Pular para o conteúdo

08/05/2015

piracanjuba 200Quando uma onda de aquisições chegou ao setor de lácteos nos já distantes anos 2007 e 2008, os irmãos César e Marcos Helou, donos do goiano Laticínios Bela Vista decidiram que precisavam traçar um plano de crescimento para a empresa, fundada em 1955, na cidade de Piracanjuba (GO). Era isso ou virar alvo. "Decidimos fazer um plano de crescimento, tomando três atitudes: deixar de fazer marca própria [para terceiros], focar na nossa marca e fazer uma nova profissionalização da empresa", conta Cesar Helou, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Essa estratégia de crescimento incluía, segundo ele, ter fábricas no Sul e no Estado de Minas Gerais, principal bacia leiteira do país, e "quem sabe" no Nordeste. Quase oito anos depois, o Bela Vista, dono da marca Piracanjuba, tem hoje, além da unidade em Bela Vista de Goiás, a principal da empresa, fábricas em Maravilha (SC) e em Governador Valadares (MG). A fábrica no Nordeste não está mais nos planos.

Com os investimentos nessas novas unidades, que somaram R$ 150 milhões nos últimos quatro anos, o Laticínios Bela Vista foi uma das empresas que mais ampliaram a captação de leite para processamento no país em 2014. De acordo com a Leite Brasil, a companhia ficou em quarto lugar no ranking dos 13 maiores laticínios do país no ano passado, com 1,032 bilhão de litros de leite adquiridos, 24,6% acima dos 828,6 milhões de 2013. A previsão para este ano, segundo Helou, é de um aumento mais modesto na captação, na casa dos 5%.

Capacidade instalada para ser utilizada a companhia tem, mas o gargalo é a oferta de leite, que deve ser menor este ano nas regiões de Minas Gerais e Goiás, onde estão duas das fábricas da empresa, por conta da seca que afetou as pastagens. "Quando fizemos o orçamento em 2014, achávamos que o crescimento seria de 20%, mas com a seca refizemos a previsão", lamenta.

Helou afirma que a captação da matéria¬-prima pela empresa cresceu nos últimos anos para atender o aumento expressivo da capacidade de produção por conta das duas novas fábricas inauguradas em 2011 (Maravilha) e 2014 (Governador Valadares). A empresa também investiu em produtos de maior valor agregado, como leite sem lactose lançado em 2013. Com as três fábricas, a capacidade de processamento do Bela Vista hoje é de 4,310 milhões de litros de leite por dia, mas a produção média está em 2,827 milhões de litros diários, reflexo da oferta ajustada de matéria¬-prima por causa do clima. Desde 2010, o laticínio mais do que dobrou a capacidade de processamento, que era de 2,050 milhões de litros por dia quando apenas a unidade goiana existia.

A maior produção ¬ e a aposta em itens como leite sem lactose ¬ garantiram um crescimento importante na receita da companhia nos últimos anos, segundo Helou. O faturamento avançou 60% de 2012 para 2013 e mais 20% no ano passado, quando alcançou R$ 2,090 bilhões líquidos, informa. A previsão é de novo aumento este ano, entre 20% e 25%. "O crescimento na receita deve ser maior que o da captação principalmente por causa dos produtos de maior valor agregado", avalia.

Com 30% da receita da empresa proveniente de leite longa vida, Helou considera que mesmo com as incertezas na economia brasileira é possível atingir o incremento de até 25%, uma vez que todo o restante do faturamento da Piracanjuba é de produtos de maior valor agregado. Conforme Helou, o Bela Vista tem atualmente uma fatia de 40% do mercado de leite sem lactose, que é de 100 milhões de litros no país. "O consumidor procurava por produtos sem lactose", diz, para justificar a aposta.

Neste ano, a empresa fez seis lançamentos na linha de produtos sem lactose, entre os quais doce de leite, creme de leite e leite condensado. O Laticínios Bela Vista também está relançando a marca Leitbom no mercado. O ativo foi adquirido no ano passado da LBR ¬Lácteos Brasil, que está em recuperação judicial.

