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Porto Alegre, 30 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.076

   Leite/América do Sul 

 A produção de leite ao nível das fazendas aumenta no Brasil e nos outros países do Cone Sul marcando a transição do inverno para a primavera, no Hemisfério Sul. 

As temperaturas ficam mais confortáveis para as vacas de leite, melhorando a produção. O fornecimento de grãos de boa qualidade está disponível para a maioria dos produtores de leite da região. No entanto, as condições das forrageiras são inadequadas em decorrência do clima seco na região. Embora o preço ao produtor esteja em níveis relativamente elevados, ainda não é suficiente para cobrir os custos operacionais. A oferta de leite é mais que suficiente para atender à maioria das necessidades das indústrias, no entanto, o consumo interno, principalmente na Argentina, continua caindo. Assim sendo, algumas indústrias procuram, como alternativa, o comércio exterior, fora do Mercosul. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

"Precisamos superar o paradigma do crime"
ENTREVISTA | RICARDO NEVES PEREIRA, Subsecretário da Receita Estadual

Um dos idealizadores da nota fiscal eletrônica, que começou de forma pioneira no Rio Grande do Sul e se tornou uma realidade no país, o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, classifica as mudanças em andamento no órgão como "uma revolução". Servidor estadual e auditor fiscal de carreira, Pereira trabalha para que a instituição responsável pela arrecadação do Estado atue cada vez mais mais focada "em prevenção, orientação e cooperação". A seguir, leia os principais trechos da entrevista.

Em junho, o governo lançou 30 medidas para simplificar e modernizar o sistema tributário. O que já foi implementado?
Uma das iniciativas em andamento é o Inova-RS. Fizemos reuniões com entidades representativas de setores e conversamos com grandes contribuintes, como Braskem, Petrobras Distribuidora, São João. Nesse diálogo, ficou claro o que as empresas querem de nós: certeza tributária.

Que medidas práticas foram tomadas?
Uma delas é a pactuação de regras tributárias com os setores. Por exemplo: em cooperação com a Agas (Associação Gaúcha de Supermercados), estamos elaborando um sistema de conformidade fiscal. A ideia é criar uma base de dados para dizer exatamente qual é o valor da tributação de cada produto, evitando o litígio. A grande sacada é que não estamos mais em posição reativa, mas proativa.

É uma mudança de cultura?
Sim, é uma revolução. Estamos criando grupos setoriais especializados que farão o acompanhamento econômico de cada setor, com metas de arrecadação. A ideia é priorizar a prevenção e a autorregularização, para identificar problemas de forma precoce e pedir às empresas para que se regularizarem. Não teremos mais metas de constituição de créditos tributários (autuações).

Isso não é arriscado?
A cobrança que a sociedade tem de fazer é: a Receita Estadual está conseguindo arrecadar aquilo que a legislação diz que deve ser pago pelos contribuintes? Essa é a meta. Se conseguirmos atingir a carga tributária efetiva, podemos ter zero autos de lançamento.

Há um debate, no Estado, sobre o combate à sonegação...
Se tu pegares qualquer manual de administração tributária de organismos internacionais, vais ver que isso (ter metas de autuação) é coisa do passado. Nenhum outro Estado tem essas metas. Estou tentando mudar esse paradigma.

Não pode passar a ideia de que o governo estadual afrouxou a fiscalização?
Não, ao contrário. A autuação vai estar cada vez mais focada nos devedores contumazes, que montam esquemas para lesar o erário. Estamos conversando com Ministério Público e Procuradoria-Geral do Estado para trabalharmos juntos no combate à fraude estruturada, a que desequilibra o mercado. Criamos um grupo especializado de inteligência fiscal, com auditores, promotores e procuradores.

E os contribuintes que recolhem imposto errado?
A maioria não tem intenção de sonegar. Nossa obrigação é identificar o erro e avisá-los para que se regularizem, sem deixar passar muito tempo. Quanto mais rápidos e mais preventivos formos, menor será a necessidade de autuações. Quanto aos devedores contumazes, vamos inibi-los fortemente, buscando fazer acordos para diminuir o litígio. Precisamos superar o paradigma do crime.

As autuações a devedores caíram 26%. Isso não preocupa?
Nem um pouco. A sociedade não está preocupada com quantos créditos tributários estamos lançando, mas com quanto arrecadamos. Temos de investir em prevenção e autorregularização.

A meta de ampliar a arrecadação em R$ 1,7 bilhão ao ano está mantida?
O compromisso é atingir esse número e estamos trabalhando para isso. Se não tivermos condições neste ano, pretendemos recuperar a partir de 2020. (Zero Hora)

LEITE/CEPEA: após forte queda nos últimos meses, preço ao produtor reage 2%

Depois de acumular queda de 12,1% em julho e agosto, o preço do leite recebido por produtores se valorizou em setembro. De acordo com o levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço de setembro, referente à captação de agosto, foi de R$ 1,3728/litro na “Média Brasil” líquida, altas de 1,94% (ou de 3 centavos) frente à do mês anterior e de 9,5% em relação à de setembro/18, em termos reais (deflação pelo IPCA de agosto/19).

Este movimento atípico de mercado esteve atrelado à oferta limitada de leite no campo, já que a captação de agosto não se elevou conforme o esperado por agentes do setor, e à consequente maior disputa entre empresas por matéria-prima.

É preciso destacar que, no Sudeste e Centro-Oeste, o período seco prejudica a disponibilidade de pastagens, limitando a produção. No Sul, por outro lado, as condições favoráveis de produção elevaram a captação de agosto em 10,9% no Rio Grande do Sul, em 11% em Santa Catarina e em 7,5% no Paraná. Com isso, o ICAP-L (Índice de captação de leite nacional) apresentou alta de 7,7% de julho para agosto/19. Apesar do aumento da captação, o volume de leite não tem sido suficiente para abastecer o mercado doméstico e, consequentemente, laticínios concorrem pela matéria-prima, visando reduzir a ociosidade.

