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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.283


NOTA OFICIAL
 
O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento, um procedimento que vai na contramão de um trabalho meticuloso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias nos últimos anos para elevar os padrões de qualidade no Rio Grande do Sul.

O leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas que chegam às empresas passam por testes físico-químicos em diferentes etapas do processo produtivo e os resultados estão constantemente à disposição das autoridades. Qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida.

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2024


Irrigação favorece desenvolvimento de pastagens em diferentes períodos do ano, diz Emater/RS

A contribuição da irrigação para o desenvolvimento de pastagens e para a manutenção da produção na atividade leiteira, em diferentes períodos do ano, tem motivado produtores da região de Santa Rosa a adotarem a tecnologia em sua propriedade. Em Nova Candelária, por exemplo, o sistema de irrigação por aspersão foi implantado na propriedade de Alexandre Luis Kroetz e Fabiele Baum em novembro deste ano, com o intuito de manter irrigada a área de três hectares com pastagem perene Tifton 85 e Jiggs.
 
A família é uma das beneficiárias do Supera Estiagem - Etapa 1, coordenado pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e executado pela Emater/RS-Ascar. O objetivo do Programa é estimular a reservação de água e a ampliação da área irrigada, sendo que em sua primeira fase foi oferecida subvenção de 20% dos valores investidos, chegando a R$ 15 mil por pessoa física. Já na Etapa 2 do Supera Estiagem, que está em andamento, a subvenção pode chegar até R$ 100 mil por CPF.
 
No caso da família de Alexandre e Fabiele foram investidos R$ 62 mil nos equipamentos de irrigação. Além dos 20% de subvenção do Governo do Estado, o restante do montante foi financiado pelo Pronaf, com juros de 4% ao ano e pagamento em dez anos, através da Cooperativa Cresol, o que facilitou sua viabilização.
 
Com a instalação da irrigação, a família garante a produção de forragem para as vacas de leite, independente das condições de escassez de chuva. Atualmente a propriedade possui 30 vacas em ordenha, com produção mensal de 15.600 litros de leite.
 
A água para irrigação é captada do Rio Reúno, com a devida autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
 
Os projetos de irrigação e de crédito foram elaborados pelo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Nova Candelária, que está à disposição dos agricultores locais para mais informações e estudos de viabilidade. Já a abertura e fechamento das valas, fornecidas de forma gratuita ao produtor, contaram com o apoio da Prefeitura de Nova Candelária.
 
Fonte: Emater/RS-Ascar
 
 
Associação Gaúcha de Supermercados premia vencedores do Carrinho Agas 2024
 
Escolha foi realizada após análise de 192 empresários do ramo supermercadista, em processo que durou três meses
 
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) realizou, na noite desta terça-feira (10), a solenidade de entrega do troféu Carrinho Agas 2024. Nesta edição, a entidade reconheceu 42 empresas e personalidades, em uma cerimônia realizada no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre.
 
Concedido pela Agas desde 1984, o troféu chega em sua 41ª edição destacando a simbologia de superação pela retomada da economia gaúcha após a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul.
 
A escolha dos 42 agraciados com o prêmio foi realizada após análise de 192 empresários do ramo supermercadista, em processo seletivo que durou três meses. Entre os vencedores estão companhias fornecedoras de produtos e equipamentos para supermercados, além de lideranças que se notabilizaram por sua atuação.
 
Para o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, os agraciados são "lideranças notáveis em suas áreas" e que simbolizam, com seus exemplos de vida e trabalho, "a força, a liderança e o espírito de reconstrução que ajudou a reerguer o Estado neste ano tão difícil". 
 
Anfitrião na atividade, ele fez questão de destacar o papel do setor para a recuperação do Estado após a catástrofe ambiental. 
 
— O espírito associativista do empreendedor gaúcho contribuiu para a restauração da normalidade e da pujança na economia. Apesar da realidade econômica do país ser desafiadora para o empreendedorismo, projetamos o próximo ano de consolidação de negócios, qualificação de mão de obra e um ambiente de concorrência entre empresas, que trará benefício aos consumidores — pontuou.
 
Representando o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Cláudio Bier, homenageado com o título de Personalidade Pública do Ano, o diretor do Conselho de Articulação Política da entidade, Diogo Bier, afirmou que o reconhecimento representa a afinidade entre os setores da economia. 
 
— Não se faz indústria sem o varejo e nem o contrário. Precisamos valorizar esta sintonia em nome do desenvolvimento do Estado — analisou Bier.
 
Presente na cerimônia para receber o Troféu Superação, concedido ao Grupo RBS, o CEO Claudio Toigo Filho agradeceu a honraria e enfatizou o papel do empreendedorismo varejista no fortalecimento da sociedade gaúcha. 
 
— Este reconhecimento é um estímulo para continuarmos dando visibilidade e valorizando o protagonismo deste setor que é exemplo de atuação pelo desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul — definiu Toigo.
 
Veja a lista completa de vencedores do Carrinho Agas 2024
Melhor Fornecedor de Queijos: Cooperativa Santa Clara
● Melhor Fornecedor de Frios Fatiados: BRF
Melhor Fornecedor de Iogurtes: Lactalis Batavo
● Melhor Fornecedor de Biscoitos: Isabela
● Melhor Fornecedor de Massas: Orquídea
● Melhor Fornecedor de Commodities de Mercearia: Blue Ville
● Melhor Fornecedor de Pães e Salgados Congelados: Marquespan
● Melhor Fornecedor de Produtos Naturais e Integrais: Naturale
● Melhor Fornecedor de Cafés e Matinais: Nestlé
● Melhor Fornecedor de Balas, Doces e Rapaduras: Da Colônia
● Melhor Fornecedor de Chocolates: Neugebauer
● Melhor Fornecedor de Conservas: Oderich
● Melhor Fornecedor de Barras de Cereal: Ritter
● Melhor Fornecedor de Sucos: Del Valle
● Melhor Fornecedor de Refrigerantes: Coca-Cola Femsa Brasil
● Melhor Fornecedor de Leites: Cooperativa Santa Clara
● Melhor Fornecedor de Água Mineral: Água da Pedra
● Melhor Fornecedor de Cervejas: Ambev
● Melhor Fornecedor de Espumantes: Cooperativa Garibaldi
● Melhor Fornecedor de Vinhos: Vinícola Aurora
● Melhor Fornecedor de Energéticos: Baly Energy Drink
● Melhor Fornecedor de Higiene e Beleza: Unilever
● Melhor Fornecedor de Fraldas: Pampers P&G
● Melhor Fornecedor de Limpeza: Girando Sol
● Melhor Fornecedor de Papéis: Mili
● Melhor Fornecedor de Bazar: Tramontina
● Melhor Fornecedor de FLV: Silvestrin
● Melhor Fornecedor de Rações Pet: Monello
● Melhor Fornecedor de Carne Bovina: Callegaro
● Melhor Fornecedor de Frango: Ave Serra
● Gerente de Vendas Destaque: Paulo César Rodrigues (Nestlé)
● Prêmio Mérito Editorial: Telmo Flor (Correio do Povo)
● Destaque AGAS Mulher: Rosane Avila Roxo ( Grupo Roxo)
● Destaque AGAS Jovem: Dayane Titon (Baly)
● Prêmio Inovação: Supermago
● Prêmio Centenário: Bebidas Fruki
● Prêmio Centenário: Anton Karl Biedermann
● Reconhecimento AGAS: João Galassi, Fernando Yamada, João Carlos Oliveira Jr., João Paes de Mendonça, João Sanzovo, José Humberto Pires de Araújo, Levy Nogueira,  Paulo Afonso Feijó e Sussumu Honda
● Personalidade Pública do Ano: Claudio Bier (Fiergs)
● Troféu Superação: Claudio Toigo (Grupo RBS)
● Medalha Marcello Zaffari: Augusto De Césaro
● Medalha Marcello Zaffari: Everton Muffato

Jogo Rápido

Em relação ao Convênio 109/2024 do Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz), que trata sobre a remessa interestadual de bens e mercadorias entre estabelecimentos de mesma titularidade, a Receita Estadual informa a publicação do Decreto nº 57.886 e a disponibilização de serviço para comunicação da opção à Receita Estadual. A novidade permite que os contribuintes comuniquem a opção por equiparar a transferência de mercadorias a uma operação tributada, proporcionando mais flexibilidade na gestão dos créditos de ICMS. Confira o Decreto nº 57.886/24 clicando aqui. 

 
 

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Porto Alegre, 10 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.282


O que segura o preço baixo da gasolina e do diesel apesar do recorde do dólar

Os valores cobrados dos consumidores nos postos não estão nem perto dos altos patamares de 2021

Mesmo com os recordes do dólar, o preço dos combustíveis no Brasil tem se mantido estável, em patamares bem inferiores do que há três anos, por exemplo. Não há sinal de que a Petrobras mexerá nos valores das refinarias estatais no atual cenário, nem alterações previstas nas refinarias privadas.

Mas o dólar não é uma das principais influências na decisão da petrolífera? Sim, mas a outra é o petróleo, que tem se mantido em patamar baixo. Hoje, por exemplo, está na casa dos US$ 70, o que é aproximadamente a metade do preço do barril quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. 

