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O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul lamenta o falecimento do presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios(AGL), José Luis Ipar Pravia. Idealizador do Festiqueijo, tradicional evento da cidade de Carlos Barbosa (RS), Pravia morreu aos 66 anos nesta terça-feira (05/02). O velório teve início no fim da manhã de hoje e o sepultamento ocorrerá às 18h15 no Cemitério Público Municipal de Carlos Barbosa.  

O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha especial com esclarecimentos sobre a qualidade de leite. O documento é formado por 28 perguntas e respostas em relação às Instruções Normativas (IN) n. 76 e n. 77, de 2018, e está disponível para todos os associados.

A cartilha esclarece, por exemplo, como deve ser feito o controle de brucelose, que consta no artigo 4 da IN n. 77, ou ainda como será realizada a avaliação do Plano de Qualificação de Produtores. Constam ainda questionamentos sobre a utilização do tanque de uso comunitário, o tempo de estocagem no posto de refrigeração do leite cru, entre outras dúvidas sobre a qualidade do leite.

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Crédito: showcake/iStock

Dirigentes das principais indústrias laticinistas gaúchas avaliaram, na tarde desta terça-feira (22/01), os resultados da reunião realizada com a ministra da Agricultura Tereza Cristina Corrêa na última semana, em Brasília (DF). Representado o Sindilat, o presidente Alexandre Guerra relatou aos colegas as decisões tomadas durante o encontro. “O Sindilat é uma entidade regional e foi convocado para esse encontro porque somos o primeiro estado a sentir o impacto do livre comércio do Mercosul e temos representatividade em âmbito nacional por defender as bandeiras da produção laticinista”, pontuou.

Segundo Guerra, na oportunidade, foi criado um grupo de trabalho nacional via Câmara Setorial do Leite, que contará com participação do Sindilat, para alinhar ações em cinco grandes frentes: Medidas de defesa comercial contra as importações, Competitividade, Inovação e tecnologia, Promoção do consumo e Estímulo às exportações. “O setor irá trabalhar unido pelas mesmas demandas. É assim que a ministra pretende atuar”, indicou. Os trabalhos para elaboração de ações de curto, médio e longo prazos devem ter início já nas próximas semanas.

Durante a reunião de hoje, os executivos ainda avaliaram os impactos das novas instruções normativas (INs 76 e 77) que regem a qualidade do leite, um dos pontos essenciais a ser trabalhado com o governo federal, garante Guerra. O tema, informa ele, ainda não foi tratado com a ministra, mas deverá estar na lista de assuntos a ser alinhada com o grupo de trabalho. “Precisamos achar formas que viabilizem ao setor cumprir esse novo regramento e, para isso, precisaremos de tempo”, informou.

Reunidos na sede do Sindilat, os representantes das indústrias ainda avaliaram os dados divulgados pelo Conseleite e o cenário do mercado gaúcho, que sinaliza com estabilidade de preços no campo.

Fotos: Carolina Jardine 

O ano de 2019 começa com estabilidade nos preços do leite no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira (22/01) pelo Conseleite, na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS), o valor de referência estimado para janeiro é de R$ 1,0574, 0,15% acima do consolidado de dezembro de 2018, que fechou em R$ 1,0559. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontou que o cenário reflete a sazonalidade do período, quando as transações de produtos geralmente estão menores em função do período de férias e recesso.

Entre os produtos que compõem o mix de produção do Rio Grande do Sul, o leite UHT teve alta de 10,90% no mês, apesar de a maior parte dos itens avaliados registrar queda: leite condensado (-5,46%), iogurte (-6,07%), queijo prato (-7,85%) e leite em pó (-3,59%). O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, disse que, apesar de projeções acanhada do final de 2018, o que seu viu foi uma leve recuperação neste janeiro. “Com o calor excessivo, tivemos uma redução da produção no campo em todo o país, o que acabou refletindo na estabilidade de preços neste verão”. Durante a reunião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, relatou sobre o encontro realizado no dia 17/01 com a ministra Tereza Cristina Corrêa, em Brasília. “Fomos convidados para participar desse debate setorial por estarmos próximos do Mercosul, um mercado que tanto impacta do setor lácteo brasileiro”, relatou.

Análise de Custos de Produção - Atendendo à demanda dos conselheiros, o Conseleite deu início, na reunião deste mês, à análise dos dados de custo de produção e seus impactos no setor leiteiro. Para isso, o colegiado contou com estudo preliminar realizado pelo técnico estadual em Bovinocultura de Leite da Emater Jaime Ries, que fez uma explanação com cruzamento de dados tabulados pela Emater a campo no Rio Grande do Sul. “Trouxemos aqui um ensaio do que pode ser feito com os dados que temos, com o objetivo de alinhar junto ao Conseleite uma avaliação mais aprofundada de custos. Ainda precisamos definir qual a metodologia para criar algo nos moldes do Índice de Custos de Produção (ICP) Leite, tabulado pela Embrapa Gado de Leite”, sugeriu. Para compilar os dados, o técnico propôs um indexador formado por uma cesta de insumos da produção leiteira, que integre gastos com nutrição, medicamentos, mão de obra, material de construção, entre outros. “Vamos refinar a coleta de dados, dar peso para os dados regionais e realizar aprimoramentos que nos permitam gerar informações locais e transparentes dos custos do leite”, pontuou.

