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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.183


Indústria do leite está representada nas novas diretorias da Fiergs e Ciergs

Na noite desta quinta-feira (18/07), o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella, assumiu como diretor da nova comissão que irá presidir a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Alexandre Guerra, atual primeiro vice-presidente do sindicato, será um dos vice-presidentes do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs). A presidência caberá a Claudio Affonso Amoretti Bier, no período de 2024 a 2027, tanto da Fiergs quanto do Ciergs.

Representando o setor industrial leiteiro, Portella indica que a tarefa no grupo será atuar para a promoção do desenvolvimento do Estado no período pós-tragédia climática. “O nosso setor do leite é presente em 493 municípios do Rio Grande do Sul. Nossa experiência e capilaridade certamente ajudarão no desenvolvimento de estratégias de impacto para consolidar um novo ciclo de crescimento que assegure a manutenção do setor industrial, em todos seus segmentos, com seus empregos e geração de renda. Apenas assim nosso estado poderá se recuperar logo, evitando maiores perdas nos negócios e na arrecadação de impostos, que garantem novos investimentos em infraestrutura, educação e desenvolvimento”, assinala o presidente do Sindilat.

Com experiência em gestões anteriores, Guerra lembra que Fiergs e Ciergs sempre atuaram na defesa dos interesses dos setores industriais gaúchos e o momento exige que este protagonismo se acentue. “Na diretoria anterior, coordenei o Conagro no qual o Sindilat também atua, e abrimos diversas frentes de trabalho que precisamos continuar. São projetos ligados à irrigação, à logística com Ferroeste, além do Observatório das Indústrias, com a coleta de dados para planejamento e tomada de decisões. Os desafios são enormes. Com muito trabalho, ao lado do presidente Bier e da nova diretoria, queremos mais uma vez demonstrar a força e a importância das entidades no desenvolvimento das nossas indústrias e do nosso Estado”, aponta. (Assessoria Imprensa Sindilat/Crédito: Dani Barcelos)

 

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1824 de 18 de julho de 2024 
BOVINOCULTURA DE LEITE 

Os produtores de leite enfrentam dificuldades na oferta de pastagens em função do frio intenso das últimas semanas, aumentando a dependência de suplementação com rações, silagens e fenos. Os estoques de volumosos estão sendo intensamente consumidos, o que pode causar desabastecimento em algumas propriedades durante o inverno. O manejo dos animais em sistemas a pasto enfrenta dificuldades devido ao excesso de formação de barro. O grande volume de chuvas e de barro nos corredores e áreas de espera da ordenha aumentou a sujidade nos úberes, prejudicando a qualidade do leite e elevando os casos de mastite. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os preços do leite estão em patamares satisfatórios, incentivando o uso intenso de concentrados. Na de Caxias do Sul, o estado corporal das matrizes se manteve estável em razão da suplementação com forragem conservada, como pré-secados, silagem de milho e cereais de inverno. Na de Erechim, o rebanho leiteiro mantém boa condição nutricional, embora os produtores estejam intensificando o uso de concentrados e volumosos conservados para sustentar a produtividade, o que aumenta os custos de produção. Na de Ijuí, a produção segue estável, e houve redução de volume nas propriedades de sistema a pasto em decorrência da baixa produção das forrageiras. Já nos sistemas confinados, o volume de produção aumentou. Na de Passo Fundo, os animais mantêm adequado estado nutricional em virtude da suplementação alimentar adotada pelos produtores, porém os estoques de silagem e pré-secados estão reduzidos. Na de Porto Alegre, em Eldorado do Sul, foi relatado o retorno do funcionamento de linhas de leite, que haviam sido atingidas pela enchente. 

Na de Pelotas, as estradas ainda apresentam problemas de trafegabilidade, afetando a coleta de leite, mas não há registros de interrupção na coleta da produção. As águas permanecem altas nas propriedades ao redor do Canal de São Gonçalo e da Lagoa dos Patos. Na de Santa Maria, a pressão intensa sobre as áreas disponíveis tem levado ao sobrepastejo, comprometendo ainda mais a qualidade do pasto para o futuro próximo. Na de Santa Rosa, os produtores relataram uma considerável redução nas infestações de ectoparasitas e nas patologias parasitárias. Além disso, a qualidade do leite está adequada devido às boas condições corporais das vacas. Já na de Soledade, o período chuvoso e úmido tem favorecido o surgimento de mastites, especialmente em função do excesso de umidade nas pastagens e nas proximidades das instalações. (Fonte: Emater/RS-Ascar, adaptado pelo Sindilat/RS) 

PREVISÃO METEOROLÓGICA - 18 a 24 de Julho

A previsão para os próximos quatro dias indica nebulosidade e temperatura amenas para o RS.

Na quinta-feira (18/07), o estado estará sob a influência do setor oeste da Alta Subtropical do Atlântico Sul, localizada no sudoeste do Oceano Atlântico até o momento, mantendo o tempo estável em todas as regiões, com possibilidade de aumento da nebulosidade na Região Sul. Ao longo do dia, as temperaturas devem elevar-se gradativamente devido à ação do Jato de Baixos Níveis, que trará ar quente e úmido da Amazônia, mantendo as tardes mais amenas. Na sexta-feira (19/07), há formação de um cavado em altos níveis, juntamente com a aproximação de uma frente fria em superfície. Esta frente deslocar-se-á em direção ao oceano, aumentando a nebulosidade e possibilitando a formação de nevoeiros do tipo pré-frontal. A maior nebulosidade poderá abrir espaço para possibilidade de chuvas isoladas na faixa compreendida entre as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste no final da tarde. As temperaturas seguirão em elevação gradual ao longo do dia. 

No sábado (20/07), a amplificação do cavado em altos níveis seguida pelo desenvolvimento de um vórtice ciclônico a oeste da Cordilheira dos Andes manterá o mesmo padrão de tempo do dia anterior, com temperaturas em elevação em todo o estado e novamente presença de nebulosidade, principalmente nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Região Central e parte da Região Metropolitana. No domingo (21/07), a configuração atmosférica em altos níveis persistirá, mantendo a nebulosidade sobre as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Em superfície, o deslocamento do anticiclone migratório pós-frontal, ao afastar-se do RS em direção ao oceano, juntamente com a atuação dos Jatos de Baixos Níveis, promoverá a elevação das temperaturas e umidade até o final do dia.

A tendência para o início da semana no RS é de precipitação no Sul e aumento de temperaturas. Na segunda-feira (22/07), haverá um enfraquecimento do cavado em altos níveis seguido por escoamento divergente. Em baixos níveis, o Jato de Baixos Níveis voltará a atuar sobre o estado, trazendo ar quente e úmido da Amazônia, o que pode levar ao aumento das temperaturas. Na terça-feira (23/07) este padrão atmosférico deve se repetir. Na quarta-feira (24/07), a conjunção de fatores em baixos, médios e altos níveis atmosféricos contribuirão para formação de instabilidades no Sul do estado, possibilitando chuvas de intensidade fraca na região.

Os prognósticos não indicam chuvas para o estado para os próximos sete dias, com exceção de áreas isoladas no Sul. (SEAPI/EMATER)


Jogo Rápido

MP vai anistiar quem perdeu tudo
A Medida Provisória a ser editada pelo governo federal para enfrentar o endividamento de produtores rurais gaúchos atingidos por extremidades climáticas deverá prever o perdão de até 100% dos débitos para aqueles empreendedores que perderam tudo em maio. Em outros casos, haverá desconto proporcional ao prejuízo sofrido. O anúncio foi feito pelos ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ontem, depois de reunião com representantes do setor primário do Estado, na Secretaria da Reconstrução, em Porto Alegre. De acordo com Fávaro, o texto será publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de julho. “Será uma MP com tratamento diferente aos diferentes, inclusive com a possibilidade de zerar as dívidas daqueles que foram bastante afetados”, afirmou. Teixeira, por sua vez, destacou a criação de um fundo garantidor para as operações de crédito no valor de R$ 600 milhões, em MP publicada também ontem no DOU. O ministro afirmou que os recursos são suficientes para dar respaldo a um total de R$ 3 bilhões em financiamentos pelo Pronamp e o Pronaf. (Correio do Povo)


 
 
 
 
 

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1824 de 18 de julho de 2024  | PREVISÃO METEOROLÓGICA - 18 a 24 de Julho  |  MP vai anistiar quem perdeu tudo

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Porto Alegre, 18 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.182


Mais leite, menos fazendas

Tanto os Estados Unidos quanto o Brasil vivenciam transformações significativas no setor leiteiro, marcadas por um aumento na produção e concentração da atividade em médio e grandes produtores. Compreender as tendências em cada país nos ajuda a entender para onde caminha o futuro do setor lácteo global.Produção de leite nos EUA: número de vacas estável e aumento na produção
O Censo Agrícola do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas do USDA revelou dados relevantes sobre a produção de leite nos Estados Unidos, evidenciando duas tendências principais: aumento na produção e concentração em grandes operações.

