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A Cooperativa Sulleite, de Santa Vitória do Palmar (RS), é a nova associada do Sindilat. Com 21 anos de atuação na região Sul do estado e 48 produtores associados, é conhecida pela qualidade do doce de leite que fabrica na região. A cooperativa é representada na reunião de associados por seu executivo Raul Amaral.

A filiação ao Sindilat é parte de um movimento de expansão da Sulleite, que, há três meses, obteve o Cispoa, o que, segundo ele, deve abrir novas portas aos produtos da cooperativa que trabalha com 18 mil litros por dia e tem parceria com a Coopar e a Cosulati. “A empresa vem crescendo focada no desenvolvimento do associado e no ganho de produtividade”, pontuou.

Entre as metas para os próximos três anos está a implementação de uma etapa de produção de queijo e a retomada da fabricação de bebidas lácteas. No horizonte, a empresa também projeta ingressar em novas linhas lácteas. “Queremos captar 40 mil litros a cada dois dias e processar todo esse volume na indústria. A Sulleite é uma cooperativa pequena, mas que está dando passos sólidos”, projetou.

Foto: Carolina Jardine

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) apresentou, nesta terça-feira (23/10), durante a reunião de associados em Porto Alegre (RS), a 7ª edição do Fórum Itinerante do Leite, que será realizada em Teutônia. O evento ocorrerá no dia 22 de novembro no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa (SER) Gaúcho. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a ideia é levar informação de ponta ao produtor rural e explorar as potencialidades da região, uma das bacias leiteiras mais expressivas do Estado. O 7ª Fórum Itinerante do Leite é uma promoção do Sindilat, Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Emater, Fundesa, Fetag, Farsul e Colégio Teutônia.

Entre os destaques da programação estão painéis sobre o uso de novas tecnologias para qualificar o dia a dia no campo e ferramentas de inteligência para profissionalizar a gestão dos tambos. A agenda ainda apresentará aos produtores da região o trabalho realizado pelo Conseleite, painel em que se pretende explicar a metodologia de cálculo do valor de referência divulgado todos os meses no Rio Grande do Sul. “Queremos mostrar aos produtores como utilizar as informações disponíveis para profissionalizar seus sistemas de produção, elevar renda e competitividade”, acrescentou Palharini.

À tarde, o fórum contará com quatro oficinas técnicas: Eficiência Energética e Energia Alternativa Aplicada na Propriedade; Panorama da Tuberculose e Brucelose no Vale do Taquari; Balanceamento de Dietas para Vacas Leiteiras em Lactação e Reprodução e Controle de Doenças Reprodutivas. Para finalizar a agenda, haverá happy hour com degustação de produtos lácteos e Concurso de Leite em Metro, disputa tradicional na região que premia os amantes do leite.

Durante a reunião de associados desta terça-feira, coordenada pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também foi debatido o atual cenário do setor lácteo no Rio Grande do Sul. Unanimidade entre as empresas foi a dificuldade enfrentada pelas indústrias nos meses de setembro e outubro.

Na foto: Darlan Palharini
Crédito: Carolina Jardine

O valor de referência do leite projetado para outubro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,1410, 2,44% abaixo do consolidado de setembro, que fechou em R$ 1,1696. O indicador, divulgado pelo Conseleite nesta terça-feira (23/10) na sede da Farsul, de Porto Alegre (RS), sinaliza um movimento de estabilização do mercado uma vez que a redução do litro no mês anterior foi menor do que o esperado inicialmente (R$ 1,1480). Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o movimento de estabilidade tende a seguir até dezembro, e o aquecimento do mercado só deve vir no início de 2019.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, informou que a indústria enfrenta aumento de custos pela variação cambial e a expectativa é pelo ingresso da safra de Minas Gerais e Goiás no mercado. Segundo ele, com o avanço de outubro, já de observa ajuste de preços. E completou: setembro foi um mês de vendas difíceis devido aos sucessivos feriados.

