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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.075


Conseleite Santa Catarina

CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. RESOLUÇÃO Nº 01/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Janeiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Dezembro/2023: De 27/11/2023 a 31/12/2023
Parcial Janeiro/2024: De 01/11/2024 a 21/01/2024

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC - Faesc)


Conseleite Minas Gerais

CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO JANEIRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Janeiro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2023 a ser pago em Dezembro/2023.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2023 a ser pago em Janeiro/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

 

 

Por que os agricultores franceses estão protestando?

Custo, importações, meio ambiente e burocracia são alguns dos grandes problemas

Os agricultores franceses estão bloqueando estradas em todo o país para exigir ações do governo para resolver inúmeras queixas, à medida que os protestos no setor agrícola da União Europeia se espalham, informou a Reuters.

Aqui estão algumas das questões que levaram ao crescente movimento de protesto e como o governo poderia responder.

Por que os agricultores estão protestando?

Os agricultores em França, o maior produtor agrícola da UE, dizem que não estão sendo pagos o suficiente e que são sufocados por uma regulamentação excessiva em matéria de proteção ambiental.

Algumas das suas preocupações, como a concorrência de importações mais baratas e as regras ambientais, são partilhadas pelos produtores do resto da UE, enquanto outras, como as negociações sobre os preços dos alimentos, são mais específicas da França.

Custos

Financeiramente, os agricultores argumentam que a pressão do governo e dos retalhistas para reduzir a inflação alimentar deixou muitos produtores incapazes de cobrir os elevados custos de energia, fertilizantes e transportes.

Um plano do governo para eliminar gradualmente uma redução de impostos para os agricultores sobre o gasóleo, como parte de uma política mais ampla de transição energética, também tem sido um ponto crítico, num eco das tensões na Alemanha.

Importações

As grandes importações provenientes da Ucrânia, para as quais a UE renunciou a quotas e direitos desde a invasão da Rússia, e as negociações renovadas para concluir um acordo comercial entre a UE e o bloco sul-americano Mercosul, alimentaram o descontentamento sobre a concorrência desleal no açúcar, cereais e carne.

As grandes importações são ressentidas por pressionarem os preços europeus, embora não cumpram as normas ambientais impostas aos agricultores da UE.

Meio ambiente, burocracia

No que diz respeito ao ambiente, os agricultores questionam tanto as regras de subsídios da UE, como a exigência de deixar 4% das terras agrícolas, como o que consideram ser a implementação demasiado complicada da política da UE por parte da França, como a restauração de terras aráveis como habitat natural.

As políticas verdes são vistas como objetivos contraditórios de se tornar mais auto-suficientes na produção de alimentos e outros bens essenciais à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia.

As disputas sobre os projetos de irrigação, à medida que os recursos hídricos se tornam um foco no debate climático, e as críticas sobre o bem-estar animal e a poluição na agricultura aumentaram os sentimentos entre uma população agrícola envelhecida francesa como sendo desconsiderada pela sociedade.

Que medidas o governo poderia tomar?

O governo, sob pressão para acalmar a crise antes das eleições europeias em junho e da feira agrícola anual de Paris no próximo mês, adiou o projeto de legislação sobre a atração de mais recrutas para a agricultura para adicionar outras medidas.

O governo prometeu simplificar os procedimentos para os agricultores. Isso poderia significar tempos de espera reduzidos para pagamentos de subsídios ou aprovações de projetos agrícolas, ou facilitar a burocracia e auditorias sobre conformidade ambiental.

O governo poderia abandonar o seu plano de eliminar gradualmente a redução fiscal do gasóleo, embora já tenha suavizado a medida ao escalonar a medida ao longo de vários anos e oferecendo-se para reinvestir os fundos na agricultura.

Algumas mudanças precisam da aprovação da UE, como a alteração da regra sobre terras, e os agricultores alertam que quaisquer concessões poderão chegar tarde demais para os planos de produção deste ano.

Tal como em crises agrícolas anteriores, o governo poderia oferecer ajuda de emergência. Já prometeu fundos para os produtores de vinho atingidos pela queda no consumo e para os agricultores afetados pelas inundações no norte e por uma doença no gado no sul, mas pode anunciar mais dinheiro e pagamentos mais rápidos. (The Dairy Site)


Jogo Rápido

À medida que os americanos comem mais queijo e manteiga, os agricultores dos EUA lutam para que as suas vacas produzam leite mais gordo. Os esforços incluem o uso de diferentes raças de vacas e misturas de ração e a garantia de que os animais estejam confortáveis e não fiquem muito quentes. O resultado é que a quantidade média de gordura butírica no leite produzido pelos rebanhos leiteiros dos EUA ultrapassou os 4% e ultrapassou o recorde anterior estabelecido durante a Segunda Guerra Mundial. (Jornal de Wall Street)


 
 

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.074


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1799 de 25 de janeiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em diversas regiões, os temporais ocasionaram consideráveis danos às infraestruturas das propriedades, como destelhamentos, queda completa de galpões, árvores caídas, além de danos às redes elétricas internas e externas que abastecem as localidades. A interrupção no fornecimento de energia elétrica acarretou prejuízos significativos à cadeia leiteira, impactando não somente as propriedades, cujo leite se deteriorou devido à falta de energia elétrica, mas também a coleta do produto, pois as indústrias deixaram de receber e foram obrigadas a descartar leite de alguns silos armazenadores.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Uruguaiana, mesmo em pequenas propriedades que exploram campos nativos com baixa suplementação de concentrados, observa-se tanto estabilidade na produção quanto aumento. Em Manoel Viana, a produção está em alta em razão da abundância e da qualidade das pastagens formadas por anuais e perenes de verão. 

Na de Caxias do Sul, nas propriedades que utilizam a alimentação à base de pasto, a mitigação do calor inclui a permanência em áreas sombreadas durante as horas mais quentes, além do fornecimento de água nos piquetes. 

Na de Erechim, as chuvas intensas causaram prejuízos ao desenvolvimento das pastagens de verão. A formação de lamaçais e o acúmulo de água nos piquetes, associados ao pisoteio dos animais, teve impacto negativo no crescimento das plantas forrageiras. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão conseguindo controlar os custos de produção em função da melhoria na oferta de forragens e da redução dos preços da ração. 

Na de Ijuí, a produção leiteira evidencia incremento gradual, sendo mais proeminente em estabelecimentos que adotam o sistema de produção a pasto. 

Nas de Lajeado e Porto Alegre, a chuva intensa com vento provocou diversos danos às propriedades leiteiras, trazendo prejuízos aos produtores. 

Na de Passo Fundo, os produtores permanecem apreensivos em relação à baixa remuneração recebida por litro de leite na propriedade.

Na região de Pelotas, em Canguçu, as pastagens de verão e o campo nativo apresentam excelente desenvolvimento, e os pecuaristas estão realizando roçadas. Várias propriedades estão envolvidas na elaboração de silagem. 

Na de Santa Maria, as condições sanitárias estão dentro das expectativas para o período, embora seja necessário monitorar a presença de carrapato em alguns municípios. 

Na de Santa Rosa, os dias de calor têm resultado em maior exposição das matrizes a locais com água acumulada, prejudicando a manutenção da qualidade do leite em decorrência do aumento de contato dos tetos com áreas sujas. 

Na de Soledade, segue a necessidade de suplementar a alimentação dos rebanhos em produção.

As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS


Tempo seco e calor devem predominar no RS nos próximos dias
A próxima semana permanecerá com tempo seco e calor na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 04/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. 
 
Na sexta-feira (26/1), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas na maioria das regiões. Apenas na Serra do Nordeste e no Litoral Norte, a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuva fraca e isolada. 
 
No sábado (27/1) e domingo (28/1), o tempo permanecerá firme na maioria das regiões, com elevação das temperaturas e possibilidade de pancadas de chuva, típicas de verão, principalmente nos setores Norte, Nordeste e Leste. 
 
Na segunda (29/1), as temperaturas deverão superar 30°C, com possibilidade de pancadas de chuva de verão entre a tarde e à noite em todo o Estado. 
 
Na terça (30/1) e quarta-feira (31/1) o tempo permanecerá seco e quente vai predominar em todas as regiões. 
 
Os volumes esperados deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das regiões. Nos setores Norte e Nordeste, são previstos totais entre 20 e 35 mm. 
 
O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
 
 
 
 
As principais tendências do consumidor em 2024

O ano de 2024 chegou e precisamos ficar de olho nos principais comportamentos do consumidor para adequar melhor nossas ofertas de produtos lácteos. O ano passado terminou com um cenário desafiador para os produtores (preços baixos de leite, retração na margem do negócio e relatos de prejuízos em muitas fazendas), além de dificuldades para o mercado como um todo, com alto volume de importações que alteraram a dinâmica do setor e estagnação no consumo.

Porém, mesmo diante das dificuldades, é preciso se reinventar e acompanhar as diferentes tendências de consumo projetadas para 2024. Mudanças comportamentais não acontecem de uma hora para outra, muitas destas tendências já vêm se manifestando ao longo dos anos e, quando repetidas e assimiladas pela sociedade, deixam de ser tendência e passam a ser novos comportamentos adquiridos.

A empresa WGSN, especialista global em tendências e comportamento do consumidor, publicou um profundo estudo, baseado em uma metodologia própria, apontando quais tendências de consumo já estão se tornando realidade.

Para começar a entender essas mudanças, listamos os 4 sentimentos do consumidor do futuro:

1. Choque com o futuro – Mudanças rápidas na sociedade e na tecnologia estão deixando os consumidores mais apreensivos. A sensação de que o tempo está passando mais rápido também deixa as pessoas mais ansiosas.
 
2. Excesso de estímulos – A sobrecarga emocional e um estilo de vida sempre conectado estão esgotando os nossos sentidos. Além deste esgotamento, as pessoas também estão se tornando cada vez mais desatentas, porque os estímulos das redes sociais são cada vez mais rápidos e curtos, desencorajando leituras e a concentração por um maior período de tempo.
 
3. Otimismo realista – Os consumidores estão se tornando mais conscientes dos desafios enfrentados pelo mundo e estão buscando soluções realistas para esses desafios.
 

4. Encantamento – As pessoas estão valorizando experiências autênticas e significativas. Maior conexão com a natureza, outras culturas e história local. Isso gera um sentimento de encantamento e descoberta.

A partir destes 4 sentimentos a WGSN elaborou o perfil de 4 tipos de consumidores que devem influenciar o consumo nos próximos anos. Vamos explorar um pouco o perfil destes consumidores e fazer algumas correlações com nosso mercado lácteo.