A produção de leite nos EUA cresceu 11,8 bilhões de litros entre 2013 e 2023, com um número relativamente estável de vacas. Esse crescimento não foi uniforme em todo o país, 16 dos 24 principais estados produtores registraram aumento em sua produção, enquanto 8 estados, incluindo Califórnia, Flórida e Illinois, apresentaram queda. Texas, Wisconsin e Idaho lideraram o crescimento.

*Gráfico em milhões de libras (1 libra de leite equivale a aproximadamente 0,473 litros de leite). Fonte: Farm Journal’s State of the Dairy Industry report. Imagem traduzida.

“Por uma ampla margem, o maior crescimento ocorreu no Texas, produzindo mais 3,3 bilhões de litros de leite de 195.000 vacas a mais do que há 10 anos”, disse Lucas Fuess, analista sênior de laticínios do Rabobank. 

O tamanho das fazendas também sofreu uma mudança notável. De acordo com Fuess, as operações com menos de 500 vacas representam 80% das fazendas leiteiras do país. No entanto, a maioria das vacas está em fazendas com 1.000 animais ou mais. 


Fonte: Farm Journal’s State of the Dairy Industry report. Imagem traduzida.

Para Lucas Fuess, a tendência futura do leite nos EUA é a concentração do rebanho em grandes fazendas. “No futuro, é provável que mais vacas se mudem para fazendas maiores, que são capazes de produzir leite a um custo menor em comparação com operações menores. O crescimento no número de fazendas maiores persistirá, mas as fazendas menores continuarão existindo em números consideráveis, especialmente aquelas que praticam a agricultura diversificada e aquelas que mantiveram baixos níveis de endividamento.” 

Como se comportou a produção no Brasil nesse período?
Para entender as transformações na base produtiva brasileira, em 2023 a MilkPoint Ventures realizou uma pesquisa inédita, que amostrou quase 1/3 do leite inspecionado no Brasil (32,3% do leite formal), a partir de 41 laticínios, sendo 17 cooperativas e 24 não cooperativas. 

Em conjunto, as empresas amostradas processam 21,1 milhões de litros/dia a partir de 48.432 produtores, com média de 437 litros/dia. Em 2013, a média havia sido de 246 litros/dia, evidenciando um expressivo crescimento de 77% no período.

Fonte: Relatório Quem Produz o Leite Brasileiro 2023.

Analisando as 17 empresas que participaram dos levantamentos de 2013 e 2023, os números são também significativos para explicar as mudanças (Figura 4). Estas empresas aumentaram a captação em 36% com uma queda de 19% no número de fornecedores.


Fonte: Relatório Quem Produz o Leite Brasileiro 2023.

Segundo o relatório “Quem produz o leite brasileiro”, os 4,8% de produtores, cuja produção é superior a 2.000 litros/dia, produzem hoje quase a metade do leite – 46,3%. Já os produtores abaixo de 200 litros perfazem 60,7% do total de produtores, mas respondem por apenas 11,3% do leite.


Fonte: Relatório Quem Produz o Leite Brasileiro 2023.

O Brasil, assim como os EUA, passa por uma transformação considerável na produção de leite. Ambas as produções seguem em trajetória de crescimento, impulsionada pela eficiência. A concentração em grandes fazendas é uma tendência marcante, enquanto a viabilidade de pequenos produtores depende da busca por diferenciação, agregação de valor e adoção de novas tecnologias.

Políticas públicas setoriais devem envolver enfoques distintos dependendo do público-alvo: para produtores de menor porte, acesso a crédito, assistência técnica qualificada e acesso ao mercado (incluindo oportunidades para a diferenciação do produto), visando oferecer possibilidades de inserção nessa nova realidade. Para grandes explorações, são necessários incentivos para a instalação de novos projetos, bem como mostrar que a produção em escala com eficiência pode ser um bom negócio. Para ambos os públicos, a criação de ferramentas que permitam maior previsibilidade de receitas e despesas é oportuna, melhorando o ambiente de negócios no setor. (Por Maria Luíza Terra/Milkpoint)

 

Governo quer estimular aumento da produção de leite

O governo federal quer estimular o aumento da produção de leite proveniente de pequenos produtores rurais. Fortalecer a bacia leiteira é uma das “engrenagens” do Plano Safra 2024/25 da agricultura familiar, conta o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

“Tem dois produtos da cesta básica que teremos uma atenção especial para estimular a produção que são o arroz e o leite. A bacia leiteira foi muito atacada quando foi aberta a importação de leite”, disse Teixeira a jornalistas, em referência à retirada do imposto sobre leite importado durante o governo Bolsonaro.

“Arroz e leite são produtos que o Brasil não precisa importar e podem até ser exportados em seus derivados”, acrescentou.

O ministro destacou que o governo adotou, desde o ano passado, uma série de medidas de socorro aos produtores e para frear as importações elevadas de leite e derivados, como o aumento da tarifa externa comum sobre produto importado de países de fora do Mercosul e linhas específicas de renegociação de dívidas e financiamento. De acordo com dados do governo, o valor gasto com importação de leite em pó caiu 19,3% no primeiro semestre deste ano ante igual período do ano passado e recuou 8,9% em volume na mesma base comparativa.

“A importação diminuiu muito. Estamos revertendo isso e fortalecendo a cadeia leiteira”, apontou.

Na ponta de estimular o aumento da produção, o Executivo lançou linhas de crédito específicas voltadas ao investimento na bacia leiteira com juros de 3% ao ano para financiamentos em genética animal, recuperação de pastos, aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras dentro da política de crédito oficial.

“A ideia é prover melhoria genética e aumento do rebanho para o pequeno produtor ter maior produtividade”, disse Teixeira.

Há duas linhas específicas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) voltadas à produção de alimentos dentro do Plano Safra da agricultura familiar, que se estende até 30 de junho do ano que vem, com recursos subsidiados e juros de 3% ao ano para operações de custeio para produção convencional e de 2% ao ano para produção agroecológica. “São juros negativos do ponto de vista financeiro com forte subsídio do governo”, apontou Teixeira.

Outra área prioritária no Plano Safra 2024/25 da agricultura familiar será o microcrédito por meio do Pronaf B, voltado ao financiamento de famílias agricultoras com renda de até R$ 50 mil por ano. A ampliação do limite de crédito para as famílias passou de R$ 10 mil para R$ 12 mil e, para as mulheres, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, com a criação de um limite independente para jovens rurais de R$ 8 mil.

“É um programa que roda muito bem no Nordeste com Fundo Constitucional e inclui os produtores mais pobres no crédito e na assistência técnica. Agora, junto com as instituições financeiras, vemos a extensão para o Norte e Centro-Oeste”, apontou o ministro. Na safra passada, as operações do microcrédito cresceram 34% para 879 mil contratos e 94% em volume de recursos, para R$ 5,94 bilhões, .

Segundo Teixeira, as garantias utilizadas nos Fundos Constitucionais do Norte e Centro-Oeste foram equiparadas às do Nordeste e a metodologia utilizada pelos agentes financeiros foi compartilhada com bancos regionais do Norte e Centro-Oeste.

“Testaremos isso em todo o Brasil. Onde não tem fundo constitucional, lançamos fundo de aval para produtor e cooperativa tomar empréstimo quando não tem mais garantia. Agora, há fundo garantidor para os financiamentos do Pronaf em todo o País, com o Fundo Garantidor de Operações (FGO), o Fundo de Amparo às Micros e Pequenas Empresas do Sebrae (para cooperativas) e o Fundo Garantidor para Investimentos com o BNDES (FGI/BNDES para cooperativas)”, observou.

De acordo com o ministro, os fundos de aval lançados pela pasta com BNDES e Sebrae já estão disponíveis. “Quanto ao FGO, pedimos validação da Câmara dos Deputados por meio de projeto de lei para uso do FGO no Pronaf”, pontuou sobre a inclusão dos agricultores familiares do Pronaf e suas cooperativas no rol de beneficiários do FGO.

De acordo com o ministro, outro pilar do Plano Safra familiar é nacionalizar o acesso ao crédito aos pequenos produtores. Atualmente, 3 milhões de agricultores familiares estão habilitados a acessar os programas governamentais registrados em Cadastros Nacionais da Agricultura Familiar (CAFs) ou Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs).

