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O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) realizará na próxima segunda-feira (06/09), às 14h, coletiva de imprensa para anunciar novo projeto de estímulo à produtividade, boa gestão e gerenciamento do setor lácteo gaúcho. O encontro contará com o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e com o presidente da Emater, Edmilson Pedro Pelizari.

Na ocasião, também será dada a largada para o 7° Prêmio Sindilat de Jornalismo, distinção que reconhece trabalhos jornalísticos relevantes que abordam o setor lácteo.

Em função das restrições decorrentes da pandemia de Covid-19, o evento ocorrerá de forma híbrida: presencialmente na Casa da Indústria de Laticínios, no Boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e remotamente pelo link https://sindilat.webex.com/sindilat-pt/j.php?MTID=ma9ebfb9970f7f1b04140fc8948586bb5

O que: Coletiva Sindilat na Expointer 2021
Quando: 6/9 (segunda-feira) - 14h
Link: https://sindilat.webex.com/sindilat-pt/j.php?MTID=ma9ebfb9970f7f1b04140fc8948586bb5

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)

Como em todos os anos, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) e suas empresas associadas estarão presentes na Expointer, que acontece de 4 a 12 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Neste ano, o Sindilat promoverá uma intensa participação institucional no espaço ‘Casa da Indústria de Laticínios’.

O espaço institucional estará aberto ao público visitante durante todos os dias da feira e contará com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos. A multinacional é convidada do Sindilat para palestra online onde vai abordar as tendências de consumo no setor lácteo, em evento para associados programado para o dia 9 de setembro (quinta-feira), a partir das 10h.

Diversas outras atividades especiais estão sendo preparadas pelo Sindilat para a Expointer, como eventos destinados a convidados, lançamento de concurso e seminário. Um dos destaques da programação será a coletiva de imprensa no dia 6/9 (segunda-feira), às 14h, que dará a largada para o período de inscrições ao 7° Prêmio Sindilat de Jornalismo, distinção que reconhece trabalhos jornalísticos relevantes sobre o setor lácteo produzidos por jornalistas e que vai contemplar reportagens nas categorias Impresso/Eletrônico/Online.

Todos os eventos na Casa da Indústria de Laticínios serão realizados presencialmente, mas terão formato híbrido, podendo ser acessados remotamente (em link a ser disponibilizado) também por quem não estiver no Parque. O espaço do Sindilat atenderá o público diariamente das 8h30min às 17h30min e estará localizado na Rua Boulevard, Quadra 46 do Parque Assis Brasil.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

Crédito de foto: Carolina Jardine.

O valor de referência do leite projetado para agosto no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,7159 com base em dados apurados nos primeiros dez dias do mês pelo Conseleite. O indicador, divulgado na manhã desta terça-feira (24/08), representa uma elevação de 0,45% em relação ao consolidado de julho, que foi de R$ 1,7082. O professor da UPF e responsável pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya, constata que o cenário é de estabilidade mesmo em plena safra, uma vez que a tradicional expansão de produção foi arrefecida pelo aumento dos custos de produção e pela perda de áreas de pastagem para a agricultura. “O valor do leite no mercado consumidor não está acompanhando o custo da atividade, e ainda estamos perdendo produtores para o cultivo de soja”, ponderou o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, lembrando que o consumo de grãos está em alta, com valorização motivada pela demanda internacional e pela expansão do setor de proteína animal.

No campo, a previsão também é de que a produção de leite em 2021 não aumentará como ocorria no período de safra de anos anteriores. Isso porque, com menos recursos e potencial de compra abalado pela inflação, os produtores estão segurando despesas e a expansão de rebanhos. “Isso era verificado em pequenos rebanhos e hoje já se vê médios produtores migrando de atividade”, completou o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo. Com a chegada de setembro, espera-se o início do plantio de soja e outras culturas de verão, o que deve reduzir ainda mais as áreas de pastoreio.