De acordo com Cesar Helou, o Laticínios Bela Vista deve investir outros R$ 80 milhões este ano. Os recursos serão utilizados na instalação de estruturas para o tratamento de efluentes, na construção de um novo escritório central e em equipamentos. (Valor Econômico)

08/05/2015

pia 200Depois de concluir, há pouco mais de um ano, investimentos de R$ 60 milhões na ampliação da capacidade de processamento de frutas e na duplicação da produção de lácteos fermentados (iogurtes líquidos e cremosos), a cooperativa Piá, de Nova Petrópolis (RS), iniciou uma ofensiva sobre o mercado paulista. A meta é elevar a participação do Estado de São Paulo para 10% das vendas no fim deste ano, ante os 3% atuais, disse o gerente de marketing Tiago Haugg.

A estratégia é focada na região metropolitana de São Paulo, na região de Campinas e na Baixada Santista e o avanço nesses mercados vai contribuir para aumentar o faturamento total da Piá dos R$ 653 milhões de 2014 para R$ 750 milhões neste ano, afirmou o gerente. Até agora, cerca de 70% das vendas da cooperativa se concentram no Rio Grande do Sul e o restante se divide entre Santa Catarina, Paraná e a capital paulista.

Conforme Haugg, em São Paulo os produtos da Piá podem ser encontrados no supermercado Zaffari, que tem sede no Rio Grande do Sul, e em lojas menores como a Casa Santa Luzia. Agora foram contratados representantes exclusivos no setor de produtos lácteos para alcançar tanto as grandes redes de supermercados quanto empórios, padarias e pequenos mercados de bairro, informou o executivo.

O plano da cooperativa, que nesta semana participou pela primeira vez com um estande na feira anual da Associação Paulista de Supermercados (Apas), é colocar no mercado paulista praticamente todo o portfólio. A lista inclui leite UHT, leites especiais sem lactose, creme e doce de leite, leite condensado, iogurtes, bebidas lácteas, queijos, requeijões, doces e geleias de frutas.

"Temos o domínio de toda a cadeia porque recebemos as frutas e o leite diretamente dos nossos associados", disse. Os produtos industrializados serão transportados com frota própria até São Paulo e repassados a distribuidores para entrega nos pontos de venda.

Fundada em 1967, a Piá começou a processar leite em 1972 e tem 18 mil associados. Conforme Haugg, a cooperativa é líder no mercado de iogurtes na região Sul e tem uma participação de 38,5% na região metropolitana de Porto Alegre no segmento, de acordo com pesquisa de 2014 da Nielsen.

A Piá tem capacidade para processar 600 mil litros de leite por dia e produzir 3 mil toneladas de fermentados por semana. No fim de 2013, a linha de industrialização de frutas foi ampliada de 12 mil para 60 mil toneladas por ano. (Valor Econômico)

07/05/2015

expointerFoi definida a programação da Feira Expoleite Fenasul, dias 27 a 31, no Parque Assis Brasil, em Esteio. Participarão exemplares das raças Holandês, Jersey, Girolando, Gir Leiteiro, Angus (bovinos de corte), Árabe e Mangalarga (equinos). Haverá a 13ª Feira do Terneiro, Terneiras e Vaquilhonas com a 4ª Feira de Ventres Selecionados. As inscrições dos animais para julgamento e provas serão recebidas até o dia 15. A novidade fica com o espaço Mundo do Leite, dentro do Pavilhão de Gado Leiteiro, voltado a proporcionar aos jovens estudantes contato com a realidade do segmento. Como a qualidade do leite está em discussão, serão importantes o 5º Simpósio Qualidade e Mercado, o 23º Seminário dos Secretários Municipais de Agricultura e o 3º Dia da Qualidade e Gerenciamento de Propriedades Leiteiras. Um trabalho está sendo feito junto às escolas da região para que levem seus alunos à feira. (Jornal do Comércio)

07/05/2015

jmJair da Silva Mello é Engenheiro Agrônomo, formado na Faculdade de Agronomia da Universidade de Passo Fundo/RS, com especialização em Produção Animal na mesma Universidade e no INTA Rafaela/Argentina. Tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV e Mestrado Profissional em Desenvolvimento Rural.

