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Porto Alegre, 20 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.982

   Produção/AR

 
A produção total de leite alcançou 10.527 milhões de litros em 2018, o que representou crescimento de 4,2% em relação a 2017. No mês de abril de 2019 a produção foi de 736,0 milhões de litros de leite, o que representa queda de 1,2% em relação ao mês anterior e de 5% na comparação com igual mês de 2018.
 
O acumulado nos primeiros quatro meses de 2019 registra redução de 7,5% quando comparado com o mesmo período do ano passado. A média móvel dos últimos 12 meses mostra decréscimo interanual de 0,8%.
 
Historicamente a produção alcança seu pico mínimo no mês de abril, mas, pelos dados apresentados aqui, esse mínimo foi alcançado em fevereiro, havendo, a partir de então crescimento. Mantendo-se as condições atuais de melhores preços, e padrões meteorológicos normais, é possível que a queda dos primeiros quatro seja neutralizada, e o volume da produção de 2019 fique similar ao de 2018 com variação de (+/- 1,0%). (OCLA – Tradução livre: Terra Viva)
 
                 
 
"Mercado e consumo são chaves para o futuro do setor leiteiro", diz especialista argentino
 
Segundo o Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (Ocla) o setor conseguiu recuperar valor, atingindo um saldo positivo. Esta não é uma questão pouco relevante, uma vez que isso não acontecia desde novembro de 2017.
 
Miguel Taverna, referência do setor leiteiro da Argentina que trabalha no Inta Rafaela, falou durante o 10º Dia Nacional das Forragens Preservadas - que ocorreu em Manfredi - sobre aspectos importantes para o futuro da cadeia, que até agora praticamente passaram despercebidos pela guerra de preços e pelos ruídos históricos que periodicamente existem na relação entre produção e indústria.
 
Segundo o profissional, é preciso olhar para os mercados e tendências de consumo de alimentos para imaginar possíveis cenários futuros. E nesse cenário aparecem oportunidades e ameaças.
 
Em primeiro lugar, o positivo é que a projeção do aumento do poder de compra em países superpovoados, como a China, posiciona o leite como alimento proteico de qualidade. Mas algumas questões também jogam contra ele, como a cultura vegana, e há também uma maior competição por substitutos de produtos lácteos tradicionais, como leite, iogurte ou queijo.
 
"Quando se trata de produtos alimentícios do ponto de vista global, as expectativas são boas. A demanda é explicada principalmente pelo crescimento populacional e pelo aumento da renda per capita de muitos países. Quando isso aumenta, o primeiro efeito é consumir proteínas de qualidade e o leite aparece rapidamente. Há uma oportunidade significativa", comentou. Da mesma forma, para o especialista é necessário considerar outros aspectos, como a evolução dos preços internacionais.
 
"Uma questão é a volatilidade dos preços. Há muitos elementos que marcam esse comportamento e tudo indica que continuará da mesma forma pelo menos nos próximos anos. É um ponto relevante porque afeta os preços domésticos. Temos que ter em mente que esses preços excelentes ou muito bons em um momento, mas que depois podem cair, faz parte da realidade setorial, que tem maior peso com o setor leiteiro argentino exportando”.
 
Mercado
Ele refletiu particularmente sobre mudanças na demanda mundial por alimentos e no impacto sobre os laticínios.
 
"Temos que pensar no futuro dos mercados e do consumidor. Nesse cenário, os produtos substitutos aparecem com muita força. Há uma grande ameaça para produções como o leite, já que são indústrias muito mais organizadas e poderosas do ponto de vista da comunicação. É provável que em uma gôndola encontremos 5 ou 6 opções alternativas para uma caixa de leite, iogurte ou queijo. Também temos que ficar de olho em como os hábitos alimentares estão evoluindo em certos produtos, como o veganismo, que está muito presente na nova geração de consumidores”.
 
A esse respeito, ressaltou que as empresas que promovem esses produtos "são muito agressivas na comunicação. Não apenas tentam valorizar e destacar os atributos de seus produtos, mas também se encarregam de desacreditar outros. Aí eles 'batem sem dó', muitas vezes com argumentos científicos não validados, mas as pessoas não precisam necessariamente saber qual é o contexto de tudo isso”.
 
Por essa razão, ele acrescentou: "é uma questão muito complexa e difícil de superar, especialmente em países como o nosso, onde não temos comunicação adequada com o consumidor".
 
Produção
Taverna também analisou a evolução da produção de leite na Argentina.
"A produção está tendo dificuldades para se recuperar. Quando mostrou certa tendência, surgiram eventos climáticos que estão atingindo fortemente algumas regiões, como Córdoba primeiro e Santa Fé depois. Isso mostra que 'aquela pequena luz' que estava a favor do aumento vai diminuindo. A recuperação no segundo semestre dependerá das condições climáticas e sua influência no bem-estar dos animais. Mas na melhor das hipóteses, acho que será um ano parecido com o anterior, apesar do que vem acontecendo com os preços. Lamentavelmente, é muito difícil aumentar o volume porque, se isso fosse dado por um bom preço, permitiria aos produtores que aumentassem seu faturamento, algo muito necessário neste momento".
 
Nesse contexto e diante da demanda de exportação, os preços devem continuar em território positivo. "Na medida em que o preço internacional continua nesses valores e o dólar acompanha a inflação, a exportação será importante e por causa da competição entre as empresas espera-se que o preço permaneça relativamente bom", finalizou. (As informações são do Puntal Villa María, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Artigo - Seu pasto fala com você e tem demandas que devem ser bem interpretadas
 
Já parou para pensar que entender não só as necessidades ou demandas dos animais, mas também do pasto, pode ser a chave para aumentar os lucros do seu sistema de produção? É natural que as pessoas se preocupem diretamente com o que remunera a atividade (leite ou carne). Agora, imagine um sistema de produção a pasto como se fosse uma pirâmide cuja base será o solo. Acima dessa base virão as plantas, que precisam ser adaptadas ao clima e ao solo da região. Elas devem crescer para garantir alimento para a última parte da pirâmide que são os animais. Desta forma, é fácil imaginar que, para conseguir produção satisfatória de carne ou leite a pasto, é preciso que toda a pirâmide funcione bem. O pasto é dinâmico e pode assumir diferentes condições que estarão vinculadas à forma e à intensidade de crescimento. Assim, que componente está acumulando em seu pasto? Folhas, colmos, material morto? Isto é importante, uma vez que irá influenciar em como, quanto e o que os animais consumirão, de forma a impactar (positiva ou negativamente) no ganho de peso ou produção de leite. Muitas vezes nos preocupamos com a falta de pasto, mas se o pasto cresce rápido, o produtor pode notar dificuldade do gado em rebaixá-lo e então optar por roçar, o que impacta negativamente no tempo de uso do pasto. Nestas situações (na falta ou excesso de pasto) não adianta culpar o capim pelo baixo desempenho animal. É preciso sim gerenciar melhor a colheita da forragem produzida via manejo. Entende como o pasto fala com você, e como é importante aprender a interpretar o que ele quer dizer? Observar mais o comportamento de plantas e animais e tomar decisões no devido tempo é importante. Cabe então ao manejador do pasto: 1) Não deixar o pasto crescer demais – pasto muito alto produz mais colmo e material morto, o que dificulta aos animais consumirem folhas, que é o componente mais nutritivo, para se manter e para produzir carne ou leite; 2) Não deixar o pasto baixo demais – pois as plantas rebrotam lentamente e o gado não come de boca cheia. É importante controlar o pasto para produzir mais produto animal. Uma forma prática de se gerenciar a colheita do pasto é utilizar as recomendações de altura de pastejo. A altura é um elo entre o ambiente, a planta e os animais, ou seja, entre partes integrantes da pirâmide de produção. Logo, traduz a linguagem com que o pasto e os animais em pastejo falam conosco, facilitando a interpretação e a tomada de decisões de manejo. (Cristina Genro e Márcia Silveira, pesquisadoras da Embrapa Pecuária Sul/Correio do Povo)
 
Uruguai x China
O Instituto Nacional do Leite do Uruguai (INALE) recebeu a visita da Associação das Indústrias de Laticínios da China. A delegação reuniu as principais indústrias de lácteos chinesa. O presidente do INALE, Veterinário Ricardo de Izaguirre e o Diretor Geral do Instituto, Gabriel Bagnato, receberam a delegação. A economista Mercedes Baraibar fez uma palestra sobre o setor lácteo do Uruguai. Depois foi aberto espaço para intercâmbio sobre o setor lácteo do Uruguai, sua história, a parte institucional, os principais atores, entre outros temas. Como resultado, a Vice-presidente e Secretária Geral da Associação chinesa, Liu Meiju, convidou o INALE a participar da Conferência Anual da Associação que será realizada em setembro deste ano. Ambas as entidades se comprometeram a seguir trabalhando juntos para que o setor e os produtos lácteos do Uruguai sejam cada vez mais conhecidos na China. (INALE – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 17 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.981

   Produção/Uruguai 

O abate de vacas de leite voltou a subir em abril, alcançando o maior volume mensal em quase um ano e meio, e estabelecendo um recorde nos últimos doze meses móveis.

