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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.357


Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025

Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). 

A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. 

Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. 

O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor.

Programação completa você encontra no site:

https://www.milkprosummit.com.br/

Assessoria de imprensa Sindilat com informações do Milkpoint


Consumo de laticínios | Algumas razões científicas para manter o leite na sua alimentação

Essencial para a saúde óssea, esse mineral também participa da contração muscular e do controle da pressão arterial.

Desde tempos imemoriais, o ser humano e o leite compartilham uma longa trajetória. Evidências históricas indicam que já em 5000 a.C. nossos ancestrais dominavam a arte da ordenha, garantindo uma fonte nutritiva essencial à sobrevivência.

No entanto, em tempos recentes, esse vínculo tem sido questionado por um fenômeno conhecido como “terrorismo nutricional”, que rotula certos alimentos como vilões da saúde.

Por outro lado, a ciência vem mostrando que excluir os laticínios da dieta sem justificativa médica pode ser um equívoco. Pesquisas recentes, como um estudo publicado em novembro no Clinical Nutrition, revelam que a maioria dos laticínios não está associada ao risco de pré-diabetes.

Na verdade, os resultados sugerem que o consumo de leite desnatado pode até reduzir as chances de desenvolver essa condição. No entanto, há um alerta: a ingestão excessiva de laticínios ricos em gordura pode trazer efeitos negativos.

O Pré-diabetes e o papel da alimentação
O pré-diabetes caracteriza-se por níveis elevados de glicose no sangue, mas ainda abaixo do limiar diagnóstico do diabetes tipo 2.

Para entender melhor essa relação, cientistas europeus analisaram dados de 7.521 indivíduos do estudo britânico Fenland. Embora a pesquisa não comprove causalidade, os achados abrem novas perspectivas sobre o impacto dos laticínios na saúde metabólica.

Leite e a saúde do coração
Muito se especula sobre a influência dos laticínios nas doenças cardiovasculares. Contudo, estudos recentes indicam que, quando consumidos com moderação, esses alimentos não elevam o risco de problemas cardíacos. No Brasil, o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) apontou até benefícios para as artérias.

E quanto às inflamações? Até o momento, não há comprovação de que os laticínios sejam gatilhos diretos para processos inflamatórios. Mas para indivíduos com alergias ou intolerâncias, o cenário muda.

Alergia ou intolerância? Entenda a diferença
Alergia ao leite é uma reação imunológica exacerbada contra a proteína da bebida, desencadeando sintomas como vômitos, diarreia e dificuldades respiratórias.

Exames específicos ajudam a diagnosticar a condição. Já a intolerância à lactose ocorre devido à baixa produção de lactase, enzima responsável pela digestão do açúcar do leite. Nesse caso, os sintomas incluem inchaço abdominal, gases e desconfortos intestinais. Testes clínicos e genéticos podem confirmar o quadro.

Se a ingestão de laticínios não causa desconforto e não há restrições médicas, não há razão para bani-los da dieta. Pelo contrário, sua exclusão pode resultar em deficiências nutricionais.

Laticínios: Uma fonte de nutrientes essenciais
Leite e derivados são verdadeiros pacotes de nutrição. As diretrizes alimentares recomendam o consumo de três porções diárias, destacando-se o cálcio como um dos nutrientes mais valiosos. Essencial para a saúde óssea, esse mineral também participa da contração muscular e do controle da pressão arterial.

Além disso, os laticínios fornecem proteínas de alta qualidade, como a caseína, indispensáveis para a manutenção muscular e a saciedade. No quesito vitaminas, esses alimentos oferecem vitamina A, várias do complexo B e pequenas quantidades de vitamina D, fundamentais para a imunidade e a fortificação óssea.

No entanto, há um componente que exige atenção: a gordura saturada. O consumo excessivo pode elevar os níveis de colesterol e afetar a saúde cardiovascular. Por isso, a recomendação para adultos é optar pelo leite desnatado e por queijos magros, como minas frescal, cottage e ricota.

Equilíbrio é a chave
O segredo está na moderação e na escolha consciente. Ler rótulos, equilibrar o consumo e não cair em modismos alimentares são passos fundamentais para uma alimentação saudável. Afinal, exageros – para mais ou para menos – podem comprometer a saúde. Quando se trata de nutrição, a melhor receita continua sendo o bom senso. (Fonte Catraca Livre via Edairy News)

Leite/América do Sul

A produção de leite sul-americana supera as expectativas neste verão Analistas e contatos do mercado dizem que a produção de leite sul-americana, como um todo, atende ou supera as expectativas, neste verão. Semana após semana, comerciantes relatam que a produção de leite está relativamente estável, e os volumes estão impulsionando as atividades industriais nos principais países produtores da região. A expectativa é de que a colheita de milho no Brasil irá superar a média dos últimos cinco anos, mas será menor do que a obtida no ano passado. As condições climáticas foram mais favoráveis do que o previsto, neste verão. Como os contratos de compra de commodities lácteas foram fechados para o 1º trimestre, pouca alteração deverá ocorrer no quadro, antes do início de abril. Comerciantes da Argentina e Uruguai informam que as demandas recentes do Brasil e Argélia estão firmes. Existem mais perguntas do que respostas sobre o que ocorrerá no 2º trimestre com a maior produção de leite da região e a volatidade do mercado internacional. 

FONTE: Relatório USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Argentina: produtor saiu do leite mais barato a um dos mais caros em um ano
Existe alguma atividade que tenha aumentado seus ganhos em 40% em dólares? Foi exatamente o que aconteceu com o setor leiteiro argentino. No início do ano passado, o preço pago aos produtores estava dentro da média histórica de 30 centavos de dólar por litro. Naquele momento, segundo uma comparação do OCLA (Observatório da Cadeia Láctea), depois da grande desvalorização cambial promovida por Milei no início de sua gestão, a Argentina produzia o leite mais barato do mundo. No Uruguai, o preço era 0,36 dólares por litro, no Chile 0,45, no Brasil 0,43, na União Europeia 0,50, nos Estados Unidos 0,49, na China 0,51, e na Nova Zelândia, considerada referência na pecuária leiteira, o valor também era de 0,36 dólares. Um ano depois, o cenário mudou drasticamente. O valor do leite em dólares na Argentina aumentou 40%, chegando a quase 43 centavos de dólar por litro em janeiro. Assim, os produtores argentinos passaram do inferno ao paraíso, pois agora recebem mais em dólares do que seus colegas no Uruguai, Brasil, Nova Zelândia e até China. Hoje, os produtores de leite argentinos recebem um dos preços mais altos do planeta. Os dados de fevereiro mostram uma situação ainda mais favorável: com base nos preços médios pagos aos produtores registrados no SIGLEA, o valor do leite em dólares subiu para 0,429 dólares por litro. Esse número resulta da conversão do preço médio em pesos (447,42 pesos por litro em fevereiro) pelo câmbio oficial do Banco Nación. Em moeda local, a alta anual do leite supera 80%. Muitos produtores estão comemorando: raramente na Argentina o preço do leite pago ao produtor ultrapassou 40 centavos de dólar, e agora eles acreditam que este patamar será difícil de reverter. Algumas condições estruturais ajudaram a provocar esse cenário e indicam que ele pode não durar muito. Um fator determinante foi a escassez de leite ao longo de 2024, resultado da seca de dois anos atrás, que deixou muitos produtores em dificuldades. A baixa oferta elevou os preços tanto em pesos quanto em dólares. Ao longo de quase todo o ano passado, a produção de leite caiu, contribuindo para a alta dos preços. Somente nos últimos três meses, a partir de novembro de 2024, a produção começou a mostrar sinais de recuperação, superando os volumes do mesmo período do ano anterior. Em janeiro de 2025, por exemplo, a oferta de leite dos produtores argentinos foi de 880 milhões de litros, um crescimento de 5,6% em relação a janeiro de 2024. Ainda assim, ao somar os últimos 12 meses, a produção total de leite no país caiu 5%. Outro fator essencial que explica por que os produtores argentinos estão entre os que mais recebem pelo leite no mundo é o atraso cambial. Se o preço do leite em pesos cresceu 82% entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, mas em dólares subiu apenas 40%, fica evidente que a paridade cambial não evoluiu no mesmo ritmo. Essa discrepância distorce todo o cenário. As informações são do Bichos de Campo, traduzidos e adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 
 

Consumo de laticínios-Algumas razões científicas para manter o leite na sua alimentação | Leite/América do Sul | Argentina: produtor saiu do leite mais barato a um dos mais caros em um ano

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Porto Alegre, 21 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.352


Outono 2025 deverá ser mais quente no RS

O outono iniciou ontem (20/03), às 6h01 da manhã, e deve terminar no dia 20 de junho, às 23h42. É uma estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.De acordo com o coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), meteorologista Flávio Varone, vai ser um período com condição de mais neutralidade. “Ao contrário dos últimos anos, que nós viemos passando sobre influência ou do El Niño ou do La Niña, neste ano, não teremos a influência destes fenômenos”, afirma.Chuva: Durante este mês de março e abril, a ocorrência será de pouca chuva.  “Esta condição não recupera mananciais, não recupera reservatórios, devido à estiagem, o que traz consequências para a agricultura”, afirma Varone. Já a partir de maio e, principalmente, em junho, a condição de chuvas melhora no Rio Grande do Sul. “Em resumo, o outono começa com um tempo um pouco mais seco e aos poucos, vai voltando à normalidade, com chuvas mais abundantes nos meses de maio e junho, recuperando esta perda hídrica registrada pelo estado”, declara Varone.Temperatura: As temperaturas no outono serão mais quentes, um pouco acima da média histórica, em boa parte do Rio Grande do Sul, principalmente nos meses de abril e maio. As entradas de massas de ar mais frio, mais robustas, só são esperadas no final do outono. “Isto não quer dizer que não entrem massas de ar frio em alguns períodos, mas serão mais esporádicas”, diz o meteorologista do Simagro. 

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 20 A 26/03/2025

A previsão para os próximos dias indica tempo predominantemente seco na maior parte do Estado, com possibilidade de chuvas isoladas e passageiras nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Serra, Campos de Cima da Serra, Metropolitana, Litoral Norte, Sul e Campanha. Os volumes mais expressivos são esperados para as regiões Norte, Missões, Alto Uruguai e Sul. Na quinta-feira (20/03), sexta-feira (21/03) e sábado (22/03), o sistema de alta pressão, que vem atuando nos últimos dias, continuará influenciando o tempo em todo o Estado. Por isso, não há previsão de chuva significativa para nenhuma região nesses dias. Já no domingo (23/03) e na segunda-feira (24/03), efeitos de circulação podem favorecer a formação de alguns núcleos de precipitação isolados e passageiros em grande parte do Estado, com maior probabilidade nas regiões Norte, Missões, Alto Uruguai, Metropolitana, Campanha e Sul. Na terça-feira (25/03) e na quarta-feira (26/03), o sistema de alta pressão volta a predominar, mantendo o tempo seco em todo o Estado, sem previsão de chuva significativa.