1. Conectores
Os conectores preferem focar na saúde mental e qualidade de vida. Adotam a cultura do compartilhamento e uma forma mais sustentável e econômica de se viver. Compartilhando carros, moradias, espaços comerciais. Acreditam que pequenos detalhes fazem a diferença. Questões como a sustentabilidade da cadeia, a preocupação com embalagens, a transparência e a confiabilidade nos rótulos importam para este grupo.
O grande drive para geração de demanda no mercado lácteo sempre foi a renda da população. Mas, ultimamente, temos visto que fatores sócio culturais também importam para a decisão de compra. Por isso, precisamos de um bom storytelling que aproxime o campo das grandes cidades, evidenciando o bem estar animal e as iniciativas de sustentabilidade que há tempos são praticadas, mas que não temos oportunidade de divulgar.  As pessoas estão lendo os rótulos. E usando essas informações para tomada de decisão no ponto de venda. Então, como lição de casa, será preciso repensar a rotulagem, inovar as iniciativas de rastreabilidade da cadeia, além de transformar as certificações e selos de bem estar animal em grandes ativos de confiabilidade e segurança para os consumidores. Cada vez mais comuns, as etiquetas com dados de sustentabilidade são usadas para informar o público e reforçar o compromisso ambiental das marcas, possibilitando uma transparência total. Para tomar decisões de compra mais éticas, 60% dos consumidores de EUA, Europa e China querem mais transparência sobre a cadeia de produção das roupas que vestem. Nos EUA, a marca de calçados e acessórios Nisolo já investe em uma etiqueta cujos dados se assemelham às informações nutricionais dos rótulos de alimentos e são divididos em 12 categorias, como salários dos funcionários, itens de saúde, materiais e embalagem.
Para os produtos lácteos, já vemos algumas tendências sendo expressas nas embalagens espalhadas nas gôndolas mundo afora e – no Brasil também.
● Informação sobre a não utilização de hormônio sintético em animais, com uma abordagem de origem ética (conforme descrito na embalagem).
● Informação sobre a não utilização de hormônio sintético em animais, com uma abordagem de origem ética (conforme descrito na embalagem).
● Humanização da cadeia de produção e rastreabilidade, com a identificação da família produtora de leite na embalagem.
●  Abordagem com enfoque em sustentabilidade, produção orgânica e bem estar animal.

● Selos e certificações que conferem credibilidade e confiança ao produto

2. Reguladores
Os ‘Reguladores’ estão cada vez mais cansados de mudanças e buscam por regularidade e controle, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Em 2024, os reguladores vão optar por modelos que priorizam a agilidade e a praticidade. Como exemplo, o comércio sem contato, o “clique e colete” (click-and-collect), em que o consumidor faz pedido on line e retira seus produtos sem contato físico com funcionários.

Nessa linha, recentemente vimos o lançamento do primeiro clube de assinaturas de produtos lácteos do Brasil. O consumidor se cadastra e recebe mensalmente uma caixa com diversos produtos lácteos em sua casa. Iniciativa, essa, bem alinhada com as últimas tendências mercadológicas e que também estimula o consumo mais segmentado de produtos do nosso setor. Compras utilizando apenas comando de voz também ganharão força, como a assistente virtual Alexa, sem que o consumidor precise acessar sites através de seu celular ou computador.

3 . Construtores de memórias

Este grupo busca focar mais no presente, ter maior conexão com a família e mudar a forma com que trabalham. O intuito é envelhecer bem, mas não por questão de vaidade. Querem mais simplicidade, tempo de qualidade e melhores escolhas para a saúde. A estratégia para se conectar com este grupo seria a economia do cuidado. Nesse sentido, vemos uma interessante oportunidade para os produtos lácteos. O mais recente posicionamento da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), reforça a importância nutricional do leite de vaca para a saúde, trazendo evidências científicas para garantir que o leite é um alimento completo e seguro para consumo humano. Garantir o respaldo científico para nosso produto é de suma importância nesse momento, já que vemos muitas inverdades sendo publicadas nas redes sociais, como o discurso negacionista dizendo que leite de vaca não foi feito para consumo humano, entre outros absurdos que muitas vezes não conseguimos contrapor de forma assertiva para a grande massa. Pesquisas apontam que os consumidores confiam na opinião de médicos e cientistas na escolha de produtos. Por isso, estes profissionais são importantes porta-vozes para garantir credibilidade e segurança na geração de demanda por produtos lácteos.

4. Neo-sensorialistas – o melhor de dois mundos

Diferente de outros tipos de consumidor, eles querem a internet de tudo. O consumidor neo-sensorialista é híbrido. Ele quer pagar o jantar presencial com criptomoedas e veem esperança na tecnologia. Em 2024, as empresas precisam investir em tecnologias que permitam sentir o metaverso, com recompensas digitais, recursos de olfato e novos meios de pagamento.

Em resumo:
1. Os consumidores querem saber o que acontece dentro da fazenda para consumir com consciência. Temos grande oportunidade em contarmos a nossa própria história, ressaltando as boas práticas das propriedades, o cuidado e bem estar com os animais, o manejo correto da terra e a reutilização de dejetos provenientes da atividade leiteira.
 
2. Querem diferenciação e transparência nas embalagens. Inovação na rotulagem e uso de selos de bem estar e certificações podem ser ativos que garantem segurança e confiabilidade nos consumidores.
 

3. Querem comodidade na escolha e entrega dos produtos. Diversos produtos lácteos com alto valor agregado se enquadram nas novas necessidades de consumo da sociedade, sejam eles na linha premium ou voltados à prática esportiva. Temos oportunidade em inovar nos canais de distribuição para atender essa demanda de forma diferenciada.

As informações são do Milkpoint

Jogo Rápido

Sindilat avalia linha de crédito para cooperativas de leite
Vamos continuar repercutindo aqui no AgroMais a linha de crédito emergencial no Plano safra 23/24 para cooperativas de produtores de leite. Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, reclama que nem todos os produtores do setor têm acesso aos empréstimos. Veja aqui. (youtube agromais)


 
 

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Porto Alegre, 25 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.073


Equilíbrio entre a captação e a distribuição

Perspectivas do leite – A produção de leite está em queda na maioria das grandes bacias leiteiras, começando pela França, mesmo que tenha melhorado notavelmente a captação de dezembro, graças às reservas forrageiras, e um preço um pouco melhor.

Na França, a redução da coleta repercute sobre a fabricação de praticamente todos os produtos lácteos, com exceção do creme de leite. No entanto, a distribuição está bem equilibrada tanto para o mercado interno, quanto para exportação.

No cenário internacional, a menor fabricação de leite em pó desnatado, principalmente dentro da União Europeia (UE) e nos Estados Unidos da América (EUA) está sustentando os preços, em um momento em que existem sinais de recuperação da demanda. O retorno da África do Norte compensa a menor demanda dos países do sudeste asiático.

Queda na captação dos principais exportadores

A produção foi prejudicada no final de 2023 pela meteorologia, especialmente nos principais países exportadores. Observando a recuperação dos preços, percebe-se que os operadores não esperavam tal queda de produção.

Com a aproximação do pico de coleta de leite no Hemisfério Norte, fica a questão: qual será a amplitude da produção na EU-27?

Uma queda na UE mais forte do que a esperada

Em novembro, a captação europeia voltou a cair, -2,3% em relação a 2022. Esse recuou foi decorrente, principalmente, da queda na França (-4,8%), na Irlanda (-20%), na Holanda (-3,8%) e na Alemanha (-1,2%).

A conjuntura altista do verão foi interrompida na Alemanha e na Holanda, em setembro último, logo depois da queda no preço do leite, um convite para que os produtores tivessem mais prudência quanto às compras de insumos.

Os eventos climáticos também penalizaram a produção europeia. A tempestade Babet atingiu a Europa do Norte no final de outubro, depois a França no início de novembro. Por fim, a onda de frio na Alemanha, iniciada em novembro, fez cair a coleta de leite em -2% em relação a 2022, principalmente nas semanas 45 e 46.

Na Alemanha, assim como na Irlanda, o abate de animais de descarte aumentaram, limitando a produção de leite.

Na Irlanda, o clima de outono foi particularmente úmido, fazendo com que os produtores levassem seus animais para o confinamento antecipadamente, para evitar a degradação das pastagens. As disponibilidades de alimentação conservada não estavam em condições ideais, e ao mesmo tempo houve uma forte queda no preço do leite ao produtor desde o início de 2023. Assim, uma parte dos produtores anteciparam a secagem de suas vacas, o que pode explicar a forte baixa do nível de produção.

Uma leve recuperação dos preços foi observada desde outubro. Será ela suficiente para incentivar os produtores a aumentar a oferta de leite no momento do pico de produção?

Uma queda na produção nos EUA apesar de melhoria das margens

A produção no mês novembro caiu -0,6% na comparação com 2022 nos Estados Unidos da América (EUA). Com uma produtividade animal semelhante à do ano passado, a queda foi atribuída, principalmente, à redução no rebanho leiteiro (-0,5%). O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que foram 10.000 vacas leiteiras a menos entre outubro e novembro, uma redução não esperada, dado que as taxas de abate vinham sendo mais moderadas. Portanto, o declínio foi atribuído à menor entrada de novilhas em produção.

O preço do leite ao produtor subiu no final de 2023, no momento que o custo da alimentação animal registrou baixa. Dentro deste contexto, os indicadores das margens sobre os custos dos alimentos melhoraram, o que pode levar os produtores a entregar maiores volumes no pico leiteiro.

Mesmo assim, a projeção deste indicador de margem no mercado futuro de Chicago mostra, por enquanto, que esta melhoria será de curta duração.

Pico leiteiro decepcionante na Nova Zelândia

Desde o início do pico leiteiro no mês de setembro, a produção neozelandesa recuou ligeiramente (-0,4%/2022). Se a amplitude da baixa é modesta em relação ao ano anterior, este pico leiteiro foi considerado decepcionante, e está no menor nível de produção do quarto trimestre desde 2012.

As condições do tempo pioraram em dezembro. Na Ilha Sul, é a seca. Uma parte importante das regiões estão sendo irrigadas, especialmente em Canterbury, mas nem todas no Sul e no Oeste da ilha.

Na Ilha Norte são as elevadas temperaturas, próximas de 30ºC, que afetam a produção de leite. O serviço de meteorologia, NWA, reforça as previsões do fenômeno El Niño que trará fortes chuvas aleatórias na Ilha Norte (e um temor de que haja inundações e pastagens alagadas, impróprias para o pastoreio).

Os custos de produção aumentaram na Nova Zelândia neste ano, enquanto o preço do leite caía. A atividade, então, ficou menos rentável em relação aos anos anteriores, fazendo com que os produtores ficassem mais prudentes sobre os investimentos, especialmente em alimentação (suplementos).

A produção aumenta na Austrália

Na Austrália, a produção de leite retoma a trajetória de alta em novembro (+6%/2022) durante o período de pico sazonal. Ainda assim, é o segundo nível de produção mais baixo dos últimos vinte anos.

No entanto, a queda de captação acumulada por diversos anos, provocou um recuo estimado de -14% nas exportações nas exportações de 2023 em relação a 2022.

Entretanto, o clima no início de janeiro de 2024 é mais quente e seco o que pode mudar a dinâmica atual. Percentualmente, as variações deverão se manter positivas, porque houve um redução acdentuada dos números no início de 2023.