Em abril totalizou 8.451 cabeças, 19% a mais que as 7.097 cabeças de março, e 16% a mais que as 7.264 de abril de 2018. Esses são os dados liberados pelo Instituto Nacional de Carnes Uruguai (INAC).
 
Nos últimos doze meses, encerrados em abril, o número de vacas enviadas para abate alcançou 84.137 cabeças, o maior dado, desde que começaram a ser feitos os registros, em 2010. Confirma assim, uma tendência ascendente iniciada no começo de 2017.
 
De janeiro a abril deste ano, foram 28.917 vacas de leite para o abate, um salto de 16% em relação às 24.829 cabeças industrializadas em igual período de 2018. (Blasyna y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)
 
                 
 
Um futuro sem vacina contra aftosa

O debate sobre a retirada da vacina contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul chega hoje ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, em meio à programação da 42ª Expoleite e 15ª Fenasul. Evento organizado pela Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) se propõe a avaliar o futuro da pecuária gaúcha em um cenário de fim da imunização. Técnicos serão ouvidos e a ideia é que a própria entidade possa ter definição sobre o tema.

- Queremos agora ouvir o debate. E a partir daí, tirar uma posição - explica Leonardo Lamachia, presidente da Febrac.

De um lado, estarão argumentos sobre o que o RS pode ganhar com a retirada.

- É muito mais do que progredir de status sanitário. É retirar um obstáculo ao empreendedorismo - avalia Bernardo Todeschini, superintendente do Ministério da Agricultura no RS e um dos palestrantes.

Segundo ele, hoje, dos 12 maiores importadores de carne bovina do mundo, boa parte é livre da doença sem vacinação, o que pode fazer com tenham determinadas condições de ingresso em seus territórios:

- E disso resulta uma limitação de acesso absoluto e de acesso qualitativo.

Mais cauteloso, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, assessor técnico da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), pondera que a auditoria do ministério - a solicitação formal já foi feita pela Secretaria da Agricultura para a segunda quinzena de julho - é fundamental para a definição de rumos em relação ao tema no Estado.

- É preciso ter a auditoria, a sustentação financeira de que o Estado vai dar total apoio às medidas futuras necessárias e a decisão política para a retirada. Não é questão de quando, é questão de como - afirma Pitta Pinheiro.

O debate sobre o tema vai ganhar em breve, também, espaço na Assembleia Legislativa. Foi aprovado ontem pedido do deputado Rodrigo Lorenzoni (DEM) para audiência pública, em data ainda a ser definida. (Zero Hora)

 
 

Lácteos/AR

Produtos em falta no mercado local. O ajuste de preços do leite pago ao produtor – pela escassez registrada nos últimos meses – foi transferido diretamente para a gôndola.

No último ano, segundo os últimos dados publicados pelo Instituto de pesquisas de preços da Argentina, (INDEC), a “cesta de produtos lácteos” apresentou uma inflação interanual de 82,1%, contra 64,7% do aumento médio para os alimentos e bebidas não alcoólicas no comércio e supermercados da Cidade de Buenos Aires. As variações registradas foram: queijo cremoso (+88,6%); queijo patê-grass (+87,2%); queijo sardo (+83,8%); manteiga (+79,2%); e leite fresco (+87,2%), enquanto outros produtos os preços foram mais moderados: iogurte (+67,7%); leite em pó integral (+69,8%); e doce de leite (+70,6%).

Outras variações de preços está no quadro a seguir.
 

Tal divórcio de ajustes de preços reflete que, diante da pauperização social gerada pela crise econômica, está crescendo o consumo de alimentos que, por unidade de medida, permitem aportar maior quantidade de calorias para suprir a refeição diária do grupo familiar. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
De caixinha ou de saquinho: quais as diferenças entre os dois tipos de leite?
Responde: Letícia Vieira, consultora de qualidade do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) 
A diferença nutricional entre o pasteurizado, conhecido como leite de saquinho ou leite barriga mole, e o leite de caixinha (UHT) é mínima, praticamente inexistente. Ambos mantêm suas características de composição praticamente inalteradas, mesmo em relação às vitaminas A, complexo B e tiamina (vitamina B1) que, naturalmente presentes no leite, permanecem disponíveis imediatamente após seu processamento industrial. Quanto à diferença de validade, a mesma ocorre em razão do tratamento térmico aplicado. O leite de caixinha (UHT) é submetido a uma temperatura acima de 100°C, que elimina todas as bactérias que estão presentes no leite. Já o leite de saquinho (pasteurizado) vai a uma temperatura entre 72° e 75°, cujo objetivo é eliminar somente as bactérias patogênicas. Após esse tratamento térmico, o leite UHT é envasado em uma câmara asséptica, onde não existem bactérias. Assim, o UHT se mantém por quatro meses ou mais, dependendo da temperatura e tipo de envase, enquanto o pasteurizado é envasado em um sistema comum, em temperatura mais baixa. Não se deve nunca esquecer que nenhum dos dois tipos permite uso de conservantes em sua elaboração. (ClicRBS)

Porto Alegre, 16 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.980

   Sindilat marca presença em debate sobre inspeção de lácteos 

 
O Sindicato da Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou, nessa quinta-feira (16/05), do debate sobre inspeção de produtos lácteos promovido pelo Sindicato dos Médicos Veterinários do Rio Grande do Sul (Simvet), durante a Expoleite/Fenasul. O encontro, realizado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, buscou esclarecer pontos do processo de inspeção da cadeia produtiva gaúcha, com espaço para questionamentos do público presente. O evento contou com palestra da médica veterinária da Secretaria da Agricultura do RS Karla Pivato e da médica veterinária da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura Milene Cé. 
 
Durante o debate ainda teve espaço para manifestação dos laticínios. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, enfatizou a necessidade de um prazo de transição para adequação às Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que entrarão em vigor no dia 30 de maio. "Somos a favor de processos que ampliem a qualidade do leite, entretanto, alguns fatores são desafiadores e exigem um prazo de adequação dos produtores e da indústria", afirmou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, também participou do evento. O médico veterinário Flávio Marcos Jungueira da Costa, representante da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), também apresentou posição dos produtores. No encerramento da reunião, o público presente pode questionar os técnicos sobre processos de inspeção técnica de lácteos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Camila Silva 
 
                 
 
Preço do frete é tema de audiência em Porto Alegre
 
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reuniu o setor produtivo gaúcho e lideranças na tarde desta quinta-feira (16/05) para debater a revisão dos preços mínimos dos fretes de veiculos movidos a diesel no País. O encontro foi realizado no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), e contou com a participação de representantes de indústrias e sindicatos, entre eles o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).
 
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o preço do frete é essencial na composição do preço do leite e, neste momento, qualquer aumento ou limitador para a livre negociação por parte do governo federal (ANTT) é vista com muita ressalva pelo setor.
 
Na ocasião, o professor José Vicente Caixeta Filho, coordenador da equipe técnica da ESALQ-LOG/USP, contratada pela ANTT para elaborar o estudo levando em consideração as variações de cargas, tipos de veículos (de dois até nove eixos) e distância percorrida, apresentou dados da proposta de regulação da Política Nacional de Pisos de Fretes.
 
Houve a manifestação de profissionais da área quanto ao tabelamento do frete. Muitos deles, sugeriram que haja uma tabela referencial de preços e não uma que estabeleça um piso mínimo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Sthefany Franco
 
 
Conseleite/MG: anunciado o primeiro valor referência para o leite
 
Foi anunciado nessa última quarta (15/5), o primeiro valor referência para o leite na história de Minas Gerais. O cálculo era um pleito antigo do setor, e se tornou possível com a criação, em dezembro, do Conseleite - Conselho Paritário entre Produtores de Leite e Indústrias de Laticínios.
 
O litro do leite padrão entregue em abril (a ser pago em maio) foi calculado em R$ 1,2774 e a projeção para entregas feitas em maio (a serem pagas em junho) é de R$ 1,3061.
 
O valor referência servirá de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias e será atualizado mensalmente.
 
Além do valor referência para o leite padrão, a plataforma digital do Conseleite gera valores personalizados a cada produtor, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.
 
Os valores de referência referem-se ao “leite padrão”:
• 3,30% de gordura;
• 3,10% de proteína;
• 400 mil células somáticas por ml;
• 100 mil ufc/ml;
• Produção individual diária de até 160 litros/dia.
 
