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Porto Alegre, 24 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.150

 ANTT regulamenta obrigatoriedade da emissão do CIOT para fretes

A Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nº 5.862, publicada em dezembro de 2019, regulamenta a obrigatoriedade da emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT) para todas as operações de transporte rodoviário remunerado de cargas no Brasil. Até então, a obrigação só era devida quando o transporte era realizado por autônomos, cooperativas ou empresas de transporte formadas por até três veículos. Com o objetivo de sanar dúvidas sobre o assunto, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promoveu reunião, em conjunto com a área técnica das empresas associadas e representantes da ANTT, na tarde de quinta-feira (23/01), em Porto Alegre (RS). O sindicato manifestou a preocupação do setor com a dificuldade de implementação da resolução, tendo em vista a burocracia envolvida e exíguo prazo que as empresas têm para se adequar. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que entende que "dependendo das respostas da ouvidoria da ANTT, será necessário a prorrogação da entrada em vigor da Resolução, já que a coleta de leite envolve mais que 1000 caminhões envolvidos diariamente."

O cadastramento e a emissão do CIOT devem observar as disposições da Portaria ANTT nº 19, publicada em 23 de janeiro de 2020. Segundo essa normativa, no momento do cadastro da operação de frete, a empresa deve registrar todas informações exigidas pelo art. 5º da Portaria 19/20, sendo elas:

• RNTRC e o CPF ou CNPJ do contratado e, se existir, do subcontratado;
• CPF ou CNPJ, do contratante ou, quando houver, do subcontratante, e do destinatário da carga;
• CEP de origem e CEP de destino da carga, e a distância percorrida, em quilômetros, entre esses dois pontos;
• Tipo de carga com NCM;
• Peso da carga;
• valor do frete pago ao contratado ou, se existir, ao subcontratado, com a indicação da forma de pagamento e do responsável pela sua liquidação;
• valor do Vale-Pedágio obrigatório, desde a origem até o destino, se aplicável;
• placas dos veículos que serão utilizados na Operação de Transporte (combinação de veículos de carga);
• data de início e data prevista para o término da Operação de Transporte;
• dados da Instituição, número da agência e da conta onde foi ou será creditado o pagamento do frete.De acordo com o coordenador de fiscalização substituto da ANTT, Vinicius Oliveira, a resolução atendeu uma das reivindicações dos caminhoneiros na greve de 2018. "A empresa contratante do frete é responsável pela emissão do CIOT das transportadoras contratadas. Caso haja subcontratação do serviço, também se faz necessária a emissão do CIOT por cada placa de veículo", explica. Para a emissão, as empresas poderão utilizar uma das Instituições de Pagamento Eletrônico de Frete (IPEF) habilitadas pela ANTT o cadastro e a emissão do CIOT é gratuita.

A relação de IPEF habilitadas pela ANNT está disponível neste link

A Portaria 19/20 permite que a empresa contratante de frete delegue, mediante acordo, a obrigação de cadastramento da operação e emissão de CIOT para as empresas de transporte rodoviário ou às cooperativas de transporte. Isso, contudo, não dispensa a empresa contratante de responder por eventuais infrações ou multas por conta de não envio ou erro no envio do CIOT.

Há multa para o caso de não emissão do CIOT?

Sim. A Resolução ANTT nº 5.862 define uma série de condutas sujeitas à multa, dentre as quais são exemplo:

• Não gerar o CIOT à multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
• Gerar CIOT com informações falsas à multa de cem por cento do valor do piso mínimo de frete aplicável à Operação de Transporte, limitada ao mínimo de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais);
• Deixar de informar o CIOT no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e (conhecimento de transporte) à multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais).

A ANTT solicitou ao Sindilat que os questionamentos feitos na reunião fossem enviados formalmente para que a Ouvidoria da ANTT. O Sindilat se comprometeu a enviar um documento com questionamentos e sugestões normativas à ouvidoria. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Stéphany Franco

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Janeiro de 2020 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Faesc)

Kantar: consumo no Brasil apresentou índices positivos em novembro

Os indicadores de consumo do mês de novembro de 2019 apresentaram uma leve recuperação do mercado de bens de consumo massivo (FMCG) no curto prazo. De acordo com o levantamento Consumer Thermometer da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, houve um aumento de 5,1% no volume de bens de consumo massivo comprados nos três últimos meses terminados em novembro (setembro a novembro), em relação ao trimestre anterior. A frequência com que os brasileiros levaram produtos para casa também cresceu 1,5% e a quantidade de unidades colocadas nas sacolas teve performance positiva de 3,5%. Pensando no bolso, o valor gasto com as categorias neste período e o ticket médio desembolsado por cada compra tiveram alta de 7,2% e 3,9%, respectivamente.

Entre as categorias, a de bebidas foi a que mais se destacou positivamente, com 5,1% de crescimento. Nesse período, água mineral, cerveja e água de coco saíram mais rápido das prateleiras dos supermercados, enquanto leite aromatizado, suco em pó e refrigerante não foram tão bem assim.

Todas as classes registraram crescimento de setembro a novembro de 2019, com destaque para a classe DE com aumento de 4,6%. As classes AB e C tiveram performance positiva de 3,3% e 3,0%, respectivamente. Entre as regiões, as que compraram mais unidades foram Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Sul, nesta ordem. “Apesar de todas as regiões terem fechado o ano com recuperação a curto prazo, os índices variam bastante entre elas. O Centro-Oeste e as cidades do interior paulista têm os números menos expressivos do ranking nacional”, analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

Entre os canais, o atacarejo continua como o que mais cresce na preferência no País ao lado das farmácias, que também têm atraído novos lares compradores. Os outros canais apresentam queda tanto no longo quanto no curto prazo. (As informações são da Kantar)

Produção/AR 

Um boletim do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) estima que, durante 2019, foram fechadas quase mil fazendas leiteiras no país. 

De acordo com dados oficiais, a produção de leite do ano passado ficou em 10.343 milhões de litros, 1,7% menos que no ano anterior. A partir de informações do Departamento de Estatísticas, Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e estimativas próprias, o Ocla projeta que 2019 fechou com 10.287 fazendas leiteiras, 8,7% menos do que as 11.273 que existiam um ano antes.

Vale esclarecer que são dados não consolidados e que estão sujeitos a revisões.
 
Menos vacas, mas mais produtivas
Paralelamente, o Ocla calcula que o rebanho atual de vacas holandesas está em 1.623.176 cabeças, 5,9% menos do que as 1.726.038 fêmeas de 2018.
Apesar da menor quantidade de fazendas e redução do rebanho, conforme os números apresentados pelo Ocla, o resultado em volume não foi tão grande, e a produtividade animal melhorou.  

Em média, cada fazenda entregou 2.755 litros de leite diários no ano passado, 7,7% a mais que os 2.558 litros registrados em 2018.

Portanto, a produção por vaca cresceu 4,4%, de 6.100 litros para 6.370 litros. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)
 
Os dados completos, incluindo alguns indicadores de qualidade estão no quadro a seguir:
 
 

 
Orgânico e Integral
O Projeto de Lei 6263/19 estabelece multa de até R$ 1 milhão para produtores que utilizarem as expressões “orgânico” e “integral” nos rótulos de alimentos sem a devida certificação reconhecida por órgão oficial. Além de multa, o texto prevê outras punições aos responsáveis: suspensão da comercialização do produto; condenação de produtos, rótulos, embalagens e matérias-primas; inutilização do produto; suspensão e cancelamento de credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença. O autor do projeto, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), explicou que a medida pretende defender direitos do consumidor, ao estabelecer a obrigatoriedade, nos rótulos, de certificação emitida por organismo reconhecido oficialmente. "Cada dia mais, a população brasileira vem buscando alternativas para enriquecer a dieta de forma mais saudável, e temos o entendimento de que os produtos orgânicos e integrais contribuem para o incremento na qualidade de vida", diz o parlamentar. "Diversas empresas entenderam essa tendência e começaram a rotular os alimentos com os selos 'orgânicos' e 'integral', o que nos traz preocupação se, de fato, esses produtos são o que os rótulos prometem", acrescenta Carreras.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara)

Porto Alegre, 23 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.149

 Preço/MS 

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de janeiro de 2020. 
 
Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.
 
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.
(2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

(3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/ (Famasul)

Novos adidos agrícolas assumem missão no exterior
Os novos adidos agrícolas começaram a tomar posse nas representações diplomáticas brasileiras no exterior. Antes de iniciarem a missão, os nove adidos foram recebidos pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) quando  foram orientados. 
 