A menor oferta no campo elevou, também, as cotações dos derivados lácteos. No mercado atacadista de São Paulo, o preço médio do leite longa vida em agosto, de R$ 2,53/litro, ficou 7,3% acima do verificado em julho/19. Entretanto, o cenário para setembro mudou e a média mensal deste mês (até o dia 26) caiu 2%, para R$ 2,48/litro. Segundo colaboradores do Cepea, indústrias reduziram o volume de produção e, agora, operam com níveis de estoques de médio a baixo, no intuito de evitar custos extras, uma vez que os atacadistas pressionam por cotações mais baixas.

É importante lembrar que os preços do leite no campo são influenciados pelos mercados de derivados e spot, com certo atraso de um mês nesse repasse de tendência. Os preços ao produtor de outubro, portanto, deverão ser influenciados pelo desempenho dos mercados de derivados e spot de setembro, que, vale observar, registraram quedas de preços na primeira quinzena do mês, pressionados pela expectativa de recuperação na produção, após o retorno das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste. Assim, a valorização do leite ao produtor em setembro pode permanecer como um fato atípico e pontual. (As informações são do CEPEA)

Mapa esclarece informações sobre reprocessamento do Leite UHT
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclarece que as informações que circulam na internet sobre o reprocessamento do Leite UHT (Ultra Alta Temperatura) são falsas. Segundo a mensagem, os códigos numéricos ou imagens no fundo da embalagem longa vida indicariam que o leite foi reprocessado. “O reprocessamento térmico do leite para consumo humano direto é proibido pelo Parágrafo 8º, do Artigo 255 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem - RIISPOA, aprovado pelo Decreto no 9.013 de 29 de março de 2017, não podendo ser, de forma alguma, praticado pelos laticínios”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária, Ana Lucia Viana. O Dipoa, juntamente com as unidades do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa), mantém seu trabalho de acompanhamento, fiscalização, inspeção e auditorias da produção dos alimentos de origem animal a fim de garantir que qualquer irregularidade seja evitada. (MAPA)

Porto Alegre, 27 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.075

   Laticínios uruguaios com grandes oportunidades na China, mas com alta barreira tarifária

As barreiras tarifárias são um dos principais desafios para o avanço do setor de laticínios uruguaio na China, embora em um cenário de grandes oportunidades nesse mercado. Isso foi apontado por Mercedes Baraibar, da área de Estudos Econômicos e da Informação do Instituto Nacional do Leite (INALE), após recente missão ao gigante asiático.

Os 10 dias da missão incluíram visitas a fábricas de laticínios, reuniões com importadores do setor e participação em uma exposição na 25ª Conferência da Associação da Indústria de Laticínios da China, além de um seminário em Guangzhou.

Baraibar disse que o Uruguai tem uma grande oportunidade comercial para laticínios na China, considerando que a produção doméstica do país asiático não é suficiente. A isso se somam as limitações de seus principais fornecedores: a produção australiana está em quedas anuais sistemáticas há três ou quatro anos devido à seca e a Nova Zelândia está praticamente na fronteira máxima de seu suprimento, independentemente dos períodos de pico de produção. "Temos a possibilidade de avançar, a questão é tarifária", afirmou a especialista. No leite em pó, por exemplo, a tarifa é de 10%.

Ela considerou essencial destacar a produção de qualidade do Uruguai e continuar aprofundando os laços de confiança. E destacou o grande interesse das indústrias chinesas na compra de produtos e no investimento em diferentes partes do mundo.

“Antes de 2013, o Uruguai praticamente não exportava laticínios para esse destino. Em 2013, foi o boom da explosão da demanda chinesa de laticínios e, até 2015, teve uma participação muito importante na compra de leite em pó integral. Em 2016, a China reduziu as compras e os preços internacionais despencaram. E em 2018, as vendas do Uruguai para esse destino começaram a aumentar gradualmente. Atualmente, a China é o quinto maior destino de exportação de laticínios do Uruguai.”

A visita do Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Enzo Benech, juntamente com uma delegação local, está prevista para o final de novembro, informou Baraibar. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Fonterra registra perda anual recorde após baixas contábeis

A Fonterra, o maior exportador de lácteos do mundo, registrou uma perda anual recorde à medida que a cooperativa da Nova Zelândia se recupera de uma expansão internacional conturbada, anunciando que também pagará menos em pagamentos de dividendos no futuro.

A Fonterra, com sede em Auckland, disse na quinta-feira que seu prejuízo líquido após impostos foi de NZ$ 605 milhões (US$ 381 milhões) nos 12 meses até julho, que estava na extremidade inferior da faixa anteriormente prevista da empresa, de NZ$ 590 milhões a NZ$ 675 milhões (US$ 372 milhões a US$ 425 milhões). Isso marca a segunda perda consecutiva da empresa.

A perda recorde para o ano financeiro de 2019 ocorreu depois que a Fonterra foi forçada reduzir o valor dos ativos em mercados como China, Brasil, Venezuela, Austrália e Nova Zelândia em NZ$ 826 milhões (US$ 520,3 milhões), refletindo as perspectivas de ganhos mais baixos em certas economias.

O CEO Miles Hurrell descreveu 2019 como um ano de decisões "incrivelmente difíceis" para a Fonterra. "Isso incluiu a necessidade de refletir as realidades variáveis dos valores dos ativos e ganhos futuros, levantando nossa disciplina financeira, esclarecendo por que existimos e concluindo uma revisão da estratégia", afirmou. "Muitas dessas coisas foram dolorosas, mas foram necessárias para reiniciar nossos negócios e obter sucesso no futuro".

A empresa não pagou dividendos pelo seu ano financeiro de 2019, pela primeira vez em sua história, e disse na quinta-feira que no futuro distribuirá uma porcentagem menor de seus lucros líquidos futuros após impostos como pagamento de dividendos.