Benefícios ao produtor
A parceria entre produtores e indústria confere maior equilíbrio e transparência na formação de preços do mercado. Com um valor referência, o produtor tem melhores condições de negociar as entregas do leite, reduzindo conflitos. O valor também permite sinalizar variações de preços para o mês seguinte, possibilitando maior planejamento de seus negócios. (As informações são do Conseleite/MG)
 
 
Lácteos
 
Embora os holofotes da missão da ministra Tereza Cristina na Ásia estejam voltados para as oportunidades abertas para a ampliação das vendas de carnes bovina, suína e de frango à China, o governo brasileiro considera positivas as perspectivas de abertura do mercado do país asiático para as exportações de lácteos - sobretudo queijos -, ainda que nada vá ser definido agora.
 
Ontem (15/05), a comitiva do Ministério da Agricultura começou a negociar essa abertura com autoridades do GACC, o serviço sanitário chinês, na chegada da ministra a Pequim. A expectativa é que seja dado mais um passo para avançar nas negociações. Na melhor das hipóteses, o governo conseguirá a assinatura do certificado sanitário internacional necessário para que o processo de habilitação de empresas exportadoras à China tenha início. Mas uma promessa nessa direção já será bem-vinda.
 
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura já encaminhou no fim de 2018 relatórios com todas as exigências sanitárias feitas pelos chineses, além de questionários preenchidos por 22 indústrias e cooperativas interessadas em vender seus produtos lácteos no mercado do país asiático. "Já está tudo certo para a habilitação de plantas brasileiras de lácteos e já enviamos tudo. Se os chineses estiveram de bom humor existe também essa área para abrir", avalia uma fonte do Ministério da Agricultura que acompanha as negociações.
 
A confiança da indústria nesse processo aumentou de um ano para cá, desde que ministério, Itamaraty e Apex intensificaram as conversas com Pequim para esclarecer os requisitos comerciais exigidos e o perfil de produtos mais adequados aos chineses, conta Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, entidade que representa indústrias do segmento que atuam no país.
 
O dirigente fala com entusiasmo sobre a oportunidade de o Brasil abrir na China mais um canal para as exportações brasileiras de lácteos, dada a baixa inserção que o segmento tem no mercado internacional - em 2018, os embarques recuaram 48,3% em relação ao ano anterior, para US$ 58,2 milhões, devido principalmente à falta de competitividade dos preços dos produtos. Segundo ele, novas abertura no exterior devem contribuir para reduzir oscilações de preços domésticos.
 
Para Martins, no entanto, o maior potencial de acesso à China, num primeiro momento, seria para as exportações de queijos "massa dura" (como parmesão) e de queijos processados (usados na fabricação de pizzas e sanduíches), cujas exportações mais que dobraram nos últimos quatro anos para mercados como Rússia, Estados Unidos, Argentina e Chile.
 
"Nas conversas que já tivemos, vemos hoje um interesse das autoridades chinesas em avançar nas negociações", disse Martins ao jornal Valor Econômico. "Mas é claro que a ida da ministra à China é fundamental. Se o mercado for aberto agora na viagem, ótimo. Se não, vamos seguir nas negociações para que a gente consiga exportar". (Valor Econômico)
 
Confira a entrevista que o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, concedeu ao programa Rio Grande Record, da TV Record RS, na última terça-feira (14/5), sobre o custo dos insumos para os produtores de leite e as expectativas para a Expoleite/Fenasul. CLIQUE AQUI para assistir. (Record TV/Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Porto Alegre, 15 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.979

   Fenasul é aberta com clamor por apoio ao setor leiteiro
Foi em tom de cobrança de apoio ao setor leiteiro, que a Fenasul 2019 abriu sua programação nesta quarta-feira (15/05), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Reunidos na Pista do Gado Leiteiro, lideranças do Poder Executivo, Legislativo e representantes dos produtores e indústrias manifestaram seus pleitos. “O Mercosul tem judiado principalmente da cadeia do leite. É impossível que cada vez que buscamos uma solução para o leite, o arroz e o trigo o governo federal sempre venha dizer que o superávit da balança comercial é favorável aos ônibus, aos automóveis e à linha branca”, reclamou o diretor da Farsul, Francisco Schardong. Em tom de alerta, sinalizou que o pequeno produtor de leite não existe mais. “Leiteiro não nasce mais. O governo que trate de conservar os que tem”. O pronunciamento ganhou eco na fala do secretário da Agricultura, Covatti Filho, que defendeu eventos nos moldes da Fenasul como palco para as demandas do setor produtivo. “Estamos fazendo pedido para que o Banrisul e o governador Eduardo Leite olhem mais para o agronegócio do nosso Estado. O Banrisul precisa de uma diretoria focada em investimentos e para parcerias com o produtor gaúcho. Já que a sociedade está pedindo o fortalecimento desse banco, temos que olhar para a agricultura”. 
Para enfrentar as adversidades que tanto caracterizam o “ser produtor rural”, as autoridades conclamaram por união entre entidades e lideranças para promover uma grande exposição e o desenvolvimento do setor. Presente ao ato, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticinínios (Sindilat), Darlan Palharini, lembrou que as indústrias estão representadas no parque por seus produtores e pelo projeto PUB do Queijo, espaço para degustação de queijos localizado junto à exposição de artesanato e cervejas no Pavilhão Internacional. Lá, o visitante poderá degustar espetinhos de queijo coalho ao valor de R$ 7,00 e mix de queijos (Colonial, Brie, Gouda e Parmesão) a R$ 20,00 a porção de 250 gramas, além de comprar diversos tipos e marcas de queijo produzidos pelas indústrias associadas ao Sindilat. “Esse projeto é mais do que um ponto de consumo, é uma ação de divulgação da diversidade de nossa produção e das potencialidades de mercado que o setor lácteo tem para expandir sua presença na mesa do brasileiro”, frisou Palharini.
O presidente da Gadolando, Marcos Tang, enalteceu a ação dos criadores de todas as raças que acreditaram na Fenasul e das entidades que se uniram à Gadolando para fazer da Fenasul uma realidade. “A feira é para os produtores e para mostrarmos a agropecuária do estado. Temos que ter orgulho dessa nação”.  Lembrou do esforço dos criadores em participar da exposição, principalmente pela dificuldade de mão de obra para manter o tambo e deslocar equipe para atender à demanda da feira.  O presidente da Febrac, Leonardo Lamachia, pontuou a união para organização da mostra. Representando o Legislativo, o deputado Ernani Polo, lembrou dos avanços qualitativos obtidos pelo setor leiteiro nos últimos anos e melhorias conquistadas para o bem-estar animal no Parque de Exposições Assis Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine
               
 
Entidades debatem sobre a inspeção de produtos lácteos na Fenasul

Nesta quinta-feira (16/05), entidades reúnem-se para debater sobre a inspeção de produtos lácteos na Fenasul. O encontro, promovido pelo Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet), acontece às 11h, no auditório do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A reunião tem o objetivo de discutir com a cadeia produtiva do leite a adequação às Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru.

O debate terá a participação de representantes do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando) e Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS). 

De acordo com a presidente do Simvet/RS, Angélica Zollin, as INs 76 e 77, que passam a vigorar a partir de 30 de maio, servem para aperfeiçoar a qualidade do leite gaúcho. "O evento visa esclarecer dúvidas de produtores e de veterinários que trabalham com leite para que sigam as novas orientações corretamente".

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o encontro na Fenasul é mais uma oportunidade para debater a adequação às normas, visto que o prazo para a implementação está se aproximando. Para a médica veterinária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato, a reunião proporciona, além do debate, a proximidade entre o poder público, entidades e produtores do setor. "Depois de participar das reuniões sobre as normativas do leite, as pessoas conseguem desmistificar o tema e enxergar que as mudanças não são inatingíveis", afirma. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Pista Aberta

Com a abertura hoje dos portões do parque Assis Brasil, em Esteio, para a 42ª Expoleite e a 15ª Fenasul tem início também a disputa de mais uma classificatória do Freio de Ouro. Nessa etapa, entram em pista 94 conjuntos. Eles buscam uma das 16 vagas para a final da competição, organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulos e que ocorre na Expointer. 

A seletiva é uma das atividades que integram a programação das feiras, que conta ainda com provas do cavalo árabe, rodeio e multifeira, com direito a cerveja artesanal e Pub do Queijo. A ideia é “chamar” o público urbano para participar dos eventos que começaram como vitrine da produção de leite do Estado.

Da disputa do cavalo crioulo, a quarta classificatória do atual ciclo, participam animais estreantes ou que já tenham participado de outras seletivas. A expectativa é de que, além da qualidade dos conjuntos que entrarão em pista, o tempo também contribua.

- Esperamos que as condições climáticas não atrapalhem e ajudem a termos um evento brilhante – projeta Mateus Gularte Silveira, vice-presidente de Eventos da ABCCC. 