“A orientação da ministra é que eles mergulhem de cabeça nessa experiência e que possam engrandecer a missão de levar nosso agronegócio para o mundo e diversificar a pauta exportadora”, relata o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, Flávio Bettarello, sobre o encontro da ministra com os adidos no último dia 8 deste mês. 
Um dos papeis do adido é identificar as oportunidades, os desafios e as possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. “Com base nessa vivência em campo, na qual eles estão naturalmente engajados com as autoridades locais, com o setor privado local, no acompanhamento da imprensa, da Academia, eles poderão auxiliar a identificar uma estratégia que seja coerente no curto, médio e longo prazo para cada país, para cada mercado específico”.
Bettarello destaca que há mercados em que o esforço maior consiste na superação de barreiras sanitárias e fitossanitárias; em outros, há maior necessidade de iniciativas de promoção de comércio e investimentos, tais como participação em feiras internacionais e organização de road shows. Por fim,  em alguns países, o desafio é trabalhar a imagem da agricultura brasileira junto com a sustentabilidade ambiental. O adido agrícola deve contribuir para o diagnóstico adequado dos problemas e para a busca de soluções. 
O secretário-adjunto destaca que o Ministério trabalha para harmonizar a política agrícola doméstica com a internacional. “Nós olhamos para fora, mas com os pés fincados no campo. Não adianta abrir um mercado que a gente não tenha condições de atender ou um mercado onde serão necessárias muitas adequações.” 
No caso da China, por exemplo, buscaram-se oportunidades para o melão, que é uma fruta economicamente importante para a Região Nordeste. No Peru, pela proximidade geográfica com o Acre, o interesse é incrementar as vendas de carne suína.
Outro exemplo é a Tailândia, onde a pauta exportadora brasileira está concentrada na soja. “Nosso esforço agora é diversificar essa pauta, inserindo nela outros produtos. Já fizemos algo importante que foi a reciclagem animal; subprodutos sendo usados como insumos para a indústria deles. Estamos em processo de negociação sobre a carne bovina.” Para o êxito das tratativas, busca-se conciliar interesses dos dois países envolvidos. “A Tailândia gostaria de investir mais em agricultura familiar e nós temos expertise nessa matéria.” 
Novos adidos
Em janeiro e fevereiro deste ano, os novos adidos agrícolas se apresentarão nos seguintes países: China, Reino Unido, Singapura, Itália (sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO), Rússia, Estados Unidos, Japão, Bélgica (sede da Comissão Europeia) e Peru.
 
Os decretos de designação foram assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e publicados no Diário Oficial da União do dia 26 de dezembro de 2019. 
Na mesma edição do DOU, também foram publicados os decretos de recondução, por mais dois anos, dos adidos agrícolas nas representações diplomáticas brasileiras na Arábia Saudita, África do Sul, Argentina, China, Índia, Coreia do Sul, no México, na Tailândia e no Vietnã. 

Em 2021, outros seis adidos poderão ser reconduzidos – que exercem missão nas representações no Canadá, na Colômbia, no Egito, na Indonésia, no Marrocos e na Bélgica. (MAPA)
 

Estado apresenta ações para conquistar novo status sanitário em aftosa

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural apresentou, nesta terça-feira (21), ações que deverão ser tomadas para que o Rio Grande do Sul possa evoluir o status sanitário para zona livre de aftosa sem vacinação. As medidas seguem 18 recomendações elencadas pelo Ministério da Agricultura no relatório da auditoria realizada em setembro do ano passado.
 
“Alguns apontamentos nós já tínhamos soluções a apresentar. A retirada da vacinação é o maior avanço desta secretaria para os próximos anos”, disse o secretário Covatti Filho, que, por estar em um curso de gestão nos Estados Unidos, participou da reunião por videoconferência. No início de fevereiro, ministério e secretaria devem se reunir para avaliar as medidas adotadas e decidir se o processo de evolução do status sanitário continuará, com a possibilidade de a etapa da vacinação de maio ser suspensa. “Mas tudo isso se dará com diálogo constante com o setor produtivo”, pontuou o secretário Covatti. 
Entre as recomendações do Ministério, está a reorganização do quadro de pessoal para que os fiscais agropecuários sejam retirados de atividades administrativas e se dediquem integralmente à fiscalização. “Para que isso ocorra, estamos com um processo para contratação, por licitação, de 150 postos de trabalho em serviços de logística administrativa”, detalhou o secretário em exercício, Luiz Fernando Rodriguez.
Outro apontamento se refere à atualização da frota de veículos da Seapdr, que solicitará a aquisição de carros utilitários com manutenção garantida. As demais recomendações incluem: modernização e ajuste do Sistema de Defesa Agropecuária da secretaria, padronização no cumprimento da legislação, incremento da fiscalização volante, elaboração de estratégia para funcionamento dos postos fiscais, incremento na fiscalização de eventos com aglomeração de animais, cumprimento de metas dos programas de sanidade animal, atividades de educação em saúde animal e maior participação do serviço veterinário oficial nas ações do SUS. “Temos ações definidas para cada uma destas 18 recomendações”, finalizou Rodriguez.
Estiveram presentes à reunião representantes das federações da Agricultura (Farsul), Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). 
Vantagens para a retirada da vacinação
Se o Rio Grande do Sul for declarado como zona livre de aftosa sem vacinação, poderá atingir mercados mais exigentes, que atualmente não reconhecem e não compram proteína de animais de zonas com vacinação e que, consequentemente, remuneram melhor. São países como a China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Chile e Filipinas. 
Além disso, desde que Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul não pode mais vender para estes estados. Só o Paraná representa 70% dos bovinos comercializados do território gaúcho para outros estados. (SEAPDR) 
 
 
Investimentos/Índia - País asiático busca parceiros e investimentos externos para alavancar produção de leite e a indústria de alimentos.
No primeiro dia de agenda na Índia, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reuniu-se ontem com a ministra de Indústria e Processamento de Alimentos da Índia, Harsimrat Kaur Badal, e o ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos, Giriraj Singh.
 
Com a ministra indiana, Tereza Cristina discutiu oportunidade de investimento de empresas brasileiras no setor de processamento de alimentos do país asiático. Os indianos buscam recursos externos para cadeias de frios e redes de varejo, máquinas e equipamentos para indústria de alimentos e cooperação tecnológica.
 
Já o Brasil demonstrou interesse em ampliar a participação no setor de carne de frango, e a Índia, em sucos concentrados. 
As duas ministras também conversaram sobre experiências de cooperativismo para aumentar a renda do pequeno produtor rural, bem como o uso exitoso do Plantio Direto, modelo brasileiro que pode ajudar os indianos na agricultura sustentável.
 
Produção de leite
O ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos, Giriraj Singh, destacou a histórica relação entre Brasil e Índia no desenvolvimento da raça de gado Zebu. Ele ressaltou que o país procura parceiros para fomentar a produção de leite. O Brasil pode ajudar por meio do intercâmbio de técnicas de reprodução animal desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em 2016, o governo indiano e a Embrapa firmaram um convênio para a troca de experiências na área de reprodução animal.
 
A ministra Tereza Cristina, por sua vez, reforçou o interesse do governo brasileiro em apoiar a implantação e operação de um Centro de Excelência de Produção Leiteira, que ajudará no melhoramento das raças e da produção, além de ajudar no incremento da rentabilidade dos produtores indianos.
 
Segundo a ministra, outro tema para parceria é a troca mútua de germoplasma (soma total dos materiais hereditários de uma espécie). Hoje, a Índia importa aproximadamente US$ 30 milhões por ano de material genético bovino, sendo 80% dos Estados Unidos. O Brasil busca ampliar a participação nesse mercado indiano, com a venda de material genético das raças zebuínas. (MAPA)
 
 
Preços/UR
O preço do leite ao produtor estimado para dezembro é de UY$ 11,28/litro, [R$ 1,24/litro], aumento de 1% em relação ao mês anterior, e em dólares aumentou 1,1%, com o valor de US$ 0,30. Em relação a um ano atrás (dezembro de 2018) o preço apresentou aumento de 19,2% em moeda nacional de melhorou 2,2% em dólares. Em 2019 o preço médio ponderado ficou em UY$ 10,68 por litro, [R$ 1,17/litro], registrando aumento de 8,3% em relação à média de 2018. Em dólares, no entanto, o valor de US$ 0,30 marcou queda de 6%. A composição média estimada do leite foi de 3,75% de matéria gorda e 3,27% de proteína, determinando que o preço por quilo de sólido tenha sido pago a UY$ 160,7 por quilo, [R$ 17,67/quilo], um valor 0,7% maior do que o registrado no mês anterior, e 19,3% acima do preço de um ano atrás. (Terra Viva)
   
 

 

 

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.148

 Com reforma empacada, relator da tributária se reúne com equipe econômica

O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), se reuniu hoje com a equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para discutir pontos que vão embasar seu relatório. O trabalho acontece em paralelo à comissão mista de Senado e Câmara, cujo início de funcionamento estava previsto para dezembro, o que não aconteceu. Participaram do encontro o secretário da Receita Federal, José Tostes, as assessoras especiais de Paulo Guedes (Economia), Vanessa Canado e Daniella Marques, e técnicos da Câmara. Líder da maioria na Casa, Aguinaldo retomou as atividades antes do fim do recesso, em 3 de fevereiro. Ele se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e técnicos da Câmara para estudar a proposta.

"Estamos trabalhando em conjunto. Estão sendo estudos técnicos a partir dos dados do governo para saber, de fato, qual o impacto para cada setor da economia com a reforma", disse o relator. O tema é sensível e desperta interesse de diferentes setores econômicos que podem ser afetados por mudanças na alíquota. Na semana passada, a assessora de Guedes, Vanessa Canado, disse ao UOL que o governo se organiza para vencer o lobby do setor de Serviços. As declarações provocaram reação de representantes do segmento. O governo espera aprovar a reforma ainda no primeiro semestre. No mês que vem, o Planalto deve enviar ao Congresso um projeto de lei para unificar os impostos PIS/Cofins. O tema é debatido nas PEC 45 (pela Câmara) e PEC 100 (pelo Senado), a ideia de Guedes é ter um texto de consenso via projeto de lei. "Todo mundo que me procura reclama que vai ter perda. Então, vamos levantar os dados corretos, com projeções. Isso vai ajudar a entender melhor o cenário e dialogar com parlamentares que, por não saber a fundo do tema, têm resistência", disse Aguinaldo. Segundo o deputado, o trabalho feito em conjunto com o governo é uma maneira de adiantar o tema. Na avaliação dele, quem vai dar o "tom" dos trabalhos é a comissão mista, que está atrasada e não foi instalada por Davi Alcolumbre (DEM-AP)."Buscamos uma reforma que garanta a justiça social e equilíbrio. Hoje, está completamente descartada qualquer criação de novo imposto", afirmou.

