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Porto Alegre, 24 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.067

 

  Presidente do Sindilat/RS faz balanço do setor no Simpósio do Leite

Evento ocorreu nesta terça e quarta-feira, em Erechim 

O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, esteve nesta terça-feira em Erechim para participar da programação do Simpósio do Leite, no Parque da Accie. Em fórum de debates com representantes do setor, Guerra falou sobre os gargalos e as oportunidades do setor lácteo gaúcho e brasileiro. "Precisamos cobrar dos governos condições de estradas, energia elétrica e linhas de crédito para a melhoria da produtividade rural", destacou o dirigente. 

Guerra lembrou que, nos próximos dez anos, o país terá uma demanda de 36% a mais de alimentos, sendo necessária a adequação a um novo mercado, atendendo assim um público mais exigente e preocupado com questões como saúde, bem estar e sustentabilidade. Entre as necessidades do setor, enfatizou o controle da importação e a abertura de novos mercados, além da necessidade de valorização do produto gaúcho por parte do governo do Estado.

O presidente do Sindilat abordou ainda as ações das indústrias referentes ao controle e à rastreabilidade da matéria-prima, além da necessidade de manutenção dos créditos presumidos em 100% para não tirar a competitividade da indústria gaúcha. "Foi um importante debate para valorizar a qualidade do leite gaúcho, além de um espaço para a discussão de políticas de desenvolvimento do setor", destacou o dirigente. 

O debate contou com as presenças do presidente da Câmara Setorial do leite no Ministério da Agricultura, Rodrigo Alvim, do deputado Alceu Moreira e do diretor técnico do Senar, João Telles. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)

 
 
Sem moeda podre no caixa
Será agora questão de tempo de regulamentação. Ou seja, para ter efeito prático, à medida que permite às indústrias de leite recuperar crédito presumido (a chamada monetização do crédito) acumulado desde 2010, depende só das regras que, espera-se, não demorem anos para sair. Longa batalha do setor, a possibilidade de resgatar, em dinheiro, os créditos acumulados, é uma mudança trazida com a sanção da medida provisória 668. Na visão dos defensores do projeto, é um mecanismo importante para que as empresas tenham fôlego financeiro. Autor da emenda original, o deputado federal Jerônimo Goergen (PPRS) avalia que esse recurso poderia ter ajudado a salvar muitas indústrias que, ao falirem ou entrarem em recuperação judicial, trouxeram prejuízo também para os produtores de leite:
- Esse crédito dá um capital de giro. A LBR (empresa atualmente em recuperação judicial) tinha, até 2013, cerca de R$ 500 milhões em haver.
Na prática, as operações de aquisição da matéria-prima geravam crédito presumido para as indústrias (de PIS/Cofins calculado sobre 60% do valor total da compra). Essa quantia, explica o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (SINDILAT/RS), Darlan Palharini, era computada no balanço, mas não entrava de fato no caixa. Por isso era chamada de moeda podre
Na negociação para a emenda da medida provisória, reduziu-se o percentual de cálculo de 60% para 50%. Os laticínios também terão de fazer uma contrapartida, aplicando no mínimo 5% dos recursos para ações de assistência técnica.
- Vejo como uma vitória do setor. E irá fomentar a assistência técnica - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindilat/RS.
A entidade deverá fazer levantamento do quanto as empresas gaúchas teriam a receber de 2010 para cá. Outro ponto importante da medida é que, a partir de agora, as cooperativas também poderão fazer esse resgate.
Caberá aos ministérios da Fazenda e da Agricultura a tarefa de regulamentar. Para o setor, quanto antes sair, melhor. (Zero Hora) 