Os conflitos no Oriente Médio até dão alguns sustos, como quando o Irã, que é produtor de petróleo, e Israel realizaram ataques mútuos. Agora, a crise na Síria também não deve provocar aumento da commodity, pois sua capacidade de produção caiu a um décimo na última década, derrubada pela guerra civil no país.

O principal motivo para o petróleo manter-se baixo é a previsão de consumo menor, especialmente pela desaceleração da economia da China, a segunda maior do mundo. Além do país asiático, os Estados Unidos, que são a maior economia, ainda geram eventuais especulações sobre uma recessão. 

Ou seja, se o dólar não estivesse subindo, o preço da gasolina, do diesel, do gás e de outros derivados de petróleo estaria até caindo para o consumidor. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum está custando, em média, R$ 6,04 no Rio Grande do Sul. Em novembro de 2021, chegou a R$ 7,10. Já o diesel está em R$ 6,04 agora, mas atingiu R$ 7,40 em julho de 2022.

Em tempo, se os combustíveis estivessem subindo, a vida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria bem mais tumultuada. A inflação estaria pressionando muito mais o juro e exigindo um corte de gastos rápido e convincente. (GZH)


Você sabe como é a produção de whey protein?

Você sabe como o whey é produzido? Esse suplemento tão popular entre atletas e praticantes de atividades físicas começa sua jornada nas fazendas leiteiras.
 
Você sabe como o whey é produzido? Esse suplemento tão popular entre atletas e praticantes de atividades físicas começa sua jornada nas fazendas leiteiras, onde o soro do leite – sua principal matéria-prima – é obtido durante a produção de queijos.
 
Com o aumento da demanda por alimentos fortificados, o Brasil tem se destacado nesse mercado em expansão. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de whey protein e outros concentrados de proteína no país cresceu 25% entre 2021 e 2023. 
 
Além disso, dados da Mordor Intelligence apontam que o Brasil lidera o mercado sul-americano de proteínas do soro de leite, representando 60% do consumo total e com previsão de crescimento anual de 8% entre 2024 e 2029.
 
Essa ascensão representa uma grande oportunidade para os produtores rurais. Afinal, o soro do leite, que antes era visto como resíduo, se tornou uma fonte de renda sustentável e estratégica.
 
Como é a produção de whey protein?
 
O processo começa na fabricação de queijos. Quando o leite é coagulado para a produção de queijo, ocorre a separação da massa (que formará o queijo) e do soro do leite. 
 
Este soro, que por muito tempo foi considerado apenas um resíduo, contém proteínas de alto valor biológico, além de vitaminas e minerais essenciais. Para garantir a qualidade da matéria-prima, o armazenamento e transporte do soro devem seguir rigorosos padrões sanitários. 
 
O produto precisa ser mantido refrigerado em tanques adequados e transportado em caminhões isotérmicos até as unidades de processamento, evitando qualquer tipo de contaminação ou degradação.
 
Processamento industrial do soro do leite
 
Na indústria, o soro passa por um processo de transformação até se tornar whey protein. As principais etapas são:
 
● Coagulação inicial: O soro passa por um processo de coagulação controlada para separação das proteínas
● Filtração preliminar: Remoção de impurezas e partículas maiores
● Ultrafiltração: Processo que concentra as proteínas do soro
● Microfiltração: Etapa que remove resíduos menores e garante maior pureza
● Desidratação: O concentrado proteico é transformado em pó através de secagem a vácuo
● Finalização: Adição de saborizantes e embalagem do produto final
 
Durante esse processo, são produzidos diferentes tipos de whey protein:
 
● Concentrado (WPC): Contém entre 35% e 80% de proteína
● Isolado (WPI): Apresenta mais de 90% de proteína
● Hidrolisado (WPH): Proteínas são pré-digeridas para maior absorção
 
    Controle de qualidade na produção de whey
 
Todo o processo é regulamentado pela ANVISA e deve seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF). O controle de qualidade inclui análises microbiológicas, físico-químicas e sensoriais em todas as etapas, desde o recebimento do soro até o produto final.
 
Benefícios nutricionais do whey protein
 
O whey protein se destaca como um dos suplementos mais completos disponíveis no mercado, oferecendo benefícios que vão muito além do ganho de massa muscular. 
 
Sua composição rica em aminoácidos essenciais, especialmente leucina, isoleucina e valina (BCAAs), promove não apenas o desenvolvimento muscular, mas também auxilia na recuperação pós-exercício e no fortalecimento do sistema imunológico. 
 
A rápida absorção dessas proteínas pelo organismo resulta em maior biodisponibilidade de nutrientes, tornando o whey protein uma escolha excelente para atletas e praticantes de atividade física. 
 
Aplicações do whey na indústria alimentícia
 
O whey protein tem se mostrado um ingrediente versátil, indo além dos suplementos em pó para integrar diversos produtos alimentícios. Ele é usado em bebidas proteicas prontas, produtos de panificação, iogurtes, queijos e sobremesas lácteas, melhorando textura e valor nutricional. No setor de confeitaria, impulsiona a criação de barras proteicas e snacks saudáveis, atendendo à demanda por opções práticas e nutritivas. 
 
Suas propriedades funcionais, como melhorar textura e estabilidade, tornaram o whey protein essencial no desenvolvimento de alimentos funcionais.
 
Whey Protein e as oportunidades 
 
O fornecimento de soro do leite para a indústria de whey protein é uma oportunidade lucrativa. Com a alta demanda por proteínas de qualidade, laticínios buscam fornecedores que ofereçam soro constante e de boa qualidade. 
 
Produtores que atendem aos padrões exigidos e possuem estrutura adequada têm encontrado nesse mercado uma fonte extra de renda. O sucesso depende de processos que garantam a qualidade do soro desde a ordenha até o armazenamento.
 
As informações são do Estadão, adaptadas pela equipe MilkPoint.
 
 
Boletim de Preços: Mercado de Leite e Derivados Novembro de 2024
 
Maior oferta de leite faz preços recuarem
 
Os preços no mercado de leite e derivados registraram desaceleração nas últimas semanas em função da maior oferta de leite neste momento de safra. O leite UHT apresentou um recuo mais acentuado no mercado atacadista, com vendas mais fracas nas ultimas semanas prejudicando a sustentação de preços. Nesta época é natural o movimento de queda nos preços de leite e seus derivados. Ainda que os sistemas de produção mais confinados estejam crescendo e ganhando participação no mercado brasileiro, a sazonalidade na oferta nacional ainda é marcante. Além disso, as importações de derivados lácteos seguem elevadas, aumentando a disponibilidade interna e pressionando preços.

Conseleites sugerem queda nos preços

As sinalizações de todos os Conseleites para o pagamento do leite entregue em novembro indicaram recuo no preço de referência, com a maior queda ocorrendo em Minas Gerais. O movimento de recuo nos Conseleites reflete o enfraquecimento dos preços dos derivados lácteos no setor industrial.

Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Milho tem valorização de preços. Boi também segue em alta

Os preços do milho registraram nova alta em novembro com elevado volume de exportações e incertezas sobre a disponibilidade do cereal na janela entre a safra e safrinha de 2025. As condições climáticas durante a colheita de verão, plantio e desenvolvimento da safrinha serão fundamentais para o abastecimento naquele período, afetando o comportamento dos preços. No mercado pecuário, a arroba do boi seguiu em valorização, puxando também os preços do bezerro. Finalmente, a desvalorização recente do Real frente ao Dólar tem deixado as commodities brasileiras mais competitivas no mercado internacional, estimulando a exportação.


Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. 
Colaboração: Henrique Salles Terror e Ítalo de Paula Bellozi (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado. 
Via CILEITE


Jogo Rápido

O que é e como calcular a pegada de carbono no leite?
Você sabe o que é a pegada de carbono na pecuária leiteira? A pegada de carbono é uma variável utilizada para avaliar a sustentabilidade na atividade leiteira, baseada na relação da emissão dos gases de efeito estufa e a unidade do produto produzido, nesse caso, o leite.  Como calcular? Quais informações são necessárias para esse cálculo? Se você gerencia os dados zootécnicos do seu rebanho e possui o controle de todos os insumos utilizados na sua propriedade, você está no caminho certo. Aprenda a calcular as emissões na sua fazenda com detalhes e descubra as ferramentas gratuitas disponíveis para ajudá-lo a obter essas informações. Todas as informações descritas no vídeo estão disponíveis aqui  e no material complementar. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 09 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.281


Ingresso de produtos lácteos e vinhos sem tarifa de importação preocupa produtores e indústrias

Acordo entre Mercosul e União Europeia prevê ingresso de vinho, queijo, leite em pó e manteiga europeia sem impostos

O acordo entre a União Europeia e o Mercosul será tema de encontro, na próxima semana, entre o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O texto definido entre os dois blocos econômicos prevê que leite em pó, manteiga, queijo e vinhos produzidos na União Europeia podem ingressar no Brasil, e nos demais países do Mercosul, com isenção de impostos. A situação preocupa produtores gaúchos, que já enfrentam a concorrência de itens proveniente da Argentina e Uruguai, países integrantes do grupo sul-americano.Se mantidas as regras atuais, será retirado 28% de imposto que hoje incide sobre o leite em pó e os 16% tributados sobre a manteiga e queijo importado. Por outro lado, pondera Palharini, haverá redução de preço para importar equipamentos que permitem modernizar a atividade, como robôs para ordenha. Tributado entre 15% e 25%, de acordo com o Sindilat, esse sistema custa, em média, R$ 1,3 milhão – o que limita a capacidade de compra para produtores de menor porte.