“O Plano Safra 2024/25 para agricultura familiar em sua totalidade tem mais recursos, juros menores e mais degraus para o produtor acessar o financiamento, com garantia que o recurso vai chegar a todos”, pontuou. O Plano Safra 2024/25 da agricultura familiar tem R$ 76 bilhões em recursos para financiamento de pequenos produtores. (Estadão Conteúdo)

 
IPVDF retoma recebimento de amostras em Eldorado do Sul a partir da próxima segunda-feira (22/07)

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal (IPVDF) retoma, na próxima segunda-feira (22/07), o recebimento de amostras para diagnósticos em sua sede, em Eldorado do Sul.

Fortemente atingido pelas enchentes de maio, o IPVDF passou por um processo de higienização para que o Setor de Protocolo, que faz o recebimento das amostras, pudesse voltar a funcionar em seu local.

O instituto está recebendo amostras para diagnóstico de raiva, epididimite, brucelose bovina, biocarrapaticidograma, parasitológico de fezes, certificação de granjas (GRSC) e histopatológico (somente em formol).

Endereço para entrega de amostras: IPVDF - Estrada do Conde, 6000, Sans Souci, Eldorado do Sul. CEP 92990-000

As amostras enviadas até a Rodoviária de Porto Alegre são coletadas às terças e quintas-feiras, no final da manhã, mediante aviso ao Setor de Protocolo do IPVDF. 

Para mais informações: (51) 98683-4297 (WhatsApp) ou protocolo-ipvdf@agricultura.rs.gov.br. (SEAPI)


Jogo Rápido

Sindilat: produtor atento às variações de preço dos lácteos
Os produtores de leite no Brasil enfrentam incertezas com os preços em baixa e as importações. Na análise do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, a recuperação da cadeia produtiva vai depender da melhoria nos custos de produção. CLIQUE AQUI e assista a entrevista (AgroMais)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.181


Resumo das Perspectivas Agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033

A 20ª Edição das Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033, foi publicada no dia 02 de julho de 2024, trazendo uma análise da evolução do setor agropecuário mundial dos últimos tempos e as previsões para os próximos dez anos. 

O trabalho, realizado há 20 anos, é o resultado da colaboração entre a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com a ajuda de especialistas dos seus países membros e de organizações internacionais especializadas. Ele constitui uma referência para o planejamento de ações públicas, e é particularmente útil num contexto marcado pelas consequências da recente pandemia de Covid-19, pelo aumento das tensões geopolíticas e pelo agravamento dos efeitos das alterações climáticas.

Resumo da 20ª Edição das Perspectivas Agrícolas da OCDE e FAO 2024-2033
- As economias emergentes exerceram uma influência cada vez mais determinante sobre a evolução dos mercados internacionais de produtos agrícolas, pesca e aquícolas no decorrer dos últimos vinte anos e deverão continuar tendo influência ainda na próxima década.

Os países de renda baixa e média aumentaram o consumo de produtos agrícolas, e também a sua produção, graças ao progresso tecnológico, inovação e aumento da exploração de seus recursos naturais. As mudanças resultantes na geografia da produção e consumo agrícola tiveram um impacto na estrutura do comércio internacional.

- A China não terá o mesmo vigor no comércio mundial de alimentos e de produtos agrícolas, enquanto que a Índia e o Sudeste da Ásia deverão adquirir maior influência em decorrência do crescimento de suas populações urbanas e elevação do nível de vida.

A China depois de ter sido responsável por 28% do aumento do consumo mundial de agro alimentos, representará apenas 11% na década analisada. O declínio é atribuído à estabilização dos hábitos alimentares, menor crescimento da renda da população e o declínio populacional. Por outro lado, a Índia e os países do Sudeste Asiático serão responsáveis por 31% deste aumento até 2033.

As Perspectivas preveem que o consumo total de produtos agrícolas, pesca e aquicultura aumentará 1% ao ano no decorrer dos próximos dez anos, impulsionado, em grande parte, pelos países de renda baixa e média. O consumo global de alimentos aumentará à taxa de 1,2% ao ano, impulsionado pelo crescimento demográfico e aumento da renda. Na maioria das regiões, a utilização de culturas para alimentação animal crescerá mais rapidamente do que o consumo direto de alimentos, considerando que os produtos de origem animal ocuparão mais espaço na dieta alimentar. 

- Nos países de renda média, a ingestão de calorias deverá aumentar 7% devido ao consumo de maiores quantidades de alimentos básicos, produtos de origem animal e gorduras. Nos países de renda baixa, a ingestão de calorias aumentará 4%, o que é demasiado lento para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável Fome Zero (ODS 2).

As restrições da renda dificultam a transição para dietas mais ricas em nutrientes e proteínas, constituídas principalmente por produtos de origem animal, peixe, marisco, vegetais e frutas, o que explica porque a população depende ainda, essencialmente de alimentos básicos para o seu sustento.

Nos países de renda elevada, a alimentação reflete a preocupação crescente da interação entre dieta, saúde e sustentabilidade, como atestado pelo ligeiro recuo do consumo de gorduras e edulcorantes, bem como a modificação e estabilização da ingestão de proteínas esperada para a próxima década. 

- A intensidade das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) procedentes da agricultura mundial deverá diminuir, porque o crescimento ocorrerá através do ganho de produtividade e não com o aumento da superfície utilizada para culturas ou criação de animais, o que não impedirá que as emissões diretas do setor cresçam 5%.

A expectativa é de que nos próximos dez anos, a intensidade das emissões de carbono pela produção agrícola diminuirá em cada uma das sete regiões abrangidas nestas Perspectivas, uma vez que as emissões diretas de GEE do setor agrícola estão aumentando mais lentamente do que a produção. No entanto, apesar dessa dissociação relativa, o aumento de produção agrícola ensejará, em valor absoluto, crescimento de 5% das emissões diretas.

- A redução pela metade das perdas e desperdícios de alimentos reduziria as emissões agrícolas de GEE em 4% a nível mundial e o número de pessoas subnutridas em 153 milhões até 2030.

- O bom funcionamento dos mercados internacionais de produtos agrícolas será determinante para a segurança alimentar, na medida em que 20% das calorias são comercializadas e as populações rurais poderão melhorar os meios de subsistência com a participação nestes mercados e nas cadeias de valor globais de agro alimentos.

- Os preços internacionais de referência reais dos principais produtos agrícolas registrarão, provavelmente, um leve recuo nos próximos dez anos, recuo esse que poderá não chegar aos preços do final da cadeia e varejo local. (Fonte: OCDE – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Ministro Fávaro discute propostas para desburocratização das exportações

Visando aumentar o espaço dos produtos da agropecuária brasileira nas exportações, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Frank Rogieri, que apresentou algumas perspectivas do setor para que as exportações de madeira e grãos pelo Porto de Paranaguá possam ser mais ágeis.

O Brasil é signatário da Convenção Internacional de Proteção Vegetal da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (IPPC/FAO). Assim, país segue as recomendações internacionais por meio da ISPM-15 - Normativa Internacional de Medidas Fitossanitárias Nº 15, que estabelece uma série de procedimentos envolvendo as madeiras usadas no transporte de cargas. Uma das exigências é que elas sejam tratadas e tenham a marca IPPC visíveis no material.

Sem abrir mão dos altos padrões da Defesa Agropecuária brasileira, o ministro debateu processos que possam desburocratizar os trâmites portuários, garantindo a fiscalização necessária, mas de forma mais ágil.

“Batemos recorde de abertura de mercados para os produtos da agropecuária brasileira, já conquistamos 160 novos mercados, mas também estamos investindo em ações para que as nossas exportações sejam ainda mais eficientes e os produtos brasileiros ganhem ainda mais espaço no mundo”, destacou o ministro.

Assim, o diálogo permanente com diversos setores ajuda a identificar os processos que podem vir a ser otimizados. Após a reunião realizada nesta terça-feira (16) na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que também contou com a participação da diretora de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Graciane Castro, uma nova rodada de debates deverá ser realizada junto a representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). (MAPA)

Agricultores de Santo  ngelo participam de Curso de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica

Para que possam atender à legislação vigente e acessar benefícios e novos mercados, agricultores de Santo  ngelo têm a oportunidade de participar do Curso de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica. O primeiro módulo foi realizado na quinta-feira (11/07), junto ao Centro Municipal de Cultura, ministrado pelo contador da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Roberto Ferreira.

Operações e obrigações de emissão de nota fiscal eletrônica, bem como orientações sobre previdência social rural, e-social, livro caixa e imposto de renda, estiveram em pauta na abordagem de Ferreira. Conforme o RICMS, o produtor rural que teve faturamento superior a R$ 1 milhão em 2022, já está obrigado a emitir nota fiscal eletrônica. A obrigatoriedade também se estende a partir do dia 2 de janeiro de 2025 ao produtor com faturamento menor que R$ 1 milhão em 2022. O microprodutor rural, com faturamento até 15.000/UPF (R$ 388.645,50) em 2024, tem isenção do ICMS nas saídas dentro do Estado. “Caso o microprodutor remeta produtos para fora do Estado estará sujeito à tributação”, esclarece o contador.

