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Em caráter de urgência, entidades gaúchas da cadeia produtiva de proteína animal formalizaram documento com solicitações referentes à recuperação financeira do setor após a paralisação nacional dos caminhoneiros. Os pedidos serão entregues pelo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e ao governador do Estado, José Ivo Sartori, em reunião prevista para esta sexta-feira (08/6). Os pedidos precisam do respaldo do governo estadual, da União e do sistema financeiro nacional.

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, no âmbito do Estado a proposta é que os vencimentos de ICMS referente aos meses de maio, junho e julho sejam prorrogados por 30 dias ou, em outro caso, que o governo apresente um plano de parcelamento do tributo. Palharini destaca a importância do pleito para o setor, uma vez que atrasos no pagamento do ICMS resultam na perda de crédito presumidos. Já em âmbito federal, está sendo encaminhado pedido para uma autorização momentânea de compensação do PIS/Cofins no INSS. Por último, o setor representado por indústrias e produtores pede a prorrogação dos financiamentos vincendos nos próximos 180 dias ou a apresentação de uma proposta de negociação. Além desses pleitos, as indústrias solicitam a liberação de linhas de crédito para capital de giro.

A decisão de formular o documento foi debatida na manhã desta quinta-feira (07/6), em Porto Alegre (RS), em reunião do Grupo de Proteína Animal, com a presença das entidades ligadas ao setor produtivo, lideranças do governo e representantes de instituições bancárias. O Sindilat foi representado no encontro por Palharini e pelo presidente do sindicato, Alexandre Guerra.

Como estratégia de minimizar os impactos da paralisação dos caminhoneiros, Guerra reforçou a importância da compensação do INSS com PIS e Cofins, pauta que teve negativa recente do governo federal. “O setor vem trabalhando no vermelho há muito tempo, onde nesses cinco primeiros meses do ano comercializamos produtos com valores menores em relação ao mesmo período do ano passado", afirmou .

Para mediar a conversa entre lideranças federais e estaduais, o secretário Odacir Klein se colocou como o “advogado” da cadeia produtiva, e elogiou a união do setor durante o “tsunami”, como se referiu aos dias de paralisação dos caminhoneiros. “A organização do setor foi fundamental. Trabalhamos com responsabilidade como Secretaria da Agricultura, mas o setor foi muito ágil”, disse.

O documento é composto por pedidos do setor representados por Sindilat, o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (Sips), a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).

Crédito: Eduardo Oliveira/Seapi 

 
 

Porto Alegre, 07 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.751

 

Para amenizar efeitos da crise, setor de proteína animal pede linhas de crédito e prorrogação do vencimento de ICMS ao governo gaúcho
 
Documento que inclui propostas ao governo do Estado, União e sistema financeiro será formalizado e entregue nesta sexta-feira
 
Em caráter de urgência, entidades gaúchas da cadeia produtiva de proteína animal formalizaram documento com solicitações referentes à recuperação financeira do setor após a paralisação nacional dos caminhoneiros. Os pedidos serão entregues pelo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e ao governador do Estado, José Ivo Sartori, em reunião prevista para esta sexta-feira (08/6).  Os pedidos precisam do respaldo do governo estadual, da União e do sistema financeiro nacional. 
De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, no âmbito do Estado a proposta é que os vencimentos de ICMS referente aos meses de maio, junho e julho sejam prorrogados por 30 dias ou, em outro caso, que o governo apresente um plano de parcelamento do tributo. Palharini destaca a importância do pleito para o setor, uma vez que atrasos no pagamento do ICMS resultam na perda de crédito presumidos.  Já em âmbito federal, está sendo encaminhado pedido para uma autorização momentânea de compensação do PIS/Cofins no INSS. Por último, o setor representado por indústrias e produtores pede a prorrogação dos financiamentos vincendos nos próximos 180 dias ou a apresentação de uma proposta de negociação. Além desses pleitos, as indústrias solicitam a liberação de linhas de crédito para capital de giro. 
 
A decisão de formular o documento foi debatida na manhã desta quinta (07/6), em Porto Alegre (RS), em reunião do Grupo de Proteína Animal, com a presença das entidades ligadas ao setor produtivo, lideranças do governo e representantes de instituições bancárias. O Sindilat foi representado no encontro por Palharini e pelo presidente do sindicato, Alexandre Guerra.  
 
Como estratégia de minimizar os impactos da paralisação dos caminhoneiros, Guerra reforçou a importância da compensação do INSS com PIS e Cofins, pauta que teve negativa recente do governo federal. "O setor vem trabalhando no vermelho há muito tempo, onde nesses cinco primeiros meses do ano comercializamos produtos com valores menores em relação ao mesmo período do ano passado", afirmou . 
 
Para mediar a conversa entre lideranças federais e estaduais, o secretário Odacir Klein se colocou como o "advogado" da cadeia produtiva, e elogiou a união do setor durante o "tsunami", como se referiu aos dias de paralisação dos caminhoneiros. "A organização do setor foi fundamental. Trabalhamos com responsabilidade como Secretaria da Agricultura, mas o setor foi muito ágil", disse.  
 
O documento é composto por pedidos do setor representados por Sindilat, o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (Sips), a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Leite tem forte alta no spot e no atacado

Os primeiros efeitos da paralisação dos caminhoneiros entre os dia 21 e 31 de maio já começam a surgir no segmento de leite no país. Os preços do leite no spot (negociação entre os laticínios) registraram forte alta após o fim da greve, que levou produtores de várias regiões do Brasil a descartar cerca de 600 milhões de litros de leite cru em decorrência da dificuldade ou impossibilidade de transportar a matéria-prima até os laticínios. Conforme levantamento do MilkPoint, na segunda quinzena de maio, antes do início da paralisação, o litro no spot estava em R$ 1,53 por litro, na média nacional. Atualmente, está em R$ 1,66, ou seja, houve alta de 8,5%. Os preços no spot são negociados quinzenalmente pelas empresas. 

 

Essas cotações são relevantes pois servem de referência para os preços que serão pagos aos produtores pelo leite cru. No caso atual, devem influenciar os valores do leite entregue pelos produtores às indústrias em junho - e que será pago em julho. Assim, a expectativa é que as cotações ao produtor sigam num ritmo forte de alta no curto prazo, o que não se esperava antes da greve. Ainda que a valorização da matéria-prima não seja duradoura, ela tem potencial para afetar os índices de inflação, segundo analistas, uma vez que uma parte das altas já começou a chegar ao atacado e ao varejo do país. De acordo com Laércio Barbosa, presidente da Associação Brasileira de Lácteos Longa Vida (ABLV), atualmente a captação de leite no campo está em 80% do volume normal e deve demorar cerca de 30 dias para que a situação se regularize. Estimativas indicam que são coletados diariamente entre 65 milhões e 70 milhões de litros de leite no país. Barbosa, que é sócio-diretor da Usina de Laticínios Jussara, afirma que "quem precisa de leite" está pagando os valores maiores pela matéria-prima no spot. A própria Jussara teve de fazê-lo. Segundo ele, os valores saíram de R$ 1,40 a R$ 1,50 por litro antes da paralisação para R$ 2,10 esta semana no mercado spot de São Paulo. Para o empresário, uma correção nos preços ao produtor será necessária, uma vez que "o produtor foi o mais prejudicado" pela paralisação. 

 
A alta também começa a afetar os preços do leite longa vida no atacado. Segundo a ABLV, no Estado de São Paulo já havia, nesta terça-feira, negociações entre R$ 3,00 e R$ 3,50 por litro - antes da greve, o preço de venda da indústria ao varejo estava em R$ 2,50. Outra fonte do setor disse que houve uma alta de R$ 1,00 no litro do leite no atacado entre o período anterior à greve e a última terça-feira, quando foram fechadas transações a R$ 3,30 por litro. "O varejo está aceitando essas altas porque não tem produto", comentou a fonte. O Indicador Diário de Leite Longa Vida no atacado de São Paulo, levantado pelo Cepea, com apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), registrou ontem valor médio de R$ 2,9903 por litro - estava em R$ 2,4170 no dia 21 de maio, quando começou a paralisação. A greve também já influenciou os preços do leite no varejo. Em maio, conforme dados da Fipe e do Instituto de Economia Agrícola (IEA), compilados pelo MilkPoint, o valor médio do longa vida ficou em R$ 2,91 por litro ante uma média de R$ 2,79 em abril. Valter Galan, analista do MilkPoint, observa que, apesar da alta no varejo, os preços atuais estão em níveis inferiores aos de igual período de 2017. Em maio do ano passado, a média no varejo foi de R$ 3,17 por litro. Assim, ele avalia, "há espaço para elevação de preços ao consumidor final". Tanto a indústria quanto analistas concordam que deve levar algum tempo para a oferta de leite se normalizar porque durante a greve dos caminhoneiros os pecuaristas tiveram de reduzir a alimentação das vacas, já que a ração não chegava às propriedades. Isso afetou a produção dos animais, que voltará gradativamente com a normalização da alimentação. (Valor Econômico) 
 
 
Importações voltam a crescer, mas ainda são menores do que 2017

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam para um novo aumento das importações de derivados lácteos, com crescimento de 12% em relação a abril no volume em equivalente-leite importado em maio; no entanto, em relação a maio de 2017, o volume ainda é cerca de 16% menor.

