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Porto Alegre, 15 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.060

 

Com a palavra, os especialistas

Caberá a um grupo de 25 especialistas, do Brasil e do exterior, analisar informações do levantamento das áreas de risco de febre aftosa no Rio Grande do Sul. Com os nomes ainda mantidos em sigilo, estão entre eles veterinários, servidores públicos e pecuaristas, que irão responder a um questionário durante a segunda quinzena de junho. O relatório final, a ser entregue até o começo de 2016 para o governo gaúcho, irá embasar a decisão do Estado de optar ou não pela retirada da vacinação contra a doença.

"Eles vão avaliar as variáveis que fazem parte do modelo de risco, dizer se elas estão adequadas e qual o peso de cada uma", explica Diego Viali dos Santos, fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e um dos coordenadores da pesquisa, realizada a pedido do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Os nomes foram escolhidos por uma técnica conhecida como snowball (em português, bola de neve).

Ou seja, um grupo de especialistas seleciona outros nomes, baseado em uma série de requisitos. De acordo com Santos, trata-se de um corpo heterogêneo, com integrantes do Rio Grande do Sul e de outros estados, assim como do Uruguai e da Argentina.
 

O grupo terá a missão de avaliar um conjunto de 60 variáveis, já elencadas, que podem indicar se uma região corre o risco de apresentar um foco da doença. Entre as principais, estão a densidade de bovinos, de suínos, distância da fronteira e movimentação de animais. Caberá ao grupo técnico conferir o devido peso a cada variável. Uma espécie de "média" com a opinião dos especialistas irá constar no relatório final.

Conforme Santos, o objetivo do estudo é colocar à disposição do Estado uma ferramenta que poderá justificar a decisão sobre o futuro da vacinação, apontando as regiões onde é necessário fortalecer as ações de defesa sanitária. Para acessar a matéria na íntegra, clique aqui.

 
 
 
Avanço em bloco ainda distante

Embora esteja em discussão pelos estados que compõem o Codesul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul), o encaminhamento de um avanço sanitário em conjunto é visto como difícil de ser alcançado segundo o secretário de Agricultura do RS, Ernani Polo, que nesta semana discutiu o tema com seus colegas que compõem o Conselho. "Cada um tem situações e realidades diferentes, talvez não seja possível", considera. Os quatro estados, porém, trabalham na elaboração de um diagnóstico sobre a situação da defesa sanitária em cada território. O resultado será apresentado em 90 dias. Coordenador da Comissão de Agricultura do Codesul, Polo afirma que também seria importante que o Ministério da Agricultura envolvesse Uruguai e Argentina na discussão sobre a defesa sanitária, para analisar com estes dois países o possível avanço no status.

Para o veterinário Luiz Alberto Pitta Pinheiro, assessor técnico da Farsul, a análise de risco em andamento deve contemplar toda a região, o que não significa que todos os estados devem tomar posição no mesmo momento. Ele ressalta ainda que a mudança no status altera o trânsito de animais, já que na região que suspende a vacina não poderão mais entrar animais vacinados. "Por outro lado, o setor da suinocultura tem restrições de mercado pelo uso da vacina nos bovinos", pondera. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui

 
 
Auditoria em meio a controvérsia

Se no Rio Grande do Sul a decisão sobre a retirada da vacina ainda está longe de ser tomada, no Paraná a auditoria de técnicos do Ministério da Agricultura já está em andamento. Com um rebanho de 9,1 milhões de cabeças, o Estado irá passar por um "pente fino" antes de formalizar o avanço do status sanitário à Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE). "Eles (técnicos do ministério) estão vindo aqui avaliar a condição do Paraná no controle da fiscalização do trânsito, na reforma dos nossos postos, fiscalização volante e recursos humanos", explica o diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adriano Riesemberg. Uma segunda etapa da auditoria será feita em setembro. Se tudo correr bem, a estimativa do Paraná é de que até 2017 o Estado tenha em mãos o certificado de livre de aftosa sem vacinação.

