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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.093


Importação de lácteos cresce apesar de medida para limitar as compras

Compras no exterior em fevereiro mantêm o mesmo ritmo de janeiro, antes de o decreto do governo federal entrar em vigor

As importações de produtos lácteos mantêm trajetória de alta neste mês, a despeito da entrada em vigor do decreto do governo federal para desestimular as compras no exterior. Diante do aumento, produtores revelam preocupação com uma possível ineficácia da medida. O Ministério da Agricultura e Pecuária fala em “importações preventivas”, fechadas antes da legislação entrar em vigor.

O Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado, estabelece que apenas empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, podem aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.

Só na primeira quinzena de fevereiro, as importações de lácteos alcançaram 187 milhões de litros em equivalente leite, superando todo o mês de fevereiro de 2023, quando as compras somaram 156,5 milhões de litros, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A média diária de importação até o dia 24 ficou estável em relação ao mês anterior, em 1.184 toneladas. Em janeiro, as importações somaram 207 milhões de litros em equivalente leite, 32% mais que no mesmo mês do ano passado.

“A importação continua alta. É difícil saber se a nova regra vai ou não funcionar”, afirmou Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), ressaltando que em 2023, as importações bateram recorde, chegando a 2,25 bilhões de litros em equivalente leite, alta de 68,8% em relação a 2022.

Procurado, o Ministério da Agricultura e Pecuária disse que a efetividade do decreto está em “processo de avaliação” e que os volumes que entraram no país em janeiro e fevereiro referem-se a negócios fechados anteriormente. “A avaliação inicial indica que ocorreram importações preventivas antes da vigência da alteração. A partir de fevereiro será possível realizar uma análise mais aprofundada para avaliar a efetividade da medida”, informou em nota.

O ministério acrescentou que a entrada da medida em vigor não está diretamente relacionada aos procedimentos de fiscalização, que são internos e estão em processo de publicação. A fiscalização das fábricas deverá ser conduzida pela pasta e Receita Federal.

Os lácteos importados têm como origem principalmente Argentina e Uruguai. Segundo Borges, os maiores importadores são laticínios, tradings, indústrias de alimentos, redes de supermercado e de restaurantes. “Se eles veem o preço mais baixo importam e isso prejudica o produtor de leite no Brasil, que não tem subsídio”, disse.

Glauco Carvalho, economista e pesquisador da Central de Inteligência do Leite (Cileite) da Embrapa, ponderou que o decreto só impacta os laticínios que importam produtos lácteos. Varejistas e tradings não são afetados pela regra. “Provavelmente o volume de importação será alto em fevereiro”, disse. Ele acrescentou que há perspectiva de desaceleração nas importações nos próximos meses devido à alta dos preços internacionais, mas isso também vai depender da evolução das cotações no Brasil.

Em dezembro de 2023, dado mais recente do Cepea/Esalq, o preço do leite pago ao produtor atingiu R$ 2,03 por litro, queda de 19,4% em 12 meses. O custo de produção, segundo a Abraleite, varia de R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região. A rentabilidade do produtor em janeiro, segundo Carvalho, ficou 19,6% abaixo da registrada em igual mês de 2023.

De acordo com a Abraleite, há hoje um desestímulo à produção de leite no país, sobretudo para pequenos produtores. Isso porque o excesso de oferta afeta o valor pago pelo leite cru. No ano passado, as importações corresponderam a 6% da oferta total. A Cileite estima que a disponibilidade de lácteos no Brasil cresceu 5,07% em 2023, enquanto a captação pelas indústrias aumentou 1,6%. Os preços dos lácteos ficaram, na média, 2,5% mais baixos em 2023. (Globo Rural via Valor)


Colheita do Milho foi oficialmente aberta no Estado

A produção de milho no Rio Grande do Sul é de extrema importância, tanto para a alimentação humana, quanto para a alimentação animal. A cultura é produzida em 485 municípios gaúchos e para celebrar o período foi aberta a Colheita do Milho no Estado, nesta terça-feira (27/2), em evento realizado na Agropecuária Canoa Mirim, no município de Santa Vitória do Palmar, na região Sul.

De acordo com levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de fevereiro, a produção de milho do estado está estimada em 5,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 44%, comparado com a produção de 3,7 milhões de toneladas produzidas na safra anterior que foi muito afetado pela falta de chuva.

O diretor do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos, Paulo Roberto da Silva, representou a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) no ato e destacou que as dificuldades climáticas enfrentadas na produção da cultura nos últimos anos, sendo períodos de estiagens e outros de drenagem da água. "São ambos os desafios, mas que mostram que a parceria entre os órgãos públicos, entidades e universidades fortalecem todas as técnicas que são praticadas. Precisamos enaltecer o trabalho que os produtores vêm desenvolvendo, principalmente na área de novas tecnologias e de sementes, e valorizar cada pessoa. Não adianta ter toda a tecnologia, a pesquisa e o desenvolvimento se não tivermos pessoas com capacidade de replicar esse conhecimento", ressaltou.

A abertura da colheita foi realizada novamente este ano na Metade Sul visando consolidar o potencial do milho em terras baixas, com adoção de tecnologia sulco-camalhão que tem dado excelentes resultados, pois estabelece uma zona de cultivo em solo mais descompactado e profundo, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas, possibilitando a drenagem (quando houver excesso hídrico) e a irrigação (quando houver falta de chuva) da lavoura ao longo do ciclo da cultura.

A organização do evento é da Seapi, em conjunto com a Agropecuária Canoa Mirim, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Emater, o Sistema de Organização de Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e a Prefeitura de Santa Vitória do Palmar, com apoio de diversos parceiros. Texto: Ascom Seapi

Laboratório do Leite vai ser inaugurado

A Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) vai inaugurar o novo Núcleo de Tecnologia e Inovação do Leite, conhecido popularmente como Laboratório do Leite, no dia 04 de março, em Pinhalzinho. Os deputados da Bancada do Oeste estarão presentes no evento.

O Laboratório do Leite será um marco na pesquisa e desenvolvimento da área leiteira. Com um investimento de R$ 30 milhões, a estrutura de 3 andares abrigará um laboratório de qualidade do leite e uma indústria de lácteos, tornando-se um centro de referência para toda a cadeia produtiva do leite na região.

Com recursos provenientes de emenda parlamentar dos deputados da Bancada do Oeste, o prédio será um dos mais modernos do País. “Estamos na busca dessa conquista desde quando ainda era um sonho e agora vai consolidar-se como um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento no setor lácteo”, disse o coordenador da Bancada do Oeste deputado Marcos Vieira.

De acordo com o reitor da Udesc, Dilmar Baretta, as instalações só estão sendo inauguradas por causa dos deputados da Bancada do Oeste. “A Bancada do Oeste é parceira deste projeto que vai ajudar Santa Catarina a se desenvolver ainda mais”, comentou o reitor.

O prefeito de Pinhalzinho, Mario Afonso Woitexem, explicou: “Santa Catarina é o quarto produtor de leite do país, o que faz com que Pinhalzinho se torne um dos municípios com maior capacidade produtiva de leite”.

O que será possível com a construção do Laboratório?

O NCTI compreende três segmentos:

Laboratório de Qualidade do Leite
Indústria de Lácteos em Escala Piloto
Laboratório de Pesquisa e Inovação do Leite
O "Laboratório do leite" tem como público-alvo os produtores de leite e as indústrias de lácteos e como principal objetivo a realização das análises para avaliação da qualidade do leite de acordo com as exigências da legislação vigente.

Este laboratório deverá ser credenciado na Rede Brasileira da Qualidade do Leite (RBQL)/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A "Indústria de Lácteos em Escala Piloto" tem como público-alvo os produtores de leite, as indústrias de lácteos e estudantes dos cursos da Udesc Oeste. Os principais objetivos são:

Cursos/treinamentos para qualificação e aperfeiçoamento da mão de obra;
Oficinas para a inovação e diversificação de produtos lácteos;
Otimização de processos para o setor de lácteos
Já o "Laboratório de Pesquisa e Inovação do Leite" tem como público-alvo os produtores de leite, as indústrias de lácteos e estudantes dos cursos da Udesc Oeste. Os principais objetivos são:

Realização de pesquisa aplicadas ao setor lácteo;
Soluções para as necessidades do setor lácteo
Este laboratório irá dispor de equipamentos de alta tecnologia que possibilitarão o estudo de componentes, produtos e processos, atendendo a toda cadeia e arranjo produtivo do leite com qualidade.
Leite em SC

Santa Catarina desbancou Goiás e já é o quarto maior produtor de leite do país. Com um volume de 2,43 bilhões de litros recolhidos pelas indústrias catarinense contra 2,13 bilhões de litros de Goiás.

Esse volume não leva em conta o leite produzido e consumido nas propriedades, que é em torno de 25% do total.

A atividade é a nova "estrela" do agronegócio, que envolve 70 mil famílias e gera milhares de empregos no campo, serviços, transporte e indústria.

Com apenas 1,2% do território, Santa Catarina representa 10,5% da produção nacional. Os motivos são clima favorável para implantação de pastagens e abundância de água. O solo propício e a mão-de-obra familiar contribuem para o sucesso da atividade.

O projeto consolida a Rota de Integração do Leite na faixa de fronteira de SC, onde estão 82 municípios que respondem por 78% da produção estadual.

Pinhalzinho

Pinhalzinho vai processar 5 milhões de litros de leite por dia, nenhum outro município brasileiro terá esta capacidade. A Aurora já processa 2,6 milhões de litros/dia e a Tirol está ampliando as instalações para processar 1,4 milhões de litros/dia. As informações são da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido

Supermercados nos EUA querem liderar o movimento "Comida como Medicina"
A FMI (The Food Industry Association), organização que representa um mercado de US$ 800 bilhões nos EUA, divulgou os resultados de seu mais recente relatório de pesquisa, “Contribuições da Indústria Alimentícia para a Saúde e o Bem-Estar 2024”, na semana passada, destacando o foco da indústria alimentícia em capacitar os consumidores a comer de forma mais saudável e oferecer programas para auxiliar em sua jornada. A pesquisa da FMI, que representou mais de 11 mil lojas de 36 empresas, mostra que 84% dos varejistas de alimentos que responderam estão operando com estratégias de nutrição, saúde e bem-estar. Este é o primeiro relatório da FMI que coletou resultados tanto de varejistas de alimentos quanto de marcas de produtos embalados e servirá como referência em saúde e bem-estar para a indústria alimentícia. O relatório da FMI afirma que os programas “Comida como Medicina”, que conectam serviços de alimentos e nutrição para melhorar a saúde, estão ganhando impulso em todo os EUA. De acordo com o documento, a indústria alimentícia sempre desempenhou um papel importante na segurança alimentar e na segurança nutricional. Muitos desses esforços do “Comida como Medicina”, especialmente quando implementados em bairros residenciais e apoiados por nutricionistas, têm se mostrado bem-sucedidos na mudança de comportamento e na melhoria da saúde. Em fevereiro de 2021, o conselho da FMI adotou e anunciou seu compromisso e política sobre “Comida como Medicina”. O relatório mostra que 59% dos entrevistados classificaram a prevenção e a promoção da saúde e do bem-estar como a principal área de foco para funcionários e clientes. As informações são da Forbes, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 

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Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.092


CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE–PARANÁ

RESOLUÇÃO Nº 02/2024

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Fevereiro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores dereferência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de 
contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2024 é de R$ 4,2766/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite PR)


Conseleite/SC divulga valor de referência do leite entregue em fevereiro

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Fevereiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Janeiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Janeiro/2024: De 01/01/2024 a 28/01/2024
Parcial Fevereiro/2024: De 29/01/2024 a 19/02/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite-SC.