Em relação às temperaturas máximas, na quinta-feira (20/03), sexta-feira (21/03) e sábado (22/03), os maiores valores devem ser registrados nas regiões da Fronteira Oeste, Missões e Central, podendo atingir até 35 °C. Nos dias seguintes (23, 24, 25 e 26/03), além dessas regiões, Vale do Rio Pardo, Metropolitana e Litoral Norte também devem apresentar elevação nas temperaturas, podendo chegar a 36 °C na Região Metropolitana. Já em relação à temperatura mínima prevista, os menores valores deverão ser observados nas regiões de Campos de Cima da Serra e Serra, podendo atingir 8 °C em alguns municípios. (SEAPI)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1859 de 20 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O rebanho leiteiro está em boas condições em função do clima, que proporciona melhor conforto térmico aos animais. As fases da criação variam conforme o planejamento de cada propriedade, sem anormalidades. O estado nutricional das vacas melhorou em virtude da queda das temperaturas, que beneficiaram o pastejo e a recuperação da produção. Em relação ao aspecto sanitário, o clima seco diminuiu os problemas de casco e mastite, embora haja relatos de alta incidência de carrapatos em algumas propriedades.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite caiu 14% nas últimas semanas devido ao calor intenso, que levou os animais a passarem mais tempo na sombra e na água, reduzindo a alimentação. Em algumas localidades, a escassez de água também tem impactado os rebanhos. 

Na de Caxias do Sul, o calor afetou os rebanhos leiteiros, exigindo mitigação com ventiladores, aspersores e manejo de sombra. 

Na de Erechim, o estresse térmico diminuiu a produção, mas muitas propriedades já estão profissionalizadas e adaptadas para enfrentar períodos de calor intenso. 

Na de Frederico Westphalen, o preço do leite continuou estável, e há expectativa de leve melhora nas próximas semanas. A produção segue em queda, influenciada pela sazonalidade e pelas altas temperaturas, que causam estresse térmico, limitando o consumo de alimentos e o bem-estar animal. 

Na de Ijuí, as temperaturas mais baixas proporcionaram aos animais a retomada do consumo de pasto, mas a situação está ainda mais crítica em áreas sem sombra ou controle térmico.

Na de Passo Fundo, continuam as vacinações e o controle de mosca-dos-chifres e carrapatos. 

Na de Pelotas, segue a vacinação de terneiras contra brucelose. 

Na de Porto Alegre, a estiagem ampliou o vazio forrageiro entre as pastagens de verão e as de inverno. 

Na de Santa Rosa, a produção de leite sofreu queda de 20% em razão da estiagem, mas já houve 
estabilização. A expectativa é de recuperação da produtividade, auxiliada por ajustes na alimentação e pelo uso de alimentos conservados. 

Na de Soledade, as temperaturas mais amenas amenizaram o estresse térmico no gado leiteiro. (Emater editado pelo Sindilat RS)

Nota de Conjuntura: Mercado de Leite e Derivados - Março de 2025

As perspectivas para o comércio internacional e para a economia mundial como um todo já estão sendo impactadas pela iniciativa dos Estados Unidos de impor tarifas unilaterais decretadas sobre seus parceiros comerciais. Esta é uma estratégia que aparentemente visa corrigir o enorme déficit comercial americano, desvalorizando o dólar e incentivando maior produção de bens e serviços no país. Estas medidas têm gerado incertezas e volatilidade nos mercados, aumentando o risco de recessão nos Estados Unidos e em outras potências econômicas mundiais, o que pode refletir no Brasil.

A produção mundial de lácteos segue se ajustando à demanda, com algum aumento registrado na produção, o que tem permitido recentemente ligeiro recuo nas cotações internacionais de lácteos, após um período de contínuas altas. Após duas quedas consecutivas, o último leilão do GDT registrou estabilidade nas cotações e nos volumes comercializados, com preço médio de USD 4.245/ t.

No cenário doméstico, os principais indicadores macroeconômicos sinalizam para um crescimento da economia em 2025, estimado em 2,0% no último Boletim Focus, embora isso represente significativa redução em relação ao observado no ano de 2024. Os indicadores de emprego e renda seguem favoráveis, garantindo a melhoria do poder de compra da população. Alguns indicadores da atividade econômica como serviços e vendas do comércio apresentaram queda no primeiro mês do ano, mas com resultados positivos em 12 meses. Os últimos dados fiscais apontaram para uma pequena queda de 0,9% na dívida bruta brasileira no início de 2025. Estes dados e a evolução da economia brasileira permitiram a queda da cotação do dólar no início deste ano. Mas ainda há incertezas, em função do crescente aumento das expectativas inflacionárias, das altas taxas de juros e da gestão dos gastos públicos. Isso pode impactar o mercado de trabalho e a renda da população, que vêm apresentando resultados positivos, e sustentando a demanda por leite e derivados.

A produção de leite inspecionada cresceu pelo segundo ano consecutivo, aumentando 3,1% em 2024 em relação ao ano anterior. Este é o resultado de margens e termos de trocas mais favoráveis ao produtor,  viabilizando  a  recuperação  da  produção 

doméstica. No entanto, a importação continua em patamar elevado. Com crescentes volumes exportados, a pecuária de leite argentina tem exibido aumento de produção nos últimos meses. A maior estabilidade econômica, o controle da inflação e a retirada de barreiras às exportações explicam este crescimento e o Brasil é importante destino deste fluxo.

O mês de março marca o início da entressafra do leite no Brasil. Nos cinco meses entre março e julho historicamente a produção mensal cai para abaixo da média observada nos 12 meses do ano. Os preços do mercado spot, que sofreram expressiva elevação no mês de março, sinalizam menor disponibilidade de produto e demanda firme da indústria. A menor disponibilidade doméstica e uma postura mais agressiva de algumas empresas na captação de novos fornecedores de matéria prima podem alavancar o preço ao produtor nos próximos meses (Figura 1).

A atividade econômica mais aquecida nos últimos anos, com o aumento da massa de rendimento das famílias, tem mantido firme a demanda por lácteos. Isso tem possibilitado o aumento da produção nacional de leite mesmo em um cenário de pressão de importações. A evolução recente dos termos de troca tem favorecido a maior oferta doméstica de leite e esta situação pode prosseguir nos próximos meses. As dúvidas sobre a evolução do poder de compra da população e os custos domésticos mais altos que os internacionais lançam incertezas sobre a evolução da produção nacional em um cenário de menor crescimento do emprego e da renda, que é uma das possibilidades para o ano de 2025.

Figura 1. Sazonalidade da produção leiteira inspecionada no Brasil. Médias diárias de produção a cada mês comparada com a média diária anual, expressas em valores percentuais, 2014-2023.

Fonte: Embrapa Gado de Leite, IBGE (2025).

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 18 de março de 2025.

Autores*: Samuel José de Magalhães Oliveira, Alziro Vasconcelos Carneiro, Kennya Beatriz Siqueira, Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, Manuela Sampaio Lana, Marcos Cicarini Hott, Walter Coelho Pereira de Magalhães Junior. 

*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Jogo Rápido

Leite Cepea
O preço do leite ao produtor subiu neste começo de 2025 a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24. Depois de registrar quedas ao longo do último trimestre de 2024, o preço do leite ao produtor voltou a subir neste começo de 2025. Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de janeiro). (CEPEA VIA TERRA VIVA)


 
 
 

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Porto Alegre, 20 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.351


Conselho Técnico da Pecuária Leiteira tem nova presidência

O Conselho Técnico Operacional da Pecuária Leiteira do Fundesa-RS elegeu essa semana seu novo comando para o próximo biênio. O presidente da Febrac e da Gadolando, Marcos Tang assume a presidência, apoiado pela coordenadora do Programa de Tuberculose e Brucelose na Secretaria da Agricultura, Ana Cláudia Groff, na vice-presidência.Tang sucede Rodrigo Rizzo, da Farsul, que permaneceu no cargo por dois anos. Rizzo destaca os desafios enfrentados em sua gestão, incluindo o ano atípico de 2024 em função da enchente que afetou diretamente a bacia leiteira do Rio Grande do Sul. “Mesmo assim mantivemos, com alguns avanços, o status sanitário do rebanho leiteiro do estado.”Já o novo presidente, Marcos Tang, aponta o papel importante do Conselho Técnico como validador das propostas para avançar na sanidade animal do estado. “Ninguém quer ter problemas sanitários em sua propriedade, mas se tiver, que que eliminar rapidamente e evitar que se propague. E o Fundesa é de extrema importância para dar mais segurança ao produtor e mantê-lo na atividade”, destacou. Para Tang, é uma honra e um grande compromisso ter sido escolhido para o cargo de presidente do CTO.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, agradeceu a atuação de Rodrigo Rizzo no cargo e desejou sucesso ao novo presidente Marcos Tang. “A presidência de um CTO exige atenção e diplomacia. É uma difícil tarefa que envolve coordenar atividades e atender as demandas, mantendo uma boa gestão técnica e administrativa.”

Na reunião foi aprovada a nova tabela de indenizações da pecuária leiteira, de acordo com o reajuste da UPF, de 4,71% em relação ao exercício anterior. O novo valor passará pela aprovação do Conselho Deliberativo na Assembleia Geral Ordinária de 15 de abril.

Veja no link abaixo os valores atuais da tabela de indenizações.

https://fundesa.com.br/_files/pasta/1/623b808396e5f.pdf

Sobre os Conselhos Técnicos Operacionais

O Fundesa possui quatro Conselhos Técnicos Operacionais do Fundesa, um de cada cadeia que integra o fundo. Os CTOs são grupos formados por representantes das quatro cadeias produtivas, incluindo técnicos do Ministério e da Secretaria da Agricultura. Têm papel importante no desenvolvimento e na defesa sanitária animal no estado e são responsáveis por propor ações e estratégias voltadas para a sanidade animal. As propostas elaboradas pelos CTOs são analisadas e votadas pelo Conselho Deliberativo do Fundesa. (FUNDESA)


GDT 376: leite em pó se mantém valorizado no mercado internacional

O 376º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (18/03) e apresentou movimentos de preços variados entre as categorias de produtos. Leia mais!

O 376º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (18/03) e apresentou movimentos de preços variados entre as categorias de produtos.

O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos negociados, fechou em USD 4.245/ton, registrando uma estabilidade em relação ao evento anterior, conforme mostrado no Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Nos primeiros meses de 2025, o leite em pó integral (LPI), principal produto negociado no GDT, registrou uma sequência de altas que o consolidou em patamares mais elevados. No leilão anterior, porém, apresentou sinais de perda de força, com pequenos recuos. Já no último leilão, o preço médio da categoria se estabilizou, fechando em USD 4.052/ton – um pequeno aumento de 0,2% em relação ao leilão da primeira quinzena de março, conforme ilustra o Gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Por outro lado, algumas categorias seguem em alta, como o Cheddar (+1,0%) e a Mozzarella, que avançou 5,1%. Além dessas categorias, destaca-se o patamar de preços da manteiga, que com o avanço de 1,1% no último leilão renovou seus valores máximos no leilão. A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 18/03/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Redução no volume negociado

O volume negociado no leilão seguiu em queda. Foram comercializadas 19.540 toneladas, o que representa uma retração de 6,9% em relação ao evento anterior. Esse é o menor volume negociado para um mês de março desde 2018.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) seguem apresentando correções de baixas para os próximos meses, com uma expectativa de demanda internacional mais contida e algum crescimento da oferta dos principais países exportadores.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Similar ao último leilão, o cenário de estabilidade no índice mantém os valores internacionais elevados, acima das médias dos últimos anos. Com isso, mercados compradores como Oriente Médio, Norte da África (especialmente a Argélia) e Ásia (com destaque para a China) seguem demandando produtos da Argentina e do Uruguai, intensificando a concorrência com o Brasil.