Ao mesmo tempo, as exportações caíram 56% em relação ao volume exportado em abril e quase 70% em relação a maio de 2017. Assim, o saldo da balança em equivalente leite foi de 99 milhões de litros de leite no país em maio, 19% pior que em abril. Observe a evolução do saldo comercial da balança láctea, em equivalente leite, no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 

O volume de leite em pó integral importado ficou próximo ao de abril (cerca de 6,5 mil toneladas), enquanto ocorreu um forte crescimento das importações de leite em pó desnatado, que cresceram cerca de 80% em volume, atingindo 2,1 mil toneladas. As manteigas tiveram uma queda de 36%, com 428 toneladas importadas. Já nos queijos, foram importadas 2,2 mil toneladas (+5% em relação ao volume verificado em abril), aumento também observado no soro de leite (crescimento de 21%), totalizando 1,7 mil toneladas importadas. Confira na tabela abaixo as informações detalhadas sobre a balança comercial láctea em maio.

Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 

Para analisarmos o impacto das importações de derivados lácteos em volume no mercado nacional, utilizamos os dados de captação formal mensal de leite em 2017 segundo o IBGE e calculamos, mês a mês, a participação do volume importado sobre a oferta nacional de leite. O resultado, apresentado no gráfico 2, mostra que o aumento do volume importado no meio do ano e a redução sazonal da produção aumenta a participação das importações no mercado nacional - de 2,6% em janeiro para cerca de 5,2% em maio. (MilkPoint)

Gráfico 2. Participação das importações no mercado lácteo brasileiro. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex e do IBGE.

 
 


Juiz federal em Mossoró determina nulidade da nova tabela de valores do transporte de frete
O Juiz Federal Orlan Donato Rocha, titular da 8ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, determinou a nulidade da nova tabela dos valores de frete rodoviário, definida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres. A decisão liminar foi proferida atendendo pedido de duas empresas, que atuam na extração e comercialização de sal marinho. Portanto, a determinação judicial é aplicada apenas para as partes no processo.O magistrado destacou que a tabela definida pela ANTT demonstra intervenção do Governo Federal na economia, no sentido de impor regulamentação ao setor de transportes de cargas rodoviário, ofendendo os princípios e fundamentos da Constituição. Na decisão, o Juiz Federal observou que a definição de valores, regulando o mercado de frete de cargas terrestres rodoviários com uma tabela "pré-estabelecida" demonstra "flagrante inconstitucionalidade, devendo ser rechaçado pelo Poder Judiciário". Ele atentou ainda que a necessidade da liminar está no "perigo na demora", já que está caracterizada a necessidade de continuidade dos negócios das empresas, não podendo aguardar "indefinidamente a alteração da Medida Provisória 832/2018, tampouco contratar fretes sob essa nova sistemática, pois se torna inviável o comércio da mercadoria transacionada (sal), caso sejam mantidos os fretes terrestres rodoviários".(JFRN)
 
 

 
 
 

Porto Alegre, 06 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.750

 

TABELA DE FRETE PARALISA MERCADO
Uma das medidas adotadas pelo governo federal em meio à paralisação dos caminhoneiros, a tabela de preços mínimos de frete para os motoristas autônomos está tendo efeito colateral indesejado. Cerealistas pararam de carregar e tradings e corretoras deixaram de fazer negócios no Rio Grande do Sul, a exemplo do que vem ocorrendo em outros Estados.

- O mercado está parado. Ninguém quer fazer nada: vender, comprar, transportar. Não querem mexer sem saber o que vai acontecer. Só contrata quem precisa mesmo - afirma o consultor em agronegócio Carlos Cogo.

Vicente Barbiero, presidente da Associação de Empresas Cerealistas do Estado (Acergs), que tem 60 associadas, confirma que os carregamentos estão suspensos:

- Paramos quando terminou a greve e ficamos cientes dessa tabela de valores. Nos manteremos assim até quando governo decidir revê-la.

Uma comitiva da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebras) abriu frente de negociação em Brasília, para tentar reverter os preços fixados na tabela.
Se a iniciativa for infrutífera, a entidade promete recorrer à Justiça.

O principal argumento é de que a tabela ampliou os custos. Barbiero explica que a tarifa do frete aumentou mais de 40%. Para o produtor, isso pode significar perda de até R$ 4 no valor da saca de soja:

- A uma distância de 680 quilômetros, pagávamos R$ 95 por tonelada. Agora, para esse mesmo trajeto, o valor subiu para R$ 140.

Luis Fernando Fucks, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), afirma que a medida é um "tiro que acabou saindo pela culatra". Ele diz que grandes empresas do Estado enviaram comunicados sobre a suspensão dos carregamentos.
A Aprosoja de Mato Grosso - que é o maior produtor nacional do grão - também relata cenário de operações e carregamentos parados por conta da medida.

- Ter uma tabela de preço mínimo de frete é algo que não existe, é interferir no mercado - opina Cogo. (Zero Hora)
 

Euromonitor: mercado brasileiro de iogurtes encolhe devido às condições econômicas difíceis

Condições econômicas difíceis e aumento dos preços unitários no Brasil estão contribuindo para que os consumidores se afastem do iogurte e se voltem para produtos lácteos mais baratos, disse a Euromonitor International. Apesar do crescimento com uma taxa anual composta (CAGR) de 5% entre 2012 e 2017, o iogurte caiu em 2% em 2017. As vendas caíram para R$ 13,6 bilhões, de acordo com o relatório da Euromonitor, Yoghurt and Sour Milk Products in Brazil.

O Brasil ainda representa o maior mercado de lácteos da América Latina, com 37% das receitas totais de produtos lácteos na região, mas as vendas de iogurtes deverão continuar em declínio até 2022, com uma taxa CAGR de -1%. "Enquanto todas as categorias deverão registrar declínio, isso representa uma leve  melhoria em relação ao desempenho observado durante o período analisado, quando as vendas de iogurte caíram com uma CAGR de 2% a preços constantes de 2017", afirmou o relatório.

Respostas dos processadores
Os processadores de alimentos e bebidas responderam à desaceleração econômica do Brasil em 2017, dando desconto em várias categorias importantes, incluindo produtos lácteos, o que ajudou o setor de alimentos embalados a se estabilizar.

A gigante francesa de lácteos, Danone, detém a maior participação de mercado na categoria iogurte, com 38% das vendas em 2017, disse a Euromonitor, que é mais que o dobro da segunda colocada, a Dairy Partners Americas (18%).

"[A Danone] é líder em termos de inovação no mercado, especialmente lançando sua marca Activia em um formato de café da manhã que inclui cereais e frutas. A marca fornece uma versão pronta para o consumo de um café da manhã típico brasileiro de acordo com uma demanda crescente para conveniência entre os consumidores ocupados", afirmou a Euromonitor.

Como em outros lugares, o iogurte grego é visto de forma positiva no Brasil, e isso ajudou o setor de iogurte natural a registrar um crescimento positivo em 2017 (comparado com o crescimento negativo para a categoria como um todo).

Em 2016, as Américas foram responsáveis por 50% do mercado global de iogurte grego, com os EUA à frente na concorrência. O iogurte grego representava menos de 1% do mercado americano de iogurtes em 2007, mas agora representa cerca de 54% do mercado total de iogurtes.

"Além de uma textura cremosa, o iogurte grego contém culturas probióticas e tem menos lactose e mais proteínas que outros iogurtes", afirmou o Euromonitor. "Essas duas últimas qualidades se ajustam fortemente à demanda predominante no Brasil, com lactose mais baixa e proteína mais alta sendo características notáveis de inovação de produto nas categorias de lácteos no final do período analisado".

Varejo
Sem surpresa, a distribuição de iogurte no Brasil é dominada por supermercados e hipermercados por causa de suas extensas instalações de refrigeração.

"No entanto, os varejistas mistos e os vendedores diretos tiveram aumentos de participação no iogurte no final do período analisado, pois apelaram aos consumidores conscientizados com relação ao preço e, no caso de vendedores diretos, tiveram a capacidade de atingir consumidores em áreas além da faixa de varejistas modernos", acrescentou o relatório do Euromonitor. (As informações são do Foodnavigator-latam.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

A demanda por alternativas ao leite na América Latina é fraca em comparação ao boom global, diz Rabobank

Leite "Sem-Leite" - As alternativas ao "leite" permanecem modestas na América Latina, com consumidores que avaliam os preços, após anos de aperto econômico, disse o diretor executivo do Rabobank. Em 2017, as vendas globais das alternativas Sem-Leite totalizaram US$ 15,6 bilhões, e a soja foi responsável por 39% das vendas, de acordo com o Euromonitor.

Enquanto isso, o faturamento da categoria leite 'Sem-Leite' na América Latina foi de apenas US$ 707 milhões. De acordo com o recente relatório do Rabobank: Sem Leite - Como a indústria pode responder ao crescimento do Dairy-Free, o crescimento das alternativas "Sem-Leite" está sendo impulsionado pela "mudança da percepção do consumidor" acerca de saúde, estilo de vida, curiosidade, e sustentabilidade.

Mas, Tom Bailey, autor do relatório e diretor executivo para lácteos do RaboResearch Food & Agribusiness, disse que a categoria na América Latina tem uma história muito diferente para contar.

"Na América Latina, a categoria 'leite' alternativo representa cerca de 5% da categoria total de bebidas lácteas da região, e esse número caiu nos últimos cinco anos", disse Bailey à FoodNavigator-LATAM.

Ele disse que o Brasil, a Argentina e o México que eram os maiores mercados para os produtos 'não lácteos' e que são responsáveis por um quarto de todas as vendas, a penetração permaneceu menor que a média global.