O lucro por ação normalizado para 2019 foi de 17 centavos  (10,7 centavos de dólar)  uma queda de 29% em relação ao ano anterior. Para 2020, a Fonterra está prevendo 15 a 25 centavos (9,4 a 15,7 centavos de dólar) por ação.

As ações negociadas na Nova Zelândia do grupo subiram até 2,5% após o anúncio dos resultados, ou seu maior ganho neste mês, com o alívio dos investidores de que a perda não foi tão ruim quanto o esperado. A empresa teve 18 meses desastrosos ou mais, já que viu a renúncia do presidente e executivo-chefe da Fonterra.

A Fonterra investiu pesadamente em sua divisão de fazendas chinesas nos últimos 10 anos, enquanto tentava desenvolver um suprimento de laticínios em seu maior mercado de exportação, mas o negócio teve consistentemente um desempenho inferior.

Em 26/09/19 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,63000
1,58731 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Financial Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Embrapa 

Em audiência pública representantes da Embrapa, MAPA e Deputados discutem sobre a importância da ciência e pesquisa para o desenvolvimento da agricultura e crescimento econômico brasileiro e a consequência de cortes de verba na Embrapa.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural junto à representantes da Embrapa, Ministério da Agricultura e o Ex-Ministro da Agricultura, Alysson Paulineli, discutiram hoje a importância da Embrapa para nível atual de desenvolvimento da agricultura e pecuária no Brasil. Essa reunião foi requerida pelo Dep. Alceu Moreira - MDB, motivada pelo possível corte de 45% do orçamento da Embrapa para o ano de 2020.
 
Com a palavra o Presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, conta a história de evolução da agropecuária, com sustentabilidade e da importância de ter um país com segurança alimentar.
  
Entre outros convidados, o Ex-ministro Alysson Paulineli também falou sobre a importância da Embrapa em pesquisas sustentáveis e que o país ainda tem muito para se desenvolver com o apoio científico e tecnológico. Finalizando seu discurso deixa aos deputados uma pergunta: “Hoje toda a população está pensando em um alimento sadio de uma agricultura verde. Quem no mundo pode produzir 12 meses no ano uma agricultura verde para satisfazer do novo hábito alimentar?”
 
A audiência se estendeu até 12:00 com o debate entre deputados e técnicos da Embrapa das mais diversas áreas de atuações e regiões, e foram unânimes em concordar com a importância da Embrapa no desenvolvimento agropecuário e no crescimento econômico do Brasil. (Terra Viva)

 
Desemprego 
A taxa de desocupação do país caiu novamente e ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, após ficar em 12,3% no trimestre finalizado em maio. Mesmo assim, o país ainda tem 12,6 milhões de pessoas em busca de trabalho. (Fonte: IBGE)

Porto Alegre, 26 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.074

 Apex-Brasil já opera na Fiergs

Porto Alegre passa a contar com escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para a Região Sul. A inauguração, na sede da Fiergs, ocorreu ontem, em um Plenário Mercosul lotado para ouvir as perspectivas que se desenham no mercado internacional. O ato é resultado de entendimento entre a agência, a Fiergs e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), que facilitará o acesso dos empresários aos serviços de promoção de exportações, internacionalização e atração de investimentos estrangeiros oferecidos pelo órgão. 

Conforme o presidente da Apex, Sergio Segovia, o escritório atenderá empresas gaúchas, de Santa Catarina e do Paraná. Em 20 minutos de explanação, ele apresentou à plateia as novas diretrizes e o papel da instituição na exportação e investimentos. “Para nós, é um marco estabelecido, na perspectiva de aumentar a capilaridade das nossas iniciativas e atuar regionalmente. Estar aqui é garantir a aproximação com a Região Sul, onde estão a quarta, a quinta e a sétima maiores economias do país”, disse. “A partir de Porto Alegre, poderemos acompanhar de modo mais próximo, não só nossos clientes e parceiros, mas outros atores privados e públicos aqui localizados, com os quais poderemos fortalecer nossa economia”. 

O titular da Sedetur, Ruy Irigaray, disse estar otimista com a possibilidade de levar a indústria para as feiras internacionais de 150 postos diplomáticos mundiais. O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, citou o prazo “entre estar aqui e inaugurar foram 30 dias”, o que é um sinal de que “as coisas estão andando”. (Correio do Povo)

Avança PL da Liberdade Econômica

Inspirado na lei sancionada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, o projeto que cria os Direitos da Liberdade Econômica no Rio Grande do Sul recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. 

O documento foi entregue ontem pelo relator, deputado Sérgio Turra (PP). Junto com o relatório, Turra apresentou pedido de prioridade para que o parecer seja votado na próxima sessão da comissão, marcada para terça-feira. Como a tendência é de aprovação, o projeto estará apto a ser votado no plenário, caso haja acordo entre os líderes partidários. O autor do texto, Rodrigo Lorenzoni (DEM), quer aprová-lo até novembro. 

O parecer foi entregue na reunião da subcomissão encarregada de levar os termos da legislação para os municípios, relatada por Ernani Polo (PP). Com apoio da Famurs, o órgão formulará uma sugestão de texto-base para ser apresentado nas câmaras municipais. (Zero Hora)

EUA e Japão assinam novo acordo comercial que abrange até US$ 7bi: queijo em pauta

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, assinaram nesta quarta-feira um acordo comercial entre os dois países, com abertura de mercados e redução de tarifas.

Trump afirmou que a abertura comercial favorecerá produtos americanos em até US$ 7 bilhões, principalmente alimentos e produtos agrícolas.

“As tarifas serão significativamente menores ou zeradas no Japão”, disse o presidente americano, citando carne de vaca, carne de porco, trigo, milho, queijo e vinho, entre outros.

Já os EUA vão ajustar tarifas a produtos japoneses em alguns tipos de maquinário, turbinas, bicicletas e instrumentos musicais.