Vale lembrar que a entrada no parque em Esteio é gratuita e a programação dos eventos segue até o domingo, dia 19. (Zero Hora)


Sanidade é assunto central

A sanidade animal é um dos assuntos centrais das palestras e seminários que ocorrem durante a Expoleite/Fenasul. Nesta quinta-feira, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) irão abordar temas como a coleta de amostras laboratoriais de gado leiteiro, diagnóstico diferencial de raiva e a situação da brucelose no Rio Grande do Sul. As palestras têm início às 9h, na Casa do Veterinário do Parque Assis Brasil. 

Segundo o veterinário Maurício Gautério Dasso, pesquisador do Laboratório de Brucelose do IPVDF, a prevalência da doença encontra-se estabilizada no Rio Grande do Sul, enquanto o número de testes vem aumentando em função do maior número de propriedades certificadas. “Temos recebido uma amostragem maior, pois as indústrias de laticínios têm exigido dos produtores de leite a sanidade do rebanho”, observa o especialista. 

De acordo com ele, esse aumento no número de amostras tem sido verificado principalmente nos últimos dois anos. A brucelose no rebanho bovino tem ocorrido em 1,47% das propriedades e 0,42% dos animais, enquanto a tuberculose tem sido registrada em 1,6% das propriedades e 0,7% dos animais do Estado. De janeiro a março deste ano foram identificados 57 focos novos de tuberculose (cinco a mais em relação a igual período de 2018), envolvendo 485 animais. No caso da brucelose, foram 41 focos novos (quatro a mais que 2018), com 163 animais. O total de propriedades testadas neste ano foi de 3,5 mil para tuberculose e 2,7 mil para brucelose.  O Rio Grande do Sul conta com 2 mil propriedades certificadas como livres das duas doenças. 

A programação técnica da Expoleite/Fenasul tem início hoje, às 9h30min, com palestra sobre a relação entre qualidade do leite e nutrição, com a veterinária Angelica Petersen Dias, promovida pela Sovergs. Às 10h45min haverá palestra sobre queijos coloniais, com a veterinária Cristina Zaffari Grecelle. (Correio do Povo)
 
Preço dos derivados
Com a valorização do leite no campo e estoques reduzidos, as cotações dos derivados lácteos registraram leve alta nos últimos dias. Entre 6 e 10 de maio, o preço do leite UHT subiu 0,45% frente ao da semana anterior, fechando o período com média de R$ 2,6117/litro. Para o queijo muçarela, o aumento foi menor, de 0,4% no mesmo período para a média de R$ 17,6367/kg. (Cepea)

 

 

Porto Alegre, 14 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.978

   Sindilat participa de mais uma edição da Expoleite Fenasul

O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participa da Expoleite Fenasul, que acontece de 15 a 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O Pub do Queijo, projeto do Sindilat que nasceu na edição de 2017 da feira e que foi replicado nos dois últimos anos da Expointer (2017 e 2018), estará presente no Pavilhão Internacional da Fenasul.

No local, haverá a comercialização de diversos tipos de queijos de diferentes marcas e os visitantes poderão fazer degustação gourmet de queijos coalho e provolone. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a ideia é mostrar ao consumidor que a harmonização de queijo e cerveja é muito saboroso e saudável. "As pessoas têm a ideia de que queijo só combina com vinho. Porém, o mesmo harmoniza com chopp e cervejas artesanais", afirma.

Na quinta-feira (16/05), o Sindilat marca presença no debate sobre a inspeção de produtos lácteos, promovido pelo Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet), cujo objetivo é discutir com a cadeia produtiva adequação à normas e legislação. O evento, se realizar no auditório do Parque de Exposições Assis Brasil, tem início às 11h e contará com representantes do Ministério da Agricultura e Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, além de entidades como Gadolando e Apil/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
                 
 
Leite/América do Sul 

Nas duas últimas semanas, o clima mais seco melhorou o desenvolvimento e a qualidade dos grãos, oleaginosas e algodão na Argentina. Ao mesmo tempo, as chuvas ajudavam o milho ainda não maduro no Brasil.

Com a safra de milho significativamente maior (safrinha) ocorrendo, principalmente no Brasil, diversos produtores de leite sul-americanos estão prevendo certo alívio no custo da alimentação.

No acumulado do ano, a produção de leite na região do Cone Sul, incluindo o Brasil, permaneceu abaixo dos volumes dos últimos dois anos. No entanto, no momento, a captação está tendo melhoras constantes, o que é comum nessa época do ano. Em termos de componentes do leite, o percentual de gordura está nos maiores níveis sazonais e a proteína continua melhorando. Os pedidos de leite fluido continuam intensos, pois, muitos varejistas estão refazendo os estoques. De um modo geral, a oferta de leite e creme está sendo menor do que o necessário para a produção de queijo, manteiga, iogurte e leite condensado. No entanto, a expectativa da indústria é de que os volumes de leite/creme continuarão subindo nos próximos dois trimestres, o suficiente para cobrir as necessidades das fábricas. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 

 
IBGE: situação favorável no campo aponta alta de 2,8% na captação formal no 1° tri

Nessa terça-feira (14/05), o IBGE divulgou a prévia dos resultados da Pesquisa Trimestral do Leite para o primeiro trimestre dede 2019. A captação formal foi de 6,18 bilhões de litros, contra 6,03 bilhões de litros no primeiro trimestre de 2018, com crescimento de 2,80%. Já em comparação com o 4º trimestre de 2018, a queda na captação foi de 7,76% - confira a evolução das variações trimestrais anuais no gráfico 1.

Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

 *Dados preliminares. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

Com os preços pagos aos produtores de leite subindo desde janeiro (de R$ 1,23 em dez/18 para R$ 1,49 em abr/19), houve uma melhor remuneração diária ao produtor no período. Ao observar os dados da Receita Menos Custo da Ração (RMCR), na comparação do acumulado dez/18-abr/19 versus dez/17-abr/18, é possível notar um aumento de 32,8% na remuneração, o que incentiva o produtor de leite a aumentar sua produção. Veja o gráfico 2.

Gráfico 2. Evolução do indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR). Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.
 
Nota: os primeiros resultados das Pesquisas Trimestrais do Leite são dados prévios, divulgados apenas a nível nacional, que podem sofrer alterações até a divulgação oficial dos resultados do trimestre de referência, agendada pelo IBGE para ocorrer em 14/06/19. (Filipe Scigliano Silva Pinto/Milkpoint Mercado)
 
Leite/Nota
Os preços brutos do leite ao produtor deixarão de ser calculados pelo Cepea a partir de 2020. Isso porque o cálculo do valor bruto inclui, além do preço do leite recebido pelo produtor, impostos e frete e essas duas variáveis são exógenas ao valor, de modo que as suas variações podem afetar o cálculo da média final sem que isso reflita o mercado. Além disso, há grande heterogeneidade nas condições de aplicação de ambas as variáveis, dificultando a comparação entre médias. O Cepea recomenda a utilização dos preços líquidos para análises e negociações. Além disso, é importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que o setor esteja precavido desses aspectos ao utilizar os dados. (Cepea)

Porto Alegre, 13 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.977

   Fórum reúne produtores de leite em Augusto Pestana
As diferenças e vantagens dos sistemas de produção a pasto e confinado na criação do gado leiteiro e as novas exigências das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 foram alguns dos temas abordados no Fórum Desafios e Perspectivas da Cadeia Produtiva Leiteira, realizado na última sexta-feira (10), em Augusto Pestana. O evento, que abriu as comemorações do 53ª aniversário do município, reuniu produtores da cidade no espaço do Centro de Convivência.
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios no Estado (Sindilat), Darlan Palharini, foi um dos palestrantes convidados do fórum, abordando aspectos sobre o mercado para o leite no Rio Grande do Sul. “A região tem uma grande importância na produção de leite do Estado com uma parcela significativa de produtores entregando para indústrias locais”, afirmou Palharini. O chefe do escritório municipal da Emater-RS, Fábio Júnior Toledo, destacou que um dos pontos do encontro foi a discussão sobre os sistemas de produção - a pasto e confinado. “Os produtores têm a percepção que ambos os sistemas exigem bastante eficiência. Enquanto o sistema a pasto requer investimentos em forrageiras, manejo e cuidado com o solo, o sistema confinado pede qualidade de silagem, feno e ração”, pontua o técnico.  Segundo ele, na região de Augusto Pestana, que concentra produtores com produção diária de 250 litros a 1.000 litros, já há uma tendência de migração para o sistema de produção por confinamento alternativo. “Atualmente temos 12 áreas de compostos na região”, afirma. 
As INs 76 e 77, abordadas pelo secretário-executivo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Pedrinho Signori, também repercutiram entre os produtores que participaram do fórum. Um dos grandes questionamentos feitos é se haverá extensão rural e assistência técnica na orientação de produtores para que a produção se torne mais focada no que pedem as novas regras. “Em nossa região, outra preocupação é com a carência de infraestrutura de comunicação, como telefone e internet, além da dificuldade de acesso local às propriedades por meio de estradas”, pontua Toledo. Segundo ele, os produtores de leite não vislumbram grandes mudanças em qualidade se gargalos desta natureza persistirem no campo. “O processo de produção é visto como um todo. Não é só a questão da temperatura de entrega do leite, a contagem de células somáticas e a contagem bacteriana que fazem parte do processo de melhoria. Esses gargalos são fatores que dificultam a melhoria da qualidade do leite produzido e entregue”, afirmou.
O fórum realizado em Augusto Pestana foi promovido pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura de Augusto Pestana, Fetag/RS e Cooperativa União Dos Agricultores Familiares de Augusto Pestana (Cooperap). A iniciativa recebeu apoio do Sindilat, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cresol, Sicredi, Embrapa e Unijuí. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Fábio Toledo
 