Relatoria
O deputado Aguinaldo Ribeiro é líder da maioria da Câmara e um dos principais nomes do centrão — grupo informal formado por DEM, PP, PL, Republicanos, PSD, Solidariedade e MDB. Ele assumiu a relatoria da PEC 45, no início do ano passado. Em paralelo à Câmara, o Senado debate uma reforma tributária, a PEC 110. O texto da reforma que tramita entre os deputados é de autoria de Baleia Rossi (MDB-SP), cujo estudo teve apoio da assessora de Guedes Vanessa Canado à época em que ela integrava o CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), entidade independente ligada à indústria. (Uol)

Estiagem - Fecoagro aponta perdas na lavoura
O segundo levantamento sobre a estiagem no Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), aponta quebra de 18,9% na safra de soja e de 30% na do milho. Na pesquisa anterior, feita pela Rede Técnica Cooperativa no dia 7 de janeiro, as perdas na cultura da soja eram estimadas em 13% e no milho em 33%. 
No caso do milho, o resultado de regiões como Missões e Santa Rosa, com grandes áreas e poucas perdas, influenciaram na diminuição do percentual de quebra na cultura. Na soja ocorreu o inverso. A detecção de prejuízos mais acentuados em regiões tradicionais de plantio elevou as perdas em relação ao levantamento anterior.  

A Fecoagro alerta que o quadro pode se agravar mais se não houver, daqui para frente, melhora nas condições climáticas. A análise considera a média ponderada em uma área de 3,2 milhões de hectares de soja e 337 mil hectares de milho. Foram consultadas 22 cooperativas. (Correio do Povo)

GDT: com alta de 1,7%, leilão tem segunda valorização consecutiva
Nesta terça-feira (21/01), o leilão da plataforma GDT apresentou sua segunda valorização consecutiva, com um aumento de 1,7% em relação ao evento anterior, levando o preço médio a US$ 3.434/tonelada. Já o volume negociado, de 33,1 toneladas, foi praticamente estável quando comparado ao último evento.
Confira a evolução de preços médios realizados no leilão e sua variação no Gráfico 1. 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index.
 
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.
Todos os produtos negociados, com exceção da gordura anidra, apresentaram valorização. O destaque ficou por conta da manteiga e da caseína, que aumentaram 5,5% e 4,7%, respectivamente.  Os demais aumentos foram 0,6% para o queijo (preço médio de US$ 4.048/ton), 0,7% para o leite em pó desnatado (preço médio de US$ 3.036/ton) e 2,4% para o leite em pó integral (preço médio de US$ 3.233/ton).
Fundamentalmente, o resultado positivo se deu em um cenário de menor produção mundial e alta exportação — principalmente em função da aproximação das celebrações do Ano Novo Chinês. Comparando jan/19 com jan/20, notou-se um aumento de 17% no volume negociado. 
Ao analisar, então, os contratos futuros do Leite em Pó integral (LPI), é possível notar uma tendência de manutenção dos patamares atuais de preços, com as duas bolsas (GDT E NZX Futures) praticando aproximadamente no mesmo nível de preços a partir de abril/2020, como mostra o Gráfico 2.  
Gráfico 2. Evolução da quantidade negociada no leilão GDT. 

Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.
 
 
1,15 - Foi o aumento registrado no Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de janeiro a outubro de 2019, conforme levantamento de CNA e CEPEA. A área de insumos foi a principal responsável pela alta em 10 meses no período, com expansão de 7,19%. (Zero Hora)

 

 

Porto Alegre, 21 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.147

 CONSELEITE–PARANÁ 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 21 de Janeiro de 2020 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2020 é de R$ 2,3637/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br (Conseleite PR)

FMI eleva projeção do PIB brasileiro de 2% para 2,2%

Fundo revela que o Brasil deve crescer mais nos próximos anos, com melhoria na confiança após a aprovação da Reforma da Previdência

O Brasil deve crescer mais nos próximos anos, enquanto a América Latina tira o pé do acelerador, em um contexto de melhora nas relações entre China e EUA, que reduziu as incertezas globais, disse ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar da redução dos riscos globais, o Fundo alertou que os resultados "dependem em grande medida de evitar uma nova escalada" das tensões comerciais entre Washington e Pequim. 

 

Na atualização de seu informe econômico mundial de outubro, o FMI reduziu em um décimo, a 3,3%, sua expectativa de crescimento para este ano. Em 2021, esta redução foi um pouco maior, a 3,4%. A maior responsável pela revisão para baixo é a Índia, explicou o Fundo. "Depois de uma desaceleração sincronizada em 2019, esperamos uma recuperação moderada do crescimento mundial neste ano e no próximo", argumentou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em entrevista coletiva ontem em Davos, na Suíça, véspera do início da 50ª edição do Fórum Econômico Mundial.

Já a América Latina continuará com um crescimento baixo, e as projeções foram reduzidas para 1,6% em 2020, e 2,3% em 2021 – abaixo da média mundial. O Brasil, contudo, melhorou. Espera-se que o país avance de 2% para 2,2% este ano, e 2,3% em 2021, após elevação das estimativas. A entidade explicou a revisão em alta de 0,2 ponto percentual em 2020 na maior economia da região com "melhora na confiança após a aprovação da Reforma da Previdência e menos cortes do fornecimento no setor de mineração".

O Fundo também apontou que a previsão para o desempenho econômico do Brasil em 2020 está relacionada com condições monetárias acomodatícias, dado que o Banco Central baixou os juros em 1 ponto entre setembro e dezembro. “Mas os desafios continuam no país e devem ocorrer mais reformas, como a que envolve os salários, que deve ser uma prioridade importante”, disse a economista chefe do Fundo, Gita Gopinath.

A ONG Oxfam publicou ontem um relatório em que revelou que há uma crescente concentração de riqueza e que, segundo seus cálculos, 2.153 milionários detêm mais de 60% do total da população mundial. “As desigualdades indecentes estão no centro de fraturas e conflitos sociais em todo o mundo”, declarou Pauline Leclère, porta-voz da Oxfam France, em nota. “No mundo, a relação entre China e Estados Unidos, as maiores economias globais, continua abalada por “disputas não resolvidas”, que mantêm o risco de problemas em potencial”, esclarece ainda o relatório do Fundo. (Correio do Povo)

 
 
GDT (Global Dairy Trade) – 21 de janeiro de 2020
 
 
 
 

Mapa negocia R$ 1,5 bilhão para apoiar contratação do seguro rural em 2021

Desde o dia 2 de janeiro, os produtores podem procurar os corretores, instituições financeiras, cooperativas e revendas para contratar as apólices de seguro no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). São 14 companhias seguradoras credenciadas no programa operando em todas as regiões do país e ofertando seguros rurais para mais de 60 culturas e atividades. Para 2020, está previsto R$ 1 bilhão para o programa, maior valor para subvenção desde sua criação.  

Com o objetivo de dar continuidade à promoção do seguro rural como principal instrumento mitigador de riscos climáticos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá debater com a área econômica do governo federal a meta de ampliar o orçamento do programa para R$ 1,5 bilhão no exercício de 2021. 
Regras em 2020
Novas regras de subvenção entram em vigor este ano, o que irá permitir que mais produtores tenham acesso à subvenção. A estimativa é apoiar a contratação de aproximadamente 250 mil apólices, possibilitando a cobertura de 18 milhões de hectares e um valor segurado de R$ 50 bilhões.  A projeção considera o comportamento de contratações em anos anteriores e pode variar dependendo do perfil de contratação de seguro rural por atividade e tamanho de produtor. 
A partir dos ajustes feitos nas regras, a expectativa é que 17% a mais de produtores sejam contemplados com seguro rural no PSR, quando comparado com a regra anterior. Para as culturas de frutas, olerícolas, cana-de-açúcar, pecuária, aquícola e florestas, a subvenção ao prêmio do seguro aumentou de 35% para 40%. Além disso, produtores de culturas de inverno, como trigo e milho de segunda safra, terão subvenção de 40% no tipo de cobertura de multirrisco, que antes estava em 35%. 
Para grãos de verão, como soja e milho, e para o café, a subvenção pode variar entre 20% e 30%, a depender do tipo de cobertura e de produto contratado. As mudanças também foram realizadas no limite financeiro anual por beneficiário na modalidade agrícola, que passou de R$ 72 mil para R$ 48 mil, considerando que um pequeno número de apólices era beneficiada com os limites maiores e a redistribuição desses valores possibilitará que mais agricultores tenham acesso à subvenção. 
O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, ressaltou que a simplificação nas regras foi aprovada pelo Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural no ano passado. "Essas mudanças atendem demandas do setor para tornar o seguro mais acessível”, disse. 
Além disso, o Mapa está com projetos para melhorar os produtos e serviços entregues pelas seguradoras habilitadas. “Estamos criando um monitor do seguro rural em que as entidades poderão, com auxílio do Mapa, formalizar para o mercado segurador demandas fundamentadas visando aperfeiçoar ou desenvolver novos produtos de seguro rural".  
 