Nesse contexto, espera-se que o Brasil continue enfrentando uma oferta mais restrita do Mercosul, o que pode contribuir para a manutenção dos atuais preços no mercado interno. 

Outro ponto relevante sobre o resultado do Global Dairy Trade de 18 de março de 2025 é a incerteza no curto prazo do mercado global de leite. A ameaça de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, especialmente sobre seus vizinhos Canadá e México, impacta diretamente a cadeia láctea. Nos últimos anos, os EUA supriram grande parte da demanda desses países, mas, diante da possibilidade de barreiras comerciais, Canadá e México podem buscar novas fontes de abastecimento, especialmente no mercado europeu. (Milkpoint)

Copom eleva juros básicos da economia para 14,25% ao ano

Preço dos alimentos e incertezas globais influenciaram decisão

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Essa foi a quinta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde outubro de 2016, quando também estava em 14,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e duas de 1 ponto percentual.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 1,48%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fim do bônus de Itaipu sobre a conta de luz e o preço de alguns alimentos contribuíram para o índice.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em março de 2025, a inflação desde abril de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em abril, o procedimento se repete, com apuração a partir de maio de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,66%, mais de 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,6%.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico.

No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,99% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Piracanjuba ProForce é nova marca da linha de proteicos da Piracanjuba
Com a qualidade de sempre, produtos com a nova marca começam a ser distribuídos nos principais pontos de vendas do país a partir de março. Na versão UHT, a novidade se estende ao lançamento de dois sabores: Cookies and Cream e Banoffee. A linha de proteicos da Piracanjuba agora tem nova marca, Piracanjuba ProForce. O nome substitui Piracanjuba Whey, mas sem alterar a qualidade dos produtos dessa categoria. A novidade alcança tanto o whey protein em pó como as bebidas prontas para beber com alto teor de proteína. Estas, inclusive, ganham dois novos sabores: Cookies and Cream e Banoffee, que entram no lugar das versões baunilha e banana, respectivamente. Além de atender uma demanda da legislação, a mudança de nomenclatura vem reforçar o compromisso da marca em oferecer soluções proteicas, nutritivas, práticas e saborosas. “Com ProForce ganhamos mais corpo para expansão da linha de proteinados da Piracanjuba, com produtos que envolvam performance e energia”, destaca a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. A mudança também está em linha com o posicionamento da Piracanjuba, que tem como essência ‘Para viver bem’. “Com Piracanjuba Proforce, a marca amplia a presença na jornada do consumidor, oferecendo um portfólio mais diversificado que acompanha as necessidades dos consumidores, que estão cada vez mais atentos à saúde e ao bem-estar" complementa Lisiane. As primeiras bebidas proteicas da Piracanjuba foram lançadas em 2018. Atualmente, a marca está entre as mais vendidas no ranking de bebida com alto teor de proteína, segundo dados de 2024, da Nielsen. O portfólio, hoje, inclui 11 bebidas, sendo cinco versões com 23g de proteínas e seis com 15g de proteínas. “São opções práticas e gostosas para quem busca reforçar a quantidade diária de consumo de proteína”, cita Lisiane. Além das bebidas, no ano passado a marca lançou suplemento em pó com 21g de proteínas por porção. O produto está disponível nos sabores Chocolate e Milk, em potes com 450g. “Ao ampliar e diversificar nossa linha de proteicos esperamos atender a demanda, cada vez maior, por produtos que se encaixem na rotina de quem prioriza o cuidado com a saúde e o bem-estar. É pensando nesse público, que vai do atleta aos praticantes de atividades físicas leves, que seguimos investindo em inovação e novidades que aliem praticidade a qualidade, característica indispensável aos produtos da marca”, explica Lisiane. O desenho da nova logomarca foi desenvolvido pela FutureBrand e simboliza a energia em movimento, voltada à alta performance. Com curvas suaves, a marca transmite a simplicidade e a fluidez de uma vida em constante movimento. Portfólio diversificado: - Bebidas em embalagens de 250ml e com 23g de proteínas. Atuais sabores disponíveis: Frutas Vermelhas, Cacau, Pasta de Amendoim, Cookies and Cream e Banoffee. Bebidas com 15g de proteínas: Quatro opções na versão 250ml: Chocolate, Morango, Coco e Café +. Duas opções em embalagens de 1 litro: Coco e Chocolate. - Whey protein em pó com 21g de proteínas por porção Em embalagens de 450g, está disponível nos sabores Chocolate e Milk. (As informações são da Pirancajuba)


 
 
 

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Porto Alegre, 19 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.350


Governo do RS anuncia medidas para empresas renegociarem dívidas de ICMS

Programa Refaz Reconstrução oferece descontos em juros e multas que podem chegar a 95%; expectativa é arrecadar R$ 5 bilhões nos próximos anos

A partir desta quarta-feira, as empresas que possuem dívidas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com a Receita Estadual terão mais uma opção para quitarem seus débitos com redução significativa de juros e multas. Isso porque a Secretaria da Fazenda lançou nesta terça-feira o programa Refaz Reconstrução, que é destinado para as empresas com dívidas tributárias vencidas até o dia 31 de dezembro de 2024.De acordo com a secretária Pricilla Santana, esta é uma oportunidade para quem enfrentou dificuldades durante as crises relacionadas à pandemia e à enchente. Além disso, ela ressaltou que, apesar de refletir em redução do valor que o Estado receberia com os juros e multas sobre a dívida, a medida auxiliará na recuperação econômica das empresas e do próprio Estado. A adesão ao Refaz Reconstrução inicia nesta quarta e segue até o dia 30 de abril.“Esse manejo deve ser feito com parcimônia, pois resulta no Estado deixando de arrecadar o valor da dívida. Mas temos elementos importante para isso, como o aumento da fatia do bolo de arrecadação no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) a partir de 2026. Esperamos ter também uma retomada de produtividade no RS e um aumento dos recursos tributáveis no Estado com este programa. O Refaz Reconstrução trará potência para as empresas atingidas pela pandemia e pela enchente”, destacou a secretária.A plataforma que os contribuintes poderão utilizar para aderir à medida estará disponível no site da Sefaz. Ao todo, são duas modalidades de adesão ao programa. Na regra Ouro, a empresa optará por pagar todos os débitos de ICMS à vista, com desconto de 95%, ou parcelado em até seis vezes, com desconto de 90%.

Já na regra Prata, a empresa poderá selecionar os débitos que deseja quitar, garantindo 75% de desconto à vista. O parcelamento nesta modalidade pode ser feito em até 120 vezes, mas o desconto é reduzido gradativamente de acordo com o número de parcelas, partindo de 70% nas dívidas parceladas em até 18 vezes e chegando até 10% nas parceladas entre 61 e 120 vezes.

A secretária apontou ainda que o montante total devido em ICMS ao Estado está em mais de R$ 55,2 bilhões. Os segmentos com maior acumulado no valor devido ao RS são as empresas de calçados e vestuário, as indústrias metal mecânica e o agronegócio. A expectativa do Estado é arrecadar mais de R$ 1 bilhão com o Refaz Reconstrução em 2025, mas o número pode chegar a cerca de R$ 5 bilhões ao longo dos próximos anos.

O governador Eduardo Leite reforçou que este é o maior programa de renegociação de dívidas de ICMS desde a última edição do Refaz, em 2019. “É uma situação de ganha-ganha. Ganham os contribuintes com a oportunidade de regularização e ganha o Estado, pois a arrecadação é fundamental para a sustentação dos serviços. Além disso, vai constituir nesse período a base sobre a qual vai ser contabilizada a arrecadação do futuro do RS a partir da reforma tributária, com o IBS. Esse é mais um dos motivos pelos quais estamos tomando essa iniciativa”, finalizou Leite. (Correio do Povo)


EUA: investimentos em queijo e soro de leite podem remodelar o mercado global de lácteos

Nos EUA, os investimentos em queijo e soro de leite seguem firmes em busca de remodelar o mercado global de lácteos. Saiba mais sobre essa tendência.

Os Estados Unidos estão prestes a expandir significativamente sua capacidade de produção de queijo e soro de leite até 2026, marcando um período transformador para a indústria nacional de laticínios, segundo pesquisa do Rabobank. Com a produção de leite mantendo um crescimento constante, o país está canalizando investimentos substanciais em infraestrutura de processamento, um movimento que pode consolidar sua posição competitiva nos mercados globais nos próximos anos.

O consumo de queijo nos EUA tem apresentado uma trajetória ascendente, com a ingestão per capita atingindo níveis recordes em 2023. Analistas do setor antecipam que 2024 pode ser um ano marcante para as exportações de queijo dos EUA, impulsionadas por uma demanda internacional sustentada.

Ao mesmo tempo, o mercado de soro de leite está experimentando um crescimento sem precedentes, impulsionado pelo aumento global da procura por alimentos ricos em proteínas e voltados para a saúde. O consequente aumento nos preços do soro de leite forneceu mais justificativa econômica para investimentos na capacidade de processamento.

No entanto, no curto prazo, a rápida expansão da capacidade produtiva pode gerar volatilidade no mercado. Um possível cenário de superoferta temporária pode pressionar os preços do queijo, à medida que a indústria tenta absorver o aumento da produção. Analistas sugerem que, embora a oferta maior possa exercer pressão de baixa nos preços domésticos, o crescimento da demanda por exportação deve ajudar a mitigar esses efeitos ao longo do tempo.

A longo prazo, esses investimentos devem fortalecer a capacidade do setor de laticínios dos EUA de capitalizar as mudanças nas tendências de consumo e consolidar sua presença nos mercados internacionais.

O apetite global por queijos e produtos derivados do soro de leite está aumentando, com crescimento particular na Ásia e na América Latina, onde os padrões alimentares estão evoluindo e as populações de classe média estão em expansão, impulsionando a demanda.

A expansão estratégica dos principais processadores de laticínios permitirá que os EUA atendam a essas novas demandas de consumo com preços competitivos e maior eficiência na cadeia de suprimentos. Os investimentos representam não apenas um impulso econômico para as regiões produtoras de lácteos, mas também refletem tendências globais de consumo de alimentos que favorecem produtos lácteos de alto valor agregado.

Com uma perspectiva promissora para as exportações de queijo e soro de leite, a indústria de laticínios dos EUA se prepara para um período de expansão dinâmica. Embora flutuações de curto prazo possam ocorrer, a trajetória geral indica um caminho contínuo de sucesso para o queijo americano e seus subprodutos de alto valor agregado no cenário global.

As informações são do Dairy News Today, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Consumo de leite | Como os peptídeos do leite podem auxiliar na redução do estresse e da depressão

Em um mundo cada vez mais dinâmico e estressante, a busca por soluções que promovam o bem-estar mental e físico tem se tornado mais relevante do que nunca.