Os dados de outubro do Conseleite refletem movimento do leite UHT, que caiu 2,24% no mês, e a mudança no mix de produção no Rio Grande do Sul, que expandiu o processamento de leite em pó a partir da segunda metade de setembro. “Mesmo assim, os preços neste ano ainda estão bem acima do padrão de 2017”, informou Finamore. Em termos nominais (com correção da inflação), o economista indica que o valor médio pago em 2018 (média dos valores mensais entre janeiro e outubro de 2018 corrigida pelo IPCA) é o maior da série histórica do Conseleite: R$ 1,1310. “É preciso considerar que os preços melhores também vieram acompanhados de aumento dos custos de 5,14% no acumulado do ano de 2018”, indicou Finamore.

Durante a reunião presidida por Pedrinho Signori, representantes dos produtores e da indústria debateram o potencial competitivo para exportação. O diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, ressaltou os desafios à frente. “Ainda temos um mercado muito grande dentro do Brasil, principalmente em nichos de alto valor agregado. Precisamos nos preparar para exportar, mas para trabalhar com produtos de valor agregado. Esse é o nosso futuro”, salientou. Guerra completou, lembrando que ampliar a presença do Brasil no exterior passa por ganhar competitividade.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Setembro de 2018.

 

Matéria-prima Valores Projetados Setembro/18 Valores Finais

Setembro /18

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,3202 1,3450 0,0248
II – Valor de referência IN 621 1,1480 1,1696 0,0216
III – Menor valor de referência 1,0332 1,0526 0,0194

(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 62 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 62, em R$ – Outubro de 2018.

 

Matéria-prima Outubro*/18
I – Maior valor de referência 1,3122
II – Valor de referência IN 62 1,1410
III – Menor valor de referência 1,0269

Foto: Carolina Jardine

Na foto: Jorge Rodrigues, Pedrinho Signori e Alexandre Guerra

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) promove, na sexta-feira (26), o V Simpósio de Reprodução de Bovinos com a presença de palestrantes renomados do Brasil e do exterior. Além de temas importantes ligados à reprodução bovina de raças de leite e de corte – o evento vai ampliar a discussão sobre outros aspectos que integram à produção de qualidade, como nutrição e sanidade animal.

De acordo com o professor da disciplina Grandes Ruminantes da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS André Dalto, a expectativa é reunir cerca de 250 pessoas, especialmente veterinários, estudantes e, em menor número, produtores rurais. “O evento propõe uma atualização do que está sendo feito em termos de pesquisa sobre reprodução bovina de leite e de corte, a troca de conhecimentos, o fortalecimento das relações entre os profissionais e, ainda, a prospecção de novos projetos e parcerias na área”, elenca Dalto, que juntamente com os professores João Batista Borges (UFRGS) e Rodrigo Gonçalves (Ulbra) coordena o simpósio.

O V Simpósio de Reprodução de Bovinos acontece em Porto Alegre, no Auditório Informática – Campus do Vale da UFRGS. Entre os palestrantes confirmados para o evento estão Milo Wiltbank (Universidade de Wisconsin), Alejo Menchaca (Fundação URAUy), Pietro Baruselli (USP), Thiago Gallina (Unipampa), Hélio Rezende (ABS) e Felipe Moura (Pasto On Line). O evento começa às 8h e se estende até às 19h. Informações podem ser obtidas no e-mail simposiodebovinos@gmail.com.

Foto: Rixipixi / Istock

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) anunciou o reajuste na tabela de indenizações aos produtores de leite em 9,82%. O aumento passará a valer para os animais positivos para tuberculose ou brucelose protocolados a partir da última segunda-feira (15/10). A nova tabela será aplicada sobre todas as faixas etárias com valores diferenciados de acordo com a idade dos animais.

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, as novas indenizações devem incentivar criadores a realizar os testes nos rebanhos. Para ele, o controle das zoonoses no Estado é um importante passo para a produção continuar crescendo no mercado interno e externo.

Na ocasião, o Fundesa divulgou o montante das indenizações pagas aos produtores no terceiro trimestre de 2018, no valor de R$ 713.863,02. A gerente administrativa do Sindilat, Julia Bastiani, acompanhou a reunião realizada na sede do Fundesa, em Porto Alegre.