"Isto ocorre, provavelmente, em decorrência do preço dos produtos alternativos, e ao fato de que o leite tradicional é a forma mais barata de obter mais nutrição, particularmente porque algumas regiões da América Latina estão enfrentando desafios econômicos ao longo dos últimos cinco anos".

Sem-Leite é uma ligação 'emocional'
O mercado global de leite 'Sem-Leite' teve forte crescimento nos últimos anos, com vendas no varejo crescendo 8% ao ano nos últimos dez anos. Bailey disse que Ásia-Pacífico é o maior mercado, mas a América do Norte e a União Europeia (UE) também são fortes. Nestes dois últimos mercados, ele disse que o crescimento foi impulsionado por consumidores à procura de "proposição de valor emocional".

No relatório do Rabobank, Bailey disse que os profissionais de marketing das alternativas aos produtos lácteos estão "se conectando melhor com os consumidores", particularmente aqueles que preferem opções 'sem leite' por terem a percepção de que são mais adequadas à saúde e ao estilo de vida. "O maior segmento de consumidores que escolhem bebidas 'sem-leite' consiste - sem surpresas - nos Millennials, [Geração Y] e Geração Z. Suas percepções acerca de saúde e sustentabilidade (incluindo o bem estar animal e pegadas ambientais) são motivações fundamentais para suas escolhas, incluindo a limitação no consumo de lácteos. Um tanto desconcertante é a constatação de que preço e sabor não sejam considerados incentivos para que os consumidores deixem os lácteos", escreve Bailey.

Para a América Latina, no entanto, Bailey disse que a tendência do consumidor "parece não ser tão forte", especialmente para as alternativas aos lácteos por "serem economicamente sensíveis".

Até certo ponto, essa sensibilidade também pode representar uma oportunidade de 'antecipar escolhas' para as alternativas ao leite, disse ele, para aqueles consumidores que talvez "estejam dispostos a correr algum risco".

De qualquer forma, a recomendação para que os laticínios tradicionais se envolvam com produtos alternativos sem-leite ou considerem trabalhar com alternativas é "prematura na América Latina", disse Bailey, apesar do sucesso na Europa e Estados Unidos. As empresas tradicionais de laticínios nesses mercados adquiriram algumas marcas sem-leite (Danone adquiriu WhiteWave); investiram em startups através de programas incubadores (Land O'Lakes e Chobani); ou ainda lançaram seus próprios 'sem-leite' (Valio com seus produtos à base de aveia na Finlândia).

Laticínios são "fortes" na América Latina
Por enquanto, disse Bailey, os lácteos tradicionais continuam sendo um enorme mercado na América latina, valendo US$ 14,3 bilhões - ligeiramente abaixo do mercado mundial de Sem-Leite. A região, acrescentou, representa 10% da produção mundial de leite. "Lácteos tradicionais permanecem fortes na América Latina e é um dos principais mercados que, esperamos terá um forte crescimento da demanda - ligeiramente acima da média mundial de 2,5% - para produtos lácteos nas próximas décadas".

No entanto, Bailey disse o setor de laticínios tradicional da América Latina, assim como os jogadores internacionais, podem aprender algumas lições sobre o forte crescimento global do segmento Sem-Leite, em particular no que se refere à abordagem de "colocar o consumidor em primeiro lugar". (Dairy Reporter - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 

Os chineses vêm pelos laticínios
Consumo/China - Alguns anos atrás anunciaram o que se tornou uma realidade: os chineses descobriram o gosto pela carne, a demanda cresceu a passos gigantes, a tal ponto que hoje em dia é o principal cliente do Uruguai neste item. Agora, o mesmo ocorrerá com os lácteos. O Uruguai e suas indústrias se preparam para isso. Os 1.400 milhões de habitantes do gigante asiático têm um consumo per capita de lácteos 7 vezes menor do que o dos uruguaios, mas, as políticas estão sendo direcionadas para aumentar este consumo, e já sabemos o que aconteceu com o incentivo ao consumo de carne. Tanto assim, que o embaixador do país no Uruguai, Wang Gang, convidou todas as empresas do setor a se fazerem presentes no mês de novembro, na feira de importação, uma nova e imponente atividade que será realizada pela primeira, mas é uma aposta importante, e uma oportunidade para que todos os setores exportadores apresentem seus produtos. "O Uruguai tem grandes oportunidades porque é um dos maiores produtores de lácteos com qualidade", destacou o embaixador. As relações bilaterais entre os dois países são muito boas e isto é um fator de segurança para os empreendedores dos dois lados. É preciso se preparar, porque se os chineses vierem, agora é pelos lácteos. (Tardaguila - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 

 
 
 

Porto Alegre, 05 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.749

 

GDT
 
 
Fonte: GDT 
 
Veterinário gaúcho é eleito membro da OIE

O médico veterinário Bernardo Todeschini, auditor fiscal federal agropecuário e superintendente federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, foi eleito na última Reunião Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) um dos seis membros da Comissão do Código Sanitário Terrestre. O código contém normas para o comércio de animais terrestres e produtos de origem animal e para reconhecimento internacional de status sanitário, além de diretrizes para o controle e erradicação de doenças.  Conforme Todeschini, a missão do grupo é "trabalhar na revisão dos textos do código, sua atualização com o progresso científico, bem como diretrizes de outros organismos internacionais". A Comissão do Código trabalha em conjunto com outras comissões, também levando em conta a opinião e demandas dos países membros da OIE.  
 
Para integrar a Comissão do Código Terrestre os candidatos precisam ser médicos veterinários que possuam amplo conhecimento das principais enfermidades dos animais, com experiência e competência em aspectos zoossanitários do comércio internacional de produtos de origem animal. A escolha é feita por um processo seletivo aberto em nível mundial, que é concluído com uma votação direta com participação de delegados dos 181 países-membros da OIE. Também integram a comissão os médicos veterinários Ethienne Bonbon (França), Gaston Funes (Argentina), Masatsugu Okita (Japão), Lúcio Carbajo Goni (Espanha) e Salah Hammami (Tunísia). 
 
Bernardo Todeschini é graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em Medicina Veterinária Preventiva pela mesma universidade. É auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura desde 2002, onde fez sua carreira na área de saúde animal e sendo superintendente do órgão no Rio Grande do Sul desde 2017. Atuou como pesquisador convidado na Universidade de New England, Austrália, desenvolvendo estudos na área de alianças estratégicas em saúde animal. Atuou também na Universidade de Aarhus, Dinamarca, onde desenvolveu estudos relacionados regulamentação do comércio internacional de produtos agropecuários no âmbito da Organização Mundial do Comércio. Trabalhou por três anos na sede da Organização Internacional de Saúde Animal - OIE em Paris - França, onde atuou no Departamento Técnico Científico. 
 
Já o professor da Universidade de Brasília, Vitor Picão Gonçalves, foi indicado para atuar na Comissão Científica de Enfermidades dos Animais Terrestres. 
 
Conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, os dois profissionais têm estreitas relações com o Fundo, "contribuindo de forma importante para as discussões e trabalhos sobre sanidade animal. "Nos alegra que duas personalidades com as quais o Fundesa se relaciona tenham esse reconhecimento internacional", afirma.  (Fundesa)

 
 
Tabelamento do frete esbarra em ruralistas

Apesar de prometer empenho para votação das três medidas provisórias encaminhas pelo governo para atender os caminhoneiros, a bancada ruralista, que defende o setor do agronegócio, já admite que será necessária muita negociação para aprovar uma delas -- MP 832/2018 --, a que prevê tabelamento para os preços de fretes rodoviários. As outras duas, a que prevê 30% dos contratos de frete da Conab por caminhoneiros autônomos e a que proíbe a cobrança de pedágio sobre eixos suspensos, contam com relativo consenso dos ruralistas e devem ser aprovadas com alguma facilidade. O tema, no entanto, é um tabu para o agronegócio, historicamente contrário à proposta, que inclusive já é analisada por meio de diversos projetos de lei em tramitação no Legislativo. Para o setor, a fixação de um preço mínimo elevaria em 9% em média os preços dos fretes contratados para o transporte agropecuário, podendo chegar a até 30% no caso de grãos, conforme dados da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Outro argumento é que o tabelamento interfere na lógica de mercado, regida pela lei da oferta e procura. "É uma pauta complicada, pois tem segmentos contrários dentro do agronegócio, mas o momento também é delicado e temos que saber achar uma solução. Afinal de contas, acordo feito é acordo cumprido", disse ao Valor a presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputada Tereza Cristina (DEM-MS), referindo-se ao acordo firmado pelo presidente Michel Temer com entidades de caminhoneiros. "O Cade [Conselho Administrativo de Direito Econômico] já disse que vê com restrições tabelamento de frete numa economia de livre mercado. Mas vamos ver como resolver um problema de cada vez", acrescentou a parlamentar.

