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Porto Alegre, 08 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.040

   Com menor participação do Uruguai, importações voltam a cair!

Recentemente o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) divulgou dados de comércio internacional do Brasil referentes a julho/19. O volume internalizado de lácteos caiu 9% em relação a julho, e, 27% em comparação a julho/18. Ainda assim, como mostra o gráfico 1, o saldo da balança comercial dos lácteos em equivalente leite continua negativo em 67 milhões de litros.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Os produtos que tiveram maior redução no volume importado foram o leite em pó integral (-18%) e o soro de leite (-24%). Ambos representaram, em julho, cerca de 40,9% e 10,4% das importações totais, respectivamente.

Aliado a isso, os países que mais exportaram lácteos para o Brasil em julho foram, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Paraguai e Canadá, respectivamente, continuando a ser os nossos dois vizinhos do Mercosul os nossos principais vendedores de leite, representando cerca de 85% das vendas totais ao mercado brasileiro, como mostra a tabela 1.

Tabela 1. Principais origens de importações lácteas em jul/19; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Vale ressaltar também que os uruguaios perderam participação, principalmente, para a Argentina em julho quando comparado com o mês anterior. Como mostra o gráfico 2, as importações do Uruguai caíram cerca de 17% enquanto que as argentinas subiram 16%. Esse movimento se deve, principalmente, em função da produção uruguaia menor em 2019. O acumulado desse ano (jan-jun) aponta redução em torno de 8%, enquanto que só em junho, a produção foi 6,2% menor do que o mesmo mês de 2018.

Gráfico 2. Comparativo da participação de Argentina e Uruguai nas importações brasileiras de lácteos em jun/19 e jul/19; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT. 


 
Na tabela 2, você encontra o detalhes de volumes e valores transacionados na balança comercial láctea brasileira em julho de 2019.

Tabela 2. Balança comercial láctea em julho de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.


  (Milkpoint Mercado)

 

Ranking/AR 

Quando, em 2003, a firma canadense Saputo comprou Molfino Hnos, a empresa com fábricas em Tío Pujio e Rafaela era a terceira maior processadora de leite do país. Uma década e meia depois, já está competindo pelo primeiro lugar com La Serenísima. O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) atualizou o ranking das indústrias de laticínios, com dados fornecidos pelas empresas correspondente ao período julho de 2018 a junho de 2019.

Nesse período, a Mastellone Hnos AS processou, em média 3,31 milhões de litros de leite por dia, 6% abaixo dos 3,52 milhões processados de julho de 2017 a junho de 2019. Sua participação no total do leite produzido caiu de 12,4% para 11,8%, ainda que tenha mantido a liderança setorial.

Mas, com a Saputo em seus calcanhares, subiu o processamento diário de 3,12 milhões para 3,21 milhões de litros, alcançando uma participação de 11,5% este ano, contra 10,9% no exercício anterior. Ou seja, aumentou em 1,2% o percentual em um ano.

Ranking
O terceiro, quarto e quinto lugar também continuam inalterados. Embora tenha caído de 1,44 milhões de litros, para 1,36 milhões por dia, e a participação caído de 5,1% para 4,9%, a Williner (Ilolay) continua completando o pódio. O quarto posto ficou para a Sancor que reduziu 23$ de seu processamento diário, de um milhão de litros para 840 mil. Assim, baixou sua participação de 2,8% para 3%. Os cinco primeiros postos do Ranking é completado pela firma Villa María: Noal AS, que mantém um ritmo de processamento estável em torno de 750 mil litros diários, com uma participação de 2,7%. Também é preciso ressaltar um dado do OCLA que a Punta del Agua, também de Villa María, declinou de prestar informações. De qualquer forma, o OCLA estima que poderia estar ocupando quarto lugar deste ranking. (Agrovoz – Tradução livre: Terra Viva)

RS: fórum durante a Expointer vai debater programa de erradicação da febre aftosa

No dia 30 de agosto, será realizado o 1º Fórum Nacional bianual do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa 2017/2026 (PNEFA). O evento ocorrerá no auditório da administração central, na Expointer, em Esteio (RS), das 8h às 18h, e será aberto para a participação da sociedade.

O objetivo do fórum é discutir e informar sobre o andamento da execução do Plano Estratégico do PNEFA, além do seu impacto nacional para o setor produtivo, autoridades e sociedade em geral. O evento, que será transmitido ao vivo, terá palestras técnicas e mesas redondas com temas político-administrativos. O fórum será organizado pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, através da Divisão de Febre Aftosa e com a colaboração da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul, em parceria com a Secretaria Estadual ade Agricultura e outras instituições do agronegócio. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas neste link.

PNEFA
O objetivo do PNEFA é obter o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação no Brasil, a partir de 2019, alcançando todo país até 2023. Além disso, o PNEFA deverá projetar a demanda de vacinas, considerando o cronograma de retirada da vacinação contra a doença e a criação de um banco de antígenos e vacinas, o Banvaco, para atender possíveis emergências.

Paralelamente, o PNEFA prevê a ampliação e aprimoramento da capacidade de diagnóstico dos laboratórios para aftosa, fortalecendo a biossegurança destes locais e mitigando os possíveis riscos de escape e difusão do vírus da aftosa, entre outros pontos.

Programação
9h - 9h30: Credenciamento e retirada de material pelos participantes;
9h30 - 10h: Abertura - Mapa, SEAPDR e CNA;
10h - 10h30: Plano Estratégico 2017/2026 - Contextualização do PNEFA - importância da participação do setor privado - DSA/Mapa – Geraldo Moraes;
10h30 - 10h50: Intervalo;
10h50 - 11h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco I;
11h20 - 11h30: Discussões;
11h30 - 12h: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco II;
12h -12h10: Discussões;
12h10 - 14h: Intervalo para o almoço
14h - 14h30: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco III;
14h30 - 14h40: Discussões;
14h40 - 15h10: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco IV;
15h10 - 15h20: Discussões;
15h20 - 15h50: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico no estado do Paraná – Representante do estado do Paraná;
15h50 - 16h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico no estado do Rio Grande do Sul – Representante do estado do Rio Grande do Sul;
16h20 - 16h30: Discussões;
16h30 - 16h50: Intervalo;
16h50- 17h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado -Representante da Equipe Gestora Nacional - Visão geral;
17h20 - 17h30: Discussões Finais;
17h30 - 18h: – Encaminhamentos e encerramento - Mapa, SEAPDR e CNA.
(As informações são do Mapa)

 
Preço Cepea 
Buscando aperfeiçoar sua metodologia, a pesquisa do leite ao produtor do Cepea passará a focar, a partir de 2020, no preço líquido negociado. A ideia é explicitar aos agentes de mercado que o preço acompanhado se refere apenas ao valor recebido pelos produtores, sem adição de frete e impostos, facilitando, assim, a comparação e análise das informações. Atualmente, o Cepea calcula tanto o preço líquido, que não contém frete e impostos, quanto o preço bruto, que contém frete e impostos. Tendo em vista a grande heterogeneidade nas condições de frete e impostos no Brasil, a presença dessas duas variáveis exógenas ao preço do leite pode dificultar a comparação entre médias das diferentes regiões. Por esse motivo, decidiu-se por interromper o cálculo do preço bruto no ano que vem. É importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que os agentes de mercado estejam precavidos desses aspectos ao utilizar os dados em suas negociações. (Cepea)

Porto Alegre, 07 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.039

   Mercado LTO 

A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou, modestamente, (+0,2%) em maio. O volume teve crescimento de 1,6% em março e abril. A oferta de leite da Irlanda cresceu consideravelmente (+11%) em maio. Esse resultado acima de dois dígitos foi obtido pelo terceiro mês consecutivo. No Reino Unido, também teve crescimento. Na Polônia, foi menor do que a ocorrida nos meses anteriores. Na Holanda, Alemanha e França foi registrada queda de produção em maio.   