“No Brasil uma vaca produz, em média, 6,5 mil litros por ano. Na Europa, a referência é de 10 mil litros, com mais materiais sólidos e, portanto, de melhor qualidade. Mas promover essa mudança, retirando do pasto animais sem origem por outros de raça, leva de cinco a sete anos. Ou seja, temos de começar já”, alerta Palharini.

O sindicato buscará apoio, por exemplo, para que pecuaristas possam investir em animais de raça, que produzem mais leite e de melhor qualidade. Aprimorar o manejo do rebanho e a alimentação também estão entre os objetivos.

O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Consevitis-RS) tentará excluir a bebida do enquadramento do chamado Imposto do Pecado – que aumentará os preços de bebidas e cigarros, por exemplo. O presidente Luciano Rebellatto pretende solicitar o enquadramento do vinho brasileiro como complemento alimentar. (Correio do Povo)


​Consumo de laticínios registra melhor marca desde 1959 nos EUA

À medida que as preferências do consumidor evoluem, os padrões de consumo de laticínios continuarão mudando.

No geral, os três grandes — queijo, iogurte e manteiga — continuam a crescer a cada ano, à medida que o consumo de leite fluido diminui. No ano passado, o iogurte rendeu 13,8 libras (6,25kg) em uma base per capita, o que está um pouco abaixo da marca d'água alta de 14,9 libras (6,75kg) registrada em 2013 e 2014.

Em 2023, o consumo de leite fluido caiu 1,5% para 128 libras (58,06kg). Isso está bem abaixo do pico de 247 libras (112,03kg) por pessoa em 1975. Embora o número de leite fluido de 128 libras (58,05kg) pareça alto na superfície em comparação com o queijo, lembre-se de que 100 libras (45,35kg) de leite fluido rendem 11,24 libras (5,09kg) de queijo.

O USDA também calcula qual porcentagem de leite é alocada para cada produto lácteo. Em 2000, 37,7% do suprimento de leite dos EUA foi transformado em queijo. Essa alocação cresceu para 42,2% em 2023. A manteiga teve um crescimento semelhante de 16,3% em 2000 para 18% em 2023. Combinadas, essas duas categorias respondem por quase dois terços do suprimento de leite dos EUA em uma base de gordura do leite.

O leite destinado à produção de leite para bebidas fluidas e laticínios congelados tem sofrido um declínio constante. Em 2000, o leite fluido usou 18% do suprimento de leite; em 2023, esse número foi reduzido quase pela metade, para 10,1%. Os laticínios congelados caíram de 11% em 2000 para apenas 6,5% em 2023.

Crescimento surpreendente em pequenas categorias

Soro de leite em pó e concentrado de proteína de soro de leite (WPC), queijo cottage e leite em pó desnatado apresentaram o maior crescimento em termos percentuais em 2023. O soro de leite em pó e o WPC dispararam 58,9% para 1,9 libras (0,86kg) per capita, o queijo cottage saltou 11,2% para 2,1 libras (0,95kg) per capita, e o leite em pó desnatado e o leite em pó desnatado cresceram 8,9% para 2,5 libras (1,13kg) per capita.

Embora esses volumes pareçam pequenos, as tendências de mudança do consumidor estão impulsionando o aumento no consumo. Por exemplo, os consumidores da geração Y e da geração Z estão buscando mais proteína em suas dietas e atingindo essas metas com proteína em pó feita com WPC ou outras proteínas de soro de leite. O queijo cottage decolou nas mídias sociais em 2023 e 2024 como um ingrediente de lanche ou refeição de baixa caloria, alta proteína, baixo teor de açúcar e baixo teor de gordura, auxiliando no grande aumento no consumo.

À medida que as preferências do consumidor evoluem, os padrões de consumo de laticínios continuarão mudando. Independentemente do produto lácteo, os consumidores se beneficiam dos 13 nutrientes e vitaminas essenciais dos laticínios para atender às suas necessidades nutricionais diárias. A perspectiva para o consumo de laticínios é brilhante, especialmente considerando a linha de tendência positiva que remonta a décadas nos dados do USDA.

As informações são de Hoard's Dairyman, traduzidas pela equipe MilkPoint.

CONSELEITE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE NOVEMBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 9 de Dezembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Novembro/2024 a ser pago em Dezembro/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 


Jogo Rápido

O manejo da pastagem pode ajudar na redução das emissões de gases?
O Brasil ainda conta com uma fatia expressiva da produção de leite em sistemas a pasto. Mas será que é possível manejar as áreas de pastagens para a redução da pegada de carbono? As pastagens podem sequestrar carbono? Esses são alguns dos questionamentos que o Doutor em Ciência Animal, Luiz Gustavo Pereira, aborda. Assista aqui. (Milkpoint) 

 
 

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.280


Balança Comercial de Lácteos: dados de novembro de 2024

No mês de novembro, mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço. O que esperar para os próximos meses?No mês de novembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado para balança comercial de lácteos foi de -199 milhões de litros em equivalente-leite, em linha com o observado no mês de outubro. Mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço, mantendo o déficit elevado na balança comercial, conforme pode-se observar no gráfico 1.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Exportações em Novembro
As exportações de lácteos alcançaram 4,79 milhões de litros em equivalente-leite, representando um crescimento de 7,9% em relação a outubro. No entanto, o volume exportado segue modesto frente às importações.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os produtos exportados, a manteiga se destacou, com 203 toneladas, registrando um aumento percentual expressivo de 111% em relação ao mês anterior. Os elevados preços no mercado internacional têm gerado algumas oportunidades de exportações para essa categoria.

Por outro lado, outras categorias registraram queda nos volumes exportados, como o soro de leite (-32%) e o leite condensado (-12%). Já os cremes de leite apresentaram crescimento de 19%, atingindo 706 toneladas.

Importações em Novembro
As importações totalizaram 204,3 milhões de litros em equivalente-leite em novembro, registrando uma leve alta de 0,5% em relação a outubro. Quando comparadas ao mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 3,2%. Esse patamar elevado de volume internalizado no último mês ainda reflete um cenário de negociações ocorridas há cerca de 2-3 meses, quando a demanda interna estava mais aquecida, com preços em alta no mercado brasileiro e alta competitividade do produto importado.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os produtos importados, o leite em pó integral segue sendo o maior volume, com  cerca de 13 mil toneladas importadas, um aumento de 2% em relação ao mês anterior. Os queijos, por sua vez, apresentaram um leve recuo de 1%, totalizando 6,7 mil toneladas, mas permanecendo em níveis historicamente elevados. 

Cabe destacar que novembro teve três dias úteis a menos que outubro, limitando crescimentos maiores do volume total do mês, apesar de ter apresentado aumento significativo na média diária por dia útil.

Dados para as diferentes categorias

Abaixo, pode-se observar o equilíbrio entre importações e exportações para as principais categorias de lácteos nos últimos 2 meses.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em novembro de 2024.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em outubro de 2024.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que esperar dos próximos meses?

Para os próximos meses, a expectativa é de que os volumes importados permaneçam em patamares elevados, mas com tendência de redução gradual. O mercado internacional segue evidenciados preços altos, como observado no leilão Global Dairy Trade (GDT), aumentando a competição entre outros mercados pelo leite do Mercosul. Além disso, o dólar acima de R$6,00 tende a atuar como um limitador para as importações brasileiras.

Somada a menor competitividade de preços, a oferta sazonalmente menor da Argentina e do Uruguai tende a influenciar negativamente a disponibilidade para o mercado brasileiro, enquanto no Brasil a oferta interna tem crescido, pressionando os preços domésticos para algumas categorias importantes, como temos observado para o Leite UHT e Queijos. (Milkpoint)


Líderes dos blocos anunciam acordo entre UE e Mercosul

Negociações levaram 25 anos. Apesar do anúncio, o acordo não será assinado em Montevidéu e ainda passará por longo trâmite burocrático e análise pelos parlamentos de cada país integrantes dos dois blocosLíderes do Mercosul e da União Europeia anunciaram nesta sexta-feira (6) a conclusão das negociações para o acordo comercial entre os dois blocos. O anúncio foi feito pelo presidente do Uruguai, Lacalle Pou, que comanda interinamente o Mercosul, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que está em Montevidéu, onde acontece a cúcúpula de chefes de Estado do bloco sul-americano.“Foram 25 anos de negociações. Hoje volto para casa mais tranquilo. A soma dos acordos frustrados gerava incerteza. Não é só um acordo comercial. Um acordo desse tipo não é solução, mas não há soluções mágicas”, disse o uruguaio, durante a abertura da reunião.