Nos bastidores, deputados da bancada do agronegócio já defendem que o setor faça concessões para aceitar o tabelamento, com ressalvas de valores, mas sem se opor à medida, com pena de que uma nova greve de caminhoneiros se instale novamente no país daqui a alguns meses. A MP 832/2018, editada há uma semana por Temer como parte das negociações para cessar as greves que afetaram o país, criou a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, uma das bandeiras da categoria dos caminhoneiros autônomos, que surgiu com a greve anterior da categoria, em 2015. Na última quarta-feira, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou a primeira tabela com os preços mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, consideradas diferentes cargas (geral, a granel, frigorificada e perigosa), válida até 20 de janeiro de 2019. Para a assessora técnica da Comissão Nacional de Infraestrutura e Logística da CNA, Elisângela Lopes, porém, é praticamente impossível que a ANTT consiga fiscalizar a atual frota de 1,5 milhão de caminhões na ativa hoje no país. "Em épocas de safra como agora, o preço do frete aumenta e você tem mais caminhões ofertando serviço. A partir do momento em que se tabela o frete, num mercado com tantos caminhoneiros, quem vai garantir que esse tabelamento seja cumprido?", adverte ela. Em outra frente, porém, os caminhoneiros não abrem mão de que a MP seja aprovada no Congresso. Procurada, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das que negociou a pauta de reivindicações da categoria com o governo, o texto busca compensar a relação desvantajosa, "na grande maioria das vezes", do caminhoneiro perante as grandes empresas na negociação do preço do frete. "Considerando a justa finalidade do texto, não vemos margem de negociação que resulte em adiar a correção dessa relação historicamente desequilibrada. (Valor Econômico)

Precisamos falar sobre logística

O Brasil baseia sua logística em rodovias. Mas, o transporte por caminhões, que chegam praticamente a qualquer lugar, deve ser utilizado para curtas distâncias: buscar o leite nas propriedades, levar ração aos animais, transportar produtos nas cidades etc. Grandes nações utilizam meios mais baratos e menos impactantes do ponto de vista ambiental ou social e com menos perdas. Utilizam ferrovias, transportes fluviais, transporte tubular (para gases e fluidos), entre outros. Todos os governos, inclusive o militar, não investiram em ferrovias e hidrovias, isso que o Brasil tem um imenso potencial de rios navegáveis. A preferência foi pelas montadoras. Assim, os empregos eram gerados nas cidades e a população criava uma ilusão de desenvolvimento. Por meio de concessões equivocadas, criaram-se empresas de pedágios, com contratos muitas vezes duvidosos, e com altos custos para os veículos de cargas. Somente diminuir o valor do combustível ou desonerar a folha de pagamento das transportadoras é um paliativo. O problema continuará corroendo o país e logo a dose terá que ser mais alta. O transporte rodoviário exige o uso de combustível fóssil e é desnecessário explicar algo finito. Continuar investindo em uma matriz suja, que irá acabar, é debilitar ainda mais o já frágil sistema de transporte e, ao mesmo, é empurrar o problema para as futuras gerações.

O momento de apreensão e desordem pública é até compreensível, o brasileiro não aceita mais a carga tributária, que não é revertida em serviços, mas transformada em benesses e regalias para o governo. Óbvio que isso deve cessar. A luta do povo não deve ser apenas pela desoneração de impostos, mas pelas mudanças de políticas, melhorias na logística de cargas e nos transportes de modo inteligente. Uma premissa básica na linha da solução é incentivar a utilização de combustíveis renováveis, ferrovias, hidrovias e outros modais menos onerosos.

Os representantes do povo devem espelhar seus eleitores. Estes também devem cumprir os preceitos legais que regem uma nação desenvolvida. E, não, não há um salvador que irá magicamente, após a próxima eleição, resolver todos esses problemas. Impedir os produtores de escoar suas cargas ou matar de fome os animais irá trazer graves consequências. Os caminhoneiros desligaram seus motores, entretanto as vacas não podem ser desligadas. Precisamos de racionalidade neste momento. (Zero Hora por Roberta Züge, diretora administrativa do Conselho Cientíico Agro Sustentável (CCAS) e vice-presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (Sindivet-PR))

Exportar lácteo é mais rentável pela primeira vez, desde que Macri assumiu

Rentabilidade/AR - O FAS teórico do leite pago aos produtores por uma indústria que destine 100% de sua produção a leite em pó integral ficaria, atualmente em 7 pesos por litro. Este foi o resultado elaborado por Juan Manuel Garzón e Nicolás Torre, economistas da Fundação Mediterrânea, sobre a capacidade de pagamento dos exportadores. 

"Se o câmbio se estabilizar em 25 pesos/US$ em junho e o preço FOB do leite em pó integral (WMP) se mantiver em US$ 3.063/tonelada (média dos primeiros quatro meses do ano), a indústria de WMP poderá obter margem bruta de lucro de 35,8% com exportação (um percentual muito razoável para exportar) pagando 7 pesos pelo leite cru", diz o trabalho. O cálculo leva em consideração a compensação de 3% para as exportações de leite em pó. No mês de maio, com o câmbio médio mensal de 23,7 pesos/US$, as fábricas de leite em pó terão margem bruta razoável (superior a 30%) pagando 6,60 pesos por litro aos produtores.

Nos primeiros quatro meses do ano - com o peso sobrevalorizado - a margem bruta conseguida pelos exportadores com os preços efetivos pagos aos produtores pode ser insuficiente para gerar operações rentáveis.

"Com a desvalorização as indústrias que exportam melhoraram sua capacidade de pagamento pelo leite cru e é de se esperar que elas ofereçam nas próximas semanas um valor pelo leite cru que será provavelmente superior ao de meses anteriores em termos reais", destaca o estudo.

Vale ressaltar que o FAS teórico de uma fábrica de leite em pó só é aplicável à produção destinada à exportação.

"O segredo está, finalmente, em como alinhar a oferta de produtos lácteos e a demanda no mercado interno", assegura o documento.

"Mas se a exportação se apropriar, por exemplo, apenas de uma parte do aumento de produção de leite que aparentemente, será entre 4% e 5% este ano, e a oferta líquida de lácteos no mercado interno se mantiver igual ou acima da de 2017, serão poucas as chances de melhorar os preços nos elos da cadeia vinculados ao mercado interno", acrescenta.

Durante o governo Kirchner, quando o negócio exportador se tornava atrativo, diversos mecanismos eram adotados para impedir as vendas externas de produtos lácteos, para garantir maior disponibilidade interna. Esta é a primeira vez, desde que Mauricio Macri assumiu, em dezembro de 2015, que esta oportunidade surge sem restrições de qualquer tipo. (valorsoja - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 

Conseleite avança em Minas
Integrantes da Câmara Técnica do Conseleite estão reunidos, pela primeira vez, na sede da FAEMG. A tarefa é conhecer detalhes da cadeia produtiva para que seja possível oferecer, até o final do ano, um preço-referência para o produtor de leite in natura. A professora Vânia di Addario, uma das criadoras do método, no Paraná, em parceria com o professor José Roberto Canziani, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explicou que, para a definição da metodologia de cálculo a ser adotada em Minas, serão levados em conta os custos, sistemas e volume de produção, faturamento, principais produtos lácteos do estado e outras particularidades. "Estamos apostando no entendimento, no bom-senso. É preciso civismo para que as coisas deem certo", disse Canziani. (Faemg)

 

 
 
 

Porto Alegre, 04 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.748

 

Indústria acelera retomada
Laticínios gaúchos trabalharam no sábado e no domingo para dar fluxo à produção reprimida durante os dias da paralisação dos caminhoneiros e garantir o abastecimento do mercado consumidor. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, estima que ainda vão ser necessárias duas semanas para que as empresas consigam restabelecer suas rotinas. Assim como já anunciaram os setores de aves e de suínos, os laticínios também buscarão linhas de crédito para fazer frente ao "furo" milionário no faturamento. 
 
"As indústrias vão ter enormes problemas para cumprir seus compromissos e atender às suas metas", prevê Guerra, ao lembrar que a paralisação agrava ainda mais a situação do setor. Mesmo que os preços pagos ao produtor estivessem em evolução, ainda há defasagem no preço dos lácteos nos mercados, conforme o dirigente. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a média do valor do leite UHT em maio de 2017, por exemplo, foi de R$ 2,78. Em maio deste ano, R$ 2,65. Para Guerra, a lei da procura e oferta é que vai determinar a reação. O habitual para esta época é aumento do consumo, mas também ampliação da produção leiteira. (Correio do Povo)
 
 
Retaliação do México sobre queijo dos EUA preocupa produtores de leite

Produtores de leite dos Estados Unidos, que enfrentaram dificuldades durante vários anos, estão lamentando a crise do comércio norte-americano. Em retaliação às tarifas impostas pelos EUA sobre o aço e o alumínio, o México disse que vai taxar o queijo norte-americano e outros produtos. A indústria de lácteos norte-americana, com excesso de oferta, via nas exportações um meio para ajudar os preços a se recuperarem, tendo o México como maior cliente. 

Steve Maddox, que ordenha mais de 3 mil vacas perto de Fresno, na Califórnia, diz que parte de seu leite é transformado em queijo para exportação para o México. "É um golpe no otimismo sobre a recuperação da indústria", diz ele. "Esse pequeno contratempo comercial vai retardar a recuperação do preço do leite e atrasar qualquer alívio para a indústria de laticínios." (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no jornal O Estado de São Paulo)
 

 
China, Estados Unidos e União Europeia pressionam, e os produtores da Nova Zelândia recebem cada vez mais

Leite/NZ - Com foco nas decisões do Governo para a erradicação do Mycoplasma Bovis (MBP) é fácil esquecer que a agricultura precisa continuar, e que o comércio mundial não foi interrompido. Na China, o Primeiro Ministro Li Kequiang pediu às indústrias de laticínios que não negligenciem na qualidade e na segurança dos produtos para impulsionar o setor. Falando em encontro dos Executivos Estaduais, afirmou que o objetivo é de que em três anos melhore significativamente a qualidade e a reputação das fórmulas infantis domésticas. Na reunião decidiram adotar três medidas para impulsionar a indústria de laticínios: a primeira é introduzir vacas de raças mais apuradas nas fazendas do país; cultivar mais pastagens; formar rebanhos padronizados e construir bases para produção de leite cru de alta qualidade.