Estagnação da produção de leite na Argentina desde setembro

Na Argentina, a produção de leite foi mantida durante o 1º semestre de 2023. No entanto, desde setembro, ela apresentou queda acentuada, de -4%/2022 nos três meses seguintes, e que foi acentuada em dezembro (-8%/2022).

Segundo o Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), a maior parte da queda está ligada às margens negativas das fazendas leiteiras, atingindo mais fortemente as que produzem menos de 2.000 litros por dia.

Os preços do leite subiram em novembro, mas os encargos permanecem elevados no país, onde a inflação continua galopante e os produtores precisam comprar insumos importados a preços elevados em moeda nacional. Esta situação piorou em dezembro. Na realidade, com a eleição de Javier Milei, o peso argentino sofreu uma grande desvalorização no final do ano. O preço do leite ficou nitidamente inferior aos praticados no hemisfério norte.

O setor lácteo, conseguiu, no entanto, uma suspensão temporária de impostos de exportação dos produtos lácteos, melhorando a competitividade de exportação.

Melhora em dezembro, depois de um outono perturbado pelo clima

Na França, o outono de 2023 foi marcado pelo recuo pronunciado da captação nacional, atribuído às alterações climáticas importantes. No entanto, uma recuperação notável foi observada em dezembro, graças aos estoques de volumosos estocados de boa qualidade. Embora tenha sido registrada um recuo no 4º trimestre, o preço médio do leite no ano ficou acima do registrado em 2022.

A captação de leite francesa e os desafios meteorológicos

O mês de novembro foi marcado por uma nova queda significativa da captação nacional (-4,8%/2022), acompanhando a tendência observada em setembro e outubro. Nos 11 meses, a coleta francesa teve queda de -2,9% em relação a 2022. No entanto, graças à melhoria das taxas, a queda foi sensivelmente atenuada para -1,5% da produção de 2023 em relação a 2022.

As condições meteorológicas extremas de setembro a novembro impactaram a produtividade das vacas. E o milho ensilado em 2023, com elevado teor de amido, só ficaram mais digestíveis depois de muitas semanas. Desta forma eles passaram a ter um papel fundamental sobre a quantidade de leite produzida a partir de dezembro. De acordo com sondagens preliminares feitas pela FranceAgrimer, a coleta de leite retraiu apenas 1% em relação ao mesmo mês de 2022, coms resultados positivos no decorrer das últimas semanas.

No início de 2024, uma melhora da captação foi atingida, apoiada pela qualidade das forragens de 2023 e um recuo menor do plantel. Essa tendência positiva foi manisfestada nas duas maiores regiões produtoras de leite da França. No entanto, os riscos climáticos voltaram e se manifestaram no início do ano com nevascas, geadas e condições do gelo que prejudicam o desenvolvimento da captação, especialmente na Normandia. Além disso, continuam os efeitos das fortes chuvas e inundações de outono no norte da França. Em PAS de Calais, entre um terço e a metade das unidades produtoras de leite enfrentam as consequências maiores ou menores na qualidade e quantidade de leite produzido. Esses eventos, também impactaram nos estoques de forragens e muitas pradarias ficaram inexploradas. Sem esquecer de sublinhar os impactos psicológicos e financeiros sobre os produtores de leite.

Fonte: Idele – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Preços globais de lácteos devem reagir em 2024, acredita Embrapa

Lácteos - Depois de amargar mais um ano de queda de rentabilidade devido à grande oferta de lácteos no Brasil, com o aumento das importações, e à conjuntura internacional desfavorável que derrubou os preços globais, o setor produtivo de leite brasileiro pode começar a enxergar o fim da crise cada vez mais próxima e a considerar um cenário de mercado mais equilibrado em 2024.

A aposta de especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é que as cotações do produto vão reagir no mercado mundial neste ano e as compras externas do Brasil devem ser mais comedidas no período. O desafio, apontam os pesquisadores, é incentivar o aumento do consumo no país.

Mudanças no cenário internacional sustentam as projeções da estatal. Em 2023, a geopolítica não colaborou. As guerras em curso na Ucrânia e no Oriente Médio, inflação mundial e juros altos influenciaram na queda dos preços globais dos lácteos. Na China, maior comprador do produto, as importações recuaram 30% nos primeiros meses do ano passado.

Em agosto de 2023, o índice médio dos preços no leilão plataforma Global Dairy Trade (GDT) recuou 7,4%, para US$ 2,8 mil a tonelada, menor patamar desde junho de 2020. Leite UHT e leite em pó integral tiveram quedas de 4% e 7%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2022. (Globo Rural via Valor Economico)

 

RECUPERAÇÃO | PIÁ COMEÇA 2024 COM PRODUTOS SENDO VENDIDOS EM MAIS DE 50% DO TERRITÓRIO GAÚCHO

Conforme a cooperativa Piá, o número é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão

A Piá começa 2024 com produtos sendo vendidos em mais de 50% das cidades do Rio Grande do Sul.
O número, conforme a cooperativa, é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão, que assumiu a empresa no início do segundo semestre de 2023.

Em 2023, 167 produtores retomaram as entregas de leite à cooperativa, que hoje produz uma média diária de 70 mil litros de leite. “Para recuperar a confiança dos associados, foram feitas diversas reuniões com o objetivo de apresentar, de forma transparente, a situação em que a Cooperativa se encontrava e as perspectivas para a sua recuperação”, explica o presidente, Jorge Vilson Dinnebier.

Nos supermercados, é possível encontrar desde leite UHT até produtos tradicionais como requeijão, nata, iogurtes, doce de leite e doce de frutas.

Meta para 2024
A estratégia para este ano, segundo a Cooperativa, consiste em buscar por mais produtores e, consequentemente, aumentar a produção de leite, focando em produtos de valor agregado, com margem de contribuição mais significativa para a Piá e seus associados. Essa expansão visa ainda retornar a mais mercados.

Conforme a cooperativa Piá, o número é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão. (Agencia GBC, Agencia GBC, Agencia GBC VIA Edairy News)


Jogo Rápido

Associado Sindilat/RS têm 10% de desconto no 16º Fórum MilkPoint Mercado
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. O evento tem como tema "O que pode guiar a recuperação do mercado de lácteos em 2024". No site www.forummilkpointmercado.com.br, os ingressos estão disponíveis em três lotes. O evento acontecerá em Campinas (SP) no dia 20 de março. A programação, que pode ser conferida abaixo, está dividida em quatro blocos temáticos: Os Cenários de Mercado; Competitividade da Produção de Leite: onde estamos?; O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite? e Novas ferramentas no Supply Chain de leite. Como conteúdo extra, disponível on-line exclusivamente para inscritos, debates sobre: Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano? e Cenários para os mercados de soja e milho. (SINDILAT/RS)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.072


Remanejo de recursos do Plano Safra traz alívio parcial ao setor do leite

Ministério da Fazenda liberou R$ 707 milhões para linha de crédito emergencial voltada a cooperativas

Sufocado por uma crise histórica que se acentuou em 2023, o setor de leite começou 2024 com sinalizações que podem dar fôlego à cadeia produtiva. Trata-se de um remanejo de R$ 707 milhões do Plano Safra 2023/2024, anunciado pelo Ministério da Fazenda, para encorpar linha de crédito emergencial de capital de giro voltada a cooperativas de produtores de leite. 

Apesar de aguardado, o recurso não é suficiente. Na avaliação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), que representa o setor primário do Estado, a medida pode trazer apenas "alívio parcial" no bolso do produtor. 

À coluna, o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, reconheceu a medida como "importante", mas ponderou que estaria "longe de resolver o problema":

— É uma linha já existente. O que está sendo feito de diferente é colocar mais crédito no Procap. Isso vai ajudar as cooperativas, mas não sabemos se vai reverter em aumento no preço pago pelo leite ao produtor.

Em nome das indústrias gaúchas do setor, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) manifestou posicionamento similar. Em nota, reconheceu ser positiva a iniciativa, mas reivindicou que "o benefício se estenda também para as demais empresas que não operam em sistema cooperativo, uma vez que também foram prejudicadas pela entrada de grandes volumes de leite importado, principalmente do Mercosul".

Em alta pelo terceiro mês consecutivo, as importações brasileiras de derivados lácteos fecharam dezembro com o maior volume desde setembro de 2016, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). No acumulado de 2023, as compras bateram recorde da série histórica da Secex, somando 2,25 bilhões de litros em equivalente leite. O aumento é de 68,8% em relação a 2022. O principal derivado lácteo adquirido pelo Brasil no ano passado foi o leite em pó.

Ainda conforme o Sindilat-RS, atualmente, mais da metade do leite captado no Brasil é vendido para empresas privadas não cooperativas.

Chamada de Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro) Faixa 2, a linha busca socorrer os produtores afetados pelo baixo preço do leite. Até 30 de junho, eles poderão contrair empréstimos de 8% ao ano e 60 parcelas, com carência de 24 meses para o pagamento da primeira.

O capital de giro às cooperativas fazia parte de uma série de demandas do setor produtivo para amenizar a crise da atividade. No entanto, para Zanetti, as importações são o que mais preocupam a viabilidade da cadeia produtiva.

Preocupada com esse cenário, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da qual a Fetag-RS faz parte, realizou uma reunião nos últimos dias. Nela, ficou acordado que será solicitado uma agenda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para que seja revisto o acordo com o Mercosul de importações e que haja um subsídio por parte do governo federal na produção de leite brasileira.

A criação da linha de crédito pelo Ministério da Fazenda foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro. Duas instituições financeiras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, vão operar os financiamentos. O BNDES terá R$ 507,485 milhões para emprestar e o Banco do Brasil, R$ 200 milhões. (GZH)


Secretaria da Agricultura está com inscrições abertas para Mestrado em Saúde Animal

As inscrições para o processo seletivo da próxima turma de mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estão abertas e vão até 9 de fevereiro. São oferecidas 13 vagas, divididas em 13 áreas de atuação. O início das aulas será em abril, em data a ser definida.

As inscrições, gratuitas, podem ser feitas neste link. O processo seletivo será composto por entrevista técnica, e o resultado final deve ser divulgado até 20 de março de 2024.

O curso é gratuito, ministrado no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi. Todos os detalhes do processo seletivo estão dispostos no edital de seleção PPGSA 2024.

O Mestrado em Saúde Animal é direcionado a graduados das áreas de ciências agrárias, biológicas, biomédicas ou ambientais, com o objetivo de capacitar, atualizar e aprimorar esses profissionais em aspectos científicos e tecnológicos da área de saúde de animais de produção, focando nas demandas das principais cadeias produtivas da pecuária gaúcha. Para isso, os mestrandos poderão contar com a estrutura e a experiência do IPVDF, há mais de 70 anos uma referência mundial em pesquisa e diagnóstico, além de ser laboratório oficial do governo do Estado para os programas de defesa sanitária animal.