Apesar do anúncio, o acordo comercial UE-Mercosul não será assinado em Montevidéu. Após o acordo entre as partes, ainda haverá um longo trâmite burocrático, como a tradução para várias línguas e análise pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos de cada país integrantes dos dois blocos.

Em pronunciamento à imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que o acordo "trará benefícios importantes para consumidores e empresas de todos os lados", já que a Europa é o segundo parceiro comercial do Mercosul.

Para os europeus, detalhou, haverá "processos aduaneiros mais simples e acesso preferencial a matérias-primas fundamentais", que devem beneficiar as 60 mil empresas que atualmente exportam para o Mercosul - das quais 30 mil são pequenas e médias. "É uma situação de ganha-ganha", resumiu. "O acordo vai poupar 4 bilhões de euros às empresas europeias, ao mesmo tempo que expande nosso mercado e abre novas oportunidades para crescimento e emprego para ambas as partes."

A líder europeia, por sua vez, parabenizou os negociadores pela dedicação na busca de um consenso. “Trabalharam de maneira incansável durante anos em prol de um acordo equilibrado e tiveram sucesso. O laço entre Europa e os países do Mercosul é um dos mais fortes do mundo. É um laço que se ancora na confiança e está atravessado por herança compartilhada que acarreta séculos de aprendizado mútuo”, disse ela.

Von Der Leyen também disse que o acordo manda “uma mensagem forte para o mundo”. “Demonstramos que as democracias podem se apoiar mutuamente. Esse tipo de acordo não é apenas uma oportunidade econômica, mas uma oportunidade política”, argumentou, antes de mencionar os principais números da parceria, que cria um mercado de 700 milhões de pessoas.

Segundo ela, o acordo comercial também é um passo para o Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas e voltou a entrar em risco com a expectativa de saída dos Estados Unidos. “O presidente Lula fez esforços para proteger a Amazônia, mas proteger a Amazônia é uma responsabilidade compartilhada”, disse a líder europeia.

Ela afirmou que o acordo garante que os investimentos vão respeitar “de certa forma” o patrimônio natural do Mercosul. “É uma situação na qual há ganhadores de parte a parte. Somos um parceiro comercial do Mercosul, então vocês já sabem como negociamos”, disse a alemã, ao mencionar as 60 mil empresas europeias que exportam atualmente para os países do blovo sul-americano.

Em uma sinalização para os europeus críticos ao acordo, sobretudo no setor agrícola, Leyen disse que os padrões da Europa para aquisição de alimentos e bebidas não sofrerão alterações. “Esse acordo vai poupar 4 bilhões de euros para as empresas europeias. Ao mesmo tempo, expande nosso mercado e abre novas oportunidades para crescimento e emprego em mbas as partes”, completou.

Comunicado
Em comunicado conjunto, Mercosul e União Europeia afirmam que o acordo comercial entre os blocos está "pronto para revisão legal e tradução" e que estão "determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo". Leia a íntegra:

“Os Estados Partes Signatários do MERCOSUL – a República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai – e a União Europeia anunciaram, na 65ª Reunião de Cúpula do MERCOSUL (Montevidéu, 6 de dezembro de 2024), a conclusão final das negociações de um Acordo de Parceria entre as duas regiões, após mais de duas décadas de negociações.

Tomando em conta o progresso realizado nas últimas décadas até junho de 2019, o MERCOSUL e a União Europeia engajaram-se, desde 2023, em intenso processo de negociações para ajustar o acordo aos desafios atuais enfrentados nos níveis nacionais, regionais e global. Nos últimos dois anos, as duas partes realizaram sete rodadas de negociações, , entre outras reuniões, e comprometeram-se a revisar as matérias relevantes.À luz do progresso alcançado desde 2023, o Acordo de Parceria entre o MERCOSUL e a União Europeia está agora pronto para revisão legal e tradução. Ambos os blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo. (Valor Econômico)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1844 de 5 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A transição das pastagens de inverno para as de verão ainda afeta a atividade leiteira em função do vazio forrageiro. O tempo quente e chuvoso tem favorecido o crescimento das pastagens de verão, mas o estresse térmico impacta o consumo de alimentos por parte das vacas e a produção de leite. Embora os animais apresentem boa condição corporal, o aumento da pressão de endo e ectoparasitas exige atenção, como de berne, mosca-dos-chifres e carrapato, para os quais devem ser aplicadas práticas de manejo e controle.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, os produtores de leite relatam aumento na produção, impulsionado pela maior oferta de pastagens anuais de verão e perenes, o que melhora a dieta das matrizes. Já se recomenda alterar os horários de acesso dos animais aos piquetes para aproveitar os momentos mais frescos do dia como forma de garantir maior ingestão de forragem verde. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos rebanhos de leite está estável, proporcionada pelo controle eficaz de ectoparasitas. O estado corporal das matrizes segue satisfatório devido à alimentação abundante, principalmente de pastagens de qualidade e silagem. 

Na de Erechim, nos arredores das propriedades e estábulos, diminuiu o excesso de umidade e barro, o que colabora para a redução do risco de doenças, como mastite, de problemas de casco e de lesões, causadas por escorregões e atolamentos. 

Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados favoreceram o desenvolvimento das pastagens, aumentaram o consumo de alimentos e melhoraram o bem-estar animal.

Na de Ijuí, a produção de leite está estável, mas o aumento da temperatura já afeta o consumo animal em decorrência do estresse térmico, especialmente em propriedades com falta de sombra. 

Na de Passo Fundo, os animais apresentaram condições sanitárias e nutricionais adequadas, e as ações de controle de ectoparasitas estão em andamento.

Na de Pelotas alguns produtores precisaram investir em geradores. Em muitas propriedades, o pastejo iniciou nas áreas de pastagens de verão, aumentando a produção de leite. 

Na de Santa Maria, os produtores continuam monitorando infestações de mosca e carrapato e adotando estratégias, como troca de piquetes, homeopatias e uso de carrapaticidas, conforme necessário. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas exigiram ajustes no manejo das propriedades, e houve redução no tempo de pastejo e fornecimento de alimentos conservados para complementar a dieta. 

Na de Soledade, as pastagens de verão estão oferecendo forragem adequada ao rebanho leiteiro, beneficiadas pelas condições climáticas favoráveis. O manejo adequado das pastagens e do rebanho é essencial para garantir a eficiência da produção leiteira. (EMATER/RS)


Jogo Rápido

Dairy UK celebra esclarecimento de termos de laticínios
O Tribunal de Apelações Britânico concluiu um caso sobre o uso de termos lácteos em marcas registradas, decidindo a favor do setor de laticínios. Comentando, a Dra. Judith Bryans, presidente-executiva da Dairy UK, disse: “Estamos muito satisfeitos que o Tribunal de Apelação tenha decidido a favor da Dairy UK no caso referente à marca registrada, “Post Milk Generation”. Esta decisão unânime restabelece a decisão original do Intellectual Property Office, que declarou a marca registrada inválida para produtos à base de aveia.” Esta decisão esclarece a proteção legal dos termos de laticínios, segundo os quais o termo “leite” é reservado para leite de vaca, exceto em circunstâncias definidas. No cerne da questão legal estava se essas regras se estendem a marcas registradas, e o Tribunal de Apelação agora confirmou que este é o caso. (Dairy Industries)

 
 

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Porto Alegre, 05 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.279


ABIQ realiza Simpósio 2024 com inspirações para o amanhã

A ABIQ recebeu no dia 27 de novembro, no Circolo Italiano em São Paulo, Associados Queijeiros e Afins e convidados para o 13 Simpósio, destinado a oferecer insights sobre as perspectivas para os negócios em 2025 e inovações que estão impactando a produção de queijos.Mas de 100 pessoas estiveram presentes nessa manhã de trabalho, com palestras que foram ministradas por especialistas em suas áreas.João Maschetto e Vinicius Pochetto Cracasso, da Scanntech, mostraram a evolução do consumo de queijos em 2024 e o que esperar para 2025, com base nas vendas do varejo Brasil, enquanto Roberto Padovani, economista chefe do Banco BV discorreu sobre possibilidades para a economia brasileira nos próximos anos e seus desafios.Maicon Spada, da Ultracheese compartilhou as experiências práticas e resultados, do uso da inteligência artificial em diversas etapas de todo ciclo de produção de queijos, desde o recebimento da matéria prima até a distribuição.  As três palestras trouxeram informações úteis para inspirar decisões para o novo ano que em breve se iniciará.Embora o mercado em 2024 tenha sido pressionado pela alta do preço leite e seus impactos nos derivados, houve crescimento de consumo na categoria de perecíveis e especialmente em queijos, mas com queda de rentabilidade para o setor.Essa pressão de preços da matéria prima dever perdurar em 2025 e a economia apresenta perspectivas de crescimento bem moderado, indicando um caminho de cautela. Por outro lado, o uso de novas tecnologias como a Inteligência Artificial, poderão propiciar ganhos de produtividade interna que podem melhorar a rentabilidade.O evento foi apoiado pelas empresas Associadas:   Arla Foods, Cap Lab, Cryovac, Daxia, Dsm-Firmenich, Fermentech, Gea Soavi Brasil, Globalfood, IFF, Multivac, Novonesis, Prozyn, Relco e Tetra Pak.