Foto: Leticia Szczesny

A Expoijuí, considerado um dos maiores eventos do Rio Grande do Sul por sua expressão de feira cultural e de negócios, dedicou uma tarde inteira de palestras com temas de interesse dos produtores de leite do Estado. Realizado com a parceria do Sindilat e outras entidades/ empresas, o Seminário sobre Forrageiras – Leite e Carne a Base de Pasto reuniu cerca de 100 pessoas, entre produtores, estudantes e profissionais da área técnica.

O seminário realizado no dia 12 de outubro, na Casa do Produtor, juntou um time de especialistas convidados que abordou temas importantes para quem vive da pecuária leiteira. A primeira palestra foi conduzida pelo médico veterinário José Francisco Xavier da Rocha, que falou sobre a ‘Utilização de escores para maior eficiência de bovinos de leite’. Rocha elencou quatro escores – corporal, fezes, cocho e locomoção – que, se bem apurados pelo criador com o auxílio de um profissional técnico, trazem benefícios para a atividade e maior retorno financeiro. “A técnica não é uma novidade, mas é muito pouco utilizada. Por isso, a importância do evento para disseminar esse conhecimento”, afirmou Emerson Pereira, professor do Departamento de Estudos Agrários do curso de Agronomia e Medicina Veterinária da Unijuí. Segundo ele, a prática proporciona a captação de 4 a 6 litros a mais por vaca/dia.

Outro tema que atraiu a atenção foi ‘Manejo de Pastagens em Sistemas Integrados’, conduzido pelo agrônomo Jean Carlos Mezzalira. Neste painel, foi difundida a importância de uma nova forma de realizar o pastoreio dos animais, o chamado pastoreio rotatínuo. Trata-se de um conceito de manejo baseado no comportamento animal que busca oferecer a melhor condição de pasto que propicie o maior consumo de forragem no menor espaço de tempo. “A técnica consiste em aumentar a eficiência do pastejo alimentando animais com as pontas das folhas, e o resíduo fica mais alto”, informou Pereira. Dessa forma, o animal ganha em nutrientes de qualidade e o giro do piquete se torna mais rápido. A palestra teve transmissão pelo Canal Sinuelo, no YouTube.

Encerrando o seminário no palco da Expoijui, o tema ‘Gestão na Propriedade Leiteira’, foi um dos que mais contou com a interação do público, pois abordou a gestão em todas as suas formas dentro de uma propriedade - seja de pessoal, financeira, de estoques, de máquinas, etc. O tema foi desenvolvido pelo agrônomo Marcelino Colla.

 

Foto: Emerson Pereira

Pelo segundo ano consecutivo, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) foi parceiro da festa de Dia das Crianças organizada pelo Réus Futebol Clube, da cidade de Viamão. Na tarde do dia 12 de outubro, 350 crianças puderam desfrutar de brincadeiras, atrações musicais, brindes e produtos lácteos oferecidos pelo Sindilat.

De acordo com Daniel Alano, diretor social do clube, a parceria com o sindicato é de extrema importância para a manutenção da atividade. “Como somos uma instituição sem fins lucrativos, o evento só é realizado com apoio. Ao se tornar parceiro, o Sindilat possibilita oferecer algo que muitas crianças participantes não têm acesso por se tratar de famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica”, frisou.

O evento contou com a apresentação musical dos alunos do projeto Fábrica de Gaiteiros, do músico Renato Borghetti, brincadeiras promovidas pelos recreacionistas do projeto Recreando da Prefeitura Municipal de Viamão, brinquedos infláveis e a Hora do Conto, atividade promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia da Vila Esmeralda, de Viamão. Para fechar o dia especial, todas as crianças foram presenteadas com brinquedos.

O projeto é realizado há 15 anos e, de acordo com Alano, a cada ano o evento toma proporções maiores, agrega mais parceiros e beneficia mais crianças.

Texto: Camila Silva
Foto: Daniel Alano 

 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou, na tarde de quarta-feira (10/10), de evento promovido pela Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore) para alertar sobre a importância de as empresas investirem na destinação correta de embalagens após o consumo. A série de palestras ocorreu no centro de eventos da Fiergs e tratou sobre as medidas impostas pela Lei 1235/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e prevê o cumprimento do Sistema de Logística Reversa (SLR). Segundo o presidente da Aslore, Marcos Oderich, o objetivo do SLR é, acima de tudo, preservar o ecossistema. "Nós queremos criar um outro momento com relação ao meio ambiente".