Peptídeos do leite | Em um mundo cada vez mais dinâmico e estressante, a busca por soluções que promovam o bem-estar mental e físico tem se tornado mais relevante do que nunca.
Muitas pessoas estão em busca de alternativas naturais para aliviar sintomas de fadiga e melhorar o humor. Em um mundo cada vez mais dinâmico e estressante, a busca por soluções que promovam o bem-estar mental e físico tem se tornado mais relevante do que nunca.

Muitas pessoas estão em busca de alternativas naturais para aliviar sintomas de fadiga e melhorar o humor. Embora muitas soluções estejam disponíveis, a questão é: como podemos utilizar alimentos comuns para promover uma sensação duradoura de bem-estar?

É aqui que o leite entra em cena, trazendo consigo não apenas a riqueza de seus nutrientes tradicionais, mas também novos avanços científicos que prometem transformar nossa compreensão sobre o papel dos alimentos na saúde mental.

Recentemente, pesquisadores investigaram o efeito de um suplemento de whey protein, que contém alta concentração do peptídeo AJI-801, no bem-estar mental. Esse estudo foi conduzido com rigoroso design de ensaio clínico, onde participantes saudáveis com fadiga foram divididos em grupos e receberam diferentes doses do suplemento.

O estudo foi projetado como um ensaio cruzado duplo-cego controlado por placebo. Participantes com idades entre 20 e 59 anos, que relataram fadiga, foram divididos em dois grupos e receberam doses de 100 mg ou 500 mg de whey protein hidrolisado contendo o peptídeo AJI-801.

Após o consumo dos suplementos, amostras de sangue foram coletadas em vários intervalos para medir os níveis de ALC e FGF21, e os participantes preencheram questionários sobre seu estado de ânimo. 

Os resultados mostraram que a ingestão de 500 mg do suplemento contendo AJI-801 melhorou significativamente os sentimentos de depressão e desânimo em comparação com o placebo.

Embora não tenha havido diferenças notáveis nos níveis de ALC e FGF21 entre os grupos, a melhora no estado de ânimo foi clara. Esses resultados indicam que o peptídeo AJI-801, derivado do leite, pode representar abordagem inovadora para melhorar o bem-estar mental, complementando os benefícios já conhecidos do leite. 

O leite, já celebrado por suas qualidades nutricionais, mostra-se agora também um aliado promissor na promoção da saúde mental, revelando nova faceta dos seus benefícios. Incorporar o leite de vaca em nossa dieta não só reforça nossa saúde física, mas também pode contribuir para um estado mental mais equilibrado e positivo. 

O LEITE, JÁ CELEBRADO POR SUAS QUALIDADES NUTRICIONAIS, MOSTRA-SE AGORA TAMBÉM UM ALIADO PROMISSOR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL, REVELANDO NOVA FACETA DOS SEUS BENEFÍCIOS

Fonte: Effect of whey protein-derived decapeptide on mood status and blood variables in healthy adults: a randomized, double-blind, placebo-controlled cross-over trial. European Journal of Nutrition, 2024.

Autora: Andreza Ebersol dos Anjos 

Fonte: Revista Leite Integral via EdairyNews


Jogo Rápido

Lactalis faz 10 anos no Brasil e anuncia R$313 milhões de investimentos e ampliações no Paraná
No ano em que completa 10 anos no Brasil e alinhada com propósito de constituir uma liderança Forte e Responsável na cadeia de leite do país, a Lactalis investirá R$ 313 milhões na ampliação das suas operações fabris no Paraná. O investimento será direcionado para a instalação de uma nova linha de UHT em Londrina e para o aumento da produção de iogurtes, leite fermentado, bebidas lácteas, sobremesas e creme de queijo na unidade de Carambeí, o que resultará na fabricação local de um vasto portfólio de marcas da empresa, dentre elas a icônica Batavo que carrega a marca da Holandesa, uma figura ímpar para as regiões produtivas de leite do Paraná. Na terça-feira (18/03), o governador Ratinho Júnior reuniu-se em Curitiba (PR), com o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Junior. O projeto deverá ser formalizado na sequência, por meio de dois protocolos entre a Lactalis Brasil e o governo do Paraná. O representante da Lactalis informou que, nos últimos 10 anos, foram investidos mais de R$ 710 milhões no Estado, onde a Lactalis tem três fábricas (Carambeí, Londrina e Pato Branco), 1,5 mil colaboradores e movimenta 600 milhões de litros de leite ao ano. “Como líder do setor lácteo no Brasil, a Lactalis reconhece sua responsabilidade com o desenvolvimento das bacias leiteiras do país e assume o compromisso de oferecer alimentos saborosos e de alto valor nutricional aos consumidores a preços justos. Ampliar a produção no Paraná é fortalecer o elo entre a Lactalis e o Estado, é valorizar a produção e o leite paranaense, levando os produtos fabricados aqui para todo o Brasil e demais países da América do Sul”, salientou Roosevelt Junior. A história da Batavo com o Estado do Paraná remonta quase 100 anos, quando se iniciou a produção na região de Carambeí (PR). A relação com a comunidade, fortemente marcada pela colonização holandesa, deu tom à produção e interferiu em muitas das receitas de laticínios incorporadas até hoje. Desde que assumiu as operações da Batavo, em 2015, a Lactalis fortalece uma relação de confiança com a comunidade local e vem investindo no Estado. A fábrica de Carambeí gera 830 empregos diretos, que se somam a outros 280 nas unidades de Londrina e 36 em Pato Branco. O impacto na geração de renda para o Estado inclui ainda a captação de leite de produtores ligados a duas importantes cooperativas da região: Cativa e Castrolanda. “Carambeí está entre os mais importantes polos produtivos da empresa no país e é estratégico para nossa política de expansão. A unidade é responsável atualmente pela produção de 210 mil toneladas de alimentos no ano”, informou o CEO. As informações são da Assessoria de Imprensa da Lactalis. 


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.349


A aquisição de leite, no 4° trimestre de 2024, foi de 6,79 bilhões de litros

Acréscimo é de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.No 4º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,79 bilhões de litros, acréscimo de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos nos últimos quatro anos, performando a segunda maior aquisição da série histórica, superada apenas pela ocorrida no quarto trimestre de 2020. No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 4 os trimestres regularmente apresentam pico de produção em relação aos trimestres anteriores, impulsionado pelo período de safra em algumas das principais bacias leiteiras do País. O mês de maior captação dentro do período foi dezembro, no qual foram contabilizados 2,34 bilhões de litros de leite.

No comparativo do 4º trimestre de 2024 com o mesmo período em 2023, o acréscimo de 295,7 milhões de litros de leite captados, em nível nacional, é proveniente de aumento de produção registrado em 12 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os acréscimos mais relevantes ocorreram em Paraná (+121,25 milhões de litros), Minas Gerais (+98,64 milhões de litros) e Santa Catarina (+43,29 milhões 27 de litros). Em compensação, as reduções mais significativas ocorreram em Rondônia (-19,15 milhões de litros), Goiás (-12,19 milhões de litros) e Espírito Santo (-11,92 milhões de litros).  Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,2% da captação nacional, seguido por Paraná (15,9%) e Santa Catarina (12,8%) (Gráfico I.13).

O preço médio do litro de leite cru pago ao produtor, no 4º trimestre de 2024, foi de R$ 2,76, valor 31,4% acima do praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio auferido no 3° trimestre de 2024, houve decréscimo de 1,4%. (Gráfico I.14)

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve aumento de 10,37% no acumulado de janeiro a dezembro de 2024, superior ao Índice geral da inflação de +4,83% no mesmo período. Dos oito subitens desta lista, as maiores variações no período foram verificadas no Leite longa vida (+18,83%), Leite em pó (+9,26%) e Leite condensado (+8,46%). (Gráfico I.15).

A maior parte da captação de leite pelos laticínios brasileiros foi realizada por estabelecimentos de grande porte, que receberam mais de 150 mil litros de leite/dia (6,4% do total de estabelecimentos) e foram responsáveis por 68,2% do volume de leite cru captado no 4º trimestre de 2024 (Tabela I.13).

No 4º trimestre de 2024, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 927 estabelecimentos, 678 (35,2%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 830 (43,1%) nos Serviços de Inspeção Estadual (SIE) e 419 (21,7 %) nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 88,3%, 10,5% e 1,2% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa, por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado. 

(Fonte Indicadores IBGE: Estatística da Produção Pecuária - Aquisição de Leite, editado pelo Sindilat)


Inteligência artificial na produção leiteira

Universidade de Passo Fundo prepara-se para desenvolver pesquisa inédita no Rio Grande do Sul, a qual pretende monitorar a saúde animal a partir do uso de algoritmos e tecnologias que analisem amostras do leite

No campo, cada detalhe faz a diferença para reduzir as perdas, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Com olhar voltado para o futuro, a Universidade de Passo Fundo (UPF) prepara-se para utilizar a inteligência artificial como ferramenta estratégica em uma pesquisa inovadora. A iniciativa pioneira da universidade no Rio Grande do Sul foi contemplada com R$ 2 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a montagem do laboratório multidisciplinar que vai utilizar algoritmos combinados com tecnologia para diagnósticos antecipados da saúde das vacas, por meio da coleta de amostras de leite.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF, professor Carlos Bondan, lidera o projeto de pesquisa e explica que o leite é um fluido orgânico, a exemplo do sangue que é utilizado para apurar doenças através da análise de laboratório.

“Vamos analisar inclusive parâmetros que não são muito frequentes e solicitações por parte dos produtores”, adianta, acrescentando que as novas avaliações têm potencial de identificar problemas nas fêmeas leiteiras, principalmente aqueles relacionados ao metabolismo e, às condições nutricionais, além das doenças infecciosas.

“É um primeiro passo desafiador. Porque vamos precisar de amostras individuais por vaca e atualmente o controle leiteiro no Brasil não é realizado de uma forma tão intensa e corriqueira como em outros países”, explica Bondan. Segundo ele, isso já é comum no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa. “Na Holanda, uma vez por mês, os produtores coletam o leite das vacas em ordenha para esse tipo de análise, tendo informações individuais de cada exemplar. Então consegue-se, por vezes, até antever um problema sanitário prestes a ocorrer”, sublinhou.

Com o projeto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa que se quer ir além, inclusive, com um prognóstico de uma doença subclínica nas fêmeas em virtude de indicadores já existentes. “A intenção é mostrarmos problemas que irão resultar em perdas. Seja de bem-estar, produtiva ou de qualidade do leite”, explica. Bondan, ressalta que as variações do clima e do solo em que o alimento foi cultivado (para as vacas leiteiras) são alterações que também podem trazer comprometimentos para a produtividade, a qualidade e a saúde dos animais. “Por isso, criaremos um banco de dados onde iniciaremos com as mais diferentes informações. É aí que entra a inteligência artificial, avaliando estatisticamente um problema que vamos determinar”, detalha.

De acordo com Bondan, o objetivo final do projeto é bem audacioso se a cadeia láctea se somar a ideia, que é fazer com que o Rio Grande do Sul seja positivamente diferenciado no setor. “Tornar o nosso leite conhecido como o melhor em termos de qualidade, produção e rentabilidade do Brasil”, afirmou. Para isso, a intenção é criar uma ferramenta em que todos os atores do sistema produtivo gaúcho possam ter acesso, tanto o produtor, quanto os técnicos e a indústria.