Conforme Riesemberg, os três estados da região Sul estão em uma mesma situação sanitária e seria interessante que compartilhassem o status. Porém, os estados que mais preocupam são Mato Grosso do Sul e São Paulo, que embarcam mais terneiros para o território paranaense. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui

Receita ficou abaixo do esperado
A Secretaria Estadual da Fazenda está realizando reuniões diárias para acompanhar a movimentação do fluxo de caixa. No primeiro quadrimestre do ano, a receita ficou abaixo do estimado. O ingresso de recursos sem contabilizar operações de crédito, mas apenas de tributos como ICMS e IPVA, ficou em cerca de R$ 13,1 bilhões, R$ 1,8 bilhão inferior ao esperado. A estimativa era de que o valor atingisse R$ 14,9 bilhões.
 
 

 

    

 

15/06/2015

Sem títuloSe no Rio Grande do Sul a decisão sobre a retirada da vacina ainda está longe de ser tomada, no Paraná a auditoria de técnicos do Ministério da Agricultura já está em andamento. Com um rebanho de 9,1 milhões de cabeças, o Estado irá passar por um “pente fino” antes de formalizar o avanço do status sanitário à Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE). “Eles (técnicos do ministério) estão vindo aqui avaliar a condição do Paraná no controle da fiscalização do trânsito, na reforma dos nossos postos, fiscalização volante e recursos humanos”, explica o diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adriano Riesemberg. Uma segunda etapa da auditoria será feita em setembro. Se tudo correr bem, a estimativa do Paraná é de que até 2017 o Estado tenha em mãos o certificado de livre de aftosa sem vacinação.

Conforme Riesemberg, os três estados da região Sul estão em uma mesma situação sanitária e seria interessante que compartilhassem o status. Porém, os estados que mais preocupam são Mato Grosso do Sul e São Paulo, que embarcam mais terneiros para o território paranaense.

O governo paranaense sustenta, ainda, que a mudança de status irá desengavetar uma série de investimentos, tanto nas áreas de bovinos de corte e leite quanto de suínos e aves. Os projetos estariam atrelados à conquista do novo status, já que a mudança possibilitaria o acesso a novos mercados. O Paraná também irá buscar o reconhecimento como área livre de peste suína clássica (PSC). O tema, no entanto, está longe de ser um consenso dentro do Estado. A Sociedade Rural do Paraná é a favor da alteração, desde que ela ocorra de forma simultânea com Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Um ofício com esse pedido foi encaminhado pela entidade ao governador Beto Richa.

“Não tem ninguém brigando com ninguém. São pontos de vista. Mas, na nossa avaliação, os prejuízos podem ser maiores que os benefícios”, afirma o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni. De acordo com ele, o investimento necessário para controlar as barreiras sanitárias por 24 horas por dia seria muito alto. Ele argumenta ainda que os Estados Unidos estão próximos de dar início à importação de carne bovina do Brasil. “De novo o mercado está falando mais alto. A produção americana caiu, eles estão importando terneiros do México e nós estamos pensando em fechar a barreira num Estado que tem 4% do rebanho nacional. Estamos na contramão da modernidade. ” (Correio do Povo)


 

Porto Alegre, 12 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.059

 

 Importações de leite em pó integral da China foram as menores desde 2012
 
Embora os preços de commodities como queijos e manteiga nos Estados Unidos continuem se fortalecendo, os mercados globais continuam com os menores valores em seis anos, de acordo com os últimos dados do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC). O principal responsável por isso é a China.

As importações de lácteos da China caíram em quase 40% nos primeiros quatro meses do ano - o equivalente a 562.000 toneladas de leite a menos por mês. Em outras palavras, isso é o mesmo que se a produção de leite dos cinco principais exportadores (UE-28, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina) aumentasse em 2,4% nesse ano.

 

A maioria do decréscimo diz respeito a um grande corte nas importações de leite em pó integral, que caíram em 53% com relação ao ano anterior. As compras desse ano foram as menores desde 2012.