Entidades unem-se contra PL
Com o objetivo de unir forças pela rejeição do PL 863/15, que retira benefícios fiscais concedidos em 2011 a empresas de 56 setores da economia nacional, executivos da ABPA, Sindipeças e Abimaq se reuniram, ontem, em São Paulo. Com previsão de votação na quinta-feira, o PL altera de 1% para 2,5% a alíquota de contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas. Conforme o coordenador institucional da Frente Parlamentar Agropecuária da Câmara, Jerônimo Goergen, os setores representados temem que a mudança agrave a crise econômica. "Na origem, seriam apenas 12 os setores beneficiados. Aí o governo foi cedendo e o benefício acabou estendido a 56. Agora querem reonerar, mas esse não é o momento. Vai gerar demissões em massa e comprometer a economia", afirmou Goergen.  O presidente da ABPA, Francisco Turra, cobrou um estudo sério, que não beneficie quem não merece nem castigue setores que estão dando resultado. (Correio do Povo) 
 

 
Emenda beneficia educação rural
Uma emenda ao PL 287/2014, que institui o Plano Estadual de Educação, deverá beneficiar a educação no campo. O texto, de autoria do deputado Elton Weber, garante a implantação, em regime de colaboração, entre Estado e municípios, de ações que adotem a pedagogia de alternância e a interdisciplinaridade, viabilizando convênios e parcerias com Associações de Casas Familiares Rurais e Escola Agrícola, com vista à formação de agricultores familiares. O Estado tem hoje dez Efas e Casas Rurais. (Correio do Povo) 

 

Schroeder no Mapa
O nome do interventor Roberto Schroeder foi confirmado pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, como novo superintendente da pasta no Rio Grande do Sul. A informação foi dada à delegada da Anffa no RS, Consuelo Paixão Côrtes. (Correio do Povo) 
 
 

24/06/2015

Evento ocorreu nesta terça e quarta-feira, em Erechim

logo sindilatO presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, esteve nesta terça-feira em Erechim para participar da programação do Simpósio do Leite, no Parque da Accie. Em fórum de debates com representantes do setor, Guerra falou sobre os gargalos e as oportunidades do setor lácteo gaúcho e brasileiro. “Precisamos cobrar dos governos condições de estradas, energia elétrica e linhas de crédito para a melhoria da produtividade rural”, destacou o dirigente.

Guerra lembrou que, nos próximos dez anos, o país terá uma demanda de 36% a mais de alimentos, sendo necessária a adequação a um novo mercado, atendendo assim um público mais exigente e preocupado com questões como saúde, bem estar e sustentabilidade. Entre as necessidades do setor, enfatizou o controle da importação e a abertura de novos mercados, além da necessidade de valorização do produto gaúcho por parte do governo do Estado.

O presidente do Sindilat abordou ainda as ações das indústrias referentes ao controle e à rastreabilidade da matéria-prima, além da necessidade de manutenção dos créditos presumidos em 100% para não tirar a competitividade da indústria gaúcha. “Foi um importante debate para valorizar a qualidade do leite gaúcho, além de um espaço para a discussão de políticas de desenvolvimento do setor”, destacou o dirigente.

O debate contou com as presenças do presidente da Câmara Setorial do leite no Ministério da Agricultura, Rodrigo Alvim, do deputado Alceu Moreira e do diretor técnico do Senar, João Telles. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)

         

 


 

Porto Alegre, 23 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.066

 

  Competitividade em discussão

Começa hoje, no Parque da Accie, em Erechim, o Simpósio do Leite. A programação segue até amanhã. Cerca de 1,2 mil pessoas são aguardadas para o evento, que é promovido pela Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai (Amevau). O primeiro dia da programação será dedicado à 4ª Mostra de Trabalhos Científicos e ao 6˚ Fórum Nacional de lácteos, que ocorrem paralelamente. O fórum, que se inicia às 13h30min, irá contar com um debate sobre a competitividade do leite no Brasil.

Amanhã serão abordados estratégias de tratamento a zoonoses e o planejamento da atividade leiteira, entre outros temas. O evento é voltado a produtores, técnicos, estudantes e demais pessoas ligadas à bovinocultura de leite. Inscrições podem ser feitas no local do simpósio. (Correio do Povo)

 
 
FAO diz que Brasil cumpriu metas de combate à fome e, ao final de 2015, subnutrição será de apenas 5% da população 

O Brasil cumpriu todas as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no programa de combate à fome no país. De acordo com o documento "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo" (SOFI), o país possuía no ano 2000, no início do século XXI, 11,2% de sua população subnutrida. Já as projeções para 2015 mudam completamente o quadro: a expectativa é que ao final deste ano esse percentual caia para um índice inferior a 5% da população total, mostrando a redução da fome no país nos últimos 15 anos.