Para encerrar o encontro, um almoço foi servido para propiciar mais momentos de encontros e troca de informações. (Abiq)


Mercado global de laticínios: Espera-se um maior crescimento da oferta de leite e ganhos de margem para os produtores em 2025

O aumento dos preços do leite na fazenda e os custos favoráveis da ração estão melhorando as margens das fazendas leiteiras.Um novo relatório da RaboResearch prevê o crescimento da oferta de leite nas maiores regiões exportadoras no segundo semestre de 2024. Espera-se que o crescimento continue em 2025, com ganhos previstos em todas as principais regiões pela primeira vez desde 2020.O aumento dos preços do leite na fazenda e os custos favoráveis da ração estão melhorando as margens das fazendas de laticínios, enquanto a demanda global por laticínios permanece mista em meio a pressões econômicas.O crescimento da oferta de leite torna-se positivo
“A RaboResearch espera um crescimento de 0,5% na oferta de leite das 7 grandes regiões de exportação no segundo semestre de 2024, impulsionado por picos sazonais significativos na Oceania”, diz Michael Harvey, analista sênior de laticínios da RaboResearch.“O crescimento da oferta manterá seu ritmo em 2025, com ganhos esperados em todas as 7 grandes regiões exportadoras pela primeira vez desde 2020.”A RaboResearch prevê um crescimento da oferta de leite de 0,8% em 2025. Os custos acessíveis de ração e a melhoria do clima estão apoiando o crescimento da oferta de leite.

Os preços e as margens do leite na fazenda estão em alta
Os preços mais firmes das commodities chegaram aos produtores de leite nas regiões de exportação, com os preços locais de farmgate melhorando consideravelmente no segundo semestre de 2024.

Em partes da Europa e da Nova Zelândia, os preços do leite na porteira da fazenda estão próximos dos recordes de 2022. O aumento dos preços do leite e a alimentação acessível melhoraram as margens das fazendas de laticínios, que provavelmente se expandirão ainda mais em 2025.

Importações chinesas de produtos lácteos devem melhorar

A China fez um progresso significativo no reequilíbrio dos estoques, com a expectativa de que a produção de leite caia 1,5% ao ano em 2025.

“Esperamos que a série de três anos de queda nos volumes líquidos de importação da China termine em 2025, com uma melhora de 2% nas importações em relação ao ano anterior”, diz Harvey. “Isso é liderado pela redução da oferta e pelo otimismo quanto à recuperação da demanda dos consumidores.”

Os preços do leite na fazenda estão próximos dos mínimos de 10 anos, provocando reduções de rebanho e saídas de fazendas. A demanda por lácteos continua lenta, mas há algum otimismo de que o fundo do ciclo está próximo.

A demanda global por lácteos permanece mista
A dinâmica da demanda global por lácteos continua mista, com os gastos dos consumidores ainda sob pressão em muitas economias.

Os canais de foodservice continuam lentos na maioria dos principais mercados. A inflação de laticínios no varejo permanece mista nos principais mercados, com a deflação em alguns mercados ajudando os orçamentos dos consumidores.

“Os consumidores estão comendo mais em casa, apoiando o varejo, mas há sinais contínuos de redução de compras e algumas reduções nas compras, especialmente nos mercados emergentes. É necessário um aumento significativo na renda e na confiança do consumidor para estimular a demanda de lácteos para níveis mais normais”, explica Harvey.

Fundamentos equilibrados dos laticínios e incertezas comerciais rumo a 2025
“Os fundamentos globais de laticínios permanecem equilibrados até 2025. Há mais leite e produtos lácteos em desenvolvimento, e a demanda também deve melhorar em 2025. No entanto, a geopolítica, as doenças e o clima podem influenciar o comércio e a produção”, adverte Harvey.

“Com a eleição de Donald Trump, os mercados estão atentos ao risco de aumento do protecionismo dos EUA e possíveis tensões comerciais.

O ressurgimento de tarifas pode interromper os fluxos comerciais de laticínios, enquanto a ameaça de deportações em massa pode prejudicar a disponibilidade de mão de obra agrícola nos EUA”, explica Harvey.

“Enquanto isso, o Ministério do Comércio da China iniciou uma investigação sobre os subsídios aos laticínios da UE, o que pode ter consequências de longo alcance para as exportações europeias de creme líquido e vários queijos.”

O gerenciamento de surtos de doenças – gripe aviária nos EUA e língua azul na Europa – também é um fator importante a ser observado. Há otimismo quanto ao fato de que as vacinas para ambas as doenças poderiam mitigar os impactos na produção em 2025. (The Dairy Site)

Leite spot: recuo nos preços na primeira quinzena de dezembro de 2024

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de dezembro, o leite spot apresentou recuo. 

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de dezembro, o leite spot apresentou um leve recuo, se estabelecendo em R$2,67 por litro – queda de R$0,07 frente aos valores da quinzena anterior, que havia se estabelecido em R$2,74 na média Brasil.

Gráfico 1. Preços da média Brasil do leite spot (R$/litro).

O aumento na captação de leite pelas indústrias, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, combinado com a redução nos preços de venda de algumas categorias de derivados, refletiram em novos recuos nos preços praticados no mercado spot nesta primeira quinzena do mês.

Nesse cenário, o volume de vendas negociado pelas empresas monitoradas apresentou crescimento em relação à quinzena anterior, enquanto os compradores adotaram uma postura mais cautelosa, reduzindo um pouco o volume de compras

Você sabe como é realizado o levantamento do leite spot? Confira aqui a metodologia. Acompanhe o histórico de valores do leite spot e de outros indicadores do leite, como Conseleites e Cepea, na nossa página de preço do leite. E pode se atentar ao futuro do setor com os dados disponibilizados no MilkPoint Mercado.  (Milkpoint)


Jogo Rápido

Dairy UK celebra esclarecimento de termos de laticínios
O Tribunal de Apelações Britânico concluiu um caso sobre o uso de termos lácteos em marcas registradas, decidindo a favor do setor de laticínios. Comentando, a Dra. Judith Bryans, presidente-executiva da Dairy UK, disse: “Estamos muito satisfeitos que o Tribunal de Apelação tenha decidido a favor da Dairy UK no caso referente à marca registrada, “Post Milk Generation”. Esta decisão unânime restabelece a decisão original do Intellectual Property Office, que declarou a marca registrada inválida para produtos à base de aveia.” Esta decisão esclarece a proteção legal dos termos de laticínios, segundo os quais o termo “leite” é reservado para leite de vaca, exceto em circunstâncias definidas. No cerne da questão legal estava se essas regras se estendem a marcas registradas, e o Tribunal de Apelação agora confirmou que este é o caso. (Dairy Industries)

 
 

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Porto Alegre, 04 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.278


Fiergs prevê 2025 com crescimento do RS acima da média nacional 

Entidade estima que produção industrial tenha alta de 3,2% em relação a este ano 

Ao apresentar balanço de 2024 e perspectivas para 2025 nesta quarta-feira (3), a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) projetou crescimento do PIB gaúcho para o próximo ano de 3,3%, enquanto a média nacional deve ficar em 2,1% (veja detalhes abaixo). No dia em que o PIB nacional voltou a surpreender, o presidente da instituição, Cláudio Bier, afirmou, sobre essa superação:— Podem ter certeza.Para o fechamento deste ano, a Fiergs prevê o mesmo cenário: alta do PIB de 4,1% no RS — a despeito da enchente — e de 3,2% na média nacional.O que sustenta a projeção de forte crescimento da economia gaúcha para 2025, desta vez, não é só a boa safra agrícola. É a produção industrial, projetada em 3,2%. Conforme a Fiergs, esse desempenho deve refletir a baixa base de comparação deste ano.O chefe da Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, Giovani Baggio, admitiu que os economistas têm "errado sistematicamente" as projeções de crescimento do PIB nacional. Avisou, ainda, que depois da nova surpresa desta quarta-feira, a Fiergs deve corrigir sua projeção de fechamento deste ano.

— O principal motivo é o aumento da renda disponível, variável que o Banco Central apresenta e reúne todos os tipos de renda, inclusive benefícios sociais. Houve um considerável aumento na renda das famílias, com mercado de trabalho também aquecido. O último fator são as reformas feitas desde 2016, a trabalhista, a de crédito. Isso tem ajudado nessa surpresa que a gente tem visito no crescimento.

A coluna quis saber, já que as surpresas vêm desde o ano passado, quando os modelos serão atualizados. Baggio disse que “a partir de agora, devemos levar esses fatores em conta”. 

Segundo o economista, a meteorologia — uma das variáveis mais determinantes para a economia gaúcha — melhorou com previsão de que o fenômeno La Niña seja fraco neste verão, o que permitiria uma safra agrícola mais robusta.