Mobilizados, representantes dos produtores e indústrias trataram da urgência em buscar alternativas que mantenham a produção ativa e viável. No Conseleite, é unanimidade a necessidade de políticas públicas que permitam o fomento de um setor tão estratégico para a economia e para a nutrição do povo brasileiro. “Precisamos pensar no futuro, mas também em ações rápidas que nos tragam resultados nesse cenário atual”, sugeriu Guerra. Uma das preocupações apontadas na reunião foi com o aumento da importação de leite em pó, que deve ter impacto severo no mercado gaúcho nos próximos meses.

Com a produção contida no campo, o professor Marco Antonio Montoya apresentou dados que indicam estabilidade de valores do leite entre junho, julho e agosto. Considerando os indicadores a contar de outubro de 2020, o valor de referência apresentou uma leve recuperação, o que cobriu parte dos custos de produção, mas não o suficiente para acompanhar as despesas crescentes na indústria e no campo. Montoya ainda indica que, se comparando com o preço do leite registrado em outros estados, a produção gaúcha ainda está com valores abaixo das demais regiões. “Há questões logísticas envolvidas muito em função do distanciamento dos principais mercados consumidores”, salientou o professor.

Se a inflação atinge a realidade da produção, na ponta também traz impacto no consumo. Guerra lembrou que as famílias também perderam poder de compra nos últimos meses. E o leite, alega ele, é altamente suscetível a essas variações. “É um cenário que exige nossa atenção, assim como os avanços da balança comercial”.

Foto: Carolina Jardine

O governo do Rio Grande do Sul lançou, nesta quarta-feira (18/8), a 44ª edição da Expointer em clima de superação e de reinvenção. Durante seu discurso no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), a secretária da Agricultura, Silvana Covatti, afirmou estar otimista em relação à feira. Essa motivação é resultante do momento vivido pelo agronegócio do Estado, que recentemente recebeu o certificado internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação e que produziu uma safra recorde de grãos no verão. “Espero e tenho certeza que todos nós vamos vivenciar um grande evento”, ressaltou.

No lançamento, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) foi representado pelo seu secretário-executivo, Darlan Palharini, que acompanhou o evento de forma virtual através do canal no YouTube do Governo. Segundo ele, o Sindilat deve marcar presença na Expointer deste ano, no entanto, de forma institucional . “Nós estaremos com a nossa casa aberta no parque, mas sem a realização das tradicionais atividades dos anos anteriores. Entendemos que ainda são necessários cuidados em relação à pandemia”, afirmou. A exposição ocorrerá de 4 a 12 de setembro com público limitado de até 15 mil visitantes por dia.

De acordo com Silvana, serão rigorosos os cuidados na vigilância e na saúde das pessoas ao longo da feira. Presente no lançamento, que foi transmitido pelo canal no YouTube do Governo, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, destacou que um plano operativo foi desenvolvido para que a exposição “aconteça com a maior segurança possível”. As duas pastas trabalham juntas na realização do evento.

Em sua fala, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, salientou que a exposição traduz dois traços do povo gaúcho: a superação e a reinvenção diante das dificuldades. “A Expointer, mesmo sendo feita de um jeito diferente, não perde a sua alma. Uma alma empreendedora, integradora e de demonstração da grande virtude do nosso Estado, da capacidade empreendedora da nossa gente”, destacou em relação ao evento de 2020 e de 2021.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

A Embrapa Gado de Leite lançou nesta sexta-feira (13/8) o livro “Na era do consumidor – uma visão do mercado lácteo brasileiro”. A obra reúne 23 artigos de 30 autores publicados em veículos de comunicação especializados na cadeia produtiva do leite. O lançamento oficial ocorreu em live no canal no Youtube da entidade, a qual pode ser acessada através do link: https://www.youtube.com/watch?v=axVO0V0eRs4.