Leite/Europa

O aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental continua, e algumas informações indicam que a produção não está tão baixa quanto a expectativa de início do ano.

No entanto, a produção de leite em muitos países do continente está abaixo dos níveis dos últimos anos. Analistas avaliam que a estabilidade do preço do leite, os altos custos de produção e as restrições regulamentares são obstáculos para um possível crescimento da produção de leite nos próximos meses.

De acordo com o site CLAL, a produção de leite no Reino Unido (RU) no mês de dezembro de 2023 atingiu 1.264.800 toneladas, 0,2% menos do que a produção de dezembro de 2022. No acumulado do ano, o volume apurado foi de 15.322.700 toneladas, praticamente inalterado em relação à captação realizada de janeiro a dezembro de 2022.

Os preços dos lácteos estão relativamente estáveis neste início de ano. Em muitos países da Europa Ocidental, o preço pago varia entre € 40 e € 50 por 100 quilos de leite, muito próximo do valor máximo no mercado spot.

Boa parte da indústria, reconhecendo a necessidade de manter seus fornecedores, mantiveram ou aumentaram ligeiramente o preço do leite ao produtor. No entanto, os preços das commodities lácteas ficaram relativamente estáveis.  

A demanda de queijo evolui bem, e existem sinais de recuperação da demanda interna por produtos lácteos. No entanto, a demanda internacional está lenta. Os sinais fracos da economia na China e em alguns outros países do Sudeste Asiático, junto com as preocupações em relação ao trânsito de navios através do Canal de Suez e do Mar Vermelho, prejudicaram algumas oportunidades de exportação.  

Enquanto isso, os protestos dos agricultores acalmaram na Alemanha e França, mas novas manifestações surgiram na Espanha, Itália, Bélgica e Países Baixos. Os baixos preços e o fim de alguns impostos ou redução de subsídios para a agricultura, constituem as principais reclamações dos produtores, pois aumentam o custo de produção e a burocracia. Os regulamentos cada vez mais restritivos reduzem a competitividade dos produtos europeus em relação aos estrangeiros, provocando a ira dos agricultores que concorrem com alimentos que são produzidos sem atender os mesmos requisitos da Europa. Para tentar mediar a situação e reduzir as tensões, a Comissão Europeia propôs medidas para reduzir algumas das exigências ambientais, bem como retornar certos subsídios agrícolas.  

Vários países do Leste Europeu obtiveram ganhos na produção de leite em todos os meses de 2023. Além da Bielorrússia, a Polônia e a República Checa tiveram crescimento significativo. De acordo com o site CLAL, o leite de vaca captado na Polônia, em dezembro de 2023, foi de 1.070.000 toneladas, crescimento de 1,9% em relação a dezembro de 2022. Na República Checa houve crescimento de 2%, contabilizando 268.000 toneladas. No acumulado do ano, a Polônia contabilizou 12.976.000 toneladas de leite, aumentando 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. E na República Checa, no acumulado do ano, foram 3.223.000 toneladas de leite, crescimento de 1, 6% em relação ao ano de 2022.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Você ainda tem dúvidas?
Abaixo terão 10 situações. Peço que avalie calmamente cada uma delas e veja se você se enquadra em alguma delas: Quer gerenciar bem sua fazenda; Quer ter melhores resultados no leite; Quer alavancar a sua carreira profissional; Quer ampliar e construir uma forte rede de networking; Quer fazer bons negócios; Quer entender as mudanças da cadeia láctea; Quer transformar desafios em performance;  Quer permanecer competitivo na atividade;  Quer fazer parte do futuro;  Quer escrever a sua própria história. Se identificou? Temos certeza que sim. Então, o Interleite Sul, melhor feira de negócios, conteúdo e networking destinado ao leite na Região Sul é o seu lugar! O Interleite Sul terá mais uma edição em Chapecó, nos dias de 8 e 9 de maio e espera reunir mais de 800 pessoas! Com a participação dos representantes das principais empresas de insumos do setor, técnicos, consultores, produtores, entidades do setor e estudantes, a 11ª edição do evento abordará novos caminhos para o futuro da produção de leite e você não pode ficar de fora! Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. ​(Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.091


Conseleite/MG projeta valor do leite entregue em fevereiro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 23 de Fevereiro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2023 a ser pago em Janeiro/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024.



Períodos de apuração:

Mês de Dezembro/2023: De 01/12/2023 a 31/12/2023
Mês de Janeiro/2024: De 01/01/2024 a 31/01/2024
Parcial de Fevereiro/2024: De 01/02/2024 a 20/02/2024

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

As informações são do Conseleite-MG.


Conseleite/SC divulga valor de referência do leite entregue em fevereiro

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Fevereiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Janeiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Janeiro/2024: De 01/01/2024 a 28/01/2024
Parcial Fevereiro/2024: De 29/01/2024 a 19/02/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite-SC.

Leite/Europa

O aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental continua, e algumas informações indicam que a produção não está tão baixa quanto a expectativa de início do ano.

No entanto, a produção de leite em muitos países do continente está abaixo dos níveis dos últimos anos. Analistas avaliam que a estabilidade do preço do leite, os altos custos de produção e as restrições regulamentares são obstáculos para um possível crescimento da produção de leite nos próximos meses.

De acordo com o site CLAL, a produção de leite no Reino Unido (RU) no mês de dezembro de 2023 atingiu 1.264.800 toneladas, 0,2% menos do que a produção de dezembro de 2022. No acumulado do ano, o volume apurado foi de 15.322.700 toneladas, praticamente inalterado em relação à captação realizada de janeiro a dezembro de 2022.

Os preços dos lácteos estão relativamente estáveis neste início de ano. Em muitos países da Europa Ocidental, o preço pago varia entre € 40 e € 50 por 100 quilos de leite, muito próximo do valor máximo no mercado spot.

Boa parte da indústria, reconhecendo a necessidade de manter seus fornecedores, mantiveram ou aumentaram ligeiramente o preço do leite ao produtor. No entanto, os preços das commodities lácteas ficaram relativamente estáveis.  

A demanda de queijo evolui bem, e existem sinais de recuperação da demanda interna por produtos lácteos. No entanto, a demanda internacional está lenta. Os sinais fracos da economia na China e em alguns outros países do Sudeste Asiático, junto com as preocupações em relação ao trânsito de navios através do Canal de Suez e do Mar Vermelho, prejudicaram algumas oportunidades de exportação.  

Enquanto isso, os protestos dos agricultores acalmaram na Alemanha e França, mas novas manifestações surgiram na Espanha, Itália, Bélgica e Países Baixos. Os baixos preços e o fim de alguns impostos ou redução de subsídios para a agricultura, constituem as principais reclamações dos produtores, pois aumentam o custo de produção e a burocracia. Os regulamentos cada vez mais restritivos reduzem a competitividade dos produtos europeus em relação aos estrangeiros, provocando a ira dos agricultores que concorrem com alimentos que são produzidos sem atender os mesmos requisitos da Europa. Para tentar mediar a situação e reduzir as tensões, a Comissão Europeia propôs medidas para reduzir algumas das exigências ambientais, bem como retornar certos subsídios agrícolas.  

Vários países do Leste Europeu obtiveram ganhos na produção de leite em todos os meses de 2023. Além da Bielorrússia, a Polônia e a República Checa tiveram crescimento significativo. De acordo com o site CLAL, o leite de vaca captado na Polônia, em dezembro de 2023, foi de 1.070.000 toneladas, crescimento de 1,9% em relação a dezembro de 2022. Na República Checa houve crescimento de 2%, contabilizando 268.000 toneladas. No acumulado do ano, a Polônia contabilizou 12.976.000 toneladas de leite, aumentando 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. E na República Checa, no acumulado do ano, foram 3.223.000 toneladas de leite, crescimento de 1, 6% em relação ao ano de 2022.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Você ainda tem dúvidas?
Abaixo terão 10 situações. Peço que avalie calmamente cada uma delas e veja se você se enquadra em alguma delas: Quer gerenciar bem sua fazenda; Quer ter melhores resultados no leite; Quer alavancar a sua carreira profissional; Quer ampliar e construir uma forte rede de networking; Quer fazer bons negócios; Quer entender as mudanças da cadeia láctea; Quer transformar desafios em performance;  Quer permanecer competitivo na atividade;  Quer fazer parte do futuro;  Quer escrever a sua própria história. Se identificou? Temos certeza que sim. Então, o Interleite Sul, melhor feira de negócios, conteúdo e networking destinado ao leite na Região Sul é o seu lugar! O Interleite Sul terá mais uma edição em Chapecó, nos dias de 8 e 9 de maio e espera reunir mais de 800 pessoas! Com a participação dos representantes das principais empresas de insumos do setor, técnicos, consultores, produtores, entidades do setor e estudantes, a 11ª edição do evento abordará novos caminhos para o futuro da produção de leite e você não pode ficar de fora! Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. ​(Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.090


Consumidores impulsionam demanda por inclusões em produtos lácteos

A demanda crescente dos consumidores por alimentos inovadores e saudáveis está impulsionando os fabricantes a expandirem suas ofertas de inclusões, com foco especial em uma variedade de ingredientes, incluindo frutas e nozes.

De acordo com especialistas de mercado, a previsão é de aumento significativo na inclusão de frutas e nozes até 2027, devido a sua popularidade de sabor e a percepção de benefícios à saúde associados a esses ingredientes.

Essa tendência reflete não apenas uma mudança nas preferências dos consumidores, mas também uma maior conscientização sobre os benefícios nutricionais dos alimentos. As inclusões de frutas, como mirtilos, cranberries e mangas, estão sendo cada vez mais valorizadas por suas propriedades antioxidantes e vitaminas, enquanto as nozes, como amêndoas e castanhas, são apreciadas por sua riqueza em ácidos graxos ômega 3 e nutrientes essenciais.

Além disso, a busca por ingredientes funcionais está impulsionando os fabricantes a incorporarem essas inclusões em uma variedade de produtos lácteos, como sorvetes, iogurtes e queijos. Esses alimentos não apenas oferecem uma experiência sensorial única, com texturas crocantes e sabores vibrantes, mas também são percebidos como opções mais saudáveis e nutritivas.