Mais informações disponíveis na página do Programa: www.agricultura.rs.gov.br/ppgsa

Calendário
Inscrições:  2 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
Divulgação das inscrições homologadas e horários das entrevistas (por e-mail): até 23 de fevereiro de 2024
Período de entrevistas (processo seletivo): de 26 de fevereiro a 08 de março de 2024
Divulgação do resultado: até 18 de março de 2024
Prazo para recursos: até 24 horas após a divulgação do resultado
Divulgação final dos selecionados: até 20 de março de 2024
Matrícula: 21 a 28 de março de 2024
Início das aulas: Abril de 2024 (data a definir)

As informações são da SEAPI

Leite/Europa 

A produção de leite na Europa Ocidental começou o ano com a expectativa de crescimento sazonal. Fontes da indústria alemã relataram que a produção na primeira semana do ano aumentou 1,3% em relação à última semana de 2023. 

No entanto, em comparação com o ano anterior, a produção de leite na primeira semana de janeiro foi 1,4% menor na Alemanha, e 1,8% na França. Além disso, Alemanha, Holanda e França relataram queda na produção de leite nos meses de outubro e novembro de 2023 em comparação com os mesmos meses de 2022, sugerindo que houve uma desaceleração da produção de leite no final do ano. De acordo com o site CLAL, a produção de leite na União Europeia (UE) no mês de novembro de 2023 foi estimada em 10.924.000 toneladas, com queda de 2,3% na comparação interanual. No acumulado do ano, até novembro, a produção esperada é de 133.235.000 toneladas, com aumento de 0,1% em relação a janeiro-novembro de 2022. Entre os principais países produtores da Europa Ocidental, as produções e variações percentuais foram: Alemanha, 29.773.000 toneladas (+1,7%); França, 21.444.000 toneladas (-2,9%); e Holanda, 12.750.000 toneladas (+1,2%). A projeção da produção de leite de vaca em novembro de 2023, no Reino Unido, é de 1.197.600 toneladas, queda de 2,5% em relação a novembro de 2022. No acumulado do ano, janeiro a novembro de 2023, a captação esperada é de 14.059.000 toneladas, 0,1% a mais em relação ao mesmo período de 2022.

Os protestos dos agricultores pelo aumento dos impostos e o corte de subsídios governamentais complicaram a logística de transporte na Alemanha na última semana, provocando enormes engarrafamentos. O governo alemão luta para encontrar uma solução, enquanto trabalha para equilibrar o orçamento federal.   

Preliminarmente a produção de leite de novembro de 2023 sugere a continuidade da tendência de alta, em alguns países do Leste Europeu, e outros relataram declínio. De acordo com o site CLAL, os dados disponibilidades indicam que de janeiro a novembro de 2023 a produção e variação percentual em relação ao mesmo período de 2022 são: Polônia, 11.906.000 toneladas, (+1,6%); República Checa, 2.955.000 toneladas (+1,5%); e Hungria, 1.503.000 toneladas, (-3,8%). Embora a produção de leite na Hungria tenha ficado, sistematicamente abaixo, na comparação interanual, em todos os meses do ano, as produções da Polônia e República Checa, ao contrário, mostraram alta interanual consistente no ano todo. Informações online relatam que em novembro a produção de leite na Ucrânia foi de 500.000 toneladas, queda em relação às 565.000 toneladas de novembro de 2022, e de 625.000 toneladas em novembro de 2021. A indústria de laticínios ucraniana está diante de pressões econômicas, incluindo perdas de terras produtivas, de mercado e capacidade de processamento, desde que foi iniciado o conflito com a Rússia, dois anos atrás.  


Jogo Rápido

EUA - Aumentam as vendas de leite integral e sem lactose e cai as de alternativas vegetais
Vendas/EUA - De acordo com dados da Circana, divulgados pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF), as vendas de leite integral no varejo atingiram 8 milhões de galões, em 2023, o que representou aumento de 0,6%, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas de leite sem lactose cresceram 6,7% na mesma comparação.  Alan Bjerga, vice-presidente de comunicações e relações com a indústria da NMPF, disse que 2024 deverá ser um ano promissor para os leites integral e sem lactose. “Como, de um modo geral, as vendas de leite fluido declinaram, o leite integral agora corresponde a 45,4% do volume total de leite fluido vendido, tornando-se o segmento mais popular”, disse ele, acrescentando que o leite sem lactose, em particular, ultrapassou o volume das vendas de alternativas vegetais, como  as bebidas de amêndoa que diminuíram 9,8% em 2023, de acordo com a mesma pesquisa. “A redução das vendas das bebidas de amêndoas reflete o comportamento das alternativas vegetais, que registram o segundo ano consecutivo de queda nas vendas. Os consumidores rejeitam o que consideram alegações enganosas de que as bebidas vegetais são substitutos reais aos laticinios”, afirmou.  As vendas de alternativas vegetais caíram 6,6%, o que representou 337,7 milhões de galões em 2023. Este também foi o menor nível de consumo de alternativas vegetais, desde 2019, de acordo com a NMPF. “Em um momento de desafios para a indústria, o que o desempenho dos leites integral e sem lactose pode nos dizer? Mostra que, apesar de toda proliferação de alternativas, os consumidores preferem leite mais parecido com leite, em sabor e composição. Eles também gostam de leite acessível com todos os seus benefícios. Qualidade e diversidade são construções promissoras para um futuro próximo. Isso é o que os lácteos podem oferecer, e este ano, o que os consumidores estão escolhendo pode orientar melhor as políticas federais”, acrescentou Bjerga. De acordo com a Mintel, alternativas de amêndoas são as mais consumidas nos Estados Unidos da América (EUA), e 2 de 5 consumidores a adquiriram em 2023. A participação das bebidas de aveia, coco e soja foi idêntica, entre 15 e 20% dos consumidores, em 2023. A Mintel relata que 2 em cada 5 pessoas com mais de 55 anos têm a percepção de que as bebidas vegetais são mais nutritivas, e apenas 1 em cada 5 considera que o leite é mais rico, embora dois terços dos consumidores mais velhos bebam lácteos por estarem mais habituados a eles. “As marcas de laticínios têm a oportunidade de capitalizar a lealdade extrema da Geração X e reafirmá-la, impulsionando a forma como seus produtos comercializam os benefícios do leite para a saúde”, diz a Mintel.  (Fonte: Mintel - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.071


SINDILAT/RS: NOTA OFICIAL

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) avalia como positiva a iniciativa do Governo Federal, anunciada nesta segunda-feira (22/01), de disponibilizar no Plano Safra 2023/24 uma linha de crédito para cooperativas de produtores de leite. 

Reivindica, no entanto, que o benefício se estenda para as demais empresas que não operam em sistema cooperativo, uma vez que também foram prejudicadas pela entrada de grandes volumes de leite importado, principalmente do Mercosul. Atualmente, mais da metade do leite captado no Brasil é vendido para empresas privadas não cooperativas. Portanto, para que todos os produtores sejam beneficiados com igualdade, é essencial que as medidas sejam estendidas a todas as indústrias.  

O Sindilat vem pleiteando políticas públicas efetivas de fomento à cadeia nacional láctea. Entende que a medida da União atenua o quadro de crise, mas não resolve definitivamente a questão. A solução passa pelo ganho de competitividade efetivo a todos e por ações de longo prazo que garantam a produtores e indústrias autonomia para competir no mercado interno e externo em igualdade de condições. (SINDILAT/RS)


CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 01/2024

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Janeiro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de
referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de 
contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2024 é de R$ 4,2684/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite  conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O  simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. 

Exportações argentinas de lácteos aumentaram 5% em 2023

As exportações de lácteos da Argentina geraram um negócio de US$ 1.117.560.000 em 2023, com um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.

Exportações de lácteos da Argentina

No complexo lácteo, 38% dos embarques para o exterior corresponderam a lotes de Leite em pó Integral, com 111.000 toneladas exportadas entre janeiro e dezembro de 2023. Embora esse número tenha registrado um aumento de 10% em dezembro do ano passado, estimulado pela suspensão temporária das retenções de lácteos, o resultado acumulado do ano passado apresentou uma queda de 28% em relação a 2022.

Em segundo lugar destacaram-se as vendas externas de muçarela, com 46 mil toneladas por ano. Em dezembro, o crescimento das exportações foi de 47%, enquanto em 2023, esse item apresentou um aumento de 5%. Da mesma forma, foram registradas quedas significativas na manteiga, no queijo tipo Gouda e no queijo Rayado.

As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Leite/América do Sul
A CONAB no Brasil e o relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA), reduziram as estimativas da produtividade da soja brasileira e da 2ª safra de milho, devido ao mau tempo provocado pelo fenômeno El Niño.  Em algumas áreas, o excesso de chuvas atrasou o crescimento, enquanto que em outras o calor e a seca desempenharam esse papel. As estimativas da produção de milho no Paraguai e na Argentina aumentaram, beneficiadas que foram, pelas chuvas adequadas de primavera. Contatos do Cone Sul dizem que a tendência de baixa da produção de leite só deverá ocorrer nos meses mais quentes do verão. O registro do leite varia de país para país, mas, os custos operacionais, especialmente os preços da alimentação animal, estão aumentando continuamente, em todo o continente. Um pedido argelino de leite em pó agitou os mercados da região no início do ano. As cotações do leite em pó integral (WMP) e do leite em pós desnatado (SMP) tiveram um impulso. No entanto, existe uma preocupação sobre a tendência dos preços no médio e longo prazo, uma vez que o Brasil continua aumentando sua capacidade de produção e processamento de leite. Os exportadores dos países vizinhos questionam o quanto a expansão interna de leite no Brasil poderá inibir as necessidades potenciais de compra. Além disso, está havendo uma atenção sobre a finalização do tratado de livre comércio UE-Mercosul, que deveria ter sido assinado até o final de 2023. Mas, até o momento, não existe prazo definido para a próxima rodada de negociações.  Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.070


Associado Sindilat/RS tem 10% de desconto no 16º Fórum MilkPoint Mercado

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. O evento tem como tema "O que pode guiar a recuperação do mercado de lácteos em 2024". No site www.forummilkpointmercado.com.br, os ingressos estão disponíveis em três lotes.

O evento acontecerá em Campinas (SP) no dia 20 de março. A programação, que pode ser conferida abaixo, está dividida em quatro blocos temáticos: Os Cenários de Mercado; Competitividade da Produção de Leite: onde estamos?; O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite? e Novas ferramentas no Supply Chain de leite. Como conteúdo extra, disponível on-line exclusivamente para inscritos, debates sobre: Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano? e Cenários para os mercados de soja e milho.