Apesar dos preços da manteiga na Europa estarem abaixo das cotações do mercado mundial, a demanda por exportação tem sido pequena.
 
A produção de leite nos principais países exportadores registrou queda em maio, exatamente como ocorreu em março de abril. As perdas mais acentuadas foram verificadas na Austrália e no Uruguai, enquanto na Nova Zelândia houve estabilidade no quinto mês do ano. A produção de leite nos Estados Unidos reduziu 0,4%. Dada à estagnação nos primeiros cinco meses de 2019, a taxa de crescimento do valor agregado nos principais países exportadores foi negativa no período: -0,4%.

O mercado da manteiga enfraqueceu desde a segunda quinzena de maio, depois da relativa estabilidade verificada em abril. Demanda pequena e oferta confortável, entre outros fatores, ajudaram a elevar os estoques, pressionando os preços. Apesar da cotação da manteiga na Europa estar abaixo da do mercado mundial, houve pequeno crescimento na demanda por exportações. Já para o leite em pó desnatado, depois da ligeira queda em junho, houve aumento da procura no início de julho. Atualmente a demanda para o leite em pó desnatado está firme, diminuindo a pressão sobre os preços. O mercado de leite em pó integral está fraco, mas, estável. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

 

Nestlé vende fábricas e licencia produção de leite UHT para Bela Vista
SÃO PAULO - (Atualizada às 12h31) A Nestlé, maior compradora de leite do país, está mudando sua política para leite UHT, ou longa vida. Fechou contrato de licenciamento, por 10 anos, das marcas Ninho e Molico com a Laticínios Bela Vista, que já produz o leite UHT Piracanjuba e LeitBom. 
Faz parte do acordo a venda à Bela Vista de 100% de duas fábricas da multinacional no país - a de Três Rios (RJ) e a Araraquara (SP). A fábrica de Carazinho (RS) será compartilhada pelas duas empresas. 
"Com esse acordo, vamos acelerar a expandir a distribuição das marcas Ninho e Molico", disse ao Valor Frank Plaumer, vice-presidente de marketing da Nestlé. O valor da operação não é revelado pela Nestlé, que vai receber royalties da Bela Vista.
O acerto deve ser comunicado ao Cade nos próximos dias e a estimativa da Nestlé é que a autarquia avalie a operação até o fim do ano, quando a Bela Vista poderá, então, assumir a operação acordada. Para o vice-presidente de marketing da Nestlé, Frank Plaumer, não se trata de operação que crie um grau de concentração importante no mercado de leite UHT. 
A multinacional tem joint ventures com a General Mills, para a produção de cereais matinais, e com a Fonterra, para a produção de iogurtes. Esta parceria com a Fonterra, a Dairy Partners Americas (DPA), foi colocada à venda neste ano, segundo o Valor informou em julho. 
Do total de leite que a Nestlé compra no Brasil, cerca de 1,7 bilhão de litros no ano passado, 10% vão para UHT. Os 90% são divididos para leite em pó (a maior parte), leite condensado, bebidas lácteas prontas para beber, requeijão e outros itens. 
O acordo prevê a manutenção de todos os funcionários que trabalham nas fábricas que estão sendo transferidas para a Bela Vista, que tem quatro unidades fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 5 milhões de litros de leite por dia. Emprega 2,6 mil pessoas.
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 140 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom, MeuBom e Viva Bem, além da parceria com a Blue Diamond, a maior produtora de amêndoas do mundo, para a produção das bebidas Almond Breeze. (Valor Econômico)
 
 
 
Presidente da Santa Clara receberá Medalha Don Charles Bird durante a 38ª Expoagas
No dia 20 de agosto, o presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, será homenageado durante a 38ª Convenção Gaúcha de Supermercados, a Expoagas, promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Ele será condecorado com a Medalha Don Charles Bird, que agracia anualmente um fornecedor do varejo que se destaca no segmento mercadista do Rio Grande do Sul.
O anúncio da homenagem foi feito na manhã de terça-feira, 06, no lançamento oficial da Expoagas. Durante o discurso, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, enfatizou o trabalho desenvolvido por Sauthier na direção da Cooperativa. "Queremos saudar o exemp7o de Rogerio Sauthier, um líder muito à frente do seu tempo que desenvolveu os pilares do associativismo para incentivar o crescimento dos cooperados", destacou. 
A medalha, que recebe o nome do primeiro presidente da Agas, será entregue durante a solenidade de abertura da Expoagas 2019, marcada para às 9h, no teatro do Sesi. A feira ocorre de 20 a 22 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. (Assessoria de comunicação Santa Clara)
 

 

Porto Alegre, 06 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.038

   Pub do Queijo tem amostra durante o lançamento da Expointer

Quem participou da cerimônia de lançamento da Expointer 2019 nesta segunda-feira (5/8), no Teatro da Ospa, em Porto Alegre, pôde conferir de perto uma amostra do que os visitantes da exposição irão encontrar no Pub do Queijo. O público foi recebido com lascas de queijos especiais, produzidos no Rio Grande do Sul, sem falar no queijo coalho assado que exalou seu perfume delicioso pelos salões. Também foram oferecidos achocolatados, bebidas lácteas e iogurtes.

Um dos primeiros a chegar para conferir as delícias foi o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Ele fez questão de degustar alguns tipos de queijo e destacar a parceria feita com o Sindilat para trazer o Pub do Queijo para o lançamento da Expointer. “É um projeto maravilhoso”, destacou.

Ao final da cerimônia, o governador Eduardo Leite também foi até o estande do Pub do Queijo experimentar algumas das delícias fabricadas no Rio Grande do Sul. Em seu discurso ao lançar mais uma edição da exposição, o governador ressaltou a força do povo gaúcho que não se acanha e segue em frente. “As dificuldades financeiras são do governo, não do Estado”. A cerimônia de lançamento da feira, que ocorre de 24 de agosto a 1º de setembro, foi prestigiada pelo diretor financeiro do Sindilat, Jéferson Smaniotto, e pelo secretário-executivo, Darlan Palharini.

O secretário da Agricultura lembrou que os ingressos para a Expointer já começam a ser vendidos na próxima semana e que, mais uma vez, poderão ser adquiridos junto com o ticket do Trensurb nas estações Mercado, Canoas e São Leopoldo. Apesar da queda geral de animais inscritos, Covatti Filho reforçou a expansão dos bovinos leiteiros e dos ovinos no Parque de Exposições Assis Brasil. Ainda destacou o crescimento da agricultura familiar nos últimos anos e mostrou-se otimista quanto aos resultados da feira, que deve bater o número de público e vendas de 2018. “Se existe progresso no campo é porque um homem chegou a cavalo”, ressaltou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Carolina Jardine

GDT

 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

USDA reduz previsão de produção de leite

Em seu recente relatório Dairy World Markets and Trade, o USDA Foreign Agricultural Service (FAS) reduziu sua estimativa para a produção de leite em 2019 em países selecionados, com relação à estimativa de dezembro, de 513,9 milhões de toneladas para 512,9 milhões de toneladas. O FAS reduziu sua previsão para a Argentina, Austrália e Estados Unidos, mas não alterou suas estimativas para a produção da UE-28 e da Nova Zelândia.

No entanto, a produção da UE-28 será provavelmente inferior à esperada, dado o recente calor extremo da Europa e à falta de chuva. O FAS ainda espera que a produção combinada dos principais exportadores de lácteos seja 0,5% maior que em 2018, abaixo da previsão de dezembro de crescimento de 1,5%.