No entanto, existem desafios significativos ao selecionar e desenvolver inclusões adequadas. Questões como disponibilidade sazonal, custos de produção e compatibilidade de ingredientes podem impactar diretamente a qualidade e a aceitação pelo consumidor. Portanto, é essencial que os fabricantes trabalhem em estreita colaboração com fornecedores confiáveis e invistam em pesquisa e desenvolvimento para garantir a qualidade e a consistência das suas inclusões.

À medida que a demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis continua a crescer, os especialistas preveem a introdução de novas variedades de frutas e nozes, bem como a exploração de ingredientes alternativos que atendam as expectativas dos consumidores em termos de qualidade, sabor e sustentabilidade.

As informações são do Aditivos Ingredientes, adaptados pela equipe MilkPoint.


Leite/América do Sul 

As estimativas da CONAB e do USDA sobre a produção de milho e soja no Brasil divergem, mas, ambas preveem queda. O clima desempenha um papel importante na queda das expectativas e as últimas projeções dão conta de que o tempo continuará um pouco propício.

As ondas de calor do início do mês, com possibilidade de durar mais de 15 dias, foram suficientemente fortes para causar cortes de energia em vários países. As expectativas de produção de leite em toda a região continuam a tendência sazonal descendente.

Na Argentina, as expectativas para a produção de leite no curto prazo são, particularmente, pessimistas.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva

Informativo Conjuntural 1803 de 22 de fevereiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A oferta de pastagens está mais adequada em áreas onde as precipitações foram mais expressivas, reduzindo a necessidade do uso da silagem de milho. Apesar das chuvas, não houve relatos de problemas por excesso de barro ou poças, não interferindo na qualidade do leite. Persistem as infestações de carrapato e mosca; muitos produtores estão realizando 
tratamentos estratégicos para prevenir futuras infestações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas, após as chuvas, favoreceram o bem-estar das matrizes em lactação.

Na de Caxias do Sul, alguns produtores enfrentam os impactos do vazio forrageiro outonal devido ao encerramento das pastagens anuais de verão; não há perspectiva imediata de pastagens de inverno implantadas. 

Na de Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e para higienização dos equipamentos é suficiente em termos de quantidade e qualidade. 

Na de Ijuí,  a maioria dos produtores de leite possui pastagens perenes, o que garante mais autonomia na produção de forragem e custo mais baixo. 

Na de Pelotas, as temperaturas mais amenas reduziram o estresse térmico nos animais, melhorando seu desempenho. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro continua com boas condições nutricionais devido à disponibilidade de pasto. As condições sanitárias encontram-se dentro do esperado para o período de verão. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas têm causado estresse térmico nos rebanhos leiteiros, impactando na produtividade, no estro, na concepção de embriões e na qualidade do leite. 

Na de Soledade, apesar da melhoria das pastagens, o uso de suplementos, como silagem e fenos, ainda é  essencial, assim como a inclusão de concentrados. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Calor e chuvas intensas marcam a próxima semana
A próxima semana promete ser marcada por mudanças no clima em todo o estado do Rio Grande do Sul, com a presença de calor e o retorno das chuvas. Segundo os meteorologistas, as condições climáticas variarão ao longo dos dias, trazendo instabilidade em algumas regiões. Na quinta-feira (22), uma massa de ar seco manterá o tempo firme em todo o estado, com temperaturas elevadas previstas para todas as regiões. No entanto, na sexta-feira (23), a chegada de uma área de baixa pressão aumentará a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas de chuva, característica típica do verão gaúcho. Já no sábado (24) e domingo (25), o deslocamento de uma frente fria trará chuvas mais intensas, com possibilidade de temporais isolados em algumas áreas. Essas condições devem persistir até o início da próxima semana. Para os dias seguintes, a tendência é de que a nebulosidade e as chuvas continuem, especialmente na segunda-feira (26) e terça-feira (27), devido à propagação de uma área de baixa pressão. Contudo, na quarta-feira (28), o ingresso de ar seco e frio afastará as instabilidades, proporcionando um ligeiro declínio das temperaturas. Os totais previstos de chuva deverão variar entre 30 e 45 mm na maior parte do estado, sendo que na Fronteira Oeste os volumes esperados poderão superar os 50 mm. Recomenda-se que a população esteja atenta aos avisos meteorológicos e tome as devidas precauções diante das condições climáticas adversas. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.089


Marca criada por Raul Randon abre restaurante e empório em Gramado

Franquia projeta a abertura de 20 unidades até 2025, chegando a 50 lojas em cinco anos

Abre as portas no próximo dia 28, em Gramado, a Trattoria e Empório Spaccio RAR, da marca de alimentos criada com base nas iniciais do nome do industrial Raul Anselmo Randon. À frente da iniciativa estão os empreendedores Carolina Porsch e Carlos Porsch. 

O espaço terá 300 metros quadrados de área, e ficará na Rua João Petry, 283, no centro da cidade. A abertura geral ao público será no dia 4 de março.

O restaurante funcionará de segunda-feira a sábado, servindo café da manhã e almoço e, aos domingos, apenas café da manhã. Já o empório abrirá diariamente.  

A rede de franquias Spaccio RAR já tem sete unidades no Brasil, em todos os Estados da Região Sul e uma operação em São Paulo. O grupo projeta a abertura de 20 franquias até 2025, chegando a 50 lojas em cinco anos.

Este será o segundo ponto da Spaccio RAR em Gramado. No segundo semestre de 2023, os empresários abriram uma unidade para a distribuição de 450 produtos da marca, entre importados e homologados.

O estabelecimento fará parte de um projeto gastronômico idealizado pelos empreendedores, em um prédio de mil metros quadrados. No local, vão funcionar mais duas operações de gastronomia, um restaurante francês e um wine bar. No complexo, serão vendidos também artigos de luxo, entre joalheria e outros produtos exclusivos. No final deste primeiro semestre, todas as operações entrarão em funcionamento, projetam os administradores. (Gaúcha ZH)


Sentença derruba cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefício fiscal

Decisão foi dada pela 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro e beneficia a Engetech Comércio e Indústria de Plásticos

A 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro afastou a cobrança de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre benefício fiscal de ICMS (crédito presumido) concedido à Engetech Comércio e Indústria de Plásticos. Essa é a primeira sentença sobre o assunto que se tem notícia. Já existem também ao menos oito liminares, em diferentes Estados, no mesmo sentido.

O movimento dos contribuintes foi iniciado com a edição da Lei nº 12.973/2014, que alterou as regras de tributação de incentivos fiscais para investimentos concedidos por Estados. A norma veio depois de julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o assunto, em 2023, e é uma das principais medidas do Ministério da Fazenda para cumprir a meta fiscal e zerar o déficit das contas públicas em 2024 - a estimativa era que a tributação poderia gerar R$ 35 bilhões.

A lei, conversão da Medida Provisória (MP) nº 1.185, de 2023, revogou o artigo 30 da Lei nº 12.973, de 2014, que instituía requisitos para as empresas não terem os benefícios fiscais tributados, como constituir uma reserva de lucros. Tributaristas defendem, porém, que as novas regras não poderiam ser aplicadas ao crédito presumido. Mas esse não é o entendimento adotado pela Receita Federal. No pedido, a Engetech afirma que é beneficiada com incentivo fiscal de ICMS - crédito presumido - concedido pelo Estado do Rio de Janeiro e que as alterações da MP nº 1.185 são “ilegais e inconstitucionais” (processo nº 5132861-84.2023.4.02.5101).

Na decisão, o juiz federal Marcelo Barbi Gonçalves afirma não vislumbrar as alegadas ilegalidade e a inconstitucionalidade na MP. “Não há ilegalidade por dispor de forma diversa da lei anterior, até porque não alterou o conceito de subvenção, mas apenas mudou a forma como o contribuinte poderá se beneficiar dos valores respectivos”, afirma.

Porém, para o magistrado, apesar da mudança legislativa, a situação da empresa não deveria ser alterada. Ele destaca na sentença que o STJ, quando julgou o assunto (REsp 1517492), entendeu que os requisitos legais estabelecidos para que um benefício fiscal não fosse computado na base de cálculo do IRPJ e da CSLL não deveriam ser aplicados ao crédito presumido.

“Ao excluir o crédito presumido de ICMS das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, sob o fundamento de violação do Pacto Federativo, tornou-se irrelevante a discussão a respeito do benefício fiscal como ‘subvenção para custeio’, ‘subvenção para investimento’ ou ‘recomposição de custos’ para fins de determinar essa exclusão”, afirma o juiz na decisão, acrescentando que a tributação pela União de benefício fiscal concedido por um Estado demonstra indevida ingerência sobre política fiscal adotada pelo ente, afetando a finalidade para a qual foi projetada.

Com a decisão, além de reconhecer o direito da empresa de não incluir o crédito presumido de ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, o magistrado garantiu a ela o direito de compensar valores indevidamente recolhidos.

Segundo a advogada da empresa no caso, Mariana Ferreira, do Murayama, Affonso Ferreira e Mota Advogados, a caracterização do pacto federativo é o ponto mais desrespeitado pela nova lei. Ela destaca que o caso foi específico para impedir a cobrança do IRPJ e da CSLL e que discussão a respeito da base de cálculo do PIS e da Cofins fica para outra ação judicial, para não misturar os conceitos. 

Pelo menos oito liminares foram concedidas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia e no Distrito Federal. Em geral, as decisões impedem a cobrança do Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL e do PIS e da Cofins.

Os pedidos alegam ofensa ao pacto federativo. O argumento comum das empresas é de que o governo federal não pode tributar um incentivo dado pelo Estado, voltado para atrair empresas e fomentar a competitividade. 

Na 3ª Vara Federal Cível e Criminal de Feira de Santana (BA), a juíza Camile Lima Santos, concedeu liminar a uma fabricante de colchões, que recebeu incentivos fiscais de ICMS dos Estados da Bahia e Pernambuco, na forma de créditos presumidos. Na liminar, levou em consideração que “o STJ consolidou o entendimento de que os benefícios fiscais negativos de ICMS não se equiparam aos créditos presumidos para efeitos da aplicação do precedente estabelecido no EResp 1.517.492/PR” (processo nº 1002270-54.2024.4.01.3304).

Carolina Silveira, do escritório Fernando Neves advogados Associados, que defende o contribuinte, destaca que a decisão abrange, além do IRPJ e CSLL, o PIS e a Cofins. O juiz, acrescenta, aplicou nesse ponto o precedente do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS da base de cálculo das contribuições sociais. “A Lei nº 14.789/2023 tem por objetivo, unicamente, esvaziar o entendimento do STJ sobre o assunto. Portanto, deve ser combatida pelo Judiciário. É uma afronta ao pacto federativo e ao conceito de receita”, afirma a advogada.

Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que a sentença foi juntada aos autos ontem e está analisando a questão. O órgão não apresentou dados sobre o número de julgados sobre o tema. (Valor Econômico)

Interação e oferta de objetos para bezerros leiteiros podem ajudar a reduzir o estresse da desmama

Bezerros leiteiros - A fase de aleitamento é um período sensível e estressante para os bezerros leiteiros, por conta do afastamento da mãe e, em alguns casos, do isolamento social. Buscando alternativas para minimizar os impactos negativos dessa fase, a Embrapa Pecuária Sudeste converteu um experimento para testar a efetividade do enriquecimento social e físico.