Em contraste, as importações chinesas de leite fluido e creme de leite aumentaram em 27% nos primeiros quatro meses do ano e as importações de fórmulas infantis aumentaram em 18%. (USDEC)

 
 
 
 
Fórum discute de onde virão os alimentos
Depois do sucesso do ciclo de debates 'De Onde Virão os Terneiros?', o Sistema Farsul dá início a uma discussão mais ampla: 'De Onde Virão os Alimentos? ¬ O Desafio do Futuro'. 
Esse é o tema da 66ª edição do Fórum Permanente do Agronegócio, uma iniciativa da Farsul, Senar¬/RS e Casa Rural ¬ Centro do Agronegócio. O evento está marcado para os dias 17 e 18 de junho, no hotel Gramado Master Palace, na Serra Gaúcha. 
As inscrições já podem ser feitas pelo site www.casaruralrs.com.br ou pelo telefone 51.3221-6460. A ideia é reunir representantes de empresas que desenvolvem tecnologia, produtores rurais, e entidades para debater técnicas de produção e segurança alimentar. Segundo projeções da FAO, organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, para alimentar um mundo com 9 bilhões de habitantes, projetados para 2050, a produção de alimentos deve aumentar 40% em 25 anos. 
" Precisamos agora debater o futuro da produção de alimentos, produzindo cada vez mais, e com maior segurança ao consumidor final.", explica o chefe da Divisão Técnica do Senar¬/RS, João Augusto Telles. Nos últimos 30 anos, a produtividade da lavoura de grãos brasileira aumentou 141%, passando de 1.465 quilos por hectare, na safra 1984/1985, para 3.535 quilos por hectare na 2014/2015, de acordo com a Conab. 
No Rio Grande do Sul, também mais do que dobrou, passando de 1.792 para 3.793 quilos por hectare no mesmo período. A expectativa é receber cerca de 400 produtores no evento de Gramado. Entre os palestrantes, estão o ex-ministro da Agricultura e presidente da Abramilho, Alysson Paolinelli. (Farsul)

 
 
Piracanjuba comemora 60 anos em grande estilo
 
A Piracanjuba recebe, no dia 15 de junho, parceiros, colaboradores, clientes, autoridades e imprensa para a comemoração dos 60 anos da marca. O jantar, para mais de 500 convidados, acontecerá no Infinity Hall, em Goiânia (GO), a partir das 19h30. "Uma data tão importante precisa ser comemorada com as pessoas que nos ajudam, diariamente, a construir a bela história da Piracanjuba. Hoje, estamos entre as 20 marcas mais presentes nos lares de todo o país e muito nos orgulha completar 60 anos em um momento de pleno crescimento", afirma a gerente de marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães.

Casa Lis assina o buffet do jantar e a decoração ficará a cargo da Vero Festas e da Realizza Eventos. A Lozi Eventos responde pelo cerimonial e a trilha sonora do evento será comandada pelo Quarteto de Jazz da Orquestra Obra Prima.
 
Palestra com Carlos Sardenberg
Na tarde do dia 15 de junho, antes do jantar, a Piracanjuba promoverá uma palestra com o renomado jornalista, escritor e apresentador, Carlos Alberto Sardenberg. O evento será fechado para convidados e acontecerá no auditório do Hotel K, em Goiânia.
 
Eventos institucionais
Para os colaboradores internos, a Piracanjuba preparou eventos em suas três unidades fabris: Bela Vista (GO), Maravilha (SC) e Governador Valadares (MG). "Somos uma grande família e trabalhamos juntos, com o objetivo maior de desenvolver produtos e serviços que proporcionem qualidade de vida e bem-estar aos consumidores", finaliza Lisiane. (Terra Viva)

 
 

Audiência pública debate leite em Ijuí
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado marcou uma audiência pública para discutir os "Mercados e Perspectivas para o Futuro da Produção Leiteira no Brasil" no dia 10 de julho, em Ijuí. A cidade do Noroeste foi escolhida para sediar o encontro por estar em meio à região que é considerada o principal polo produtor de leite do Estado. Serão convidados representantes do setor, do governo, senadores, deputados, especialistas na área e produtores. A audiência começa às 14h, no auditório do campus da Unijuí.
 

15/06/2015

1606201501Embora esteja em discussão pelos estados que compõem o Codesul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul), o encaminhamento de um avanço sanitário em conjunto é visto como difícil de ser alcançado segundo o secretário de Agricultura do RS, Ernani Polo, que nesta semana discutiu o tema com seus colegas que compõem o Conselho. “Cada um tem situações e realidades diferentes, talvez não seja possível”, considera. Os quatro estados, porém, trabalham na elaboração de um diagnóstico sobre a situação da defesa sanitária em cada território. O resultado será apresentado em 90 dias. Coordenador da Comissão de Agricultura do Codesul, Polo afirma que também seria importante que o Ministério da Agricultura envolvesse Uruguai e Argentina na discussão sobre a defesa sanitária, para analisar com estes dois países o possível avanço no status.