A cerimônia de assinatura aconteceu nos bastidores da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Esta é a primeira fase de um acordo comercial mais amplo, explicou Trump. Cálculos indicam que o acordo completo poderá representar uma corrente de até US$ 40 bilhões. (As informações são do Valor Econômico)

Kantar: categorias práticas e indulgentes crescem, porém, consumo ainda apresenta recuo

O cenário econômico se mostra mais favorável com queda dos índices de desemprego e resultados positivos do varejo. Porém, o consumo ainda apresenta recuo. Os últimos três meses terminados em julho apresentaram recuperação na frequência de compra comparado ao trimestre anterior, período que registrou a maior queda na série histórica desde 2016. O levantamento Consumer Thermometer da Kantar, multinacional de painéis de consumo, aponta 2% de aumento na frequência de compra das categorias de consumo massivo (FMCG) dentro do lar entre maio e julho deste ano. 

Apesar da redução do volume de unidades continuar sendo realidade em todas as classes sociais do País, no longo prazo, os grupos DE apresentam uma pequena melhora em relação ao meses iniciais de 2019.

Além disso, o último trimestre registrou também índices positivos em algumas regiões. A  Grande São Paulo (+1,1%), interior de São Paulo (+1,2%) e Leste e interior do Rio de Janeiro (+1,1%) contabilizaram crescimento em relação ao período anterior. Em contrapartida, as regiões Centro-Oeste e Grande Rio de Janeiro não mostraram sinais de retomada e viram os índices de volume de compra caírem ainda mais.

"O consumo no Brasil ainda se encontra em recuo. Neste cenário de retração e incertezas, o shopper está sempre tentando equilibrar o orçamento e faz escolhas conscientes que lhe permitam incluir categorias de conveniência, praticidade e indulgência no carrinho de compras", analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

Nesta análise, a cesta de perecíveis é a única a apresentar performance positiva nos últimos 7 meses versus o mesmo período do ano anterior. As categorias de sorvete e leite fermentado se destacam, estando entre as que mais ganharam novos lares nos últimos períodos, entregando conveniência, praticidade e indulgência.

Considerando os canais que o consumidor brasileiro elege na hora das compras, o atacarejo não para de crescer e continua avançando mais 3,8 ponto de penetração no ano móvel. As vendas em autosserviço também acumularam alta de 2,0% nos últimos 7 meses. (As informações são da Kantar) 

É falsa informação de que caixa indica leite com mais química
Um vídeo que circula no WhatsApp e nas redes sociais tem gerado preocupação de consumidores. Nas imagens, um homem que não se identifica faz graves acusações sobre o processo de fabricação e as embalagens do leite longa vida, o popular "leite de caixa". Segundo o homem, o tipo de marcação no fundo da caixa indicaria que o leite foi reprocessado. Ou seja, o leite teria voltado para a fábrica, onde teria passado por mais processos químicos que fariam com que durasse mais. No entanto, a informação é falsa. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem. (TV Jornal/SBT)

Porto Alegre, 25 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.073

 Propriedade em Vespasiano Corrêa comemora resultados de ordenha robotizada
 
A Granja Michelon, localizada em Vespasiano Corrêa (RS), realizou um Dia de Campo a fim de compartilhar os resultados obtidos após um ano de aquisição de uma ordenha robotizada. O encontro ocorreu nesta terça-feira (24/9) e reuniu cerca de 100 pessoas, entre  pequenos produtores, técnicos e entidades de dentro e fora do Estado.

O evento contou com palestras sobre qualidade, produtividade, rentabilidade e nutrição de vacas, além de uma visita à Granja Michelon para acompanhar a ordenha robotizada em tempo real. A propriedade, que pertence a Valter e Tiago Michelon, possui 24 hectares e 125 vacas em seu rebanho. Dessas, 67 estão em lactação e produzem 3 mil litros/dia de leite. O robô da Granja é o 21º do mundo em produtividade e está entre os primeiros do ranking no Brasil.

De acordo com o gerente Comercial e de Projetos da DeLaval, Márcio Denes Gato, com o uso da ordenha robotizada a Granja Michelon aumentou 17% da produção de leite e reduziu 40% dos casos de mastite no rebanho. "O evento serviu para mostrar a realidade de uma propriedade de pequeno porte para a atividade leiteira", ressaltou Gato.

Para Tiago Michelon, mostrar aos participantes do encontro o funcionamento do robô e os números conquistados nesse último ano é de suma importância para que outros produtores se inspirem. "Os ganhos para a propriedade são inúmeros, tanto no que se refere à saúde do rebanho quanto à produtividade, pois o robô funciona 24h por dia", contou.

O Dia de Campo foi promovido em parceira com as empresas MSD - Saúde Animal, Cotribá  - Produção Animal, DeLaval e Machado Agropecuária. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Márcio Gato

Ministra encerra viagem ao Oriente Médio com abertura de mercado para produtos brasileiros

Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) liderou missão ao Oriente Médio. A comitiva passou por quatro países: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. 

Nesse período, a ministra reuniu-se com autoridades de governo e empresários. Foram anunciadas novas importações de produtos brasileiros, como lácteos, frutas, mel e castanhas. Tereza Cristina encontrou-se ainda com investidores para discutir oportunidades de negócios em obras de logística no Brasil, que visam tornar o agronegócio mais competitivo. 

Em 2018, as exportações agropecuárias para 55 países árabes somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro. O comércio pode crescer ainda mais com investimentos e negócios em toda a cadeia produtiva, como maquinário, estocagem, tecnologia e inovação.

Egito
No Egito, a ministra Tereza Cristina anunciou a abertura do mercado para produtos lácteos brasileiros. Aguardada desde 2016, a entrada dos produtos do Brasil poderá atingir um mercado de 100 milhões de consumidores. Também foi anunciado o início do processo de importação de uva e alho egípcios pelo Brasil. Outros temas do encontro foram a importação de laranjas pelo Brasil e o envio de caprinos e ovinos. Os países iniciaram as tratativas para um convênio entre a Embrapa e centro de pesquisas do Egito. Nas reuniões, no Cairo, também foram debatidas redução de tarifas de exportação e padronização de certificados sanitários.