O próximo encontro acontece na quinta-feira (18/07), quando os produtores conhecerão mais sobre a prática do uso do aplicativo para a emissão de nota, o APP Nota Fiscal Fácil - NFFs. No terceiro módulo, a ser realizado no dia 25/07, também serão orientados detalhes da utilização do sistema online. (Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa)


Jogo Rápido

Posse na Fiergs
O empresário Cláudio Bier (Masal) assume amanhã, às 19h, a presidência da Fiergs/Ciergs. Deixa o cargo Gilberto Porcello Petry, que honrou a cadeira durante dois mandatos. Homem de fino trato, foi incansável na defesa do empresariado gaúcho. (Jornal do Comércio)


 
 

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Porto Alegre, 16 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.180


GDT - 16/07/2024


(Fonte: GDT)

Leite: cotações de leite e derivados no BR vêm reagindo, mas menor competitividade em preço e queda de braço com as importações podem trazer incertezas no 2º semestre
  
Segundo o International Farm Compariton Network (IFCN), a oferta mundial de leite em 2024 segue com baixa de 0,4% em relação a 2023. Em que pese a redução da oferta, os preços dos derivados lácteos, desde novembro de 2022, têm se mantido baixos, especialmente com a redução das importações chinesas.

A migração da produção de regiões tradicionais para regiões emergentes é outro fenômeno que vem se consolidando na produção de leite. Segundo a FAO, em 2000 a Europa produziu 37% do leite mundial de bovinos, a Ásia 29%, as Américas 26% e a Oceania e a África 8%. Em 2021, a Europa produziu o equivalente a 26%, a América 22% e a Ásia 44%. Esse movimento tem dois vetores relevantes. Em relação à Europa, pode-se afirmar que a maturidade do mercado, aliado aos rigores das normas de produção referentes aos impactos ambientais, dentre outras restrições, tem gerado desestímulo e estagnação da produção de leite. A Ásia tem como motor de seu crescimento a expansão da população, a mudança de hábitos alimentares, a urbanização e o elevado aumento de renda das populações. Os principais países produtores de leite de bovinos são a Índia, o Paquistão e a China.

Merece destaque também a mudança da participação dos diferentes grupos no mercado mundial de alimentos. Segundo a FAO, em 2000 os produtos lácteos representavam 9% dos valores transacionados e em 2021 passaram a 8%. No mesmo período frutas e vegetais passaram de 18% para 19% e cereais e preparados de 14% para 15%. Isto pode indicar uma mudança de hábito alimentar para alimentos à base de plantas.

As projeções macroeconômicas para o Brasil apontam crescimento do PIB, manutenção da taxa Selic, redução da inflação e do desemprego para o ano corrente. Contudo, incertezas sobre as contas públicas e o aumento da dívida têm gerado expectativas de perda de dinamicidade da economia brasileira em 2025. Isto acende um alerta para o setor lácteo, na medida em que os produtos possuem elevada elasticidade de renda, que, por sua vez, depende diretamente do crescimento econômico. Além disso, nos últimos meses, têm sido observada uma elevação das cotações ao consumidor, o que pode inibir as vendas.

No Brasil há muitos desafios referentes à competitividade da cadeia produtiva de lácteos. Comparando os preços nacionais de produtos lácteos com os dos importados, verifica-se, em relação ao preço FOB, que a muçarela nacional tem spread médio de 31% e o leite em pó integral de 37%.

 Essa diferença maior dos preços nacionais, mesmo com as elevações recentes da taxa de câmbio, incentiva a continuidade do processo de importação. Essa situação se torna realmente desafiadora para os laticínios se considerarmos uma piora de suas margens nos últimos três meses. Nesse sentido, a indústria de laticínios nacional tem perdido capacidade de manter as margens dos diferentes produtos.

Na produção primária, a situação também traz desafios. Na comparação dos preços recebidos pelos produtores nacionais com os produtores no mercado mundial, verifica-se que os valores pagos aos nacionais são maiores que os de outros países. Em maio de 2024 a diferença no preço do leite spot, em Minas Gerais, para os pagos aos produtores na Argentina e no Uruguai, foi maior, em dólar/kg, em 33% e 43%, respectivamente (Figura 1). Além da competividade internacional e as questões climáticas, que tem afetado áreas importantes de produção de leite, deve-se considerar, ainda, incertezas em relação à continuidade da queda e ou manutenção dos custos de produção. Após um período de queda, o ICP/Leite da Embrapa passou por uma dinâmica lateralizada desde maio de 2023 e, recentemente, a sinalizar alta dos custos.

Em síntese, desafios se colocam para o setor lácteo, considerando, neste primeiro semestre de 2024: (1) preços ao produtor em crescimento; (2) redução das margens da indústria; (3) incentivos, via preço, ao aumento das importações; e (4) proximidade do período de safra (5) pouca maturidade da governança da cadeia produtiva para alianças estratégicas de longo prazo para enfrentar os desafios. (Fonte: Embrapa Gado de Leite)



​Despesas relacionadas às enchentes são autorizadas pelo Fundesa-RS

As contas do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS para o primeiro semestre foram aprovadas nesta segunda-feira, durante Assembleia Geral Ordinária. O saldo do Fundesa está em R$ 148,2 milhões. As despesas, relacionadas a indenizações e investimentos, nos primeiros seis meses do ano ficaram em R$ 6,7 milhões.

Em relação aos aportes no segundo trimestre, os conselheiros deliberaram sobre a aquisição de equipamentos e insumos para o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. O prédio do IPVDF, localizado em Eldorado do Sul, foi afetado pelas enchentes. “Muitos produtos como kits Elisa, utilizados para testes de enfermidades, foram perdidos”, explica o presidente do Fundo, Rogério Kerber. Reagentes e outros insumos, que precisam de refrigeração também foram perdidos em função da falta de energia elétrica. Alguns equipamentos como refrigeradores e freezers precisaram ser repostos e aparelhos de laboratório precisaram ser recalibrados. Ao todo, foram aportados mais de R$ 172 mil.

As enchentes também provocaram danos em instalações do Parque Assis Brasil, como a Inspetoria de Defesa Agropecuária de Esteio (localizada no parque) e no desembarcadouro de animais. “Por se tratarem de instalações que têm conexão com as atividades do Fundesa, foram liberados recursos para a reforma e consertos das edificações”, afirma o dirigente. A liberação da verba proporcionou o rápido andamento das obras, com término previsto para 15 de agosto, permitindo a realização da Expointer 2024.

Outro recurso aprovado durante a assembleia foram os R$ 288 mil para a reforma e revitalização da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Rosa, na região Noroeste do estado. A IDA, localizada em prédio histórico, precisa de reparos em toda a estrutura. Já para ampliação das atividades da PDSA, Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS, foram liberados R$ 156 mil. O valor foi destinado à Fundação de Apoio à Tecnologia da UFSM, através de acordo de cooperação técnico-científica, para o desenvolvimento do módulo de Emissão de Guias de Trânsito de Subprodutos, dando mais um passo à informatização de todos os processos relacionados à sanidade animal no RS.

A prestação de contas do Fundesa-RS é realizada a cada trimestre e fica disponível no site da entidade (www.fundesa.com.br). (Fonte: Fundesa)


Jogo Rápido

Exportações - Agro soma 49% dos embarques 
O setor agropecuário brasileiro respondeu por 49,2% dos embarques totais realizados pelo Brasil no primeiro semestre deste ano, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa). No período, as exportações dos produtos agropecuários alcançaram 82,39 milhões de dólares. Apesar de 0,4% inferior que no mesmo intervalo do ano passado, o saldo é o segundo maior para o período na série histórica. (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 15 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.179


A relação de troca entre o leite e o milho

Dentro da produção de leite, acompanhar o cenário do produtor pode ser desafiador em alguns momentos, seja pelas diferentes realidades da produção brasileira ou pela demora na divulgação de alguns dados oficiais.

No entanto, alguns indicadores podem nos direcionar sobre a rentabilidade no campo, entre eles estão a Receita Menos o Custo da Alimentação (RMCA), a Receita Menos o Custo com a Ração (RMCR) e as relações de troca entre os principais insumos alimentares e o leite. Nesta análise, focaremos nesse último indicador, mais precisamente sobre a relação de troca entre o leite e o milho.