Para o veterinário Luiz Alberto Pitta Pinheiro, assessor técnico da Farsul, a análise de risco em andamento deve contemplar toda a região, o que não significa que todos os estados devem tomar posição no mesmo momento. Ele ressalta ainda que a mudança no status altera o trânsito de animais, já que na região que suspende a vacina não poderão mais entrar animais vacinados. “Por outro lado, o setor da suinocultura tem restrições de mercado pelo uso da vacina nos bovinos”, pondera.

Conforme o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Seapa, Fernando Groff, a vacina contra a febre aftosa é uma das que possuem maior efetividade, mas não é 100%. “Ter proteção não quer dizer que seja imune”, adverte. Com uma cobertura vacinal historicamente superior a 90% do rebanho, o Rio Grande do Sul investiu, em 2015, R$ 8 milhões com a aquisição de vacinas, já que é o único estado brasileiro a fazer a doação do material para os pequenos produtores. “O uso da vacina serve para reduzir a quantidade de focos. Como estamos há 15 anos sem foco, não transparece o efeito da vacina”, afirma Groff. Para encaminhar o pedido de mudança no status sanitário, ele acredita que é necessária vontade política e ter a parte técnica bem “ajustada”.

A discussão sobre o status sanitário também chegou ao parlamento. A Assembleia Legislativa prepara-se para debater a mudança em audiência pública marcada para o dia 22 de junho, às 14h. Proposto pelo deputado Sérgio Turra, o encontro deve reunir representantes da defesa sanitária e de entidades ligadas ao setor agropecuário. O debate ocorre após o Rio Grande do Sul obter uma importante certificação internacional, na última assembleia da Organização Internacional para Saúde Animal (OIE), na França: a de área livre de peste suína clássica. “A ideia é debater o tema. Em Paris, vimos a importância de ser considerada uma região com status diferenciado. A aftosa sem vacinação é uma conquista que nos colocaria em um patamar diferente diante dos mercados do mundo”, explica. (Correio do Povo)

15/06/2015

1606201501Caberá a um grupo de 25 especialistas, do Brasil e do exterior, analisar informações do levantamento das áreas de risco de febre aftosa no Rio Grande do Sul. Com os nomes ainda mantidos em sigilo, estão entre eles veterinários, servidores públicos e pecuaristas, que irão responder a um questionário durante a segunda quinzena de junho. O relatório final, a ser entregue até o começo de 2016 para o governo gaúcho, irá embasar a decisão do Estado de optar ou não pela retirada da vacinação contra a doença. “Eles vão avaliar as variáveis que fazem parte do modelo de risco, dizer se elas estão adequadas e qual o peso de cada uma”, explica Diego Viali dos Santos, fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e um dos coordenadores da pesquisa, realizada a pedido do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Os nomes foram escolhidos por uma técnica conhecida como snowball (em português, bola de neve).

Ou seja, um grupo de especialistas seleciona outros nomes, baseado em uma série de requisitos. De acordo com Santos, trata-se de um corpo heterogêneo, com integrantes do Rio Grande do Sul e de outros estados, assim como do Uruguai e da Argentina.

O grupo terá a missão de avaliar um conjunto de 60 variáveis, já elencadas, que podem indicar se uma região corre o risco de apresentar um foco da doença. Entre as principais, estão a densidade de bovinos, de suínos, distância da fronteira e movimentação de animais. Caberá ao grupo técnico conferir o devido peso a cada variável. Uma espécie de “média” com a opinião dos especialistas irá constar no relatório final.

Conforme Santos, o objetivo do estudo é colocar à disposição do Estado uma ferramenta que poderá justificar a decisão sobre o futuro da vacinação, apontando as regiões onde é necessário fortalecer as ações de defesa sanitária.

O estudo sobre as áreas de risco integra as ações dos grupos de trabalho que desde o início do ano discutem a mudança no status sanitário. Uma das definições já encaminhadas é a defesa do georreferenciamento nas propriedades rurais das regiões de fronteira. “A questão do georreferenciamento vai permitir o conhecimento preciso não só do número de propriedades, mas onde elas precisamente estão e onde se distribuem geograficamente”, explica o chefe do Serviço de Saúde Animal da Superintendência do Ministério do Trabalho no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), Bernardo Todeschini, que coordena o subgrupo de avanço de status.