Programação:

8h às 9h - Boas-vindas e credenciamento

Bloco 1 - Os cenários de mercado

9h às 9h20min - Tendências para o mercado Internacional de leite em 2024
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

9h20min às 9h30min - Espaço Patrocinador

9h30min às 9h50min - Como começa o consumo de lácteos em 2024?
Priscila Ariani, Diretora de Marketing na Scanntech Brasil

9h50min às 10h10min - Cenários para o mercado brasileiro de leite e derivados
Matheus Napolitano, Analista de Inteligência de Mercado na MilkPoint Ventures

10h10min às 10h40min - Perguntas e Debate
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil
Priscila Ariani, Diretora de Marketing na Scanntech Brasil
Matheus Napolitano, Analista de Inteligência de Mercado na MilkPoint Ventures

10h40min às 11h10min - Milk break e networking

Bloco 2 – Competitividade da produção de leite: onde estamos?

11h10min às 11h30min - Resultados de custos de produção - o que estão fazendo os melhores produtores do mercado brasileiro?
Expedito Netto, Gestor do Educampo no Sebrae Minas Gerais

11h30min às 11h40min - Espaço Patrocinador

11h40min às 12h - Destrinchando a competitividade da Argentina
Gonzalo Berhongaray, CREA Argentina

12h às 12h30min - Perguntas e Debate
Expedito Netto, Gestor do Educampo no Sebrae Minas Gerais
Gonzalo Berhongaray, CREA Argentina

12h30min às 14h - Almoço

Bloco 3 – O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite?

14h às 14h20min - Nestlé e o programa Nature
Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager na Nestlé

14h20min às 14h40min - Danone e o programa Fazenda Tudo de Bem
Henrique Borges, Diretor de Compras na Danone

14h40min às 14h50min - Espaço Patrocinador

14h50min às 15h10min - Digitalização das relações entre produtores e indústrias – como as empresas têm usado as ferramentas digitais?
Edney Murillo Secco, Diretor Compra Lácteos Piracanjuba

15h10min às 15h40min - Perguntas e Debate
Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager na Nestlé
Henrique Borges, Diretor de Compras na Danone
Edney Murillo Secco, Diretor Compra Lácteos Piracanjuba

15h40min às 16h10min - Milk break

Bloco 4 – Novas ferramentas no Supply Chain de leite

16h10min às 16h30min - Porque o Banco Mundial está investindo na Alvoar?
Bruno Girão, CEO na Alvoar Lácteos

16h30min às 16h40min - Espaço Patrocinador

16h40min às 17h - A tese da Ultra Cheese 6 anos depois
Jorge Rocha, Operating Partner da Aqua Capital

17h às 17h20min - Projeções de mercado – quais as novas projeções e como estamos conseguindo evoluir no Mercado Plus?
Valter Galan, Diretor Técnico na MilkPoint Ventures

17h20min às 17h50min - Perguntas e Debate
Bruno Girão, CEO na Alvoar Lácteos
Jorge Rocha, Operating Partner da Aqua Capital
Valter Galan, Diretor Técnico na MilkPoint Ventures

17h50min às 18h - Encerramento

Conteúdo Extra - Disponível online exclusivamente para inscritos

18h - Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano?
Roberto Padovani, Economista no Banco BV

18h05min - Cenários para os mercados de soja e milho
Ana Lenat, Líder de Estratégia e Inteligência de Mercado na Germinare
Conrado Zanon, Co Founder & CEO Germinare


Atacarejos tiveram crescimento de 7,8% no faturamento em 2023

Em dezembro, o setor apresentou aumento de 2,0% nas vendas unitárias

Marcado como o principal mês do varejo alimentar, em dezembro de 2023, o setor testemunhou um crescimento sólido, destacando-se pelo aumento de 2,0% nas vendas unitárias em comparação ao mês no ano anterior. Este incremento contribuiu significativamente para a expansão do faturamento, que registrou uma elevação de 4,4%. O aumento dos preços em 2,3% exerceu um impacto positivo adicional sobre o faturamento do setor. No contexto anual, o desempenho do varejo alimentar em 2023 revelou um faturamento 6,6% superior a 2023, impulsionado pela média de inflação de 5,1% nos produtos e um aumento de 1,5% nas vendas unitárias. Ao analisar os canais de venda, o atacarejo superou os supermercados no ano, com crescimento de 7,8% do faturamento contra 6,5%, tanto no acumulado do ano quanto em dezembro. No quesito preço, o desempenho do atacarejo regional também foi melhor, com um incremento de 3,5%, enquanto os supermercados registraram 5,2%.

Quanto ao desempenho mensal, a cesta de bebidas foi o grande destaque de dezembro de 2023, com um aumento expressivo de 12,7% no faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pelas festas de fim de ano e pelas altas temperaturas. Enquanto isso, a mercearia básica continuou a apresentar retração, com uma queda de -4,3% no faturamento e -2,8% nas unidades vendidas em dezembro de 2023, devido à retração de preços de -1,6%.

Ao analisar o desempenho regional durante o mês de dezembro, o estado de São Paulo e a região Norte se destacaram com os maiores crescimentos no faturamento, registrando 5,1% e 6,1%, respectivamente, em comparação a dezembro de 2022. Por outro lado, as regiões Nordeste e Leste (MG, ES, RJ) ficaram abaixo da média nacional, apresentando crescimentos de 2,8% e 3,8%.

Entre os itens que mais contribuíram para a retração no faturamento da cesta de mercearia básica em dezembro de 2023 foram óleo (-27,1%), café (-13,4%) e leite UHT (-10%). Por outro lado, na cesta de bebidas, as categorias que impulsionaram positivamente foram cerveja (9,7%), refrigerante (15,7%) e suco (19%). Tanto supermercados quanto atacarejos regionais registraram crescimento nas vendas unitárias, impactando positivamente o faturamento de ambos os canais no mês de dezembro.

Para Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, o ano marcado pelo crescimento do setor de bebidas, foi alavancado pelas altas temperaturas - segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 é o mais quente da história do planeta. A executiva ainda aponta o crescimento como consequência dos muitos feriados e também pelas festas de fim de ano. “Neste último semestre, tivemos meses em que o crescimento do faturamento das bebidas chegou a passar a marca de 20% e foi seguido por meses com 12% de taxa”, destaca. (Super Varejo)

 

Tirlán sobre o crescimento da APAC, oportunidades de laticínios funcionais e o apelo da alimentação a pasto

O DairyReporter conversou com Ann Meaney, chefe de marketing e ingredientes da Tirlán, para saber mais sobre a estratégia da empresa para o próximo ano na APAC e além.

DairyReporter: Você fez parte de uma missão comercial organizada pelo The Irish Food Board (Bord Bia) à Malásia e às Filipinas em 2023. Que oportunidades existem para a Tirlán Ingredients na região? Como você está atualmente entrando no mercado da APAC por meio de seu negócio de ingredientes?

Ann Meaney: Com a produção de leite preparada para crescer apenas moderadamente no Sudeste Asiático e a demanda prevista para crescer impulsionada pelo crescimento da população e da renda, esta região será uma oportunidade chave para exportadores de laticínios. Esta missão comercial liderada por um ministério incluiu um programa completo de eventos, incluindo dois seminários técnicos sobre laticínios em Kuala Lumpur e Manila, onde os importadores locais de laticínios tiveram a oportunidade de aprender sobre os laticínios irlandeses com uma série de palestrantes especializados, e também de interagir e explorar o desenvolvimento de negócios. oportunidades com processadores irlandeses. A Tirlán Ingredients está presente em toda a região da APAC há muitos anos e recentemente fortalecemos nossa posição nesta região aumentando nossa presença no local, com equipes locais agora instaladas com bases em Xangai e Tóquio. Este conhecimento e experiência do mercado local são fundamentais para as nossas ambições de crescimento.

DR: Que oportunidades em termos de alimentação e nutrição acessível você pretende explorar na região nos próximos anos?

AM: O consumo de laticínios está crescendo nesta região e, em particular, vemos um grande crescimento no consumo de queijo e novas aplicações para laticínios em pó.

DR: Como é a demanda por ingredientes lácteos alimentados com pasto nos mercados em que você opera? Quão bem o rótulo 'alimentado com pasto' é reconhecido e apreciado pelos consumidores em 2023?

AM: O rótulo 'alimentado com pasto' tem forte reconhecimento nos EUA e um reconhecimento crescente na Ásia e na Europa. O sistema agrícola baseado em pastagens que operamos na Irlanda é um USP chave nos nossos mercados. Vemos uma procura crescente pelas nossas proteínas Truly Grass Fed, à medida que as marcas procuram satisfazer a procura dos consumidores por sustentabilidade. A conscientização e o posicionamento premium da carne bovina produzida a pasto são uma boa base para aumentar a conscientização sobre os benefícios dos laticínios produzidos a pasto.

DR: A queda nas taxas de natalidade na China levou vários fabricantes a direcionar seus ingredientes nutricionais à base de laticínios para outros segmentos nutricionais ou a reduzir sua produção de pó. Como a dinâmica do mercado de fórmulas infantis afeta seu negócio de laticínios em pó? Quais tendências de demanda você experimentou em outros segmentos de alimentos e nutrição para seus lácteos em pó no ano passado e quais são suas expectativas nesse sentido para 2024?

AM: Vemos oportunidades crescentes em outras categorias nutricionais, fora da nutrição infantil. Os consumidores estão em busca de lanches mais saudáveis e de produtos que possam apoiar seus objetivos de saúde e estilo de vida. Os consumidores de estilo de vida ativo e de envelhecimento saudável estão a impulsionar uma maior procura de produtos de uso diário que tenham benefícios funcionais que atendam às suas necessidades nutricionais. Essa demanda impulsionou uma demanda por produtos com alto teor de proteína. Vimos esta procura manifestar-se numa maior procura pelos nossos ingredientes proteicos. Promiko, nosso WPI para o mercado de esportes e nutrição ativa, Solmiko para nutrição clínica e bebidas RTD e Solago para alimentos funcionais, como iogurtes ricos em proteínas, produtos de panificação e sorvetes. Esperamos que esta tendência continue em 2024, mas vemos que os consumidores valorizarão cada vez mais a sustentabilidade e a transparência e esperarão que as marcas que escolherem se alinhem com estes valores. (DairyReporter)


Jogo Rápido

La Niña pode impactar o agronegócio brasileiro em 2024
O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), uma autoridade climática global, recentemente publicou projeções indicando que o fenômeno climático La Niña terá início em junho de 2024. Essa previsão segue o atual período de pico do El Niño, que deverá terminar em março, seguido de um período de neutralidade climática em abril. O La Niña é conhecido pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na região equatorial, um padrão oposto ao observado durante o El Niño. As consequências desse fenômeno para o Brasil são significativas, com previsões de chuvas mais intensas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto as regiões Centro-Sul, especialmente o Sul, poderão enfrentar condições mais secas. As mudanças climáticas podem ter impactos graves na agricultura brasileira. As regiões do sul, que já são propensas a altas temperaturas, podem enfrentar danos em suas plantações. Romário Alves, fundador e CEO da Sonhagro, franquia especializada em crédito rural, declara: "As previsões do La Niña destacam a necessidade de estratégias adaptativas no agronegócio. A resiliência e a inovação serão fundamentais para minimizar os efeitos negativos nas regiões mais afetadas". Além dos desafios diretos enfrentados pelos agricultores, também há preocupações em cadeia. A expectativa de menor produtividade das safras pode afetar o setor de insumos agrícolas, com uma provável queda nas receitas devido à demanda reduzida dos produtores. Isso, por sua vez, pode impactar o mercado de commodities, causando reflexos nos custos para frigoríficos e na indústria alimentícia. A perspectiva desses desafios requer uma atenção cuidadosa e um planejamento financeiro por parte dos produtores. Outro aspecto relevante é o planejamento estratégico, a adoção de técnicas de cultivo mais resilientes às variações climáticas, a diversificação das culturas e a utilização de tecnologias inovadoras, as quais podem ser algumas das soluções para enfrentar o período desafiador que se aproxima. O impacto do fenômeno La Niña no setor agrícola do Brasil será um tema a ser constantemente monitorado nos próximos meses, à medida que o país se prepara para enfrentar mais esse desafio climático. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Sonhagro, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 

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Porto Alegre, 18 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.068


UE é solicitada a concluir as negociações comerciais do Mercosul

Um total de 23 entidades comerciais solicitou a rápida aprovação do acordo de livre comércio UE-Mercosul, que facilitará a exportação de produtos agroalimentares da UE, incluindo os principais produtos lácteos, para a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e vice-versa.