Arábia Saudita
Na Arábia Saudita, a ministra Tereza Cristina finalizou acordos que ampliam a pauta exportadora de produtos do agronegócio brasileiro ao Reino. Foram autorizadas pela SFDA, autoridade sanitária saudita, as compras de castanhas, derivados de ovos e a ampliação do acesso a frutas brasileiras. Somados, os produtos representam um mercado potencial superior a US$ 2 bilhões. Em reunião com investidores sauditas, a ministra destacou as oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, como rodovias e ferrovias, o que ajudará a tornar o agronegócio brasileiro ainda mais competitivo. Os investidores querem mais diálogo com os empresários brasileiros para ampliar a pauta de investimentos e também mencionaram o interesse em levar tecnologia brasileira para a Arábia Saudita. Tereza Cristina também conversou com autoridades sobre acordo bilateral de cooperação técnica na agropecuária e exportações para o país árabe.

Kuwait
O Brasil poderá exportar mel para o Kuwait. Durante a visita da ministra, o governo daquele país anunciou a abertura do mercado para o mel brasileiro, uma autorização que era aguardada desde 2016. Para viabilizar o intercâmbio, o governo do Kuwait concluiu a certificação sanitário do mel. A emissão de certificados de exportação e cooperação técnica na área de pesca e aquicultura também foram tratadas nas reuniões de trabalho das quais a ministra participou. Segundo Tereza Cristina, a Embrapa pode contribuir nesta missão, pois mantém dois centros de pesquisa e criação de peixes em cativeiro. As exportações brasileiras para o Kuwait, em 2018, foram de US$ 209,4 milhões, o equivalente a 215.463 toneladas.

Emirados Árabes
No último país da missão ao Oriente Médio, a ministra apresentou oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, visando solucionar gargalos enfrentados pelo agronegócio. Durante reuniões em Abu Dhabi, foram detalhados empreendimentos previstos no Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Entre projetos apresentados estão a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, corredores ferroviários que serão importantes para o escoamento da produção de grãos e transporte até os portos. Em março, o Brasil e os Emirados Árabes assinaram um acordo com o objetivo de estimular, simplificar e apoiar investimentos bilaterais. Em Dubai, a ministra participou do seminário da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Tereza Cristina mostrou as oportunidades de comércio e investimentos no Brasil. Disse que há espaço para que Brasil e Emirados Árabes trabalhem em conjunto. (As informações são do Mapa)

Argentina tem o menor consumo de leite desde 2003

Entre diversos aspectos negativos, o governo do presidente argentino Maurício Macri entrará para a história pelo descenso ininterrupto no consumo de leite no país. Dados divulgados nesta semana pelo Observatório da Cadela Láctea mostram que a média de litros por habitante chegou ao menor nível desde 2003.

Os números apresentados refletem o aumento da pobreza em diversas camadas sociais do país, restringindo o acesso a itens básicos da alimentação. No primeiro semestre de 2019 a quantidade chegou a 182 litros por pessoa/ano, 13,2% a menos do que no ano anterior e 16,1% inferior do que os dados de 2015.

Entre agosto de 2018 e agosto de 2019, o preço médio dos produtos derivados do leite aumentaram, em média, 93,5%. “Consumimos 35 litros de leite a menos por habitante em relação a 2015”, afirma o presidente do Instituto de Defesa de Usuários e Consumidores, Pedro Bussetti, em entrevista ao jornal Página 12. “É um consumo que chega a ser inferior ao que vimos em 2001 e 2002, anos de grave crise no país. Se olharmos todo o período macrista, houve uma queda constante em todos os anos”, complementa.

Segundo Bussetti, a administração Macri transformou o consumo de leite em um privilégio, assim como outros produtos e serviços de primeira necessidade. Enquanto o aumento dos produtos lácteos se aproxima dos 100%, a inflação durante a atual gestão chega hoje a 54,5%. (As informações são do Página 12, publicadas pelo Portal Vermelho) 

A demanda doméstica por lácteos nos EUA alcançou o maior volume em 56 anos
É necessário voltar até quando John F. Kennedy era presidente, em 1962, para ver a maior demanda per capita de produtos lácteos, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Entretanto, as vendas de laticínios per capita no ano passado totalizaram 293 quilos. Não importa o que dizem os críticos, as tentativas de elaborar uma narrativa de "morte de laticínios" são equivocadas, disse Alan Bjerga, vice-presidente sênior de comunicações da Federação Nacional de Produtores de Leite. Embora as vendas de leite fluido tenham caído drasticamente na última década, cerca de 1,7 bilhão de quilos entre 2013 e 2017, a venda de outros produtos lácteos mais do que compensaram essas perdas. (Nota: a venda de leite fluido de julho aumentou 0,2%, principalmente devido às vendas convencionais de leite integral e orgânico.) Os dados do USDA mostram que as vendas de queijo per capita triplicaram desde 1971 e o uso de manteiga per capita é o mais alto desde 1968. As vendas de margarinas à base de óleo vegetal diminuíram, com as vendas de 2010 nessa categoria atingindo o mesmo nível de 1942, quando a manteiga de leite era escassa devido à Segunda Guerra Mundial. As vendas de margarinas estavam tão baixas desde 2010 que o USDA parou de acompanhar esses dados. “O leite, como qualquer outra bebida, existe em um mercado competitivo”, disse Bjerga. “Mas transformar um mercado segmentado de bebidas em uma narrativa de "laticínios em declínio" é falso na melhor das hipóteses”, continuou ele. Os produtores de leite certamente gostaram dessa notícia, embora alguns ainda se perguntem porque os preços do leite foram tão baixos nos últimos cinco anos. Os principais motivos, dizem os economistas, são que os mercados mundiais estão fracos e as exportações de lácteos estão atrasadas devido a perturbações do mercado global, disputas comerciais e tarifas. (As informações são do Farm Journal & MILK Magazine)