Os dados da FAO estão na edição deste mês do Boletim do Agronegócio Internacional, elaborado pela Superintendência de Relações Internacionais (SRI) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com o documento, um dos motivos da redução no número de pessoas que passam fome no Brasil foi "o aumento da participação das mulheres na força de trabalho", contribuindo para a melhoria da renda das famílias, especialmente no Nordeste brasileiro.

O documento da FAO avalia os progressos ocorridos no combate à fome para cada região do País e no mundo, desde 1990. A conclusão foi que o compromisso de reduzir pela metade o número de pessoas afetadas pela fome foi atingido pela maioria dos países analisados. Assim, é que a fome, sempre segundo o estudo, foi reduzida de forma significativa na Ásia Central, Oriental e no Sudeste Asiático, assim como na América Latina, onde o Brasil foi destaque. (Terra Viva)

 
 
EUA: aumenta consumo de manteiga e diminui o consumo de gordura trans
 
O americano médio consumiu 2,49 quilos de manteiga em 2013. Isso é 22,2% maior do que o consumo de manteiga per capita no começo do século, de acordo com dados do Serviço de Pesquisas Econômicas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ERA/USDA). O USDA ainda não publicou estimativas de consumo desde 2013, mas esse deve ter permanecido forte. A combinação do crescimento populacional e o aumento do consumo per capita resultou em um aumento anual na demanda doméstica de manteiga de 2,5%, em média, de 2000 a 2013.
O crescimento no consumo acelerou nos últimos anos à medida que a manteiga ganhou popularidade como uma gordura mais natural. Anteriormente vista como uma fonte mais barata e mais saudável de gordura do que a manteiga, a gordura trans, derivada de óleos parcialmente hidrogenados, perdeu popularidade. O Instituto de Medicina dos Estados Unidos descobriu em 2002 que "não há nível saudável de ácidos graxos trans e que as pessoas deveriam comer o mínimo possível desse alimento".
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) estima que o consumo de gorduras trans caiu em quase 80% entre 2003 e 2012. Desde 2006, o FDA solicitou que as companhias de alimentos reportassem o teor de gordura trans nos rótulos dos alimentos. Na semana passada, o FDA deu mais um passo, tirando das gorduras trans seu status de "reconhecida como segura de forma geral" e, dando às companhias, três anos para remover os óleos parcialmente hidrogenados dos alimentos.
O consumo per capita de manteiga ficou em seu maior nível em 40 anos. À medida que a indústria de alimentos remove gradativamente os óleos parcialmente hidrogenados e os americanos continuam a evitar a margarina, a demanda por manteiga deverá continuar aumentando. Com a alternativa mais barata fora da mesa, as companhias de alimentos terão menos oportunidades para alterar suas receitas para evitar manteigas e outras gorduras naturais, como canola e óleo de oliva. Isso sugere que a demanda por manteiga será mais inelástica, ou menos provável de declinar à medida que os preços aumentem. O potencial para uma demanda mais forte e menos elasticidade pode significar preços da manteiga maiores do que sua norma histórica.
 
  
Hoje, o Rio Grande do Sul tem o leite mais fiscalizado e de melhor qualidade do país. Esperamos que o consumidor considere isso. Quem quer se consolidar atua com seriedade e não se importa que sejam feitas fiscalizações. (Alexandre Guerra - Presidente SINDILAT/RS - Para Zero Hora)
 

22/06/2015

Projeto voltado ao público infantil já é desenvolvido pela Embrapa em Juiz de Fora (MG)

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Representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat-RS) e do Núcleo Sul da Embrapa Gado de Leite discutiram nesta segunda-feira parceria para viabilizar o projeto da Vitrine do Leite no RS. A iniciativa já implantada pela Embrapa em Juiz de Fora (MG) foi apresentada pelo responsável do Núcleo, Rogério Dereti, e tem como foco o público infantil até 9-10 anos. “É uma forma de as crianças entenderem como funciona todo o processo, desde o campo até a sua chegada à mesa das famílias”, destaca Dereti.