                 
 
Novo departamento do Ministério da Agricultura busca a eficiência de normas

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) criou recentemente o Departamento de Suporte e Normas (DSN), que tem como competência prestar apoio aos departamentos técnicos finalísticos da Secretaria. Essa foi uma das mudanças na estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovidas pelo decreto 9.667, de janeiro deste ano.

O novo Departamento foi estruturado com duas grandes áreas de atuação: a Coordenação-Geral de Análise de Atos Normativos e a Coordenação de Avaliação de Risco e Inteligência Estratégica. De acordo com a diretora do DSN, Judi Nóbrega, o departamento vai atuar focado nas boas práticas regulatórias, que visa a melhoria da produção normativa, com o envolvimento e discussão com a sociedade, na produção dos atos normativos regulamentares da Secretaria. Outra meta estabelecida é a gestão do estoque regulatório.

Além de exercer a função de fiscalização agropecuária, a SDA regulamenta o setor. Este fato, ao longo dos anos, gerou grande estoque regulatório, dificultando o exercício das funções tanto para o setor regulado como para a Administração Pública.

Para isso acontecer, foi realizada uma cooperação técnica envolvendo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a elaboração de um diagnóstico da legislação.  A ideia é avaliar o que está obsoleto e enxugar as normas para ganhar em eficiência. O acordo de cooperação está previsto para dois anos, com a possibilidade de ser renovado por mais dois anos.

“A criação do DSN busca a melhoria normativa e, por consequência, a maior eficiência esperada do serviço público, que promova a melhoria econômica e o bem-estar social, com geração de empregos e renda à população brasileira”, diz Judi Nóbrega. (As informações são do Mapa)

Leite/Oceania 

A produção de leite na Austrália permanece atrás dos mesmos meses de períodos anterior. Historicamente a produção começa subir em julho. A estrutura da indústria de processamento de leite na Austrália está em mutação.

Uma empresa de laticínios do Canadá está perto de finalizar a compra de uma famosa marca e fábrica de queijos da Austrália. A negociação se desenrola em meio às preocupações com a capacidade ociosa das indústrias de laticínios australianas.

Muitos são os fatores que estão por trás do excesso de capacidade instalada que resulta em menores margens para das fábricas de processamento de leite. A saída de produtores de leite da atividade, redução dos rebanhos e poucos investimentos nas fazendas, são alguns dos fatores que estão por trás do enfraquecimento da produção de leite. E, por último vem a baixa rentabilidade do setor, bem como a pouca disponibilidade de crédito. Alguns analistas não estão otimistas em relação à melhoria das margens para os produtores nos próximos meses. E, se isto ocorrer, poderá ser um fator negativo que impactará nos próximos estágios da produção na próxima temporada.

A produção de leite na Nova Zelândia permanece caindo dentro das expectativas finais de uma temporada. A retomada deverá vir depois da baixa estação junho-julho. A Nova Zelândia deve exportar parte significativa da produção anual. A desaceleração do crescimento econômico na China tem provocado previsões pessimistas na demanda. Um exemplo pode ser a gripe suína, que reduzirá significativamente a população de porcos. E a China compra significativas quantidades de soro de leite da Nova Zelândia, para alimentação dos porcos. A queda na população de porcos reduzirá, também, as necessidades de compra de soro da Nova Zelândia.

Baixa demanda da China pode impactar nas vendas do leite em pó integral (WMP) pela Nova Zelândia. Quase 90% das importações de chinesas de WMP em 2018 vieram da Nova Zelândia, e mais de 37% das exportações do produto pela Nova Zelândia, tiveram como destino a China, de acordo com a Eucolait. Nesse caso, qualquer redução significativa nos padrões atuais de compras pela China, terá reflexo nos processadores da Nova Zelândia e impactará no preço aos produtores. Quebra da demanda pode levar a menor preço do leite na próxima temporada. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
Lácteos/UE 
O último Boletim do Observatório Lácteos da União Europeia (UE), de 8 de maio destacou:
- O preço médio do leite cru na UE diminui 1,6% em março, ficando em 34,4 centavos de euros/quilo, [R$ 1,56/litro]
- Os preços do leite, expressos em euros, aumentaram em março, tanto nos Estados Unidos da América (+8%, 33,7 centavos/quilo [R$ 1,53/litro]), como na Nova Zelândia (+0,4%, 30,6 centavos/quilo, [R$ 1,39/litro])
. Ainda que a tendência seja positiva, diante da redução na UE, ambos os preços são inferiores aos do mercado comunitário.
- O preço do leite em pó desnatado na UE continua melhorando: +2.4%, acima da média das últimas 4 semanas (196 €/100 kg). Por outro lado, os preços da manteiga e do queijo cheddar caíram ligeiramente.
- Os preços do leite no mercado spot na Itália se aproximam da queda sazonal, e estão muito acima dos níveis dos últimos anos (38,3 centavos de euros/quilo, [R$ 1,74/litro]). (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 10 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.976

   INs 76 e 77 são tema de debate do setor leiteiro em Lajeado

A fim de discutir as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru, representantes de entidades, indústrias e produtores do setor lácteo reuniram-se nesta quinta-feira (9/5), na Universidade do Vale do Taquari (Univates), em Lajeado (RS). O encontro teve o objetivo de sanar dúvidas sobre o tema e facilitar a adequação às normativas, que passam a vigorar no dia 30 de maio, aproximando produtores, indústria e o setor público em prol da qualificação do leite gaúcho.

Em Lajeado, os participantes puderam ouvir explicações dos técnicos e especialistas sobre a operacionalização e a importância do cumprimento das regras para evitar o descredenciamento de produtores. O evento reuniu pouco mais de 200 pessoas e contou com transmissão em tempo real na página do Facebook do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Um dos objetivos das INs 76 e 77, que visam dividir as responsabilidades do processo produtivo e industrial entre a cadeira, é tornar o leite gaúcho mais competitivo. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, os municípios e estados encontram dificuldades em relação à energia elétrica e à manutenção das estradas. “A ideia é que cada um faça a sua parte na busca por um novo padrão de produto no mercado”, enfatizou Palharini.

Segundo o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, modernizar as atividades do leite é um avanço, visto que outros setores como aves e suínos estão atendendo às regras para exportação e o leite não. “Infelizmente ainda não estamos adaptados para atender ao setor externo, mas, esperamos que haja tolerância no começo da implementação das regras para que todos consigam atender às exigências das INs”, contou.

A médica veterinária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato apresentou aos participantes algumas das motivações que virão pela frente. Durante palestra sobre os aspectos de inspeção do leite, a médica veterinária do Ministério da Agricultura Milene Cé destacou que é preciso implementar as regras para manter a qualidade do leite. “Para quem não conseguiu se preparar, a partir de 30 de maio “zera a vida" dos produtores no Brasil inteiro, pois a primeira média geométrica trimestral será com os resultados de junho, julho e agosto de 2019”.

Quanto às amostras que serão analisadas, a partir da implementação das INs, o responsável técnico do laboratório do leite (Unianálises) Anderso Stieven ressaltou que o laboratório irá treinar e capacitar todos os transportadores e responsáveis técnicos das indústrias para que façam a coleta das amostras da maneira correta, dentro dos padrões de exigência. Sobre o envio das análises, o responsável pelo laboratório do leite na Universidade de Passo Fundo (UPF) Carlos Bondan salientou que seria interessante que as indústrias enviassem as amostras de forma escalonada.

De acordo com o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena, as INs 76 e 77 têm parâmetros muito importantes para serem atendidos. “Para dar certo, existe a necessidade de aproximação das empresas com os produtores rurais”, pontuou Lucena, durante a palestra sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. Além de especialistas no assunto, o técnico em agropecuária e produtor de leite associado da Cooperativa Languiru Mauricio Eidelwein também dividiu suas experiências com os demais participantes do evento.