Apesar de a discussão não ser recente, ainda não há uma previsão de quando o Rio Grande do Sul poderia formalizar o pedido de mudança no status sanitário. “Esse é um assunto que está sendo trabalhado com cautela, com equilíbrio. A área técnica está fazendo as avaliações”, explica o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. “No momento adequado será tomada a decisão. ” Kerber observa, porém, que nos últimos anos uma série de melhorias foi implantada no sistema de defesa sanitária, como a informatização das inspetorias veterinárias e a implantação de postos fiscais de divisa.

Desde 2007, o Rio Grande do Sul é área livre de aftosa com vacinação. A discussão sobre a retirada da vacina ganha força 15 anos após o caso mais grave da doença já registrado no Estado. Em 2000, foram identificados 22 focos em território gaúcho, 19 deles em Joia. Na ocasião, 11 mil animais tiveram de ser sacrificados. O Rio Grande do Sul voltou a analisar o tema depois que o Paraná solicitou ao Ministério da Agricultura o aval para buscar a mudança no status sanitário junto à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

Tanto lá como aqui, porém, o tema é alvo de controvérsia. Quem defende a retirada da vacina alega que, com isso, o Estado poderá conquistar mercados mais exigentes. A medida, porém, encontra restrições no setor produtivo. A Associação Brasileira de Angus (ABA) já se manifestou contrária à retirada da vacina no Paraná. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, afirma que a entidade conta com uma posição de conhecimento científico
das estruturas de defesa do Estado e do posicionamento dos países mais próximos — Argentina, Uruguai e Paraguai —, e que o caminho será construído em conjunto. “Deveremos ter um panorama na próxima Expointer”, conclui. (Correio do Povo)