A proposta é que a Vitrine do Leite seja um projeto de apoio didático itinerante e esteja presente nas principais feiras do setor, a começar pela Expointer 2015. “A criança é formadora de opinião e acaba levando toda essa informação para seus pais e parentes”, destaca o secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini. A ideia é que o convênio envolva não apenas o trabalho junto ao público infantil, mas também junto aos produtores, através de ações como qualificação profissional. “Precisamos resgatar a importância do produtor de leite, a pessoa que está por trás desse processo”, acrescenta Palharini.

A discussão fez parte da reunião do Comitê Técnico Operacional da Pecuária Leiteira, ocorrida na sede do Sindilat-RS, em Porto Alegre, e contou com representantes da Farsul (Federação da Agricultura do RS), Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS), Secretaria da Agricultura e Pecuária e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Nos próximos dias, representantes do comitê deverão ir a Juiz de Fora conhecer in loco a Vitrine do Leite desenvolvida pela Embrapa. (.DOC Assessoria de Comunicação – Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)

22/06/2015

Kátia Abreu estará na Capital hoje para detalhar o Plano Safra 2015/2016

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Representantes do setor agropecuário pretendem aproveitar a vinda da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a Porto Alegre, hoje, para reforçar pleitos antigos. As principais reivindicações estão relacionadas ao Plano Safra 2015/2016, tema que Kátia irá abordar durante audiência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, com início às 15h no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

A Fecoagro, conforme o presidente Paulo Pires, quer aproveitar a oportunidade para reforçar a pressão para que os recursos previstos no Plano Safra cheguem aos produtores. Também é intenção da federação obter esclarecimentos sobre os mecanismos de comercialização. Entre esses mecanismos está o Programa de Garantia do Preço Mínimo (PGPM), “que não está claro no plano”, segundo Pires, que também cobra melhorias no seguro agrícola, em que ele relata não ter havido evolução, e no Proagro.

O Simers pedirá, novamente, agilidade na liberação de verbas dos bancos “porque sempre que é lançado o Plano Safra demora em torno de um mês e meio para liberação dos recursos”, explica o presidente Cláudio Bier. De acordo com ele, o pedido de agilização se deve às dificuldades enfrentadas pelo setor.

Conforme o diretor da Farsul Francisco Schardong, a entidade quer ouvir o que a ministra tem a dizer. Como Kátia Abreu já tem as reivindicações do setor arrozeiro, Schardong acredita que ela deverá anunciar o custo de produção e o preço mínimo do arroz, calculados pela Conab. Conforme a senadora Ana Amélia Lemos, que preside a Comissão de Agricultura do Senado, a ministra abordará os recursos para custeio e investimentos previstos no Plano Safra e os produtores rurais poderão aproveitar para expor os problemas que estão enfrentando e falar da defasagem entre custo de produção das lavouras de arroz e o preço mínimo. O Plano Safra 2015/2016 foi lançado no dia 2 de junho pelo governo federal, com um volume total de recursos de R$ 187,7 e taxas de juros entre 7% e 8,75%.

Após a audiência, Kátia Abreu vai acompanhar a assinatura do decreto com as regras relativas ao Bioma Pampa, às 17h30min, no Palácio Piratini. O texto visa a eliminar dificuldades encontradas por produtores no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

22/06/2015

leiteee2Uma cooperativa de Nova Petrópolis, na serra gaúcha, deixa para trás gigantes como Nestlé, Danone e JBS (Vigor). Líder de mercado nos segmentos de produtos fermentados e bebidas lácteas, a Piá faturou R$ 663 milhões em 2014 e projeta crescer ao menos 15% neste ano marcado pela crise. É um desafio, admite o presidente da cooperativa, Gilberto Kny. Pondera que não se trata de ignorar o cenário difícil, mas de não se retrair frente ao quadro:

– Em época de fragilização da economia, em vez de recuar, precisamos progredir ainda com mais força, criando oportunidades.