Uma pesquisa avaliou os efeitos do enriquecimento social no comportamento dos bezerros leiteiros em sistemas a pasto. O objetivo, de acordo com a pesquisadora Teresa Alves, é melhorar a capacidade dos animais em lidar com as mudanças ambientais. Além disso, o enriquecimento físico, com a disponibilização de objetos como escova, bola e espantalho, busca identificar benefícios funcionais e biológicos.

A separação do filhote e do logotipo da mãe após o nascimento é uma prática corriqueira entre os produtores de leite, principalmente para garantir maior eficiência na coleta do colostro. Quando separados, muitos são colocados em baias indivíduos, a fim de diminuir a transmissão de doenças e a competição por alimentos.

Por outro lado, a criação coletiva de bezerros oferece um ambiente com espaço e estímulos necessários ao bom desenvolvimento cognitivo. A interação com outros animais pode melhorar a capacidade de lidar com mudanças de ambiente e situações de estresse. Porém, um desafio frequente nesse modelo é a ocorrência da mamada cruzada (ato de bezerros em açúcar um ao outro).

Tal ação pode resultar em lesões corporais de animais sugados e prejudicar o desempenho produtivo. Nesse caso, a inserção de “brinquedos” é uma forma de reduzir o problema, melhorando a sanidade, índices reprodutivos, aumento da eficiência inclusiva e redução de comportamento doloroso. E não é necessário um grande investimento para o produtor.
  
Resultados

Nos lotes com enriquecimentos sociais e físicos a interação social e o comportamento de explorar o ambiente menores foram, visto que os animais ocupavam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Os bezerros interagiram em maior frequência com a escova (48,2%), seguida da interação com bola (26,5%) e com o espantalho (25,6%). Além disso, neste grupo houve maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastel. Em relação ao ócio e à ruminação, não ocorreu influência dos enriquecimentos entre os lotes.

Para Teresa, o maior tempo gasto com a escova pode ser explicado pelo fato dos bovinos se coçarem para remover sujeira, restos de excrementos, ectoparasitas e fluidos corporais. Assim, a incorporação de objetos com algum tipo de função específica é eficaz para o bem-estar. “A criação de bezerros em grupo promove um enriquecimento importante que são as interações sociais, embora quando disponibilizados 'brinquedos', eles gastam tempo interagindo com esses recursos”, destacou Teresa.

A pesquisadora considera que a interação dos bezerros com o espantalho nos horários próximos ao conforto do leite pode estar relacionada com o contato humano-animal. É provável que os bezerros tenham associado à imagem do espantalho à pessoa responsável pelo manejo, uma vez que os bonecos usavam a mesma vestimenta dos tratadores.
  
Experiência

Participaram do estudo 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando distribuídos em dois tratamentos: um apenas com enriquecimento social - piquetes coletivos de criação; e outro com enriquecimento social e físico. Nesses, além dos piquetes sendo coletivos, foram colocados diversos objetos (espantalho, bola e escova), oferecidos simultaneamente.

O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A distribuição dos grupos foi solicitada, com a condição de que os animais não faziam diferença de idade maior do que 15 dias e, no máximo, cinco filhotes.

Os bezerros foram separados de suas mães logo após o nascimento e receberam o colostro por meio de baldes individuais com bico. Desde o primeiro dia de vida, tive acesso livre à água e ao concentrado. O desaleitamento ocorreu, gradativamente, próximo aos dois meses de idade.

O sistema de criação coletiva possui área composta por capim Cynodon , com 12 piquetes de 64m² cada, com sombra artificial. A pesquisadora explicou que o sistema foi planejado para que houvesse piquetes ociosos para mudança do lote para áreas com melhor qualidade sanitária, principalmente no período das chuvas.

Os animais foram avaliados diariamente e pesados ​​a cada 14 dias, com avaliação de mucosa, infestação de carrapatos e temperatura retal. As observações comportamentais também foram a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas, com identificação dos bezerros. Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame. Fonte: Embrapa


Jogo Rápido

Na Assembleia, Eduardo Leite diz que não irá recuar da retirada de benefícios fiscais
Com um discurso um pouco mais longo do que o planejado e um protesto inesperado nas galerias, o governador Eduardo Leite (PSDB) abriu o ano Legislativo no parlamento nesta terça-feira. A fala, como esperada, foi norteada pela manutenção do equilíbrio das contas públicas e marcada pela promessa de que “não há uma terceira opção” para o ajuste fiscal se não o corte de incentivos fiscais, medida adotada por Leite por meio de decretos após a retirada do projeto de aumento das alíquotas de ICMS, no final de 2023 e que entrará em vigor em abril. “Nós deixamos muito claro que havia dois caminhos: a recomposição da alíquota modal de ICMS ou uma revisão de benefícios fiscais, que acabou se apresentando como uma alternativa possível. Nós não consideramos e não vamos considerar uma terceira hipótese, que seria da precarização dos serviços públicos, da redução da capacidade do Estado de atender as demandas a população”, afirmou o governador. Assegurando que apesar das conversas com setores produtivos, não se abriria mão da 'essência' da proposta, que é "viabilizar receitas suficientes para atender as demandas do povo gaúcho". (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.088


GDT: alta mais sutil nos preços internacionais

O segundo leilão da plataforma GDT para o mês de fevereiro, realizado hoje (20/02) apresentou a manutenção do movimento de alta nos preços internacionais dos derivados lácteos. Com uma variação de 0,5% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.664/tonelada, atingindo o maior patamar desde novembro de 2022, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre as categorias acompanhadas e negociadas no evento, diferentemente do evento anterior, foram observados alguns reajustes negativos. A categoria dos queijos apresentou uma variação na ordem de -7,6%, sendo negociada na média de US$ 4.143/tonelada.

O leite em pó integral foi negociado na média de US$ 3.388/tonelada, apresentando um recuo de 1,8% quando comparado ao valor negociado no evento anterior.

Em contrapartida, o leite em pó desnatado seguiu apresentando alta, chegando ao valor médio de US$ 2.788/tonelada, o maior patamar dos últimos 11 meses e 1,3% acima do evento anterior.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 20/02/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Quanto ao volume negociado no evento, no quarto leilão de 2024 o movimento de queda se manteve, chegando a um total de 24.306 toneladas negociadas, uma queda de cerca de 9,9% em relação ao evento anterior, sendo este o menor patamar desde junho do ano passado para as negociações, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre o mercado futuro do leite em pó integral o cenário sofreu uma leve alteração, segundo os ajustes da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, como pode ser observado no gráfico 3 abaixo.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

No cenário global de lácteos, este último leilão de fevereiro da Global Dairy Trade apresentou, majoritariamente, variações positivas nos preços, refletindo a menor oferta global de lácteos para o ano de 2024. Quando comparados os dois volumes negociados nesse mês, o valor chegou a cair aproximadamente 10%.  Esse cenário é o reflexo da baixa rentabilidade na produção de leite no ano passado. Além disso, somam-se os desafios de produção enfrentados pelos principais países exportadores de lácteos.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

No entanto, diante do contexto de redução da oferta internacional de lácteos, o aumento dos preços do GDT pode influenciar na manutenção do movimento de altas para os preços do Mercosul. Assim, as importações tendem a sair mais caras para o Brasil. Porém, uma vez que as projeções do mercado apontam para alta nos preços brasileiros nos próximos meses, pode ser mantida a competitividade do produto internacional.

As informações são do Milkpoint


Você sabe a diferença entre creme de leite e manteiga?

O creme de leite é o produto obtido pelo processo de desnate do leite, podendo ser comercializado como produto lácteo ou ser utilizado como matéria prima para obtenção de outros derivados lácteos, como a manteiga, por exemplo.

De acordo com seu regulamento Técnico de Identidade e Qualidade, presente no Anexo IV, da Portaria 146 de 1996 do Ministério da Agricultura, o creme de leite é o produto lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequado, que apresenta a forma de uma emulsão de gordura em água.

De acordo com sua RTIQ, a classificação dos diferentes tipos de creme de leite pode ser baseada no teor de gordura e no tratamento térmico (UHT ou pasteurização) ao qual o produto foi submetido. De acordo com o teor de gordura, o produto é classificado como: Creme de baixo teor de gordura ou creme leve (entre 10 a 19,9 g de gordura por 100 g de creme), como Creme (entre 20 e 49,9 g por 100 g de creme) e como Creme de alto teor de gordura (>50 g de gordura por 100 g de creme). Ainda de acordo com a RTIQ, em relação a sua denominação de venda, o creme de leite poderá ser chamado de duplo creme ou de creme para bater, quando tiver, respectivamente, 40 % m/m e 35 % m/m de gordura.

A produção do creme de leite compreende as seguintes etapas:

Separação - onde o creme é separado do leite por meio da centrifugação;
Padronização - onde o teor de gordura é reajustado afim de classificar o produto de acordo com seu teor de gordura;
Tratamento térmico - podendo ser aplicado os processos de pasteurização e ultra alta temperatura (UAT), visando inativar microrganismos e aumentar seu shelf life;
Homogeneização - processo que visa a redução do tamanho dos glóbulos de gordura, evitando assim, a separação de fases do produto, principalmente do creme de leite submetido pelo processo UAT.
Vale ressaltar, que para produção de chantili e de manteiga, deve-se utilizar o creme pasteurizado não homogeneizado, uma vez que a homogeneização reduz o tamanho dos glóbulos, dificultando a formação de espuma do chantilly e o rendimento da manteiga.

A manteiga constitui um dos derivados lácteos mais consumidos no país. De acordo com a Portaria 14 de 1996 do MAPA, a manteiga é o produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura láctea.

Ainda de acordo com a Portaria, a manteiga pode ser classificada como:

Manteiga Extra: é a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial, segundo Norma FIL. 99A 1987;
Manteiga de Primeira Qualidade: é a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial segundo Norma FIL. 99A 1987. Além disso, o produto pode apresentar como denominação de venda: “Manteiga” ou “Manteiga sem sal”; “Manteiga salgada” ou “Manteiga com sal”; “Manteiga maturada” (adição de fermentos láticos).
Em relação ao teor de gordura da manteiga, a RTIQ estabelece teor mínimo de 82 % m/m de gordura, sendo que, para manteiga salgada a percentagem de matéria gorda não poderá ser inferior a 80 % m/m. Outro ponto relevante é que o regulamento permite no máximo 2g por 100g de sal para produção de manteiga salgada.

Em resumo, a produção de manteiga envolve diferentes etapas, como:

Maturação (opcional) - ocorre através da adição do fermento lácteo, permitindo assim a maturação da manteiga em condições controladas (em torno de 15°C por 15 horas);
Batedura - realizado em batedeiras ou mantegueiras, como objetivo de separar os grãos de manteiga e o leitelho;
Malaxagem - com objetivo de pulverizar a parte aquosa que ainda está presente nos grãos, evitando assim, a oxidação da manteiga.

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Agradecimentos a CAPES, CNPq, FINEP, FAPEG e IF Goiano pelo apoio a realização da pesquisa.

Autores
Leandro Pereira Cappato
Kamilla Rezende de Pinheiro Santos
Marco Antônio Pereira da Silva

Referências
BRASIL. Mistério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria Nº 146. Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos em anexo. Brasília, DF: 7 DE MARÇO DE 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 1996

AR – Aumentou o número de vacas em 2023, embora o rebanho tenha caído 35% em relação ao recorde de 2006/07

Produção/AR – O rebanho leiteiro da Argentina cresceu levemente no ano passado, revertendo a tendência negativa dos últimos três anos.

O documento divulgado pela consultoria Mi Lechería relata a evolução do rebanho leiteiro dos últimos anos e a importância do manejo nas fazendas leiteiras na sustentação da atividade.

No ano passado foram contabilizadas, segundo o documento, 1.588.902 vacas nas fazendas da Argentina, o que representou incremento de 4% em relação a 2022. Este dado se opõe à versão alarmante, que em meio da crise de rentabilidade da produção de leite, dava conta de que houve a liquidação de muitos rebanhos leiteiros.

O recorde de animais em produção das últimas décadas ocorreu em 2006 e 2007, quando foram contabilizadas 2.150.000 cabeças, ou seja 35% a mais de vacas em ordenha do que existe atualmente.

Apesar da queda, o nível da produção nacional se mantém e até registrou um leve aumento em relação àqueles anos, graças à maior produtividade animal. De qualquer forma, esta produtividade tem limites biológicos, sendo, portanto, fundamental aumentar o número de animais em ordenha.

Segundo os engenheiros agrônomos Francisco Candioti e Javier Baudracco, integrante da Mi Lechería e docentes da Faculdade de Agronomia de Esperanza, “qualquer empresa de produção leiteira deve ter como um dos objetivos centrais, manter um crescimento genuíno e sustentável do rebanho no tempo (crescer todos os anos) e conseguir a cada ano a maior taxa de crescimento possível”.

Disseram que o crescimento do rebanho tem diferentes leituras. “Existe um crescimento vertical no qual as novilhas ficam na mesma propriedade com aumento da carga animal, permitindo a otimização de recursos e a diluição de alguns custos, até o limite que se considere conveniente. E existe outro horizontal, que vem depois de esgotado o crescimento vertical, e as novilhas excedentes são enviadas para outras fazendas que irão replicar o modelo de sucesso do primeiro”.  

Os especialistas recomendaram “vender novilhas excedentes quando, eventualmente, for alcançado o crescimento horizontal ótimo, agregando mais renda através da venda de carne procedente de fazendas leiteiras”.

O aumento da quantidade de vacas e novilhas nas fazendas deve ter estrita relação com o processo de concentração em unidades produtivas maiores e mais eficientes.

Esse mesmo processo de concentração e melhora da produtividade animal foi o que permitiu sustentar a quantidade de leite produzida na Argentina, em torno de 11 bilhões de litros anuais, conforme mantido nas últimas décadas.

“A produção anual de leite por vaca cresceu e compensou, em termos físicos, estes anos de queda no número de vacas”, explicou Candioti e Baudracco.

“O crescimento do rebanho leiteiro nacional é realizado em cada estabelecimento. É um desafio para toda a leiteria argentina”, consideraram. “Para que o rebanho leiteiro nacional aumente, o número de vacas deve crescer anualmente nas fazendas leiteiras, em percentual suficiente para compensar (ou ainda reverter) o desaparecimento paulatino das fazendas leiteiras, fenômeno que, assim como na Argentina, vem ocorrendo em outros países com sistemas de produção de leite mais desenvolvidos”, acrescentaram.   

Fonte: Bichos de Campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

Piracanjuba anuncia sua nova marca corporativa, o Grupo Piracanjuba
Com o propósito “Cuidado que alimenta a vida”, o Grupo Piracanjuba chega para consolidar a estratégia de governança da empresa, que em movimentações recentes tornou-se uma S.A., constituindo uma presidência e efetivando seu Conselho Consultivo, além de criar uma política de investimentos contínuos na formação de pessoas. O Grupo Piracanjuba, agora, reúne as marcas Piracanjuba, LeitBom e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), abrangendo as áreas de lácteos, bebidas vegetais, agricultura e formação técnica de produtores de leite. “Desde 1955, conquistamos o respeito de todos fazendo sempre o melhor para as pessoas, para os nossos parceiros e para o planeta, porque simplesmente somos apaixonados por fazer isso. Temos o privilégio de colocar na mesa de tantas famílias os melhores alimentos”, conta Luiz Cláudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba. “Tudo isso levando em consideração que somos uma empresa genuinamente brasileira, que gera milhares de empregos e renda, e que prioriza entregar a máxima qualidade”, ressalta. A expectativa é que o Grupo Piracanjuba possa alcançar segmentos para além dos lácteos, ampliando a conexão com o consumidor e permitindo o desenvolvimento em outras categorias, marcas e negócios. “As mudanças foram devidamente planejadas, já que não abrimos mão da história e da conexão com os parceiros que construímos até aqui. Analisamos oportunidades do mercado, necessidades do consumidor e estamos abertos à novas aquisições e parcerias estratégicas que façam sentido para o Grupo Piracanjuba”, completa o presidente. O projeto de branding é assinado pela FutureBrand São Paulo, consultoria global de branding e experiência de marca. “Levamos o DNA familiar e o calor brasileiro, que fazem parte da essência da marca Piracanjuba, para o novo grupo. Com isso, fortalecemos as raízes ao passo em que miramos o amanhã, com oportunidades de crescimento e inovação”, analisa Ewerton Mokarzel, CEO e sócio da FutureBrand São Paulo. (As informações são do Grupo Piracanjuba)


 
 

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Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.087


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS


Liminar dá 2 meses para indústria adequar rótulos de alimentos

Anvisa havia prorrogado o prazo até outubro de 2024; Justiça Federal de SP determinou colocação de adesivos em rótulos embalagens antigas

São Paulo — Empresas fabricantes de alimentos têm 60 dias para incluir nos rótulos de embalagens de alimentos e bebidas o selo da lupa indicando altas quantidades de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada. A decisão liminar é da Justiça Federal de São Paulo e atende a uma ação civil pública apresentada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com a determinação judicial, a Anvisa não pode adotar novas medidas que, direta ou indiretamente, autorizem o descumprimento de prazos. A prorrogação havia sido determinada no último dia do prazo para adequação dos rótulos, em 9 de outubro de 2023,

Além disso, a decisão impede que as empresas fabricantes de alimentos processados e produtos ultraprocessados usem a autorização de esgotamento de embalagens e rótulos antigos e, assim, passem a utilizar adesivos para adequar os rótulos com o selo da lupa e a tabela nutricional.

A decisão do juiz Marcelo Guerra Martins, da 13ª Vara Cível Federal de São Paulo, considera que “é preciso resistir ao lobby de agentes econômicos que tentam compensar a própria incapacidade por meio de um protecionismo estatal que prejudica a coletividade, seja em relação aos consumidores, seja em termos de retardar a prevalência, na economia, das empresas dotadas de maior agilidade, eficiência, produtividade e capacidade de adaptação.”

Para o advogado Leonardo Pillon, do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, a decisão liminar é uma resposta positiva para evitar influência política em decisões regulatórias.

Pillon também afirmou que a decisão de publicar a lupa no rótulo dos alimentos permite aos consumidores sobre o direito de realizar escolhas mais bem informadas sobre possíveis efeitos nocivos à saúde decorrentes do consumo de produtos ultraprocessados.

A Anvisa informou ao Metrópoles que ainda não foi intimada sobre a decisão judicial. Por isso, não pode se manifestar sobre o processo sem conhecer o conteúdo

O Metrópoles procurou a assessoria de imprensa da Anvisa para comentar a declaração e a decisão judicial. O espaço segue aberto.

Lupa nos rótulos
Em 2020, aprovação de uma resolução da Anvisa determinou o prazo de 3 anos para a adequação da indústria alimentícia às novas regras de rotulagem, com a inclusão do selo de uma lupa e da nova tabela de informação nutricional.

A maioria dos alimentos e bebidas processados e ultraprocessados devem apresentar o selo da lupa na parte da frente, com o aviso “alto em” açúcar adicionado, gordura saturada e/ou sódio.

Os produtos devem apresentar também a nova tabela nutricional, incluindo a informação de nutrientes por 100 ml ou 100 gr, para que a comparação entre produtos seja mais fácil para o consumidor.

Prorrogação do prazo
A regra já estaria valendo para a maioria dos produtos alimentícios; apenas pequenos produtores e bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis teriam mais tempo.

Porém, no fim do prazo de adequação, em outubro do ano passado, a Anvisa emitiu uma nova resolução permitindo que as indústrias esgotassem o estoque de rótulos e embalagens ainda não atualizadas às novas regras, até outubro deste ano.

As informações são do Metrópoles.

 

Justiça impede tributação de benefício fiscal

Em Minas Gerais, o juiz federal Flavio Bittencourt de Souza entende que a nova legislação criou “severas condicionantes”

A Justiça Federal de Minas Gerais afastou a tributação de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre benefícios fiscais de ICMS. A liminar, umas das primeiras concedidas no Estado, é do juiz federal Flavio Bittencourt de Souza, da 1ª Vara Federal com Juizado Especial Federal (JEF) Adjunto de Sete Lagoas, em favor de uma fabricante de tecidos.

A companhia, beneficiária de crédito presumido de ICMS, alega no pedido que o tributo estadual não deve compor a base de cálculo dos impostos federais por ofensa ao pacto federativo, direito resguardado pela Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN). O valor da causa é de R$ 2 milhões.

A tributação passou a ser obrigatória para todos os tipos de incentivos com a Medida Provisória (MP) nº 1.185/2023, editada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e convertida na Lei nº 14.789/2023. Ela revogou o artigo 30 da Lei nº 12.973/2014, que instituía requisitos para as empresas não terem os benefícios tributados, como constituir uma reserva de lucros.

Segundo tributaristas, no caso do crédito presumido, a jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é pela não tributação. Em dois julgamentos (REsp 1.517.492 e Tema 1182), os ministros entenderam que as empresas que têm crédito presumido não precisam seguir os requisitos do artigo 30 da legislação anterior. Essa benesse, no entanto, não se aplica a outros tipos de benefícios fiscais - para estes, é preciso seguir os requisitos.

Desde janeiro, com revogação do dispositivo, o governo federal igualou os tipos de benefícios e passou a tributar todos eles. Advogados defendem, porém, que os julgados do STJ são forte precedente para afastar a tributação do crédito presumido, mesmo com a nova legislação. Várias liminares têm sido concedidas para empresas não terem os benefícios de ICMS tributados pela União.

Em Minas Gerais, o juiz federal Flavio Bittencourt de Souza entende que a nova legislação do Ministério da Fazenda criou “severas condicionantes para a apropriação limitada de crédito de IRPJ” e impacta “sobremaneira o equilíbrio financeiro da empresa e colocando em risco o próprio escopo do incentivo estadual”.

“Se o fundamento em baila nos coloca no campo da não incidência tributária, carece razão à Fazenda Nacional ao instituir crédito ou qualquer outra desoneração de IRPJ e CSLL sobre os créditos presumidos de ICMS, eis que não havendo competência tributária, limitada que foi pelo pacto federativo, não há tributo e sem tributo não há favor fiscal”, diz (processo nº 6000273-38.2024.4.06.3812).

A empresa entrou com a ação dias após a publicação da Lei 14.789/2023, afirma a advogada Maysa Pittondo Deligne, sócia do escritório CPMG Advocacia, que atua no caso. Segundo ela, a empresa seguia as orientações o artigo 30 da lei anterior, que foi revogado. “Comprovamos que a mitigação do benefício fiscal poderia prejudicar o equilíbrio financeiro da empresa, com mais de 50% do crédito sendo tributado pela União”, diz.

A tributarista, que foi conselheira do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), alega que a nova lei além de tributar, restringe o aproveitamento do crédito.

“Não tivemos mais a possibilidade de dedução da base de cálculo de IRPJ e CSLL e o valor do crédito ficou limitado, de acordo com a forma do cálculo da lei e do procedimento de habilitação prévia junto à Receita Federal.”

Ela ainda ingressou, para a mesma empresa, com outro mandado de segurança para discutir a suspensão do PIS e da Cofins, por “estratégia processual”, já que o tema será julgado em repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a Procuradoria-Geral Fazenda Nacional (PGFN) afirma que vai recorrer da decisão. Para o órgão, a nova regra “não padece de qualquer vício de inconstitucionalidade e decorre de uma reformulação da política fiscal federal para atender a preceitos constitucionais, financeiros e orçamentários, reforçando a transparência e responsabilidade fiscal na concessão de benefício fiscal, sem erodir a base fiscal e as receitas tributárias repartidas entre União, Estados e municípios”.

De acordo com o advogado Marcos Ortiz, sócio do Madrona Fialho Advogados, o crédito presumido é diferente dos outros tipos de benefícios porque consiste em uma “renúncia definitiva” do Estado em arrecadar o imposto. Nos outros tipos de benefício, como diferimento, redução de alíquota ou base de cálculo, a desoneração é compensada na etapa seguinte da cadeia. Por isso, tributar o crédito presumido seria ferir o pacto federativo. “A União toma para si uma parte da receita da qual o Estado abriu mão para impulsionar a economia e a geração de empregos”, diz.

Na visão da advogada Bruna Marrara, sócia do Machado Meyer, a essência dos julgados do STJ não é afetada pela nova lei. “Os argumentos que fundamentam a decisão do STJ, principalmente em relação ao crédito presumido, são de ordem constitucional que não foram alterados por essa nova legislação. Continuam válidos. Por isso os tribunais têm dado liminares contra a Lei nº 14.789", afirma. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

La Niña em 2024: tudo o que sabemos sobre a chegada do fenômeno
Com o El Niño cada vez mais fraco, as condições climáticas indicam que o tempo caminha para uma situação de neutralidade no Pacífico, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento dos fenômenos, que é ligado ao governo dos Estados Unidos. A possibilidade de a transição de El Niño para neutralidade acontecer entre abril e junho de 2024 é de 79%, informa o boletim mais atualizado da NOAA. Em paralelo, há 55% de chance do La Niña se estabelecer entre junho e agosto deste ano. O fenômeno La Niña se caracteriza pela queda de mais de 0,5°C na temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico. Quando o fenômeno está ativo, o volume de chuvas costuma diminuir no Sul do Brasil - causando estiagem em muitos casos - e aumentar nas regiões Norte e Nordeste do país. No Sudeste e no Centro-Oeste, não há uma correlação tão clara, mas aumentam as chances de ocorrência de períodos frios e chuvosos. Caso o fenômeno se confirme, a primeira coisa que o La Niña pode causar é o atraso no início do período úmido na região central do Brasil, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Nottus. Porém, diferentemente do El Niño, quando essa chuva chegar, ela deve cobrir uma área maior, e não apenas pontual, com chuvas fortes apenas em pontos específicos. As invernadas no centro do Brasil também ganham força. Isso significa dias consecutivos de chuva persistente, abrangente e volumosa, além de haver pouca incidência de luz solar, o que pode prejudicar as plantas que precisam de luminosidade. Esse quadro favorece o surgimento de doenças fúngicas e atrapalha os trabalhos de campo e a logística da safra nas estradas. A região Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, pode sofrer com a volta das secas. No entanto, o momento não é para alarmismo, afirma Willians Bini, chefe de comunicação da Climatempo. Os especialistas destacam que os efeitos do La Niña nunca são percebidos com muita força no primeiro ano de ocorrência do fenômeno. “Mesmo que o La Niña seja de forte intensidade, os efeitos não são instantâneos. Isso porque a atmosfera tem um 'delay' a partir do momento em que o fenômeno se estabelece”, explica Brandt, da Nottus. O último La Niña ficou ativo entre 2020 e 2023. Em alguns meses de 2021, ele atingiu categoria de nível moderado e causou secas históricas em lavouras de milho e soja no Sul do país. Segundo especialistas, o quadro pode se repetir caso o fenômeno se mantenha até 2025. As perspectivas são melhores também na região Norte, que em 2023 enfrentou uma seca histórica e sem seu período de cheia. Segundo Desirée, o verão vai se encerrar com os níveis dos rios ainda baixos, mas a tendência é que a normalidade das chuvas volte à região com o fim do El Niño. As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 

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Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.086


Uruguai: exportações de lácteos caem em relação ao ano anterior

As exportações de produtos lácteos caíram 7% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, principalmente como resultado de uma queda nas vendas de leite em pó integral e desnatado, bem como de manteiga.

O Instituto Nacional do Leite (INALE) publicou o relatório sobre as exportações de lácteos para o mês de janeiro, que explica que a queda no volume de negócios está estritamente relacionada à queda nos preços.

No total, em janeiro, foram exportados US$ 82,3 milhões FOB -free on board-, totalizando uma queda de 7%. Detalhando cada produto, as exportações de leite em pó integral foram de US$ 53 milhões, apesar da queda de 7%; as exportações de leite em pó desnatado caíram em 3%, para US$ 4,5 milhões; as exportações de manteiga foram de US$ 5,9 milhões após uma queda acentuada de até 34%; enquanto o queijo foi o único produto com um faturamento maior, cerca de US$ 12,5 milhões após um aumento de 18% em relação ao ano anterior.

Em relação ao ano anterior, o preço do leite em pó integral subiu 1%, para US$ 3.333 por tonelada; o leite em pó desnatado caiu 6%, para US$ 2.963 por tonelada; o queijo, 1%, para US$ 4.943 por tonelada; e a manteiga subiu 5%, para US$ 4.803 por tonelada.

Volumes exportados cresceram

Os embarques de leite em pó integral totalizaram 15.890 toneladas (aumento de 5%); os embarques de leite em pó desnatado aumentaram 23%, para 1.517 toneladas; os embarques de queijo aumentaram 21%, para 2.519 toneladas; enquanto os embarques de manteiga caíram 27%, para 1.228 toneladas.

Entre os principais destinos dos produtos lácteos uruguaios, o Brasil foi responsável por 50% dos embarques totais, seguido em segundo lugar pela Argélia, com 15%, e o México completa o pódio com 4%.

Mais uma vez, o principal comprador de leite em pó e queijo foi o Brasil, enquanto o principal importador de manteiga foi mais uma vez a Rússia.

As informações são do Ámbito, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


RECONHECIMENTO | LATICINIOS BELA VISTA CONQUISTA SELO MAIS INTEGRIDADE AMARELO

Os Laticínios Bela Vista - Piracanjuba dão garantias das práticas de integridade, ética, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental.

Práticas de integridade, ética, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental… esses temas são mais do que assuntos ideológicos, são práticas diárias do Laticínios Bela Vista.

Como forma de reconhecimento a essas iniciativas, a empresa conquistou em 2022, pela primeira vez, o Selo Mais Integridade, cor verde, concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Um ano depois, com a validação das ações e reenvio dos documentos comprobatórios, a autenticidade do selo foi renovada e agora, temos nova classificação: empresa com Selo Mais Integridade, na cor amarela, que significa um nível avançado em relação ao verde.

Receber o Selo Mais Integridade Amarelo representa um reconhecimento de trabalho contínuo do Laticínios Bela Vista, que concentra esforços para adotar políticas de governança e gestão eficientes, sempre com você, colaborador, caminhando junto. “O Selo Mais Integridade faz a diferença para conquistarmos ainda mais confiança junto aos consumidores, entidades parceiras, instituições públicas e financeiras e mercados internacionais”, destaca o gerente de Auditoria Interna e Compliance, Adriano Ferrer Pinto.

Nos próximos anos, o Laticínios Bela Vista quer trabalhar em prol da manutenção do Selo Mais Integridade, já que, apenas as empresas que adotam práticas sérias e contínuas de governança permanecem com a concessão do Mapa.

As informações são da Piracanjuba via Edairy News

EUA – Demanda fraca e aumento da concorrência limitou as exportações de lácteos em 2023 

Exportações/EUA – Demanda em queda, junto com o aumento da concorrência da União Europeia (UE) e Nova Zelândia fizeram com que as exportações de produtos lácteos dos Estados Unidos da América (EUA) declinassem 7% em equivalentes sólidos de leite (MSE) em 2023. Os fatores  que complicaram o crescimento das exportações de lácteos estadunidenses foram consistentes durante a maior parte do ano: inflação elevada, crescimento econômico decepcionante em importantes mercados de exportação (particularmente a China), redução da demanda de soro de leite pela China diante do estrangulamento da suinocultura, aumento da produção de leite na UE e Nova Zelândia, e redução das compras de leite em pó integral (WMP) pela China, fazendo com que a Nova Zelândia alterasse o mix de produtos, redirecionando as exportações para os principais mercados dos EUA.

As exportações dos EUA terminaram o ano em US$ 8,11 bilhões, em valor, o segundo maior da série histórica, mas 16% abaixo do recorde de 2022. O recuo foi registrado tanto em volume como em valor.

Apenas duas grandes categorias tiveram crescimento em 2023: Proteína Concentrada (WPC80+) e Lactose. Em todo o ano, o volume de WPC80+ saltou 18% (+11.619 toneladas) em comparação com 2022, atingindo o recorde de 75.848 toneladas.