Outro objetivo do Mapa é elevar o patamar de qualidade dos serviços entregues pelas seguradoras aos produtores. “Vamos cobrar melhorias nas coberturas e produtividades estipuladas, bem como dos serviços dos corretores e de peritos agrícolas. Esses últimos terão que fazer parte de um cadastro nacional e serão submetidos a cursos de capacitação e de certificação até 2022. Todas essas ações fazem parte do Programa AGIR – Agro Gestão Integrada de Riscos no âmbito do projeto de Promoção do Seguro Rural”, finalizou. (Mapa)

Importação de leite e derivados
Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na terceira semana de janeiro de 2020 foram, 11,1% menores que os de janeiro de 2019 e 7,2% maiores em relação a dezembro de 2019. (MDIC)

 

 

Porto Alegre, 20 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.146

 Preço/MG

O Conseleite MG confirma a alta de 1,6% prevista para o valor de referência do leite padrão no estado, apesar do período de safra, com maior produção no país. 

Os principais produtos responsáveis pelo aumento são o leite em pó e os queijos. O leite, que está sendo entregue em janeiro de 2020, e será pago em fevereiro, também deverá apresentar alta.
 

  

EMATER/RS: produção de leite reage com chuvas da semana passada
A queda da oferta de massa verde das pastagens durante o recente período de estiagem ocasionou queda de produção leiteira na maior parte do Estado. A redução percentual de produção leiteira foi mais expressiva nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, Soledade, Santa Maria e Lajeado, embora o maior volume reduzido tenha sido em Ijuí.

Com a melhoria da oferta de pastagens propiciada pelas chuvas da semana passada, a produção começa a aumentar novamente. 

Muitos produtores mantiveram os níveis de produção recorrendo à suplementação alimentar, porém com custos mais elevados.
Outro fator que contribui para a diminuição da produção é o desconforto térmico devido às altas temperaturas. Para amenizá-lo, os criadores recorrem ao manejo das vacas para o pastoreio preferencialmente nas primeiras horas da manhã e à noite, à disponibilização de água à vontade e à utilização de áreas sombreadas.

A estiagem ocasionou prejuízos em áreas de milho para silagem. As regiões administrativas da Emater/RS-Ascar que registraram as maiores perdas até agora foram os seguintes: Caxias do Sul e Soledade, Santa Maria, Ijuí, Porto Alegre e Lajeado. Na região de Santa Rosa, a ensilagem está apresentando boa produtividade, não sendo registradas perdas significativas. (EMATER/RS)

Volume de lácteos
Após o aumento dos volumes de produtos lácteos importados e exportados em novembro, o cenário se inverteu no último mês de 2019. Segundo dados da Secex, as importações somaram 10,3 mil toneladas em dezembro, 7,9% abaixo do registrado em novembro/19 e de 2% em relação ao último mês de 2018. 

Quanto aos embarques, o recuo foi de 8,9% frente ao mês anterior e de 25,6% no comparativo anual, totalizando 2 mil toneladas. A redução nas compras ocorreu principalmente devido ao recuo de 33,8% nas importações de queijos (que tiveram participação de 16,6% do total em dezembro), frente a novembro, totalizando 1,72 mil toneladas. O menor volume adquirido desses produtos se deve à menor procura por queijos frescos e pela muçarela – as baixas nas compras foram de 53% e 48%, respectivamente, frente ao mês anterior. Para o leite em pó, por outro lado, o cenário foi diferente. Houve aumento de 5,4% entre novembro e dezembro, totalizando 6,76 mil toneladas. O aumento da procura por leite em pó desnatado explica, em partes, a elevação nas compras. Devido à oferta restrita de matéria-prima no mercado doméstico, o preço médio de importação desse produto subiu 6,2% na comparação com novembro, a US$ 2,99/kg. Em relação aos embarques de produtos lácteos brasileiros, o recuo esteve atrelado à menor exportação de leite condensado, creme de leite e queijos – juntos, participaram com mais de 76% do total no último mês de 2019. O volume embarcado de leite condensado totalizou 793 toneladas em dezembro, redução de 13,8% frente ao mês anterior. Para o creme de leite, o volume foi de 493 toneladas, diminuição de quase 20% no mesmo comparativo. No balanço de 2019, as exportações de lácteos somaram 24,5 mil toneladas, 6,2% acima do registrado no ano anterior. Parte do aumento esteve atrelado às maiores vendas de leite fluido e creme de leite no período. Já o volume importado totalizou 142,4 mil toneladas, recuo de 6,9% frente ao mesmo período de 2018. A baixa de 10,4% nas aquisições de leite em pó no ano foi o principal fator para o recuo no volume total. (Cepea)

BALANÇA COMERCIAL – Em termos de receita, a balança comercial recuou 13,9% de novembro para dezembro, registrando déficit de US$ 27 milhões. Em volume, a baixa foi de 7,6% no déficit, somando 8,3 mil toneladas.
  

Notas: (1). Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite. (2). O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros. Fonte: Comex / Elaboração: Cepea.

Preços/UE
O preço médio do leite pago ao produtor na União Europeia (UE), em novembro passado, foi de € 35,31/100 kg, [R$ 1,66/litro], que, embora seja 1,1% acima do preço de outubro (€ 34,92/100 kg, [R$ 1,64/litro]) é 2,1% mais baixo do que o de um ano atrás (€ 36,07/100kg, [R$ 1,70/litro]), segundo os dados do Observatório Lácteo da UE. O preço de novembro passado também foi menor do que o de novembro de 2017, embora maior do que o valor de 2016, que foi muito baixo, em torno de € 32,00/100kg.  Todos os Estados Membros aumentaram os preços em comparação com outubro de 2019, exceto na Dinamarca, França, Itália e Finlândia. Para dezembro de 2019 a expectativa é de que o preço médio da UE se mantenha em € 35,31/100kg. No caso da Espanha, o preço de novembro foi de € 33,01/100 kg, [R$ 1,55/litro], € 0,0087 a mais que outubro. Para dezembro o preço deve ser o mesmo de novembro. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 

 

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.145

 Relatório oficial da Agricultura aponta melhora na condição climática do Estado


 Secretário apresentou dados do relatório a representantes de entidades do setor agrário. (Crédito: Ederson Pravtz)

Nas próximas semanas, a chuva pode retornar ao Estado, afugentando a estiagem e impedindo o avanço de perdas na agricultura.

É o que aponta o relatório técnico unificado da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Irga e Emater-RS sobre a estiagem e seus efeitos, apresentado nesta quinta-feira (16), no Palácio Piratini, a representantes das Federações dos Municípios (Famurs), de Trabalhadores na Agricultura (Fetag), das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro) e da Agricultura (Farsul).

O relatório, que será divulgado semanalmente, conta com uma avaliação das condições meteorológicas de dezembro e da primeira quinzena de janeiro; situação atual das culturas de verão, olerícolas, frutíferas, pecuárias de corte e de leite; perdas computadas nos municípios que decretaram estado de emergência (até 16 de janeiro); e a previsão meteorológica de 16 a 22 de janeiro, além da tendência para o mês de fevereiro.

A tendência é que, no próximo mês, a chuva volte para todo o Rio Grande do Sul, dentro da média histórica, mas ligeiramente abaixo do normal na Campanha e em áreas próximas à fronteira com o Uruguai. “Este novo cenário não indica um agravamento da situação; mesmo assim, o Estado continuará com as medidas anunciadas para aliviar os efeitos da estiagem”, assegurou o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez.

As principais ações do governo estadual são a contratação de empresas para a perfuração de 20 poços em áreas com extrema restrição hídrica e a realocação de recursos para o programa Troca Troca de Sementes, a fim de antecipar a semeadura de forrageiras. Acesse o Relatório Seapdr 01 - Estiagem clicando aqui. (SEAPDR)

Custos/Alemanha
Os últimos cálculos sobre os custos de produção de leite na Alemanha mostram que em outubro de 2019, somente 78% dos custos foram cobertos. 

De acordo com os resultados do estudo trimestral sobre os custos de produção, realizados pelo BAL, Escritório de Sociologia Agrícola e agricultura da Alemanha, no mês de outubro de 2019 os custos de produção chegaram a € 0,4371/kg, e o preço pago ao produtor de leite foi de € 0,3423/kg.

O relatório Preços/Custos ilustra quanto o preço do leite cobre os custos de produção.
O gráfico mostra que o déficit é constante desde 2009. 
 

 
O relatório divulgado pela entidade EMB (Comitê Europeu de Leite) sobre os custos em outros países europeus mostra que entre 2013 e 2017, os preços também não cobriam os custos na Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo e Holanda. (EMB – Tradução livre: Terra Viva)

 
Leite/Perspectiva 2020

A oferta de leite no mercado brasileiro deve seguir limitada em 2020, especialmente no primeiro trimestre, o que pode sustentar os preços pagos ao produtor em patamares mais elevados. 

Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, essa perspectiva está fundamentada na possível alta dos custos de produção e no recente maior abate de matrizes.

No caso dos custos de produção, os preços do milho e do farelo de soja, componentes da ração, têm subido no mercado brasileiro. O aumento dos valores do milho está atrelado ao forte ritmo das exportações do cereal. Há também que se considerar que, num cenário de incentivo à produção de combustíveis renováveis, o milho tem sido cada vez mais utilizado para a produção de etanol, o que pode reforçar o movimento de valorização desse cereal.  

Quanto ao farelo, a demanda do setor pecuário pelo derivado de soja pode se aquecer neste ano, resultando em altas nos preços. Além disso, o dólar em patamar elevado aumenta o interesse pela comercialização desses insumos no mercado externo. Esse cenário pode prejudicar a relação de troca do pecuarista, principalmente no primeiro semestre.