Nas projeções da Fiergs, as exportações devem crescer cerca de 4% em 2025, mesmo com a guerra comercial esperada com Donald Trump. Tanto Bier quanto Baggio ainda acreditam que o Brasil pode se beneficiar com o esperado tarifaço dos Estados Unidos. O economista observou, porém, que como a política de Trump deve ser inflacionária, o dólar se manterá forte e deve elevar o custo dos insumos no Brasil. (Zero Hora)


GDT 369°: preço do leite em pó segue em alta no mercado internacional

O preço médio dos produtos negociados apresentou novo aumento no 369º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 03/12. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma valorização de 1,2%, atingindo USD 4.193/tonelada – o maior valor desde julho de 2022.Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Apesar de um cenário de alta no preço médio do leilão, diversas categorias apresentaram retração nos preços. Nesse cenário, a única valorização percentual ficou novamente para a categoria do leite em pó integral, que obteve uma valorização de 4,1% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 3.984/tonelada – renovando o valor máximo dos últimos 2 anos. Por outro lado, a maior retração, ficou com a categoria da manteiga, com uma queda de 5,2%, fechando com preço médio de US$6.680/tonelada.

A muçarela registrou uma queda de 4,5%, sendo negociada a uma média de US$ 4.120 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado, que também apresentou retração nos preços, teve uma desvalorização de 1,0%, fechando a US$ 2.848 por tonelada. Além disso, o queijo cheddar sofreu uma nova desvalorização de 3,2%, alcançando a média de US$ 4.689 por tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/12/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão do mês de dezembro, o volume negociado apresentou queda, colaborando para as altas dos preços do leite em pó integral. Com um total de 33.630 toneladas sendo negociadas, houve uma retração de 7,7% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Além da redução na oferta durante o leilão, que serviu como um dos principais fatores de suporte para a elevação dos preços, a demanda mais firme, especialmente neste período, tem desempenhado um papel crucial na valorização de diversas categorias. Esse cenário é particularmente evidente no caso do leite em pó integral, cujo mercado se beneficiou tanto do ajuste na oferta quanto do interesse crescente dos compradores.

Nos últimos eventos, tínhamos observado uma atuação mais forte das compras da região do Norte da Ásia (que contempla a China) refletindo nas altas dos preços. Já neste último leilão, o destaque de crescimento ficou com as compras da África (região que contempla a Argélia, um dos principais compradores de lácteos do mundo).

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os contratos atuais também apontam para um aumento nos preços em relação aos valores registrados anteriormente para contratos com vencimentos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Os preços mais altos no mercado internacional têm diminuído a diferença de competitividade entre os produtos do Mercosul e os de outros grandes exportadores globais, fazendo com que os lácteos da Argentina e do Uruguai se tornem mais atraentes para esses países importadores.

Nesse sentido, a região da África, especialmente se tratando de países como a Argélia, é uma importante compradora de lácteos do Mercosul e tem demonstrado um apetite mais forte de compras recentemente – o que pode intensificar ainda mais a competição com o Brasil pelas compras do Mercosul.

Além disso, a taxa de câmbio R$/dólar tem atingido as suas máximas históricas recentemente, reduzindo o poder de compra dos importadores brasileiros.

Nesse cenário, as atuais condições sugerem uma possível redução no volume importado nos próximos meses, à medida que os efeitos da taxa de câmbio e da competitividade internacional se intensificam. (Milkpoint)

Assembleia aprova reajuste de 5,25% do salário mínimo regional; novo valor é de R$ 1.656,51

Foram 40 votos favoráveis e três contrários à proposta enviada pelo Poder Executivo. Deputados de oposição se dividiram entre elogios e críticas ao projeto

Por 40 votos favoráveis e três votos contrários, a Assembleia Legislativa do RS aprovou, nesta terça-feira (3), o salário mínimo regional. Com a decisão, que deve ser analisada para sanção ou veto do Executivo, autor da proposta, o menor valor de remuneração formal no Estado passa de R$ 1.573,89 para R$ 1.656,51, significando um reajuste de 5,25%.

Durante a sessão, deputados ocuparam a tribuna para defender diferentes posicionamentos. Emendas que propunham elevação do percentual estipulado no texto do governador Eduardo Leite e antecipação da database foram apresentadas, mas não prosperaram.

— Saudamos a iniciativa do governador de enviar a proposta. Esta política é uma conquista dos trabalhadores. Nossa bancada propõe emenda para que o percentual seja de 9% pagos a partir de dezembro, pois é um mês importante para as famílias e a reposição da inflação é minimamente justa — apontou o deputado Miguel Rossetto (PT).

Em manifestação contrária, o deputado Felipe Camozzato (NOVO) sustentou que a perda do poder de compra do salário se deve à inflação e disse, segundo sua visão, que não adianta elevar a remuneração dos trabalhadores sem outras ações governamentais.

— Por que não votamos um piso de R$ 5 mil ou de R$ 10 mil? Não sejamos mesquinhos, de R$ 20 mil, então? Não irá resolver se o governo continuar a emitir moeda e alimentar a inflação — considerou.

Após breve período de discussão, requerimentos de preferência foram debatidos. Houve decisão favorável a uma emenda, protocolada pelo deputado Guilherme Pasin (PP), definindo que os reajustes terão vigência a partir da publicação da lei, isso é, sem retroatividade a partir da database, que é 1º de maio.

Ao final da votação, o painel do plenário teve pane, não sendo possível identificar a autoria dos votos. Após a sessão, a Mesa Diretora da Assembleia publicou os votos no site da Casa.

Novos valores por faixas de categorias

Faixa I - R$ 1.656,51
Na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas; em empresas de capturação do pescado (pesqueira); empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos; em estabelecimentos hípicos; empregados motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes - "motoboy”; empregados em garagens e estacionamentos.

Faixa II - R$ 1.694,66
Nas indústrias do vestuário e do calçado; nas indústrias de fiação e de tecelagem; nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, papelão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em estabelecimentos de serviços de saúde; empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza; nas empresas de telecomunicações, teleoperador (call centers), “telemarketing”, “call-centers”, operadores de “voip” (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares; empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares.

Faixa III - R$ 1.733,10
Nas indústrias do mobiliário; nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indústrias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; empregados de agentes autônomos do comércio; empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográficas; movimentadores de mercadorias em geral; no comércio armazenador; auxiliares de administração de armazéns gerais.

Faixa IV - R$ 1.801,55
Nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráficas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional; marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros; vigilantes; marítimos do 1º grupo de aquaviários que laboram nas seções de convés, máquinas, câmara e saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores).

Faixa V - R$ 2.099,27
Para os trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Criança tem que tomar leite integral? Pode ser desnatado ou semidesnatado? Nutricionista explica
Nutricionista explica em quais situações um leite tem preferência sobre o outro. O leite desnatado é nada mais do que um tipo de leite do qual a gordura é retirada. Ele é uma opção interessante para pessoas que precisam reduzir o consumo de gorduras na alimentação, assim como o semidesnatado. Nesse sentido, muitos ainda têm dúvidas se eles seriam escolhas seguras quando se trata de crianças. A nutricionista Priscilla Primi, colunista do GLOBO, explica que, a princípio, optar pelo leite desnatado depende das necessidades alimentares da criança. Isto é, se ela realmente precisa evitar gordura ou não. — Se essa criança estiver em fase de desenvolvimento, com o peso normal, o ideal é que ela tome o leite integral. Esse leite entra com um “extra” de calorias que o corpo precisa quando está nessa fase — afirma. De acordo com a recomendação mais recente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o leite de vaca integral pode ser inserido na alimentação da criança somente após os 12 meses. O indicado é que seja feito o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e, a partir daí, seja feita a introdução de alimentos in natura e minimamente processados, mantendo a amamentação por dois anos ou mais, conforme a necessidade de cada criança e família. Primi pondera que, por outro lado, se a criança estiver com sobrepeso e colesterol alto, então o leite desnatado ou semidesnatado se tornam boas opções. A principal diferença entre eles está na porcentagem de gordura, enquanto primeiro tem menos de 0,5, o segundo pode ter cerca de 1,4% e já o leite integral, a partir de 3%. — Mas se o objetivo é não ingerir gorduras, é melhor o desnatado. Porque a partir disso você tem as vantagens do leite, como as vitaminas e minerais, mas sem as gorduras — afirma. No quesito calorias, o leite integral tem cerca de 150 calorias por xícara, o leite semidesnatado tem cerca de 120, e o leite desnatado, 80. E no caso dos idosos, o leite desnatado vale? A nutricionista observa que para os idosos também é preciso levar em consideração quais são as necessidades individuais. — Se o idoso tem alguma doença associada, como colesterol alto e triglicérides altas, o leite desnatado é o mais indicado. Contudo, caso o idoso esteja abaixo do peso normal, em estado de desnutrição, o leite integral deve ser consumido — aponta. (O Globo via Edairy News)

 
 

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Porto Alegre, 03 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.276


De onde vem metade do leite brasileiro?