Segundo os dados tabulados por Ries, entre os anos de 2010 e 2018, o produtor gaúcho necessitou, na média, de 1,25 litros de leite para adquirir um quilo de ração para vacas em lactação com 18% de proteína. “Verificamos que a relação de troca entre o valor líquido recebido pelo litro do leite e a ração em 2018 atingiu a posição mais favorável da década”. Em 2015, lembra ele, o leite estava com valor baixo, o que não foi acompanhado pela ração, levando o setor a um de seus piores momentos.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Dezembro de 2018.

Matéria-prima Valores Projetados Dezembro/18 Valores Finais

Dezembro /18

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,1566 1,2143 0,0577
II – Valor de referência IN 621 1,0057 1,0559 0,0501
III – Menor valor de referência 0,9052 0,9503 0,0451

(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 62 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 62, em R$ – Janeiro de 2018.

 

Matéria-prima Janeiro*/18
I – Maior valor de referência 1,2161
II – Valor de referência IN 62 1,0574
III – Menor valor de referência 0,9517

* Previsão

 

Jaime Ries. Foto: Carolina Jardine

O Sindicato da Indústrias de Laticínios e Derivados do RS (Sindilat) e outras entidades da cadeia produtiva do leite assinaram um documento para que, juntamente com o governo federal, possam construir as bases e diretrizes de uma política nacional para o leite. O objetivo, traçado em reunião realizada no Ministério da Agricultura, em Brasília, nesta quinta-feira (17/01), é trabalhar uma pauta única entre produtores e indústria, via Câmara Setorial do Leite, para tornar o setor mais competitivo e previsível em termos de negócio.

Segundo o presidente do Sindilat-RS Alexandre Guerra, os representantes da cadeia produtiva do leite propuseram à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, uma agenda positiva para promover o leite, tanto no mercado interno, como externo. “Ela está dando uma importância muito grande ao leite, o que nos entusiasma para que, juntos, possamos encontrar a solução para a modernização do setor”, destaca. Em sua participação no encontro, o dirigente solicitou compras governamentais e ressaltou a importância do projeto leite saudável para desenvolvimento da produção no campo. Também mencionou a necessidade de retomada do PEP e a urgência da implementação da isonomia tributária e da simplificação tributária. O vice-presidente do Sindilat-RS, Caio Vianna, que também participou da reunião, salientou que o documento ganha maior importância por ter sido harmonizado por todas as entidades de representação de produtores e indústrias.

A agenda positiva proposta pelo setor será norteada pelos seguintes eixos:
- Defesa comercial contra importações desleais;
- Competitividade (desoneração tributária, política agrícola, isonomia competitiva, infraestrutura, assistência técnica, qualidade e sanidade, dentre outros);
- Inovação tecnológica;
- Promoção do consumo e imagem do setor;
- Estímulo às exportações.

Também assinaram o documento o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas; o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados e da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Sant´Anna Alvim; o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins; o presidente da ABIQ, Fábio Scarcelli; o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins; o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, e o presidente do G100, Vasco Praça Filho.

Fotos: Noaldo Santos/Mapa

Foto: Noaldo Santos/Mapa

 

Para levar às instâncias federais as pautas do setor leiteiro gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e demais entidades da cadeia se reunirão com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nessa quinta-feira (17/1), em Brasília (DF), a partir das 14h. Um dos pontos importantes a serem abordados no encontro é a compra governamental de leite em pó, a fim de aliviar a pressão do mercado interno, e a criação de programa de incentivo à exportação de lácteos. O Sindilat será representado pelo presidente, Alexandre Guerra.

Segundo o dirigente, a reunião é um dos passos para recuperar a competitividade do setor, que sofre desvantagem se comparado ao Mercosul. O panorama pode ser revertido, de acordo com Guerra, com a criação de cotas de importações mensais da Argentina e Uruguai que deem previsibilidade do volume que chegará ao Brasil. "Em outubro e novembro do ano passado foi importado o dobro de produtos em comparação a 2017. Isso gera desequilíbrio comercial e enfraquece o mercado como um todo", explica. Além disso, Guerra pontua que não é só a produção que determina a falta de competitividade, mas também os custos envolvidos no processo, como preço do combustível, de insumos, de peças de maquinário etc.