Segundo: melhorar a eficiência dos controles e o padrão nacional do leite cru e pasteurizado; construir sistemas de rastreamento da qualidade em todo o processo de produção.

Terceiro: fornecer apoio financeiro, bem como terras para criação de gado de leite.

Com essas políticas em andamento, haverá crescimento dentro da China em seu objetivo de tornar-se mais auto-sustentável.

Dos Estados Unidos, a notícias é de que o retorno doméstico para os lácteos não estão conseguindo atingir um ponto de equilíbrio. O que eles têm de positivo são as exportações, e desenvolvem seu potencial na direção de países em desenvolvimento que podem comprar mais lácteos com o aumento do preço do petróleo. Um dos itens de maior influência na rentabilidade dos produtores de leite dos Estados Unidos é o custo do milho, e a próxima safra parece não ser promissora, e pela primeira vez, desde 1983, a área de plantio perde para a soja, devido os baixos retornos. Dado que ainda existe um potencial risco do comércio com a China, com a soja na frente dos problemas, não deixa de ser uma situação surpreendente. Um estudo sobre as preocupações com a concorrência das alternativas ao leite nos Estados Unidos também mostrou resultados inesperados. Os consumidores de leite fresco estão migrando para água engarrafada. Principalmente no café da manhã, e enquanto bebem. Desde 1970, o consumo de leite per capita nos Estados Unidos diminuiu 45 litros e nos últimos dez anos o consumo de água engarrafada saiu de 212 bilhões para 391 bilhões de litros. Talvez as indústrias de laticínios estejam perdendo para a acessibilidade à água.  

A produção de leite na União Europeia (UE) nos primeiros três meses de 2018 foi de aproximadamente 2,3% acima do volume apurado no mesmo período do ano passado, embora as linhas do gráfico estejam com tendências a se encontrarem.

Dada a perspectiva muito otimista anunciada pela Fonterra e de que outros grandes produtores não estão se afastando nem das exportações, nem da produção, os NZ$ 7,00/kgMS previstos pela cooperativa acenderam luzes de alerta.

No âmbito local, a venda de uma fazenda de leite de 92,5 hectares nos arredores de Cambridge neste mês ao preço de NZ$ 11,1 milhões, ou o equivalente a pouco menos de NZ$ 120.000 por hectare, foi um recorde para uma fazenda de leite de Waikato. Anteriormente, o preço mais alto pago por fazenda de leite em Waikato foi em 2016, quando uma fazenda de 107 hectares também mudou de mãos pelos mesmos NZ$ 11,1 milhões. Desta feita o preço ficou em torno de NZ$ 104.000 por hectare. Comenta-se nos escritórios imobiliários da região que o MBP e as regras mais rígidas para os investimentos estrangeiros abrandaram as vendas. No entanto, essa negociação mostra que a demanda existe, desde que esteja no lugar certo. (interest.co.nz - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Custos de Produção tem segundo mês de alta
Custos de produção - Os custos de produção no campo repetem, no mês de abril, o movimento de alta. O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) aponta 0,21%, em especial pelos fertilizantes que ficaram mais caros com a variação cambial. Os preços recebidos também registraram elevação de 6,1%, conforme o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR). Os dados foram divulgados pela Farsul, na quarta-feira, dia 30.  A forte valorização nos preços do milho (10%) e soja (8%) foi o que mais colaborou para o resultado do IIPR. A alta também influenciou no acumulado dos últimos 12 meses que chegou a 20,59%.  O IICP também apresentou inflação no acumulado do mesmo período por influência da taxa de câmbio, chegando a 1,19%. O maior aumento foi registrado nas lavouras de soja e trigo, ambas com 2%, as demais mantém uma trajetória de queda. Na comparação do acumulado em 12 meses entre IICP e IPCA há um alinhamento de alta, com o segundo atingindo 2,76%. Já na relação IIPR e IPCA Alimentos ocorre, novamente, descolamento, com o IPCA Alimentos registrando queda de -2,11%. Essa diferença de comportamento comprova que não há relação de curto prazo entre os índices. Confira o relatório na íntegra. (Agrolink)

 

 
 
 

Porto Alegre, 01 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.747

 

 Cortes causam impacto no setor agropecuário 

O setor agropecuário não saiu ileso aos cortes anunciados pelo governo federal para compensar os R$ 9,5 bilhões de subsídio ao diesel. A medida provisória 839, publicada ontem no Diário Oficial da União, detalhou quais setores e programas perderão recursos. Os cortes atingirão o Programa de Reforma Agrária, em R$ 30,77 milhões, e o Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar, em R$ 5,44 milhões. A Defesa Agropecuária perderá R$ 2,99 milhões e a Pesquisa e Inovações para a Agropecuária, outros R$ 2,72 milhões. A medida provocou repercussão no setor. O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Marcos Lessa, criticou os cortes na defesa agropecuária. 

Considera que o Brasil poderá se preparar para novos embargos comerciais, se continuar retirando verbas da fiscalização. “Há pouco tempo entrou em vigência o embargo de 20 frigoríficos de aves pela União Europeia e o governo acha que ainda pode diminuir recursos para esta área”, lamenta. Segundo Lessa, o afrouxamento da fiscalização também aumenta o risco da entrada de pragas e doenças no país, por meio de produtos contaminados. Vice-presidente da Farsul, Hamilton Jardim afirma que vê com preocupação os cortes divulgados, sobretudo, os relacionados à defesa agropecuária. “Cobramos muito dos nossos parceiros comerciais sanidade animal e vegetal, portanto, temos que dar exemplo e não perder o status sanitário conquistado pela fiscalização, reconhecidamente, eficiente”. Jardim também diz esperar que o governo não faça reajustes significativos no preço do diesel após os 60 dias de congelamento, justamente no período em que os produtores estarão formando a próxima safra de verão. “Acredito que o governo não reajustará muito acima do previsto, em véspera de eleições e com o risco de reativar a manifestação”, observou.

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, diz que o governo, ao apresentar estes cortes para atender o pleito dos caminhoneiros, demonstra que optou por fazer o mais simples: cortar investimentos. “Está tudo equivocado. O governo dá com uma mão e tira com a outra e não mexe onde realmente tem que mexer, nos privilégios”, critica Silva, ao lastimar corte na reforma agrária. O dirigente também se diz preocupado com possíveis aumentos nos juros no Plano Safra da Agricultura Familiar, que deve ser lançado na semana que vem. Hoje, as taxas praticados são de 2,5% a 5,5% ao ano. (Correio do Povo)
 

 
Cenário muda e alta do leite deve ganhar força

A interrupção na coleta de leite no campo durante nove dias em decorrência da greve dos caminhoneiros deve impactar os preços ao produtor do país no curto prazo, de acordo com análise da Scot Consultoria. Em maio, o produtor brasileiro recebeu, em média, R$ 1,116 pelo litro do leite entregue em abril, alta mensal de 1,7%. A pesquisa levanta os preços do leite praticados em 18 Estados. Antes da greve, a expectativa era que o ritmo de alta arrefecesse, lembra Rafael Ribeiro, analista da Scot. Agora, a previsão é que a valorização se intensifique no curto prazo porque a greve provocou uma queda na captação nas duas últimas semanas de maio. Dados parciais do Índice Scot de Captação de Leite mostram uma retração de 2,2% na coleta da matéria-prima no mês. Os números, contudo, ainda não consideram os efeitos totais da greve, por isso a queda deve ser maior, afirmou Ribeiro. 

 

Segundo ele, a captação de leite deve seguir prejudicada apesar do fim da greve, uma vez que as vacas receberam menos alimento nos últimos dias e deve demorar para que voltem a produzir normalmente. Os preços dos produtos lácteos também devem registrar alta no atacado e no varejo no curto prazo por causa dos estoques mais enxutos em decorrência da greve, disse. Há expectativa de demanda maior no varejo para reposição dos estoques. O levantamento dos preços no varejo em maio já refletiu, em parte, a greve dos caminhoneiros. O litro do leite longa vida no varejo de São Paulo subiu R$ 0,10 em maio na comparação com abril, para R$ 3,20, em média, segundo a Scot. No atacado houve pouca variação. A greve definitivamente mudou as expectativas de curto prazo da cadeia produtiva de leite. Pesquisa da Scot em 18 Estados do país com 158 agentes, como laticínios, cooperativas e produtores, indicou que 88% esperam alta no próximo pagamento ao produtor, 11%, estabilidade e apenas 1%, queda dos preços. (Valor Econômico)


Do apoio ao luto 

A sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, no norte do Estado, amanheceu de luto. A faixa preta estendida em frente ao prédio manifestava a tristeza de produtores da região diante do quadro de perdas que se agrava diariamente em razão da mobilização dos caminhoneiros. Ao ter de repetir a ação de descarte de leite da propriedade, na manhã de ontem, o presidente da entidade, Maiquel Junges, 34 anos, decidiu agir:

- Estamos de luto. A faixa preta é em favor do associado, do agricultor familiar, que está perdendo o sustento da sua família.

Ao relatar aquele momento em que, em meio aos litros de leite jogados fora, teve a ideia da mobilização, Maiquel não conteve as lágrimas. Ele, que toca a propriedade com irmãos e acabou se tornando uma liderança no meio, preocupa-se, ainda, com o efeito que a atual crise possa causar no longo prazo.