Dividida em cinco seções, a publicação traz um panorama sobre o consumo de lácteos no Brasil e as mudanças causadas a partir da pandemia de Covid-19 no setor, além de apresentar reflexões do mercado consumidor em relação às redes sociais. "O livro é de extrema importância para o setor lácteo uma vez que reúne informações extremamente importantes para o seu desenvolvimento", afirmou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). A obra conta com editoria técnica da pesquisadora da Embrapa Kennya Beatriz Siqueira.

Os artigos foram publicados originalmente no portal Milkpoint e nas revistas Indústria de Laticínios, Leite Integral e Balde Branco entre 2019 e 2021. Acesse o livro aqui: https://bit.ly/37DkvMn.

Com informações da Embrapa

Focado em intensificar o intercâmbio comercial com o Brasil, o embaixador do Uruguai Guillermo Valles propôs uma articulação entre os países para destravar projetos logísticos em curso há décadas. O plano de trabalho foi apresentado em reunião com lideranças do setor produtivo do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (6/8) na Sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Interlocutor dos interesses do agronegócio e vendo as potencialidades desse intercâmbio no abastecimento de grãos para a produção de aves, suínos e leite, o senador Luis Carlos Heinze (PP) é defensor do tema, ressaltando a importância de trazer parte da safra de milho uruguaio ao Brasil. Segundo o embaixador, o Uruguai tem amplo potencial para produção de cereais, mas as lavouras não se ampliam exatamente pela falta de estruturas de armazenagem e de vias de escoamento mais competitivas ao mercado internacional. De acordo com Valles, enquanto uma carga de arroz uruguaio precisa percorrer 400 quilômetros por rodovias para ser exportada por Montevidéu, o mesmo produto poderia fazer 200 quilômetros por via fluvial para chegar a Rio Grande.

A chave para viabilizar a integração é o fortalecimento do modal hidroviário, estabelecendo um canal direto com o Porto de Rio Grande por meio de hidrovia pela Lagoa Mirim. Para isso, seria essencial aumentar o calado de rios e canais, o que depende de obras de dragagem no Brasil e no Uruguai. O embaixador ressaltou que o investimento nesses processos é ínfimo perto do ganho econômico e que pode ser rateado entre os dois países. O projeto, que está nos planos da Bacia do Prata há 60 anos, poderia ser viabilizado por uma parceria público-privada, o que o consolidaria como a primeira hidrovia público-privada da América Latina. No lado brasileiro, as dragagens precisariam ser efetuadas no Sangradouro, no Canal São Gonçalo e no acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar.

Heinze informou que há projetos tramitando em Brasília no sentido de fortalecer o intercâmbio logístico com o Uruguai por meio de investimentos em infraestrutura. Um deles é a construção de nova ponte em Jaguarão (RS).

Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, frisou a importância de o intercâmbio ser regido por um regramento mínimo que não comprometa nenhum setor produtivo uma vez que produtores uruguaios operam com custos inferiores aos praticados no Brasil. O embaixador concordou com a posição, lembrando que a ideia é agir em bloco, favorecendo os dois países e não impondo concorrência predatória. “É preciso tratar de regulamentações, olhar o espaço comum, juntar as autoridades e tratar da questão de território para que o fator de equilíbrio não seja o contrabando”.

O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, informou que o assunto deve ser alvo de uma nova reunião nas próximas semanas. A proposição é integrar o setor produtivo brasileiro e uruguaio para definir uma pauta a ser apresentada durante a Expointer, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Também participaram da reunião lideranças da Fetag, Fecoagro, Asgav, Sips e Fundesa.

Segundo o embaixador é primordial que as cidades vejam as potencialidades do campo, uma vez que é dele que sairá a solução para suportar um aumento de 2,5 bilhões de pessoas na população mundial até 2050. “Precisamos produzir 50% mais fibras, 50% mais de alimentos e combustíveis. E de onde vai sair isso de forma sustentável?”, questionou. Consciente das potencialidades da América Latina em abastecer o planeta, ele reforçou que há condições de solo e oferta de água doce capaz de produzir de forma competitiva. Para isso, alertou, é importante que se trabalhe com abertura comercial entre vizinhos.

Brasil e Uruguai tem 1067 quilômetros de fronteira, com seis cidades gêmeas. Apesar da vigência do Mercosul, apenas a aduana de Rivera trabalha de forma integrada nos terminais de cargas. O principal ponto de entrada de cargas uruguaias no Brasil é o Chuí (30%), seguido por Jaguarão (21%) e por Santana do Livramento (9%).

Foto: Carolina Jardine 

A produção de milho no Uruguai para o abastecimento do mercado gaúcho será pauta de reunião entre entidades do agronegócio com o embaixador do Uruguai, Gustavo Vanerio Balbela. O encontro ocorrerá nesta sexta-feira (6/8), às 9h, na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). A nova fronteira agrícola será possibilitada pela ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos. A reunião é uma demanda organizada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP).

Na ocasião, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) buscará um espaço para maior integração com o governo uruguaio e também com o setor produtivo. Isso porque, segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o Uruguai tem um dos menores custos de produção de leite e o RS é mais um corredor de transporte para os derivados do país. “Não vimos no Uruguai um concorrente e sim um fornecedor de produtos lácteos para o Brasil”, acrescentou. As entidades ainda devem tratar sobre o cenário geral do setor lácteo e parcerias com o Inale.

Além de Heinze e de Balbela, devem participar da reunião o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, e representantes de entidades como Asgav, Fetag e Fecoagro. O presidente da Farsul será representado no encontro por Francisco Schardong.

Crédito da foto: Carolina Jardine

Parceiro institucional da 11ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) garante aos seus associados desconto de 30% na inscrição para o evento. O fórum, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de setembro de forma virtual, terá como temática a ‘Precificação e proteção de preços de leite no mercado lácteo brasileiro’. Os associados podem garantir sua participação pelo site do evento https://bit.ly/3Cj3pS0.

A programação, que está prevista para iniciar às 13h50 do dia 21/9, contará com a participação de palestrantes como Isabela De Marchi, gerente de Sustentabilidade para América do Sul da SIG Combibloc, Mario Rezende, da Danone, Paulo Molinari, da Safras & Mercado, Ana Paula Gilsogamo, analista sênior de Alimentos e Bebidas – Mintel, entre outros. Entre os assuntos que serão explanados pelos profissionais estão os cenários para os mercados de milho e de soja em 2021 e em 2022, as novas tendências para o mercado lácteo e as experiências de contratos de precificação de leite.

No primeiro dia de fórum, a discussão será focada nos prováveis cenários futuros das mais importantes variáveis que afetam o segmento. Já no segundo dia de evento, os profissionais trarão para debate um tema de bastante relevância para o setor: a formação de preços e as ferramentas para diminuição da volatilidade do valor dos produtos lácteos. O fórum também contará com espaços para perguntas dos participantes.

Com informações do Fórum MilkPoint Mercado
 
Confira a programação completa:
21 de setembro
13h50 - Abertura Painel: Ambiente futuro de mercado
14h - Ambiente econômico e possíveis cenários para o final de 2021 e para 2022 – com Maurício Une, Economista Sênior no Rabobank
14h30 - Cenários para os mercados de milho e soja 2021 e 2022
15h - Espaço Patrocinador
15h10 - Cenários para o mercado lácteo no final 2021 e no início de 2022
15h40 - Debate
16h - Break
16h10 - Inovações e novos lançamentos de lácteos no Brasil e no mundo: o que vem aparecendo nas gôndolas dos supermercados? – com Ana Paula Gilsogamo, Analista Sênior de Alimentos e Bebidas - Mintel
16h40 - Espaço Patrocinador
16h50 - Mesa redonda: Foodservice – como está a recuperação em 2021 e quais as perspectivas para 2022?
17h20 - Debates, perguntas, conclusões do primeiro dia
22 de setembro
13h50 - Abertura Painel: Contratos, formação de preços e ferramentas de proteção de preços
14h - Novas tendências para o mercado lácteo – ESG da fazenda a mesa do consumidor – impactos para produtores e indústrias
14h30 - A contribuição da embalagem de produtos lácteos para fatores ESG – com Isabela De Marchi, Gerente de Sustentabilidade para América do Sul da SIG Combibloc
14h40 - Apresentação dos resultados da pesquisa sobre as novas exigências do consumidor em ESG e a formatação de novas exigências nos modelos de Supply dos laticínios brasileiros
15h - Contratos futuros na cadeia leiteira – oportunidades e possíveis limitantes
15h30 - Experiências de contratos de precificação de leite – com Mario Rezende, Danone
16h - Debate
16h30 - Break
16h40 - Seguro de preço para a cadeia leiteira – o modelo de resseguro de preço
17h10 - Ferramentas financeiras e de funding para o agronegócio – Fintechs e sua inserção futura no mercado lácteo
17h50 - Debates e perguntas
18h10 - Conclusões e encerramento
 