Nessa direção, o professor Carlos Bondan adianta que será criada uma inteligência artificial específica para o projeto. “Não compraremos nenhum software ou metodologia. Serão desenvolvidos única e exclusivamente pela Universidade de Passo Fundo”, garante.

Bondan detalha que as equipes de trabalho já estão formadas e que a iniciativa aguarda apenas a licitação para a aquisição de equipamentos de alto valor. “O projeto em si tem um orçamento de R$ 5 milhões, mas com os recursos que obtivemos com a Finep já conseguiremos iniciá-lo”, pontuou.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa ainda que a expectativa é de que as primeiras conclusões e resultados do projeto sejam apurados no período de dois a cinco anos.

“Vai depender muito da aderência da cadeia láctea porque eu não consigo produzir informação se não tenho dados, análise de leite. E não é avaliação do tanque refrigerador do leite, embora esse também seja importante, mas não mais do que as análises individuais”, sublinhou.

Bondan destaca que quanto mais propriedades leiteiras participarem mais robusto será o banco de dados e mais assertiva será a inteligência artificial. “Precisaremos de rebanhos distribuídos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Existem muitas diferenças edafoclimáticas (de clima e solo) que compreendem desde a temperatura, o índice pluviométrico, o solo, as plantas. As condições particulares de uma determinada região ou microrregião influenciam o leite”, explica.

O professor acredita que o conjunto de informações do banco de dados e suas correlações poderá auxiliar na tomada de decisões do produtor rural para entregar um leite ainda melhor. “Temos uma preocupação muito grande com o setor produtivo do leite. Entendemos que é muito importante para as economias locais e do Estado do Rio Grande do Sul”, conclui. Bondan chamou atenção para o fato de o alimento gaúcho possuir qualidade e sua produção seguir uma série de legislações rígidas, estabelecidas por órgãos federais, estaduais e municipais. “Queremos torná-lo ainda melhor. Tudo evolui e o produtor não pode ficar obsoleto no uso de tecnologia pois isso pode refletir diretamente na sua receita e ganho”, finaliza. (Correio do Povo)

Fórum MilkPoint Mercado: É AMANHÃ! Confira a programação completa

Acontece amanhã, em Campinas, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Confira a programação completa e participe!

O Fórum MilkPoint Mercado 2025 está chegando. A sua 17ª edição acontece amanhã, 18 de março, em Campinas/SP.

No evento, vamos discutir os principais desafios e oportunidades para a indústria láctea em 2025, trazendo insights estratégicos sobre temas essenciais. Confira a programação completa:

Bloco 1 - Cenários de Mercado
Abertura do Painel - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025 - André Penariol, CEO da BU Rock Conecta

Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo - Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa

Do Campo ao Mercado: Sustentabilidade, Gestão Financeira e Logística no Setor Lácteo - Ben French, Diretor Associado do Programa de Suprimentos Sustentáveis VIVE na Czarnikow e Tom Soutter, Trader Sênior na Czarnikow

Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025 - Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025? - Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove

Cenários para o mercado lácteo - Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

O futuro da produção de leite no Brasil - Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures

Perguntas e Debate

Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea

Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro - Graciela Civolani, Diretora de Suply Chain na Danone

Gargalos e Oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento de leite de produtores - Juliana Santiago, Consultora de Projetos da MilkPoint Ventures e Luana Chiminasso, Consultora de Projetos Jr. da MilkPoint Ventures

Uso de Instrumentos FOSS para otimização dos processos lácteos adicionando valor a cadeia - Priscila Tortelli, Diretora Geral da FOSS no Brasil

Perguntas e Debate

Milk break

Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Desbloqueando a Performance por meio da Digitalização da Cadeia de Suprimentos - Fede Lang, Head of Customer Success, MADCAP

Perguntas e Debate

Mesa Redonda: Sistemas de remuneração do leite: para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto, Diretor Executivo de Captação na Alvoar Lácteos
Edney Murillo Secco, Diretor de Compra de Lácteos no Grupo Piracanjuba
Rafael Junqueira, Diretor de Captação de Leite - Lactalis do Brasil e Uruguai
Ricardo Rodrigues, Diretor Compras de Leite & Agropecuária na Scala
Roberto Victor Hegg, Diretor de Supply Chain na Tirolez

Encerramento e Queijos & Vinhos

Estes e outros temas serão abordados por especialistas do setor, reunindo os principais players da cadeia láctea para um dia de muito conhecimento e networking.

Se não puder estar presencialmente, você ainda tem a chance de acompanhar todas as análises estratégicas e debates do Fórum MilkPoint Mercado na modalidade online, com transmissão ao vivo e acesso às gravações por 30 dias.

Se você ainda não garantiu sua participação, essa é a sua última chance! Acesse o site oficial do evento e inscreva-se agora. Não fique de fora do debate que definirá os rumos do mercado lácteo! Associados do Sindilat garantem 10% de desconto clicando aqui.

Milkpoint


Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Estoques baixos e demanda aquecida sustentam alta de preços
Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25. Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem da combinação de estoques baixos com a demanda aquecida pelo cereal. No encerramento da semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximava dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em abril de 2022. Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24. O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/25. (Terra Viva)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.348


Live sobre a Plataforma SDA Digital trará novidades para registro de estabelecimentos sob SIF

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), promoverá no dia 25 de março de 2025, às 09h30, uma live especial para apresentar a Plataforma SDA Digital e suas novas funcionalidades para o registro de estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF).

O evento será transmitido pelo Canal da Enagro no YouTube (acesse aqui) e contará com a presença de Carla Bueno (DIREC/DIPOA) e Paulo Groba (CSG/DIPOA), que abordarão as principais novidades do sistema, facilitando o entendimento e a adesão dos usuários ao novo formato digital.

O que esperar da live?

● Apresentação das novas funcionalidades da Plataforma SDA Digital.

● Esclarecimento de dúvidas sobre o uso da ferramenta.

● Sessão interativa de perguntas e respostas com os especialistas.

Os interessados em enviar perguntas previamente podem acessar o formulário oficial por meio do link: https://forms.office.com/r/msJVyv6DvR.

Recursos e materiais adicionais:

Para aqueles que desejam se aprofundar no tema, estão disponíveis os seguintes materiais:

● Informações gerais sobre o Registro de Estabelecimentos - SIF ou ER: Clique aqui

● Manual da Plataforma SDA Digital: Acesse aqui

● Acesso à Plataforma SDA Digital: https://sdadigital.agricultura.gov.br/sda/home

A iniciativa reforça o compromisso do MAPA com a modernização dos processos e a digitalização dos serviços, promovendo maior agilidade e transparência no registro de estabelecimentos sob inspeção federal.

Não perca! Anote na agenda: 25 de março, às 09h30, no Canal da Enagro no YouTube.
 
Sindilat com informações do MAPA

Inteligência artificial na produção leiteira

Universidade de Passo Fundo prepara-se para desenvolver pesquisa inédita no Rio Grande do Sul, a qual pretende monitorar a saúde animal a partir do uso de algoritmos e tecnologias que analisem amostras do leite

No campo, cada detalhe faz a diferença para reduzir as perdas, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Com olhar voltado para o futuro, a Universidade de Passo Fundo (UPF) prepara-se para utilizar a inteligência artificial como ferramenta estratégica em uma pesquisa inovadora. A iniciativa pioneira da universidade no Rio Grande do Sul foi contemplada com R$ 2 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a montagem do laboratório multidisciplinar que vai utilizar algoritmos combinados com tecnologia para diagnósticos antecipados da saúde das vacas, por meio da coleta de amostras de leite.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF, professor Carlos Bondan, lidera o projeto de pesquisa e explica que o leite é um fluido orgânico, a exemplo do sangue que é utilizado para apurar doenças através da análise de laboratório.

“Vamos analisar inclusive parâmetros que não são muito frequentes e solicitações por parte dos produtores”, adianta, acrescentando que as novas avaliações têm potencial de identificar problemas nas fêmeas leiteiras, principalmente aqueles relacionados ao metabolismo e, às condições nutricionais, além das doenças infecciosas.

“É um primeiro passo desafiador. Porque vamos precisar de amostras individuais por vaca e atualmente o controle leiteiro no Brasil não é realizado de uma forma tão intensa e corriqueira como em outros países”, explica Bondan. Segundo ele, isso já é comum no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa. “Na Holanda, uma vez por mês, os produtores coletam o leite das vacas em ordenha para esse tipo de análise, tendo informações individuais de cada exemplar. Então consegue-se, por vezes, até antever um problema sanitário prestes a ocorrer”, sublinhou.

Com o projeto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa que se quer ir além, inclusive, com um prognóstico de uma doença subclínica nas fêmeas em virtude de indicadores já existentes. “A intenção é mostrarmos problemas que irão resultar em perdas. Seja de bem-estar, produtiva ou de qualidade do leite”, explica. Bondan, ressalta que as variações do clima e do solo em que o alimento foi cultivado (para as vacas leiteiras) são alterações que também podem trazer comprometimentos para a produtividade, a qualidade e a saúde dos animais. “Por isso, criaremos um banco de dados onde iniciaremos com as mais diferentes informações. É aí que entra a inteligência artificial, avaliando estatisticamente um problema que vamos determinar”, detalha.

De acordo com Bondan, o objetivo final do projeto é bem audacioso se a cadeia láctea se somar a ideia, que é fazer com que o Rio Grande do Sul seja positivamente diferenciado no setor. “Tornar o nosso leite conhecido como o melhor em termos de qualidade, produção e rentabilidade do Brasil”, afirmou. Para isso, a intenção é criar uma ferramenta em que todos os atores do sistema produtivo gaúcho possam ter acesso, tanto o produtor, quanto os técnicos e a indústria.

Nessa direção, o professor Carlos Bondan adianta que será criada uma inteligência artificial específica para o projeto. “Não compraremos nenhum software ou metodologia. Serão desenvolvidos única e exclusivamente pela Universidade de Passo Fundo”, garante.

Bondan detalha que as equipes de trabalho já estão formadas e que a iniciativa aguarda apenas a licitação para a aquisição de equipamentos de alto valor. “O projeto em si tem um orçamento de R$ 5 milhões, mas com os recursos que obtivemos com a Finep já conseguiremos iniciá-lo”, pontuou.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa ainda que a expectativa é de que as primeiras conclusões e resultados do projeto sejam apurados no período de dois a cinco anos.

“Vai depender muito da aderência da cadeia láctea porque eu não consigo produzir informação se não tenho dados, análise de leite. E não é avaliação do tanque refrigerador do leite, embora esse também seja importante, mas não mais do que as análises individuais”, sublinhou.

Bondan destaca que quanto mais propriedades leiteiras participarem mais robusto será o banco de dados e mais assertiva será a inteligência artificial. “Precisaremos de rebanhos distribuídos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Existem muitas diferenças edafoclimáticas (de clima e solo) que compreendem desde a temperatura, o índice pluviométrico, o solo, as plantas. As condições particulares de uma determinada região ou microrregião influenciam o leite”, explica.