No caso do abate de matrizes, a atratividade da pecuária de corte no encerramento de 2019 – em novembro, os preços da arroba do boi atingiram recordes reais da série histórica do Cepea – levou muitos produtores a mandarem precocemente fêmeas para o abate. Também deve-se levar em conta que, dada a alta nos preços dos bezerros, é possível que produtores de leite invistam na criação destes animais e passem a destinar maior parte da produção de leite para a sua alimentação.

Embora seja delicado projetar o potencial de oferta de uma atividade que se ajusta diariamente, como no caso do leite, 2020 pode continuar a ser um ano difícil para a recuperação da produção. É importante lembrar também que, com a valorização do dólar, as importações de leite em pó são desestimuladas, o que pode diminuir a disponibilidade de leite às indústrias. O levantamento do Cepea mostra que, neste início de ano, a concorrência entre empresas para garantir a compra de matéria-prima e abastecer seus estoques têm se elevado, resultando em altas de preços. 

A dificuldade em se elevar a produção tem se mostrado como um gargalo estrutural para o setor. A principal limitação ao pecuarista é realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo, o que inclui a volatilidade das cotações. Estas, por sua vez, dependem de um delicado equilíbrio entre a oferta no campo e o consumo de derivados lácteos. Em 2019, por exemplo, a previsibilidade do mercado foi afetada por duas forças antagônicas: oferta enxuta e retração da demanda – as quais levaram a uma curva de preços atípica no ano passado.

Ainda que as expectativas para a produção em 2020 sejam cautelosas, é importante ressaltar que a perspectiva de crescimento do PIB acima de 2% é um fator positivo para diminuir as incertezas. Como o consumo de lácteos está diretamente ligado ao aumento da renda, o crescimento econômico pode melhorar as margens da indústria (espremidas em 2019) e permitir que os preços ao produtor se mantenham em patamares elevados, mas mais alinhados ao padrão sazonal. (Cepea)

 
Isentos que pagam
Estamos próximos daquela época do ano em que os brasileiros começam a reunir informações para, no começo de março, prestar contas à Receita Federal. Não há quem não reclame e ache alto os valores a serem pagos. E um dos motivos é simples: o salário não acompanha a mordida do leão. Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) aponta que, se a tabela do Imposto de Renda tivesse sido reajustada pela inflação, de 1996 para cá, o valor mensal para isenção seria de R$ 3.881,65, e não os atuais R$ 1.903,98. Essa diferença de 103,87% faria com que 20 milhões de brasileiros não precisassem pagar o IR - o dobro do número atual. O levantamento demonstra também que essa defasagem pesa ainda mais para aqueles que recebem menos. Há uma distorção, portanto. O interessante é que esse estudo passa pelos anos FHC, Lula, Dilma, Temer até chegar a Bolsonaro. Ou seja, é um problema que nenhum governo conseguiu resolver de forma definitiva. E, claro, não é simples, pois pressupõe que a União abra mão de arrecadação - algo não usual no país. Bolsonaro já falou sobre o assunto em pelo menos dois momentos desde que assumiu a Presidência. Em maio, afirmou que a tabela do IR seria reajustada pela inflação de 2019. No final do ano, sustentou que quem ganha até R$ 3 mil deveriam ficar isento. Mas com as contas no vermelho, até agora, nada foi feito. Há uma expectativa de que o assunto faça parte da reforma tributária que ainda será enviada ao Congresso, logo, uma correção mais efetiva e que realmente alivie o bolso do brasileiro está longe de ocorrer. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.144

 ANTT reajusta tabela de frete e inclui no cálculo gastos com refeição e hospedagem

Nova tabela entra em vigor no dia 20 de janeiro. Com as alterações, o piso do frete aumentou de 11% a 15%, segundo informações da agência

A Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) publicou nesta quinta-feira (16) no "Diário Oficial da União" uma atualização da tabela com os valores do frete mínimo para o transporte rodoviário de carga.

Com as alterações, o piso do frete aumentou de 11% a 15%, segundo informações da agência. A nova tabela entra em vigor no dia 20 de janeiro.

Entre as principais mudanças está a inclusão no cálculo do frete mínimo do custo da diária do caminhoneiro (refeições e hospedagem).

De acordo com a ANTT, também passa a ser obrigatório o pagamento de frete de retorno para operações que não podem trazer carga de retorno, como caminhões de combustível. Esse tipo de veículo não pode voltar transportando outro tipo de carga.

Foi criada ainda uma nova tabela para as chamadas operações de alto desempenho, que levam um tempo menor para carga e descarga do produto. Na resolução anterior não havia esse tipo de diferenciação.

A nova resolução também mantém a previsão expressa de incluir o gastos com pedágio no valor do frete. “O valor do pedágio, quando houver, deverá ser obrigatoriamente acrescido aos pisos mínimos”, afirma a resolução aprovada pela diretoria da ANTT.

O texto publicado nesta quinta também mantém a previsão de que o cálculo do frete deve considerar a negociação com relação ao lucro do caminhoneiro, despesas relacionadas ao uso de contêineres, tributos e taxas. A inclusão desses itens, no entanto, não é obrigatória.

Um dos pontos criticados pelos caminhoneiros sempre foi o fato de a tabela não incluir, expressamente, no cálculo do frete mínimo a remuneração do caminhoneiro.

A tabela de fretes foi criada em 2018 passado pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria.

A criação da tabela, no entanto, é contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) que deve julgar em fevereiro deste ano a constitucionalidade da medida. (G1)

Governador João Doria muda ICMS para incentivar agroindústria 

ICMS/SP - Nova regra de oferta de crédito de ICMS facilita aquisição de máquinas por setores de leite e derivados, frutas secas e produtos de origem vegetal. 

O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (10) novas regras de lançamento e aproveitamento de créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para aquisição de máquinas e equipamentos utilizados pela agroindústria de São Paulo.
 
A medida beneficia setores importantes, em especial o agronegócio e a indústria alimentícia, como produtores de frutas secas desidratadas, fabricantes de biscoitos e bolachas, massas alimentícias, laticínios e outros, com impacto em toda a economia do estado.
 
“As medidas que o Governo do Estado anuncia vão proporcionar o crescimento dos setores que industrializam massas, laticínios, derivados de laranja, assim como biscoitos e outros produtos dentro destes segmentos, aumentando a capacidade de produção, a competitividade e a oferta no mercado”, disse Doria.
 
“A política econômica que o Governo do Estado de São Paulo vem adotando desde janeiro do ano passado é que permitiu que nosso PIB [Produto Interno Bruto] alcançasse 2,6% e uma geração de 291 mil novos empregos”, acrescentou o Governador.
 
O decreto visa estimular a modernização da indústria de São Paulo em complemento a uma série de ações tomadas desde o início da atual gestão, como os benefícios fiscais para o setor de hortifrutis lavados e higienizados e o também o IncentivAuto, dirigido à indústria automotiva.

O Secretário de Planejamento e Fazenda Henrique Meirelles explica a mudança. “Antes o crédito de ICMS do ativo comprado era apropriado aos poucos, ao longo de 48 meses. Agora o crédito é integral e de imediato. A medida permite abater o valor do ICMS a ser pago pela empresa com a venda do seu produto final”, afirmou.
 
“O industrial compra a máquina, credita todo o valor de crédito de ICMS pago por toda a cadeia produtiva da máquina e também esse valor tributado em toda a produção quando vender o produto final”, declarou Meirelles.
 
Os setores beneficiados, direta ou indiretamente, são responsáveis pelo abastecimento alimentar e contribuem para a geração de emprego e renda nos meios rural e urbano. Para concretizar a medida, Doria assinou o decreto nº 64.687/2019, que já está em vigor.
 
Na prática, o diferimento permite que empresas adiem o pagamento do ICMS incidente sobre a aquisição de equipamentos e maquinário. O valor devido será considerado como parte do tributo cobrado sobre a comercialização dos produtos finais – mecanismo que contribui para o fluxo de caixa das empresas.
 
O lançamento do imposto na importação de maquinário sem similar nacional também fica suspenso e ocorrerá somente no momento da entrada do equipamento na empresa importadora. A medida atende a uma antiga reivindicação do setor de laticínios.
 
“Quando você facilita a aquisição de equipamentos importados, aumenta a competitividade do setor”, declarou o Secretário de Agricultura e Abastecimento Gustavo Junqueira. “Na questão do leite, nós damos um sinal muito importante. 60% de todo o leite do Brasil é processado em São Paulo. Terá impacto direto em produtos lácteos que vão para as gôndolas com mais competitividade e qualidade”, acrescentou.
 
Caso a opção seja pela compra de equipamentos produzidos em São Paulo, as empresas poderão receber de uma só vez o montante correspondente ao crédito do imposto. Antes, a restituição total do crédito era feita ao longo de 48 meses. (SAA/SP)

Cresce 4,6% o número de registros na raça holandesa no Rio Grande do Sul
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) encerrou 2019 com 7,21 mil animais registrados, um aumento de 4,6% em relação à 2018. O registro individual permite a classificação morfológica da vaca, apontando os seus pontos fortes e fracos para serem usados nos acasalamentos corretivos, além do controle leiteiro oficial. Esta ferramenta oferece informações importantes sobre o seu rebanho como produção de gordura no leite, tipos de proteína e quantidade de células somáticas. Essas células podem indicar maior ou menor tendência à mastite, uma das principais doenças dos rebanhos leiteiros que impacta na produção e qualidade do leite.