Sempre atuando no Agronegócio Cooperativo, ele desenvolveu diversas atividades e projetos, tanto na produção vegetal quanto na produção animal. Trabalhou na COTRIJUI até 2006, onde desempenhou desde a função de Extensionista e de Diretor de Produção Agropecuária.

Atualmente é Gerente da CCGL – Cooperativa Central Gaúcha Ltda., em Cruz Alta/RS, onde é o responsável pelo suprimento de leite à fábrica, pela área de difusão de tecnologias e pela organização junto as Cooperativas das metas e estratégias dos processos de compra e precificação.

Já tendo ministrado aulas em cursos de pós graduação e especialização, além de palestras em eventos de pecuária leiteira, Jair participará pela primeira vez do Interleite Sul, e entra para o portfólio de profissionais de sucesso que o MilkPoint reúne em seus eventos.

O gerente de Suprimento de Leite da CCGL será um dos destaques do evento, que será realizado em Foz do Iguaçu, PR, entre 18 e 19 de junho próximo, abordando o tema “Diretrizes e resultados de um programa de assistência técnica implantado pela industria” na manhã do dia 19 de junho.

Abaixo o MilkPoint entrevistou Jair para adiantar alguns pontos da palestra, confira:

MilkPoint: Nas últimas 2 décadas, a maior parte dos serviços de assistência técnica das empresas de laticínios (incluindo cooperativas) foi reduzida. Agora, parece haver um movimento contrário? Você concorda? Por quê?

Jair da Silva Mello: Concordo, porque somente uma assistência técnica de qualidade e eficaz é capaz de fazer o produtor crescer com renda e sustentabilidade. Quando as Cooperativas e empresas reduziram esse serviço, o produtor ficou a mercê do mercado, muito focado na relação comercial de compra e venda (preço) e a gestão ficou de lado.

MP: Quais os pilares do trabalho da CCGL nesse quesito?

JM: A CCGL está focada num trabalho que trás renda ao produtor, melhoria na qualidade de vida da família e sustentabilidade ambiental. Buscamos a melhoria contínua dos indicadores zootécnicos e econômicos, como: aumento na produtividade da vaca, produtividade da terra e da mão de obra, com redução no custo de produção e aumento de renda, via a utilização de tecnologias simples e que entregam resultado.

MP: O que, em sua opinião, fideliza o produtor ao laticínio?

JM: A relação clara de parceria e a confiança no negócio. Não é apenas preço, mas um trabalho com diferencial que agregue valor ao produtor.

MP: O RS passou por situações difíceis nos últimos anos, em função de denúncias de fraudes e problemas com empresas. O que isso vem gerando de mudanças no setor?

JM: Profissionalização da cadeia leiteira, com empresas sérias e produtores comprometidos, resultando em segurança e qualidade do leite produzido.

MP: Quem for ao Interleite Sul, em 18-19 de junho, sairá com que informações de sua apresentação, em linhas gerais?

JM: Poderá ver e ouvir sobre os resultados de um trabalho focado no produtor, na renda e na família, desenvolvido por Cooperativas. Resultados de produtores que irão permanecer e crescer na atividade, com profissionalismo, gestão e sucessão familiar.

07/05/2015

GD 20150501203547aftosaComeçou nesta sexta feira (01) mais uma campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. O ato oficial, foi realizado no município de Três de Maio, na propriedade do produtor Neri Schroer, na localidade de Lajeado Cachoeirinha e contou com a participação do governador José Ivo Sartori e do Secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo.