O professor acredita que o conjunto de informações do banco de dados e suas correlações poderá auxiliar na tomada de decisões do produtor rural para entregar um leite ainda melhor. “Temos uma preocupação muito grande com o setor produtivo do leite. Entendemos que é muito importante para as economias locais e do Estado do Rio Grande do Sul”, conclui. Bondan chamou atenção para o fato de o alimento gaúcho possuir qualidade e sua produção seguir uma série de legislações rígidas, estabelecidas por órgãos federais, estaduais e municipais. “Queremos torná-lo ainda melhor. Tudo evolui e o produtor não pode ficar obsoleto no uso de tecnologia pois isso pode refletir diretamente na sua receita e ganho”, finaliza. (Correio do Povo)

Fórum MilkPoint Mercado: É AMANHÃ! Confira a programação completa

Acontece amanhã, em Campinas, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Confira a programação completa e participe!

O Fórum MilkPoint Mercado 2025 está chegando. A sua 17ª edição acontece amanhã, 18 de março, em Campinas/SP.

No evento, vamos discutir os principais desafios e oportunidades para a indústria láctea em 2025, trazendo insights estratégicos sobre temas essenciais. Confira a programação completa:

Bloco 1 - Cenários de Mercado
Abertura do Painel - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025 - André Penariol, CEO da BU Rock Conecta

Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo - Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa

Do Campo ao Mercado: Sustentabilidade, Gestão Financeira e Logística no Setor Lácteo - Ben French, Diretor Associado do Programa de Suprimentos Sustentáveis VIVE na Czarnikow e Tom Soutter, Trader Sênior na Czarnikow

Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025 - Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025? - Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove

Cenários para o mercado lácteo - Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

O futuro da produção de leite no Brasil - Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures

Perguntas e Debate

Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea

Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro - Graciela Civolani, Diretora de Suply Chain na Danone

Gargalos e Oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento de leite de produtores - Juliana Santiago, Consultora de Projetos da MilkPoint Ventures e Luana Chiminasso, Consultora de Projetos Jr. da MilkPoint Ventures

Uso de Instrumentos FOSS para otimização dos processos lácteos adicionando valor a cadeia - Priscila Tortelli, Diretora Geral da FOSS no Brasil

Perguntas e Debate

Milk break

Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Desbloqueando a Performance por meio da Digitalização da Cadeia de Suprimentos - Fede Lang, Head of Customer Success, MADCAP

Perguntas e Debate

Mesa Redonda: Sistemas de remuneração do leite: para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto, Diretor Executivo de Captação na Alvoar Lácteos
Edney Murillo Secco, Diretor de Compra de Lácteos no Grupo Piracanjuba
Rafael Junqueira, Diretor de Captação de Leite - Lactalis do Brasil e Uruguai
Ricardo Rodrigues, Diretor Compras de Leite & Agropecuária na Scala
Roberto Victor Hegg, Diretor de Supply Chain na Tirolez

Encerramento e Queijos & Vinhos

Estes e outros temas serão abordados por especialistas do setor, reunindo os principais players da cadeia láctea para um dia de muito conhecimento e networking.

Se não puder estar presencialmente, você ainda tem a chance de acompanhar todas as análises estratégicas e debates do Fórum MilkPoint Mercado na modalidade online, com transmissão ao vivo e acesso às gravações por 30 dias.

Se você ainda não garantiu sua participação, essa é a sua última chance! Acesse o site oficial do evento e inscreva-se agora. Não fique de fora do debate que definirá os rumos do mercado lácteo! Associados do Sindilat garantem 10% de desconto clicando aqui.

Milkpoint


Jogo Rápido

Mudança de gestão na superintendência do Rio Grande do Sul
O advogado Glauto Lisboa Melo Júnior tomou posse, nesta sexta-feira (14), no cargo de superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Rio Grande do Sul. Glauto Lisboa é funcionário da Conab desde 2008 e já foi assistente da Superintendência Regional e superintendente Regional da Companhia no estado. (Conab)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.347


Como melhorar o ambiente das vacas?

Pesquisadores da Universidade de Nottingham destacam a importância do enriquecimento ambiental para um manejo mais estimulante e saudável para os animais. Confira!Compreender o comportamento das vacas leiteiras tem sido um tema de destaque na pesquisa em ciência leiteira nas últimas décadas. Em uma edição especial do JDS Communications dedicada ao comportamento dos animais leiteiros, um novo estudo destaca a importância do enriquecimento ambiental para melhorar o bem-estar das vacas mantidas em confinamento.Pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram que a introdução de um objeto novo e simples no ambiente das vacas pode reduzir significativamente comportamentos associados ao tédio, tornar o ambiente mais envolvente e ajudar a comunidade científica a compreender melhor os efeitos do confinamento no comportamento animal.

Alison L. Russell, pesquisadora da School of Veterinary Medicine and Science da Universidade de Nottingham e investigadora principal do estudo, explicou: “A pesquisa tem se concentrado cada vez mais em garantir o melhor bem-estar possível para as vacas leiteiras sob nossos cuidados, especialmente aquelas mantidas em ambientes fechados. O confinamento pode ser benéfico para a saúde e o bem-estar das vacas, além de trazer vantagens para as fazendas. No entanto, também pode levar a condições monótonas que predispõem os animais ao tédio, um estado emocional negativo que devemos evitar.”

Embora estudos sobre enriquecimento ambiental tenham demonstrado resultados positivos na redução do tédio em outras espécies animais, há pouca pesquisa nessa área para vacas leiteiras confinadas.

Russell e sua equipe buscaram entender se a oferta de um objeto de enriquecimento novo, como é frequentemente feito para suínos, poderia estimular as vacas e ajudar a comunidade leiteira a compreender melhor os comportamentos associados ao tédio. O estudo envolveu 71 vacas Holandesas alojadas em baias com camas de areia e acesso a uma escova automática, ferramenta já amplamente reconhecida como uma fonte positiva de enriquecimento para bovinos.

Os pesquisadores então introduziram um novo objeto no ambiente das vacas – uma boia inflável de navegação suspensa na altura dos ombros dos animais – instalada na área de descanso dos currais por um período de três semanas.

Russell explicou: “Escolhemos a boia porque é segura, praticamente indestrutível e oferece uma oportunidade totalmente nova de interação para as vacas.”

O comportamento das vacas durante esse período foi comparado com as semanas anteriores, quando nenhum enriquecimento adicional estava presente. Os pesquisadores registraram continuamente as interações com a boia, bem como dados coletados no sistema de ordenha robotizado usado no experimento.

“Nós registramos não apenas se as vacas interagiam com a boia, mas também dois comportamentos associados ao tédio, além de comportamentos de autocuidado”, explicou Russell.

Os comportamentos associados ao tédio incluíam ficar parada sem interagir com o ambiente, um sinal de desengajamento, e recusas na ordenha automática, quando as vacas entram no robô de ordenha buscando estimulação, mesmo após já terem atingido sua produção diária ou antes do intervalo mínimo necessário entre as ordenhas, além de autocuidados, como lamber, mastigar e coçar-se.

“As vacas interagiram prontamente e repetidamente com a boia em um nível comparável ao da escova, o que sugere que a consideraram uma adição positiva ao ambiente”, disse Russell.

Os resultados do estudo também mostraram uma redução tanto no tempo ocioso quanto nas recusas de ordenha quando a boia estava disponível, sugerindo que ferramentas de enriquecimento podem tornar o confinamento mais estimulante.

Curiosamente, o estudo encontrou um aumento no comportamento de autocuidado quando o enriquecimento estava presente. Embora a literatura sobre esse tema seja contraditória, esses comportamentos podem estar ligados a mudanças nos níveis de estresse ou excitação – que podem ser tanto positivos quanto negativos.

“As vacas interagiram livremente com a boia, sugerindo que a experiência foi positiva, e não estressante. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente esses comportamentos, avaliar se o enriquecimento traria benefícios a longo prazo e identificar os tipos mais eficazes de enriquecimento para vacas leiteiras”, disse Russell.

O uso de enriquecimento ambiental para vacas leiteiras confinadas ainda é um campo pouco explorado e que merece mais investigação. Este estudo contribui para preencher uma lacuna importante no entendimento do comportamento das vacas e reforça a necessidade de estratégias para melhorar seu ambiente de confinamento.

“Esperamos que essas descobertas abram caminho para mais pesquisas sobre o tédio e estados emocionais negativos em vacas leiteiras confinadas – em sintonia com o crescente compromisso de oferecer experiências positivas para os animais e melhorar ainda mais seu bem-estar. Nossa meta é incentivar o desenvolvimento de estratégias de enriquecimento mais eficazes para o setor leiteiro”, concluiu Russell.

As informações são da Feedstuffs, traduzidas pela equipe MilkPoint.


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1858 de 13 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O bem-estar dos animais foi prejudicado pelas altas temperaturas, resultando em queda na produtividade. Em algumas regiões, as chuvas ajudaram a amenizar o calor e a manter as pastagens.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite em Hulha Negra ainda está estável, mas já apresenta leve queda em razão do estresse térmico e do fim do ciclo das pastagens de verão. 

A suplementação segue predominantemente com ração e feno, pois poucos produtores ensilaram o milho. 

Na Fronteira Oeste, as pastagens começam a se recuperar em função das chuvas, mas a produção de leite ainda está limitada. 

Na de Ijuí, a qualidade do leite ficou dentro dos padrões, sem exclusões pelos laticínios. O controle de ectoparasitas exigiu mais atenção, e a alimentação foi garantida com silagem e ração, evitando restrições nutricionais. 

Na de Erechim, o excesso de umidade nos estábulos favoreceu os casos de mastite e os problemas nos cascos. No mercado, o preço do leite caiu devido ao aumento da oferta nacional. 

Na de Frederico Westphalen, para mitigar os efeitos do estresse térmico causado pelo calor, os produtores têm utilizado silagem para manter a alimentação dos animais, o que pode aumentar os custos de produção.

Na de Ijuí, a produção de leite sofreu leve queda, atribuída principalmente ao calor excessivo, que afetou o bem-estar dos animais. 

Na de Passo Fundo, a expectativa é de recuperação da produtividade, impulsionada pela retomada das chuvas, pela queda nas temperaturas e pela complementação da alimentação com alimentos conservados e ajustes nas dietas com concentrados. 

Na de Pelotas, há um aumento significativo na população de moscas e carrapatos, o que pode impactar a produção. 

Na de Porto Alegre, o rebanho continua em adequada condição corporal e sanitária, e a produtividade está satisfatória, apesar do calor excessivo. O controle sanitário segue frequente, com foco em carrapatos e bernes. 

Na de Santa Maria, os produtores ainda realizaram suplementação alimentar para minimizar perdas na produção. O calor também tem impactado o bem-estar e a produtividade das vacas. 

Na de Santa Rosa, o calor intenso prejudicou a atividade leiteira, reduzindo o tempo de pastejo e aumentando casos de mastite. Já nas propriedades tecnificadas, os efeitos foram minimizados pela ventilação e aspersão. 

Na de Soledade, as altas temperaturas causaram estresse térmico no rebanho leiteiro, diminuindo a produção.