De vinhos a queijos, muitos produtos agroalimentares europeus atualmente enfrentam tarifas elevadas quando exportados para países do Mercosul, o que faz com que os produtores da UE e do Mercosul percam oportunidades comerciais. O acordo, cujos termos foram acordados em 2019, ainda não foi ratificado, no entanto, depois que uma resistência de sindicatos, ONGs e grupos ambientais fez com que o Parlamento Europeu fizesse uma "pausa" na aprovação final, em vez de aprovar uma resolução de que o TLC "não pode ser ratificado como está".

Mais recentemente, em dezembro de 2023, foi preparado o cenário para que a UE e os quatro países do Mercosul assinassem o TLC no Rio de Janeiro, mas o presidente francês Emmanuel Macron declarou que o acordo não oferecia salvaguardas ambientais suficientes, especificamente em relação ao desmatamento e à sustentabilidade.

O acordo gerou polêmica ao longo dos anos, inclusive por parte do Ombudsman Europeu, que criticou a Comissão por não ter concluído uma avaliação de sustentabilidade.

As eurodeputadas verdes Saskia Bricmont e Anna Cavezzini escreveram recentemente um artigo de opinião sobre por que o acordo seria "um retrocesso para as pessoas e o planeta", explicando que o acordo "aumentaria o desmatamento e a destruição de alguns dos ecossistemas mais singulares e cruciais do nosso planeta, como a Amazônia".

As oportunidades de comércio para os exportadores da UE e do Mercosul são significativas, pois isso levaria à liberalização do mercado para muitos dos principais produtos agroalimentares da UE. O comércio de bebidas alcoólicas, por exemplo, gera 180 milhões de euros (US$ 195 milhões) por meio do comércio existente, mas os produtos estão sujeitos a tarifas de 20 a 35%. Se o TLC entrar em vigor, produtos como azeite de oliva, vinho e chocolates serão isentos de cotas e tarifas.

Os produtores de lácteos europeus que exportam queijo, leite em pó e fórmulas infantis - que atualmente enfrentam tarifas de 28% para queijo e leite em pó e 18% para fórmulas - estarão sujeitos a cotas de direito zero, o que facilitaria significativamente o comércio com os quatro membros do Mercosul.

A carta aberta, endereçada aos presidentes do Parlamento Europeu, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia e assinada por entidades como The European Dairy Association, spiritsEUROPE, CAOBISCO e 19, afirma que o acordo reduziria a burocracia e abriria o mercado do Mercosul, com mais de 270 milhões de consumidores, aos produtores da UE.

"É importante reconhecer as enormes oportunidades que o acordo oferece, o que ajudará a manter uma forte estrutura industrial na UE, inclusive nas áreas rurais, e, assim, salvaguardar os empregos e o bem-estar de milhões de cidadãos europeus", diz a carta.

"Dado que a UE não possui reservas substanciais de matérias-primas essenciais necessárias para a transição verde e digital e o fato de que uma proporção substancial do crescimento global deverá vir de fora da UE na próxima década, nossas indústrias precisam de mercados de exportação abertos para vender bens e serviços europeus e adquirir matérias-primas a preços competitivos. O acordo é, portanto, um imperativo econômico, social e geopolítico."

Os signatários acrescentam que o acordo oferece "um incentivo muito forte e as ferramentas certas para a colaboração, a fim de manter as promessas de desenvolvimento sustentável da região, incluindo a interrupção do desmatamento ilegal" e pedem aos líderes políticos que ratifiquem o TLC "sem mais demora".

As organizações comerciais que apoiam a rápida ratificação também destacam a importância geopolítica do acordo, que muitos analistas acreditam que poderia ajudar a promover laços ainda mais estreitos entre as empresas sul-americanas e a China, o maior parceiro comercial do Mercosul.

"A entrada em vigor do acordo UE-Mercosul impulsionará a integração de nossas economias e ajudará a diversificar nossas cadeias de valor, tanto para importações quanto para exportações", explica a carta.

"Isso é fundamental para a competitividade de nossos setores voltados para a exportação, que criam dezenas de milhões de empregos na Europa e fornecem uma contribuição essencial para a prosperidade e os padrões de vida dos cidadãos europeus. Também ajuda a promover a autonomia estratégica aberta da UE em tempos de crescentes preocupações com a segurança econômica, por meio de parcerias com países que pensam da mesma forma."
 
As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Presidente da Fedeleche: "Queremos aumentar a produção de leite no Chile"

O presidente da Federação Nacional de Produtores de Leite do Chile (Fedeleche), Marcos Winkler, analisou as condições para a produção leiteira no país, assegurando que "um ano de grandes incertezas chegou ao fim, desde questões climáticas, com setores com muita chuva e outros com muito pouca, e o mesmo no caso das temperaturas".

O líder se referiu ao fato de que, embora tenha havido fortes chuvas no verão passado, as baixas temperaturas não permitiram um bom crescimento do pasto para alimentar o gado na parte sul do país.

"De Temuco para o sul, há a maior concentração de animais, com um sistema de pastagem. Portanto, eles são muito dependentes do clima. O início do inverno foi muito bom. Depois, houve chuvas importantes que permitiram que o crescimento do pasto fosse interessante, mas depois fez muito frio. O crescimento que deveria ter ocorrido em outubro não aconteceu e não tivemos o pico da primavera", explicou ele.

Com relação ao relacionamento com o setor de processamento de leite, que é o ponto de destino da produção nos campos, Winkler observou que alguns mantiveram seus preços, enquanto outros diminuíram seu padrão de pagamento aos produtores.

Ele também destacou que, sem os incentivos necessários, "claramente os laticínios estão fechando, os produtores estão diminuindo e temos menos produção".

Apesar de tudo, o representante do sindicato disse que "queremos que a produção de leite no Chile aumente, por isso precisamos de condições para mais produção e para que novas pessoas entrem nesse negócio".

Sustentabilidade

Por outro lado, o representante do sindicato garantiu que "estamos trabalhando arduamente na sustentabilidade de nossos rebanhos. Há pessoas no mundo que acreditam que as vacas produzem gases de efeito estufa, mas nós podemos mitigar o carbono e o metano".

Nesse contexto, ele disse que, em termos de sustentabilidade, "as fazendas têm uma consciência social, gerando bons empregos, com salários adequados. O campo tem que ser rentável, que é o que todos nós estamos tentando implementar e mostrar ao mundo".

Pelo mesmo motivo, o presidente da Fedeleche ressaltou que "estamos trabalhando constantemente para demonstrar que o leite é necessário para a nutrição de crianças, jovens e adultos. Como no mundo há campanhas contra o leite, temos que usar a ciência para demonstrar que ele é bom".

Além disso, Marcos Winkler destacou que "na pandemia, todos nós nos fechamos, o que levou a um aumento no consumo de alguns produtos lácteos, o que, juntamente com os recalls e bônus, permitiu que se comprasse mais".

"Infelizmente, o fluxo de caixa acabou, os projetos e o dinheiro diminuíram, diminuindo o consumo de laticínios", disse o presidente da Fedeleche.

Nesse contexto, ele garantiu que atualmente estão trabalhando em uma nova campanha para promover o consumo de leite e seus derivados.

"Nosso foco é o consumidor final e que ele saiba que o leite é chileno. É por isso que estamos trabalhando arduamente na Lei de Rotulagem para que eles saibam que o produto é do país". Nesse contexto, o líder sindical pediu aos consumidores que escolham esses produtos "de qualidade premium em nível global e sustentável".

As informações são do La Tribuna, adaptadas pela equipe MilkPoint.

AR – A produção de leite caiu em 2023. Quais as estimativas para 2024?

Produção/AR – A produção argentina de leite em 2023 alcançou 11.326,6 milhões de litros, o que representou queda de 2% em relação a 2022, devido aos efeitos da seca, das distorções e dos aumentos de custos verificados durante o ano passado, disse o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA).

Para 2024, a entidade projeta uma nova queda, neste caso de 2,8%, com o volume ficando ligeiramente acima de 11 bilhões de litros.

As causas da queda na produção de leite na Argentina

Segundo o trabalho do OCLA, a seca que afetou o país durante 2022 e boa parte do ano passado, junto com o aumento generalizado dos custos de produção explicam a baixa.

“2023 começou com uma seca generalizada em todas as regiões e que se manteve até o final do ano. Isto gerou falta de pastagens e forrageiras tanto em quantidade como em qualidade e teve que recorrer à compra de alimentos fora dos estabelecimentos”, diz o relatório do OCLA.

Assim, “as diferentes versões do dólar soja produziram elevações de preços dos concentrados e do arrendamento de terras. O forte processo inflacionário e a desvalorização cambial se uniram aos aspectos anteriores, potencializando de forma extraordinária os custos de produção, que não foram compensados no aumento do preço do leite ao produtor”.

Não obstante este panorama, “a produção teve uma leve queda, que analisada por estrato produtivo mostra que as unidades produtivas maiores sustentaram a produção durante todo o ano, acima da produção do ano anterior”.