- Como manter o jovem no campo? - questiona.

A família cria 25 vacas da raça holandesa e teve de colocar fora, até agora, 3,5 mil litros de leite.No início da mobilização, o sindicato, que tem 800 associados, dos quais cerca de 200 produtores de leite, foi procurado por caminhoneiros e apoiou a manifestação, levando tratores até Carazinho e realizando protesto. Mas o suporte ficou insustentável com a multiplicação de perdas. O endosso foi retirado. E deu lugar ao luto. (Zero Hora)


Fórum de investimentos

Durante o Fórum de Investimentos Brasil (FIB 2018), o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa) divulgou portfólio de projetos do setor com potencial para atrair mais de US$ 4 bilhões em investimentos externos. São 161 projetos nas cinco regiões brasileiras em diferentes áreas da agropecuária, desde a produção vegetal e animal, passando pela infraestrutura, até a logística.

Além da participação do ministro Blairo Maggi no painel “Alimentando o Mundo: Agenda do Agronegócio”, realizado na tarde desta quarta-feira (30), o Mapa tem um estande no FIB, onde a carteira de empreendimentos ficou disponível para avaliação. O portfólio inclui projetos privados de avicultura, logística, celulose, frigoríficos, usinas, portos, pescado, reflorestamento, entre outros setores.

Na sua exposição, Maggi enfatizou que o país tem condição de enfrentar com facilidade críticas de natureza ambiental feitas por concorrentes no exterior. “O Brasil hoje é um país que consegue mostrar através de dados científicos que respeita o meio ambiente”, disse o ministro referindo-se a dados da Embrapa Territorial que demonstram a preservação de 65% do território com vegetação nativa. 

“E com a nova lei do Código Florestal, já conseguimos dar o endereço de 90% das propriedades agrícolas. Qualquer um pode entrar no sistema e ver a condição ambiental da minha propriedade”, afirmou.

Mas há outros desafios a enfrentar no mercado internacional para aumentar a participação brasileira no setor do agro, disse Maggi. “Agora mesmo, nós temos problemas na área de alimentos processados e frangos, por exemplo.

Há resistência muito forte de produtores europeus. Mas produzimos muito, com eficiência, conhecimento e capacidade. Diferentemente do que acontece no continente europeu e em muitos outros lugares, inclusive, com reconhecimento da própria OCDE, o Brasil é país que menos subsídio dá a seus agricultores”.

O Ministério da Agricultura tem adotado a estratégia de divulgar no exterior oportunidades de negócios no Brasil e vem colhendo resultados. Um exemplo é o investimento dos Emirados Árabes Unidos na ampliação de um frigorífico, que pode chegar a US$ 300 milhões em cinco anos.

Entre os empreendimentos estão, portos para escoamento da safra no Maranhão, produção de suínos, aves e peixes no Acre. Neste último caso, um dos projetos envolve a cadeia do pirarucu – peixe típico da Amazônia –, desde a produção de alevinos até o frigorífico, incluindo o tratamento do couro para produção de bolsas e calçados.

Marca para exportação
Maggi anunciou ainda o lançamento em breve do selo “O Melhor do Agro Brasileiro”. Inicialmente, produtos como café, grãos, suco de laranja e carnes contarão com marca, criada a partir da bandeira do Brasil. Códigos serão impressos em embalagens permitindo aos consumidores obter informações detalhadas dos itens.

“A nossa ideia é que esta marca sirva como um selo de garantia da qualidade de nossos produtos. Desejamos que quando nosso cliente bater o olho no rótulo reconheça a origem e segurança produtiva, como já ocorre em alguns países. Queremos que a pessoa identifique , através desta marca, um produto do agronegócio brasileiro e que, de forma rápida, encontre todas as informações necessárias.

Essa marca corresponde à mais uma segurança para o consumidor. Através do QR Code - código de barras que pode ser escaneado usando a maioria dos telefones com câmera -, o cliente terá acesso a toda cadeia produtiva referente ao produto, de onde veio, a matéria prima, por onde passou, como foi o processo produtivo, explicou o ministro.

Maggi destacou ter tido apoio da Agência Brasileira de Exportação (Apex) para adotar essa ferramenta. “Estamos lançando esta marca, esperando que consiga traduzir a integridade, qualidade e toda garantia dos produtos agropecuários brasileiros. Será lançado para o mercado externo, mas obviamente pode ser utilizado no mercado interno também. (Mapa)
 

Preço subiu 24% durante o ano
O preço pago pelo litro de leite em maio, pelo produto captado em abril, chegou a R$ 1,2545, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Usalq/USP divulgado ontem. O valor corresponde à chamada “média Brasil”, que tem dados dos sete maiores produtores entre os estados brasileiros. Os aumentos foram de 8,4% sobre o mês anterior e 24,2% no acumulado do ano. De abril para maio, a maior alta, de 10,34%, ocorreu no Rio Grande do Sul. A variação dos preços é atribuída pelo Cepea à queda da captação na entressafra. (Correio do Povo)

 
 
 

Porto Alegre, 30 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.746

 

Prejuízos minam apoio à greve dos caminhoneiros
A paciência e até a simpatia com o movimento dos caminhoneiros acabou. A intransigência em dar passagem às cargas vivas e a produtos altamente perecíveis como o leite, desidratou o apoio oferecido por pessoas e entidades ligadas à produção. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) emitiu nota retirando o endosso feito na semana passada à paralisação.

- Entendemos que o movimento está perdendo o foco e o controle. Nós, como sindicalistas, jamais podemos apoiar grupo que está pregando a intervenção militar - diz Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.

Na Serra, houve relatos de intimidações feitas a motoristas que saíram para coletar leite. Dados do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS), contabilizam 51 milhões de litros de leite perdidos (leia mais abaixo).
Os prejuízos se multiplicam nos setores de aves, suínos, bovinos e hortifrutigranjeiros. Mais de cem mil famílias de agricultores estão sendo afetadas, estima a Fetag-RS.

- Não faz mais sentido, o pleito é legítimo, mas tem limites, não podemos ser irresponsáveis. Nas nossas manifestações, tentamos atrapalhar o mínimo possível as pessoas que têm o direito de ir e vir. Uma semana de greve dá para entender, continuar depois de um acordo, não faz nenhum sentido - opina Antoninho Rovaris, secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Conatg).

Em nota, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) diz respeitar o movimento, mas alerta para a situação que vem ocorrendo nos últimos dias no setor de proteína animal.

- Em tudo o que é ponto tem carga perecível. Hoje (ontem) vai fazer nove dias que não enxergo uma carga dos atacadistas - lamenta Sergio Di Salvo, presidente da Associação dos Atacadistas da Ceasa, que estima mil caminhões trancados.

No Vale do Taquari, entidades alertam para o risco iminente de emergência sanitária a instalar-se na região se a logística não for restabelecida.

Há um apelo aos manifestantes para que liberem o caminho para veículos com rações e cargas vivas. O argumento de que a categoria não suportava mais aumentos de combustíveis começou a se perder diante de tamanho prejuízo. (Zero Hora)

 
LEITE DERRAMADO

Esse é o caso de chorar pelo leite derramado. Produtores em diversas regiões do Estado seguem sem conseguir fazer a entrega, tendo de abrir os tanques de resfriamento para descartar a produção (na foto acima, propriedade em Mato Queimado, no Noroeste). São 51 milhões de litros de leite perdidos, segundo estimativa do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS). Em Paraí, na Serra, Arialdo Bristot teve de descartar 7,8 mil litros de leite. Ontem, o caminhão conseguiu coletar, mas não avançou nas estradas. As perdas que se acumulam estão fazendo a manifestação perder o apoio.

- A gente entende perfeitamente o movimento deles (caminhoneiros), mostraram que têm força e parcialmente foram ouvidos. Pediria sensibilidade ao leite, que é extremamente perecível. Para que possa ser escoado das nossas propriedades, porque cada dia que tu põe o leite fora, deixa o produtor ainda mais no vermelho - apelou Marcos Tang, presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), durante a cerimônia de posse da entidade para o período 2018-2020. (Zero Hora)

Empresa láctea da Arábia Saudita planeja investimento de US$ 2,8 bi em 5 anos

A Almarai, da Arábia Saudita, maior companhia de lácteos do Golfo, planeja gastar 10,6 bilhões de reais (US$ 2,8 bilhões) em investimento de capital sob um plano de negócios de cinco anos visando aumentar sua eficiência e expandir sua presença geográfica.

O investimento para o período de 2019 a 2023 será financiado através de um fluxo de caixa operacional crescente, financiamento bancário, programas locais e internacionais, bem como o Fundo de Desenvolvimento Industrial da Arábia Saudita e o Fundo de Desenvolvimento Agrícola, disse a empresa. "Dadas as persistentes condições econômicas desafiadoras em toda a região, o foco em medidas de eficiência e otimização de custos continuará durante todo o período do plano para garantir vantagem competitiva contínua", disse a empresa em um comunicado.