É com otimismo que o presidente vê a relação das entidades do setor leiteiro gaúcho com o novo governo federal, visto que essa será a segunda reunião com Tereza Cristina. A primeira, realizada em 18/12, antes da posse da ministra, já sinalizou o contato. "Temos que trabalhar em diversas frentes com objetivo de manter um setor tão importante para a economia brasileira, proteger nosso mercado pelo número de família ligadas ao setor e nos transformar de importador para exportador", conclui.

Foto: Antonio Araujo/Mapa

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) anunciou nesta terça-feira (15/1) durante Assembleia Geral Extraordinária o aumento de recursos destinados a indenização de produtores de leite em 2018 com relação a 2017. O ano fechou com R$ 4,2 milhões designados a erradicação de animais positivos para tuberculose ou brucelose - 9,64% a mais do que no ano anterior. Esses números, de acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, sinalizam que os criadores estão cada vez mais conscientes sobre a importância da eliminação dessas zoonoses no Estado. 
 
O valor que coube ás indenizações no setor leiteiro correspondem a mais de 60% do valor utilizado nas quatro cadeias que compõem o Fundo (aves, suínos, pecuária de corte e pecuária de leite) - R$ 6,5 milhões. Para o presidente do Fundo, Rogério Kerber, os números demonstram que o Rio Grande do Sul está trabalhando com muita competência para redução na incidência da tuberculose e da brucelose nos rebanhos. Além disso, para Kerber os dados também enfatizam que os criadores vêm trabalhando o saneamento em suas propriedades. 
 
Na ocasião, o Fundesa divulgou o saldo do fundo que fechou o ano em R$ 84,84 milhões, com o ingresso de R$ 10,5 milhões em contribuições de produtores e indústrias. 
 
Foto: torwai/Istock

A partir de terça-feira (15/1), o Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF) passa a ser obrigatório para produtores rurais. A modalidade substitui o Cadastro Específico do INSS (CEI), obrigatório até 14/1. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, esclarece que o número deste registro não será utilizado para retenção do Funrural. “Para isso, continuará sendo usado o número do CPF do produtor de leite”, esclarece.

Para fazer o cadastro, os produtores contam com auxílio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag) e da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), que firmaram convênio com alguns sindicatos rurais para evitar o pagamento da taxa de certificação digital. A orientação, afirmam a tesoureira geral da Fetag, Elisete Hintz, e o assessor da Presidência do Sistema Farsul, Luís Fernando Cavalheiro Pires, é de que os produtores se informem sobre o cadastro com os sindicatos aos quais são associados. “Algumas empresas já estão pedindo o CAEPF, como a BRF Foods e a JBS”, afirma Elisete.

Segundo publicação do Diário Oficial de 11 de setembro de 2018, a obrigatoriedade da inscrição vale para quem possua segurado que lhe preste serviço, pessoa física não produtor rural que adquire produção rural para venda, no varejo, a consumidor pessoa física nos termos do inciso II do §7º do art. 200 do Regulamento da Previdência Social, produtor rural contribuinte individual e segurados especiais. 

A quantidade de inscrições por pessoa física varia de acordo com a natureza da atividade exercida. Se for de natureza rural, haverá uma inscrição para cada imóvel rural em que se exerça atividade econômica. Se a atividade for de natureza urbana, haverá uma inscrição para cada estabelecimento em que se exerça atividade econômica, desde que se mantenha empregado vinculado a cada um deles.

O CAEPF é administrado pela Receita Federal do Brasil e reúne informações das atividades econômicas exercidas pela pessoa física. Ele será utilizado pelos produtores rurais ao prestar as informações no eSocial, plataforma que unifica a entrega das informações previdenciárias, trabalhistas e fiscais. 

Confira o documento da Fetag sobre o tema.

Utilizar soluções tecnológicas para auxiliar os produtores de leite no manejo das vacas e, consequentemente, reduzir custos e agilizar o trabalho nas propriedades, tem se tornado uma tendência do setor. O Desafio das Startups competição que integrou o Ideas for Milk 2018, evento promovido pela Embrapa Gado do Leite, premiou três startups que têm como atuação principal simplificar a vida no campo e na indústria. Entre elas, duas gaúchas se destacaram na competição.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, é indispensável reconhecer essas iniciativas e torná-las cada vez mais acessíveis para os produtores de leite e a indústria. “O setor lácteo está permanentemente em um processo de modernização e isso passa diretamente pelo investimento em tecnologia”, afirmou Palharini, que participou da escolha dos vencedores.

“Traduzir a opinião das vacas.” Este é o principal objetivo da CowMed AS, startup criada pelos irmãos Leonardo e Thiago Guedes que, atualmente, conta com uma equipe de seis especialistas. Para isso, a empresa desenvolveu uma coleira capaz de mensurar os principais parâmetros comportamentais relacionadas à saúde e à reprodução dos animais. A tecnologia pode ser aplicada individualmente ou em lotes e foi pensada para pequenas, médias e grandes propriedades leiteiras.