A Secretaria da Agricultura e Pecuária vai manter em 100% a aplicação dos recursos de R$ 8 milhões alocados em 2014 para o orçamento deste ano, destinados a aquisição de vacinas contra a febre aftosa para doação. Vão ser distribuídas vacinas gratuitas para produtores com até 30 animais enquadrados no Pronaf e PecFam – o que representa 78% dos pecuaristas. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a Febre Aftosa. Há 13 anos o Estado é livre da doença – último foco foi registrado em 2001. A campanha de imunização segue até o dia 31 de Maio. “É o Estado cumprindo seu papel de garantir a sanidade do rebanho gaúcho, uma vez que cerca de 80% dos pecuaristas estão sendo atendidos pela campanha” , disse o governador Sartori.

“É importante salientar que com este cumprimento dos recursos orçamentários, sem sofrer cortes, vamos atender a ampla maioria dos proprietários de bovinos do RS. Demos o pontapé inicial para a campanha, que, temos convicção, será bem sucedida. o produtor precisa estar atento as medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços no sentido de avançar em nosso status sanitário”, afirma o Secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo.(Secretaria da Agricultura)

06/05/2015

O resultado do leilão gDT desta terça-feira (05/05) apresentou queda de -3,5% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.515/tonelada.

O leite em pó integral teve queda de 1,8%, sendo cotado a US$ 2.386/tonelada. No acumulado dos últimos cinco leilões, o leite em pó integral caiu 27,1%, voltando aos níveis de preços verificados entre o final de 2014 e início de 2015.

O leite em pó desnatado apresentou queda ainda mais expressiva em seus preços (-7,5%), sendo cotado a US$ 2.048/tonelada. Esse é o menor valor da série nominal de preços do leite em pó desnatado desde que passou a participar do leilão GDT, no início de 2010.

Já o queijo Cheddar teve variação positiva nos preços, finalizando o leilão a US$ 3.012/tonelada, aumento de 9,1%.

Gráfico 1. Histórico de preços do gDT

gdtjr1
Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

O volume comercializado apresentou aumento de 6,9% com relação ao último leilão, com 27.369 toneladas vendidas. Na comparação anual, o volume vendido no leilão foi 28,3% menor.

Gráfico 2. Volumes comercializados vs. preços médios

gdtjr2

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

O preço médio dos produtos lácteos foi 36,3% menor do que em 2014, tendência que vem ocorrendo desde o final do primeiro semestre de 2014. Reflexo, principalmente, da desaceleração da demanda chinesa.

Gráfico 3. Histórico de variação com relação ao preço do ano anterior de preços do gDT

gdtjr3

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade.

06/05/2015

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o vice-presidente, Guilherme Portella, e o secretário executivo, Darlan Palharini, participaram, nesta quarta-feira (6/5), do lançamento do Plano de Defesa Agropecuária, no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff.

O Plano de Defesa Agropecuária foi entregue à presidente pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. Segundo o Mapa, o plano define estratégias e ações para evitar e combater a pragas nas lavouras e doenças nos rebanhos brasileiros.
O governo diz que, com o plano, o país promoverá o desenvolvimento sustentável do agronegócio, garantindo a preservação da vida e da saúde das pessoas e dos animais, a segurança alimentar e o acesso a mercados.

O PDA, acrescenta o Mapa, introduz um novo modelo de gestão eficiente, capaz de fortalecer uma ação conjunta em nível federal, estadual e municipal. O plano vai atualizar diversas normas sanitárias à realidade do agronegócio do país, além de adaptar procedimentos e capacitar ainda mais os técnicos a tomarem decisões na área sanitária com base em conhecimento científico e análise de risco, de acordo com o ministério.

foto
O Plano de Defesa Agropecuária está concebido para os próximos cinco anos, dividido em duas etapas. A primeira será executada até junho de 2016 e a segunda, até 2020.

No caso dos laticínios, a fiscalização deverá ser periódica, com alternância de fiscais e emissão de relatórios das empresas, o que modernizará o trabalho e dará mais garantia de qualidade e agilidade no processo. A fiscalização permanente e com fiscais fixos continuará sendo praticada nos frigoríficos de bovinos, suínos e aves.

