar a disponibilidade reduzida de pastagens. No entanto, essa decisão complicou ainda mais sua situação financeira, resultando em um ônus financeiro para o segundo semestre de 2023 e mudanças constantes no poder de compra de ração.

Desvalorização da moeda para promover as exportações
Para promover as exportações, a Argentina facilitou a desvalorização da moeda para tornar os produtos lácteos mais competitivos no mercado global. Um peso mais fraco se traduz em preços mais baixos para os compradores estrangeiros.

As taxas de câmbio e a inflação eram tão desvantajosas para os produtores nacionais que geraram uma incerteza significativa sobre se os comerciantes ficariam com os estoques ou se haveria uma corrida para obter moeda estrangeira, principalmente em dólares americanos.

Como resultado da desvalorização, os volumes de exportação de laticínios aumentaram 10% nos primeiros 5 meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Em especial, as exportações de queijo devem aumentar de 85.000 toneladas em 2023 para 100.000 toneladas em 2024.

No entanto, internamente, a situação econômica continua desafiadora. O aumento nos custos de produção levou a preços mais altos para os produtos lácteos no mercado interno. Com a inflação corroendo o poder de compra do consumidor, muitas famílias estão lutando para comprar produtos alimentícios básicos, levando a um declínio no consumo doméstico previsto.

A previsão é de que o consumo doméstico de leite fluido caia para 1,6 milhão de toneladas em 2024, 7% abaixo de 2023. A queda no consumo de todos os produtos lácteos representa um desafio significativo para o setor. Os produtores precisam escolher entre focar nos mercados de exportação mais lucrativos ou continuar atendendo ao mercado doméstico cada vez mais sensível a preços.

Redução recorrente na produção de leite
De acordo com o relatório de novembro de 2023 do USDA, 2022 terminou com uma produção total de 11.557.000 t, 0,04% maior que a de 2021. Devido à grave seca, o relatório prevê uma ligeira diminuição na produção de laticínios, estimando um declínio de aproximadamente 1% para 11.441.000 t em volume até o final de 2023 em comparação com 2022.

De janeiro a junho de 2024, a produção de leite da Argentina caiu 13% em comparação com o mesmo período de 2023. Em 2023, a produção de leite totalizou 11,7 milhões de toneladas, mas a previsão é que esse número caia 7% para 10,8 milhões de toneladas em 2024.

Esse declínio reflete desafios macroeconômicos significativos, principalmente a desvalorização do peso e as altas taxas de inflação, exacerbando os custos de produção já elevados.

As margens dos produtores sofreram uma pressão substancial devido à desvalorização da moeda, que aumentou o custo da ração e dos insumos importados para os produtores. Além disso, a redução do tamanho dos rebanhos e a menor disponibilidade de ração aprofundam ainda mais a queda na produção.

A queda consistente na produção de leite nos últimos cinco anos destaca a luta do setor para manter os níveis de produção em meio ao aumento dos custos e à instabilidade econômica.

Iniciativas governamentais para impulsionar o setor de laticínios
O governo argentino introduziu várias medidas para apoiar o setor de laticínios em resposta aos desafios atuais. Em dezembro de 2023, o governo reabriu os registros de exportação agrícola como parte de uma estratégia mais ampla para impulsionar as exportações e gerar receita em moeda estrangeira.

No mesmo mês, o governo também introduziu uma taxa de câmbio “mista” para as exportações agrícolas, que combinava a taxa de câmbio oficial com uma taxa de câmbio local não oficial. Essa abordagem proporcionou uma taxa mais favorável para os exportadores, aumentando sua competitividade nos mercados internacionais.

No entanto, embora essas medidas de apoio às exportações de produtos lácteos tenham trazido muitos benefícios, as medidas destinadas a ajudar a combater a inflação foram mistas. Os consumidores argentinos ainda estão enfrentando taxas de inflação anuais de quase 300% para alimentos e bebidas não alcoólicas, incluindo o leite, e espera-se que a tendência continue, limitando o crescimento da demanda doméstica de laticínios.

Tabela 1 – Resumo da produção de leite de vaca dos principais exportadores (milhões de toneladas)

Para apoiar ainda mais o setor de laticínios, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina anunciou o decreto 506/2023 (em espanhol) em 4 de outubro de 2023, que suspende as tarifas de exportação de produtos lácteos e derivados até 31 de dezembro de 2023.

O secretário Juan José Bahillo enfatizou o “compromisso do governo de apoiar os produtores diante da queda dos preços internacionais” e afirmou que “essa decisão permitirá que eles melhorem seus níveis de renda”.

A iniciativa inclui produtos como leite em pó, diferentes tipos de leite, iogurte, soro de leite, manteiga, queijo, lactose, doce de leite e sorvete. O Secretário enfatizou a importância desse decreto para produtos como o leite em pó integral, que é o principal produto de exportação da Argentina e uma referência para os preços do leite cru.

Em 1º de julho de 2024, o governo adotou o Decreto 557/2024, prorrogando as medidas atuais até 30 de junho de 2025. E, finalmente, em 6 de agosto de 2024, o governo publicou o Decreto 697/2024, prorrogando permanentemente a suspensão das tarifas de exportação de todos os produtos lácteos.