A retomada de barganhas decisivas entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para a conclusão do acordo de livre comércio deverá tomar mais tempo do que pensava a presidente Dilma Rousseff ao chegar ontem a Bruxelas. E isso na prática pode ajudar o governo de Cristina Kirchner na Argentina, em plena campanha eleitoral. A intenção de Dilma, revelada no avião quando viajava para Bruxelas, era propor aos europeus estabelecer a data de 18 de julho para a troca de ofertas de liberalização, mas não haverá tempo para isso. A fixação da data aceleraria as barganhas finais para um acordo que o governo brasileiro vê como prioridade para ser concluído ainda em 2015. Sem fixar uma data, o tema, polêmico, sai do radar na campanha eleitoral argentina. A UE precisará antes consultar seus 28 Estados membros para responder ao Mercosul. "Acho que não se fixará data agora, por causa das férias de julho e agosto na Europa", conformou¬se a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, particularmente engajada na busca de um acordo. O assessor internacional do Palácio do Planalto, Marco Aurelio Garcia, disse que todo mundo está consciente de que a retomada da negociação vai levar tempo, o que pode combinar com o fim da eleição presidencial na Argentina, em outubro. Ou seja, não seria problemático esperar o pleito argentino. Até lá Buenos Aires não vai mesmo se comprometer com abertura de mercado. Já o setor privado brasileiro não esconde a impaciência por continuar perdendo espaço no mercado comunitário. Cristina Kirchner sequer veio a Bruxelas, sabendo das discussões que Dilma queria ter com lideres europeus. As duas presidentes não conversaram por telefone, segundo alta fonte do governo. Dilma queria evitar falar com alguém que só pensa em adiar a negociação, disse a fonte diretamente envolvida nas decisões do lado brasileiro. O fato, porém, é que o governo Dilma deu sinais de recuo na ideia de "velocidade diferenciada" na negociação, pelo menos pelo momento. De um lado, Kátia Abreu chegou a dizer logo que chegou a Bruxelas que, se a presidente da Argentina não quisesse avançar na negociação birregional, "ficaria para trás". Duas horas depois, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, tratou de dizer que o Mercosul atuaria em conjunto: "Nunca consideramos a possibilidade de negociar sem a Argentina". Segundo o ministro, a ideia de acordo com "velocidades diferenciadas", pela qual o Brasil poderia acelerar a liberalização com os europeus e a Argentina ficar para mais tarde, partiu basicamente do Uruguai. O Paraguai, que assume a presidência rotativa do Mercosul no segundo semestre, também tem divergências. O presidente Horacio Cartes rejeitou acordo de liberalização em duas etapas, dias depois de seu ministro de Relações Exteriores, Eladio Loizaga, ter admitido essa possibilidade. A presidente Dilma insistiu que o Brasil está pronto para entregar a oferta de liberalização do Mercosul. Hoje haverá reunião ministerial entre os dois blocos. "Será um teste da real disposição dos dois blocos de avançar", na avaliação de uma fonte. Na verdade, fontes na UE insistem que precisam ter mais sinalização sobre o conteúdo da oferta do Mercosul antes de partir para troca de ofertas. A UE já tem acordos comerciais com 26 países da América Latina e do Caribe. Os EUA também têm número importante de acordos na região. O Brasil está ficando cada vez mais isolado, sem acordo. A ministra da Agricultura nota que as importações de alimentos pela UE alcançam € 180 bilhões, dos quais o Brasil só tem 11%. Ao lado das negociações com a UE, o Mercosul decidiu explorar a possibilidade de um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Como não são membros da União Europeia, esses países estão agora especialmente empenhados em negociar preferências comerciais com o Mercosul, para não perder vantagem competitiva se houver, antes, um acordo entre a UE e o bloco sul¬americano. "Estamos muito encorajados com a perspectiva futura para novas exportações nesses mercados de alto poder aquisitivo", afirmou o embaixador Ronaldo Costa Filho, chefe da delegação e diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério de Relações Exteriores. Sem surpresa, a EFTA, com forte influência da Suíça, manifesta especial interesse em ter mais acesso ao mercado de serviços financeiros no Mercosul, caso haja acordo. Também quer garantir que seus produtos farmacêuticos cheguem ao bloco em igualdade de condições com os laboratórios do bloco comunitário. O Mercosul se interessa, sobretudo, por acesso para seus produtos agrícolas, o que não é fácil, considerando que Suíça e Noruega estão entre as campeãs mundiais de protecionismo no setor. Nos últimos 15 anos houve muitas trocas de informações. Mas, nesta semana, foi a primeira vez em que os dois lados se reuniram, em Genebra, para tratar da possibilidade de acordo de livre comércio. O resultado foi considerado positivo, com nova reunião tendo sido marcada para o segundo semestre. O chamado "processo exploratório" não deverá ser longo. O fluxo comercial entre Mercosul e EFTA alcançou US$ 7,4 bilhões no ano passado. As maiores exportações do bloco europeu foram de farmacêuticos, produtos químicos, maquinaria, petróleo, carvão e pescados. O bloco do Cone Sul vendeu, principalmente, produtos agrícolas, alimentos industrializados, químicos e metais. (Valor Economico)

DUD 4233O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do RS (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, vê perdas no setor lácteo com o recente anúncio do Governo do Estado em relação à diminuição de benefícios fiscais. "Os benefícios foram criados para dar competitividade ao setor", afirma. Ele lembra que além do aumento de custos para as indústrias e os produtores, o setor foi onerado pelo acréscimo dos combustíveis, energia e elevação das taxas de juros. "Não há ambiente nem condições de aumentar a carga fiscal, pois necessitamos comercializar mais de 60% da nossa produção em outros estados da federação, que concedem benefícios às suas indústrias inclusive com incentivos fiscais superiores ao que o Rio Grande do Sul oferece ao setor produtivo de lácteos", informa Guerra.

Segundo o projeto de lei encaminhado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa, na última quarta-feira (03/06), a intenção do Estado é limitar os benefícios fiscais até o patamar de 70% do valor originalmente concedido para os exercícios de 2016, 2017 e 2018. "Não temos condições de absorver uma nova perda, sem reflexos diretos aos produtores e menor movimentação financeiras nos municípios", alerta o presidente do Sindilat-RS. Guerra revela que a entidade demonstrará ao governo estadual e aos deputados a situação do setor lácteo, que não pode suportar mais nenhuma oneração fiscal. "Não podemos perder a isonomia fiscal, caso contrário não teremos competitividade", argumenta o dirigente. (.DOC Assessoria de Comunicação | Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)

08/06/2015

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de cerca de 26 milhões de dólares em maio, 36% acima do déficit apresentado em abril, que havia sido de 19 milhões de dólares.