LOGÍSTICA COMPLEXA

Uma das estratégias da Piá para crescer é aumentar sua presença em São Paulo. A marca estreou nesse mercado no ano passado e quer mais. Como vende produtos que exigem refrigeração, tem uma dificuldade logística extra.

– Da produção até o cliente, não pode passar mais de cinco dias, são produtos com vida útil de 45 a 70 dias. Nos últimos anos, investimos muito em câmaras frias – relata Kny.

TECNOLOGIA À MESA

Uma das apostas recentes da Piá são produtos sem lactose, para pessoas com intolerância. Kny explica que nada é retirado do leite. A tecnologia permite fazer, na indústria, o que um organismo saudável faria: separar a glicose da galactose e mantê-las, desdobradas, no produto.

– Isso dá um novo alento ao consumidor de laticínios. Vamos oferecer uma linha completa, de leite pasteurizado, iogurte e até nata até o final do ano.

A OUTRA CRISE

A projeção de forte crescimento é um desafio extra para quem tem outra crise para administrar, além da econômica. Há mais de um ano marcado por operações que expuseram fraudes no mercado de lácteos, garantir qualidade é crucial para manter o mercado. Segundo Kny, ajuda o fato de os produtores associados serem os donos da Piá.

– Fazemos 100 mil exames de laboratório por mês antes de todas as atividades industriais.

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O segmento de iogurtes e bebidas lácteas é conhecido por ser o que mais lança produtos no mundo, observa Tiago Haugg, gerente de marketing da Piá. No ano passado, foram 30 produtos novos. Neste, serão mais 22.

– Fazemos gestão do mix. Às vezes substituímos produtos, mas o consumidor espera novidades, e temos de atender a essa expectativa – explica Tiago.

22/06/2015

Depois de oito etapas da Operação Leite Compensado nos últimos dois anos, a semana passada marcou a chegada, também, dos derivados lácteos às fraudes descobertas na cadeia láctea gaúcha. O esquema de adulteração e sonegação fiscal na produção de queijos pela Laticínios Progresso, de Três de Maio, desmantelado na última terça-feira, 16, pelo Ministério Público (MP) e que se soma ao cenário de desconfiança dos consumidores com o segmento, também repercute mal, evidentemente, com os representantes do setor.

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Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, a indústria gaúcha segue princípios éticos, investe em tecnologia para barrar falhas e teria, hoje, um dos melhores índices de conformidade do País. “São fatos isolados e que devem ser tratados, também, de maneira isolada, sem generalizar”, argumenta o dirigente da entidade que responde, por meio das médias e grandes indústrias, a quase 90% da produção de laticínios do Estado.

Jornal do Comércio – Após uma série de problemas encontrados com o leite, tivemos, agora, a novidade da inclusão dos derivados nas operações do MP. Até que ponto preocupa o setor e repercute mal com o consumidor?

Alexandre Guerra – Repercute negativamente, não tem como dizer que não. Para nós, é prejudicial, é ruim, mas a expectativa que temos é de que o consumidor saiba reconhecer a indústria séria, que investe muito em sistemas de qualidade para que possa oferecer um produto diferenciado. Até porque, dito pelo próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), temos o leite mais monitorado e controlado e, consequentemente, um dos melhores leites do Brasil (o Estado tem índice de conformidade nas amostras de 97,4%, acima da média nacional). Nós, enquanto sindicato, somos defensores dessas ações, até porque isso, além de tudo, cria uma concorrência desleal com a indústria ética, séria e tradicional. Especula-se que vá interferir no consumo de queijos, mas esperamos que o consumidor possa separar e saber medir quem está nesse mercado com história, ética

JC – O que tem sido feito nesse sentido?