Jogo Rápido

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS BATE RECORDES E SE TORNA MAIOR GERADORA DE EMPREGOS FORMAIS E DIRETOS
O Brasil se tornou o maior exportador mundial de alimentos industrializados do mundo, em volume, com 72,1 milhões de toneladas, e ultrapassou os Estados Unidos, conforme apontam dados apurados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). O que representa um crescimento de 11,4% em relação a 2022 e de 51,8% em relação a 2019. Além disso, o segmento gera cerca de 2 milhões de empregos formais e diretos e mais 10 milhões na cadeia produtiva. Os principais destaques, em valor, foram as proteínas animais (US$ 23,6 bilhões), açúcares (US$ 16 bilhões), farelos de soja (US$ 12,6 bilhões), óleos e gorduras (US$ 3,6 bilhões), preparados de vegetais e sucos (US$ 2,9 bilhões). Para a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), cabe aos parlamentares trabalhar para que o setor permaneça em condições de colaborar com o país e atuar em pleno desenvolvimento. Bia também reforça a importância que o segmento da indústria fornece à segurança alimentar mundial. “A segurança alimentar é um dos principais focos da indústria de alimentos e bebidas. A nós, Parlamentares, cabe a missão de trabalhar para que o setor permaneça viável, com medidas para evitar a perda de postos de trabalho e de produtividade”, disse ela. De acordo com João Dornellas, presidente da ABIA, o Brasil vem se sobressaindo desde o início da pandemia como fornecedor global de alimentos. “Vários países tomaram a decisão de não exportar ou de fazer estoque, e isso foi agravado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. O Brasil tem uma indústria de alimentos muito forte também, com tecnologia e capacidade de investimento. Continuamos expandindo e atendendo às demandas dos mercados interno e externo”, ressalta Dornellas. Apesar dos números satisfatórios, Dornellas destaca que ainda existe um desafio importante para o segmento. Para ele, esclarecer sobre uma classificação de alimentos equivocada que vem sendo utilizada no Brasil é uma prioridade. A indústria de alimentos brasileira processa 58% do valor da produção de alimentos do campo brasileiro e, em 2022, o faturamento alcançou R$ 1,075 trilhão, o que correspondeu a uma correlação de 10,8% com o PIB do País, quando foram produzidas mais de 250 milhões de toneladas de alimentos, das mais diversas categorias. (Edairy News)


 
 

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Porto Alegre, 17 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.067


Soja atinge menor valor desde agosto de 2020

A comercialização da soja abriu a semana no menor patamar de preço registrado desde 2020 pela série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (CEPEA-Esalq/USP). A cotação da oleaginosa encerrou a última sexta-feira em R$ 127,61 a saca. Em resposta ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês), que previu recuperação da safra argentina da oleaginosa, a cotação recuou 1.7% ante os R$ 129,83/sc do dia anterior. No entanto, chegou ao menor patamar desde 17 de agosto de 2020 (R$ 129,67/sc) e pouco mais que o de 14 de agosto do mesmo ano, de R$ R$ 127,26.

De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque, a recuperação da soja argentina, prevista pelos Estados Unidos, compensa boa parte – ou a maior parte - dos problemas previstos para a colheita brasileira. “O mercado não olha só para o Brasil, mas para a América do Sul. Estão acabando plantio por lá (Argentina) e, até agora, as condições climáticas são boas e favoráveis”, analisa. A projeção é que o país colha 50 milhões de toneladas de soja, mais que o dobro das 22 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A previsão de alta oferta, segundo Roque, tem sustentação mesmo frente à estimativa de quebra à safra brasileira. “A gente sabe que tem problemas climáticos, mas ainda estamos falando na segunda maior safra da nossa história. Estamos longe de ter uma catástrofe na soja brasileira”, garante. 

O prognóstico da Safras & Mercado leva em conta o impacto da escassez hídrica em importantes estados produtores, como Mato Grosso, Tocantins e Bahia e aponta para 150 milhões d e toneladas n a safra 2023/2024. Já para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da oleaginosa está estimada em 155,26 milhões de toneladas. Embora o cultivo da oleaginosa se desenvolva de forma irregular devido à estiagem no Centro-Norte e ao traso do plantio devido ao excesso de chuva da região Sul, o especialista não aposta em mudanças no mercado. “Teremos um primeiro semestre de preços pressionados e mais fracos. Com uma produção sul-americana maior, os contratos de Chicago (bolsa) cedem e perdem valor. Logo, a formação de preços internos fica pior”, analisa. O início da colheita em alguns pontos do país também depreciam as cotações. “O mercado sente a entrada da safra. Não vejo fator positivo, no curto prazo, nem o clima mudando de uma hora para outra para os contratos de Chicago ganharem força”, conclui Roque. (Correio do Povo)


Ministério do Desenvolvimento Agrário deve elaborar nova política para produção de leite

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, se reuniu nesta segunda-feira (15/01) com representantes do setor produtivo de leite, da academia e de outras áreas do governo federal para discutir novas medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no país.

O objetivo é elaborar e encaminhar, nos próximos 30 dias, uma proposta de nova política para essa cadeia produtiva ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para superação da crise vivida no setor com o aumento das importações desde 2022.

Nas redes sociais, Paulo Teixeira disse que a cadeia produtiva de leite é uma “questão do Estado”. O encontro reuniu representantes do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Paulo Teixeira disse que a proposta mira o aumento da produção e do consumo de lácteos no Brasil e a viabilização das exportações desses produtos.

“Colhemos os melhores insumos para oferecer uma proposta para o presidente Lula de aumento da produção de leite, no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite, evidentemente que do grande também, para que o Brasil consiga melhorar essa economia, aumentar a produção de leite, aumentar o consumo e virar também um país exportador de leite e derivados”, afirmou.

Desde o ano passado, o governo tem adotado medidas para mitigar os efeitos do aumento das importações de lácteos de países do Mercosul, como Uruguai e Argentina. Nesta semana entrará em vigor a norma tributária que impede incentivos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, para indústrias que compram produtos estrangeiros. (As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Empresa dona da Piracanjuba faz planos para ir além dos lácteos

Dona da Piracanjuba, uma das marcas de leite que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, o Laticínio Bela Vista faz planos para diversificar seus negócios. A empresa goiana quer se manter na categoria de alimentos, porém, ir para além da sua zona de conforto.

A estratégia é uma das primeiras medidas a ser implementada por Luiz Cláudio Lorenzo, o novo presidente da companhia. Ele assumiu o posto desde o início de 2024, substituindo os irmãos e sócios Cesar e Marcos Helou, que comandaram a empresa nas últimas décadas.

“Temos a pretensão de ampliar nosso escopo de atuação. Essa diversificação dos negócios pode ocorrer tanto de uma maneira orgânica, quanto por meio de aquisições. Nosso foco estará na saudabilidade”, disse Lorenzo ao IM Business, mantendo ainda em sigilo os setores alvo.

Apesar do interesse na diversificação, o laticínio não vai abrir mão da sua principal fortaleza. A companhia espera inaugurar no início de 2025 a maior fábrica de queijos do Brasil, que está sendo construída em São Jorge d’Oeste (PR), com investimentos da ordem de R$ 80 milhões.

A nova unidade vai ampliar em quase 15% a capacidade de processamento de leite da Bela Vista. Dos atuais 7 milhões de litros por dia, a companhia terá instalada uma capacidade para 8 milhões de litros por dia.

Outra medida a ser implementada pelo executivo é profissionalizar a gestão da companhia, que se manteve familiar desde o início. A migração dos irmãos Helou do dia a dia para o conselho consultivo recém criado é um primeiro passo nesse sentido.

A ideia é reforçar a governança da Bela Vista, preservando a cultura desenvolvida ao longo dos anos e garantindo a longevidade do grupo. Os sinais enviados pelo executivo são manter a companhia como consolidadora no mercado.

Desde 2023, a companhia vem se preparando para acessar o mercado de capitais. Segundo Lorenzo, um IPO não está descartado, porém, a empresa não tem trabalhado com essa possibilidade. “Não é algo que nos move”, diz.

Do ponto de vista do mercado, Lorenzo diz estar cauteloso e não esperar por uma retomada no consumo no curto prazo. Em sua opinião, ainda não é possível medir os impactos que as medidas fiscais anunciadas pelo governo terão ao longo das cadeias produtivas.

“No Brasil e no mundo, os lácteos e todas as commodities têm sofrido com a queda dos preços, em um movimento de acomodação, após o período de pandemia. Porém, a demanda segue reprimida no Brasil, diante do alto grau de endividamento das pessoas”, diz Lorenzo.

O executivo não revela qual o tamanho do faturamento da companhia em 2023. Diz apenas que houve um crescimento de 8% e que a expectativa é manter uma taxa anual de expansão da ordem de 10%. (As informações são do Infomoney)


Jogo Rápido

Saldo da balança comercial é positivo em US$3,5bi 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de 1,391 bilhão de dólares na segunda semana de janeiro, entre os dias 8 a 14. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados ontem, o valor foi alcançado com exportações de 6,212 bilhões de dólares e importações de 4,822 bilhões de dólares. No mês, o superávit acumulado é de 3,496 bilhões de dólares. Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 31,6% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de 70,7 milhões de dólares (43,9%) em agropecuária, alta de 134,37 milhões de dólares (55,6%) em indústria extrativa e aumento de 120,54 milhões de dólares (19,2%) em produtos da indústria de transformação. As importações, igualmente, tiveram crescimento: 4,6% no período também na comparação pela média diária, com queda de 2,35 milhões de dólares (-10,2%) em agropecuária, recuo de 13,14 milhões de dólares (-17,7%) em indústria extrativa e crescimento de 57,98 milhões de dólares (7%) em produtos da indústria de transformação, segundo os dados divulgados pela secretaria. (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 16 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.066


GDT - 16/01/2024

(Fonte: GDT)


Saldo do Fundesa-RS cresce R$ 19 milhões em um ano

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram nesta segunda-feira (15), os números referentes ao exercício de 2023. A assembleia também analisou os dados do último trimestre. A cada três meses os relatórios são apresentados e revisados pelos conselheiros e os relatórios encaminhados às Secretaria da Agricultura e da Fazenda, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Corregedoria e Auditoria Geral do Estado. O Fundesa completa 19 anos no próximo dia 1° de fevereiro e o período foi destacado pelo presidente Rogério Kerber na abertura dos trabalhos.

As saídas no exercício somaram R$ 11,2 milhões e foram aplicadas prioritariamente em indenizações e investimentos em insumos, treinamento e tecnologias para o sistema de defesa sanitária animal no Rio Grande do Sul. O saldo do fundo supera R$ 141 milhões, enquanto em janeiro de 2023 era de R$ 122 milhões.

Entre os maiores aportes do Fundo em 2023, estão as indenizações na pecuária leiteira, que totalizaram mais de R$ 6 milhões. Já no último trimestre, o destaque está nos investimentos em prevenção da Influenza Aviária, que totalizaram R$ 35,7 mil. “Ainda estamos com o olhar voltado para o risco de ingresso da influenza aviária no estado. Como há casos em animais marinhos e aves silvestres, mantemos as atividades de prevenção em toda a região de risco”, afirmou o presidente Kerber.

Atualização de valores
Também foi homologado na Assembleia Geral o novo valor médio de R$ 7,70 o quilo do bovino vivo. O valor é o que consta no Boletim Conjuntural da Emater, de janeiro de 2024. O número é a referência utilizada para o cálculo do pagamento de indenizações para o ano, conforme as resoluções do Fundo.

As demais datas de assembleias de prestação de contas trimestrais do Fundesa já foram aprovadas e estão agendadas para os meses de abril, julho, outubro e janeiro de 2025.Todas as informações e números ficam disponíveis no site do Fundesa: fundesa.com.br. (Fundesa)

AR – A produção de leite caiu 2% em 2023

A produção argentina de leite em 2023 alcançou 11.325,4 milhões de litros, o que representou queda de 2% em relação a 2022, quando foram contabilizados 11.557,4 milhões de litros.

Esse resultado, antecipado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), está longe dos prognósticos catastróficos do princípio do ano, como queda de 10% a 20% na oferta de leite, devido à crise que visivelmente afetava a maioria das fazendas leiteiras. Esta crise foi expressa tanto em matéria climática (a seca afetou fortemente a oferta de pastos) como econômica, ao longo do exercício, as fazendas leiteiras não conseguiram cobrir os custos de produção).

Mas a variação de 2% na produção de leite também está longe de ser comemorada, porque mostra de novo, estagnação em relação ao início do milênio, variação entre 10 e 1 bilhões de litros.
A estatística do OCLA abre uma interrogação: o que acontecerá em 2024, já que a crise de renda da atividade leiteira persiste. De fato, o gráfico da evolução anual mostra que as quedas de produção foram maiores nos últimos quatro meses do ano.

Tomando só os dados do mês de dezembro, de fato, a produção foi de 951 milhões de litros, o que representou 5,3% abaixo do mês anterior e -7,7% na comparação com o ano anterior. Ou seja, que nos meses mais recentes está havendo uma crise que impacta a rentabilidade da produção primária, que leva muitas fazendas a encerrarem a atividade mas, sobretudo, que a maioria reduz o nível de produção, seja reduzindo a qualidade das rações ou eliminando as vacas menos produtivas.

“Normalmente a produção no mês de dezembro decresce entre 5 e 6% em relação a novembro (média diária). Este ano a queda foi de 8,3%, resultado dos efeitos colaterais da seca generalizada e prolongada que abateu sobre todas as regiões produtivas, vindo depois um excesso de chuva em outras, durante o mês e as relações desfavoráveis entre o preço do leite e alguns insumos básicos (sobretudo concentrados”, alertou a análise do OCLA.

Cabe destacar que, “dezembro de 2023 foi o mês de dezembro de menor produção dos últimos 4 anos”.

Em sólidos totais (matéria gorda e proteína) a produção anual caiu 1,1% em 2023, quando os litros produzidos caíram 2%. Esta é uma situação “que ocorre porque a deterioração dos chamados sólidos úteis do leite é mínima (7,16% de sólidos em 2023 e 7,17% em 2022)”. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Declaração de Rebanho 2023: 84,19% dos produtores entregaram no prazo
A Declaração Anual de Rebanho referente ao exercício de 2023 teve adesão de 84,19% dos produtores rurais gaúchos que trabalham com agronegócios de produção animal. O índice se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. As Supervisões Regionais de Palmeira das Missões, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga se destacaram por apresentarem os maiores índices para o Estado, com entrega superior a 90%. A Supervisão Regional de Passo Fundo foi a que apresentou a maior porcentagem, registrando 98,72% de entregas.  Em relação aos municípios gaúchos, 115 (23,14%) atingiram 100% de declarações entregues e 252 (50,70%) apresentaram índices de entrega entre 80% e 99%. “A penalidade aos produtores inadimplentes é o bloqueio da movimentação dos animais e uma autuação, que pode ser uma advertência, se primário, ou multa, caso seja reincidente”, explica o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Francisco Lopes. Os produtores que não realizaram a declaração no prazo devem procurar suas inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária de referência, para proceder à regularização de seus cadastros. A Declaração Anual de Rebanho 2023 esteve disponível pelo período de 1º de junho a 31 de outubro do ano passado. A partir de setembro de 2023, foi lançado um novo módulo no Produtor Online que permitiu a entrega da declaração pela internet. (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 15 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.065


Desafios setoriais para o setor de lácteos no Chile em 2024

O presidente do Consórcio Chileno de Lácteos, Sergio Niklitschek, expôs os desafios e as metas do setor de laticínios no Chile para 2024.

A referência chilena em laticínios explicou que 2023 terminou "com alguns contrastes" e disse que "apesar de ter um preço histórico ao produtor, superior ao da maioria dos países mais importantes na produção de leite, os altos custos dos insumos e uma primavera fria e tardia no sul do Chile conspiraram para que fechássemos o ano novamente com um déficit de produção significativo".

"A boa notícia é que as previsões especializadas indicam que a demanda mundial por produtos lácteos continuará crescendo a uma taxa média anual de aproximadamente 1,8% nos próximos anos, o que provavelmente excederá a oferta mundial e oferecerá uma excelente oportunidade para o setor lácteo chileno, desde que saibamos aproveitá-la e não continuemos estagnados como aconteceu nos últimos anos", disse Niklitschek.

Ele disse um desafio importante que a indústria chilena enfrentará como uma cadeia durante o ano de 2024 será o desenvolvimento de uma "Estratégia Setorial" acordada e colaborativa, que nos permita fazer um diagnóstico claro, preciso e documentado das principais causas que mantêm o crescimento estagnado, para posteriormente desenvolver e implementar uma estratégia de desenvolvimento para o setor de lácteps chileno.

Um segundo e importante desafio é promover a rápida ampliação do programa de Certificação de Sustentabilidade da Fazenda de Laticínios com o selo "Chile Origen Consciente", a fim de integrá-lo ao APL (acordo de produção limpa) do setor de processamento e entrar no mercado com produtos lácteos certificados que satisfaçam as novas demandas dos consumidores, que exigirão cada vez mais que os produtos lácteos que consomem sejam social e ambientalmente sustentáveis, destacando o bem-estar animal, a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, o cuidado com os recursos hídricos e a biodiversidade, entre outros.

Um terceiro desafio, não menos importante, será fortalecer as bases que sustentam o consumo de lácteos em nosso país, continuando a comunicar vigorosamente os múltiplos benefícios do consumo de lácteos em todas as fases da vida e, além disso, informar o poderoso trabalho que o setor de lácteos chileno está fazendo em termos de sustentabilidade, incluindo a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação às mudanças climáticas.

Por fim, Niklitschek conclui que a realização da Cúpula Mundial de Laticínios em 2025 exigirá que o setor continue trabalhando em colaboração para preparar um evento de classe mundial, organizado por representantes do setor global. (As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Análise do mercado lácteo da FAO para a América do Sul

A produção de leite na América do Sul deverá atingir 68 milhões de toneladas, com crescimento moderado de 0,7% em relação a 2022, sustentada pelo aumento de volumes no Brasil, no Uruguai e no Peru, que compensarão possíveis quedas na Argentina, Colômbia e Chile.

No Brasil, a redução dos custos da alimentação animal em decorrência da maior produção de milho e as condições favoráveis do clima melhoraram as margens dos produtores, proporcionando um possível crescimento de 2% em relação ao ano anterior, atingindo 36,7 milhões de toneladas de leite. Entretanto, os impactos do evento climático El Niño constituem uma preocupação.

A produção de leite no Uruguai pode aumentar perto de 1% em relação a 2022, como consequência do clima mais favorável e queda no custo da alimentação animal. Na Argentina, ao contrário, a produção deverá cair 1%, ficando pouco abaixo das 12 milhões de toneladas, como consequência da seca que prejudicou as pastagens em termos de quantidade e qualidade. A desvalorização cambial do peso fez aumentar os custos dos alimentos importados, reduzindo as margens dos produtores, apesar da implementação de programas governamentais de assistência financeira e os esforços para mitigar a pressão inflacionária.

Da mesma forma, a produção de leite na Colômbia deve cair em decorrência dos elevados custos dos fatores de produção e do baixo preço do leite ao produtor. (Fonte: FAO - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Sebrae RS disponibiliza 1,2 mil vagas para o programa ALI Produtividade 

O Sebrae RS está com inscrições abertas até o dia 18 de fevereiro (ou até durarem as vagas) para o novo ciclo do programa ALI Produtividade. A iniciativa gratuita é direcionada a donos de micro e pequenas empresas gaúchas. As inscrições são feitas por meio do formulário: https://sebrae.com.br/ sites/PortalSebrae/brasilmaisprodutivo. Ao todo, são 1,2 mil vagas para empreendedores dos setores do comércio, serviços ou indústria, com faturamento bruto anual de até R$4,8 milhões, com exceção dos microempreendedores individuais (MEI). 

O ALI Produtividade tem o intuito de estimular o aumento da produtividade e faturamento dos pequenos negócios e da inovação dos processos, produtos e/ou serviços, por meio de atividades de orientações e atendimento personalizado durante a jornada de até seis meses. Dentre essas atividades está o acompanhamento, diagnóstico e mapeamento inicial de um dos Agentes Locais Local de Inovação (ALIs) para as empresas, que as orientam para seus principais desafios, realizando protótipos ou testes, identificando soluções tecnológicas, contribuindo para assimilar o processo em métodos ágeis e identificando soluções sob medida, de acordo com as necessidades do negócio. 

“Só em 2023 foram mais de 3,2 mil pequenos negócios atendidos e o programa contribuiu para um aumento médio de 14,4% na produtividade das empresas que concluíram a jornada. Nosso Estado tem apresentado ótima performance das empresas aos participarem do programa. A modalidade é aderente a qualquer setor já que engloba a visão de redução de custos, melhorias e foco na inovação. A ideia é que os empresários tenham um ganho de aprendizado com metodologias para implantar soluções viáveis para seus negócios”, diz a gestora de projetos do Sebrae RS, Michele Seleri. 

A ação faz parte do Programa Brasil Mais Produtivo, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Estado aprova incentivos para indústrias
A primeira reunião do ano do Grupo de Análise Técnica (Gate) do Sistema Estadual para Atração e Desenvolvimento de Atividades Produtivas (Seadap), realizado na sexta-feira, aprovou 10 projetos via Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem) e dois projetos via Programa de Implantação de Distritos Industriais (Proedi). As informações são da assessoria do governo do Estado. Pelo Fundopem, os incentivos somaram R$ 91,7 milhões, com previsão de geração de 62 novos empregos diretos. Via Proedi, o valor chegou a R$ 22,8 milhões e estimativa de criação de 45 vagas diretas. Também foram firmados 3 protocolos de intenções, com perspectiva de R$ 255,5 milhões em benefícios e geração de 240 postos. Dos empreendimentos beneficiados via Fundopem, três são de pequeno porte e sete de médio, instalados em 10 cidades de sete regiões. Os setores da indústria contemplados foram alimentos, bebidas, leite e derivados, petroquímica, plásticos e borracha, químico e saúde avançada e medicamentos. Já pelo Proedi, duas empresas de médio porte receberam incentivos. (Jornal do Comércio)