Se o número de animais registrados ainda não é o que a Gadolando almeja, o número de novos sócios foi altamente positivo e deve ser comemorado, afirma o presidente da entidade, Marcos Tang. “Tivemos o acréscimo de 23 novas propriedades que passaram a registrar os seus animais”, destaca, lembrando que os principais sócios são da agricultura familiar. A meta da entidade é trabalhar com uma média de 10 mil registros por ano.

Conforme o dirigente, as novas propriedades que registraram o seu gado leiteiro (animais adultos e nascimentos) são uma conquista da entidade junto aos seus funcionários e corpo técnico. Lembra que o ato de registrar valoriza o gado e neste ponto a Gadolando tem uma pauta que é nacional e internacional, uma vez que está se falando em abertura de mercado para o leite. “Quando se fala em qualidade, em exportação, aborda-se também as normativas, então é preciso trabalhar o indivíduo vaca, e é exatamente isso que a nossa entidade faz”, observa.

Ao fornecer o registro individual, a associação permite que o produtor conheça o seu rebanho e para isso disponibiliza aplicativos, como o programa Web + Leite, que ajudam na seleção do gado. “Isso vai trabalhar a favor de um acasalamento correto, tanto de tipo quanto de produção e de qualidade do leite, assim como também muitas vezes é preciso fazer o descarte seletivo. A vaca que tem um controle individual ruim para a sua morfologia, baixa produção, um leite com pouco sólido ou muitas células somáticas, não deve ser reproduzida e, por isto, às vezes, é necessário fazer o descarte seletivo desta matriz, sob pena de estragar a qualidade do leite no resto do tanque”, informa Tang.

O presidente da Gadolando convoca os produtores de leite a registrarem os seus animais para fortalecer cada vez mais a  raça holandesa no Estado. “E quem já registra, seja padrinho de um novo sócio”, sugere. (Gadolando)

ZONEAMENTO CLIMÁTICO
O diretor do departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola, informou ontem que o órgão não vai atender solicitação de entidades agropecuárias que querem a prorrogação do calendário de plantio da soja e do milho no Rio Grande do Sul. O pedido ainda não chegou ao Mapa, mas, segundo Loyola, a elaboração do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, que leva 15 meses para ser concluída, tem como objetivo mitigar riscos, de modo que alterações devido ao atraso de uma safra já em andamento, sem um estudo prévio, poderiam “desvirtuar” o instrumento.
 

 

Porto Alegre, 15 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.16

 Investimentos setoriais do Fundesa superam R$ 9 mi em 2019

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (15) em Porto Alegre, conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul aprovaram a prestação de contas referente ao exercício de 2019. Os investimentos superaram R$ 9,15 milhões ao longo do ano, recorde em toda a história do fundo. Os aportes foram feitos principalmente para indenizações, obras em inspetorias e aquisição de insumos e produtos.

As indenizações em pecuária leiteira foram de R$ 5,9 milhões, com o pagamento referente a 3774 animais em 578 processos. Ainda no setor leiteiro, o Fundesa  aprovou o aumento do período de vigência do auxílio chamado “risco alimentar” aos estabelecimentos que realizarem vazio sanitário dos atuais três para seis meses, mantendo os mesmos valores.

Na prestação de contas, também foi abordada a reforma, promovida pelo fundo, em inspetorias veterinárias da Secretaria da Agricultura, totalizando mais de R$ 1 milhão. As reformas nas unidades de Santa Vitória do Palmar, Santana do Livramento e Pelotas ainda estão em execução. Outras três inspetorias também deverão receber recursos para revitalização nos próximos meses.

No ano de 2018 o Fundesa encerrou o exercício com um saldo de R$ 84,4 milhões, tendo investido nos setores mais de R$ 6,6 milhões. Em 2019 o saldo registrado foi de R$ 92 milhões, mesmo tendo sido aplicados quase 10% deste valor em investimentos. A prestação de contas é enviada para Assembleia Legislativa, secretarias da Agricultura e da Fazenda e para a Cage e fica disponível para consulta no site fundesa.com.br/prestacao-de-contas. (Fundesa)

Fonte: Fundesa/Crédito: Thaís D'Ávila

Carlos Joel é reeleito como presidente da Fetag-RS

Após o término de mais um processo eleitoral, onde mais de 600 delegados estavam aptos a votar, a nova diretoria da FETAG-RS foi eleita para a gestão 2020/2024, no dia de hoje(14).

A votação teve expressiva participação de agricultores e agricultoras familiares de todo o estado. Com 95% de aprovação, a nova diretoria da FETAG-RS têm como maior desafio fortalecer a agricultura familiar, potencializar a produção mantendo qualidade, e ao mesmo tempo, gerando renda. Para isso, afirma o presidente reeleito Carlos Joel da Silva, “precisamos continuar com o projeto de assistência técnica, buscar políticas públicas diferenciadas que façam a diferença na vida das pessoas do campo. Estamos aqui representando os mais de 700 mil agricultores e agricultoras familiares do nosso estado, a responsabilidade é imensa, pois nossas ações impactam diretamente a vida de quem está no meio rural”.

Juntamente com o presidente, foram eleitos vice-presidentes, secretários, tesoureiros, coordenadora estadual de mulheres, suplentes e conselho fiscal, num total de 26 vagas preenchidas. 

“Temos como obrigação de estarmos sempre vigilantes, atentos, mas principalmente atuantes para honrar o nome da nossa instituição” finaliza Carlos Joel.

A chapa eleita para a gestão 2020/2024 é composta pelos seguintes nomes: 
Presidente- Carlos Joel da Silva (Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí)
1º Vice-presidente - Eugênio Edevino Zanetti (Serra)
2º Vice-Presidente - Elisete Kronbauer Hintz (Ijuí)
Secretário Geral - Jaciara Maria Muller (Vale do Caí)
1º Secretário - Pedrinho Signori (Santa Rosa)
2º Secretário - Diana Hanh Justo (Litoral)
Tesoureiro - Agnaldo Barcelos da Silva (Missões II)
1º Tesoureiro - Sergio de Miranda (Passo Fundo)
2º Tesoureiro - Marlene Weber Klassmann (Alto Jacuí)
Coordenadora de Mulheres - Maribel Costa Moreira (Sul)

RS deve enviar ao governo reivindicações para minimizar prejuízos da seca
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve encaminhar a Brasília, nesta terça-feira, 14, uma lista elaborada por entidades rurais do Estado, com solicitações ao Ministério da Agricultura para minimizar prejuízos causados à agropecuária pela estiagem, informou em nota a Secretaria da Agricultura do Estado.

Dentre as demandas, estão a prorrogação de dívidas e de parcelas a serem pagas; a criação de linhas de crédito emergenciais para agricultores familiares, cooperativas e fornecedores, além da ampliação do zoneamento da soja, para 31 de janeiro, e do milho, para 29 de fevereiro. “Dessa forma, os agricultores poderão realizar o plantio tardio destas culturas sem perder a cobertura do seguro rural”, afirma o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez.

Na nota, o secretário também informou que tenta, junto à Secretaria da Fazenda, conseguir recursos extras, com a intenção de ampliar a oferta de sementes de forrageiras pelo programa Troca Troca de Sementes e de contratação de empresas que perfurem 20 poços pelo Estado. “Esses poços deverão ser abertos em áreas com extrema restrição hídrica. A avaliação técnica será feita pelo departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da secretaria”, explica.

Até sexta-feira, 10, pelo menos 31 municípios decretaram situação de emergência. As lavouras mais afetadas no momento são as de milho, fumo, soja e feijão. “O milho é a base da cadeia produtiva, e deve afetar também a produção de leite. É uma cultura sensível. O feijão não foi prejudicado em algumas regiões mas, em outras, as perdas variam entre 30% e 40%. O fumo foi bastante atingido pelo calor e falta de chuva, que enfraquece a folha. A soja também sofreu impactos severos nas regiões de Passo Fundo e de Não-Me-Toque”, detalhou Rodriguez. (Estadão)

Prazo da consulta pública sobre revisão do programa de erradicação da aftosa termina no dia 16
Termina no dia 16 de janeiro o prazo para envio de propostas à consulta pública de revisão do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).

O objetivo da consulta é atualizar a legislação em relação às mudanças do Código de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e adequá-la ao processo de retirada gradual da vacinação contra a doença no Brasil. A última revisão das normas sobre febre aftosa ocorreu em 2007.

Entre as normas que serão atualizadas estão o controle sobre os produtos de origem animal e as restrições à movimentação dos rebanhos entre as áreas livres com e sem vacinação. Também deverão ser inseridos novos conceitos presentes do código da OIE, como a zona de contenção, que permite ao país, caso ocorra um foco da doença, isolar a área afetada mantendo a condição sanitária, a comercialização e a movimentação dos rebanhos no restante do país. 

O chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali dos Santos, alerta para “a importância da participação de todos os segmentos envolvidos no PNEFA, para que a retirada da vacinação contra a aftosa no Brasil possa avançar”.