Uma grande mesa de debates entre participantes e produtores, que puderam também fazer perguntas via WhatsApp e através da live no Facebook do Sindilat, encerrou o encontro que foi promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), pela Secretaria da Agricultura, pelo Sindicato da Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Univates. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Stéphany Franco
 
                 
 

Índice da FAO para preços de alimentos volta a subir; lácteos valorizados

O índice de preços globais de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, alcançou 170 pontos em abril, com variação positiva de 1,5% (2,5 pontos) em relação a março e maior patamar desde junho de 2018. Na comparação com abril do ano passado, houve retração de 2,3%.

Com exceção dos cereais, todos os demais grupos de produtos que compõem o indicador da FAO registraram valorização sobre março. A maior, de 5,2%, foi a dos lácteos, cujo sub-índice específico atingiu 215 pontos, maior nível desde maio do ano passado.

"As cotações internacionais de manteiga, leite em pó integral e queijo aumentaram, uma vez que a demanda global continuou robusta, antecipando um aperto na oferta de exportação da Oceania, por causa do clima seco. Por outro lado, os preços do leite em pó desnatado caíram pelo segundo mês consecutivo", afirma a FAO em comunicado.

No grupo formado pelas carnes, houve alta de 3% na comparação mensal, para 169 pontos, maior resultado desde abril de 2018. O salto foi puxado pelas carnes suína e bovina. Para a primeira, pesou a redução da oferta na China em consequência do surto de peste suína africana. As carnes de aves e ovina também subiram, mas moderadamente.

Mais modestas também foram as valorizações observadas nos óleos vegetais - grupo que inclui a soja - e do açúcar. No primeiro, a alta em abril foi de 0,9% em relação a março; no segundo, de 0,7%. E para os cereais houve baixa, de 2,8%, determinada sobretudo pelo comportamento das cotações de trigo, cuja oferta mundial continua confortável. Com a queda, o índice do grupo desceu ao menor nível do ano. (As informações são do Valor Econômico)

Conaprole aumenta preço do leite para os produtores em 5% e levanta críticas

A diretoria da Conaprole anunciou ontem (9) um aumento de 5% por litro no preço básico destinado ao leite enviado entre abril e julho (antes do encerramento do ano comercial da companhia).O aumento não agradou a todos os produtores e o comentário deles mostrou mais críticas do que elogios.

"O aumento não é suficiente para absorver a diferença na taxa de câmbio que durou por quatro meses", disse Justino Zavala, diretor da Associação Tamberos de Canelones. Os produtores esperavam uma grande melhora e as corporações pressionaram os diretores da Conaprole a melhorar o preço para os fornecedores. "Os produtores estão indignados. É um aumento muito ruim. Se fosse necessário dar um sinal para que os produtores colocassem a força necessária para melhorar a produção, não é este", disse Zavala.

Outros produtores também mostraram sua insatisfação e a falta de informação sobre o percentual de sólidos que seria utilizado no cálculo. "O aumento é muito pequeno. Com um dólar a 35 pesos, não será suficiente para absorver a diferença na taxa de câmbio. O aumento não está de acordo com ninguém", observou o gerente da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

Os produtores argumentam que, frente à melhora nos preços que estão mostrando os leilões de lácteos da Nova Zelândia, a Fonterra, que marca os preços-base do mercado internacional, trouxe 11 aumentos consecutivos no valor médio. Houve baixa para leite em pó integral e com a melhoria que a taxa de câmbio estava mostrando, era esperado um sinal forte. “O sinal que nos deram com esse aumento é: temos um alívio, mas não dá para continuarmos. Se já estávamos com 10% menos leite (em relação ao ano anterior), não se deve esperar uma recuperação. É um sinal negativo e bastante negativo", disse Zavala.

Comissão
Por outro lado, o progresso continua na criação de uma comissão técnica que trabalhará em alguns detalhes. Um fideicomisso será armado com o aumento de 1,30 pesos (3,62 centavos de dólar) por litro para o leite de consumo, dinheiro com o qual se pretende criar um fundo US$ 36 milhões por ano e que seriam utilizados para aliviar o endividamento dos laticínios uruguaios.

"Continuamos procurando uma forma de sair dessa. Vamos nos reunir para algo mais técnico, uma comissão mais técnica. Lentamente, mas está progredindo em boa forma", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite, Walter Frisch Ferrando.

Este valor que está sendo implementado seria composto pelas organizações de produtores do leite, técnicos das mesmas e dos ministérios da Pecuária, Agricultura e Pesca e de Economia e Finanças.

O setor leiteiro uruguaio está arrastando uma dívida como resultado dos problemas climáticos enfrentados anos atrás, a perda de mercados importantes, como o caso da Venezuela e o declínio dos preços internacionais que castigou os produtores. Antes disso, o setor vinha de um crescimento vertiginoso.
Em 09/05/19 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,02832
35,3104 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Seguro rural 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou o cronograma de liberação do orçamento para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2019. Do valor total a ser liberado, R$ 125 milhões serão destinados para as culturas de inverno, como o milho safrinha e trigo, R$ 160 milhões para as culturas da soja, milho, arroz, feijão e café, R$ 64 milhões para as frutas, R$ 1 milhão para a pecuária e R$ 20 milhões para as demais culturas. “Apesar do bloqueio de 38% ocorrido no orçamento do Ministério, conseguimos preservar o valor executado no ano passado, o que representa redução de 16% do total previsto para este ano”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio. De acordo com o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, o ministério buscará desbloquear o orçamento ao longo do ano e executar integralmente o valor aprovado na Lei Orçamentária Anual para 2019, que totaliza R$ 440 milhões. O cronograma foi aprovado durante a última reunião do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR) realizada no dia 30 de abril e publicado no Diário Oficial da União, por meio de Resolução do Comitê. (Notícias Agrícolas) 

Porto Alegre, 09 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.975

   Região Norte do RS inaugura nova etapa na produção e industrialização de leite

A reunião entre integrantes da cadeia produtiva do leite realizada nesta quarta-feira (08/5), no auditório do Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), para discutir as Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa), inaugurou uma nova etapa na produção e na industrialização de leite na região Norte do Estado. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, que ouviram as explicações dos técnicos e especialistas sobre o tema e puderam sanar suas dúvidas sobre a operacionalização das obrigações que passam a vigorar a partir do próximo dia 30 de maio. 

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, as novas regras, que visam a qualificação do leite ao consumidor, tornarão o produto gaúcho mais competitivo e dividirão as responsabilidades do processo produtivo e industrial não só entre o campo e a plataforma, mas, também entre as entidades representativas do setor e o Poder Público. “Essas INs têm toda a inteligência de mudar o foco da discussão e fortalecer a cadeia produtiva, além de exigir que cada um faça sua parte na busca por um novo padrão de produto ao mercado.”, enfatizou. Afinal, citou, há carências também na estrutura dos municípios e do Estado, como energia elétrica e estradas.
A médica veterinária do Ministério da Agricultura Milene Cé explicou que as mudanças mais significativas ocorrerão com relação à contagem de bactérias totais do leite, o que impactará no uso de equipamentos para refrigeração do leite cru tanto na propriedade, quanto na indústria. Entretanto, lembrou que o processo de adequação será gradativo. “Existe uma flexibilidade para que todos cheguem à temperatura de acondicionamento de 7 graus. As indústrias irão ajustando as rotas e incluindo novas etapas, e o Ministério da Agricultura trabalhará com elas para que este processo aconteça”, informou.

O médico veterinário do Mapa Roberto Lucena ressaltou que um grande ganho trazido pelo novas normas será a proximidade entre o campo e as indústrias, que assumirão o protagonismo no controle da qualidade do produto por meio da assistência técnica, da mesma forma que já ocorre no Programa Mais Leite Saudável. Para a indústria, Lucena disse que o programa busca a qualidade do leite, o aumento da quantidade e a fidelização do produtor. Para o produtor, a rentabilidade e a sustentabilidade. “E, para o Brasil, um produto mais competitivo, mais seguro e a sustentabilidade da cadeia de leite”. Assim como Milene, Lucena salientou que os técnicos do ministério fiscalizarão todo o processo de mudança, seja por meio de auditorias presenciais e documentais.

O encontro contou também com depoimentos do diretor do Laticínio Domilac, Rodrigo Puhl, e da produtora Marinês Trevisan, que revelou a realidade das dificuldades enfrentadas no dia a dia do campo. “Produzir leite não é para qualquer um, não importa o tamanho”, frisou ela. A agenda em Passo Fundo terminou com uma grande mesa de debates entre os participantes e os produtores, que puderam também contribuir via WhatsApp e pelo Facebook do Sindilat. A programação ainda contou com o professor da UPF e coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (SARLE), Carlos Bondan, e com a médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (SEAPDR), Karla Pivato.