A política visa aumentar a produção e o processamento de leite e estimular o investimento no setor de laticínios, o que também fortaleceria ainda mais a presença dos produtos lácteos do país nos mercados internacionais para aumentar as receitas de exportação.  Dairy Global via Edairy News

Portaria Interministerial MDA/MDS/MAPA Nº 5, de 30 de agosto de 2024, publicada no DOU no dia 02/09/2024

Art. 1º Fica instituída a Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, com o objetivo de fomentar a produção leiteira, por meio de ações e estratégias para aumentar a produtividade, a qualidade, a industrialização e o consumo de leite, promovendo o aumento da competitividade , da renda, do bem estar socioeconômico de seus produtores e viabilizando a permanência no campo e a sucessão rural. Acesse aqui a Portaria Interministerial MDA/MDS/MAPA Nº 5 na íntegra. (Elaboração: Terra Viva)


Jogo Rápido

Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo vão até 01/11
Seguem abertas até o dia 01/11 as inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Nesta edição de aniversário, a premiação vai destacar o profissional mais premiado ao longo das dez edições. Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Os trabalhos precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e não há limite de número de inscrições por candidato. A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29/11 e os vencedores revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT/RS)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.238


Mapa lança aplicativo pioneiro para agilizar análises laboratoriais no setor agropecuário

O aplicativo significa um avanço para registros de coleta e de rastreabilidade de amostras, acessível por fiscais do MAPA e credenciados. Entretanto, ainda não resolve o maior desafio, que é o controle e estatística da qualidade e representatividade da amostragem, especialmente para qualidade do leite. 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e da Subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI), lançou o Mapa LABs, aplicativo único para coleta de amostras e envio de resultados de análises laboratoriais. Esta é a primeira solução tecnológica da Plataforma de Serviços Integrados da Defesa Agropecuária (PSDA) e tem como objetivo integrar informações e conferir maior celeridade de processos para os diferentes entes envolvidos. 

A operação do aplicativo irá iniciar pelo monitoramento oficial e privado de patógenos previsto no Programa Nacional de Controle de Patógenos, reunindo resultados obtidos pelas coletas oficiais do MAPA e pelo setor produtivo no seu controle de qualidade, em atendimento ao previsto na Instruções Normativa SDA/MAPA nº 20, de 2016 e Instrução Normativa SDA/MAPA nº 60, de 2018. Acesse aqui. (Terra Viva)


CONSELEITE MINAS GERAIS - RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE SETEMBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Outubro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Co-op abre suas portas para Wuhan

A Fonterra abriu seu sexto centro de aplicação na China para atender à crescente demanda por ofertas de serviços de alimentação.

Com sede em Wuhan, o novo centro de aplicação aproximará a cooperativa do mercado local e permitirá o rápido lançamento de aplicações de produtos inovadores em resposta às tendências de mercado e às necessidades dos clientes locais.

A cooperativa afirma que os centros de aplicação desempenham um papel fundamental na promoção da inovação e na adaptação das ofertas de serviços de alimentação da Fonterra aos gostos, cultura e tendências da área em que estão localizados.

Falando na cerimônia de inauguração do centro neste mês, Teh-han Chow, presidente-executivo da Fonterra Greater China, disse que Wuhan é conhecida por sua localização estratégica como uma porta de entrada para o coração da China e apresenta oportunidades para desenvolvimento de alta qualidade.

"Wuhan, como uma fortaleza estratégica para a ascensão da China central e uma nova cidade de primeira linha, vem desenvolvendo ativamente indústrias-chave como bebidas, chá premium e laticínios nos últimos anos. Tornou-se um ícone culinário na China central com forte impulso de consumo gastronômico.

"Nosso centro de aplicação em Wuhan visa não apenas atender à forte demanda na China central, mas também apoiar o desenvolvimento da indústria de laticínios local e expandir sua influência no mercado nacional."

A instalação recém-inaugurada fornecerá uma plataforma para explorar o uso dos produtos lácteos da Fonterra em vários canais de foodservice. Outros centros de aplicação da Fonterra na China estão em Pequim, Xangai, Guangzhou, Chengdu e Shenzhen.

O centro de aplicação de Wuhan é equipado com instalações modernas, projetadas para visitas de clientes e demonstrações em larga escala. Uma equipe de especialistas técnicos e chefs da Fonterra está sediada neste centro de aplicação. Eles ajudarão a cocriar diversos cenários de aplicação e fornecerão experiência interativa para clientes por meio de seminários de desenvolvimento de produtos, demonstrações e ensinamentos virtuais ao vivo.

No início deste mês, a Fonterra anunciou que investiria US$ 150 milhões para construir uma nova fábrica de creme UHT em sua unidade de Edendale, em Southland.

O investimento faz parte da estratégia da cooperativa de aumentar ainda mais o valor expandindo seus negócios de Foodservice na Ásia e aumentando a capacidade de produção de produtos de alto valor. (Dairy News)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito CLICANDO AQUI. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.