As sugestões, tecnicamente fundamentadas, deverão ser encaminhadas via Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), por meio do endereço: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/ (MAPA)

RS: estiagem deve diminuir oferta do leite
A captação diária de leite no Rio Grande do Sul caiu 8 % em janeiro, o que representa 1 milhão de litros de leite a menos para as indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do estado. O motivo é a estiagem, que está prejudicando os pastos, e também as altas temperaturas, que provocam estresse nos animais. Nesta terça-feira (14) subiu para 42 o número de municípios que decretaram situação de emergência, segundo a Defesa Civil. Confira clicando aqui a entrevista do Secretário Executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ao Terra Viva sobre o assunto. (Terra Viva)

 

Porto Alegre, 14 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.15

 Sindilat alerta para impacto da estiagem na produção leiteira do Estado

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) alerta que a produção leiteira gaúcha, além de estar entrando no período de entressafra, já está apresentando uma queda acentuada na captação de leite, provocada pela falta de pastagem verde no campo e pelo estresse calórico animal, visto as temperaturas elevadas nesta época do ano. Esse é um dos efeitos previstos da estiagem que assola diversos municípios do Estado. Isso porque, de acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o evento climático já causa perdas significativas no desenvolvimento do milho para a silagem, alimento essencial que é produzido para nutrição do gado durante todo o ano, e o aumento da temperatura provoca um estresse calórico para o animal, que acaba não se alimentando de maneira correta, refletindo na queda da produção de leite em 2020 e prejudicando o período reprodutivo dos mesmos.  “Já no mês de março começaremos a sentir os efeitos mais fortes em relação à escassez de alimentos para o rebanho”, frisa Guerra.

Os primeiros dias de janeiro já indicaram um impacto importante da estiagem sobre a atividade no Rio Grande do Sul. Segundo Guerra, a captação diária nas propriedades gaúchas reduziu próximo a 8%, devido às altas temperaturas e chuvas muito abaixo das médias no Estado, índice que representa 1 milhão de litros de leite a menos entregues às indústrias associadas à entidade. “Esse cenário deve persistir durante todo o mês, mas a ocorrência de chuvas neste período, mesmo que em pouca quantidade, já poderá amenizar a situação”, pontua o presidente do Sindilat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mercado mundial 2020
Um resumo do comércio e dos mercados internacionais de lácteos elaborados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) – traduzidos e adaptados pelo Observatório da Cadeia Láctea (OCLA) – permite visualizar o que passou em 2019 e as perspectivas para 2020 nos principais países produtores de leite e mercados lácteos.
 
Para 2020 as previsões de exportações de lácteos pelos Estados Unidos são boas; principalmente porque se esperam maiores volumes e melhores preços de alguns produtos. Nesse aspecto os produtos desnatados têm um valor especial nas exportações estadunidenses. O leite em pó desnatado (SMP) aumentou em 2019 e representou 25% do valor total embarcado. A projeção é de que em 2020 haja aumento de 5% no SMP destinado ao mercado externo.
 
Um aspecto chave tem sido o aumento persistente do preço do SMP, tanto nos Estados Unidos (EUA), como nos mercados internacionais, desde 2018. Vários fatores parecem sustentar essa posição. Dentre eles, o aumento da demanda mundial (sobretudo da China, Filipinas e Indonésia), produção de leite menor do que a esperada em 2019, junto com a queda tanto dos estoques de intervenção da União Europeia (UE), como os excedentes nos EUA. Aliás, este último pode ser o único exportador a ter oferta adicional de SMP para o mercado internacional.
 
Produção de leite nos principais exportadores
Argentina: Em 2019 a produção de leite acumulada foi menor em comparação com 2018, devido, principalmente, condições climáticas adversas, com temperaturas elevadas que causaram maior estresse das vacas. Ainda que as margens confortáveis e a alimentação disponível tenham melhorado a situação, a previsão é de que 2019 tenha queda de 1% no volume total de leite em relação a 2018, o que corresponde a 10,64 milhões de toneladas de leite no total. Para o ano que começa, se forem mantidas as margens, é provável que a produção de leite cresça 1,5%, com expansão do rebanho e maior produtividade animal das vacas.
 
Austrália: A expectativa é de que os números de 2019 da produção registrem queda de 2% na produção de leite devido às condições de seca que afetaram, particularmente, o estado de Victoria, o maior produtor de leite do país. Além disso, as más condições das pastagens e elevados custos da alimentação levaram muitos produtores a descartarem vacas provocando redução de 3% no rebanho leiteiro. Recentemente, as chuvas melhoraram as condições e junto com preços recordes do leite, estancaram o percentual de queda da produção. Para 2020, existe a expectativa de que as condições continuem melhorando e que os preços do leite continuem sendo elevados.

União Europeia: A seca do verão provocou escassez de forrageira nos principais membros produtores, o que levou a uma redução do rebanho, similar ao ocorrido na Austrália. Como resultado, o crescimento na produção de leite foi mais lento do que o previsto. Olhando para 2020, à medida que as condições das pastagens voltem ao normal, a esperança é de que a produção de leite seja intensificada e que durante todo o ano cresça 0,4%. Como o rebanho está menor, é provável que mudanças de manejo e a genética compensem a situação.
 
Nova Zelândia: A previsão é de que a produção de leite de 2019 termine sendo 2% menor em relação ao ano anterior devido à primavera fria e úmida, que afetou negativamente a produtividade animal. No início deste ano, as previsões meteorológicas apontam precipitações e temperaturas de verão normais ou superiores, melhorando as condições de produção. Isso permite prever leve crescimento dos volumes (menos de 1%). Um fator chave é o recente aumento do preço do leite ao produtor na temporada 2019/2020 de NZ$ 6,75, [R$ 1,39/litro], para NZ$ 7,05/kgMS, [R$ 1,46/litro]. Seguramente isto incentivará a utilização de alimentação suplementar das vacas para aumentar a produção de leite.
 
Leite em pó desnatado (SMP) 
União Europeia: As exportações estavam no caminho de alcançar mais de um milhão de toneladas em 2019, sendo os maiores envios para os países asiáticos como China e Indonésia. Em 2020 se esperam menos excedentes exportáveis, e portanto, queda em torno de 8% nas exportações.
 
Nova Zelândia: A produção de SMP em 2019 deverá fechar em baixa. Ainda se espera que a produção de leite em 2020 se expanda, e o adicional provavelmente será utilizado para produzir leite em pó integral (WMP) ou queijo, prevendo queda de 4% na fabricação de SMP. Mesmo assim existe a previsão de que as exportações de SMP cresçam 5%, puxadas pela grande demanda mundial.
 
Estados Unidos: Em 2019 as exportações de SMP apresentaram forte concorrência no mercado global, que, junto com as tarifas adicionais impostas a produtos estadunidenses em retaliação a medidas do governo dos EUA contra diversos países importadores, as vendas externas caíram. Para 2020, com a maior disponibilidade de excedentes exportáveis (devido à produção excedente de 2% de leite) é possível que o embarque de SMP cresça 5%. Os EUA é o principal fornecedor do México, mas o acordo UE-México estabelece uma cota livre de impostos para o SMP procedente da UE, e isto está tendo impacto nas vendas dos EUA, que caíram 10% no último ano.
 
Leite em pó integral (WMP) 
A China é o maior importador de WMP do mundo e depois de uma forte queda em 2014, as importações entre 2015 e 2018 cresceram a uma taxa média anual de 15%, embora a previsão é de que este ano o crescimento seja mais moderado. O grande fornecedor é a Nova Zelândia, que nos últimos anos tem ocupado 90% de todas as importações de WMP, e está perto de alcançar o recorde de 1,6 milhões de toneladas. Em 2020, o quadro deverá se manter sem alterações.
 
Exportações de queijo 
União Europeia: A UE continua sendo o maior exportador mundial de queijos, enviando praticamente um quarto de seus produtos para os EUA e Japão. Em 2020 está previsto crescimento de 1% devido à maior produção de leite. Levando em consideração que 75% do queijo produzido é consumido no mercado interno, o excedente será exportado. A recente imposição de tarifa alfandegária adicional pelos EUA ao queijo e à manteiga procedente da UE poderá ter um impacto limitado, já que a demanda de queijos importados de maior valor agregado é relativamente inelástica.
 
Bielorrússia: A importância deste país é crescente, já que as exportações de queijo aumentaram à média anual de 6% de 2014 a 2018, e assim como ocorre desde 2014 quando foi estabelecido o embargo aos produtos procedentes dos EUA e UE, em 2019 enviou 95% de sua produção para a Rússia. A previsão para 2020 é de que as exportações cresçam 8%. Embora o destino preferencial continue sendo a Rússia, é possível que haja aumento nas vendas para países vizinhos como Cazaquistão e Quirguistão.
 
Nova Zelândia: Como reflexo do pouco aumento na produção de leite prevista, a produção de queijo deverá crescer 1% em 2020, embora as exportações possam expandir 3%. Os principais destinos são: Japão, China e Austrália. As perspectivas são de que a China se transforme no maior importador de queijos da Nova Zelândia em 2020, já que a taxa média de crescimento vem sendo de 13% de 2014 a 2018. A projeção é de incremento de 10% em 2020. O outro comprador preferencial é a Austrália, já que os dois países se beneficiam do acordo de livre comércio que permite a importação sem tarifas alfandegárias pela Nova Zelândia ou taxas reduzidas para a Austrália.
 
Manteiga 
União Europeia: A previsão é de que as exportações de manteiga termine 2019 com crescimento de 30% devido às vendas para os EUA, Japão e Emirados Árabes Unidos. Para 2020, é provável que a produção se contraia ligeiramente, e o consumo interno cresça, limitando as exportações. Em relação às tarifas adicionais de 25% por parte dos EUA, o impacto será limitado pelas mesmas razões expostas para os queijos.
 