Seis pontos principais alicerçam o PDA, conforme o Mapa:

1. Modernização e desburocratização: informatizar e simplificar processos a fim de agilizar a tomada de decisões e reduzir em 70% o tempo entre a solicitação de um registro e sua análise final.
2. Marco regulatório: atualizar a legislação vigente e padronizar diretrizes que atualmente estão contrapostas nas diversas esferas federativas. Criar condições necessárias para a instituição de um Código de Defesa Agropecuário.
3. Suporte estratégico: com apoio das universidades, desenvolver a técnica de análise de risco para pragas e doenças. Assim, reduzir em 30% os custos da defesa agropecuária.
4. Sustentabilidade econômica: levantar o custo da defesa agropecuária a fim de projetar os valores reais necessários para a área. Disponibilizar recursos para convênios com as 27 unidades da federação e regulamentar o Fundo Federal Agropecuário.
5. Metas de qualidade: modernizar o parque de equipamentos tecnológicos e ampliar programas de controle e erradicação de pragas e doenças, como febre aftosa, influenza aviária, peste suína clássica, mosca das frutas, brucelose e tuberculose, entre outras.
6. Avaliação e monitoramento do PDA: secretarias estaduais e municipais, órgãos da agricultura e o Mapa acompanharão o cumprimento das cinco metas. Para isso, serão criados comitês regionais e canais de comunicação com Fiscais de Defesa Agropecuária.
*com informações da Assessoria de Comunicação Social do Mapa

05/05/2015

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de cerca de 19 milhões de dólares em abril, mais que o dobro do déficit apresentado em março, que havia sido de 8,7 milhões de dólares.

As importações cresceram de forma modesta, 1,5% (US$ 37,6 milhões), mas o principal fator que causou o aumento do déficit foi a queda das exportações, que diminuíram 34,5%, caindo de 28,3 milhões de dólares em março para 18,6 milhões de dólares em abril.

Tabela 1: Balança Comercial de Lácteos – Abril de 2015

bc01

Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Os produtos que tiveram maior diminuição no valor exportado foram o leite em pó integral (-30%) e o leite condensado (-54%). Juntos, ambos produtos foram responsáveis por uma redução de US$ 9 milhões nas exportações de lácteos do Brasil.

Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$16,1 milhões, +4,9% no valor importado), leite em pó desnatado (US$ 8,4 milhões, -25,9%) e queijos (US$ 7,5 milhões, +25,5%).

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (57,7%), seguido por Argentina (38,7%) e alguns volumes trazidos do Chile (3,6%).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 93,3 milhões de litros em abril, queda de 1,1% sobre março. Já as exportações em equivalente-leite tiveram queda de 34,7%, totalizando 30,7 milhões de litros.

Gráfico 1: 2015 x 2014 x 2013 - Importações em equivalente leite (milhões litros/mês)

bc2

Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Gráfico 2: 2015 x 2014 x 2013 - Exportações em equivalente leite (milhões litros/mês)

bc3

Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

05/05/2015

6Após divulgar que apenas 25% dos imóveis rurais do país foram registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) até 2 de maio deste ano, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou segunda-feira (04/05) que a data para adesão será prorrogada para 5 de maio 2016, ampliando o prazo para os produtores rurais que não conseguiram se inscrever.

Segundo o novo Código Florestal, de 2012, os agricultores teriam até essa terça (05/05) para cadastrar seus imóveis rurais no sistema do CAR (Siscar), mas a possibilidade de prorrogação por mais um ano também estava prevista na lei.

A decisão da ministra do Meio Ambiente foi formalizada em portaria assinada ontem e que será publicada na edição do Diário Oficial da União de hoje.

O governo vinha sendo pressionado nos últimos dias por várias entidades do agronegócio que pediam mais tempo para os agricultores que ainda não concluíram o processo. O Ministério do Meio Ambiente recebeu 48 pedidos de secretários de meio ambiente, produtores, Ministério Público e bancadas parlamentares para que a data final fosse estendida.

O MilkPoint divulgou aqui que na última quinta­-feira, 30 de abril, um decreto da presidente Dilma Rousseff já havia autorizado à ministra Izabella Teixeira a prorrogar os prazos do CAR. Antes, essa competência era da Presidência da República.