Porto Alegre, 24 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.072

 Conseleite indica estabilidade do leite no RS 


Crédito: Carolina Jardine

O valor de referência projetado para o leite no mês de setembro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,0884, 1,57% abaixo do consolidado de agosto, que fechou em R$ 1,1058. Os dados do cenário lácteo no Estado foram debatidos na reunião mensal do Conseleite realizada nesta terça-feira (24/09) na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS). Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, apesar da leve queda em relação ao valor consolidado do mês anterior, a projeção para setembro é praticamente a mesma que foi estimada para agosto (R$ 1,0870), o que indica estabilidade do mercado. “Vivemos um momento delicado em que quem não for eficiente acabará saindo do processo, tanto no campo quanto na indústria. O mercado é soberano e estamos sempre suscetíveis aos movimentos do varejo”, pontuou. E lembrou que as peculiaridades e sazonalidades da produção láctea geram picos de produção - quando o setor industrial opera com capacidade plena -, mas, por outro lado, impõem meses de ociosidade que elevam muito os custos. “Precisamos tirar essa diferença. Só vamos conquistar o mercado externo se conseguirmos manter uma produção estável”.

No mês, apesar da alta de 2,19% do leite UHT, a tendência de redução de preços foi puxada pelo leite em pó (-2,72%) e pelo queijo mussarela (-2,99%).  Ao apresentar os dados do levantamento realizado pela UPF, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indicou que vários produtos do mix iniciaram o ano com valores mais elevados, mas não mantiveram a cotação ao longo do ano, entre eles alguns queijos.

Durante a reunião, também foi alinhado que a Emater passará a realizar estudo de custos de produção para acrescentar esse indexador aos dados avaliados pelo setor produtivo na reunião do Conseleite. Para isso, a entidade de assistência técnica será incluída no colegiado como convidada especial. O vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, reforçou a importância de agregar esse levantamento às análises mensais uma vez que os custos impactam diretamente na rentabilidade da atividade. “É um dado essencial a ser apreciado para que possamos avaliar todas as nuances da atividade láctea”, disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Preço/MS
A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 18 de setembro de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de agosto de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de setembro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul/Terra Viva)
  
 
 
IBGE: produção de leite cresce 1,6% em 2018 e produtividade por vaca aumenta quase 5%
 
A pesquisa da Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada na última sexta-feira (20/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a produção de leite brasileira em 2018 foi de 33,8 bilhões de litros, 1,6% maior que o ano anterior, como mostra o gráfico 1. 
Gráfico 1. Evolução da produção brasileira de leite. Elaborado pelo MilkPoint.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado em com base em dados do IBGE.
 
A maior produção de leite foi verificada na região Sul, com volume de 11,6 bilhões de litros no ano, responsável por 34,2% da produção nacional. Ao mesmo tempo, o Sul foi a única região na qual a produção caiu em relação a 2017 (-1,6%). Como segunda região mais importante na produção de leite aparece o Sudeste, com volume de 11,5 bilhões de litros e aumento de 0,5% em relação a 2018. A participação da produção das diferentes regiões no total Brasil aparece no gráfico 2. 
 
Gráfico 2. Participação na produção total nacional – por Região. 
 

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado em com base em dados do IBGE.

Nos estados, Minas Gerais continuou como o maior produtor de leite do país, com uma produção de 8,9 bilhões de litros (26,4% do total nacional) apesar de manter praticamente estável o volume de produção, com crescimento de apenas 0,8% em relação a 2017. O Paraná e o Rio Grande do Sul vieram logo em seguida, com produção de 4,4 bilhões de litros e 4,2 bilhões de litros, respectivamente. 

Analisando os dados a níveis municipais, Castro/PR continuou na primeira posição do ranking, responsável por 0,9% da produção nacional, seguido por Patos de Minas/MG e Carambeí/PR.
Apesar do aumento de produção, no ano de 2018 tivemos um decréscimo no número de vacas ordenhadas, com um efetivo de 16,4 milhões animais, queda de 2,9% em relação a 2017.
Esse recuo no número de animais ordenhados, evidenciou a melhora na produtividade, que cresceu 4,7% em relação a 2017, atingindo 2.069 litros/vaca/ano. Esse valor está bem acima dos valores médios observados na séria histórica (1.357 litros/vaca/ano, na média de 200 a 2017), entretanto ainda estamos abaixo de níveis de produção de países referência na produção de leite, como a Argentina (cerca de 6.500 litros/vaca/ano). (Milkpoint)   
Preço do leite estabilizado em setembro
O presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, informou que o preço do leite teve uma estabilidade em relação ao mês de agosto. Abordou também a abertura de novos mercados para os lácteos. Clique aqui para ouvir a entrevista 
(Agert) 

 

Porto Alegre, 23 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.071

  Aliança Láctea Sul Brasileira irá encaminhar parecer sobre as INs 76 e 77 ao Ministério da Agricultura

A reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) realizada nesta quarta-feira (19/9), em Florianópolis (SC), debateu sobre os resultados positivos e as principais dificuldades do setor leiteiro depois da implementação das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que desde 30 de maio, alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru em todo o território nacional. Na oportunidade, o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, salientou que será encaminhado um documento ao Mapa com o relato dos esforços que a cadeia produtiva do leite tem feito. "É importante que eles saibam que, apesar das mudanças realizadas no campo e na indústria, o setor ainda encontra dificuldades para atender às normativas", afirmou.