As informações são Emater, adaptadas pelo Sindilat

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 11/2025 – SEAPI 

Nos últimos sete dias o estado do Rio Grande do Sul experimentou mudanças significativas nas condições meteorológicas. A onda de calor que vinha atingindo todo o estado esteve atuante no início do período, sendo que a partir do dia 09/03 uma frente fria começou a avançar trazendo chuvas, queda de temperatura e ventos fortes, especialmente nas regiões sul e noroeste do estado (Litoral Sul, Sul, Campanha e Fronteira Oeste). 

A colheita de milho de silagem está em estágio avançado, e aproximadamente 80% da área cultivada foi ensilada. Restam 10% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, semeadas em safrinha, e 10% entre as fases reprodutivas e o ponto ideal de corte. A produtividade média para safra 2024/2025 foi reavaliada em 36.760 kg/ha, representando redução de 6,8% nos 39.457 kg/ha estimados na ocasião do plantio. 

As altas temperaturas e a baixa umidade impactaram negativamente o crescimento das pastagens, afetando principalmente os campos nativos em solos rasos. As chuvas do período favoreceram a recuperação das forrageiras perenes de verão, mas o consumo ainda está limitado em razão do estresse térmico aos animais. Os produtores já preparam áreas para a implantação de forrageiras de inverno e trigo para pastejo, visando amenizar o vazio forrageiro.

A produção leiteira passou por dificuldades devido às altas temperaturas, que afetam o bem estar dos bovinos de leite e resultaram em queda na produtividade. Apenas após dia 09/03, às chuvas ajudaram a amenizar o calor. O controle de ectoparasitas exigiu mais atenção, e a alimentação foi garantida com silagem e ração, evitando restrições nutricionais.

A previsão para os próximos dias indica que o ciclone associado à frente fria estará em deslocamento para leste, se afastando do litoral sul do estado em direção ao oceano. Ainda são esperadas chuvas associadas a esse sistema nas regiões Sul e Litoral Sul entre os dias 13 e 14, com volumes que podem atingir de 30 a 50 mm, além da região da Campanha e porção sul do Vale do Taquari, Metropolitana e Litoral Norte com volumes menos expressivos nestes dias. Há também prognóstico de chuvas da ordem de 10 a 20 mm no extremo leste da região de Serra e Campos de Cima da Serra entre os dias 13 e 14. Para os dias 15 e 16 não há previsão de precipitação no estado. As temperaturas voltam a subir gradativamente no período, com máximas acima dos 30°C esperadas para as regiões das Missões e Alto Uruguai já nos dias 13 e 14, podendo atingir os 35°C após o dia 15. Nas demais regiões do estado as temperaturas máximas devem ultrapassar os 28°C também nos dias 15 e 16. 

A tendência para os dias subsequentes indica a manutenção de temperaturas elevadas e sem precipitação. A condição pós frontal perde força e as temperaturas seguem elevadas em todo o estado entre os dias 17 e 19 de março, especialmente nas regiões das Missões e Alto Uruguai. Na tarde do dia 19, instabilidades locais podem trazer precipitação leve para as regiões da Fronteira Oeste e Campanha.

 

As informações são da Seapi adaptadas pelo Sindilat


Jogo Rápido

Debate Correio Rural desta quinta-feira abordou produção sustentável na cadeia leiteira
O encontro foi mediado pelo jornalista Poti Silveira Campos, na Casa do Correio do Povo na Expodireto Cotrijal. Foram convidados desta edição Jair da Silva Mello, Gerente de Suprimentos de Leite da CCGL; Geomar Corassa, Gerente de Pesquisa da CCGL; Frederico Trindade, Gerente de Produção Animal da COTRISAL de Sarandi; Leandro Siede, Produtor de Leite, de Ajuricaba; Vitória Siede, Produtora de Leite, de Ajuricaba; Eduardo Condorelli, Diretor Superintendente do SENAR/RS. Assista clicando aqui.  (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.346


Depois das enchentes, setor leiteiro projeta recuperação para 2025

Diferentemente da soja, a produção de leite vive um momento de boas expectativas apesar da estiagem. Com a boa safra de milho, a alimentação dos animais permite uma produção expressiva no Estado. De acordo com o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, a expectativa é que o setor registre um crescimento de 5% em relação ao ano passado, quando o RS produziu 4 bilhões de litros. Questões relacionadas à atividade foram debatidas no 20º Fórum do Leite, realizado nesta quarta-feira (12) durante a 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque.“O momento é positivo. Estamos com estabilidade de preços e viés de alta para o produtor. Quem trabalha com grãos enfrenta dificuldades por conta da estiagem, mas, com a profissionalização no leite, estamos conseguindo superar esses desafios”, ponderou Palharini. Ele acrescenta que nem mesmo a importação tem causado efeitos tão negativos no setor, uma vez que o consumo interno também tem aumentado.
 
 

Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou problemas com matéria-prima e as enchentes impactaram os resultados no segundo semestre. “Temos, para este ano, uma recuperação na produção. A silagem foi boa e não faltou chuva para o milho. Podemos chegar a mais de 4,3 bilhões de litros de produção”, projetou.O gerente de produção animal da Cotrijal, Eduardo Bosse, destaca que a produção de leite tem se mostrado uma alternativa para complementar a renda dos produtores, especialmente em períodos de seca que afetam a soja e outros grãos. “É uma forma de os produtores pagarem suas contas, diversificando a produção”, afirmou.Apesar disso, tanto Bosse quanto Palharini ressaltam que a sucessão familiar e a falta de mão de obra têm prejudicado o setor. “O maior desafio é o abandono na sucessão. Muitos jovens estão deixando o campo”, disse Palharini. “Trabalhar com leite é uma atividade diária, que exige dedicação do produtor. Ainda há desafios climáticos, mas o ciclo do leite é mensal, o que proporciona maior capacidade de recuperação”, acrescentou Bosse.Uma resposta a essas dificuldades tem sido a informatização e a robotização da atividade, além do aumento da produtividade sustentável por animal, temas debatidos no fórum. “Aqui estamos vendo que uma propriedade mais produtiva minimiza as emissões de gases de efeito estufa. É fundamental que avancemos em propriedades sustentáveis”, destacou Palharini.

Aumento da eficiência nas fazendas reduz pegada de carbono
Reconhecido por sua pecuária sustentável, o Rio Grande do Sul pode avançar ainda mais na eficiência das fazendas leiteiras. Um dos palestrantes do 20º Fórum do Leite, o professor associado do Departamento de Medicina Veterinária e Ciência Animal da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, Luiz Pereira, explicou que a perda de energia em uma fazenda resulta no aumento da emissão de metano, um dos principais gases de efeito estufa. “Se aumentamos a eficiência, reduzimos a pegada de carbono”, afirmou. A pegada de carbono é a quantidade total de gases de efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄). Ela mede o impacto ambiental dessas emissões no aquecimento global e pode ser reduzida por meio de práticas sustentáveis, como eficiência energética, uso de fontes renováveis e manejo adequado de resíduos.

Uma das formas de alcançar esse objetivo é melhorando a eficiência alimentar, ou seja, fornecendo mais amido para os animais. Segundo um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizado em 1.743 fazendas, apenas duas foram classificadas como de baixa pegada de carbono, enquanto a maioria se enquadrava nas categorias média ou alta.

Outros fatores que influenciam na pegada de carbono são o combustível utilizado nas fazendas e o manejo de dejetos. Além disso, a genética também contribui para o melhor desempenho dos animais. “São medidas que aumentam a produção e reduzem a intensidade das emissões”, explicou o professor.

Uma fazenda com índice abaixo de 1 é considerada de baixa pegada de carbono, enquanto aquelas acima de 2 são classificadas como de alta pegada. “As propriedades de baixo carbono precisam de investimentos. Já as de alta pegada enfrentam problemas estruturais e demandam melhor gestão do rebanho. Se não fizerem isso, é provável que o produtor desista. As que estão na faixa intermediária precisam de uma alimentação com maior teor de amido e melhoramento genético”, detalhou.

Essas fazendas com baixa emissão de gases de efeito estufa estão agregando valor aos seus produtos e encontrando mercados importantes, especialmente na Europa, onde os consumidores buscam alimentos de origem sustentável. (Jornal do Comércio)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 11 de Março de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2025 a ser pago em Março/2025.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

 

Bebidas lácteas ‘Sabores Extraordinários’ da Santa Clara chegam às prateleiras

O desenvolvimento deste produto inédito aconteceu em parceria com a empresa TetraPak e demandou mais de um ano de pesquisa, para que a bebida proporcionasse esta experiência sensorial única. 

A Cooperativa Santa Clara apresenta ao mercado as bebidas lácteas “Sabores Extraordinários” em duas versões para surpreender a garotada: morango azedinho e chocolate que gela.
Mais do que sabores, são experiências únicas que só podem ser descobertas ao provar. 

Com embalagens nas cores rosa e azul, os produtos chamam a atenção do público infantil, mas conquistam paladares de todas as idades, despertando curiosidade e proporcionando uma nova sensação a cada gole.   

Esse lançamento reforça a inovação no portfólio da Cooperativa Santa Clara, atendendo uma faixa-etária mais específica, sem abrir mão de agradar diferentes públicos. Os “Sabores Extraordinários” são produzidos na unidade industrial de Casca, onde são fabricadas todas as linhas de UHT. 

O desenvolvimento deste produto inédito aconteceu em parceria com a empresa TetraPak e demandou mais de um ano de pesquisa, para que a bebida proporcionasse esta experiência sensorial única.  

Os produtos chegarão aos supermercados da região Sul e São Paulo nos próximos dias. (Coop Santa Clara)


Jogo Rápido

Faturamento com exportação de lácteos do Uruguai cresceu 39% em fevereiro
Fevereiro registrou um forte dinamismo na exportação de produtos lácteos do Uruguai, impulsionado por um maior volume comercializado (+30%) e também por uma valorização do preço médio (+9%) na comparação anual. De acordo com dados aduaneiros, os pedidos de exportação de produtos lácteos em fevereiro deste ano totalizaram cerca de 19.500 toneladas, movimentando aproximadamente US$ 72 milhões. O preço médio de exportação para todos os produtos foi de US$ 3.670 por tonelada. Em fevereiro de 2024, o Uruguai havia exportado cerca de 15 mil toneladas de produtos lácteos a um preço médio de US$ 3.370 por tonelada, totalizando cerca de US$ 52 milhões. Quanto aos destinos, a Argélia liderou as importações em fevereiro, com uma participação de 34%, seguida pelo Brasil (29%). Já os Estados Unidos completaram o pódio (algo incomum) com uma participação de 6,5% (quase US$ 5 milhões em vendas). O leite em pó integral foi o principal produto exportado em fevereiro (72%), com cerca de 13 mil toneladas embarcadas a um preço médio de US$ 3.950 por tonelada. Em janeiro, o valor médio por tonelada havia sido de US$ 3.770. A Argélia foi o principal destino do leite em pó integral, importando quase 6 mil toneladas a um preço médio de US$ 4.001 por tonelada. O Brasil recebeu cerca de 3.800 toneladas a US$ 3.790 por tonelada, enquanto os Estados Unidos importaram 950 toneladas, pagando um preço médio de US$ 4.210 por tonelada. Para 2025, projeta-se um crescimento de 5% nas exportações de produtos lácteos, alcançando um valor estimado de US$ 855 milhões, segundo o relatório do Uruguay XXI. A recuperação dos preços ao longo de 2024 tem sido um fator chave, e espera-se que eles permaneçam firmes pelo menos durante a primeira metade de 2025. As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidos e adaptados pela equipe MilkPoint.