O Serviço Florestal Brasileiro também informou ontem que apenas 52,8% das áreas de imóveis rurais passíveis de cadastro foram inseridas no Siscar, o equivalente a 196,7 milhões de hectares. Ao todo, foram cadastrados 1,4 milhão de imóveis rurais até o último dia 2 de maio.

A ministra ainda informou que somente entre a quinta-­feira, 30 de abril, e o sábado, 2 de maio, o sistema do CAR recebeu a adesão de 30.753 hectares de propriedades rurais. O total de área passível de cadastro no país, porém, é de 373 milhões de hectares.

Segundo Izabella Teixeira, apesar de o governo ter comemorado o fato de 65% dos assentamentos de reforma agrária do país terem aderido ao CAR, a maior dificuldade de cadastro é em pequenas propriedades rurais, onde o governo pretende fazer um trabalho especial para incentivar a adesão. Isso porque dentro do universo de imóveis passivos de cadastro o maior número é de pequenas propriedades.

Dentre todos os imóveis cadastrados no Siscar, o maior porcentual de adesão está entre os de até 100 hectares, que correspondem a 82,8% das propriedades cadastradas. O Estado com a maior adesão proporcional à sua área passível de cadastro é o Mato Grosso, com um índice de 99%. O Estado tem propriedades de grande porte e é o maior produtor nacional de soja.

A menor adesão veio do Estado do Rio Grande do Sul, que mostrou desempenho inferior a 1% em hectares cadastrados.

Contudo, a região com o melhor indicador de adesão ao CAR foi a Norte, onde foram inscritas 70% das áreas passíveis de cadastro.

"Considerando 2014 como um ano muito complexo do ponto de vista político, um ano de eleições, tivemos um bom desempenho no CAR", afirmou a ministra juntamente com o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário. "A expectativa é que ainda em 2015 possamos ter a adesão de 100% das propriedades", acrescentou.

As informações são do Jornal Valor Econômico.

05/05/2015

IMG 9086A importação de produtos lácteos está ameaçando e preocupando a cadeia produtiva do setor. Por isso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, está em Brasília levando o assunto ao conhecimento de deputados e senadores nesta terça e quarta-feira (05 e 06). Ao mesmo tempo, o dirigente está solicitando esforços das autoridades para a abertura de novos mercados aos lácteos brasileiros, na condição de contrapartida de acordos comerciais. Estão na mira do setor lácteo nacional países como México, Rússia, Venezuela e Colômbia.

Conforme números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil importou 28,8 milhões de quilos de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2015, contra 22,4 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 28%, representando 6,4 milhões de quilos). Já as exportações de leite e lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. No primeiro trimestre de 2014, o país exportou 21,7 milhões de quilos e, no mesmo período em 2015, apenas 13,9 milhões de quilos (queda de 36%, equivalendo a 7,8 milhões de quilos).
Analisando a balança comercial, vê-se que entraram no país 14 milhões de quilos a mais de produtos do exterior para concorrer com a produção nacional de lácteos. Esse volume corresponde a 18 dias de produção do Rio Grande do Sul.

Outro dado impactante refere-se às importações de leite em pó integral e desnatado, que foram de 8,9 milhões de quilos no primeiro trimestre de 2014 e 19,8 milhões de quilos nos três primeiros meses deste ano – aumento de 122%. Quer dizer, nesse item, o volume importado muito mais que dobrou.

O Sindilat entende a existência e o funcionamento do mercado internacional, mas acredita também que o setor produtivo e o Poder Público têm de avaliar formas de proteção da produção nacional. Afinal, por trás dessa produção, no caso do Rio Grande do Sul, há cerca de 120 mil famílias de produtores de leite (1,2 milhão, tratando-se do país) e laticínios de todos os portes que estão lutando para superar um mau momento de preços e de rentabilidade.

Entre outros políticos, o SINDILAT contatou em Brasília O Deputado Federal Luiz Carlos Hainze, PP-RS (foto).