As importações cresceram 5% em valor (US$ 39,5 milhões), enquanto as exportações, por outro lado, caíram 27,2% (US$13,5 milhões, US$5 milhões de dólares a menos que em abril).

Tabela 1: Balança Comercial de Lácteos – maio de 2015
01
Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

A queda nas exportações foi puxada pela diminuição do volume exportado de leite em pó integral, que caiu de cerca de 2.000 toneladas em abril (US$11,8 milhões) para pouco mais de 1.100 toneladas em maio (US$6,6 milhões).

Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$12,5 milhões, -22,3% no valor importado), leite em pó desnatado (US$ 11,5 milhões, +38,1%) e queijos (US$ 9,3 milhões, +24%).

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (61,6%), seguido por Argentina (37,7%); os outros 0,7% foram importados dos EUA.

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 97,9 milhões de litros em maio, alta de 4,9% sobre abril. Já as exportações em equivalente-leite tiveram queda de 22,2%, totalizando 23,9 milhões de litros.

De janeiro a maio deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 283 milhões de litros, esse volume é 78% maior do que o déficit total de 2014. Isso ocorre pois em 2014, o Brasil chegou a ser exportador líquido de lácteos entre fevereiro e março, enquanto em 2015, os volumes importados têm aumentado sucessivamente.

Os gráficos 1 e 2 a seguir apresentam este cenário, mostrando a comparação entre o déficit total de 2014 x o acumulado de janeiro a maio de 2015 (gráfico 1) e o histórico do saldo da balança de lácteos 2014 x 2015.

Gráfico 1: Déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite (milhões litros)*

02

* 2014: Total; 2015: acumulado até maio
Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Gráfico 2: Saldo mensal da balança comercial de lácteos em equivalente leite (milhões de litros/mês)

03

Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Apesar do forte crescimento, o déficit acumulado de 283 milhões de 2015 representa apenas 1,1% do total de leite captado pela indústria em 2014.

08/06/2015

A Irlanda registrou um forte aumento na produção de leite no primeiro mês após a abolição das cotas de produção da União Europeia (UE) no mês passado.

Estatísticas oficiais recentemente publicadas pelo Serviço Central de Estatísticas (CSO) do país mostram que a produção de leite aumentou em 14,5% em abril comparado com o mesmo mês do ano anterior.

A produção doméstica foi estimada em 775,5 milhões de litros em abril desse ano, 14,5% a mais que em abril de 2014, quando foram produzidos 677,5 milhões de litros. Os dados de abril mostram que o leite total vendido para consumo humano caiu em 1,9%, para 36,2 milhões de litros com relação ao mesmo mês de 2014. A produção de manteiga aumentou em 15,3%, para 19.900 toneladas.

As cotas de produção de leite, impostas na UE desde 1984, limitaram a produção total do país nos últimos 31 anos. A expansão na produção de leite que está acontecendo agora deverá resultar em um impulso significante para a economia rural do país.

O presidente do Comitê Nacional de Lácteos da Associação de Produtores Rurais da Irlanda, Sean O’Leary, disse que as tendências de prazo mais longo agora dependerão da lucratividade da produção de leite, que atualmente está sendo desafiada por preços do leite consideravelmente mais fracos.

O Governo acredita que cerca de 10.000 empregos diretos e indiretos poderão eventualmente resultar na economia irlandesa devido à produção extra gerada pelo fim das cotas. (Milkpoint)

08/06/2015

downloadO brasileiro José Graziano foi reeleito ontem diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o principal órgão das instituições internacionais para o combate à fome no mundo. Um dos criadores do programa Fome Zero, adotado no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula – mas logo abandonado para fortalecer o Bolsa Família -, Graziano era candidato único e teve 177 votos de um total de 182 delegados nacionais que votaram na 39ª assembleia-geral da instituição. Com isso o brasileiro, que assumiu a posição em 2011, graças às gestões diplomáticas de Brasília, permanecerá no cargo até 2019. Graziano agradeceu a confiança dos delegados e, em um breve discurso, disse que vai trabalhar para aprimorar a gestão da FAO e aperfeiçoar a luta contra a fome e a insegurança alimentar em todo o no mundo. (Correio do Povo)