O FAS revisou sua estimativa para a produção australiana para 8,6 milhões de toneladas, uma queda de 8% ano a ano. A revisão, apesar de difícil, não foi surpreendente, dada a contínua batalha do país com a seca e a grande liquidação da produção de leite. Até maio, a produção de leite na Austrália diminuiu 14% com relação ao mesmo período do ano anterior. O FAS disse que o consumo australiano deve permanecer estável, tornando menos leite disponível para uso industrial.

O relatório reduziu sua estimativa para a produção argentina em cinco pontos percentuais, mantendo a produção inalterada devido ao calor e umidade sustentados no início deste ano.

O FAS aumentou sua previsão de produção de leite na China e no México, prevendo 2,4% e 1,7% a mais de leite do que no ano passado, respectivamente. Na China, a modernização das fazendas e os altos preços do leite incentivaram os produtores a produzir mais. Ao mesmo tempo em que o FAS reduziu o aumento esperado na produção mundial, aumentou sua previsão para o consumo mundial de leite líquido, queijo e manteiga.

Se a previsão do USDA de maior demanda por produtos lácteos contra a oferta moderada de leite for acurada, os exportadores norte-americanos poderão ter uma oportunidade maior ainda este ano, mas a diferença atual entre os preços dos EUA e os mundiais pode ser difícil de exceder, a menos que os preços mundiais aumentem ou os preços dos EUA diminuam. (As informações são do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), com base no Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
PIB
O Banco Central estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, na qual voltou a indicar que há espaço para "ajuste adicional" nos juros básicos da economia. (Jornal do Brasil)

Porto Alegre, 05 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.037

  China deixa de ser maior parceiro comercial dos EUA em meio a disputa

A China perdeu seu lugar como principal parceiro comercial dos Estados Unidos durante a primeira metade de 2019, com as importações e exportações entre as duas maiores economias do mundo recuando, em meio a contínuas disputas tarifárias entre Washington e Pequim.

As importações de produtos chineses pelos EUA caíram 12% nos primeiros seis meses de 2019 em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de bens americanos para aquele país caíram 18%, apontou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira, em seu relatório comercial mensal.

O valor total do comércio bilateral com a China, de US$ 289,69 bilhões no primeiro semestre do ano, ficou abaixo dos montantes comercializados com o Canadá e o México pela primeira vez em mais de uma década.

O declínio nos fluxos de comércio atingiu os lucros dos agricultores e multinacionais dos EUA e fez com que importadores precisassem reorganizar suas complexas cadeias de fornecimento globais para eletrônicos, maquinaria e commodities. O dado também destaca o impacto crescente do esforço do presidente Donald Trump para negociar melhores condições para as empresas americanas na China e reduzir o déficit comercial dos EUA.

Em meio a um progresso lento nas negociações com Pequim, Trump anunciou na quinta-feira 10% de tarifas sobre outros US$ 300 bilhões em produtos chineses que, em contraste com as tarifas anteriores, incluem produtos populares como vestuário, brinquedos e celulares. "Se eles não quiserem mais negociar conosco, tudo bem para mim", disse Trump. "Até que haja um acordo, vamos cobrar tarifas deles." (As informações são do jornal Valor Econômico)

Adesão ao Sistema de Inspeção de Produtos de Origem Animal será incentivada

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai realizar, no próximo mês, dois eventos para mostrar as vantagens dos gestores públicos e das agroindústrias participarem do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi - POA). O primeiro é o seminário de sensibilização do Sisbi e o segundo um curso de atualização em inspeção higiênico-sanitária e tecnológica de carnes para médicos veterinários dos serviços de inspeção dos estados e municípios.

As inscrições são gratuitas e limitadas e podem ser feitas pelo site. Os dois ocorrerão na sede da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) entre os dias 2 a 6 de setembro.

O seminário será conduzido pela ministra Tereza Cristina no primeiro dia. Direcionado principalmente a gestores públicos, lideranças e empresários integrantes, esse evento vai demonstrar o funcionamento e perspectivas do Sisbi-POA, requisitos e procedimentos para adesão ao sistema, as inovações e a importância dos autocontroles para as agroindústrias.

A segunda parte será voltada aos médicos veterinários que atuam nos Serviços de Inspeção (SI) de Estados e Municípios de todo Brasil com foco na atualização sobre inspeção das principais espécies de abate (aves, bovinos e suínos) e procedimentos para verificação de programas de autocontroles (BPF, PPHO e APPCC). O objetivo é facilitar a obtenção ou manutenção da equivalência dos SI e adesão ao Sisbi - POA.

De acordo com a diretora do Departamento de Suporte e Normas, Judi Maria Nóbrega, “espera-se uma ampla participação, proporcionando atualização dos profissionais de inspeção que atuam nos estados e municípios, contribuindo para o aperfeiçoamento e fortalecimento do Sisbi - POA em todo o país”.

O evento será organizado pelo Departamento de Suporte e Normas (DSN) e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa com o apoio da Superintendência Federal da Agricultura no Mato Grosso do Sul (SFA-MS), da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul).

Sisbi
O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi - POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa), padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar.

Os estados, o Distrito Federal e os municípios podem solicitar a equivalência dos seus serviços de inspeção com o Serviço Coordenador do Sisbi. Para obtê-la, é necessário comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura.

Os estabelecimentos registrados nesses serviços estaduais e municipais que integrem o Sisbi podem comercializar seus produtos em todo o território nacional, nas mesmas condições de estabelecimentos registrados no SIF, com exceção de exportação. Para reconhecimento da equivalência e adesão ao Sisbi, os serviços estaduais e municipais devem comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Mapa. (As informações são do Mapa)

Preços LTO 

O cálculo da média mensal de preços do leite em junho de 2019 foi de € 33,29/100 kg, [R$ 1,49/litro]. Ligeiro aumento de € 0,09 em relação ao mês anterior. Comparado com junho de 2018, a média de preços aumentou € 0,66/100 kg, o correspondente a 2,0%. Apesar do preço estar mais elevado do que um mês antes, a diferença vem diminuindo. Além disso, o preço do leite este ano está mais estável do que na primeira metade de 2018.
 
Historicamente – e assim aconteceu em 2018 – o preço do leite cai na primavera e atinge seu menor valor em maio, quando há o pico da produção sazonal. Depois disso a produção cai e os preços aumentam. Este ano o comportamento do preço do leite foi mais estável. A expectativa é de que assim continue nos próximos meses. De um lado pelos anúncios de preços já realizados para os próximos meses, e por outro, pela evolução do mercado de produtos lácteos. Desde o final de maio, as cotações, especialmente, para manteiga e leite em pó desnatado caíram. Isso tornar pouco provável o crescimento dos preços do leite nos próximos meses. A amplitude do preço do leite demonstrou que de fato, em junho, 13 das 16 indústrias não alteraram seus preços. Somente as 3 indústrias francesas elevaram ligeiramente. A Saputo Dairy (formalmente a Dairy Crest) apresentou ligeira queda, mas, em decorrência da valorização cambial da libra diante do euro.

O preço do leite na Nova Zelândia, em dólares, não alterou, no entanto, dada à desvalorização da moeda neozelandesa diante do euro, o preço calculado em euros, caiu. O preço previsto é NZ$ 6,35/kgMS (variando na faixa entre NZ$ 6,40-NZ$ 6,40) mais os dividendos de NZ$ 0,125 (variando entre NZ$ 0,10-0,15), podendo totalizar NZ$ 6,475/kgMS, [R$ 1,26/litro].