O encontro também discutiu sobre a abertura de novos mercados para a exportação de lácteos e a urgência de realizar algumas ações para que os três Estados possam ter condições de exportar e escoar o excesso de produção. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, a maior preocupação dos Estados é em relação a competitividade do setor, inclusive com o acordo entre o Mercosul e União Europeia. "Precisamos entender os impactos que esse acordo trará para os laticinistas, visto que não haverá diminuição gradativa do imposto de importação   para os laticínios europeus".

Ao final da reunião foi agendado o próximo encontro da ALSB, que será no dia 16 de dezembro, na cidade de Curitiba (PR). (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Darlan Palharini

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Setembro de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2019 é de R$ 2,4291/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Captação/UR 

A captação de leite pelas plantas da Conaprole hoje é de 4,5 milhões de litros e se aproximando dos níveis do ano passado. Na primeira quinzena de setembro o volume de leite processado foi apenas 2% menor do que o verificado no mesmo período do ano passado. Se o clima continuar favorável, é bem possível que o nível de captação possa superar o da primavera passada.

Os últimos dados oficiais do Instituto Nacional do Leite (Inale) mostram que no acumulado de janeiro a julho, a captação total foi 7,4% inferior à verificada no mesmo período de 2018. No acumulado de 12 meses (agosto 2018 a julho de 2019) o volume captado é 2% menor quando comparado ao período precedente. (Tardaguila – Tradução livre: Terra Viva)

 

     
Custos de produção 
Os custos de produção da pecuária leiteira registraram ligeira queda em agosto. O Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os gastos correntes da propriedade na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), recuou 0,45% frente a julho e o Custo Operacional Total (COT), que engloba o COE, o pró-labore e as depreciações, 0,43%. As baixas no COE e COT foram influenciadas, principalmente, pela desvalorização de 0,97% no grupo dos alimentos concentrados, na média Brasil, entre julho e agosto. Dentre os estados pesquisados, Santa Catarina foi o que registrou a queda mais expressiva, de 2,87%. Por outro lado, a redução dos custos de produção foi atenuada pelo aumento de 0,59% nos preços dos insumos de suplementação mineral. A alta é reflexo da demanda elevada pelo produto, em consequência da diminuição da oferta e qualidade das pastagens nesse período de estiagem na região central do Brasil. Além disso, a valorização do dólar frente ao Real também contribuiu para maiores desembolsos com esse insumo, visto que o fosfato bicálcico, uma das matérias-primas utilizadas na produção de sal mineral, é importado. 
RELAÇÃO DE TROCA – O preço do leite registrou a segunda queda consecutiva em agosto, prejudicando a relação de troca para o produtor, mesmo com a saca de milho 1,9% mais barata frente ao mês anterior, conforme o Indicador ESALQ/ BM&FBovespa (Campinas – SP). Em agosto, foram necessários 27,04 litros de leite para adquirir uma saca de 60 kg de milho, 2,5% a mais que em julho/19. No comparativo agosto do ano passado, o poder de compra do produtor diminuiu 1,57%. (Cepea)

Porto Alegre, 19 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.070

  Produção/AR 

Como antecedentes podemos mencionar que a produção total de leite alcançou 10.527 milhões de litros no ano de 2018, o que representou crescimento de 4,2% em relação a 2017.

No mês de agosto de 2019 a produção foi de 967,1 milhões de litros de leite, e este valor representa elevação de 7,8% em relação ao mês anterior, e de 2,1% quando comparado com agosto de 2018. No acumulado de janeiro a agosto de 2019 há uma queda de 3,9% em relação ao mesmo período de 2018. A média móvel dos últimos 12 meses também mostra decréscimo de 2,2% na comparação interanual.

 

A produção que habitualmente tem seu pico de mínima no mês de abril, em 2019 ela ocorreu em fevereiro, inclusive com uma baixa mais pronunciada em relação à média histórica e começou desde março um processo de recuperação, um crescimento que normalmente se mantém até outubro, quando ocorre o pico de máxima produção. As projeções disponíveis, avaliaram que o crescimento seria até mais acentuado este ano, em comparação com os anteriores.

Se observarmos o gráfico abaixo, podemos ver que a variação interanual acumulada, à medida que transcorrem os meses seguintes a fevereiro apresentam queda menor. Se em termos gerais não existe alteração significativa nas questões meteorológicas e a relação faturamento/custos não se modificar substancialmente (cenário complexo de prever diante da situação atual), é alta a probabilidade de que a menor produção dos primeiros seis meses do ano, que foi neutralizada em julho, e começou a crescer acima dos valores do ano anterior a partir de agosto, resulte, segundo as estimativas atuais em uma produção para 2019, muito similar à do ano anterior.


 
O próximo gráfico mostra a sazonalidade diária da produção de leite e a média dos picos de mínima e de máxima durante o ano. Entre o último mês (agosto) e o provável pico máximo (outubro) existe uma diferença de 6,4%, ou seja, em outubro haverá a produção de 2 milhões de litros de leite a mais do que agosto último. (OCLA - Tradução livre: Terra Viva)

Rebanho/China

Nos primeiros meses de 2020 serão enviadas 5.000 novilhas holandesas para a China. O setor entende que a venda é positiva porque oferece a possibilidade de exportar uma categoria de produto que tem preços muito baixos no mercado interno.

O mercado de raças leiteiras será reativado com o envio de 5.000 novilhas para a China. É um "recomeço", disse Federico Di Santi fazendo referência às transações que foram suspensas há alguns anos. Acrescentou que serão animais com peso superior a 200 quilos e em boas condições sanitárias (animais sadios, sem leucose, brucelose, etc).

As condições para a compra não foram estabelecidas ainda, mas, assegurou que os produtores receberão um valor melhor do que o comercializado no mercado interno.