Os dados são coletados por antenas e enviados para a nuvem, onde a ferramenta VIC (Virtual Interpreter of Cows) analisa os animais e emite alertas para os produtores, que vão desde sinais sobre o comportamento do cio até a indicação do melhor horário para realizar a inseminação. O produtor recebe as informações coletadas pelo programa por meio de software web de monitoramento ou aplicativo mobile. É possível comprar a tecnologia ou adquirir um plano de pagamento mensal.

De acordo com os desenvolvedores do projeto, o monitoramento dos animais permite obter uma pecuária mais precisa. Além disso, esse monitoramento pode servir de base para criar ferramentas que potencializem a produtividade. A empresa conta com um portfólio de mais de 15 mil animais monitorados em 11 estados brasileiros e mais de 30 milhões de horas de comportamento animal. A ideia rendeu para a equipe o segundo lugar no Desafio das Startups do Ideas for Milk 2018.

Se a CowMed SA focou no comportamento das vacas, a Startup Z2S Sistemas Automáticos levou conhecimentos da engenharia elétrica para o campo para auxiliar na limpeza e higienização da produção de leite. O engenheiro eletricista Elias Francisco Sgarbossa projetou em seu trabalho de conclusão de curso da faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade de Passo Fundo (UPF), com o apoio da Agência de Inovação Tecnológica da (UPF), um sistema automático para limpeza de ordenhadeiras canalizadas. O ROV funciona automaticamente e funciona em horário programado, sempre 30 minutos antes da ordenha.

Produtos Z2S premiados no Ideas for Milk 2018     Foto: Elias Sgarbossa

Em 2017, a startup foi incorporada ao UPF Parque e, no final  de 2017, foram anexados ao portfólio de serviços da Z2S mais dois equipamentos de limpeza e higienização. O SALT é responsável pela limpeza de tanques de resfriamento de leite e o ROVTL auxilia os produtores na higienização entre ordenhadeiras e transferidores de leite. Os sistemas funcionam a partir de um microcontrolador com firmware embarcado, escrito em linguagem C e podem ser integrados ou serem utilizados de forma independente. Todo o processo ocorre de maneira automática, incluindo o controle e o monitoramento de temperatura, dosagem de produtos químicos e acionamento dos motores.

O sistema ROV nasceu de uma demanda particular de Sgarbossa. Filho de produtores de leite, o engenheiro eletricista notou que a família levava muito tempo realizando o processo de limpeza da ordenhadeira. A partir disso, iniciou testes do protótipo na fazenda e o resultado foi surpreendente. Em um ano, o equipamento proporcionou redução de 87% na Contagem Bacteriana Total (CBT) do leite, atingindo níveis inferiores a 2mil UFC/ml.

Além disso, a sustentabilidade também foi ampliada na produção da fazenda, tendo em vista que o equipamento reduziu em 50% o consumo de detergentes e 20% o consumo de água. Os engenheiros eletricistas Adriano Luis Toazza e Charles Bortolanza também integram a startup que ficou em terceiro lugar do Desafio das Startups da Ideas for Milk 2018.

O Sindicato das Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Sindilat) pediu à nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e aos futuros secretários da Receita Federal, Marcos Cintra, e de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, equidade nas condições competitivas dos lácteos brasileiros com os importados do Mercosul. A solicitação contempla negociação de cotas para entrada dos produtos no Brasil, isonomia tributária em todos os elos da cadeia láctea, o fim da guerra fiscal entre estados e auxílio para retirada do excesso de leite em pó do mercado nacional.

A reunião ocorreu em Brasília nesta terça-feira, na sede do Governo de Transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). “Pedimos que houvesse uma compra governamental para aliviar a pressão no mercado interno, pois, nos últimos dois meses, entrou no país o dobro da quantidade de leite do que no mesmo período do ano passado. O setor está trabalhando no prejuízo devido à pressão interna sobre o preço”, argumentou Guerra. A mesa foi coordenada pelo senador eleito Luís Carlos Heinze e contou com a presença do deputado federal Jerônimo Goergen, além de representantes dos setores de arroz, alho, maçã, trigo, uva e vinho dos três estados do Sul do Brasil.

Segundo Guerra, a ministra garantiu que está em tratativas para que o governo absorva parte do excedente de leite em pó do mercado nacional. De acordo com ele, o governo demonstrou estar aberto ao diálogo e a ouvir os setores. “Ela falou que nós, enquanto país, temos que ter voz ativa pela importância e pelo tamanho que temos no Mercosul, e não negligenciar. Disse também que tem reunião agendada na Argentina, em janeiro, para tratar das disparidades do Mercosul”, comentou.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil