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Porto Alegre, 11 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.712

 

   Novos secretários têm missão de dar continuidade à modernização do Estado

O governador José Ivo Sartori empossou oficialmente, nesta quarta-feira (11), os novos secretários de Estado que foram anunciados ao longo do mês de março e abril. As mudanças se deram porque os titulares que ocupavam os cargos até então se desvincularam do governo para concorrer nas eleições de outubro. Ao todo, foram dez trocas em ato na Casa da Música da Ospa, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre.

Tomaram posse os secretários da Casa Civil, Cleber Benvegnú; de Planejamento, Governança e Gestão, Josué Barbosa; da Fazenda, Luiz Antônio Bins (interinamente); de Comunicação, Isara Marques; do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Evandro Fontana; de Obras, Saneamento e Habitação, Sandro Boka (interinamente); da Saúde, Francisco Paz; da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein; dos Transportes, Humberto Canuso; e o secretário Extraordinário de Assessoramento Superior do Gabinete do Governador, Idenir Cecchim.

 
Grupo dos secretários que compõem o governo estadual 

Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini

O governador José Ivo Sartori agradeceu o empenho do grupo de secretários que deixa o governo do Estado, e a necessidade de continuar o trabalho que tem sido feito porque “a travessia não terminou”.

“Agradeço pela disposição para o enfrentamento dos problemas que encontramos. Pela parceria e pelo legado que vocês ajudaram a construir. Não para o nosso governo, mas para o futuro da sociedade gaúcha”, afirmou.

Sartori ressaltou que os desafios não podem acabar e que as novas ideias e propostas serão fundamentais nesse processo. “Ainda temos muito a fazer. E reafirmo: seguimos determinados a promover mais e novas mudanças positivas no Estado. Todos nós queremos um Estado mais eficiente, e isso só será possível se tivermos coragem, atitude, e união para encarar os desafios que estão pela frente”, reiterou.

O novo secretário da Casa Civil, Cleber Benvegnú, destacou o “trabalho honesto, corajoso, sério, verdadeiro e resiliente” da equipe de trabalho que contribuiu para o secretariado e fez ressalvas sobre o futuro. “Fazer o que precisa ser feito significa dizer não mais do que dizer sim, não aceitar a zona de conforto, viver a virada de um ciclo da vida social e econômica do Estado e do país. Assimilar e promover mudanças, mesmo em ano de eleição”, disse.

“Vamos fazer o que falta ser feito, cabe a nós seguir a missão. Tocar a RS-118, construir mais Centros da Juventude, escolas, avançar no cercamento eletrônico, entregar projetos de concessão, parcerias público-privadas do saneamento e aderir ao Regime de Recuperação Fiscal. O RS tem pressa e ainda muito por fazer. Decidimos enxergar lá na frente e não apenas o cotidiano porque aceitamos combater o combate, romper as velhas práticas, modernizar o Estado e fazer gestão cuidando de quem mais precisa”, completou o secretário.

João Gabbardo dos Reis, que deixou a Secretaria da Saúde, falou em nome dos secretários que integraram o governo, considerado por ele uma gestão marcada “por homens e mulheres que deixaram em segundo plano a popularidade pessoal para fazer o que precisava ser feito, mesmo com atitudes impopulares que não representam benefícios imediatos”.

Seminário de Governo
Após a solenidade, ocorre no mesmo local o 5º Seminário de Governo. O evento com tema 'O futuro já começou’ é interno e reúne dirigentes da administração direta e indireta do Executivo estadual para avaliar as realizações de cada pasta desde 2015 e discutir os projetos em andamento para o Rio Grande do Sul. (Assessoria de Imprensa Governo do Estado)

 
 
Entidades pretendem melhorar indicadores do leite

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios) se uniram ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a fim de melhorar os indicadores do leite e modificar metodologias que serão efetivamente implementadas ainda neste ano. Através dessa parceria, será implementada uma nova forma de coleta de dados, possibilitando gerar resultados até o 10º dia útil do mês e divulgar médias de preços antecipadamente para os sete estados de produção. 

A pesquisa conduzida pelo Cepea nas empresas de leite localizadas nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul corresponde a cerca de 45% do volume total da Pesquisa Trimestral do Leite, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Natália Grigol, pesquisadora da Equipe Leite do Cepea, afirma que essa mudança vai melhorar o sistema agroindustrial do leite (SAG) e diminuir riscos na comercialização. " O Cepea espera gerar dados mais estratégicos para o setor e contribuir para o processo de coordenação do SAG do leite, que vem ganhando força ano a ano", declara. 

Segundo a pesquisadora, a coordenação dos diferentes segmentos do SAG garantirá que objetivos comuns sejam alcançados, promoverá uma maior competitividade e elevará a eficiência nas transações. Ela cita que a produção leiteira é muito grande dentro da agropecuária, representando 15,9% do valor bruto da produção agropecuária (VBP) no ano anterior. "Diante da produtividade média de apenas 4,5 litros/vaca/dia, fica evidente que o Brasil ainda tem enorme potencial para ir além", explica. 

A organização do setor leiteiro se elevou expressivamente durante os últimos cinco anos através de caminhos semelhantes aos adotados por outros mercados agropecuários. Para a pesquisadora isso é só o começo, ainda é preciso viabilizar mais investimentos, elevar a qualidade da matéria-prima, além de estimular o consumo e expansão de políticas públicas para o setor. (Agrolink)

230 mi ton e deve manter recorde de 2ª maior safra histórica

A estimativa atual da colheita de grãos no Brasil deverá manter o recorde de segunda maior safra da história, com uma produção de 229,5 milhões de toneladas. Os números estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018, divulgado nesta terça-feira (10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar do decréscimo de 3,4% em comparação à safra passada, que chegou a 237,7 milhões de toneladas, o número é ainda bastante elevado, se considerada a média de produção no Brasil em condições atmosféricas normais. Em relação ao mês de março, por exemplo, a estimativa de safra este mês mostrou uma elevação de 3,5 milhões de toneladas (1,5%).

A boa estimativa deve-se ao resultado do avanço da colheita da soja e do milho primeira safra, que vem confirmando boas produtividades e uma perspectiva maior de área para o  segunda safra. Já a produtividade recorde da safra passada, que foi beneficiada por um excelente clima, não se repetiu agora, mesmo com a situação climática considerada boa na maioria das regiões produtoras.

A soja é a maior responsável pelo desempenho exemplar da produção. A leguminosa deve alcançar 114,9 milhões de toneladas. O algodão em pluma novamente marca presença neste levantamento, com uma produção de 1,9 milhão de toneladas, que representa 21,8% a mais que a safra anterior. O feijão segunda safra também obteve bom desempenho e deve colher 1,29 milhão de toneladas, com aumento de 7,3%.

Área
As culturas de soja e milho primeira safra estão em fase final de colheita. A área estimada sinaliza um aumento de 0,8% comparado ao período anterior, atingindo 61 milhões de hectares. Na ordem crescente de ganho absoluto da área plantada, vem primeiro a soja com 1,2 milhão de hectares, em seguida o algodão (205,6 mil ha) e o feijão segunda safra (115,4 mil ha), com destaque para a espécie caupi. Com os ganhos obtidos, a área total da soja ficou em 35 milhões de hectares. Outros destaques em relação à área foram o milho segunda safra (total de 11,5 milhões de ha), o milho primeira safra (5 milhões), o feijão segunda safra (1,5 milhão) e o algodão (1,1 milhão). (As informações são da Conab)

 
 

  Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite
Apesar de ser o quarto maior produtor de leite do mundo, o Brasil ainda depende da importação para abastecer o mercado interno. Para crescer, o setor aposta numa ordenha mais rápida e eficiente. Nas fazendas, o investimento em robôs já rende bons resultados aos pecuaristas. Para assistir à reportagem CLIQUE AQUI. (Band)

 

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, nomeou oficialmente nesta manhã (11/04) os novos secretários do Estado, em cerimônia na Casa da Música da Ospa, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), na Capital. As mudanças foram feitas por conta de os titulares terem deixado os cargos para concorrer nas eleições de outubro.

Para um auditório lotado, o governador alertou os novos secretários sobre a importância de seguirem trabalhando para melhorar a situação financeira do Estado, implementando as mudanças necessárias "Não aceito que 2018 seja um um paralisado. Um ano eleitoral não altera em nada o nosso papel de governar com seriedade e transparência", afirmou Sartori.

Ao agradecer os antigos integrantes do governo, Sartori citou o trabalho realizado por Ernani Polo, na Secretaria de Agricultura, e destacou o número elevado de projetos aprovados junto à Assembleia Legislativa. "As propostas foram encaminhadas por conta da unanimidade das federações, associações e organizações do setor agropecuário, nada foi feito só da nossa cabeça, foi construído junto com as entidades. Por isso, acredito que o Ernani Polo tenha sido a grande surpresa positiva do nosso governo", destacou. A pasta está sendo assumida por Odacir Klein, que pela terceira fez ocupa o cargo.

Além de Klein, tomaram posse os secretários da Casa Civil, Cleber Benvegnú; de Planejamento, Governança e Gestão, Josué Barbosa; da Fazenda, Luiz Antônio Bins (interinamente); de Comunicação, Isara Marques; do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Evandro Fontana; de Obras, Saneamento e Habitação, Sandro Boka (interinamente); da Saúde, Francisco Paz; dos Transportes, Humberto Canuso; e o secretário Extraordinário de Assessoramento Superior do Gabinete do Governador, Idenir Cecchim.

A cerimônia de posse integrou o 5º Seminário do Governo, com a temática "O futuro já começou", após a cerimônia, ocorreram, entre outras atrações, a palestra "Se o mundo mudou bem na minha vez...o que eu posso fazer agora?" e o painel "A mudança não pode parar".

Foto: Camila Silva

Porto Alegre, 10 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.711

 

    Busca por estilo de vida mais saudável pressiona indústria de alimentos no País

 
A mudança no perfil de consumo de alimentos e bebidas se tornou um desafio para as grandes indústrias desses setores – lá fora e aqui no Brasil. Segundo a consultoria Euromonitor, o consumo de refrigerantes no mercado brasileiro projetado para 2022 estará 20,3% abaixo do que se via em 2012. Na mesma comparação, a demanda por chicletes terá queda de 20,9%, enquanto a categoria geral de doces vai recuar 19,6%. A indústria que se expandiu com o desejo do brasileiro de experimentar novas categorias agora está sendo obrigada a se adaptar a novos tempos, em que o apelo saudável será o nome do jogo. 
 
Isso vai se refletir tanto no crescimento de certos tipos de produtos processados – como as bebidas à base de água de coco e os salgadinhos feitos de cenoura e batata-doce, por exemplo – quanto no retorno aos alimentos frescos. A mudança de mentalidade, que já é realidade na Europa e nos EUA, obrigou as grandes indústrias de alimentos a rever estratégias. Gigantes como Pepsico, Unilever, Coca-Cola, Ambev e Nestlé se movimentam em diferentes frentes para convencer os consumidores de que seus produtos não são potenciais riscos à saúde. 
 
Entre as estratégias adotadas para se adequar à nova realidade estão mudanças em fórmulas de produtos (com versões com menos açúcar e gorduras), redução de embalagens (para controlar a quantidade consumida) e a aquisição de marcas menores que já nasceram direcionadas ao apelo saudável. 
 
Reportagem publicada em setembro do ano passado pelo jornal americano The New York Times mostrou que, dos anos 1980 para cá, o foco de grandes grupos internacionais no mercado nacional multiplicou por três o índice brasileiro de obesidade, que era de 7% há cerca de 40 anos. Hoje, segundo a Euromonitor, a taxa está em 22%. E deve chegar a 26% em 2022.
 
Analista sênior da Euromonitor, Angelica Salado diz que o consumidor já vê uma clara relação entre o excesso de industrializados na dieta e o ganho de peso. “A preocupação com o problema existe, apesar de ainda estar mais ligada à estética do que à saúde em si.” Ela diz, no entanto, que a tendência das opções saudáveis está consolidada.
 
O consultor em marcas Ricardo Klein, da Top Brands, diz que a adoção de um estilo mais saudável pelos brasileiros, no entanto, ainda pode esbarrar no fator preço. Na opinião do especialista, esse processo de migração será percebido primeiro nas classes A e B. “É um processo que vai ser sentido em um prazo mais longo, pois, para a maioria dos consumidores brasileiros, a compra desse tipo de produto, que tem apelo premium, acaba fazendo a conta não fechar no fim do mês.” (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 
 
Saldo comercial do agronegócio alcança US$ 7,79 bilhões em março
 
As exportações do agronegócio somaram US$ 9,08 bilhões, em março, registrando crescimento de 4,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 8,73 bilhões. As importações de produtos do setor alcançaram US$ 1,29 bilhão (-6,9% abaixo de março de 2017). Como resultado, a balança comercial do setor registrou saldo positivo da ordem de US$ 7,79 bilhões. Os produtos do agronegócio representaram 45,2% do total das vendas externas brasileiras no mês, com aumento de quase dois pontos percentuais de participação comparado a março do ano passado.
 
Os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o crescimento das exportações do setor, com incremento de US$ 417,08 milhões, principalmente em função de produtos florestais, cujas vendas externas foram US$ 374,49 milhões superiores. Se destacaram outros setores, como sucos (+US$ 107,51 milhões); cereais, farinhas e preparações (+US$ 93,55 milhões); fumo e seus produtos (+US$ 78,84 milhões) e fibras e produtos têxteis (+US$ 27,97 milhões).
 
Quanto ao valor exportado destacaram-se: complexo soja (44,3%), carnes (14,8%), produtos florestais (13,9%), complexo sucroalcooleiro (7,0%) e café (4,5%). Os cinco setores representam 84,4% das exportações do setor.
 
O complexo soja registrou montante de US$ 4,03 bilhões em exportações no mês, o que representou queda de 0,8% sobre março/2017. A redução na quantidade embarcada do grão (-1,8%), aliada a um preço médio 1% inferior, resultou na redução, em valor, de 2,8%,  passando de US$ 3,53 bilhões em março de 2017 para US$ 3,44 bilhões, explica o coordenador de Competitividade do Departamento de acesso a Mercados do Mapa, Luiz Fernando Wosch. Já as exportações de farelo de soja registraram crescimento de 16,8%, atingindo US$ 507,14 milhões, enquanto as exportações de óleo de soja diminuíram 5,8%, com US$ 84,47 milhões.
 
Recorde
As carnes ocuparam a segunda posição no ranking, alcançando US$ 1,34 bilhão, praticamente o mesmo valor registrado no mês em 2017. O principal produto do setor foi a carne bovina, cujas vendas foram de US$ 591,97 milhões, recorde histórico para março. Em relação ao mesmo mês em 2017 houve incremento de 22,1% das vendas, em função da ampliação da quantidade em 24,1%, que compensou a queda de 1,6% no preço. As exportações de frango apresentaram queda de 9,7%, com US$ 580,59 milhões. Além da retração da quantidade (-1,6%), houve queda no preço médio do produto (-8,2%). Também houve queda nas vendas de carne suína (-23,4%), decorrentes tanto da retração na quantidade embarcada (-7,8%), quanto do preço (-16,9%).
 
Importações
As importações de produtos do agronegócio sofreram queda de US$ 96,09 milhões na comparação com março de 2017 e março de 2018. Os principais produtos adquiridos pelo Brasil foram: pescados (US$ 142,72 milhões); álcool etílico (US$ 135,19 milhões); trigo (US$ 87,73 milhões); papel (US$ 78,73 milhões) e vestuário e produtos têxteis de algodão (US$ 58,35 milhões). Além dos pescados e do trigo, outros produtos que tiveram as maiores reduções em importações foram arroz (-US$ 30,93 milhões); lácteos (-US$ 22,53 milhões) e malte (-US$ 15,24 milhões
 
Destinos
A Ásia se manteve como principal região de destino das exportações do agronegócio, somando US$ 4,65 bilhões. A União Europeia ocupou a segunda posição no ranking de blocos econômicos e regiões geográficas de destino das vendas externas do agronegócio brasileiro no mês. Houve crescimento de 22,9% nas vendas ao mercado, decorrentes, principalmente, do aumento nas exportações de celulose (+162,6%); soja em grãos (+59,7%); sucos de laranja (+38,8%); fumo não manufaturado (+120,2%) e farelo de soja (+12,9%).
 
Acumulado no ano
No acumulado do primeiro trimestre de 2018, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 21,47 bilhões, cifra que supera em 4,6% o resultado de igual período do ano passado, significando recorde para resultados de janeiro a março. Tal acréscimo atribui-se ao aumento de 6,7% na quantidade embarcada, uma vez que houve queda de 1,9% no índice de preço. As importações recuaram 3,9% no trimestre, caindo de US$ 3,76 bilhões para US$ 3,61 bilhões, desempenho explicado, sobretudo, pela queda de 3,8% no índice de quantidade, enquanto   o índice de preço teve ligeiro decréscimo de 0,1%, de acordo com Luiz Fernando Wosch. Com isso, o superavit comercial do agronegócio subiu de US$ 16,76 bilhões para US$ 17,86 bilhões, constituindo cifra recorde para períodos de janeiro-março.
 
Resultado em 12 meses
As exportações do agronegócio atingiram US$ 96,96 bilhões nos últimos 12 meses, apurados entre abril de 2017 e março deste ano. O número representa crescimento de 13,5% em relação aos US$ 85,42 bilhões exportados entre abril de 2016 e março de 2017. O incremento das exportações ocorreu em função, principalmente, do aumento da quantidade exportada, que subiu 13%. O índice que mede o preço das exportações apresentou alta de 0,5%.
 
As importações do agronegócio diminuíram de US$ 14,35 bilhões entre abril de 2016 e março de 2017 para US$ 14,01 bilhões entre abril de 2017 e março de 2018 (-2,4%). A queda de 9,6% no índice de preço dos produtos importados explica, em grande parte, a redução do valor das importações. O quantum importado, por outro lado, aumentou 8,0%.
 
O crescimento das exportações com concomitante redução das importações fez com que  o saldo comercial do agronegócio aumentasse de US$ 71,07 bilhões registrados entre abril de 2016 e março de 2017 para US$ 82,96 bilhões entre abril de 2017 e março de 2018.
 
Os cinco principais setores exportadores do agronegócio apurados em 12 meses foram: complexo soja (participação de 32,7% nas exportações do agronegócio); carnes (participação de 15,9%); produtos florestais (participação de 12,8%); complexo sucroalcooleiro (participação de 11,8%); e cereais, farinhas e preparações (participação de 5,8%).
 
O coordenador de Competitividade do Departamento de Acesso a Mercados do Mapa observou que, na relação dos vinte maiores importadores do agronegócio, tiveram crescimento na aquisição de produtos brasileiros em índices acima de 30%: Egito (+92,4%; US$ 2,15 bilhões); Espanha (+49,7%; US$ 2,12 bilhões); Bangladesh (+41,3%; US$ 1,51 bilhão); Vietnã (+33,6%; US$ 1,46 bilhão); Emirados Árabes Unidos (+33,5%; US$ 1,76 bilhão); e Hong Kong (+31,1%; US$ 2,67 bilhões). (As informações são do Mapa)
 
 
Parceria entre EUA e China estabelece bases para o crescimento das exportações de lácteos
 
A Universidade Jiangnan da China e o Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (USDEC, da sigla em inglês) formaram uma nova parceria de inovação que ajuda a preparar o terreno para o crescimento das exportações de lácteos dos EUA para a China. O vice-presidente da Universidade de Jiangnan, Xu Yan, e o presidente e CEO do USDEC, Tom Vilsack, assinaram um memorando de entendimento (MOU) formalizando o relacionamento, no campus da Universidade de Jiangnan em Wuxi.
 
"A parceria com a Jiangnan é um acordo concreto e revolucionário que levará a novas oportunidades que beneficiam tanto a China quanto os Estados Unidos", disse Vilsack. "A China é um mercado de prioridade máxima para a indústria de lácteos dos EUA, e estamos muito animados em trabalhar com uma das melhores escolas de ciência dos alimentos do país”.
 
"Estamos muito satisfeitos em estabelecer o Centro de Inovação em Lácteos dos EUA-China em nossa universidade junto com o USDEC", disse Xu. "O centro visa facilitar a inovação em pesquisa e serviços técnicos para as indústrias de lácteos e alimentos e também fortalecer a cooperação educacional e a colaboração em pesquisa em ciência e tecnologia de lácteos entre os dois países".
 
O USDEC espera que o MOU ofereça três grandes benefícios:
Incentivar o desenvolvimento de formulações de produtos inovadores e amigáveis à China que incorporem ingredientes lácteos dos EUA, particularmente proteínas do soro de leite e de leite e leite em pó desnatado;
Permitir que os fornecedores de lácteos dos EUA se envolvam mais com a indústria de alimentos da China, respondam melhor ao acesso das instalações no mercado e encontrem oportunidades para projetos de inovação que alavanquem a funcionalidade, a versatilidade e a nutrição dos ingredientes lácteos dos EUA;
Enriquecer as experiências acadêmicas dos alunos nos programas de ciência e tecnologia de lácteos da Universidade de Jiangnan com habilidades práticas de pesquisa e desenvolvimento utilizando produtos lácteos dos EUA para iniciar a carreira após a formatura.
 
"Este MOU é mais uma prova do desejo da indústria norte-americana de elevar sua presença e demonstrar seu compromisso em atender às necessidades e desejos dos clientes e consumidores chineses com produtos lácteos dos EUA produzidos de forma sustentável", disse Vilsack. O acordo segue uma série de esforços liderados pelo USDEC que visam construir relações na China e remover barreiras ao comércio para nivelar o mercado com os concorrentes, incluindo o MOU do ano passado sobre o registro de plantas de lácteos dos EUA e a redução unilateral das tarifas chinesas de queijo.
 
Vilsack acrescentou: "Eles fazem parte da ampla estratégia de marketing global do USDEC para expandir as pessoas, parcerias e promoções nos principais mercados e impulsionar o crescimento em direção ao The Next 5%”. O The Next 5% é o esforço de toda a indústria lançado em 2017 para aumentar as exportações anuais de produtos lácteos dos EUA, do equivalente a cerca de 15% dos sólidos de leite do país para 20%.
 
Após a assinatura do MOU, Vilsack dirigiu-se a 150 oficiais de ciências de alimentos na Universidade de Jiangnan. Sua apresentação, "The Importance of Climate Smart Agriculture to Meeting World Food Needs," explorou a necessidade de colaboração e inovação no combate à sustentabilidade agrícola, à medida que os recursos mundiais crescem cada vez mais pressionados. (As informações são do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

   Preço do leite ao produtor volta a subir em março

A redução da produção de leite voltou a motivar a alta de preços recebidos pelos produtores do país em março, pelo segundo mês seguido. É o que aponta levantamento da Scot Consultoria. Os valores do leite no mercado físico (spot) monitorados pela consultoria estão entre R$ 1,30 o litro a R$ 1,60 por litro. Em nota, Rafael Ribeiro, analista da Scot, ressalta que a produção de leite está em queda desde dezembro, e que as recentes altas de preços dos lácteos no atacado oferecendo sustentação aos preços do leite ao produtor. Ele avalia que a demanda também está reagindo, ainda que em ritmo lento, e que a valorização no atacado já começa a ser repassada com mais força para o varejo. No entanto, Ribeiro alerta que, se o consumo não acompanhar o mesmo ritmo, “podemos ter uma situação semelhante a 2016, de alta no preço do UHT no atacado na primeira metade do ano e depois uma forte queda no preço no segundo semestre”. Por esse motivo, ele avalia que a alta do leite deverá continuar no curto e médio prazo, até junho e julho, “mas a intensidade das altas daqui para frente será ditada pela demanda”. Apesar da alta dos preços do leite nos últimos dois meses, os produtores também estão com custos maiores, já que os preços do milho e farelo de soja também estão em alta no mercado brasileiro. Além disso, Ribeiro observa que a queda na temperatura que deverá ocorrer daqui para frente, aliada à redução no volume de chuvas, costuma aumentar a necessidade de suplementação dos animais. (Valor Econômico)

Para escoar a produção leiteira gaúcha e ajudar o setor a enfrentar a crise de rentabilidade que afetou produtores e indústria, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a Federação da Agricultura do RS (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) entregaram, nesta segunda-feira (9/4), ofício ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki. O encontro ocorreu na sede da Farsul, em Porto Alegre, na presença de entidades representativas da cadeia do leite, arroz e trigo. 
 
O documento solicita a escoamento de 50 mil toneladas de leite em pó ou o equivalente em UHT por meio de compras governamentais e pela utilização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para derivados lácteos (leite em pó, UHT e queijos). Contudo, para que o PEP tenha efetividade é preciso revisão do valor mínimo fixado aos derivados lácteos pela Conab. Atualmente, o valor de tabela do leite em pó, por exemplo, é de R$ 11,90 o quilo. Para viabilizar o escoamento, é necessário equivalência ao preço da resolução 80/2017, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, que prevê preço mínimo de R$ 13,94 o quilo do leite em pó, valor já utilizado na compra governamental realizada no segundo semestre de 2017. O documento também pede ajuste que inclua os derivados na operacionalização do PEP, uma vez que, hoje, a ferramenta destina-se unicamente ao leite cru. 
 
Durante a reunião, Novacki informou que o assunto já vem sendo abordado em Brasília, fruto da solicitação encaminhada pelo Sindilat durante a Expodireto Cotrijal, em 8 de março deste ano. No encontro, o secretário do Mapa ainda informou que é possível avançar em um livre comércio efetivo de produtos e insumos com outros países do Mercosul que permitam tornar a produção brasileira mais competitiva.  
 
Ainda pela manhã em reunião com lideranças do RS, Novacki  pontuou que o sucesso de negociações internacionais que estimulem o escoamento da produção depende de maior organização. “Para que a gente continue ocupando espaço, precisamos ser produtivos. E, para sermos produtivos, precisamos nos organizar”, concluiu. 
 
Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a compra governamental de lácteos e o PEP são fundamentais para encontrar saídas da crise do setor leiteiro nacional. “Precisamos acertar essa questão para que ela seja mais um canal operacional”, afirmou. Em concordância, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que a participação do governo é fundamental. “Queremos mais ação. A pauta existe, temos que dar a resolução a ela”, disse. 
Foto: Vitorya Paulo

Porto Alegre, 09 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.710

 

   Tendência de queda permanece para as importações de leite

As importações lácteas, apresentadas em milhões de litros de leite equivalente no gráfico 1, voltaram a cair, tanto ao compararmos com os números de março de 2018 com os de fevereiro, quanto na comparação dos três primeiros meses de 2018 em relação ao mesmo período dos últimos 2 anos. No acumulado de 2018, importamos 212 milhões de litros de litros, 191 milhões a menos que em 2017 e 48 milhões a menos do que em 2016.

Gráfico 1. Acumulado das importações brasileiras em equivalente leite (milhões de litros). Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb.
 
Com as gorduras lácteas também valorizadas no mercado brasileiro, o leite em pó desnatado teve uma queda em volume importado de 53% com relação a fevereiro, com preço de importação estável – subindo 0,9% em relação ao mês anterior. Já o leite em pó integral, teve uma queda de 10% no volume importado (em relação a fevereiro) e aumento de 1,26% em seu preço de importação. Este cenário é devido, basicamente, aos baixos preços praticados no mercado brasileiro, que reduzem a competitividade do produto importado. Ao compararmos com o mesmo período do ano passado, o volume de importação diminuiu 58% no desnatado e 48% no integral.

Já a importação de manteiga aumentou 25% em volume em relação ao mês de fevereiro – um sinalizador claro de que a demanda interna por gorduras lácteas segue vigorosa; foram 590 toneladas importadas do produto. Já no soro de leite em relação ao mês anterior, foi observado o aumento em 15% do volume importado, fechando em 1420 toneladas.  A importação de queijos subiu em relação a fevereiro - uma variação positiva de 20%, e no total, entraram 2284 toneladas do produto. (Milkpoint)

Confira, na tabela 1, as informações detalhadas do fechamento da balança comercial em março/2018:
Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2018.
 
 
RS pede ajuste no PEP para incluir derivados lácteos

Para escoar a produção leiteira gaúcha e ajudar o setor a enfrentar a crise de rentabilidade que afetou produtores e indústria, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a Federação da Agricultura do RS (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) entregaram, nesta segunda-feira (9/4), ofício ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki. O encontro ocorreu na sede da Farsul, em Porto Alegre, na presença de entidades representativas da cadeia do leite, arroz e trigo. 

O documento solicita a escoamento de 50 mil toneladas de leite em pó ou o equivalente em UHT por meio de compras governamentais e pela utilização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para derivados lácteos (leite em pó, UHT e queijos). Contudo, para que o PEP tenha efetividade é preciso revisão do valor mínimo fixado aos derivados lácteos pela Conab. Atualmente, o valor de tabela do leite em pó, por exemplo, é de R$ 11,90 o quilo. Para viabilizar o escoamento, é necessário equivalência ao preço da resolução 80/2017, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, que prevê preço mínimo de R$ 13,94 o quilo do leite em pó, valor já utilizado na compra governamental realizada no segundo semestre de 2017. O documento também pede ajuste que inclua os derivados na operacionalização do PEP, uma vez que, hoje, a ferramenta destina-se unicamente ao leite cru. 

Durante a reunião, Novacki informou que o assunto já vem sendo abordado em Brasília, fruto da solicitação encaminhada pelo Sindilat durante a Expodireto Cotrijal, em 8 de março deste ano. No encontro, o secretário do Mapa ainda informou que é possível avançar em um livre comércio efetivo de produtos e insumos com outros países do Mercosul que permitam tornar a produção brasileira mais competitiva.  

Ainda pela manhã em reunião com lideranças do RS, Novacki  pontuou que o sucesso de negociações internacionais que estimulem o escoamento da produção depende de maior organização. “Para que a gente continue ocupando espaço, precisamos ser produtivos. E, para sermos produtivos, precisamos nos organizar”, concluiu. 

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a compra governamental de lácteos e o PEP são fundamentais para encontrar saídas da crise do setor leiteiro nacional. “Precisamos acertar essa questão para que ela seja mais um canal operacional”, afirmou. Em concordância, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que a participação do governo é fundamental. “Queremos mais ação. A pauta existe, temos que dar a resolução a ela”, disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitorya Paulo 

 
 
Reunião Pública em Palmeira das Missões aborda dificuldades do setor

Com o objetivo de discutir as dificuldades do setor leiteiro e os reflexos no setor lácteo, ocorreu na tarde desta sexta-feira (6/4), em Palmeira das Missões (RS), uma reunião pública para tratar dos temas. Na ocasião, os representantes da cadeia leiteira debateram a necessidade do escoamento do produto, a baixa renda e o endividamento dos produtores, as exigências das indústrias no que diz respeito à IN 62 e ao cumprimento da lei do leite, além da importância da assistência técnica.

"Nós, do sindicato, defendemos que temos que trabalhar o escoamento. Além disso, estamos tentando operacionalizar o PEP para o setor lácteo com o apoio das outras entidades", pontuou o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palarini, que participou do encontro. Segundo ele, um dos encaminhamentos foi a definição da entrega de documento ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki, na segunda-feira (9/4), em Porto Alegre, pedindo apoio nas mudanças normativas necessárias para operacionalizar o PEP de produtos acabados, entre eles o leite em pó, o queijo e o leite UHT.

Também estiveram presentes na reunião representantes da Emater/RS, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da Fetraf e da Associação dos Municípios da Zona de Produção (Amzop). Além disso, participaram os deputados Jerônimo Goergen, Zilá Breitenbach e Dionilso Marcon, além do prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Russomano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Joel Alexandre Rubert/Seapi - Palmeira das Missões
 

Wilson Vaz de Araújo assume Secretaria de Política Agrícola

O diretor de Crédito e Estudos Econômicos, Wilson Vaz de Araújo, assumiu nesta sexta-feira (6) a Secretaria de Política Agrícola. Após quase dois anos, o secretário de Política Agrícola e ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, deixa o posto para disputar as eleições deste ano. O novo secretário foi conselheiro pelo Ministério da Agricultura no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), no Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel/FCO), no Conselho de Administração da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Consad/Casemg) e integra a Rede de Dirigentes de Política Agrícola, do Conselho Agropecuário do Sul (Cas/Redpa).

Wilson Araújo considera como prioridade imediata de gestão o novo Plano Agrícola e Pecuário, a ser lançado até junho. "Já fizemos o levantamento das demandas junto a representações de produtores rurais, de insumos, de máquinas e equipamentos, de instituições financeiras, dos governos federal e estaduais e da Frente Parlamentar da Agropecuária, para receber sugestões e críticas".

"Já temos uma espinha dorsal, uma política agrícola consolidada, que vem sendo aperfeiçoada desde os anos 60, e o produtor sabe que o governo vai estar presente para apoiar o crédito à produção e investimentos em infraestrutura produtiva e à comercialização”, disse o novo secretário.

Wilson Vaz de Araújo, natural do Paraná, começou sua vida profissional em escritórios de planejamento agropecuário do seu estado, passando pelo Rio Grande do Sul, até mudar-se para a capital federal, quando elaborou projeto de ocupação do Cerrado em toda a Região Centro-Oeste. Funcionário da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cedido ao Mapa, nas últimas duas décadas foi responsável pela elaboração do Plano Agrícola e Pecuário do ministério. 

Balanço
O secretário Neri Geller estava no comando da SPA desde junho de 2016, quando assumiu pela segunda vez o posto. Foi secretário de Política Agrícola em 2013 e no ano seguinte, ministro da Agricultura. No comando da secretaria, pela primeira vez na história, toda a subvenção ao seguro rural foi paga no orçamento anual de 2017, sem restos a pagar. Em sua primeira passagem pela Secretaria de Política Agrícola, empenhou-se na criação do Programa de Construção de Armazéns (PCA) e do Programa de Inovação Tecnológica da Agropecuária (Inovagro). Neri Geller conclui seu balanço à frente da Secretaria com otimismo e a sensação do dever cumprido. “Estamos satisfeitos porque nossa missão de dar suporte para a produção agropecuária brasileira avançar foi cumprida. E o setor continua tendo papel fundamental na retomada da economia e no desenvolvimento do país", finaliza. (As informações são do Mapa)

 
 
 

    Embrapa lança manual de qualidade de leite para pequenos produtores
Para atender as exigências e a crescente valorização da qualidade do leite, a Embrapa lança um manual para manutenção da qualidade do leite cru refrigerado armazenado em tanques coletivos para pequenos produtores, técnicos, transportadores e coletores de amostras de leite. A publicação traz recomendações para a produção de leite com qualidade, desde a ordenha até o transporte para o laticínio, com foco em protocolos de higienização de tanques coletivos ou comunitários de armazenamento refrigerado de leite cru. A publicação é um trabalho conjunto realizado entre pesquisadores e analistas da área de transferência de tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e Embrapa Gado de Leite (MG). O manual está disponível gratuitamente para download no Portal da Embrapa. Acesse AQUI. (As informações são da Embrapa)

 

A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul passa a contar com mais um endereço para a realização de testes de brucelose animal. O Estado ganha o seu segundo laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Laboratório de Microbiologia Veterinária (Microvet) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve sua metodologia acreditada e credenciada pelo MAPA. Os primeiros testes já começaram a ser feitos com a distribuição dos reagentes.

O superintendente do MAPA no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, classificou o credenciamento como de grande importância para a sanidade animal do Estado, especialmente pelo fato de dobrar a capacidade de realização de testes contra enfermidades bovinas em uma região com grande concentração pecuária. “O local escolhido é estratégico, junto a uma das instituições mais reconhecidas do Brasil e próximo de um grande contingente de profissionais que atuam na medicina veterinária”, destaca Todeschini.

O Microvet vem para atender uma demanda reprimida na área de sanidade animal - de indústrias, propriedades e comunidade acadêmica - e se torna o segundo capacitado a realizar teste de brucelose, ao lado do Instituto de Pesquisas Veterinárias Agropecuárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. Em todo o Brasil, são apenas 13 laboratórios credenciados para a detecção da enfermidade no rebanho. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do SIndilat, o credenciamento de mais um laboratório é importante para a logística do Estado. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais realiza testes justamente por ter uma política incentivada pelo Sindilat. “Com o apoio do Fundesa, o Sindilat busca o maior número de propriedades com controle da tuberculose e brucelose. E, com essa ação, o Rio Grande do Sul se habilita a ter uma maior participação no mercado brasileiro e mundial de derivados do leite e carne”, afirma Palharini.

De acordo com Geder Paulo Herrmann, responsável técnico do Microvet, o laboratório está apto a realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles oficiais em sanidade animal com escopos em teste de triagem e confirmatório para obtenção do diagnóstico. Toda a metodologia pertence ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) do Mapa.
A rapidez no diagnóstico do rebanho é uma das prioridades no Microvet. Nos testes simples, o resultado praticamente é fornecido no mesmo dia, e todos são entregues no prazo máximo de 72h. “Trata-se de um grande avanço em sanidade animal no Rio Grande do Sul, pois o projeto visa o atendimento dos animais da maioria dos produtores rurais que fornecem matéria-prima para as indústrias de leite e de carne”, afirma Herrmann.

Geder Paulo Herrmann coordena equipe do laboratório na Universidade Federal de Santa Maria 

Foto: Gabrielle Coradini 

Com o objetivo de discutir as dificuldades do setor leiteiro  e os reflexos no setor lácteo, ocorreu na tarde desta sexta-feira (6/4), em Palmeira das Missões (RS), uma reunião pública para tratar dos temas. Na ocasião, os representantes da cadeia leiteira debateram a necessidade do escoamento do produto, a baixa renda e o endividamento dos produtores, as exigências das indústrias no que diz respeito à IN 62 e ao cumprimento da lei do leite, além da importância da assistência técnica.

"Nós, do sindicato, defendemos que temos que trabalhar o escoamento. Além disso, estamos tentando operacionalizar o PEP para o setor lácteo com o apoio das outras entidades", pontuou o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palarini, que participou do encontro. Segundo ele, um dos encaminhamentos foi a definição da entrega de documento ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura (Mapa), Eumar Novacki, na segunda-feira (9/4), em Porto Alegre, pedindo apoio nas mudanças normativas necessárias para operacionalizar o PEP de produtos acabados, entre eles o leite em pó, o queijo e o leite UHT.

Também estiveram presentes na reunião representantes da Emater/RS, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), da Fetraf e da Associação dos Municípios da Zona de Produção (Amzop). Além disso, participaram os deputados Jerônimo Goergen, Zilá Breitenbach e Dionilso Marcon, além do prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Russomano.

Foto: Joel Alexandre Rubert/Seapi - Palmeira das Missões

O 6º Fórum Itinerante do Leite, previsto para ser realizado na Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem), no município de Três de Maio (RS), terá data divulgada em breve pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). O evento deve reunir representantes da cadeia leiteira para debater os desafios da mão de obra no setor ainda neste primeiro semestre. Na ocasião, também serão realizados painéis e oficinas. "É sempre um evento que traz informações essenciais para construir o futuro do setor lácteo gaúcho", ressaltou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

O Fórum Itinerante conta com o apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), Emater, Secretaria da Agricultura (Seapi), Prefeitura de Três de Maio, Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Setrem e Sistema Farsul. Também apoiam a iniciativa Senai, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), APL Leite da Fronteira Noroeste e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Porto Alegre, 06 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.709

 

    Multinacionais reforçam concorrência em leites especiais

A concorrência no mercado de leites especiais, que reúne produtos zero lactose ou com maior teor de proteínas, cresceu recentemente. Vivian Leite, diretora de marketing da Tetra Pak, disse que a categoria zero lactose triplicou de tamanho em volume de vendas entre 2015 e 2017. E passou de um concorrente para 20. O mercado de leite com mais proteínas passou de um (Verde Campo, da Coca-Cola) para três competidores (Itambé e Nestlé, com Molico), entre 2016 e 2017. "E a tendência é de expansão", disse Vivian.

A Nestlé, que já competia em leites especiais com as marcas Ninho, Nescau, Molico e Nestlé, lançou neste ano um creme de leite zero lactose. E desenvolve leites orgânicos, segundo Fabiana Fairbanks, diretora da unidade de bebidas da Nestlé. Em 2017, a companhia ampliou a oferta de produtos zero lactose e com mais proteínas. "Essas categorias têm um crescimento maior do que as linhas regulares", afirmou Fabiana.

Pedro Massa, diretor de novos negócios da Coca-Cola Brasil, disse que, neste ano, vai ampliar para todo o Brasil e a América Latina a distribuição de produtos lançados em 2017. As linhas criadas pela Verde Campo, controlada pela Coca-Cola, incluem o Shake Natural Whey (com proteína de soro de leite), um leite longa vida com a marca LacFree e uma linha de achocolatados com a marca Minilac.

De acordo a Euromonitor International, as vendas de leite zero lactose cresceram 14,5% em volume em 2017, para 101,2 milhões de litros. Para o período de 2017 a 2022, a consultoria prevê um crescimento médio anual de 5,5%. As vendas do leite enriquecido cresceram 1,9% em volume em 2017, para 50,6 milhões. Até 2022, a previsão é que cresça, em média, 2,4% ao ano. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 
 
Processo de compra do brasileiro é cada vez mais interativo e inteligente

A Kantar Worldpanel, líder mundial em painéis de consumo, apresenta um novo estudo realizado para a Associação Brasileira de Supermercados e divulgado durante a 52ª Convenção ABRAS. O evento traz dados do setor supermercadista do País e aponta hábitos e tendências de consumo para este ano. 

De acordo com Christine Pereira, diretora comercial da empresa, as informações mostram como a vida cada vez mais conectada, com excesso de informações, e a busca por simplificação no dia a dia, bem como o bolso apertado, estão transformando a forma de comprar do consumidor brasileiro.

Pelo segundo ano consecutivo, os gastos das famílias superam a renda. Em 2017, metade dos lares brasileiros gastou acima da renda. O ano de 2015 foi o pior ponto para o consumo domiciliar de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza. Em 2016 e 2017, houve lenta recuperação, mas ainda insuficiente para retornar aos patamares de 2014.

Uma das mudanças estabelecidas é que o processo de comprar é cada vez menos linear, mais interativo e mais multimeio, já que o mundo conectado propicia uma enorme gama de pontos de contato do consumidor com aquilo que pretende adquirir: além das tradicionais visitas aos pontos de venda, o comprador trava contato com posts e fotos nas redes sociais, vídeos, compartilhamento de links, depoimentos e compras on-line, entre outras possibilidades virtuais.

Com essa multiplicidade de possibilidades a que têm acesso, os shoppers visitam mais canais de compra. Em 2017, eles compraram em sete canais diferentes – foram cinco em 2013 –, porém, o valor gasto em cada um deles é cada vez menor, inclusive nos canais que ganham clientes.

De acordo com o levantamento da Kantar Worldpanel, nesse cenário nacional de tênue recuperação econômica, os shoppers estão fazendo escolhas mais inteligentes, em busca de eficiência e economia. Então, têm valorizado as moedas “dinheiro” e “tempo”. Assim, embora haja uma frequência menor de ida dos shoppers aos pontos de venda, eles levam mais produtos a cada visita, incluindo itens de categorias práticas e simples: em 2017, o pão industrializado e a batata congelada foram parar em mais de 1 milhão de novos lares brasileiros. 

Para economizar, os brasileiros cada vez mais recorrem ao atacarejo (atacadistas que vendem produtos ao consumidor final), visando pagar mais barato, sobretudo em itens de limpeza, commodities e mercearia salgada. Em 2017, esse canal de compra aumentou a penetração em 1,3 ponto percentual, crescendo 12% no volume comercializado. Também houve grande aumento na procura por produtos em promoção e de embalagens de menor desembolso ou econômicas: o volume comprado de detergente em pó de dois quilos aumentou 33%, enquanto o da manteiga de 500 gramas subiu 28%.

O estudo da Kantar Worldpanel aponta também que houve maior procura pelas farmácias e supermercados de vizinhança, um indicador de que os consumidores têm preferido comprar em estabelecimentos perto de casa ou do trabalho, por comodidade e simplificação do dia a dia. (As informações são da Kantar Worldpanel)

Em 5 Estados, total de inativos supera quadro de servidores na ativa

Em alguns Estados brasileiros, o número de servidores inativos inscritos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) supera o de servidores ativos. Esse cenário pode se ampliar nos próximos anos, o que, além das implicações financeiras para os governos regionais, também impõe desafios administrativos, já que a situação fiscal complicada de muitos deles pode ser uma barreira à reposição ou renovação do quadro de servidores. Em 2016, dado consolidado mais recente, cinco Estados tinham mais servidores inativos que ativos no RPPS, de acordo com o mais recente Anuário Estatístico da Previdência Social. Segundo as Declarações de Informações Previdenciárias e Repasses (DIPR), repassadas pelos Estados à Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda esse número subiu para sete Estados em 2017. Os dados da DIPR ainda têm que ser harmonizados pela secretaria, mas são um indicativo de que o quadro se agrava. O anuário de 2016 informa que outros nove Estados têm quase tantos servidores inativos quanto ativos. Nas demais 13 unidades da federação, o cenário é mais tranquilo. A situação mais dramática é a do Rio Grande do Sul, onde o número de inativos ultrapassa em 74,5% o dos funcionários que estão na ativa. Em Minas Gerais, a proporção de inativos é 47% maior; no Rio de Janeiro, 17,5%; em Santa Catarina, 2,2%; na Paraíba, 0,1%. No Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Piauí, Sergipe, Goiás, Espírito Santo e São Paulo, a relação entre ativos e inativos caminha para um empate. 

Os Estados com situação mais confortável são os ex-territórios federais (Amapá, Roraima), em que os inativos migraram para a União quando viraram Estados, e o Rio Grande do Norte. O crescimento do número de inativos e as regras de aposentadoria do RPPS, em alguns casos mais favoráveis que as do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), geram um déficit crescente na previdência dos Estados, o que, para alguns deles, tornou-se um peso considerável. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o déficit vem numa escala crescente há dez anos e em 2017 chegou a R$ 10,5 bilhões, o equivalente a 30% da receita corrente líquida (RCL) do Estado. Somado, o déficit dos Estados apurado pelas DIPRs chegou a R$ 79,6 bilhões em 2016, segundo o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais divulgado em dezembro de 2017 pelo Tesouro Nacional. Segundo o boletim, as despesas com pessoal ativo e inativo dos Estados subiram de 53% para 59,5% da receita corrente líquida entre 2010 e 2016. O teto para despesa total de pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 60% da RCL. Nesse avanço do gasto com pessoal equivalente a 6,5 pontos da receita, os aposentados e pensionistas responderam por alta de 3,7 pontos, e os ativos por 2,8 pontos.

As despesas previdenciárias, que em 2010 eram inferiores aos investimentos, tornaram-se aproximadamente o dobro deles em 2016. Os gastos com previdência saíram de 10,6% para 14,3%, enquanto os investimentos caíram de 14,2% para 7,5% da RCL no período. As receitas mantiveram-se praticamente estáveis como proporção do PIB (de 9% para 9,2%). Os Estados também têm servidores no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), mas neste caso o déficit é contabilizado na conta geral do regime. No Rio Grande do Sul, desde agosto de 2015 o número de servidores ativos no RPPS é menor do que o de inativos, segundo Luiz Antônio Bins, secretárioadjunto da Fazenda do Estado. Segundo ele, há carência de funcionários em várias áreas do serviço público, por causa do comprometimento da receita com os gastos de pessoal e dos limites da LRF. "Diante da situação financeira extrema, há muitas limitações em nomear novos servidores. É a realidade de um Estado que há muitos anos vem gastando mais do que arrecada e que já esgotou as fontes extraordinárias para cobrir seus déficits." Segundo o secretário-adjunto, há carências em áreas importantes, como segurança pública, e em atividades-meio. Ele cita o caso dos auditores-fiscais, equipe que hoje é metade do previsto em lei. "Esse é o momento de a sociedade discutir o Estado e a sua capacidade de prestar serviços, redefinindo prioridades", afirma. Para Bins, o grande desequilíbrio entre o número de servidores ativos e inativos no Rio Grande do Sul é resultado de uma "opção histórica". "O Estado optou no passado pela qualidade dos serviços públicos e se estruturou para tanto, porém sem adotar medidas necessárias para suprir, no futuro, os custos previdenciários e a manutenção dos serviços para a sociedade", diz o secretário. 