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a indústria láctea já investe em logística reversa de embalagens e colabora na preservação do meio ambiente. No entanto, ainda esbarra no alto custo de implementação do SLR. "Para que um maior número de setores aderisse ao sistema, seria necessária participação do governo federal e/ou estadual no sentido de possibilitar benefícios de subprodutos destes resíduos descartados", disse. A consultora do Sindilat, Letícia Vieira, também acompanhou as palestras.

A parceria com o poder público também foi exaltada pelo advogado da Felsberg Adovogados, Fabricio Solare. Segundo ele, a viabilidade econômica é essencial para que a lei seja implementada, assim como as ações empresariais, pois a multa pelo descumprimento do SLR vai de 5 mil a 5 milhões. O profissional lembra que as empresas devem atuar junto ao consumidor, criando pontos de descarte de embalagens, e junto aos responsáveis pela reciclagem. "É preciso investir em melhorias nos produtos para que gerem menos resíduos", exemplifica, ressaltando que é preciso conscientizar os compradores sobre a importância de separar os diferentes tipos de lixo.

Foto: Leticia Szczesny

O setor lácteo brasileiro deu o pontapé inicial para a criação de uma política de exportação do leite brasileiro. Os primeiros alinhamentos foram traçados nesta quinta-feira, em Brasília, em reunião entre a Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), a Agência Nacional de Exportação (Apex), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e sindicatos.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a intenção é tornar a exportação viável e constante para equilibrar o mercado do leite no Brasil, que está em crescimento, principalmente nos estado do RS, de SC e do PR. Desta forma, a produção excedente teria mercado certo e o produtor, uma previsibilidade maior sobre o preço mínimo remuneratório. “Só os três estados do Sul, até 2025, devem responder por 50% da produção nacional. Com o aumento da produtividade, será necessário regular estoque e ser competitivo no mercado nacional e internacional”, argumenta.

O projeto conta com metas de curto, médio e longo prazos. Foram traçados seis pontos prioritários de discussão e análise: agenda regulatória, inteligência de mercado, promoção comercial, financiamento para produção, industrialização e capacitação para a exportação, competitividade e pesquisa e desenvolvimento. “Nossa ideia foi alinhar pensamentos e ações em âmbito nacional para que o setor, unido, consiga não ser mais refém das crises econômicas ou da oferta de leite, que tanto interfere no preço - para mais, ou para menos, no país”, explica Palharini. As prioridades serão ações em prol da certificação sanitária da produção e do aumento de produtividade a custos competitivos, paritários com o mercado mundial.

Foto: Ivan Mikhaylov / iStock 

O empresário senegalês Mamadou Boye Diallo, diretor do Institut Supérieur de Estudes Technologiques Appliqués (Iseta), de Senegal, se reuniu com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e com a representante da empresa CCGL, Michele Muccillo, visando dar andamento à prospecção de parcerias comerciais, investimento e cooperação técnica com diversos setores da agricultura gaúcha.
No encontro em Porto Alegre, Diallo explicou o interesse em estreitar as relações comerciais com as indústrias lácteas do Estado, com o intuito de construir um plano concreto de exportação para o seu país.

Com 15 milhões de habitantes, atualmente Senegal importa mais de 70% do leite consumido. Além disso, o país atua como distribuidor de produtos para cinco países próximos da região Noroeste da África que, juntos, somam 70 milhões de pessoas.

De acordo com Guerra, é necessário entender as demandas internas do país africano e, por este motivo, o Sindilat irá encaminhar para analistas de Relações Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Ricardo Leões e Bruno Jubran, e para a consulesa honorária do Senegal, Reginete Souza Bispo, um questionário para conhecer as demandas e potencial de mercado para esse tipo de operação para, depois, montar um plano estratégico de exportação.

O mercado senegalês não é desconhecido para as indústrias gaúchas de leite. Em 2010, algumas empresas exportaram seus produtos para o país, no entanto, o processo foi descontinuado em função da precificação de mercado. “Vale ressaltar que esse tipo de negócio não considera apenas preço ou qualidade. É necessário estar sempre presente e estreitar relacionamentos", afirmou Guerra.

Foto: Camila Silva