A notícia é muito boa já que se trata de uma categoria que hoje está com valores muito baixos. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)

Desigualdade digital separa campo da cidade

Ao longo dos últimos 11 anos, entre 2008 e 2018, o acesso à internet aumentou significativamente tanto no meio rural como nas áreas urbanas do Brasil, mas a desigualdade entre campo e cidade se ampliou neste aspecto. Ao fim do ano passado, 44 em cada cem domicílios rurais no país estavam conectados à web - 11 vezes mais do que em 2008, quando apenas 4% dos lares dispunham desse tipo de acesso. No ambiente urbano, a velocidade de expansão do serviço também foi expressiva, embora menor em termos relativos. O percentual de residências conectadas passou de 20% para 70% no mesmo intervalo de tempo. 


"A tecnologia avançou muito nos últimos anos, mas sem romper uma lógica de desigualdade", afirma Winston Oyadomari, coordenador da TIC Domicílios, levantamento anual realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Comparados, os percentuais urbanos e rurais medidos pela pesquisa mostram um aumento da distância entre o campo e a cidade em termos de conectividade. Se em 2008 essa lacuna era de 16 pontos percentuais (20% versus 4%), no ano passado a diferença saltou para 26 pontos (70% contra 44%).

Ao todo, dos 70 milhões de domicílios existentes no Brasil, 14% estão situados em áreas rurais. Mesmo com a expansão da oferta de banda larga fixa pelos pequenos e médios provedores regionais, a conexão à internet via celular (3G e 4G) ainda predomina no campo. Levando em consideração os dispositivos utilizados para acesso individual à web, no campo 77% dos usuários de internet têm o telefone móvel como único canal de conexão à rede mundial de computadores. Na cidade, esse percentual é de 54%.

Um especialista que há décadas acompanha a evolução do mercado brasileiro de telecomunicações avalia que - no quadro regulatório atual - a desigualdade entre campo e cidade em termos de conectividade não será zerada unicamente pela ampliação do alcance das redes 3G e 4G existentes.

Pela regulamentação vigente, a cobertura celular é obrigatória em apenas 80% da área geográfica do distrito-sede de um município, afirma a fonte, que pediu para não ter seu nome citado. Outros distritos dentro de um mesmo município não precisam contar necessariamente com o serviço móvel. Nessas localidades, fica a critério das operadoras de telecomunicações implementá-lo ou não, de acordo com o potencial de mercado, acrescenta o especialista.

"Cinco milhões e duzentos mil pessoas nas áreas rurais do Brasil não têm acesso à internet. Esse contingente está muito espalhado", afirma Oyadomari, responsável pela pesquisa do Cetic.br. "A lógica do provimento de serviço é atender regiões em que a população esteja mais concentrada."

A densidade populacional mais alta nas áreas urbanas ajuda a explicar o maior número de conexões via cabo ou fibra nas cidades. No grupo de domicílios urbanos conectados à internet, 41% são atendidos por meio de uma dessas duas tecnologias, enquanto no campo esse percentual cai pela metade (20%).

"Em todos os grandes países com territórios vastos, levar o acesso de banda larga à internet a áreas rurais é um grande desafio. Esse é um problema nos Estados Unidos, na China, na Índia, na Austrália, na União Europeia, bem como no Brasil", afirma Ricardo Tavares, presidente executivo da consultoria TechPolis.
Uma alternativa que começa a ser utilizada na Europa é o compartilhamento de redes em áreas rurais, lembra ele. "[É algo] que já existe no Brasil, mas de maneira tímida. Pode ser ampliado e já tem o aval da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]", acrescenta.

Outra opção seria atrelar o leilão das faixas de frequência que serão usadas na telefonia móvel de quinta geração (5G) a metas de cobertura 4G, diz Eduardo Tude, diretor-presidente da consultoria Teleco. Isso implicaria em realizar uma licitação de espectro sem viés arrecadatório, voltada principalmente para o aumento da oferta de serviços em regiões menos atrativas do ponto de vista do retorno sobre o investimento.

Apontada como substituta para a banda larga fixa, a tecnologia 5G - por si só - não diminuiria a lacuna digital entre áreas urbanas e rurais, afirma Tavares, da TechPolis. "O 5G não vai afetar a cobertura rural nos primeiros sete anos da tecnologia, entre 2020 e 2026. 

As bandas utilizadas são bandas altas, pouco eficientes para cobertura rural, como 3,5 gigahertz (GHz) e 26 GHz que a Anatel pretende leiloar no ano que vem. O 5G deve começar no Brasil em hotspots [pontos específicos], com baixa cobertura", afirma.

Para além da divisão geográfica entre campo e cidade, o levantamento do Cetic.br espelha também desigualdades de renda e conhecimento. A TIC Domicílios estimou em aproximadamente 16 milhões o número de brasileiros com renda até um salário mínimo que nunca usaram a internet. "Nas classes D e E, por exemplo, 31% não têm celular", diz Oyadomari.

O levantamento indica que um terço dos lares no Brasil seguem desconectados. E, dentro desse universo específico, em 14 milhões de domicílios (61%) os respondentes informaram que não dispõem do serviço de acesso à web por causa do preço. A insuficiência de renda, no entanto, está longe de ser o único empecilho no caminho em direção à popularização da internet no mercado brasileiro.

Além do preço e da disponibilidade dos serviços, a falta de familiaridade com a tecnologia é um dos maiores obstáculos no acesso à web. Em 2018, 11,32 milhões de brasileiros declararam falta de interesse em se conectar à internet. O total representa 27% dos indivíduos que afirmam nunca ter se conectado à rede mundial de computadores. Em 2017, na edição anterior da pesquisa, o percentual estava no patamar de 29% (13,48 milhões de pessoas). A TIC Domicílios foi realizada a partir de uma amostra de 23.508 residências localizadas em 350 municípios. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
    
Abertura de mercado 
O governo do Egito anunciou no sábado, 14, que vai abrir mercado para produtos lácteos do Brasil, informou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Para o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, a estabilidade fundamental para a atividade deve ser gerada pela exportação, pois os preços externos não variam tanto quanto os internos. Além disso, segundo o especialista, os embarques devem aumentar ainda este ano, já que as vendas começam em outubro. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)