Foto: Carolina Jardine

O valor de referência projetado para o leite no mês de julho é de R$ 1,7086, 1,35% abaixo do consolidado de junho (R$ 1,7319). Os dados apresentados nesta terça-feira (27/07) pelo Conseleite levam em conta os primeiros dez dias do mês e refletem o início da safra aliado a um período de custos elevados no campo e na indústria, o que garantiu estabilidade de preços. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, o cenário de insumos em alta deve segurar os preços em um patamar mais estável durante a safra, garantindo um cenário atípico com dois anos seguidos de valores mais altos (2020 e 2021). “Os gráficos mostram o impacto da pandemia, com valorização do preço do leite puxado pela elevação das commodities no mercado internacionais”, explicou.

Lideranças dos produtores indicam que grãos, silagens, medicamentos e arrendamento de terras tiveram reajustes, prejudicando a margem da atividade leiteira. Situação similar à vivenciada na indústria, com alta de embalagens, insumos, combustíveis e, principalmente, pela necessidade de repasse aos produtores. “Precisamos que os preços do leite ao mercado consumidor permaneçam nesses níveis. Depois de um primeiro semestre operando sem margens na indústria, o setor está no fio da navalha. Não há como voltar ao preço do leite de um ano atrás”, ressaltou o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra.

As dificuldades de receita fizeram com que muitos criadores deixassem a atividade nos últimos meses o que, de certa forma, deve evitar excedentes demasiados na safra. A opção foi substituir o leite por atividades mais lucrativas, como o cultivo de grãos e oleaginosas.

Enquanto isso, o setor segue o debate na tentativa de enxugar custos. Uma das opções debatidas durante a reunião do Conseleite foi a ampliação do uso de pastagens cultivadas, o que reduziria os desembolsos com grãos e silagem. Apesar da tentativa, os produtores alegam que o desenvolvimento está aquém do esperado em função de fatores climáticos.

Foto em destaque: Carolina Jardine 

Por meio de decreto publicado nesta sexta-feira (16/7), o governo gaúcho prorrogou a isenção do pagamento do imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS) até 31 de dezembro de 2021. A medida passa a valer com a publicação do decreto nº 55.998, produzindo efeitos a partir de 1º de agosto. Na prática, os contribuintes gaúchos que realizarem operação de transporte intermunicipal de cargas, que tenha início e término no território do estado, serão isentos do ICMS sobre o valor do frete.

A prorrogação do benefício, segundo Matheus Zomer, advogado e consultor tributário do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), contribui para o fomento da cadeia produtiva e econômica. "A medida é positiva, pois assegura a desoneração da operação de transporte. Caso fosse exigido esse ICMS, seria um custo a mais para as empresas gaúchas. O ideal, contudo, seria que o Estado prorrogasse a isenção por um prazo maior, garantindo assim mais previsibilidade e segurança aos contribuintes", avalia.

Confira o decreto em https://www.sindilat.com.br/site/2021/07/16/decreto-no-55-998-de-15-de-julho-de-2021/ 

Foto em destaque: Carolina Jardine