Nos Estados Unidos da América (EUA), o valor expresso em euros variou 0,5 centavos para menos, em decorrência da desvalorização cambial do dólar norte-americano diante do euro. Mas o preço do leite Classe III caiu de US$ 16,38/cwt, [R$ 1,40/litro], em maio, para US$ 16,27/cwt, [R$ 1,39/litro], em junho. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)

 
Preço/MG 
O preço do leite em Minas Gerais está caindo em plena entressafra do produto, período em que tradicionalmente a remuneração do pecuarista sobe. Segundo produtores, a explicação está na queda do consumo. Como o litro subiu no primeiro semestre, o consumidor final passou a comprar menos. Sobrou leite nos estoques do varejo e a indústria está pagando menos ao criador. Diante disso, a pecuarista Silvânia Aparecida de Oliveira, de Juiz de Fora, busca alternativas para garantir lucro, uma delas é a produção de queijo. "As cooperativas estão pagando no máximo R$ 1,25 [por litro]. O [custo do] insumo não caiu, pelo contrário, está aumentando. Está ficando difícil”, avalia. Há um ano ela e o marido deixaram de vender leite para as cooperativas. A solução foi fazer parcerias com vizinhos. Eles conseguiram um valor mais alto, cerca de R$ 1,60 por litro. O produtor de queijos Gilson Expedito da Silva é um dos parceiros que compra o leite do casal. Ele diz que a distância pequena entre as duas propriedades facilita na hora de fechar o negócio. "A gente fica muito na mão da indústria. Eu decidi fazer uma situação diferente. Eu compro um leite com mais qualidade e consigo agregar valor pra quem está vendendo para mim também”, explica Silva, que vende os queijos e outros derivados lácteos para mercados da região.  (G1/Globo Rural)

 

Porto Alegre, 2 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.036

  Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa 

Leite/Europa – A segunda onda de calor do verão de 2019 se alastrou por muitas regiões da Europa Ocidental na semana passada. Em Paris, por exemplo, a temperatura ficou perto de 110º Fahrenheit, [43ºC].

Muitas outras partes da França registraram calor recorde. Foi extremamente quente na Alemanha, Holanda e Bélgica. As temperaturas voltaram ao normal na última semana. A expectativa é de que o calor deverá impactar na produção, embora a expectativa é de que ela possa ser recuperada. Não deverá haver implicações de longo prazo para a indústria de laticínios nesta temporada.

As negociações comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos iniciadas em julho de 2018 foram reiniciadas. A UE excluiu o setor agrícola das discussões, embora os EUA insistam na pauta. Assim, não houve nenhum progresso para assinatura de um acordo, conforme relatório apresentado pela UE esta semana.

Até maio, as exportações de queijo, manteiga e leite em pó desnatado aumentaram em relação aos volumes do ano anterior. Mesmo com a fraca produção de leite no início da temporada de 2019, houve matéria prima suficiente para atender a demanda desses produtos. As exportações de queijo da UE de janeiro a maio de 2019 chegaram a 355.093 toneladas, registrando aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2018, conforme dados da Eurostat.

No leste europeu a Bielorrússia contabilizou aumento nas exportações de produtos lácteos de janeiro a maio de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com dados do site CLAL. Os números são: manteiga, 34.000 toneladas (+6,6%); queijo, 97.000 toneladas (+21,8%); e leite em pó desnatado, 47.000 toneladas (+30,3%).  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

                  

RS: Expointer vai receber 3.975 animais neste ano
A 42ª Expointer, marcada para o período de 24 de agosto a 1° de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contará com 3.975 animais de argola, que participam de julgamentos e concorrem a premiações. O número, divulgado ontem pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é 6,36% menor que o do ano passado. A queda é puxada pela redução de 76% nas inscrições de pássaros ornamentais. Até o dia 10 de agosto as associações de criadores poderão inscrever os animais rústicos, que não participam de concursos.

Em categorias de destaque na exposição, como a dos ovinos e a dos bovinos leiteiros, entretanto, houve crescimento expressivo. Neste ano, serão 393 bovinos leiteiros, 17,6% mais do que os 334 exemplares de 2018. Nos ovinos as inscrições cresceram 10,3%, chegando a 782 animais, contra 709 do ano passado. “Surpreendeu positivamente o número de inscrições nas raças de maior interesse financeiro, especialmente no gado de leite, indicando perspectivas de melhoria nos negócios desta cadeia”, avalia o subsecretário do parque, José Arthur Martins.

Confirmando as expectativas, houve uma pequena redução nas inscrições dos bovinos de corte, que neste ano serão 543, pouco menos que os 548 de 2018. Segundo presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, o custo de manutenção dos animais na feira influência na decisão do produtor.

Também foi registrada queda no número de equinos inscritos, de 918 no ano passado para 860 neste ano. O coordenador da Seção de Exposições e Feiras da Seapdr, Paulo André Santos Coelho de Souza, afirma que a retração se deve à não realização de algumas provas dentro da Expointer e à coincidência de datas de algumas competições com o período da feira. “Mas isso é natural e já aconteceu em outras edições, sem influenciar nos resultados finais”, ressalta. A 42ª Expointer vai ser lançada na próxima segunda-feira, dia 10, às 14h, na Casa da Ospa, em Porto Alegre. (Correio do Povo)
 
 
Uruguai: envio de leite para as indústrias contraiu 8% no 1º semestre do ano
A produção de leite do Uruguai não para de cair. Entre janeiro e junho, os envios de leite para as indústrias contraiu 8% em relação há um ano, com 824,7 milhões de litros, segundo dados primários publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). Os envios de junho foram 6% menores do que no mesmo mês de 2018, embora tenham diminuído a diferença em relação a maio, que registrou queda de 10% no comparativo ano a ano.
 

 
A produção de leite enviada às indústrias em junho totalizou 154,7 milhões de litros, ante 164,9 milhões no ano anterior. Em doze meses (julho de 2018 a junho de 2019), totalizaram 1,991 bilhão de litros, apenas 1% abaixo do mesmo período anterior (julho de 2017 a junho de 2018), de 2,011 bilhões de litros. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Leite/América do Sul 
A oferta de leite aumenta sazonalmente no Cone Sul. No Brasil, a produção de leite continua nos níveis do ano passado e a demanda por soro de leite em pó é forte.
No entanto, as condições ruins das pastagens reduziram as expectativas de produção no Uruguai e na Argentina. A oferta atual de leite não é suficiente para atender as necessidades da indústria. As condições financeiras dos produtores melhoraram diante das boas colheitas de soja e milho, junto com o maior preço ao produtor. No entanto, a demanda de alguns produtos lácteos está fraca. As indústrias estão diante do dilema de pagarem preços pela matéria prima, que não poderão ser retornados com o atual nível das vendas, ou reduzirem o preço ao produtor e perder o fornecedor para o concorrente.
Alguns industriais acreditam que com o crescimento dos estoques os preços sejam pressionados no final do ano. Outros, no entanto, aguardam os resultados do acordo comercial entre o Mercosul e a UE, e que ele possa favorecer a indústria de laticínio. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 1º de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.035

  LEITE/CEPEA: preço ao produtor recua frente às fracas negociações e margens espremidas da indústria

O preço pago ao produtor em julho, referente ao leite entregue em junho, recuou 7,9% (ou 12 centavos/litro) frente ao mês anterior – essa foi a primeira queda mensal deste ano. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida (considera os preços do leite recebido por produtores sem frete e impostos dos estados de BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS) fechou a R$ 1,4064/litro em julho, 7,8% menor em relação à do mesmo período de 2018. Ainda assim, no acumulado de 2019, a variação se mantém positiva, em 11,5%, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de junho/19).

A pressão vem das fracas negociações de derivados lácteos nos últimos meses e também das margens espremidas das indústrias. As reduções mais expressivas nos valores médios foram verificadas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, onde as quedas de junho para julho foram de, respectivamente, 13%, 12% e 11,9%.

O ICAP-L (Índice de captação de leite) aumentou 3,4% na “Média Brasil”, influenciado pela produção nos estados do Sul, região que está em período de safra. Ainda assim, o potencial produtivo no Sul tem sido limitado, tendo em vista que as forrageiras de inverno não apresentaram um bom desenvolvimento, em decorrência do clima desfavorável. No primeiro semestre de 2019, o Custo Operacional Efetivo (COE) acumulou alta de 0,61% na “Média Brasil”.

Seguindo o movimento sazonal, para setembro, os preços tendem a diminuir, após o pico de entressafra no Sudeste e Centro-Oeste. Este ano, o comportamento do mercado lácteo verificado até o momento está bastante semelhante ao de 2017, com preços elevados no primeiro semestre, devido à oferta reduzida de matéria-prima, e queda brusca no segundo semestre, após a recuperação do volume de produção. Em 2019, no entanto, a produção não deve se elevar tanto como em 2017, por consequência da grande insegurança de produtores em realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo.

Além disso, empresas ainda enfrentam dificuldades em elevar o teto de preços dos derivados. No atacado de São Paulo, o preço do leite UHT caiu 4,8% em julho frente a junho, fechando em R$ 2,35/litro (média mensal com valores coletados até o dia 26). Já para a muçarela, o preço manteve-se estável, fechando com média de R$ 17,62/kg. No mercado de leite spot, a segunda quinzena de julho fechou com variações positivas nos estados amostrados, indicando que a oferta de matéria-prima no mercado ainda está insuficiente para abastecer o volume das empresas. (As informações do Cepea-Esalq/USP)

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de junho/19). Fonte: Cepea-Esalq/USP.

                  

RS: Mapa irá auditar serviço veterinário em setembro

De 2 a 6 de setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá auditar o serviço de defesa agropecuária do Rio Grande do Sul para verificar o andamento das melhorias implantadas desde outubro de 2017, quando foi feita a última avaliação. A inspeção vai começar um dia após o encerramento da 42ª Expointer, que ocorrerá no estado de 24 de agosto a 1º de setembro, considerada uma das maiores feiras agropecuárias do mundo.

A auditoria estava prevista inicialmente para 2020, mas será antecipada em função da solicitação do governo do Rio Grande do Sul de retirar a vacinação contra a aftosa antes de junho de 2021, conforme prevê o cronograma previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).

Quatro veterinários dos estados de Minas Gerais, do Mato Grosso e do Tocantins percorrerão seis municípios gaúchos e a capital. Irão avaliar 42 itens que vão desde recursos humanos, a situação dos postos fixos de fiscalização agropecuária, revendas de vacinas até Unidades Veterinárias Locais (UVL) e Escritórios de Atendimento à Comunidade.

A cada três anos, todos os estados têm o Serviço Veterinário Oficial (SVO) auditado, como determina o programa QualiSV. O objetivo é verificar se as unidades da Federação estão cumprindo as diretrizes básicas da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entre elas disponibilidade de recursos humanos e capacidade de certificação.

Os resultados esperados nas auditorias são: permitir uma visão mais clara, atualizada e global dos serviços veterinários, transparência, regularidade e agilidade do sistema de avaliação destes serviços e orientação para aperfeiçoamento dos pontos fracos.

Auditorias
As próximas auditorias serão realizadas em Pernambuco, de 16 a 20 de setembro; no Maranhão, de 30 de setembro a 4 de outubro; em Rondônia, de 7 a 11 de outubro; no Rio de Janeiro, de 21 a 25 de outubro; em Minas Gerais, de 18 a 22 de novembro;  e no Espírito Santo, de 25 a 29 de novembro. (As informações são do Mapa)

Copom corta Selic pela primeira vez em 16 meses, de 6,5% para 6%

O Banco Central do Brasil se juntou ao movimento global de alívio monetário com a redução de 0,50 ponto percentual na Selic – taxa básica de juros da economia -, anunciada após reunião desta quarta-feira (31). A decisão dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) foi tomada por unanimidade.

O mercado estava dividido entre a aposta de um corte de 0,25 ponto percentual ou de 0,50. Estacionada nos 6,5% há mais de um ano, a Selic passa agora aos 6% ao ano — uma nova mínima histórica no Brasil.  

No comunicado, o Copom destaca o avanço do processo de reformas e sinaliza um corte de mesma magnitude na próxima reunião. “O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo”.
O Copom, que se reúne a cada 45 dias para discutir a Selic, não mexia na taxa desde março de 2018. A reunião desta semana foi a terceira sob o comando de Roberto Campos Neto, presidente do BC desde fevereiro.

O caminho para a redução dos juros foi pavimentado por uma mistura de fatores: fraqueza persistente nos dados de atividade econômica, inflação controlada e reforma da Previdência aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

Juros mais baixos tendem a estimular a atividade econômica por meio de crédito mais barato e estímulo ao consumo.

A decisão da instituição foi acertada, segundo Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “De fato, as expectativas eram de uma inflação sob controle, sem se desviar da meta mesmo no cenário de corte de taxa, como se viu no relatório de inflação de junho”.

Para o economista, o comitê abre espaço para um novo corte de 0,5 p.p. na próxima reunião e talvez um possível 5% sendo alcançados esse ano. “A reforma da previdência ajuda nessa possibilidade, mas o central segue sendo um IPCA muito sob controle e um nível de atividade em recuperação muito frágil ainda”, diz.

A queda dos juros por si só não deve incentivar a economia, segundo André Perfeito, economista chefe da Necton, “mas trará efeitos benignos para a inflação de ativos, notadamente bolsa se valores e títulos públicos”, diz.

Na leitura de Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, com a decisão, o BC mostra que vê uma melhora importante no balanço de risco de inflação e mostra confiança na sua estratégia. “É como se ele dissesse que não precisa ir devagar, pois confia na sua estratégia”.

O impacto do corte na economia, no entanto, deve ser marginal, segundo a economista. “Impacta de alguma forma o mercado de crédito, a confiança do empresário, mas nossa fraqueza é muito mais estrutural do que por demanda”. (As informações são do portal Exame)

 
Sig/China 
A SIG construirá uma segunda unidade de produção em Suzhou, na China, para atender à crescente demanda por embalagens cartonadas assépticas na Ásia-Pacífico. A planta de 120.000 m2 no Parque Industrial de Suzhou (SIP), próxima às instalações de produção e centro tecnológico da empresa, custará 180 milhões de euros, e estará operando no início de 2021. Rolf Stangl, presidente da SIG, disse que o mercado de alimentos e bebidas na Ásia tem crescido continuamente, e deve continuar. “Nossa planta continuará trazendo novos e inovadores conceitos de produtos e embalagens para o mercado, de forma rápida e eficiente. A nova fábrica perto do Centro de Tecnologia é fundamental para a SIG Ásia. Vamos ampliar nossos negócios na região, mas, também nos adaptar ao estilo de vida dos consumidores asiáticos”, disse ele. (Dairy Reporter – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 31 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.034

  Exposição vai receber 3.975 animais neste ano

A 42ª Expointer, marcada para o período de 24 de agosto a 1° de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contará com 3.975 animais de argola, que participam de julgamentos e concorrem a premiações. O número, divulgado ontem pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é 6,36% menor que o do ano passado. A queda é puxada pela redução de 76% nas inscrições de pássaros ornamentais. Até o dia 10 de agosto as associações de criadores poderão inscrever os animais rústicos, que não participam de concursos. 

Em categorias de destaque na exposição, como a dos ovinos e a dos bovinos leiteiros, entretanto, houve crescimento expressivo. Neste ano, serão 393 bovinos leiteiros, 17,6% mais do que os 334 exemplares de 2018. Nos ovinos as inscrições cresceram 10,3%, chegando a 782 animais, contra 709 do ano passado. “Surpreendeu positivamente o número de inscrições nas raças de maior interesse financeiro, especialmente no gado de leite, indicando perspectivas de melhoria nos negócios desta cadeia”, avalia o subsecretário do parque, José Arthur Martins. 

Confirmando as expectativas, houve uma pequena redução nas inscrições dos bovinos de corte, que neste ano serão 543, pouco menos que os 548 de 2018. Segundo presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, o custo de manutenção dos animais na feira influência na decisão do produtor. Também foi registrada queda no número de equinos inscritos, de 918 no ano passado para 860 neste ano. O coordenador da Seção de Exposições e Feiras da Seapdr, Paulo André Santos Coelho de Souza, afirma que a retração se deve à não realização de algumas provas dentro da Expointer e à coincidência de datas de algumas competições com o período da feira. “Mas isso é natural e já aconteceu em outras edições, sem influenciar nos resultados finais”, ressalta. A 42ª Expointer vai ser lançada na próxima segunda-feira, dia 10, às 14h, na Casa da Ospa, em Porto Alegre. (Correio do Povo)

                  

Kantar: frequência de compras cai ainda mais em 2019

A instabilidade política e econômica que ainda se apresenta nos primeiros meses de 2019 continua impactando a performance das categorias de consumo massivo (FMCG) dentro do lar e ainda não apresenta sinais de recuperação. No último trimestre terminado em maio de 2019, houve uma redução de 9% na frequência de compra - valores indexados nos últimos três meses terminados em agosto de 2016 - aponta o levantamento Consumer Thermometer da Kantar, multinacional de painéis de consumo. O número representa a maior queda comparando a série histórica.

Neste período, entre as categorias que mais perderam participação no carrinho dos brasileiros, estão o chá pronto (-24%), cera para assoalho (-22,2%), bebida de soja (-14,3%), além de leite pasteurizado (-13%) e suco em pó (-11%). 

 

 
Em contrapartida, alguns produtos ganharam espaço e foram comprados mais vezes pelas famílias. Caso do petit suisse, que registrou aumento de 11% de frequência, seguido por produtos de barba (10%), limpador sanitário (9%) e molho para salada (8,3%).
 


 
"Apesar de cenário de retração, algumas tendências se consolidam no mercado nacional. São elas: a preferência pelas categorias práticas e de indulgência que continuam conquistando novos lares no Brasil e o crescimento do atacarejo como canal de compra", analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

A categoria de mercearia doce, por exemplo, ganhou 2% em volume de unidades no ano acumulado. Neste período, sorvete, leite fermentado e azeite registraram aumento na presença nos carrinhos dos brasileiros. Analisando apenas os primeiros cinco meses de 2019, ganharam espaço também suco pronto e maionese.

Em relação aos canais de compra, o atacarejo continua avançando em participação de mercado e ganhou mais 2,5 pontos de penetração entre março e maio deste ano. Os supermercados de conveniência também se destacaram com melhora de 2,1 pontos de penetração no mesmo período.

No ano acumulado (últimos 12 meses terminados em maio), o recuo no volume de unidades foi sentido por todas as classes sociais e em todas as regiões do País. As classes AB registraram queda de 3,9% e apenas as classes DE tiveram leve crescimento com 0,7% de alta. Já. A região Sul é a que mais sofreu redução com perda de 4,4% em volume de unidades compradas. (As informações são da Kantar)

Premiação Embrapa 

O Ideas for Milk, ação desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite, que reúne um desafio de startups, um hackaton (batizado pela instituição de “Vacathon”) e uma caravana de palestras para despertar o interesse de jovens em todo o Brasil sobre empreendedorismo digital na cadeia do leite, está entre os cinco projetos premiados na categoria “Destaque Nacional” do concurso Learning & Performance Brasil 2019/2020. 

O Prêmio busca promover o compartilhamento das melhores práticas em desenvolvimento de talentos e gestão de performance, selecionando projetos de transformação digital de negócios. Junto com a Embrapa, serão laureados projetos do Bradesco (Plataforma MEI); do Banco Digital NEXT; do município de Barueri-SP (Barueri Cidade Inteligente) e do Centro de Mídias de Educação do Amazonas. A solenidade de Premiação será presidida por Vicente Falconi, da Falconi – Consultores de Resultado e ocorrerá no dia 19 de agosto de 2019, às 19h, no Renaissance São Paulo Hotel, na capital paulista. O Prêmio Learning & Performance Brasil foi criado em 2012 e é uma evolução do Prêmio e-Learning Brasil, promovendo o compartilhamento das melhores práticas em desenvolvimento de talentos e gestão de performance. Já foram reconhecidos mais de 150 projetos desde que a premiação foi instituída.

O propósito do Institute for Learning & Performance é promover, no Brasil, o desenvolvimento dos projetos de transformação digital de negócios por meio da apropriação das tecnologias por parte das pessoas, melhorando continuamente sua produtividade a partir do desenvolvimento e da efetiva aplicação de suas competências. Busca-se, assim, potencializar a performance, os resultados e a competitividade das organizações, de forma sustentável e com respeito a diversidade humana. Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, receber esse prêmio significa que “estamos no caminho certo”.

O Ideas for Milk foi agraciado na modalidade Governamental, com foco em Business Digital Transformation. As práticas do projeto da Embrapa destacadas pelo Institute for Learning & Performance foram:

- Promoção da mudança do mindset da Embrapa, que é a principal empresa de geração de Soluções Tecnológicas do Agro, no mundo Tropical;
- Criação de um único Ecossistema do Agronegócio Brasileiro;
- Crescente atuação em rede, que vai possibilitar que o Brasil continue competitivo na produtividade de alimentos no Mundo 4.0.

Este ano, a Embrapa Gado de Leite lançará a quarta edição do Ideas for Milk. “Queremos continuar fomentando o surgimento do ecossistema, reunindo empresas, universidades, pesquisa agropecuária e o setor produtivo, capaz não apenas de apresentar soluções, mas de empreender, transformando as soluções em novas startups para a cadeia produtiva do leite”, diz Martins. A iniciativa rendeu frutos. Outras unidades da Embrapa já possuem ações semelhantes para outras cadeias produtivas, como a Embrapa Suínos e Aves (Inova Pork), Embrapa Meio Norte (Ideas for Farm) e Embrapa Café (Avança Café). Fora da empresa, o Ideas for Milk serviu de modelo para o Desafio Agro Startup, do Senar Goiás. (Embrapa) 

 
Mercado do Nordeste brasileiro é o destino da maior parte do leite em pó da CCGL de Cruz Alta/RS
A maior parte do leite em pó produzido pela CCGL, em Cruz Alta (RS), é comercializado para Estados do Nordeste brasileiro. Segundo o diretor/superintendente da cooperativa, Guillermo Enrique Dawson, a venda para o Nordeste representa 87% da produção. Quando a fábrica foi implantada, esse percentual era de 5 a 10%. No momento, a CCGL também exporta para a Venezuela e Argélia. Agora, a expectativa se refere ao início da venda de produtos lácteos da CCGL para a China. Isso porque, a cooperativa integra a lista de 24 indústrias brasileiras, habilitadas pelo governo chinês, que poderá exportar lácteos. No caso da CCGL, haverá venda de leite em pó e creme de leite. Durante entrevista na Revista da Propriedade Industrial (RPI), Guillermo Enrique Dawson, aproveitou para ressaltar que está em construção, na CCGL, em Cruz Alta, uma indústria para produção de leite condensado. O investimento, de aproximadamente 30 milhões de reais, deve estar concluído em março do próximo ano e a produção deve ficar em cerca de 90 toneladas de leite condensado por dia. (As informações são da Rádio Progresso de Ijuí)

Porto Alegre, 30 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.033

  Produção/UR 

A produção de leite não para de cair. Entre janeiro e junho a captação de leite pela indústria contraiu 8% em relação a um ano atrás, com 824,7 milhões de litros de acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). A captação de junho foi 6% inferior à de igual mês de 2018 reduzindo a queda de maio que foi de 10%. A produção de leite enviada para as indústrias, em junho, totalizou 154,7 milhões de litros, contra 164,9 milhões um ano antes.
 
Em doze meses (julho de 2018 a junho de 2019) totalizou 1.991 milhões de litros, apenas 1% abaixo em relação ao período imediatamente anterior (julho de 2017 a junho de 2018) que foi de 2.011 milhões de litros. (Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

                  

Produção de leite cai 0,1% na UE em maio

O Observatório Europeu do Mercado Leiteiro, em seu relatório mais recente, afirma que a produção de leite em maio de 2019 caiu 0,1% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com 14.000 toneladas a menos sendo produzidas.

Em relação à produção acumulada dos primeiros cinco meses observa-se aumento entre 2018 e 2019 de 0,3%. Na seção positiva, destaca-se aumentos na Irlanda, Reino Unido e Espanha. Enquanto no negativo, destacam-se a queda na França, na Alemanha e, principalmente, a redução na Holanda.

Quanto ao mês de maio em si, da queda total de 0,1% na produção, destacam-se Irlanda, que foi na contramão e apresentou um aumento de 10,8%, o que se traduz em mais 110.000 toneladas captadas, enquanto, no Reino Unido, o aumento foi de 1,6%, representando 23.000 toneladas a mais do que em maio de 2018.

Quanto às quedas, a Holanda se destaca com uma queda de 2,5%, o que significa 31 mil toneladas a menos; a redução de 1,6% na França, com 36.000 toneladas a menos coletadas pela indústria; e a queda de 1,5% na Alemanha, com 44.000 toneladas a menos coletadas. (As informações são do Agronews Castilla y León, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Preços/AR 

Nos últimos remates de vacas e novilhas em Córdoba e Santa Fé foi comprovado que o mercado compreende e aceita que o preço das vacas estão intimamente conectados ao preço do leite. Claro está que levando em conta que o preço do leite chegou a seu teto – inclusive existem mensagens baixistas para os próximos meses – a pergunta que se faz no mercado da animais de leite é se também chegou ao teto o preço das vacas e novilhas?

“A vaca de ponta continua sendo vendida entre 4.500 e 5.000 litros de leite, e a vaca comercial entre 3.800 e 4.000 litros de leite, mas, estou seguro de que o preço nos demais leilões seguirão o preço do leite. Agora, o que também ajuda a manter o bom preço, são os bons valores das vacas de descarte, que continuam firmes e cada vez mais procurada. Portanto, essas duas variáveis são as que estão explicando, principalmente o movimento dos preços”, disse Miguel Romano, leiloeiro da Cooperativa Guillermo Lehmann.

Existem outros aspectos como maior perda de vacas por problemas sanitários ou a boa oferta de pastos (pelas últimas chuvas que caíram nas zonas produtoras) que também ajudam em menor medida a manutenção dos preços.

Por exemplo, os preços do leilão organizado no dia 19 de julho pela Cooperativa Guillermo Lehmann em Pilar, Santa Fe, foram os seguintes:

Vacas adiantadas ou paridas: Máximo AR$ 100.000, [mais de R$ 8.000,00]; média AR$ 65.800, [R$ 5.700,00]

Vacas prenhas de 1 a 4 meses: Máximo AR$ 44.000, [R$ 3.800,00]; média AR$ 37.200, [R$ 3.200,00].

Vacas a inseminar: Máximo AR$ 33.000, [R$ 2.800,00]; média AR$ 29.070, [R$ 2.500,00].

Vacas intermediárias e novilhas: Máximo AR$ 23.000, [R$ 2.000,00]; média AR$ 18.100, [R$ 1.500,00]. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)
 
Brasil vai exportar lácteos para a China
A China vai começar a importar produtos lácteos do Brasil. Com isso, as vendas externas do setor devem crescer quase 10% já nos próximos meses. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem veiculada no programa Band News. (Band)

Porto Alegre, 29 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.032

  Afinal, queijo engorda?

Chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da UFSM dá dicas de como manter uma dieta saudável com a inclusão de produtos lácteos 

Responde: Neila Richards, chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Nenhum alimento individualmente engorda ou emagrece, depende de como ele é inserido na dieta alimentar. Até porque a gordura é necessária, além de conter ácidos graxos essenciais, faz o transporte das vitaminas A, D, E e K. 
As gorduras presentes nos queijos são as naturais do leite, formadas por ácidos graxos com efeitos benéficos sobre a saúde. Os fatores que levam à obesidade são complexos, mas o excesso de energia consumida durante um longo período pode levar ao ganho de peso, ou seja, certos hábitos alimentares estão associados a um maior risco de obesidade por seu alto teor de energia. 
Uma dieta saudável inclui alguns produtos lácteos, sendo que o consumo em quantidades moderadas de queijo não aumenta risco de obesidade. A gordura do leite tem ácido graxo oleico (18 carbonos e 1 dupla ligação), que é um protetor contra a aterogênese (depósito de gordura nas artérias).  

Pessoas que consomem no mínimo três porções diárias de produtos lácteos (incluindo leite integral) tendem a ter melhor saúde cardiovascular, além da redução da gordura abdominal. Os franceses têm o hábito de comer queijo em todas as refeições e sofrem menos problemas de sobrepeso. O queijo ajuda a acelerar o metabolismo e a reduzir o risco de obesidade. 
O fato de o queijo ser mais amarelo não significa que tenha mais gordura. Na fabricação de alguns queijos (por exemplo, prato e chedar), o corante urucum é adicionado. Além disso, alguns têm sua massa semicozida ou cozida, portanto, recebem calor durante a elaboração, intensificando a coloração amarela. 

Alguns queijos brancos, como muçarela de búfala, mascarpone, cream cheese e gorgonzola têm muito mais gordura do que os de tipo prato e o colonial.

Em quantidades equilibradas, nenhum alimento faz mal ao organismo. (Zero Hora)

                  

 
Projeções/FAO
 
A produção mundial de leite deverá crescer 1,7% por ano nos próximo dez anos (atingindo 981 milhões de toneladas em 2028), mais rápido do que a maior parte dos outros produtos agrícolas.
Ao contrário do que passou nos últimos dez anos, o crescimento previsto dos plantéis (1,2% por ano) é superior à média da produtividade (0,4%), e o rebanho de vacas leiteiras deverá aumentar mais rapidamente nos países onde a produtividade é baixa.
Assim, na Índia e no Paquistão, dois grandes produtores de leite, serão responsáveis por mais da metade do crescimento da produção mundial nos próximo dez anos e por mais de 30% da produção mundial em 2028. A produção da União Europeia, segundo produtor mundial, deverá crescer mais lentamente do que a média mundial, porque ela é pouco exportadora e a demanda interna terá aumento muito pequeno.
O leite é um produto muito perecível, que deve ser transformado rapidamente, logo após a captação. Ele não pode ser estoque, por mais que poucas dias. Assim, o essencial da produção de leite é consumida na forma de produtos frescos, que não são transformados. O consumo mundial desses produtos deverá crescer nos decorrer dos próximos dez anos, em decorrência da forte demanda proporcionada pelo aumento da renda e o crescimento da população nos países em desenvolvimento. De acordo com as projeções, o consumo mundial per capita de produtos lácteos frescos aumentará 1% por ano, no próximo decênio, ou seja, um pouco mais rápido do que o aumento registrado no decênio anterior, como efeito da elevação da renda por habitante, em particular na Índia. Na Europa e América do Norte, a demanda por produtos lácteos frescos terá recuo, mas, a tendência será de consolidar o consumo da matéria gorda do leite. Nessas duas regiões o segundo produto lácteo na ordem de preferência é o queijo, cujo consumo deverá aumentar no período estudado.
 

 
O comércio mundial de leite ocorrerá, principalmente, com produtos industrializados. A China tem um pequeno consumo por habitante, mas, é o maior importador mundial de produtos lácteos, especialmente de leite em pó integral. O Japão, a Rússia, o México, o Oriente Médio, e o Norte da África serão os outros grandes importadores líquidos de produtos lácteos. Os acordos comerciais internacionais (PTPGP, AECG e o acordo preferencial entre o Japão e a União Europeia) dispõem de capítulos específicos para os produtos lácteos (como os contingenciamentos tarifários) que favorecem as transações comerciais.
Desde 2015, o preço da manteiga ultrapassa substancialmente o do leite em pó desnatado. Essa evolução reflete a demanda internacional, mais forte para as matérias gordas do leite do que pelos outros constituintes sólidos do leite, e isto constituirá uma característica estrutural do setor nos próximos dez anos.
A evolução do ambiente comercial poderá trazer modificações sensíveis no comércio de produtos lácteos. O Brexit, por exemplo, poderá incidir sobre quantidades consideráveis de queijo e outros produtos lácteos que, atualmente são comercializados entre a União Europeia e o Reino Unido, enquanto que o Acordo Canadá-Estados Unidos-México (ACEUM) deverá repercutir sobre o fluxo comercial na América do Norte.
Até o momento, os principais países consumidores, Índia e Paquistão, têm pouca presença no comércio mundial. Se eles se envolvessem mais no comércio, poderia haver um impacto significativo nos mercados internacionais. (FAO - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
Lácteos/AR 
 
A situação dos produtores de leite melhorou sensivelmente nos últimos meses e isto é muito bom, e um ato de justiça para aqueles ficaram em pé depois de uma longuíssima crise de rentabilidade que durou vários anos.
Como se dá essa recuperação? Um dos modos de ver é medir a participação do primeiro elo da cadeia sobre o valor médio final do litro de leite ao consumidor. Nesse exercício se nota claramente que a recuperação das margens ao produtor não foi dividida entre os elos. Houve perda pelas indústrias de laticínios, com pouca repercussão no setor comercial e no Estado, que, pouco ou nada, perderam.
Os dados frios surgem da análise mensal realizada pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (IAPUCo) publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea (OCLA). As conclusões são nossas, mas, são muito evidentes. Vejamos o gráfico.
 
 
A participação do produtor no valor final apresenta os valores máximos da série disponível (67 meses, desde dezembro de 2013). Isto é, um percentual exato de 36%. Se o valor final de todo o leite fosse 1 dólar por litro, o produtor iria ficar com 36 centavos. Em dezembro de 2015, quando assumiu o atual governo, havia atingido o mínimo. Estava em 22,4%.
É uma boa notícia a recuperação da participação do produtor, ainda que a mesma tenha custado sangue, suor e lágrimas (muitas fazendas de leite foram fechadas, com suas histórias, e maior concentração do negócio). Mas o que tem de importante neste novo relatório da OCLA é o dado de que agora é a indústria de laticínios (o segundo elo da cadeia) que carrega todo o peso dessa situação: dos 4 pontos percentuais ganho pelo produtor em 2019, as fábricas perderam 3 pontos, e o setor comercial apenas 1%.
A participação da indústria sobre o valor final do leite, a rigor, passou de 26,5% em janeiro deste ano, para 23,3% em junho passado. No caso do comércio, sua participação caiu de 25,3% para 24,5%, quase nada.
E quem não faz nada diante da crise evidente da cadeia produtiva é o Estado em todas as suas variantes. Os impostos saíram de 16,2% para 16,3% do valor final do litro de leite. Inalterados. Em dezembro de 2015, quando assumiu este governo, o percentual do Estado era de 15,8%. (Bichos de campo - Tradução livre: Terra)
 

Iogurte para o esporte
 Voltado para um público apaixonado por esportes, a linha X-Protein da Piá está com um desempenho 15% acima do que havia sido projetado em seu lançamento, ocorrido em agosto de 2018. 
Comercializado nos sabores de morango, açaí com guaraná e banana, os iogurtes X-Protein são produzidos sem gordura, sem lactose e sem açúcar. "O sucesso da linha X-Protein é resultado do investimento em pesquisa e desenvolvimento, que trouxe um produto de qualidade superior e das ações de vendas realizadas no Litoral durante o verão e junto aos principais clientes do RS", destaca o gerente de marketing da Cooperativa, Tiago Haugg. 
A Piá também buscou novas ações para tornar a linha X-Protein conhecida, como degustação nas melhores academias e junto aos principais influenciadores digitais da Região Sul do país. (Zero Hora - Insider2 Comunicação) 
 

 

Porto Alegre, 26 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.031

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Julho de 2019 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Maio/2019: De 29/04/2019 a 02/06/2019
Mês de Junho/2019: De 03/06/2019 a 30/06/2019
Decêndio de Julho/2019: De 01/07/2019 a 21/07/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)

                  

Brasil deve elevar a produção de leite em 22% até 2029

A produção brasileira de leite deve apresentar um crescimento de 21,7% na próxima década, aponta o estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29” divulgado nesta quinta-feira, 25 de julho, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo os pesquisadores, o crescimento do setor deve apresentar taxas anuais de 2% a 2,8% nos próximos dez anos, puxado por melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais.

Para o consumo, a projeção aponta crescimento de 21,63% no mesmo período, passando de 35,4 bilhões de litros projetados para 2019 para um volume superior a 43 bilhões de litros em 2029. Com isso, a importação deve avançar 10,29% em dez anos, alcançando 75 bilhões de litros em 2029.

No caso das exportações, as projeções do Mapa são de queda, de 1,18 bilhões de litros esperados para 2019 para 1,16 bilhões de litros em 2029 – queda de 2,1% (MAPA)

Preço/UR

O preço do leite ao produtor estimado para junho é de 10,82 pesos por litro, [R$ 1,15/litro], registrando um valor 2,7% superior ao de maio, e em dólares foi de US$ 0,31/litro, com incremento de 2,5% na mesma comparação.

Em relação a um ano atrás (junho de 2018) o preço do litro apresentou aumento de 5% e moeda nacional, mas, caiu 8,2% em dólares norte-americanos.

A composição média estimada do leite foi de 3,82% de matéria gorda e 3,43% de proteína, o que determinou que o preço por quilo de sólido fosse de 147,00 por quilo, valor 4% superior ao do mês anterior, mas, 3,3% menor quando comparado com um ano atrás. (Inale – Tradução livre: Terra Viva)

Consumo/AR

A informação elaborada pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) mostra o seguinte quadro sobre a venda de lácteos no mercado interno, entre janeiro e maio de 2019, comparado com o mesmo período de 2018. Os litros em equivalente leite são obtidos convertendo cada produto em função da quantidade de litros necessários para sua elaboração, utilizando os coeficientes de conversão. (OCLA – Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Seis empresas do RS vão exportar laticínios para a China após abertura do mercado
O Bom dia RS de hoje apresentou uma reportagem sobre as seis plantas autorizadas a exportar lácteos para a China, entre elas a CCGL. A reportagem fala ainda sobre a autorização de investimento de R$ 500 milhões no porto de Rio Grande. CLIQUE AQUI para assistir a matéria na íntegra. (Bom Dia Rio Grande/Sindilat/RS)