Nova Zelândia: A previsão é de que 2019 encerre com queda de 6% nas exportações devido à redução dos embarques para a China (-40%). Para 2020, a produção de manteiga deverá diminuir já que o leite adicional produzido será destinado, preferencialmente, para WMP e queijo. A previsão é de que as exportações cresçam 1%.  (Terra Viva)

Alemanha institui novos padrões para produção de leite
O Qualitätsmanagement Milch (QM Milch), um órgão alemão que define padrões para o leite, com sede em Berlim, introduziu uma nova norma nacional para a produção de leite.

A organização, que é uma iniciativa da Associação Alemã de Agricultores (DBV), da Associação Alemã Raieisen (DRV) e da Federação Alemã de Indústria de Laticínios (MIV), fornece um sistema de garantia de processos para produção de leite. O objetivo do padrão QM Milch é monitorar a produção, garantindo assim a qualidade do leite cru na fazenda.

O padrão cobre todos os requisitos básicos ao longo do processo de produção de leite na Alemanha. Aplica-se a todos os produtores  que participam do programa de certificação QM Milch e está de acordo com os termos e condições para entrega de leite definidas pelos laticínios.

A lista de critérios da QM Milch define as condições a serem cumpridas para o programa de certificação, que decorre de disposições legais, boas práticas agrícolas e outros requisitos para a produção de leite.

Saúde e bem-estar animal
A produção de leite deve respeitar certas condições de higiene e instalações, diz o documento. Além disso, existem disposições rigorosas relacionadas à saúde do gado. Também, as vacas não devem apresentar sinais de problemas gerais de saúde. Inspeções mensais de rotina do rebanho são realizadas para verificar a saúde do úbere. Se houver suspeita de que um animal tenha alguma infecção no úbere, é necessário um exame individual para determinar o tratamento, ou para verificar se ele sofre de uma infecção crônica ou se há resistência ao medicamento utilizado.

Identificação dos animais e registro da fazenda
Disposições estatutárias estipulam que os produtores de leite devem fazer duas marcas auriculares em cada vaca. A respeito da circulação de animais (Viehverkehrsverordnung -VVVO), cada produtor de gado também deve manter um registro agrícola a respeito. Quaisquer alterações no rebanho devem ser registradas no banco de dados oficial sobre identificação de origem (HI-Tier-Datenbank).

Produção e armazenamento de leite
As salas de ordenha devem ter iluminação e ventilação adequadas. O equipamento de ordenha e os tanques de resfriamento devem ser reparados regularmente. Existem requisitos de higiene específicos para a ordenha que devem ser cumpridos pelos colaboradores. O leite deve ser resfriado e armazenado de forma a garantir que não será afetado adversamente.

Alimentação
Existem requisitos especiais para a compra e o uso de alimentos para animais. Os produtores de leite só podem usar alimentos para animais comprados de fabricantes e comerciantes que respeitam um contrato com base no sistema nacional padrão de alimentos para animais.

Os alimentos são testados quanto a substâncias indesejáveis por programas de monitoramento realizados por órgãos oficiais e outras instituições. Toda entrega de ração também deve ser documentada pelo produtor de leite com certificados de entrega, faturas detalhadas ou outros elementos de prova.

Medicamentos veterinários (VMPs)
Os produtores de leite devem identificar claramente todos os bovinos que foram tratados. O leite será regularmente verificado quanto a inibidores (várias vezes por mês) e todos os produtores de leite deverão realizar suas próprias avaliações na fazenda, com a ajuda de um veterinário. Os produtores de leite também devem registrar todas as instâncias de VMPs usadas em seus animais.

O documento também observa que os laticínios precisam realizar análises químicas regulares do leite ou produtos lácteos. As verificações gerais e os exames individuais testam substâncias (resíduos e contaminantes) que são prejudiciais ou podem levar a alterações indesejáveis nas propriedades organolépticas do leite ou produtos lácteos.

O novo padrão entrou em vigor em 1º de janeiro de 2020 e substitui o padrão QM Milch 2.0. A norma é um sistema dinâmico, constantemente aprimorado para incluir novos achados e requisitos, e será atualizado a cada três anos.

Os documentos estão disponíveis online (https://www.qm-milch.de/standarddokumente), em alemão, com versões em inglês. (Dairy Reporter tradução Equipe MilkPoint)


Receita cresceu
A arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul aumentou 6,13% em 2019. Como a inflação do ano ficou em 4,31% houve crescimento real da receita do Estado. O problema é que as despesas subiram ainda mais, fruto da expansão dos gastos com pessoal. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 13 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.14

 Impacto além das espigas
O maior impacto sobre as lavouras de milho para a produção de silagem, usada na alimentação do gado de leite, está estimado na região da Serra. Pelo levantamento da Emater, a área deve ter redução de 65% sobre a produtividade inicialmente esperada, de 44,3 quilos por hectare.
Realidade que os técnicos confirmam a campo. Engenheiro agrônomo do escritório de Nova Prata, João Carlos Reginato tem percorrido propriedades para fazer laudos que embasam as solicitações de Proagro, programa do governo federal acionado por agricultores familiares em caso de perdas climáticas.
- A produção de silagem pressupõe a existência de grão. O que se vê, além de espigas falhadas (no detalhe), são manchas causadas pelo excesso de calor. O grão praticamente "cozinha" - explica Reginato.
Além da perda em volume, a silagem produzida deverá ter redução de valores nutricionais, obrigando produtores a usar proteínas complementares.
Na Serra, os parreirais também têm sido afetados pelo tempo. As frutas tiveram amadurecimento forçado. (Zero Hora)

Comércio exterior
As importações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado do ano de 2019 caíram tanto nos valores (-7,2%), quanto em volumes (-7,0%), em relação a 2018. Argentina (54,7%) e Uruguai (30%) continuam tendo a maior participação no mercado brasileiro. 
O leite em pó desnatado (13,8%) e o integral (42,6%), juntos, representaram mais da metade das importações de 2019, mantendo os níveis de 2018, que foram 14,4% e 43,6%, respectivamente. Os queijos foram responsáveis por 27,2% das importações em 2019, variando ligeiramente o percentual em relação a 2018 que foi de 27,6%.      
 


 
As exportações dos produtos NCM 04, em dezembro, representaram 13,6% das importações, em valores, e 19,1% em volume. No acumulado do ano, os percentuais foram, respectivamente, 12,2% e 16,7%, consolidando a condição brasileira de importador líquido de lácteos.  

Em equivalentes litros de leite, as importações somaram pouco mais de 1 bilhão de litros, e as exportações ficaram pouco menos de 100 milhões, resultando em um déficit de 969.766.051 equivalentes litros de leite. O leite em pó foi responsável por 69,5% do percentual internalizado.

 

 
Em relação a 2018, as importações caíram 7,8% em valores e 7,5% em volume. Já as exportações caíram 3,8% em valores, embora tenham crescido em 4,3% em volume.  Argentina (53,8%) e o Uruguai (30,6%) continuam dominando o mercado brasileiro e, no acumulado do ano são responsáveis por 84,4% das importações totais de lácteos em divisas. O leite em pó, que representa 56% de nossas compras, os dois países do Mercosul praticamente têm controle absoluto, a Argentina tem 50,7% do mercado, enquanto o Uruguai tem 43,7%. (MDIC – Elaboração Terra Viva)
 
 
 
Automação ajuda a aumentar produção de leite em propriedades
A propriedade rural da Família Cassel, localizada em área de 100 hectares no Distrito de Atafona, em Santo Ângelo, é uma das pioneiras no confinamento e na automação da produção leiteira e já registra aumento na produtividade com apenas dois meses de adesão ao sistema. O investimento gira em torno de R$ 1 milhão, e a meta da família é continuar aperfeiçoando a produção com a robotização da ordenha.
A família investiu na construção de um galpão de alvenaria com mais de 1,5 mil metros quadrados, com climatização, ventilação, iluminação controlada e bebedouros automatizados, dotado de sistema de videomonitoramento, e com capacidade para confinar cerca de 100 bovinos. De acordo com o produtor Nardeli Cassel, atualmente, o plantel de cerca de 70 reses atingiu, em dezembro, uma produção de 54 mil litros, representando média de 1,8 mil litros/dia.
Cassel explicou que a decisão pela automação foi tomada em virtude da dificuldade de encontrar mão de obra para o setor leiteiro, mesmo com um vasto campo de trabalho e um salário considerado atrativo pelo produtor. "Isto também nos leva a projetar a robotização da produção leiteira", assinalou.
O prefeito em exercício de Santo Ângelo, Bruno Hesse, que visitou propriedade para conhecer o sistema, gostou do que viu e parabenizou os empreendedores rurais pelos investimentos em tecnologia como ferramenta para o incremento da produção leiteira no município. "É um investimento bastante alto, mas consolida financeiramente a propriedade e o aumento da produção", declarou Hesse.
Fábio Cassel, sócio do pai em setores produtivos da propriedade, está bastante otimista com o investimento. Ele constatou que, em apenas dois meses de confinamento, o aumento na produção por animal alcançou em torno de 50%. Com isso, a expectativa também é de superar os valores com a comercialização de produtos em 2020, graças à tecnologia. (Jornal do Comércio)
 
Estiagem
Técnicos do Ministério da Agricultura chegam ao Rio Grande do Sul entre os dias 27 e 31 para avaliar os estragos da estiagem. Vinte e oito municípios já decretaram situação de emergência no RS. A análise será feita pelos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também farão a projeção da safra gaúcha. (Zero Hora)