As últimas estatísticas divulgadas pelo IBGE sobre a pecuária de leite no Brasil apresentam um quadro curioso. A grande maioria dos municípios do país possui alguma produção de leite. Este é um dado interessante, considerando que, em diversos outros setores do agro brasileiro como soja, café, laranja e cana-de-açúcar, para citar alguns, a concentração é clara, não são tantos municípios que exibem alguma produção nestes setores.Ainda que a produção de leite seja dispersa no território nacional, os dados de produção de leite no Brasil em 2023 mostram que há um processo de concentração desta produção. Podemos calcular a concentração da produção leiteira de cada município do país como a razão entre a produção média de leite (litros/ dia) e a área deles (quilômetros quadrados do município). Organizando os municípios brasileiros em ordem decrescente de densidade da produção, identificamos uma fração diminuta do território nacional, com densidade igual ou superior a 78 litros/ dia/ km2, que já responde por metade do leite produzido em todo o país (Figura 1).

Figura 1 - Área de maior concentração da produção leiteira no Brasil, 78 ou mais litros/ dia/ km2, 2023.

Área de maior concentração da produção leiteira no Brasil. 78 ou mais litros/ dia/ km2, 2023.
Fonte: PPM adaptado por Embrapa (2024).
 
Esta área de maior concentração da produção brasileira abrange importantes bacias leiteiras do Sul, Sudeste e do Nordeste brasileiro e também áreas relevantes do estado de Goiás. Esta área equivale a apenas 291 mil quilômetros quadrados, ou seja, 3% da área territorial do país.

É curioso observar que a concentração espacial da produção brasileira aumenta a cada ano. Entre 2013 e 2023 a contribuição da área de maior concentração da produção no total do leite produzido no país passou de 41% para 50%. Um expressivo aumento de quase um ponto percentual ao ano. A produção de leite no país só aumentou nesta área. Entre 2013 e 2023 a produção da área de menor concentração, ou 97% do território nacional, diminuiu de 55,2 para 48,0 milhões de litros/ dia. Por outro lado, a área de maior concentração exibiu aumento de 38,6 para 48,9 milhões de litros/ dia em apenas dez anos, em contraste com a produção total brasileira, que pouco se alterou nestes dez anos.

Neste período, o número de vacas ordenhadas no país diminuiu de 23,0 para 15,7 milhões de cabeças. Na área de maior concentração da produção este número também caiu de 5,6 para 4,6 milhões, uma queda notável considerando o aumento de 27% na produção desta região em dez anos. Nestas regiões mais dinâmicas observa-se incremento de produção e redução do número de animais, um reflexo da crescente especialização na pecuária de leite (Tabela 1).

Tabela 1 - Área, produção e produtividade da pecuária leiteira no Brasil, em áreas de menor e maior densidade de produção, 2013-2023.

Área, produção e produtividade da pecuária leiteira no Brasil, em áreas de menor e maior densidade de produção, 2013-2023.

Fonte: PPM adaptado por Embrapa (2024).
 
A concentração espacial da produção também coincide com a concentração do processo de inovação tecnológica na produção leiteira. A produtividade da região de maior concentração da produção evoluiu mais rapidamente que a outra área e alcança valor significativamente superior à média nacional: 3.849 litros/ vaca/ dia em 2023 contra 2.264 litros/ vaca/ dia no Brasil neste mesmo ano. É o Brasil cuja produtividade já se aproxima à observada na Nova Zelândia, importante produtor e exportador de lácteos no contexto global.

É visível o processo de concentração espacial na produção e nos processos de inovação tecnológica da pecuária leiteira. Este é um movimento importante e necessário para permitir a redução de custos de transporte e melhorar a oferta de bens e serviços necessários à maior competitividade da cadeia brasileira de lácteos frente ao mundo. A pequena fração de 3% do território nacional, que já produz metade do leite brasileiro, mostra que há polos dinâmicos na produção leiteira que devem ser mais bem conhecidos, estimulados e cujas experiências e trajetórias podem ajudar ao agronegócio do leite a trilhar no caminho do desenvolvimento sustentável e da competitividade. (POR SAMUEL JOSE DE MAGALHAES OLIVEIRA E GLAUCO RODRIGUES CARVALHO PARA MILKPOINT)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT editado pelo SINDILAT

BC acha que precisa subir juros por desemprego baixo e economia ir bem

"No caso do Brasil, enfrentar isso não tem bala de prata", disse o futuro presidente do BC em evento na quinta-feira (28)

O diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central no ano que vem, Gabriel Galípolo, voltou a repetir que a autarquia segue firme na persecução da meta de inflação de 3%, “ainda que possa parecer estranho para muita gente”, pontua o diretor.

Galípolo reconhece que a economia doméstica vai bem, com crescimento surpreendendo para cima e a taxa de desemprego em nível baixo – e é justamente por isso que o BC entende que é preciso subir juros, afirma. “O BC é o cara chato da festa, de diminuir o som quando as coisas parecem estar indo bem. Mas isso acontece para desacelerar e as coisas não saírem do controle”, disse o diretor, no evento Esfera Brasil, promovido pelo Esfera Recebe, em São Paulo.

O futuro presidente do BC ainda avalia que é um tema complexo explicar a resiliência maior da economia com juros mais altos. “É um tema para essa geração enfrentar”, frisou. “No caso do Brasil, enfrentar isso não tem bala de prata, envolve analisar todos os tipos de dissonâncias que existem para o que são as melhores práticas globais, seja do ponto de vista de políticas públicas no âmbito fiscal, seja no âmbito da taxa de juros, no tema da desindexação, por exemplo”, detalhou.

Galípolo ainda pontuou que um elemento que não tem mitigação a juros mais altos é o Tesouro, e lembrou que a taxa fixada pelo Tesouro não é a mesma fixada pelo BC. “Este convívio com taxa de juros mais alta se faz sentir, sim, em um peso maior sobre o Tesouro”, disse. “E eu acho que deveria ser um debate que não envolve só a atribuição do Banco Central, mas também de como é que a gente consegue normalizar as políticas econômicas no Brasil e conseguir aproximá-las do que são as melhores práticas internacionais, para que a gente possa ter mais potência e poder ter o mesmo efeito sem precisar dar uma dose tão alta”, complementou.

‘Juro em nível mais contracionista’
Galípolo reforçou nesta quinta (28) que, pelos indicadores, é lógico supor que a taxa de juro precisará de um juro em nível mais contracionista.

“Pelos indicadores, é lógico supor que precisará de juro em nível mais contracionista”, disse o diretor durante evento do Grupo Esfera. Mas, de acordo com Galípolo, o BC segue firme no objetivo de perseguir a meta de inflação.“Isso pode se dar em doses diferentes, por mais custos, por menos custos, mas esse é um mandato do Banco Central em que a gente segue firme, recebe esse objetivo de perseguição da meta. Ainda que seja, muitas vezes, por um motivo que, para muita gente, pode ser estranho”, disse Galípolo, acrescentando que o BC está achando que precisa subir juros.

“O Banco Central, às vezes, é esse cara que é meio que o chato da festa. Normalmente, a festa parece uma coisa mais legal. Então, vamos baixar um pouco o som, vamos segurar um pouco a bebida para ter certeza que ninguém vai se machucar até o final da festa”, disse Galípolo. (Infomoney)


Jogo Rápido

Galípolo descarta recorrer a reservas para conter alta do dólar
O futuro presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou nesta 2ª feira
(2.dez.2024) que, sob sua direção, a autarquia não recorrerá ao uso das reservas cambiais de US$ 370 bilhões do Brasil para intervir no valor do dólar. A declaração foi dada durante evento da XP Investimentos, em São Paulo. Segundo Galípolo, a atuação do BC será focada em situações de desequilíbrio. "Essa é uma discussão que às vezes vai surgir: 'Tem US$ 370 bilhões em reservas, por que não segura o dólar no peito?'. Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona, e efetivamente a gente vai continuar fazendo atuações só por questões de desfuncionalidade como essa de você ter uma sazonalidade no final de ano", disse. A moeda norte-americana segue acima de R$ 6 desde a 6ª feira (29.nov). Foi o maior patamar nominal de fechamento na história. Nesta 2ª (2.dez), a moeda fechou a R$ 6,07 e renovou o recorde.nO atual diretor de política monetária do BC ainda afirmou que o câmbio flutuante é um dos "pilares" da matriz econômica brasileira e que está cumprindo seu papel "muito bem". "O câmbio flutuante é um dos pilares da nossa matriz econômica, essencial para que a gente possa passar por momentos como esse que a gente tá vendo agora. Então eu não vejo nenhum tipo de mudança significativa, o câmbio flutuante tá cumprindo seu papel muito bem", finalizou. O BC pode interferir para frear a cotação da moeda norte-americana injetando dólares no mercado, já que uma maior oferta da moeda norte-americana ajuda a desacelerar a desvalorização do real. (Poder 360)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.275


Nereida Vergara é a homenageada da 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo

A jornalista Nereida Vergara, editora de Rural do Correio do Povo, é a  homenageada especial da 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. A decisão foi chancelada pela Comissão Julgadora, durante reunião realizada na manhã do dia 28/11 e levou em conta a pontuação acumulada pela profissional pelos prêmios conquistados ao longo da década. Segundo o presidente da Comissão, o jornalista Antônio Goulart, conselheiro da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a distinção faz jus ao comprometimento da jornalista na cobertura do setor do agronegócio. “É uma importante iniciativa, pois reconhece a constância do trabalho da profissional, que tem ampla experiência nas redações dos jornais impressos”.  Nereida Vergara recebeu a notícia nesta segunda-feira (02/12) em uma visita do Sindilat/RS ao Correio do Povo. A gerente de comunicação Jéssica Aguirres entregou à jornalista em mãos o convite para a festa de Final de Ano do Sindilat/RS, que acontece no dia 19/12, oportunidade na qual será formalizada a homenagem. “Acho uma grande honra ser a maior ganhadora do prêmio até aqui. Confesso que acho a cadeia leiteira apaixonante e adoro aprender cada detalhe da produção à industrialização. Fiquei emocionada”, disse a jornalista. O Secretário Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, lembrou a trajetória da profissional, que sempre dedicou atenção à pauta do leite. “O setor lácteo não é um segmento simples. E, cobrir o dia a dia das pautas do leite exige dedicação. Premiar profissionais desta forma é reconhecer o esforço de todos que, assim como Nereida, dedicam-se ao segmento”, apontou.

Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS


Consumo em alta leva preço do boi gordo a patamar recorde

Indicador Cepea/B3 bateu recorde nesta semana, quando o valor nominal do gado chegou a R$ 352,65 por arrobaO preço da arroba do boi gordo atingiu nova máxima histórica nesta semana no Brasil, puxado pela forte demanda por carne bovina nos mercados interno e externo. O consumo em alta já havia feito os abates de bovinos baterem recorde no primeiro semestre.O indicador do boi gordo Cepea/B3 bateu recorde na terça-feira (26), quando o valor nominal chegou a R$ 352,65 por arroba. Ontem, o índice fechou a R$ 352,10 por arroba.A última vez em que o preço do gado chegou a esse nível foi após o auge da pandemia de covid-19, em março de 2022, quando a cotação foi a R$ 352,05 por arroba. “Realmente, é a maior alta da série histórica de preço do boi no Brasil, e as razões disso são demandas no mercado interno e externo bastante aquecidas”, disse João Figueiredo, analista da Datagro Pecuária.O especialista lembra que, apesar dos sinais de início da virada de ciclo pecuário na oferta de gado, o quadro é diferente do que se viu em 2022. Naquele ano, a oferta de animais estava mais restrita e o ciclo era de baixa.“Estamos com mais de 30 milhões de bois abatidos até setembro, um patamar de abates recorde, e o boi subindo desse jeito. É muito impressionante”, avalia.

De acordo com a Datagro, em alguma medida, a valorização da arroba já foi repassada ao preço da carne bovina no atacado, que também está em suas máximas históricas, em torno de R$ 23 por quilo. No entanto, não se sabe até que ponto o consumidor doméstico conseguirá absorver os produtos nesses valores no médio e longo prazos, diz a consultoria.Sobre a demanda do mercado externo, Lygia Pimentel, diretora da consultoria Agrifatto, disse que as exportações de carne bovina já bateram recorde antes mesmo de o Brasil encerrar o ano de 2024.No acumulado entre janeiro e outubro, os embarques da proteína alcançaram 2,4 milhões de toneladas, conforme dados do governo federal compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em todo o ano passado, o Brasil exportou 2,29 milhões de toneladas de carne bovina.

“Até agora, a gente está falando de vendas com preço em dólares mais alto e a cotação do dólar também mais alta. Quando convertemos para reais, o preço da tonelada atingiu recorde”, afirmou.Além das compras da China, os exportadores brasileiros beneficiam-se do declínio da produção americana de gado — tanto de forma direta, como fornecedores, quanto indireta, com a perda de espaço dos EUA no mercado global. Um exemplo disso são os novos mercados em ascensão para embarques brasileiros, como é o caso do México.

Pimentel acredita que, daqui para a frente, a tendência é de ajuste nos preços do gado. Ela argumenta que o consumidor deverá ter dificuldade para absorver os altos valores da carne e que as indústrias frigoríficas também precisarão buscar estratégias para lidar com o aumento de custo. (Globo Rural)

 

Empresas descumprem Lei da Transparência Fiscal

Após período de transição da reforma tributária, deverá ser feita adaptação para a informação de tributos embutidos nos preços

Cerca de metade das notas fiscais emitidas no Brasil está em desacordo com a Lei de Transparência Fiscal (nº 12.741/2012). A constatação é de levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Essa legislação impõe multa de até R$ 13,6 milhões para empresas que não informam as alíquotas dos tributos incidentes sobre produtos comercializados ou serviços prestados no documento fiscal.

Com base em uma amostra de 6 milhões de notas fiscais escaneadas e armazenadas no aplicativo “Citizen IBPT”, nos últimos dois anos, o que representa em média cerca de 50% no país, o instituto concluiu que a maioria dos estabelecimentos ainda não aderiu de maneira completa e efetiva aos requisitos da legislação.

De acordo com o gerente de Projetos do IBPT, Alcyr de Castro, além da multa, que equivale a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), o não cumprimento da legislação pode acarretar outras sanções previstas no artigo 56 do Capítulo VII do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Entre elas: a proibição de fabricação de produto, interdição de estabelecimento, obra ou atividade.

“Muitos estabelecimentos estão em desacordo com o princípio da transparência previsto em lei”, diz Castro. “Suas operações, portanto, estão passíveis de uma sorte de sanções, caso o Procon entenda que a empresa, por estar em desacordo com a Lei da Transparência Fiscal, traz prejuízos ao consumidor”, acrescenta.

Os Procons geralmente atuam se houver registro de reclamação sobre o assunto. "O Procon-SP considera em suas fiscalizações o direito do consumidor de saber a carga tributária de cada produto ou serviço que consome, que devem constar nas notas fiscais e cupons, ou em painéis visíveis no estabelecimento", comenta o órgão por meio de nota.

Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em regra, os consumidores não costumam registrar reclamações nesse sentido, o que dificulta a atuação dos Procons. "O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, coordenado pela Senacon, desenvolve com frequência campanhas de educação para o consumo, incluindo o tema, reforçando, inclusive, a necessidade do consumidor de exigir nota fiscal", explica a secretaria em nota enviada ao Valor.

O IBPT presta o serviço de parametrização das informações que precisam constar das notas fiscais. Na opinião do especialista do instituto, a baixa adesão à exposição dos tributos nas notas se dá, como primeiro motivo, pelo fato de as empresas de software não implementarem essa parametrização. Além disso, ele acredita que há baixa consciência tributária do consumidor, que deixa de reivindicar um direito amparado em lei.

"O indicador de que 50%, em média, das notas fiscais brasileiras estão em desacordo mostra para a sociedade que ainda há muito o que fazer para tornar isso uma realidade", diz Castro. "Um consumidor ou contribuinte consciente cobra as autoridades, os legisladores e conhece os seus direitos."

O levantamento do IBPT mostra que a descrição da carga tributária nas notas fiscais é mais alta nos Estados das regiões Sudeste (57%), Centro Oeste (53,8%) e Sul (50,5%). Já as regiões Norte e Nordeste possuem, ambas, cerca de 45% de discriminação dos tributos nos documentos fiscais. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Vendas dos supermercados registram crescimento anual de 2,9% em outubro
Para a Black Friday, a Abras trabalha com uma expectativa de 6% a 8% de crescimento nas vendas em relação a 2023; já no Natal, o setor prevê um avanço de 12% no consumo. As vendas do varejo e atacarejo alimentar cresceram 2,9% em outubro ante o mesmo mês de 2023, segundo divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na manhã desta quinta-feira (28). Em relação a setembro de 2024, o avanço foi de 3,5%, sustentado pelo crescimento da empregabilidade ao longo do ano, afirmou o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. No acumulado do ano, o indicador tem alta de 2,67% e permanece acima das projeções do setor, de crescimento de 2,50% em 2024. Os indicadores são deflacionados pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam supermercados, hipermercados e atacarejo alimentar. O pagamento do 13° salário, as datas festivas e outros benefícios que devem ser pagos ao longo dos últimos meses do ano devem impulsionar o consumo no período, afirma Milan. Para a Black Friday, a associação trabalha com uma expectativa de 6% a 8% de crescimento nas vendas em relação a 2023. Já no Natal, o setor prevê um avanço de 12% no consumo. Os preços da cesta natalina, por sua vez, devem estar, em média, 8% mais altos, impactados pela alta do dólar e fatores climáticos que provocaram a inflação dos alimentos, principalmente nas carnes e nos produtos básicos. "As encomendas de fim de ano já foram feitas. As movimentações mais recentes [do dólar] ainda não foram incorporadas e se persistirem vão interferir nos preços daqui em diante", disse Milan. Na quarta-feira (28), a moeda americana fechou o dia no maior nível nominal da história, aos R$ 5,91, após o anúncio de corte de gastos feito pelo governo federal. Apesar disso, o vice-presidente da Abras entende que houve uma sinalização positiva por parte do governo, especialmente no que diz respeito à isenção do pagamento de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. (Valor Econômico)