Segundo ele, o governo tem realizado concursos e nomeado servidores em áreas prioritárias, como a segurança pública, mas muitas vezes suprindo apenas vagas deixadas pela aposentadoria. As mudanças previdenciárias que estavam ao alcance do Estado já foram implementadas, afirma Bins. "Ainda em 2015, foi aprovada a adoção da aposentadoria complementar, que passou a vigorar em agosto de 2016. No ano passado, houve um aumento da alíquota de contribuição para 14%." Em Minas Gerais, os servidores têm sido repostos em áreas prioritárias como segurança e educação, segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães. Houve uma reforma administrativa em 2016, que, segundo ele, racionalizou processos, mas ainda não foi suficiente para resolver o problema. "Minas tem mais inativos que em outros Estados por causa de escolhas feitas no passado, como redução de carga horária, que demandou mais servidores, e ainda tem sob sua tutela os anos iniciais do ensino fundamental. Temos uma rede muito grande de escolas, muitos servidores", diz Magalhães. Segundo ele, a política do governo estadual tem sido a de não elevar o número de servidores e apenas repor o necessário, além de substituir contratos de trabalho precários. 

O sistema previdenciário mineiro teve déficit de R$ 16 bilhões em 2017 e a estimativa para este ano é de R$ 18 bilhões, de um orçamento total de R$ 92 bilhões, o mesmo do ano passado. "É quase o que se gasta em saúde e educação em Minas Gerais", afirma. Sem alterações no sistema, avalia Magalhães, num futuro próximo os municípios estarão na mesma situação. "É urgente discutir essa questão que, entre outras coisas, tem inviabilizado os investimentos públicos no país." Em Goiás, onde a relação entre ativos e inativos aproxima-se do empate, a alíquota de contribuição dos servidores subiu de 11% para 14,25% e a patronal aumentou para 28,5%. Joaquim Mesquita, secretário do Planejamento do Estado, diz que a iniciativa resolve apenas parte do problema. O déficit do RPPS goiano foi de R$ 2,27 bilhões em 2017, o dobro do de 2014, de R$ 1,08 bilhão.

O secretário dá um exemplo com base na folha de pagamento do Estado de fevereiro. O gasto previdenciário do mês foi de R$ 337 milhões. Deste total R$ 71 milhões foram cobertos pelas contribuições dos servidores e R$ 115 milhões pela contribuição patronal. Sobraram R$ 174 milhões de déficit, coberto pelo tesouro estadual. Mesquita também atribui a opções feita anos atrás o problema existente hoje. "Até 1996, não havia contribuição do servidor para a previdência. Quando passou a existir, era de 6%", diz. Hoje, a solução passa por mudanças estruturais, que passam pelo Congresso. "Os entes têm pouca margem para lidar com a questão", afirma Mesquita. Assim, como outros Estados, Goiás tem dado prioridade à contratação de servidores em áreas essenciais, como segurança pública e educação. "Estamos tentando otimizar as demais atividades.” (Valor Econômico)

 
 
 


Nova data do Fórum Itinerante do Leite será divulgada em breve 
O 6º Fórum Itinerante do Leite, previsto para ser realizado na Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem), no município de Três de Maio (RS), terá data divulgada em breve pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). O evento deve reunir representantes da cadeia leiteira para debater os desafios da mão de obra no setor ainda neste primeiro semestre. Na ocasião, também serão realizados painéis e oficinas. "É sempre um evento que traz informações essenciais para construir o futuro do setor lácteo gaúcho", ressaltou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. O Fórum Itinerante conta com o apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), Emater, Secretaria da Agricultura (Seapi), Prefeitura de Três de Maio, Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Setrem e Sistema Farsul. Também apoiam a iniciativa Senai, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), APL Leite da Fronteira Noroeste e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Em maio, o Brasil será declarado formalmente como território livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Para comemorar a conquista, entidades gaúchas do setor produtivo de proteína animal e representantes da área técnica de defesa sanitária reuniram-se na manhã desta quinta-feira (05/4), no gabinete da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi), em Porto Alegre (RS). Lado a lado, estiveram presentes o novo secretário da pasta, Odacir Klein, e o ex-secretário Ernani Polo. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pela gerente administrativa, Júlia Bastiani.

O feito se deu após os estados do Amazonas, Roraima e Amapá serem reconhecidos como zonas livres da doença. O que se espera é que as relações internacionais se fortaleçam e que as exportações de proteína tenham ainda mais sucesso, segundo avaliação do superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini. Agora, a expectativa é de conquistar o reconhecimento de 'Estado Livre de Aftosa sem Vacinação' até 2021. Atualmente, só Santa Catarina possui esse status sanitário. “É um trabalho construído com inspiração, ciência e muita “transpiração””, brincou, referindo-se ao esforço que os profissionais têm no trabalho de campo. “O processo não só é fundamental, como muito bonito de se ver”.

Todeschini ainda lembrou o trabalho do Fundo de Defesa Sanitária Animal do RS (Fundesa), considerado imprescindível para os avanços do setor. Presente no encontro, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, ressaltou o peso que a febre aftosa impõe nas operações comerciais com outros países. Na avaliação do dirigente, a caminhada até o atual cenário se deu de forma “forte, equilibrada, exaustiva e criteriosa”. Para Kerber, “o Rio Grande do Sul tem razão de ter um momento como esse para avaliar aquilo que se fez e do que se pretende fazer”.

Coletivamente, desde os anos 1950 as entidades lutam para erradicar a aftosa e as demais doenças que atingem a cadeia de proteína. “O status sanitário não é um fator isolado. É um conjunto que precisa avançar de forma harmônica”, avaliou o deputado Ernani Polo. Nesse sentido, o ex-secretário da Agricultura lembrou que um dos fatores determinantes na história do Estado foi, justamente, a criação do Fundesa, além do esforço para alcançar a erradicação da peste suína clássica no território gaúcho, outra doença grave para o setor.

O atual desafio para o novo secretário, Odacir Klein, cuja nomeação foi publicada ainda nesta quinta-feira no Diário Oficial do Estado, é continuar o trabalho para alcançar o status de zona livre de aftosa sem vacinação. Segundo Klein, a capacidade de diálogo entre órgãos públicos e entidades é sua maior característica. “Vamos ter essa capacidade de dialogar e defender os interesses do Estado”, concluiu. 

Foto: Bethânia Helder