Impulsionada pelos ganhos no primeiro trimestre, os embarques de Lactose subiram 5% (+20.890 toneladas) para chegarem ao recorde de 471.918 toneladas no ano. Fonte: USDEC – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Mudanças climáticas: efeitos e soluções para a produção de leite
As mudanças climáticas têm impactos significativos na produção de leite. O setor leiteiro é sensível às variações climáticas devido à influência direta sobre os fatores que afetam a produção de alimentos para os animais, as condições de conforto térmico e a saúde dos rebanhos. Variações nas condições de pastagem, estresse térmico, disponibilidade de água, impacto na saúde animal e flutuações nos preços dos insumos são alguns dos pontos impactados pelo clima. Para lidar com esses desafios, os produtores de leite estão adotando práticas sustentáveis, investindo em infraestrutura para melhorar o conforto térmico dos animais, explorando alternativas de alimentação mais resilientes e implementando estratégias de gestão adaptativa.  Além dessas medidas, que são essenciais para garantir a resiliência do setor leiteiro diante das mudanças climáticas, estar atento ao que pode surgir para mitigar os efeitos do clima é essencial. Diante desse cenário desafiador, o Interleite Sul 2024 vai abordar, no segundo painel do evento, o tema “Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções”, trazendo especialistas no assunto.  Não perca a oportunidade de participar e estar por dentro das últimas novidades e tendências do setor leiteiro que serão ferramenta para moldar o futuro da sua produção. Garanta sua vaga agora mesmo! Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. (Milkpoint)


 
 

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Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.085


Chile – Foi inaugurado o primeiro Museu interativo do leite

Museu interativo do leite – No dia 7 de fevereiro o Parque Saval de Valdívia abriu suas portas para o primeiro Museu interativo do Leite no Chile, que mostrará por dentro a produção de leite no Chile e no mundo, desde sua origem até a atualidade.

O lugar terá acesso gratuito e em seu interior apresentará uma sala especialmente habilitada com monitores, esquemas didáticos e uma vitrine com objetos históricos.

A ideia surgiu dentro da Associação dos Produtores de Leite da Região de Los Ríos (Aproval), como parte do projeto apresentado ao Município de Valdivia em 2017, com o objetivo de construir dependências administrativas da associação no interior do Parque Saval.

“Esta proposta incluía a incorporação de um museu do leite aberto à comunidade, explica José Luis Delgado, gerente da Aproval. Mas essa ideia de um museu tradicional com artefatos antigos que coletamos entre nossos associados foi mudando até um espaço de exposição que oferecesse uma proposta mais interativa e com uma abordagem mais pedagógica para que o visitante pudesse conhecer como se produz o leite, como é processado e qual sua contribuição para uma nutrição sustentável”.

A mostra também incorpora dados estatísticos relevantes, como a importância setorial de Los Ríos que produz 1 de cada 3 litros de leite do Chile e a participação regional na produção nacional de queijo que chega a 59%.

Através de um sistema de painéis móveis é possível conhecer a presença do leite em diferentes culturas como na antiga Mesopotâmia, Egito e Roma, bem como é possível conhecer a origem da lenda da Via Láctea e o porquê de sua representação celeste.

Depois é realizado um zoom para a história da produção de leite nacional e regional, desde a chegada das primeiras vacas com os conquistadores espanhóis em 1560, até a criação do Consorcio Lechero, passando pela Lei de Pasteurização do Leite, a fundação de Colun ou a criação do “leite Purita”.

A presidenta da Aproval, Paulina Carrasco, enfatiza que o museu estará aberto ao público em geral, e espera desenvolver um trabalho especialmente focado para estudantes através de visitas guiadas. “Atrás deste projeto existe um interesse especial de difundir como se produz um dos alimentos mais importantes de nossa alimentação. Como produtores de leite temos a responsabilidade e nos interessa compartilhar este apaixonante mundo com a comunidade”.

O presidente do Consorcio Lechero, Sergio Niklitschek, parabenizou o associado Aproval pela iniciativa inovadora de criar o Museu do Leite em Valdívia, para ressaltar a importância cultural e econômica da indústria de laticínios. “O museu não somente preserva a história, mas também educa sobre os benefícios nutricionais do leite e leva um pedacinho do campo para a cidade, para mostrar aos visitantes locais e turistas, o processo de produção de leite e seu impacto na comunidade”.

O museu está localizado na Avenida Miguel Aguero S/N, Ilha Teja, no interior do Parque Saval. O horário será de segunda a sexta de 9 às 15:30 horas.

Fonte: DiarioLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br


O microbioma: a próxima grande fronteira no melhoramento do gado

A produção de carne bovina e leite fez enormes progressos, melhorando a saúde e a produtividade do gado através da genética, nutrição, práticas de manejo, imunizações e medicamentos. Agora, os investigadores estão se concentrando em outra área potencial de oportunidades: o microbioma, e como este pode ser influenciado mesmo antes do nascimento.

Qual é o microbioma? É uma coleção de pequenos organismos – como bactérias, fungos, vírus e seus genes – que vivem juntos num sistema corporal. Na produção de gado, tendemos a nos concentrar muito no microbioma ruminal, porque sabemos o quão importantes esses micróbios ruminais são para promover uma digestão eficiente e saudável que subsequentemente impacta o desempenho animal tanto no gado de corte quanto no de leite.

Mas pesquisadores da Universidade Estadual de Dakota do Norte (NDSA) estão explorando como os microbiomas de outros sistemas corporais também podem influenciar o desempenho do gado. Cada sistema do corpo físico possui um microbioma, e os pesquisadores da NDSU observam que a microbiota dos tratos respiratório, gastrointestinal e reprodutivo há muito é reconhecida como importante para a saúde e a produtividade do gado.

Mais recentemente, os investigadores notaram que a microbiota do fígado, dos cascos e dos olhos também tem uma influência significativa na saúde do gado. Coletivamente, os microbiomas afetam o metabolismo, a função imunológica, a fertilidade e a utilização de nutrientes no gado.

Os investigadores da NDSU observam que os microbiomas em bovinos adultos – particularmente nos sistemas respiratório e ruminal bovino – tendem a ser muito resistentes, o que significa que reverterão à sua composição original após o término de uma intervenção. Isto é uma vantagem quando a intervenção é negativa, mas não tanto quando a intervenção se destina a alterar o microbioma de uma forma benéfica. Se essa intervenção positiva for interrompida, os seus efeitos geralmente não duram a longo prazo.

Uma abordagem mais eficaz, então, poderia ser alterar os microbiomas do gado a um nível fundamental. A pesquisa mais recente indica que a colonização microbiana em bezerros ocorre muito mais cedo do que se pensava originalmente e começa no útero.

Com base nessa premissa, os investigadores da NDSU estão a explorar formas de influenciar os microbiomas fetais através da nutrição das mães. Num estudo recente, publicado na revista Frontiers in Microbiology , eles examinaram se um suplemento vitamínico e mineral (VTM) fornecido a mães grávidas influenciava os microbiomas dos cascos, fígado, pulmões, cavidades nasais, olhos, vaginas e rúmen de seus descendentes.     

Em comparação com os bezerros de mães controle que não receberam o suplemento de VTM, foram observadas diferenças perceptíveis na microbiota ruminal, vaginal e ocular dos bezerros de mães suplementadas.

A equipe da NDSU está nos estágios iniciais de um novo estudo que analisa a composição da ração das mães – especificamente, as proporções de concentrados versus forragem – para determinar se as variações entre os dois afetam os microbiomas de seus descendentes.

Os pesquisadores veem o potencial na melhoria do microbioma pré-natal como um meio natural de influenciar positivamente a resistência a doenças, a reprodução, a eficiência alimentar e o impacto ambiental da produção de carne bovina e leiteira. Entre os resultados potenciais poderia estar o menor uso de antibióticos; fertilidade melhorada e eficiência reprodutiva; menores custos de alimentação; e redução das emissões de metano. (Dairy Herd)

Informativo Conjuntural - nº 1802 – 15 fev. 2024 

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas recentes afetaram o bem-estar e a produção dos animais. 

Em Dom Pedrito, os produtores com boa estrutura de potreiros e práticas de pastejo rotativo conseguem manter volumes significativos de leite, recebendo bonificações por qualidade. 

Em Candiota, o bom desenvolvimento de campos nativos e das pastagens de verão contribui para a nutrição das matrizes, apesar de quedas de luz causarem transtornos. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite produzido foi positivamente influenciada pelo tempo firme. Não houve acúmulo de barro em corredores ou áreas de espera, facilitando o processo de ordenha. As contagens de células somáticas e a contagem padrão em placas do leite produzido permaneceram dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

Na de Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e a limpeza dos equipamentos mostram indicadores satisfatórios tanto em quantidade quanto em qualidade. 

Na de Ijuí, em razão da menor oferta de forragem nas pastagens de verão, houve queda na produção de leite, especialmente nas propriedades de sistema a pasto. 

Na de Pelotas, as infestações de carrapato e mosca aumentaram por causa do calor, sendo necessários tratamentos preventivos. 

Na de Santa Maria, o rebanho de gado leiteiro está em boa condição nutricional em virtude da disponibilidade de pasto, e são previstas melhorias em razão das recentes chuvas. 

Na de Santa Rosa, começa a haver limitação da oferta de forragem nas pastagens de verão, agravada pela baixa precipitação pluviométrica persistente. Os produtores mantêm os tratamentos contra ectoparasitas em função da proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato nos rebanhos. 

Na de Soledade, o crescimento e rebrote de pastagens têm diminuído como consequência da restrição hídrica, aumentando a necessidade de suplementação com silagens ou fenos para manutenção do escore corporal. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão é de pouca chuva e temperaturas amenas para os próximos dias
Nos próximos dias, as temperaturas estarão mais amenas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 07/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (16/2) e sábado (17/2), o ingresso de ar mais quente úmido favorecerá o aumento da nebulosidade e da temperatura, o que deverá provocar pancadas de chuva, típicas de verão, na maior parte das áreas do Estado. No domingo (18/2), o tempo firme predominará na maioria das regiões; somente nos setores Norte e Nordeste deverão ocorrer chuvas isoladas. Entre segunda (19/2) e quarta-feira (21/2), o predomínio de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e maior amplitude térmica, com valores mais baixos no período noturno e temperaturas próximas de 30°C durante o dia. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na Fronteira Oeste e na Campanha. No restante do Estado os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


 
 

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Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.084


Sooro Renner anuncia novo CEO

Empresa líder nacional na produção de proteínas derivadas do soro de leite anunciou Eduardo Serra Ferreira como novo CEO.

A Sooro Renner, é reconhecida pela inovação em produtos como Soro em Pó, Whey Protein Concentrado, Isolado, Microparticulado e Permeado, anunciou recentemente a nomeação de Eduardo Serra Ferreira para a posição de CEO. Esta mudança de liderança marca o início de uma nova era, sucedendo ao Sr. William da Silva - acionista fundador e figura emblemática no crescimento e sucesso da organização.

Eduardo Serra Ferreira dará continuidade aos trabalhos

Engenheiro Químico com formação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e especialização em Engenharia de Alimentos, Eduardo Serra Ferreira traz consigo mais de duas décadas de experiência no setor. Antes de ser nomeado CEO, atuou como Diretor de Operações, sendo uma peça-chave no crescimento e na evolução da empresa. Com uma carreira destacada por desafios e inovações, Eduardo tem sido um protagonista na escalada da indústria no mercado de lácteos, especialmente na produção de Whey Protein e seus derivados.