Sendo o principal custo na produção de leite, os insumos alimentares influenciam fortemente no resultado financeiro do produtor de leite. Ao analisarmos a relação de troca entre o leite e o milho, observamos que o momento atual é caracterizado como um dos períodos de menor patamar neste indicador nos últimos anos, significando que estão sendo necessários menos litros de leite para comprar a mesma saca de milho, ou seja, um momento mais positivo para o produtor de leite, como mostra o gráfico abaixo.

Fonte: CEPEA. Elaborado por MilkPoint Mercado

O resultado desse indicador ocorre em um período em que o preço do leite apresenta altas, em decorrência do período sazonal de menor oferta do leite, somado ao preço do milho em baixos patamares, diante do aumento na oferta interna e externa do grão.

Vale ressaltar que com o fim do período de entressafra do leite, os preços recebidos pelo produtor devem apresentar recuos, fazendo com que essa relação de troca volte a aumentar. No entanto, 2024 deve se manter como um ano de melhor poder de compra para o leite, sem expectativas de expressivos aumentos nos preços praticados para o grão neste segundo semestre do ano. (Heloísa Vasconcelos/Milkpoint)


Começa a recuperação da produção de leite na América do Sul

Agricultores de algumas áreas da América do Sul relatam, felizmente, que a produção de leite vem ganhando força. Como foi mencionado em vários relatórios recentes, os desafios climáticos estão, no mínimo, pesando sobre os países do continente. 

O outono foi mais quente do que o previsto, com fortes chuvas e inundações em muitas das principais regiões de produção de leite. Os meses de inverno deverão ter condições climáticas mais neutras, mas existe grande variação sobre a quantidade de leite disponível de um lugar a outro, e de uma região a outra, dentro de um mesmo país.

Além dos desafios meteorológicos, as flutuações políticas e socioeconômicas são questões recorrentemente preocupantes para os mercados de laticínios da região. A Argentina, onde a produção de leite foi impactada pelas condições climáticas difíceis, saiu de uma seca histórica, mais recentemente enfrenta inundações e taxas de inflação que levam os consumidores a comprar produtos lácteos de menor valor.

Os negociantes e os relatórios regionais sugerem que a demanda dos clientes internacionais por produtos lácteos argentinos se mantém estável ou às vezes mais elevada, no decorrer dos últimos meses. O Brasil continua sendo o principal parceiro comercial da região. Fonte: Usda – Tradução livre: Terra Viva  

 
É caro produzir leite?

A atividade leiteira demanda diversos investimentos iniciais; tirando o valor da terra, é preciso arcar pelo menos com o investimento em compra de equipamentos e de animais, que a depender do tamanho da propriedade, podem significar um grande aporte financeiro. 

Quando comparamos a produção de leite com outras atividades agropecuárias, como cultura de grãos (tais como milho e soja), observamos um aporte financeiro inicial muito maior no leite do que nas demais atividades, além dos reinvestimentos na produção que podem ocorrer em outros momentos e o próprio custo da atividade. Para exemplificar, segundo dados estimados pela Embrapa, o custo operacional da produção do milho verde no Centro-Oeste se manteve em torno de R$ 4.900/hectare nos últimos anos, enquanto para o leite, o custo operacional de produção girou entre R$ 8.000 e R$ 33.000/hectare/ano, variando de acordo com o tamanho da produção, segundo os últimos dados divulgados pelo Epagri-SC. 

Apesar da boa rentabilidade do produtor de leite quando bem manejada sua produção, não é excluída a necessidade de financiamentos e custeio na realidade da produção de leite. 

No entanto, hoje, como funcionam esses financiamentos na cadeia do leite? Quais opções os produtores de leite e as indústrias lácteas possuem quando o assunto é aumentar seu aporte financeiro?  

Para discutir essas dúvidas e apresentar novas maneiras de como o setor vem lidando com esse cenário, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado contará com a presença de Danilo Rezende, da Fazenda Céu Azul, Craig Bell, Diretor da Fazenda Leite Verde/Leitíssimo, e Ananias Jayme, Diretor de Commodities da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ) e Diretor Comercial da Citale, em uma exclusiva mesa redonda com o tema “Principais demandas de financiamento do leite brasileiro e como fazer este sistema acontecer?”. 

O evento acontecerá no dia 13 de agosto, de forma presencial em Goiânia ou de forma online, de onde estiver. Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Para se inscrever, acesse: https://register.jalanlive.com/forummercado2024?ticket=cpDn. (Fonte: Milkpoint)


Jogo Rápido

Evento em Ijuí celebra o Dia do Produtor de Leite 
A Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí organizou, na manhã de sexta-feira, 12 de julho, uma celebração em homenagem ao Dia do Produtor de Leite. O evento, iniciado com um café colonial, reuniu pesquisadores, autoridades, empresários e produtores rurais de Ijuí e região. CLIQUE AQUI e acompanhe a cobertura do Jornal do Almoço.(Fonte: Unijuí e Jornal do Almoço, adaptado pelo Sindilat)


 

 

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Porto Alegre, 12 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.178


Como ficou o texto da regulamentação da Reforma Tributária após aprovação na Câmara?

Aprovada em 20 de dezembro de 2023, a Emenda Constitucional Nº 132 (EC Nº 132) instituiu a Reforma Tributária Nacional trazendo novos contornos ao Sistema Tributário do nosso país. Porém, para que ela seja implementada de forma efetiva, o Governo agora precisa aprovar legislações específicas, que já estão em discussão no Congresso Nacional, e, também, regulamentar a operacionalização e fiscalização tributária, a serem publicadas pela Receita Federal do Brasil.O principal objetivo da Reforma Tributária é a simplificação do atual modelo de tributação existente em nosso país. A EC Nº 132 trouxe a extinção do PIS, COFINS, ICMS, ISS, IOF-seguro e do IPI (este passará a incidir apenas sobre os produtos que concorrem com os produzidos na Zona Franca de Manaus). Já no tocante ao IPVA, IPTU, ITCMD e COSIP ocorreu apenas a alteração de algumas de suas regras, além da criação de três novos tributos: IS (Imposto Seletivo), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços) que juntos formam o que ficou conhecido como IVA (Imposto sobre o Valor Agregado). Abaixo um resumo de como ficou esse sistema:Tendo como parâmetro tal moldura, compete ao Congresso Nacional a discussão e votação das medidas que regulamentam a Reforma Tributária, para, a partir de então serem publicadas tais medidas através de Leis Complementares.

No último dia 10/07/2024, a Câmara dos Deputados votou e aprovou a proposta da Lei Geral de IBS, CBS e Imposto Seletivo. A partir de agora, o texto segue para votação no Senado Federal, onde ainda poderá sofrer novas modificações. A expectativa é de que todo o processo seja concluído ainda este ano. A nova legislação entrará em vigor em etapas, entre 2025 e 2033. Abaixo trouxemos os principais pontos do texto aprovado na Câmara dos Deputados, que ainda pode ser modificado no Senado, e que impactam a cadeia do leite:

Cesta Básica

Ficam reduzidas a zero as alíquotas do IBS e da CBS incidentes sobre as vendas de produtos destinados à alimentação humana relacionados no Anexo I do projeto, o qual especifica as respectivas classificações da NCM/SH, que compõem a Cesta Básica Nacional de Alimentos, criada nos termos do art. 8º da EC Nº 132. Dentre os produtos elencados neste anexo estão: manteiga, margarina, leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica.

A cesta básica estendida, terá redução de 60% das alíquotas de IBS e CBS, tendo sido elencados (após grande debate especialmente no que se refere à carne bovina) entre os produtos:

- Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto Foies gras), carne caprina e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos;

- Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos;

- Queijos tipo mozarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino.

Produtor rural

O produtor rural pessoa física ou jurídica que auferir receita inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no ano-calendário e o produtor rural integrado não serão considerados contribuintes do IBS e da CBS. No entanto, o texto prevê que o produtor rural ou o produtor rural integrado poderá optar, a qualquer tempo, por se inscrever como contribuinte do IBS e da CBS no regime regular.

O produtor rural que tenha auferido receita igual ou superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no ano-calendário anterior àquele da entrada em vigor desta Lei Complementar será considerado contribuinte a partir do início da produção de efeitos desta Lei Complementar, independentemente de qualquer providência.

Prestadores de serviço da cadeia láctea

Ficam reduzidas em 30% (trinta por cento) as alíquotas do IBS e da CBS incidentes sobre engenheiros e agrônomos, técnicos industriais e técnicos agrícolas, desde que o serviço seja prestado por pessoa física ou por pessoa jurídica e cumpridos os requisitos previstos na lei.

Produtos e Insumos Agropecuários

Precisamos acompanhar de perto as mudanças que estão por vir no texto do projeto. As normativas provenientes da reforma tributária são de fundamental importância para as empresas nacionais, podendo impactar significativamente na viabilidade e competitividade de diversos negócios. A inclusão de queijos e outros produtos lácteos deve ser comemorada, representando um grande passo para o setor lácteo.