As empresas de bens de consumo e varejistas da Arábia Saudita sofreram com a combinação da introdução do imposto sobre valor agregado, preços mais altos de energia e um frágil mercado de trabalho que restringiu os gastos do consumidor. A Almarai e outros exportadores sauditas também foram afetados pelo corte do mercado do Catar como resultado de um conflito diplomático entre o país e a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito.
A Almarai disse que seu investimento se concentrará na substituição de ativos existentes, melhoria da produção dentro de fazendas e fábricas, instalações de distribuição e transporte, ampliação de sua área geográfica e inovação de produtos. (As informações são da Reuters, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Produção orgânica de leite é tema de curso da Embrapa

Leite orgânico - A Embrapa está oferecendo o curso Pecuária Leiteira Orgânica, que será realizado durante dois dias por mês, de junho a outubro, na Embrapa Sudeste em São Carlos (SP), e na Fazenda Nata da Serra em Serra Negra (SP). A Secretaria de Inovação e Negócios (Escritório de Campinas) da Embrapa firmou parceria com o Laticínio Nata da Serra para oferecer o curso, cujo objetivo é tratar de métodos sustentáveis no manejo pecuário e capacitar para atividades de produção e assistência técnica.

O curso será realizado em cinco módulos (um por mês), abrangendo tópicos, como manejo de pastagens, aspectos sanitários, ambiência animal, planejamento da propriedade, produção e conservação de forragens ministrados por profissionais da Embrapa, do Laticínio Nata da Serra e de parceiros de instituições públicas e privadas. A capacitação inclui o gerenciamento dos recursos naturais, a solução de problemas agropecuários, a conciliação da produtividade com conservação ambiental e a avaliação socioeconômica e ecológica do sistema orgânico de produção.

O curso inclui, além do conhecimento científico, a prática do campo, vivenciando o manejo na fazenda Sula do Laticínio Nata da Serra que produz nesse sistema há 20 anos. O público-alvo do curso de Pecuária Leiteira Orgânica é formado por produtores, agrônomos, zootecnistas, veterinários, técnicos agrícolas, empresários, administradores, comerciantes, biólogos e por quem mais tiver interesse.

As empresas Nestlé, e Socil do Grupo Neovia são patrocinadoras do Curso Pecuária Leiteira Orgânica e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Fundação Mokiti Okada, Gold Seeds Agronegócio Ltda e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apoiam o evento. Inscrições abertas, informações adicionais sobre o curso na Embrapa Pecuária Sudeste (16) 3411-5754 (Mapa)

 

Piracanjuba amplia linha Zero Lactose
A Piracanjuba amplia sua linha de produtos sem lactose com a Manteiga Piracanjuba com sal. O produto é acondicionado em embalagens de 200 gramas. A identidade visual do produto foi idealizada pela equipe de design interna da empresa. Outra novidade é o Doce de Leite Piracanjuba Zero Lactose, vendido em pote de 350 gramas. Em princípio, o doce de leite será comercializado apenas na Região Centro-Oeste do País. (Embalagem Marca)

 
 
 

Porto Alegre, 29 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.745

 

SEM RESPALDO PARA DOAÇÃO
Diante da crise causada pela mobilização dos caminhoneiros, que impede a chegada da matéria-prima às indústrias, obrigando o descarte de itens como leite, muitas pessoas questionam porque os agricultores não fazem doações. Embora não existam regras específicas vedando a distribuição, o consumo de leite cru é desaconselhado pelas autoridades. Não há como garantir a segurança sanitária, explica Leonardo Werlang Isolan, chefe do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul. O novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), publicado no ano passado, estabelece no artigo 354 que o leite cru não pode ser considerado para consumo humano.

- A gente não doa porque não pode - reforça Sarah Waihrich Salles, produtora em Júlio de Castilhos.

Ela tem produção diária de 11 mil litros de leite e, como a indústria para a qual fornece não está conseguindo chegar na propriedade, viu-se obrigada a colocar fora o alimento. Ontem, as indústrias seguiam com as atividades paralisadas porque, além da dificuldade em fazer o leite chegar até elas, enfrentam falta de outros insumos, como as embalagens e os produtos químicos para limpeza dos tanques.

- A situação continua crítica. Hoje, quando as indústrias ligam as máquinas, têm custo ainda maior, porque há pouco leite - conta Alexandre Guerra, presidente do Sindicado das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).

A entidade estima que, diariamente, são perdidos 8 milhões de litros de leite em razão dessa paralisação. Considerando desde a última quinta-feira, isso representa volume de 45 milhões de litros de leite. (Zero Hora)

 
 
Nota Oficial da FETAG-RS

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), desde o início da mobilização dos caminhoneiros manifestou apoio à pauta, por entender que essa era a mesma dos agricultores. O êxito obtido na reivindicação do diesel, por exemplo, atende a reivindicação da agricultura familiar.

No entanto, decorridos nove dias de paralisações, constatamos que a greve tomou um rumo que traz a perda de controle das mobilizações, passando a ter um foco político-ideológico. Mais de 100 mil famílias, que produzem leite, suíno, frango e hortifrutigranjeiros estão perdendo toda a produção. Diante deste contexto, a FETAG-RS não pode mais concordar com uma manifestação que traz prejuízos desta magnitude para os agricultores. Assim, a ORIENTAÇÃO da FETAG-RS, neste momento, é que haja serenidade e que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais retirem o apoio das mobilizações.

A FETAG-RS conclama ao comando das mobilizações para desobstruir a passagem de caminhões com produtos dos agricultores, além de insumos e rações para que a indústria possa retomar a produção.

A FETAG-RS entende que não pode colocar produtor contra produtor e o prejuízo para a agricultura familiar está muito grande e sem precedentes.     Então, a partir de agora, a FETAG-RS orienta para a retirada de apoio à greve  dos caminhoneiros, enquanto não for normalizada a passagem da produção dos agricultores.     Os agricultores não podem pagar a conta da incompetência dos nossos governos e de uma mobilização sem controle. (FETAG)

 
 
Como ficam os lácteos em um ranking de marcas globais?

A Kantar Worldpanel publicou seu relatório Brand Footprint, um Ranking Global das Marcas aos Consumidores Mais Escolhidas. O relatório de 32 páginas abrange mais de 18.000 marcas em todo o mundo e cobre mais de 350 bilhões de decisões de compradores. Na introdução do material, Josep Montserrat, CEO da Kantar Worldpanel, disse: "Temos visto uma tendência de players locais ganharem participação de seus concorrentes globais nos últimos anos, e isso continuou em 2017".

"As marcas locais tendem a adaptar-se às necessidades e tendências do mercado, e os ganhos de penetração mais altos são mais fáceis. Até mesmo pequenos ganhos, na aparência, são significativos". Montserrat observou que cada 0,1% ganho por marcas locais vale US$ 500 milhões". 

Lácteos se tornam locais
No setor lácteo, apenas 20% dos gastos foram em marcas globais, a menor de todas as categorias, o que significa que os players menores são mais significativos no setor.
A Danone manteve sua posição no número 20 entre os 50 melhores do ranking mundial para 2017, enquanto a Yakult também manteve seu lugar em 48.
Na seção de e-commerce, a Yoplait ficou em quinto lugar com 9,3% do total de CRPs on-line, com o sorvete Wall's em 13º (6,8%) e a marca Activia em 16º (5,6%).
Em termos de classificações globais de fabricantes, várias empresas com divisões e produtos lácteos fazem parte da lista, com a Unilever no topo com 36 bilhões de CRP. A Nestlé ficou em segundo lugar (12,4 bilhões), com a PepsiCo (10,5 bilhões) e a Coca-Cola (9,7 bilhões) em quarto e quinto, respectivamente. A Danone (oitava, 4,6 bilhões), a KraftHeinz (nona, 3 bilhões) e a ReckittBenckiser (11ª, 1,9 bilhão) têm conexões com lácteos.

Dez países onde os lácteos locais são top
As empresas de lácteos se saem bem globalmente quando se trata de ser a marca líder em alguns países. Embora nem todos os países sejam abrangidos pelo relatório, as empresas de lácteos estiveram entre as principais marcas em 10 países: Portugal (Mimosa), Peru (Glória), Bolívia (Pil), Colômbia (Colanta), Grécia (NoyNoy), Polónia (Mlekovita), China (Yili), Vietnã (Vinamilk), Tailândia (Dutch Mill) e Arábia Saudita (Almarai).

Diversas marcas de lácteos e alternativas aos lácteos também estão presentes no relatório, incluindo a brasileira Piracanjuba, Arla, Alpro, Nutri (Equador) Armonía (Argentina), Dano (Nigéria), Juhayna (Egito) e Cremora (África do Sul). (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Uruguai - Abate recorde de vacas de leite

Vacas de leite/Uruguai - O abate de vacas leiteiras alcançou um número recorde no último ano móvel. No acumulado de maio 2017 a abril 2018 foram enviadas para abate 77.652 vacas de leite, o máximo para 12 meses, pelo menos desde 2010. O dado mensal de abril mostra o maior descarte de vacas leiteiras, 7.264 cabeças, segundo dados do INAC. Foi um saldo de 46% em relação a um ano atrás, quando foram abatidas 4.966 animais. No acumulado do ano, até abril, já são 24.647 cabeças, 36% a mais em relação às 18.064 descartadas de janeiro a abril de 2017. (Blasina y Asociados - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 
 
 

Holanda - Previsão do preço do leite para 2028
Preços futuros - A previsão do preço em longo prazo é importante para elaboração de orçamentos e projetos de investimentos, bem como fazer cálculos para assistência social a trabalhadores independentes. Houve aumento de € 1,00 em comparação com a projeção feita no ano passado. Os custos também deverão subir em decorrência de medidas relacionadas à sustentabilidade e meio ambiente. O valor, que inclui o preço do leite e bonificações, foi estabelecido com base nas expectativas da Comissão Europeia e estimativas elaboradas por um painel de especialistas que contou com representantes de bancos, de entidades do setor agropecuário, profissionais de contabilidade e finanças, além do governo. É verdade que cada vez mais variáveis afetam o cálculo, mas, existe método que já vem sendo utilizado há anos. Consiste no preço médio à vista dos últimos três anos. Com um desvio padrão de mais ou menos € 3,00 por 100 kg de leite, a média encontrada para o preço do leite em 2028 será de € 35,50/100 kg, [R$ 1,57/litro]. (Agri-web - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Apesar das Medidas Provisórias (MPs) publicadas ainda na noite de domingo (27/5) pelo presidente Michel Temer com concessões aos caminhoneiros, diversas cargas seguem retidas nas estradas do Rio Grande do Sul, entre elas caminhões tanque de leite cru e insumos para as indústrias. Diante da grave situação, o Conselho Paritário de Produtores e Indústrias (Conseleite/RS) e seus associados manifestam sua consternação com a continuidade dos bloqueios de cargas.