A reunião é uma promoção da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), da SEAPDR, do Sindilat e das seguintes entidades: Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet e CRMV/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Thaise Teixeira
 
                 
 

Pub do Queijo divulga potencialidades do provolone e coalho durante a Fenasul 2019

Os visitantes que forem até a Fenasul 2019 – de 15 a 19 de maio – no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), poderão visitar mais uma edição do Pub do Queijo. Nesta feira, o espaço trará uma degustação gourmet de queijos coalho e provolone. As peças serão comercializadas aquecidas na chapa em porções individuais em estande montado no Pavilhão Internacional. O projeto foi apresentado na manhã desta quinta-feira (9/05) durante lançamento oficial da exposição. Com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, de autoridades e lideranças do setor, a solenidade contou com café da manhã regado a produtos lácteos e queijo coalho assado.

A proposta, explica o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, é apresentar o produto com harmonizações diferenciadas ao lado de cervejas artesanais que estarão à venda no local. “Queremos mostrar ao consumidor todas as potencialidades gastronômicas do queijo. Que ele não é apenas uma alternativa de consumo com o vinho, mas que pode ser um excelente petisco junto com um chopp em um ambiente mais informal como a Fenasul”, pontuou. No local, também haverá diversos tipos de queijos de diferentes marcas para venda direta aos visitantes.

O Pub do Queijo é um projeto do Sindilat que teve início na Fenasul 2017 e foi replicado com sucesso na Expointer nos últimos dois anos (2017 e 2018). Recentemente, o projeto ganhou outros eventos, transcendendo o universo das exposições ligadas ao agronegócio. No mês de abril, o Pub do Queijo marcou presença na Feira da Loucura por Sapatos, na Fenac, em Novo Hamburgo, e diversos pedidos vêm sendo feitos ao sindicato para reproduzir a proposta pelo interior do Rio Grande do Sul.

Durante a solenidade de lançamento da Fenasul, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou o apoio das entidades que estão empenhadas em promover a Fenasul 2019, uma exposição que será feita com limitação de recursos. E lembrou da importância de agregar valor e abrir novos mercados para a produção leiteira gaúcha. O presidente da Febrac, Leonardo Lamachia, agradeceu o empenho dos diferentes elos do setor produtivo – do produtor à indústria – e do secretário da Agricultura, Covatti Filho, na organização do evento. “Vamos superar as dificuldades que a economia nos impõe com união, diálogo e cooperação”, frisou.  

Covatti Filho pontuou que a Fenasul e a Expoleite estão as prioridades do governo, assim como o setor leiteiro que merece mobilização por sua relevância. Citou ações de gestão que estão sendo adotadas para fortalecer as atividades do Parque de Exposições Assis Brasil. Segundo ele, entre as metas está a aplicação de placas de energia solar nos pavilhões de forma a abastecer a demanda local por eletricidade e gerar crédito para outros prédios públicos. Com uso de uma área coberta de de 2 mil m², estima ele, será possível uma economia de R$ 500 mil mensais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine

 
 

Câmara Setorial do Leite solicita prazo de transição para adequação às INs 76 e 77

A Câmara Setorial do Leite solicitou ao Ministério da Agricultura (Mapa) um prazo de transição para que os laticínios e produtores se adequem a algumas mudanças preconizadas pelas Instruções Normativas 76 e 77, previstas para entrar em vigor em 30 de maio. A principal preocupação refere-se às mudanças quanto à contagem bacteriana total do leite na plataforma – índice até então não contabilizado – e à temperatura de resfriamento e conservação do produto nas propriedades e no transporte. O prazo servirá para levantamento dos índices atuais atingidos, que serão os parâmetros do trabalho a ser realizado para atender às exigências. “Estamos pedindo prazo para monitorar alguns pontos antes da exigência a pleno e, com isso, atingir os índices de forma gradativa. Assim, acreditamos que os setores envolvidos terão tempo e condições de atender às normativas a contento visando a melhoria contínua de nossa produção”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, que participou de reunião do grupo realizada nesta manhã (09/5), em Brasília. 

Segundo ele, a solicitação partiu dos próprios laticínios, que temem iniciar a nova legislação com passivo junto ao governo federal.  “Relatamos a situação das indústrias, que, em sua maioria, têm dificuldades em atingir a contagem bacteriana total de 900 mil neste momento como define a nova lei”, afirmou. Por meio de especialistas e pesquisadores da Embrapa Clima Temperado e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as indústrias repassaram dados da atual situação dos laticínios e ressaltaram a preocupação com a possível falta de matéria-prima que pode decorrer da aplicação imediata das normas.

O grupo solicitou retorno do Ministério da Agricultura sobre o pleito até o próximo dia 30, quando as INs entram em vigor. “A reunião foi muito boa porque, através dos professores, pudemos apresentar nossos dados. Mas temos que trabalhar para atingir os índices que garantirão uma maior qualidade e competitividade para o leite gaúcho e brasileiro”, frisou o dirigente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Comitê define primeiras áreas que deverão adotar o sistema de autocontrole no país
O Comitê Técnico de Programas de Autocontrole definiu as quatro primeiras áreas que deverão adotar o sistema de autocontrole: alimentação animal (ração), fertilizantes, suínos e bebidas. Nesse sistema, o fabricante fica responsável pela qualidade do produto e o Estado fiscaliza. Cada uma das quatro áreas será trabalhada por um subcomitê específico, formado por integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e por representantes de cada setor.  Os subcomitês devem ser instalados até o dia 15 de junho e até 60 dias depois devem ser realizadas reuniões de avaliação com o Comitê Técnico para verificar os avanços de cada uma das áreas. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, José Guilherme Leal, a escolha das primeiras áreas foi feita com base na maturidade e na disposição dos setores que já manifestaram interesse em avançar em um primeiro momento. “Também levamos em conta a diversidade, para não ficar em uma área só. Isso vai ajudar a construir os modelos de autocontrole para depois expandir para outras áreas”, explicou. Na avaliação de Leal, o autocontrole vai trazer benefícios para toda a sociedade. “No caso do Ministério, vamos conseguir direcionar melhor as ações de fiscalização e as empresas vão aprimorar seus procedimentos de verificação e monitoramento dos seus produtos, assumindo mais responsabilidade sobre o que elas produzem”. Atualmente, a fiscalização do ministério acompanha o fluxo produtivo até o final e, com o autocontrole, esta tarefa será compartilhada com o setor privado. Os avanços nos modelos de autocontrole seguem a tendência crescente do uso de sistemas voluntários de certificação de qualidade e muitos países da União Europeia já criaram normatizações sobre isso. (As informações são do Mapa)

Porto Alegre, 08 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.974

   Lajeado recebe debate sobre as Instruções Normativas do Leite - INs 76 e 77

Lajeado reúne, nesta quinta-feira (09/5), representantes de empresas e entidades do setor lácteo gaúcho para apresentar as principais alterações no âmbito da produção e armazenagem do leite cru, previstas nas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que passam a vigorar no final do mês de maio. O evento acontece às 13h, no auditório do prédio 9, sala 514, na Univates, localizada na Avenida Avelino Talini, 171. As inscrições são gratuitas, limitadas e podem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/reuniao-lajeado-normativas-do-leite---ins-76-e-77__520926.

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite, sanidade e  plano de qualificação de fornecedores, depoimentos de produtores e indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável, além de mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via Whatsapp pelo número (51) 9 89091934. O evento contará com transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs).

De acordo com o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, a programação da reunião é bastante pertinente, visto que o prazo final para adequação está se aproximando e não haverá prorrogação. "Infelizmente, ainda têm gente que não está preparada para atender às normativas. Esperamos que haja um pouco de tolerância no começo da implementação para que não tenhamos um número grande de produtores descredenciados", afirma.

O encontro integra um circuito de discussões aberto em Porto Alegre no último dia 03/5 e que se repete também no interior do Rio Grande do Sul. A ideia é que produtores, indústrias e prefeituras possam sanar dúvidas sobre o tema e facilitar a adequação às normativas. 

A reunião é promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), pela Secretaria da Agricultura, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Univates. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                 
 

Secretário-executivo do Sindilat antecipa debate sobre as INS 76 e 77 aos veículos de imprensa de Passo Fundo

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, foi entrevistado no programa Mundo Rural, da Rádio Planalto, de Passo Fundo (RS), veiculado na manhã desta quarta-feira (8).  No espaço inteiramente dedicado a pautas do agronegócio gaúcho sob o comando do jornalista José Altair, Palharini antecipou o tema da reunião sobre as Instruções Normativas 76 e 77 para o setor lácteo. No debate realizado à tarde na Universidade de Passo Fundo (UPF), lideranças de diversas entidades ligadas ao setor e técnicos do Ministério da Agricultura detalharam as principais alterações no âmbito da produção e armazenagem do leite cru, previstas nas INs que entram em vigor no final deste mês.