O Sr. Wiliam da Silva deixa um legado de sucesso
Sob a liderança do Sr. William da Silva, a Sooro Renner expandiu significativamente sua capacidade produtiva e consolidou sua posição como líder no mercado brasileiro de soro de leite. A cultura empresarial forjada por ele, centrada no respeito às pessoas, na inovação e no compromisso com resultados de excelência, permanece como um legado valioso. Agora, dedicando-se ao Conselho Administrativo, ele continuará a influenciar a direção estratégica da organização.

Novas mudanças também foram anunciadas
Além da transição na liderança,  Sooro Renner anunciou outras mudanças significativas em sua estrutura de gestão. Claudio Hausen de Souza, anteriormente Diretor Comercial e de Marketing, assume o cargo de Vice-presidente Comercial e de Marketing. Arysson de Souza Pires, ex-Gerente de Planta, agora ocupa a posição de Diretor de Operações.

Nova fase marca os 23 anos da empresa
Em um momento em que a organização celebra 23 anos de existência, estas mudanças estratégicas são vistas como fundamentais para impulsionar ainda mais o crescimento e a inovação da marca. O novo CEO, Eduardo Serra Ferreira, enfatiza a importância de manter a cultura de inovação da organização, buscando aprimorar processos e explorar novas oportunidades no mercado.

Assim, com essas transformações, a organização se prepara para uma nova fase de conquistas e realizações, mantendo-se fiel aos seus valores e à missão de oferecer nutrição que gera resultados. Este momento de transição é também uma oportunidade para agradecer ao Sr. William da Silva por sua dedicação e liderança exemplar, desejando sucesso ao novo CEO e à equipe diretiva nessa nova jornada. (Sooro Renner)


'Sem clareza': marcas de bebidas à base de plantas da Índia se afastam dos termos convencionais de laticínios

As marcas de bebidas à base de plantas na Índia continuam a evitar a utilização de termos convencionais de produtos lácteos nos rótulos dos seus produtos até que os reguladores emitam maior clareza sobre o que é permitido.

Em 2020 e 2021, a Autoridade de Padrões e Segurança Alimentar da Índia (FSSAI) anunciou a proibição do uso de termos lácteos convencionais, como “leite” e “queijo” para produtos à base de plantas. Também instruiu os fabricantes de produtos vegetais a modificar os rótulos de todos esses produtos e as plataformas de comércio eletrônico para retirá-los também.

Esta ordem foi suspensa com sucesso pelo Tribunal Superior de Delhi no final de 2021, depois que cinco empresas entraram em ação. Apesar disso, a incerteza da indústria permanece até hoje.

“A proibição ainda é essencialmente uma moção em audiência no tribunal neste momento”, disse Rohit Jain, cofundador e CEO da Drums Food International, que foi uma das cinco empresas que contribuíram para a suspensão da proibição inicial, ao FoodNavigator . -Ásia . “No momento ainda não há total clareza sobre essas regulamentações por parte dos reguladores, e adotamos a postura de que respeitamos a decisão. “Portanto, até que haja clareza, permaneceremos em conformidade com o pedido inicial e pararemos de usar o termo ‘leite’ para nossos produtos de aveia e amêndoa – passamos a usar outros termos, como ‘bebida’. Na verdade, 'bebida' foi uma das sugestões feitas pela FSSAI quando a proibição foi emitida, destacando-a como uma nomenclatura que era 'indicativa da verdadeira natureza do análogo lácteo'. A Drums Food International não é a única empresa a fazer esta mudança – muitas empresas de bebida à base de plantas no país, incluindo empresas estabelecidas e novas start-ups.

A start-up Alt Co, que possui uma ampla gama de produtos à base de plantas, também optou por fazer algo semelhante. Ela usa o termo 'Mlk' ou 'Drink' nos rótulos dos produtos, mas ainda se refere a eles como Alt Milk, Soy Milk ou Almond Milk em seu site. Uma recente vitória da marca de leite vegetal Oatly, no Reino Unido, contra a entidade comercial Dairy UK, após quatro anos, permitindo-lhe continuar a usar a palavra “leite” nos rótulos e marketing dos seus produtos, tem sido uma rara centelha de esperança para a fábrica. indústria baseada.

O caso foi aberto pela Dairy UK contra o uso de 'leite' no slogan 'Post Milk Generation' da Oatly, que está impresso em suas embalagens - mas foi decidido que isso foi usado como parte de um slogan e não como uma real descrição dos produtos. Os produtos vegetais do Reino Unido também estão proibidos de usar termos lácteos convencionais em seus rótulos. (Dairy Herd)

Bezerro resistente ao BVDV criado por meio de edição genética

A aplicação da edição genética em bovinos abriu outra fronteira: a resistência à diarreia viral bovina (BVDV).

Pesquisas anteriores de edição genética produziram bezerros sem chifres que não necessitam de descorna, e bezerros com pelagem de cor mais clara que são mais tolerantes ao estresse térmico. Agora, pesquisadores do USDA, em cooperação com a Universidade de Nebraska, concluíram um extenso estudo que produziu um bezerro que provou ter suscetibilidade reduzida ao BVDV.

O vírus BVD continua sendo uma das doenças bovinas mais desafiadoras do mundo. Afeta a saúde animal de várias maneiras porque pode prejudicar o trato gastrointestinal, o sistema respiratório e as funções reprodutivas. Também pode ser um flagelo silencioso, porque os animais persistentemente infectados (PI) podem transmiti-lo silenciosamente aos companheiros de rebanho, ao mesmo tempo que parecem perfeitamente saudáveis.

O BVDV também é um vírus astuto. As vacinas contra ele estão disponíveis há décadas, mas a sua “extensa diversidade antigênica nas estirpes de BVDV circulantes no campo representa um desafio para tornar estas vacinas amplamente protectoras”, de acordo com investigadores do USDA.

Neste projeto, os pesquisadores usaram a tecnologia de edição genética CRISPR/Cas9 para substituir 6 aminoácidos no gene CD46. O gene CD46 bovino é a visão dentro da célula à qual o vírus BVD se clava e ganha entrada para infectar e replicar em um novo animal hospedeiro.

Embriões clonados de gado Gir foram utilizados no experimento. (Gir é uma raça Zebu e uma das raças de gado mais proeminentes na Índia). As células editadas foram transferidas para alguns dos embriões, enquanto a outra metade permaneceu sem edição e serviu como controle “do tipo selvagem”. Oito de cada tipo de embrião foram implantados em vacas receptoras.

Das gestações resultantes, um feto editado e um feto não editado foram colhidos aos 100 dias para avaliar a resistência ao BVDV de células de vários sistemas corporais. No final das contas, uma gravidez a termo resultou de um embrião editado, e o bezerro nasceu por cesariana aos 285 dias de gestação.

Como nenhum nascimento vivo resultou de embriões não editados, o bezerro editado foi associado logo após o nascimento com um bezerro Holandês recém-nascido de um rebanho leiteiro comercial. 

Ambos os bezerros foram avaliados quanto à suscetibilidade ao BVDV em nível celular através de amostras de tecido e sangue. O par de bezerros também foi exposto diretamente ao BVDV de um bezerro PI vivo que foi alojado no mesmo quarto que eles por 7 dias quando o par de estudo tinha 10 meses de idade.

Entre os resultados do estudo:

Células do rim, pulmão, intestino delgado, esôfago, fígado e células cardíacas do feto editado mostraram suscetibilidade significativamente menor ao BVDV em laboratório, em comparação com o feto não editado.

As amostras de tecido vivo mostraram que o bezerro editado teve uma redução significativa na suscetibilidade ao BVDV nos três tipos de células testados – fibroblastos da pele, linfócitos e monócitos – em comparação com o bezerro controle não editado.

Quando expostos ao vírus BVD através do bezerro PI vivo, ambos os bezerros do estudo tiveram febre, mas o bezerro editado não apresentou os sintomas adicionais apresentados pelo bezerro de controle, que incluíam tosse, rinite, vermelhidão e irritação ao redor das narinas. A viremia do BVDV foi detectada no sangue de ambos os animais, mas durou 28 dias no bezerro controle e apenas 3 dias no bezerro editado, que também apresentou um nível significativamente menor de carga total de infecção.

Aos 20 meses de idade, o bezerro editado estava saudável e próspero, e não apresentava edições genéticas “fora do alvo” (não intencionais) como resultado da edição no alvo.

No geral, o estudo mostrou que a medida de edição genética não tornou o bezerro totalmente imune ao BVDV, mas melhorou significativamente a capacidade do bezerro de resistir ao desafio viral. A aplicação comercial de tal tecnologia ainda não evoluiu, pois este é o primeiro estudo de “prova de conceito” que avalia a prática da edição genética para desenvolver resistência ao BVDV.  

Mas os investigadores salientaram que a capacidade de ajudar o gado a resistir ao BVDV tem implicações potencialmente de longo alcance. A saúde e o bem-estar dos animais poderiam ser melhorados e as perdas de produção minimizadas. Além disso, o procedimento poderia reduzir o uso de antibióticos na produção animal porque o BVDV muitas vezes leva a infecções secundárias que requerem terapia antibiótica.

O estudo também é o primeiro a comprovar a capacidade da edição genética de reduzir o impacto de uma doença viral em geral. À medida que mais trabalho for realizado, o procedimento poderá ser potencialmente replicado para minimizar também outras doenças virais.  (Dairy Herd)


Jogo Rápido

Produtores americanos visitam a CCGL
A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) recebeu a visita de 37 produtores americanos, todos formados na Kansas State University. Sob a mediação da empresa Agro Connection, os produtores foram recepcionados pela direção e gerência da cooperativa. Durante a visita, os participantes foram conduzidos por uma apresentação institucional, seguida de uma visita à indústria de lácteos e ao campo experimental da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), onde puderam conhecer todas as áreas de pesquisa e acompanharam uma apresentação prática, ministrada pelos pesquisadores. A visita, intermediada por Carlos Bonini Pires, pós-doutor na Kansas State University, e o engenheiro agrônomo Alexandre Tonon Rosa, que atua na Bayer em Nebraska, foi composta por um grupo de pessoas dedicadas à agricultura. Bonini explicou que este grupo é constituído principalmente por produtores e pecuaristas do Kansas, com alguns representantes produtores de amêndoas da Califórnia.Um dos visitantes, Kent Ott, produtor do Kansas, expressou sua admiração pela estrutura da CCGL, destacando a modernidade da indústria de lácteos. "Fiquei muito impressionado com o cuidado, com a higiene e a automação na indústria de lácteos. No campo, a oportunidade de visualizar os estudos de forma prática, especialmente com uma trincheira para uma visão detalhada do solo, foi extremamente atrativa", comentou Ott. A visita faz parte de uma viagem que inclui outros roteiros e começou no último dia 5. Os visitantes estão imersos em uma série de experiências, desde a observação das culturas de café, laranja e flores até visitas a fazendas e empresas em várias regiões do Brasil. No RS, a CCGL esteve entre os locais escolhidos para a visita do grupo. No total, serão 14 dias de itinerário. (Jornal da manhã)