Apesar do acordo que prevê retomada do transporte de produtos, pouco se viu de efetivo na manhã desta segunda-feira (28/5), o que torna crítica a situação financeira de 65 mil famílias que vivem do leite no Rio Grande do Sul. A cada dia, perde-se cerca de 8 milhões de litros de leite, o que é fonte de sustento para 300 mil pessoas sem contar o efeito cascata da falta desses recursos nas economias municipais.

O Conseleite alerta que a demora na retomada da produção industrial e da coleta de leite no campo pode levar ao colapso financeiro centenas de tambos gaúchos que já enfrentavam, desde antes da greve, a pior rentabilidade da atividade em anos. Consciente de seu papel pelo desenvolvimento do setor lácteo e de todo o Rio Grande do Sul, o Conseleite conclama os líderes do movimento grevista e os próprios caminhoneiros a se solidarizem com o setor, viabilizando a chegada, o mais rápido possível, de insumos aos laticínios para que, tão logo as plantas fabris estejam reabastecidas, a captação de leite possa ser retomada a pleno.

Pedrinho Signori, presidente do Conseleite e secretário-geral da Fetag

Alexandre Guerra, presidente do Sindilat

Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Leite da Farsul

Sergio Luiz Feltraco, diretor executivo da Fecoagro

Foto: Leonardo Benassatto/Reuters

 

 
 
 

Porto Alegre, 28 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.744

 

MPs são publicadas, mas cargas seguem retidas no RS
 
Apesar das Medidas Provisórias (MPs) publicadas ainda na noite de domingo (27/5) pelo presidente Michel Temer com concessões aos caminhoneiros, diversas cargas seguem retidas nas estradas do Rio Grande do Sul, entre elas caminhões tanque de leite cru e insumos para as indústrias. Diante da grave situação, o Conselho Paritário de Produtores e Indústrias (Conseleite/RS) e seus associados manifestam sua consternação com a continuidade dos bloqueios de cargas.

Apesar do acordo que prevê retomada do transporte de produtos, pouco se viu de efetivo na manhã desta segunda-feira (28/5), o que torna crítica a situação financeira de 65 mil famílias que vivem do leite no Rio Grande do Sul. A cada dia, perde-se cerca de 8 milhões de litros de leite, o que é fonte de sustento para 300 mil pessoas sem contar o efeito cascata da falta desses recursos nas economias municipais.

O Conseleite alerta que a demora na retomada da produção industrial e da coleta de leite no campo pode levar ao colapso financeiro centenas de tambos gaúchos que já enfrentavam, desde antes da greve, a pior rentabilidade da atividade em anos. Consciente de seu papel pelo desenvolvimento do setor lácteo e de todo o Rio Grande do Sul, o Conseleite conclama os líderes do movimento grevista e os próprios caminhoneiros a se solidarizem com o setor, viabilizando a chegada, o mais rápido possível, de insumos aos laticínios para que, tão logo as plantas fabris estejam reabastecidas, a captação de leite possa ser retomada a pleno. 

 
Pedrinho Signori, presidente do Conseleite e da Fetag

Alexandre Guerra, presidente do Sindilat

Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Leite da Farsul

Sergio Luiz Feltraco, diretor executivo da Fecoagro (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Prejuízos milionários
A imagem da foto sintetiza a situação da maior parte das indústrias de leite no Estado. As máquinas estão paradas, sem operar. E não é apenas pela dificuldade de recolher leite nas propriedades. Faltam outros materiais, como embalagens e produtos químicos para a limpeza das instalações. Ao mesmo tempo, os estoques estão abarrotados. Isso significa que, mesmo com a normalização da coleta, só será possível retomar o processamento quando essa carga for despachada. - Enquanto não houver uma solução sistêmica, não conseguiremos captar o leite que está nas propriedades. 
 
A primeira necessidade hoje é tirar estoques de dentro das fábricas. As ações pontuais de liberação são meramente paliativas - afirma Guilherme Portella, diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da Lactalis do Brasil. Na Cooperativa Santa Clara (foto), a linha de leite UHT segue sem atividade. O volume que precisa ser descartado começa a aumentar. Estimativa do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), com base na quantidade que deixou de ser recolhida, é de que 32 milhões de litros de leite foram perdidos. - É muito leite fora, muito prejuízo. Cada dia piora, quem tinha condições de segurar a produção, não consegue fazer isso por cinco, seis dias - lamenta Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS). Há regiões em que os produtores foram para a frente das indústrias, na tentativa desesperada de conseguir entregar o leite. Mas com outros insumos em falta, nem isso viabiliza a operação. (Zero Hora)
 
 
Rentabilidade negativa nas fazendas

Rentabilidade/AR - Segundo cálculos do Departamento de Economia do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) divulgados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), a rentabilidade média ponderada de todas as regiões leiteira foi em fevereiro, março, e abril passados, -0,1%, -0,2%, e -03%, respectivamente, contra 2,4%, 2,5% e 3%, nos mesmos meses de 2017.

Segundo o boletim do INTA, o custo de produção de leite é de 6,27 pesos (média ponderada) para abril de 2018, e o preço pago ao produtor ao nível nacional segundo a agroindústria foi de 6,12 pesos por litro. Deve-se levar em consideração que as condições das forragens, soja e milho não são as ideias na Argentina e no Uruguai, e logicamente impacta diretamente no aumento dos custos. No entanto, a produção de leite continua crescendo em abril, totalizando 776 milhões de litros.

A produção de leite no Brasil diminuiu, em parte devido ao fechamento de pequenas e médias propriedades, principalmente me decorrência de preços baixo do leite e também pela elevação dos custos de produção. No Chile, a produção de leite, não é suficiente para atender as necessidades das indústrias. Consequentemente a importação de lácteos está crescendo, principalmente a procedente dos Estados Unidos, e deve aumentar no segundo trimestre. As importações dos Estados Unidos para o Chile não estão sujeitas a tarifas alfandegárias, graças ao Acordo de Livre Comércio Transpacífico (TPP). Os preços de exportação do leite em pó desnatado aumentaram ligeiramente na América do Sul, permanecendo, significativamente,  mais altos do que os valores da Europa e da Oceania. (ON24 - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 21/2018 de 24 de maio de 2018

Leite/América do Sul - A produção nas fazendas está entre estável e aumentando na Argentina, com o clima sendo mais favorável e um melhor conforto animal. 
A produção de janeiro a abril de 2018 subiu 9,38%, de acordo com informações governamentais, quando comparada com o mesmo período de 2017. Ao contrário do que ocorreu no ano passado, a oferta de leite cru é mais do que suficiente para atender as necessidades da indústria. Mesmo com crescimento da oferta de leite cru, os preços também estão elevados incentivando os produtores a manterem a produção em alta. O mercado para a matéria gorda continua firme, mesmo com melhoria da oferta. No Uruguai a produção vem melhorando continuamente, dentro dos padrões sazonais de outono, atendendo adequadamente as necessidades das indústrias. A maior parte do creme já está comprometida para atender contratos já firmados. Assim, várias indústrias estão tendo dificuldades em encontrar manteiga no mercado spot. No entanto, existe boa movimentação na fabricação de queijo e empacotamento de leite fluido.

No Brasil, a chuva voltou nos principais estados produtores de leite, dificultando a produção em muitas fazendas. No entanto, esta humidade está beneficiando a qualidade das pastagens e o milho da segunda safra. De um modo geral, no entanto, a oferta de leite cru está menor do que as necessidades de processamento, exceto para o leite fluido e queijo. As importações brasileiras de lácteos dos países vizinhos voltaram a subir. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 

França reduz suas importações de leite em 45% devido ao programa 'Made in France'
Os consumidores franceses preferem leite que vem da França. Essa preferência permitiu que entre 2015 e 2017, as importações de leite na França caíssem 45%. Este intervalo de tempo é o período em que a rotulagem da origem do leite esteve em vigor, como mostrou a Syndilait, que é uma organização profissional que reúne a maioria dos fabricantes de leite na França. O "Made in France" é um ativo para o leite fluido. Para 8 em cada 10 franceses, a origem francesa é garantia de qualidade, segundo uma pesquisa realizada pela organização francesa, CNIEL em 2017. O logótipo "Leite recolhido e embalado na França" foi lançado em 2014. Atualmente está presente em mais de 60% das garrafas e caixas comercializadas na França. A Syndilait argumentou que o preço mínimo pelo qual um litro de leite deveria ser vendido seria de 1 euro (US$ 1,17), valor que permitiria que a cadeia de produção fosse reavaliada e isso não causaria tanta surpresa ao consumidor como alguns querem fazer crer. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)