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.345


20º Fórum Estadual do Leite destaca produção eficiente com menor pegada de carbono

Produzir mais leite, com sustentabilidade e rentabilidade são os grandes objetivos da cadeia láctea e também o foco do 20º Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (12), na 25ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS. A série de palestras reuniu representantes do setor, especialistas e produtores rurais para buscar caminhos para a produção sustentável no Sul do país, observando as lições do mercado internacional e a eficiência enquanto pilar fundamental da sustentabilidade.“O Fórum do Leite, a cada ano, nos dá uma motivação ainda maior. O leite pode ser uma atividade muito difícil e todos nós sabemos disso, mas estamos vendo uma evolução e Cotrijal está trabalhando para a profissionalização, sustentabilidade, eficiência e resiliência do nosso produtor”, ressaltou o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, na abertura do evento.
 
O Rio Grande do Sul observa nos últimos anos uma redução no número de produtores e perde cada vez mais espaço entre os principais estados produtores do país, ocupando atualmente a quarta posição no ranking. Por isso, espaços como o Fórum do Leite são fundamentais para qualificar a produção. “Com certeza temos potencial para retomar a importância do leite para o estado e temos a consciência de que a atividade depende da rentabilidade do produtor. Se o produtor não tiver a possibilidade de ter uma remuneração justa e correta, a atividade tem dificuldades para evoluir”, afirmou Caio Vianna, presidente da CCGL.“A sustentabilidade é um caminho sem volta para a produção de leite no Rio Grande do Sul. Aliar eficiência produtiva à redução da pegada de carbono é essencial para garantir a competitividade da atividade e atender às exigências do mercado, que cada vez mais valoriza práticas ambientalmente responsáveis”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).O Fórum Estadual do Leite é uma realização de Cotrijal e CCGL, com patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Sicredi, além do apoio de FecoAgro/RS, Rede Técnica Cooperativa (RTC), Sistema Ocergs e SmartCoop.

Sul do país
O Rio Grande do Sul tem grande tradição na produção de leite, com um número expressivo de produtores de pequeno porte. No entanto, esse cenário está em transformação, com uma exigência cada vez maior pelo aumento da produção. “Nós temos um processo de consolidação no campo, uma redução no número de produtores e um volume de leite maior por produtor. Esse é um processo com o qual temos que saber lidar com ele, porque vamos ter menos produtores no futuro”, avalia Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures, palestrante do fórum.

Para que a produção de leite do Sul do país alcance novos patamares, Valan aponta os seguintes caminhos: “pagar mais por sólidos, ter mais sólidos no leite, ter maior competitividade no campo e na indústria - a indústria brasileira também tem que crescer em termos de tamanho”, avalia. Já para alcançar maior competitividade no campo, dois pilares são fundamentais: a redução no custo de produção e a gestão das propriedades.

Demanda
A evolução da produção de leite não pode ignorar a demanda atual por sustentabilidade no sistema produtivo. “Nós que vendemos alimentos para o consumidor final temos que atender aquilo que consumidor busca. O ponto é como fazer isso de uma maneira que seja economicamente viável para todos que estão envolvidos. Então acho que esse é o grande desafio, o grande aprendizado, mas temos que entender que veio pra ficar”, afirma a gerente de Marketing na Cargill da Europa, Maria Reis.

Nesse contexto, observar as exigências de outros mercados e as soluções encontradas podem ajudar a guiar o processo de adaptação. “O mercado brasileiro está num estágio diferente do que o europeu em termos de sustentabilidade porque lá a pressão é muito grande do governo, dos consumidores, de todos os lados, mas eu acho que entender o que está acontecendo com o outro nos ajuda a ter a mais consciência e ver como podemos adequar aquilo pra nossa realidade no futuro”, pontua Maria.

Sustentabilidade
Para alcançar a sustentabilidade na produção, primeiro é necessário avaliar o processo produtivo e mensurar diversas características, inclusive a pegada de carbono, medida de avaliação das emissões de gases do efeito estufa pela atividade. “Conhecendo qual é a pegada [de carbono] da fazenda, conseguimos ter uma base para escolher as melhores estratégias”, explica o professor adjunto Luiz Gustavo Pereira, da Universidade de Copenhague.

Partindo desse ponto, as propriedades ainda podem contribuir para regeneração ambiental e para o aumento da biodiversidade, além de reduzir o impacto ambiental, diminuindo a pegada de carbono do leite. Propriedades rurais de diferentes portes podem adotar essas estratégias, independentemente do sistema de produção. No entanto, a eficiência é o princípio básico para desenvolver a pecuária leiteira sustentável. “Para ser eficiente, primeiro tem que ter estratégia, sustentabilidade envolve a economia, o social e o meio ambiente. Então é fazer uma boa gestão, fazer o feijão com arroz e mensurar essas novas variáveis que estão no mercado e que estão sendo demandadas pelo consumidor e pelo mercado lácteo no mundo”, conclui Pereira, pesquisador Embrapa Gado de Leite.

*Por Bruna Scheifler | Assessoria de Imprensa Expodireto Cotrijal com Sindilat/RS


Hulha Negra planeja incentivos fiscais para consolidar distrito industrial

A prefeitura de Hulha Negra, na região da Campanha, pretende lançar um pacote de incentivos fiscais e disponibilizar áreas para a instalação de indústrias no município. A iniciativa faz parte de uma estratégia de fortalecimento do setor produtivo local, com foco na valorização das cadeias agrícolas e na geração de empregos, segundo o prefeito Fernando Campani (PT).Em entrevista ao Jornal do Comércio, o chefe do Executivo pontua que a criação do distrito industrial será um passo importante para a economia local. “Estamos instalando o primeiro distrito industrial do município para receber pequenas e médias indústrias”, afirma. Segundo ele, a localização do empreendimento é um diferencial para atração de investimentos. “O distrito ficará na entrada da cidade, com acesso direto à BR-293, permitindo escoamento da produção por rodovias asfaltadas até Rio Grande, além de Uruguai, Argentina e demais regiões do estado”, explica.Além da infraestrutura, o município pretende adotar políticas de incentivo fiscal. “Os tributos municipais serão facilitados e, na fase inicial, as empresas estarão isentas de impostos para viabilizar a instalação e o funcionamento das indústrias”, diz Campani. O objetivo é atrair negócios que agreguem valor à produção local, como leite, grãos e sementes.Também segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Campani já está em contato com possíveis investidores das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e de São Paulo (Fiesp), para apresentar as oportunidades da cidade.A administração municipal também está elaborando um edital de concessão de uso de espaços públicos para instalação de restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e lojas de produtos em geral. O primeiro espaço a ser ofertado serão as lojas da Rodoviária, destinadas a cafeterias, livrarias, tabacarias e lojas de utensílios domésticos. Até o final do ano, a prefeitura também disponibilizará quiosques de serviços gastronômicos no Ginásio de Esportes Municipal. A reforma do ginásio incluirá painéis de exploração publicitária para empresas privadas.

Na sexta-feira (7) a CCGL recebeu a licença ambiental para a operação de um posto de recebimento e concentração de leite, que deve gerar até 100 empregos diretos na cidade. “Temos uma estimativa de produção de 80 mil litros de leite por dia, o que representa uma importante movimentação econômica e social”, destaca. Ele reforça que, além do leite, outras cadeias produtivas também serão beneficiadas pelo incentivo à industrialização.

De acordo com Campani, a prefeitura também busca fortalecer parcerias com instituições de ensino e capacitação profissional. “Temos um polo de universidade aberta e estamos estabelecendo parcerias com a Unipampa, Uergs, Ufpel e Urcamp para incentivar a pesquisa e a extensão universitária no desenvolvimento de negócios”, afirma Campani. O município pretende fomentar startups e pequenos empreendimentos voltados à agroindústria e ao mercado local.

Nesta área, Hulha Negra teve, no fim de fevereiro, o início das obras do Centro de Formação Profissional Rural Campanha (CFPR), administrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e que terá capacidade para o atendimento de até 8 mil alunos por ano. A construção deve ficar pronta no início de 2026.

Outra ação em andamento é a reestruturação de pontos de comercialização de produtos da agricultura familiar. “Vamos inaugurar uma central de comercialização na entrada do município, voltada para a oferta de produtos agroindustriais”, informa o prefeito.

A prefeitura também pretende manter o incentivo ao fornecimento de alimentos para merenda escolar. “Hulha Negra foi uma das primeiras cidades do Brasil a comprar merenda da agricultura familiar, uma iniciativa que inspirou a legislação nacional sobre o tema”, ressalta Campani. (Jornal do Comércio)

Na Expodireto, Emater/RS-Ascar lança projeto que aposta no futuro do jovem no campo

Nesta terça-feira (11/03), durante a Expodireto Cotrijal 2025, em Não Me Toque, a Emater/RS-Ascar fez o lançamento do Projeto Juventudes do Campo em Movimento. O Projeto é direcionado a jovens rurais com idades de 15 a 29 anos e inclui mulheres e homens, de diversos tipos de público presentes no meio rural, como agricultores e pecuaristas familiares, pescadores artesanais, assentados da reforma agrária e famílias de comunidades indígenas e quilombolas.

A sucessão familiar no campo representa um dos maiores desafios para a continuidade das atividades agropecuárias no Brasil e, especialmente, no RS. A Emater/RS-Ascar reconhece a necessidade de enfrentar esse desafio e desenvolve ações que valorizam a juventude rural e incentivam a sua permanência no campo, proporcionando oportunidades de geração de renda, empreendedorismo e capacitação técnica.

Conforme a extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Clarice Bock, o projeto surge como uma resposta abrangente a essas demandas e, por meio de experiências práticas, experimentações e troca de saberes, busca garantir não apenas a continuidade das atividades agropecuárias e não agrícolas, mas também um modelo de desenvolvimento sustentável, que respeite e valorize o contexto local. "Por isso o Programa Juventudes em Movimento é a cara da Emater", destaca Clarice. Entre as principais ações dessa iniciativa, merece destaque o Projeto Young Farmers (em tradução livre, Jovens Agricultores), primeiro intercâmbio promovido pela Emater/RS-Ascar com o apoio do Consulado do Canadá, Seymour Learning Center, PH Advisory Group e Overseas Five Educacion Inc. Essa iniciativa oportunizará a ida de 18 jovens ao Canadá, onde, por seis meses, compartilharão experiências de estudo e de trabalho na área da agricultura. Os jovens participantes embarcam no próximo dia 28 de março e, na volta, apresentarão propostas de ações a serem implementadas na unidade de produção familiar na comunidade onde vivem e ideias que possam ser aplicadas na melhoria da agricultura gaúcha.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido

Podcast: sustentabilidade em foco na Expodireto 2025
Confira os desafios e também soluções que vêm sendo implementadas no agronegócio gaúcho. A reportagem do Correio do Povo ouviu autoridades que estiveram presentes na maior feira do agronegócio gaúcho, em Não-Me-Toque, para saber o que vem sendo implementado no estado para uma agropecuária mais sustentável. (Ouça clicando aqui)