O evento promovido pelo Sindilat e pela Superintendente Federal do Mapa no Estado, contou com palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção que mudam com as INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro teve ainda depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área.

Além de comentar sobre as mudanças que impactam o produtor de leite e a indústria, o secretário-executivo do Sindilat falou aos ouvintes da Planalto sobre a necessidade de mais investimentos do poder público em infraestrutura, de forma a permitir que os produtores realizem melhorias no âmbito das propriedades rurais. Um dos gargalos citados foi a energia elétrica, sistema que, segundo o dirigente, precisa ser qualificado para possibilitar, por exemplo, que o produtor adquira novos resfriadores e consiga entregar o leite dentro da temperatura prevista nas normativas.

Além da Rádio Planalto, Palharini concedeu entrevista ao vivo à Tua Rádio Alvorada, de Marau. Os detalhes da reunião sobre as INs em Passo Fundo foram o tema central da entrevista concedida à jornalista Rosana Costenaro, do programa No Ponto. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista concedida à Radio Planalto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Thaise Teixeira
 

Demanda por queijos continua crescendo nos EUA
 
Apesar da falta de demanda por leite fluido, os americanos estão desejando mais queijo e aumentando o consumo doméstico. De acordo com um artigo recente da RaboResearch, o consumo per capita de queijos cresceu de 6,5 para 16,7 quilos, um aumento de 10,2 quilos.
A demanda por queijos naturais e italianos, como queijo cheddar, colby, mussarela, entre outros, contribuiu para o crescimento desse consumo.

Em 1995, os americanos consumiam uma média de 5,3 quilos de queijo natural e 4,53 quilos de queijo de estilo italiano por ano. No entanto, este número cresceu para uma média de 6,8 quilos para ambas as categorias de queijo, de acordo com a Dairy Foods.

Anteriormente em queda no consumo, o queijo processado também está em ascensão. Saltando de 1,6 quilos em 2010 para aproximadamente 2,35 quilos de queijo processado a cada ano.

Os dados do USDA informam que os americanos só beberam o equivalente a 67,6 quilos de leite per capita em 2017, abaixo dos 112 quilos em 1975. De acordo com RaboResearch, no entanto, são necessários 4,5 quilos de leite para produzir um quilo de queijo. Como resultado, a redução anual de 44,45 quilos no consumo de leite fluido foi compensada pelo aumento de 102,5 quilos no leite usado para fabricar queijos. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 
Preço do leite ao produtor 
O preço do leite perdeu força em abril, mas mesmo assim, apresentou uma alta de 1% em relação a março, um valor muito abaixo comparado com o acumulado dos três primeiros meses do ano, que foi de quase 19%. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a pouca oferta do produto é o que está estimulando a elevação nos preços. Natália Grigol, analista de mercado do Cepea, explica que a queda nos valores está ligada ao cenário conturbado no setor no último ano, e complementa, “a produção ilimitada no campo, é uma questão atípica, porque no primeiro trimestre o produtor está em época de maior produção de leite, mas neste ano por conta de cenários climáticos adversos, de chover quando precisava e quando não precisava, isso causou uma influência negativa na produção. Além disso, o ambiente institucional político dentro do setor afetou teve influência no mercado”. “Com a oferta reduzida no primeiro trimestre, então as empresas de laticínios acabaram acabaram competindo mais pelo produto e o valor foi elevado, mas apesar da alta de 19%, as empresas tiveram dificuldades em repassar a matéria prima para os consumidores”, finaliza a analista. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Fonte da Notícia:Canal Rural)

Porto Alegre, 07 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.973

   GDT

 
                 
 
Competitividade do setor lácteo

O governo estuda um conjunto de medidas estruturantes para melhorar a situação dos produtores de leite no país. Entre as propostas está a desoneração tributária de insumos, como ração, e equipamentos (ordenhadeira, maquinário e equipamentos). A ideia, de acordo Eduardo Sampaio, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é estipular um plano de promoção da competitividade do setor de lácteos no Brasil com base em políticas públicas alinhadas às estratégias econômicas do governo federal.

O foco é aumentar a competitividade do setor reduzindo os custos de produção. Outro ponto solicitado pelo setor produtivo é a isenção de PIS/Confis para ração. O secretário disse a elaboração de metas e indicadores para o setor servirão para dar maior estabilidade, competitividade e resistência às oscilações de preço do leite e seus subprodutos. Outro aspecto, segundo Sampaio, é estabelecer diretrizes, com menor interferência estatal, na política agrícola, a fim de promover a competitividade real da cadeia de lácteos.

Outro tema levantado diz respeito ao desenvolvimento de um seguro rural específico para o setor leiteiro. O Ministério da Agricultura vai intermediar as discussões de novo modelo de seguro entre as companhias seguradoras e o setor produtivo do leite.

Novos modelos de incentivo à exportação
Desenvolvimento de novos instrumentos de política agrícola para o leite está entre as prioridades discutidas entre os representantes das entidades do setor produtivo e o governo. Também está em estudo um instrumento de apoio à comercialização do leite e a ampliação do acesso do produtor ao crédito rural.

De acordo com Eduardo Sampaio, está sendo discutido com a equipe econômica do governo mecanismos que permitam absorver o excedente do leite em período de safra, com oferta elevada e preços baixos. A ideia é ter oferta equilibrada do produto ao longo de todo o ano.

Para auxiliar os produtores na melhoria da qualidade e da produtividade de sua atividade, o Mapa irá fomentar maior adesão de laticínios e cooperativas no Programa Mais Leite Saudável. O programa já beneficiou cerca de 55 mil produtores e a meta é chegar a 150 mil até 2035. Além de beneficiar diretamente o produtor rural de leite, o programa coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação permite que as indústrias e cooperativas tenham acesso aos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins.
 
Trânsito interestadual de produtos artesanais
O ministério também trabalha na regulamentação do Selo Arte, instituído pela Lei nº 13.680/2018, que irá identificar e autorizar a comercialização interestadual de alimentos de origem animal produzidos de forma artesanal, como os queijos produzidos a partir de leite cru. A medida trará segurança aos estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte, além de fomentar o comércio de produtos agropecuários e promover a agregação de valor das cadeias artesanais.

Além disso, a medida objetiva dar ao consumidor a segurança de que o processo de produção é realizado de forma artesanal, respeitando características e métodos tradicionais ou regionais próprios, que atendem às boas práticas agropecuárias e de fabricação. É preciso garantir que os produtos atendam às exigências de segurança sanitária. Desta forma, o selo isenta a necessidade de inspeção sanitária federal do produto quando passar pelas barreiras de inspeção estadual ou do Distrito Federal. (Mapa)

 

Produção 

O monitoramento da produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras, UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos mostra a tendência atual da oferta de leite. Essas cinco regiões produzem 65% do leite mundial, e são responsáveis por 80% do comércio mundial de lácteos, sendo, portanto, essenciais para influenciar a direção dos preços nos mercados internacionais.

O tracker, (projeção) traça uma linha de base de comparação da produção atual e expectativa de crescimento ou queda.
 

- Em fevereiro de 2019 a captação de leite foi em média 796 milhões de litros por dia, 0,6% menor do que no mesmo mês do ano passado, que foi de 801 milhões de litros por dia, e pouco abaixo das expectativas.
- A queda na oferta de leite foi em decorrência da redução na produção da Austrália e Argentina. Embora tenha sido registrado pequeno aumento nos Estados Unidos e União Europeia (UE) em fevereiro, não foi o suficiente para cobrir o déficit apresentado pelas outras regiões.

- A produção de leite na Nova Zelândia ficou estática em fevereiro, registrando 65 milhões de litros por dia, sob o impacto da seca. Em fevereiro a média da Austrália foi 12,6% menor do que a registrada um ano antes, e continua com problemas na produção, enquanto a produção da Argentina foi impactada por temperaturas elevadas e inundações nas principais bacias leiteiras, desde dezembro de 2018.

A captação nos Estados Unidos e UE ficou 0,1% acima da registrada no ano passado, o equivalente a 0,2 e 0,5 milhões de litros dia, respectivamente. Na UE, a captação em regiões essenciais como Alemanha, França, Holanda e Espanha caiu em fevereiro, mas, isso foi contrabalançado pelos aumentos registrados no Reino Unido, Irlanda, Polônia e Itália. (AHDB Dairy – Tradução livre: Terra Viva)

 
Santa Clara 
A Cooperativa Santa Clara mais uma vez reuniu suas associadas, esposas e filhas de associados para o Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A 13ª edição do evento aconteceu na Associação dos Motoristas de Paraí neste sábado, dia 4 de maio, com uma intensa programação durante todo o dia, reunindo 1.700 mulheres. (Fonte: Página Rural)