As organizações devem estar preparadas para acompanhar e se adaptar às mudanças promovidas, revisando suas estratégias fiscais, processos operacionais e estrutura de custos para garantir que permaneçam lucrativas e em conformidade com a nova legislação tributária. (Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1823 de 11 de julho de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A maioria das áreas cultivadas ainda não está em condições de pastoreio. Contudo, a redução das chuvas diminuiu a umidade do solo, favorecendo o trânsito, o bem-estar e a sanidade dos rebanhos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens de inverno estão aumentando, permitindo que os animais permaneçam nos piquetes por mais tempo. 

Em São Gabriel e Manoel Viana, ainda estão sendo utilizadas forrageiras perenes, mas os produtores relatam queima das folhas altas devido às geadas intensas, que tem exigido compensar com silagem de milho e ração. 

Na de Caxias do Sul, o estado geral do rebanho e as condições corporais estão adequados, sem restrição alimentar. 

Na de Erechim, a redução das chuvas facilitou o manejo dos animais, reduzindo os riscos de lesões e mastites. Os rebanhos estão retornando às pastagens anuais de inverno e recebendo suplementos energéticos, como silagem de verão, feno e pré-secados. 

Na de Frederico Westphalen, as geadas recentes prejudicaram as pastagens perenes de verão. A produção de leite mantém ração e silagem como base para a alimentação. Estima-se redução de 20% na produção de leite, nos próximos dois meses, de produtores que usam pasto com suplementação. 

Na de Ijuí, apesar da baixa oferta de pastagens, a produção de leite continua aumentando devido ao incremento do número de animais em lactação. A umidade elevada aumenta a necessidade de rigorosa higienização para a ordenha, além de contribuir para maior incidência de doenças nos cascos e de infecções nos úberes e tetos dos animais. 

Na de Passo Fundo, a maioria dos rebanhos está em bom estado nutricional e sanitário, apesar das condições adversas de pastagem e oferta de volumosos. 

Na de Porto Alegre, em Cristal, alguns produtores  investiram em melhorias na estrutura de manejo, como na instalação de sala de alimentação e no planejamento de fossos para a coleta de dejetos e sua utilização na fertilização das lavouras, com investimento em tanques de distribuição. Também houve interesse no uso de inseminação com Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), especialmente em matrizes onde não se identifica cio. 

Na de Pelotas, há ainda relatos de problemas de trafegabilidade nas estradas, que afetam a coleta de leite, mas sem interrupção na coleta. 

Na de Santa Maria, os bovinos estão enfrentando déficit nutricional em função do vazio forrageiro no início do inverno, reduzindo a produtividade e o escore corporal. Alguns produtores recorrem ao pastoreio em restevas de soja ou a pastagens em estabelecimento, mas os animais ainda não estão suprindo suas necessidades nutricionais. 

Na de Santa Rosa, algumas áreas seguem com acúmulo de barro, exigindo cuidados extras, como a higiene de ordenha para prevenir mastites e contaminações. Houve uma redução significativa nas infestações de ectoparasitas e patologias parasitárias. (EMATER/RS adaptada pelo SINDILAT/RS)

Previsão meteorológica de 12 a 17/07/2024

A previsão para os próximos dias no Rio Grande do Sul (RS) indica o retorno das chuvas na maioria das regiões durante o fim de semana, seguido de tempo estável.

Na sexta-feira (12/07), o padrão de tempo estável se repetirá com o deslocamento do anticiclone migratório sobre o RS. Durante a madrugada, há uma pequena possibilidade de precipitação invernal, como grânulos de gelo, chuva congelada ou neve, em pontos isolados e mais altos da Serra do Sudeste (Pinheiro Machado, Canguçu, Caçapava do Sul), devido a temperaturas próximas a valores negativos associadas à umidade. Nas demais regiões, a ocorrência de geada deve se concretizar, principalmente nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Durante o dia, as temperaturas seguirão a tendência de queda.

No sábado (13/07), um cavado em altos níveis atmosféricos atuará sobre o nordeste da Argentina, próximo à divisa com o RS, provocando instabilidade e precipitações de intensidade moderada na metade norte do Estado, principalmente nas regiões do Planalto Médio e Central, Norte e parte da Região dos Vales. A nebulosidade deve aumentar em todas as regiões, diminuindo o risco de geadas. Durante o dia, as temperaturas serão mais amenas.

No domingo (14/07), a precipitação abrangerá todo o RS, podendo ser observadas chuvas de intensidade elevada na Região Sul, próximo às cidades da Costa Doce, como São Lourenço do Sul e Pelotas. As temperaturas seguirão mais amenas durante o dia, em relação aos dias mais frios da semana.

A tendência para os próximos três dias no RS é de tempo estável. Na segunda-feira (15/07), o sistema de altos níveis se deslocará em direção ao Oceano Atlântico, provocando precipitação leve sobre a Região Metropolitana e Litoral Norte. Nas demais regiões, o tempo estável retornará gradativamente por influência do anticiclone migratório, com temperaturas mais amenas ao longo do dia.

Na terça-feira (16/07) e na quarta-feira (17/07), a tendência de tempo estável em todo o RS se concretizará, com temperaturas mais amenas entre as manhãs e tardes e nebulosidade sobre a Região Sul.

Para os próximos sete dias, os prognósticos indicam chuvas de volume mais intenso para o Norte, Nordeste e Litoral do RS, com volumes acumulados de até 100 mm. As regiões da Serra, dos Vales, Metropolitana, Campanha, Central, Noroeste e partes da região Sul podem esperar chuvas moderadas, entre 30 e 50 mm. Menores volumes de chuva (até 20 mm) ou ausência de precipitações são esperados na Fronteira Oeste e extremo Sul do RS. (SEAPI/EMATER)


Jogo Rápido

Evento na Unijuí marca o Dia do Produtor de Leite
Aconteceu na manhã desta sexta-feira, 12 de julho de 2024, um evento promovido pela Vice-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí em homenagem ao Dia do Produtor de Leite. A atividade, realizada no Centro de Eventos da universidade, contou com a parceria de órgãos públicos, entidades e empresas, e teve como principal objetivo avaliar e projetar o cenário da cadeia produtiva de leite para os próximos anos. O SINDILAT, entidade apoiadora do evento, foi representado pelo secretário executivo Darlan Palharini. O evento iniciou às 8h com um café colonial, seguido pela abertura oficial às 9h com a presença de autoridades. Às 9h20, foi realizado um painel sobre a cadeia do leite, discutindo a "Situação atual da cadeia produtiva de leite e proposições para qualificação". O painel contou com a participação da professora Denize da Rosa, médica veterinária, e de Sula Viecili Zardin, produtora e engenheira agrônoma. Às 11h, houve a entrega das premiações aos produtores de leite de Ijuí, e às 11h30, o encontro de técnicos e egressos da Unijuí que atuam na bovinocultura de leite. Para assistir ao evento na íntegra, clique no link do YouTube aqui. (SINDILAT/RS com informações da UNIJUI)

 

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Porto Alegre, 11 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.177


Câmara aprova regulamentação da reforma tributária e inclui carnes, queijo e sal na cesta básica

Texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções; proposta vai para Senado

Quase sete meses após a promulgação da emenda constitucional da reforma tributária, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (10) o principal projeto de lei de regulamentação do novo sistema de impostos sobre o consumo. Na reta final da votação, os parlamentares decidiram incluir no texto a previsão de que carnes, queijo e sal entrem na lista da cesta básica desonerada, após um destaque apresentado pela oposição.A inclusão da carne era considerado um dos pontos mais polêmicos da proposta e, apesar de ser defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dividia o governo pela possibilidade do aumento da alíquota geral. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vinha se posicionando contra a medida e, nos bastidores, afirmou que a iniciativa representaria “uma loucura”.Nos últimos meses, integrantes da equipe econômica têm alertado que zerar o imposto sobre as carnes elevaria a alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Nesse sentido, os deputados também aprovaram um dispositivo para garantir que alíquota do novo tributo fique em, no máximo, 26,5%, valor de referênci calculado pela equipe econômica considerand o texto original.

A inclusão da carne na cesta básica ocorreu quando deputados votavam os destaques, propostas de mudanças do texto principal. Antes, o texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções. Somente o Novo, o PL, a Minoria e a oposição orientaram suas bancadas a votar contra ao projeto de lei. Após a conclusão da votação na Câmara.

Durante a votação do destaque sobre as carnes, diante da expectativa de aprovação, o relator do texto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), foi à tribuna para defender a medida.

“Quero pedir a todos os nossos líderes que possamos juntos fazer de maneira simbólica essa grande votação do Parlamento, que sabe e reconhece que é fundamental colocar a carne no prato dos brasileiros”, acrescentou em seguida. A fala de Lopes foi seguida de aplausos efusivos em plenário.

Antes do início da votação, Lira destacou o fato de que a versão final do projeto não agradaria a todos, mas defendeu que houve debate suficiente para tratar da matéria.

“Quero ressaltar que ninguém, em um tema como esse, agrada a todo mundo. É muito difícil. Mas a Câmara dos Deputados não pode, independente do resultado, sair arranhada com fala de parlamentares dizendo que não houve debate, discussão, tempo de amadurecimento, diálogo”, discursou o parlamentar. (Valor Econômico)


Alternativas de transporte para a Expointer são discutidas

A organização da 47ª Expointer debate alternativas para o transporte do público para a feira que acontece de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil (PEEAB), em Esteio. Com algumas estações da Trensurb sem operação desde maio por motivo da calamidade pública instalada no RS, a possibilidade de criação de uma linha de ônibus direta de Porto Alegre para a Expointer foi aventada pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).

A reunião, nesta quarta-feira (10/7), contou com a participação do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, do presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, e do diretor superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe.

O secretário Kuhn destacou a importância da feira e de sua realização para a retomada econômica do Estado, após a catástrofe climática, e mencionou a necessidade de “reforçarmos o transporte durante o período da feira, tendo em vista a quantidade de público que se desloca até a Expointer, muitos vindos da Capital e de cidades da região Metropolitana. Queremos construir alternativas conjuntas para atender melhor as pessoas”.

Atualmente a Trensurb está operando as linhas de Novo Hamburgo até a estação Canoas com intervalos entre trens de 18 minutos. A meta da empresa, segundo o presidente, é retomar a operação até a estação Farrapos, em Porto Alegre, até o dia 20 de setembro, período posterior à feira. Como solução emergencial, Fagundes destacou que a Trensurb está fazendo a contratação de ônibus que vão atender os passageiros, a partir do próximo sábado (13/7), fazendo a integração da estação Mathias Velho até o centro da Capital, e vice-versa, sem custo adicional para os usuários do metrô . “A Expointer é nosso maior evento, nosso período de maior arrecadação, mas no momento, em razão das subestações de energia não estarem todas em operação, não conseguimos diminuir o intervalo das viagens, que hoje é de 18 minutos. Vamos contratar ônibus enquanto não estivermos em operação plena, para completar a viagem no trecho entre Mathias Velho e Centro de Porto Alegre e não penalizar os usuários”, destacou.

A Trensurb garante o atendimento para a Expointer dentro da situação de emergência e com incremento de ônibus, se necessário, para o período da feira.

O diretor superintendente da Metroplan, Hörbe, salientou durante a reunião a possibilidade de criação de uma linha de ônibus reforço para atender especificamente a Expointer, saindo de Porto Alegre e indo direto para o Parque Assis Brasil. Uma nova reunião será marcada entre a Seapi e a Metroplan para discutir as necessidades e detalhes técnicos. (SEAPI)

Comitiva gaúcha reforça demandas do Rio Grande do Sul no Congresso Nacional

Agendas foram realizadas com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

Uma comitiva gaúcha liderada pelo vice-governador Gabriel Souza reforçou, em Brasília, a pauta de reivindicações do Rio Grande do Sul em reuniões com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Os encontros ocorreram nesta terça-feira (9/7) e contaram com as presenças dos secretários a Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, além de representantes de entidades ligadas às atividades econômicas das bancadas estadual e federal.

O documento entregue aos presidentes tinha como as principais pautas o aumento do valor disponível do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); a liberação das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com maior volume de recursos de capital de giro e ampliação dos critérios, excluindo a obrigatoriedade de localização na chamada mancha alagada; pausa nos financiamentos por 12 meses; isenção de impostos federais por seis meses, entre outras medidas.

“Não é bom para o Brasil deixar o Rio Grande do Sul na inação de recursos financeiros, sem a sua economia voltar a atingir patamares anteriores à calamidade, porque isso vai piorar a balança comercial. Somos um Estado exportador, a quarta maior economia do país, e as dificuldades gaúchas também vão impactar negativamente no Produto Interno Bruto, nos índices de empregabilidade e, principalmente, no índice de desenvolvimento humano do país”, enfatizou o vice-governador.

Em resposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acenou de forma positiva ao pleito e informou que em reunião já agendada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levará também a pauta gaúcha. “Nesta reunião vamos discutir a realidade da disponibilidade financeira e orçamentária para atender com mais rapidez as demandas do Rio Grande do Sul com todas as observações feitas pela comitiva gaúcha”, comprometeu-se.

A delegação do RS também acompanhou a audiência pública da Comissão Externa para avaliar os danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, na Câmara dos Deputados.

Senado

Na audiência com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que também teve a presença do senador Hamilton Mourão, o vice-governador pontuou o senso de urgência das demandas do RS. Dentre as citações, está a insuficiência do subsídio para pagamento de salário a empregados de empresas por dois meses. Gabriel ainda compartilhou sugestão para aplicação dos R$ 7 bilhões, valor inicialmente previsto pelo governo federal para o leilão de arroz. “Esse recurso já disponível poderia financiar uma nova linha de crédito para o agronegócio que tanto precisa”, disse.

Pacheco endossou o pleito gaúcho. “Importante este apoio da bancada para dar soluções e, no caso do Rio Grande do Sul, chamar atenção para as iniciativas que devem ser tratadas com a particularidade que o momento exige”, afirmou o presidente do Senado Federal.Kuhn afirmou que os encontros foram importantes para colocar em pauta no Congresso Nacional as necessidades do agronegócio, um dos principais motores da economia gaúcha. "Conseguimos expor as dificuldades dos agricultores e principalmente do acesso a crédito. São pedidos que precisam ser atendidos com urgência e que vamos acompanhar até a resolutividade da situação”, frisou. 

“As reivindicações que levamos aos presidentes da Câmara e do Senado são necessárias, uma vez que o Rio Grande do Sul sempre contribuiu para a economia brasileira e tem papel de liderança em vários setores. O nosso Estado sofreu imensamente e precisa da União para complementar as medidas que o governo estadual já está tomando para reestruturar o RS”, ressaltou Polo.

BNDES

Dando continuidade ao tratamento dos temas discutidos em Brasília, o vice-governador participará de uma reunião virtual na quarta-feira (10/7) com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e com o Ministro-Chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, para dar sequência ao debate sobre as linhas de crédito oferecidas pelo governo federal e sobre o atendimento às demandas dos empresários gaúchos. (SEAPI)


Jogo Rápido

No Fórum MilkPoint Mercado, associados do Sindilat têm 10% de desconto nas inscrições
Para acompanhar a discussão por especialistas dos temas predominantes na atualidade do mercado brasileiro de lácteos, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Programada para o dia 13 de agosto, a atividade antecede o Interleite Brasil 2024, e será realizada no formato híbrido. A parte presencial acontece na cidade de Goiânia (GO), com transmissão ao vivo. A programação está distribuída em três blocos principais: Os cenários de mercado; As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro; e Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira. O cronograma completo pode ser conferido abaixo e no site: https://www.forummilkpointmercado.com.br. (SINDILAT)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.176


Oferta menor e custo maior ao leite

A redução na oferta de leite e o aumento dos custos de produção amargados após a enchente começam a ser percebidos nos supermercados. A alta é evidenciada, principalmente, nos itens beneficiados.Conforme último Boletim de Preços do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa (Cileite), só a muçarela, em nível nacional, subiu 6,3% em junho, ante o mesmo mês do ano passado. Já o leite UHT subiu 3,7% no período.“No mercado consumidor, os repasses seguem ocorrendo, com varejistas buscando melhores margens", destaca o documento, que atribui parte do cenário à tragédia climática gaúcha.

Pasto não germina e insumos demoram a chegar ao campo

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Carlos Joel da Silva, relata que muitas vias seguem sem condições de trafegabilidade, tanto para a chegada dos insumos às propriedades como para a coleta da matéria-prima.

O custo ainda é onerado pela falta de estoques de comida para alimentar os planteis.

“A enchente levou o milho da silagem e a silagem que já estava pronta para esta época do ano”, diz Carlos Joel.

Com a terra encharcada tanto pela catástrofe como pela continuidade das chuvas, as novas pastagens, por sua vez, não germinam. E as que brotam não recebem luminosidade suficiente para crescer.

“O produtor não é o culpado. Tem que comprar alimento para o gado e isso tá saindo muito caro. Há uma dificuldade enorme para tratar os animais”, compartilha Silva.

Momento coincide com entressafra de leite no Brasil

Segundo o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, o conjunto de desafios começa com a entressafra de leite no resto do país.

Como terceiro maior produtor nacional da matéria-prima, o Estado contribui com o abastecimento de regiões que, de maio a outubro, enfrentam a seca e a diminuição na oferta de leite e de lácteos.

“Esse período seria, justamente, o ápice da produção leiteira do RS, de Santa Catarina e do Paraná”, lembra o secretário-executivo.

Para os laticínios, os percalços logísticos ainda ampliam o tempo das viagens ao interior e aos centros de distribuição de lácteos. Entre os municípios que ainda apresentam dificuldades, o executivo cita Serafina Corrêa, Casca e os localizados no Vale do Taquari.

“Têm, ainda, muitas pontes ou estradas que estão intransitáveis, fazendo com que a gente tenha que aumentar a rota”, explica Palharini. (Correio do Povo)


Como a análise do solo vai ajudar na recuperação da terra fértil no RS

Equipes do Senar-RS estão a campo coletando amostras que vão apontar os caminhos para a reconstrução das áreas produtivas levadas pela água. Em propriedade no interior de Estrela, no Vale do Taquari, inundação deixou acúmulo de areia, lodo e matéria orgânica

Dentre as frentes que trabalham pela recuperação das áreas devastadas pela enchente no Rio Grande do Sul, uma força-tarefa de mais de 300 profissionais está a campo para elaborar um raio X da condição das terras produtivas no Estado. O objetivo é que o diagnóstico dos solos ajude no processo de reconstrução de áreas que tiveram suas camadas férteis totalmente arrancadas pela água.

Mais de 10 mil análises devem ser coletadas até o fim dos trabalhos, liderados por equipes do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e com apoio de técnicos do país todo. As amostras serão analisadas em laboratório da Universidade de Caxias do Sul (UCS), na Serra.

— É como um exame de sangue. Primeiro se faz a coleta, depois a análise laboratorial, a interpretação deste exame e então a recomendação do que precisará ser reposto — compara o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, sobre o trabalho que está sendo feito.

Com base na mancha de inundação identificada pela Embrapa, foram mapeados os 120 municípios com a piores condições de solo para se aprofundarem os estudos, integrando a chamada emergência em rota, onde os trabalhos estão concentrados.

São mais de 6 mil locais com dificuldades de solo identificados — estes os “no olho do furacão”, ou seja, onde as águas afetaram desde as lavouras até as casas dos produtores e todas as demais estruturas produtivas desses locais.

Em grande parte das áreas, além do que foi lavado pela água, há acúmulo de matéria orgânica e de sedimentos que vieram de outras regiões, represando nos locais.

O trabalho será fundamental para marcar o recomeço dos produtores na atividade, diz o coordenador da equipe de solos do Senar-RS, Diego Coimbra. Junto com colegas de equipe, o coordenador é um dos que percorre as áreas afetadas para demonstrar não só apoio técnico, mas também suporte emocional aos agricultores:

— Vamos interpretar (os resultados) com os nossos agrônomos e dar uma devolutiva para já providenciar alguma ajuda de correção. Enquanto pudermos, nós vamos ajudar. O que nos interessa é o produtor permanecer aqui.

“Coisa de filme”

Fincada no Vale do Taquari, epicentro das enchentes, a propriedade de Jorge Dienstmann, 52 anos, é uma das mais afetadas pelos últimos episódios climáticos. Em abril, a água acabou por arrastar o que recém havia sido recuperado das inundações de setembro e de novembro do ano passado. No evento mais recente, porém, o impacto sobre solos se mostrou ainda mais severo.

São pelo menos três situações visíveis no terreno da propriedade. Além das destruições em infraestrutura de galpões e aviários, há partes das lavouras que foram tomadas por areia depositada do Rio Taquari, outras com acúmulo denso de lodo e outras em que o solo foi totalmente lavado.

Técnico de campo do Senar, André Makio Kusano veio do Mato Grosso do Sul para auxiliar nas coletas de solo. Enquanto retirava as amostras de terra na área de Dienstmann, relatava com espanto o que via pelas propriedades visitadas:

— O impacto foi absurdo, coisa de filme. Só vendo de perto para acreditar.

Na quarta-feira (3), mais 15 colegas vindos de Estados como Mato Grosso, Alagoas e Goiás se juntaram ao grupo. Ao todo, 35 profissionais de fora do RS vão atuar no trabalho.

A esperança de recuperar a terra é para reerguer a produção. Antes da cheia, o local produzia 500 mil litros de leite e 500 mil aves ao ano. Com a devastação, Dienstmann diz que vai abandonar as atividades pecuárias e focar somente na agricultura. Ele espera estar com as terras prontas já para a próxima safra de verão, que começa a ser preparada ainda na primavera.

— A gente optou por parar (a pecuária) e tocar só com o grão. Somos a quarta geração nesta propriedade. Não era desta forma que era para parar... — lamenta o produtor.

O impacto sobre os solos

Estudo feito por pesquisadores da UFRGS e membros da Associação de Conservação de Solo e Água estima prejuízo de R$ 6 bilhões nas áreas devastadas.

Os danos calculados se dão em solos e nutrientes. A enxurrada atingiu, principalmente, a camada que concentra o maior acúmulo de matéria orgânica, e, portanto, a parte mais fértil desses terrenos. Recuperação das áreas vai exigir correção de solo e adaptação dos modelos produtivos. (Zero Hora)

 

Linha de R$ 15 bilhões do BNDES para empresários do RS será aprimorada, diz Nelson Barbosa

Crédito foi disponibilizado para empresas que estão localizadas em áreas diretamente afetadas pelas inundações, mas empreendedores do Estado reivindicam o atendimento estendido para os negócios afetados indiretamente

O diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (10) que os critérios para concessão do crédito emergencial de R$ 15 bilhões para o Rio Grande do Sul serão aprimorados.

O BNDES disponibilizou nesta quarta-feira as primeiras contratações do crédito emergencial para empresas gaúchas de todos os tamanhos, desde que localizadas em áreas diretamente afetadas pelas inundações. Empreendedores gaúchos, porém, reivindicam que o financiamento seja estendido para os negócios afetados indiretamente pela queda de arrecadação no Estado.

Segundo Barbosa, o critério geográfico segue mantido. Ele não descartou, porém, uma revisão por parte do governo federal. “A linha foi restrita inicialmente à mancha azul da inundação para priorizar os mais afetados. Isso é decisão de governo que vai ser monitorada e aprimorada com as demandas da população”, afirmou.

Barbosa conversou com jornalistas após uma reunião com governadores do Consórcio Brasil Verde, na sede da instituição, no Rio de Janeiro. Ele lembrou que a linha de R$ 15 bilhões, anunciada em 29 de maio, é destinada para a reconstrução do Estado.

O diretor do banco de fomento destacou que o BNDES já adotou outras medidas em prol do Sul, como a suspensão completa de pagamentos por 12 meses e o alongamento, pelo mesmo prazo, dos financiamentos para clientes de cidades gaúchas atingidas.

O crédito emergencial conta com três linhas de financiamento que oferecem condições especiais para os beneficiados. As taxas de juros variam de 0,6% a 0,9% e os prazos de pagamento são de até dez anos com previsão de períodos de carência. (Valor Economico)


Jogo Rápido

Reforma tributária: Relator fará novo parecer com trava para manter alíquota em 26,5%
Reginaldo Lopes (PT-MG) reitera que continuará de fora do texto a inclusão de carne na cesta básica. O relator do principal projeto de regulamentação da reforma tributária, Reginaldo Lopes (PT-MG), confirmou nesta quarta-feira (10) que apresentará um novo parecer com mudanças no texto. Ele, contudo, não quis cravar o horário que o novo documento será apresentado. A previsão é que o texto-base seja votado ainda hoje, no plenário da Câmara dos Deputados. Lopes confirmou que vai incluir no parecer uma trava para garantir que a alíquota padrão de referência da reforma fique em, no máximo, 26,5%, informação revelada pelo Valor nessa terça-feira (9). Ele disse que o dispositivo ainda está sendo desenhado, mas o Valor apurou que a intenção é que o governo faça um corte em itens se a alíquota ficar maior Com isso, a alíquota ficaria sempre em 26,5% ou menos, nunca maior que isso. O Valor apurou também que o valor da alíquota deverá constar no texto, ao contrário do projeto encaminhado pelo governo, que continha somente a metodologia de cálculo. Com isso, caso algum futuro governo queira aumentar a alíquota padrão, terá de aprovar no Congresso Nacional um projeto de lei complementar. O relator também confirmou que não vai atender ao pedido da bancada ruralista para incluir as carnes na cesta básica desonerada, que não paga imposto. Com isso, o tema será apreciado por meio de destaque. Pelo texto do governo, as carnes terão alíquota de 40% da padrão. (Valor Econômico)