Guerra – A indústria investiu muito em setores de qualidade, em seus laboratórios, equipamentos, ampliou o número de testes, para que não ficasse refém de algum caso que pudesse vir via transporte, como era o cenário que existia. Nesse caso, do queijo, também nos surpreende esse fato. Só temos acesso àquilo que foi divulgado, e até nem tínhamos conhecimento sobre essa indústria, que não faz parte dos nossos associados. Estamos fazendo testes, com a Embrapa e uma cooperativa parceira, de medidores de vazão instalados nos tanques de coleta de leite. Eles dão a hora, o local e fazem a separação da amostra de forma automática, sem ter mais acesso do transportador, o que nos dá a rastreabilidade. Muitas empresas já determinaram também que só recolherão leite de quem tem resfriador de expansão direta, ou que só receberá leite de animais controlados de tuberculose e brucelose, por exemplo. A indústria tem se antecipado à lei e fortalecido cada vez mais a questão de controles e da própria remuneração aos produtores pela qualidade.

JC – A repetição de esquemas desmantelados pelo MP, sendo já nove etapas se somarmos a Leite Compensado e, agora, a Queijo Compensado, levanta desconfianças sobre todo o setor, e não mais apenas como casos pontuais?

Guerra – Eu, particularmente, não consigo aceitar isso, pois temos indústrias com profissionais éticos e sérios, que tem de ser valorizados. E a indústria vem fazendo investimentos muito grandes. Podemos falar pelas grandes e médias indústrias, nossas associadas, pois as pequenas não temos esse acesso ainda, mas a indústria gaúcha tem profissionais éticos e sérios. Não consigo aceitar que se pense, agora, que isso está intrínseco no setor. O princípio ético tem de estar acima de tudo, e a indústria está focada nisso, pois quem constrói a própria marca é a empresa. O Rio Grande do Sul é exemplo para diversos estados por tudo aquilo que faz na questão do leite. Nossa produtividade por vaca é maior, nossa conformidade é maior. É muito importante o trabalho que tem sido feito pelo MP, mas não se pode generalizar. Temos empresas tradicionais, multinacionais, todo o sistema cooperativo. Vendemos hoje 60% para outros estados e até países, porque temos essa qualidade.

JC – O que mais pode ser feito pela indústria gaúcha como contraponto a essa série de descobertas de fraudes na cadeia leiteira?

Guerra - A melhor coisa que podemos fazer é continuar produzindo de uma forma diferenciada, investindo sempre em qualidade, como já fazemos, e ofertando nossos produtos dentro dos padrões exigidos pela Instrução Normativa 62. Infelizmente, ocorrem fatos assim que, para nós, são altamente prejudiciais. Somos totalmente favoráveis a essas ações do MP, porque não queremos que haja empresas com essa postura. Não podemos aceitar que pessoas sem o princípio ético estejam no meio de um segmento com grande maioria séria, que constrói e valoriza sua marca. Temos fortalecido ainda mais os processos e procedimentos para não ficarmos reféns de nenhum tipo de problema, como acontecia até então, por exemplo, do transporte do leite.

JC – O consumidor gaúcho pode confiar que o leite é seguro?

Guerra – Todas as indústrias possuem diversos mecanismos de segurança e de qualidade. Pode existir falha, afinal é um produto vivo, mas nada que possa ser considerada ao lado de fraudes. Não tem por que fazer, a marca vale muito mais do que qualquer tipo de ação não ética. Existiu, por exemplo, no cenário dessa empresa, outros que acabaram comprando essa mercadoria, até sem nota fiscal em alguns casos. É um cenário totalmente errôneo, que concorre de forma desleal com as indústrias que representamos. Nós também não aceitamos isso, e continuamos apoiando que haja esse tipo de ação, até para proteger a nossa indústria, que tem trabalhado muito para não ter nenhum tipo de problema. Tudo o que fazemos é justamente valorizando qualidade de nossos produtos. Quem tem maior interesse em ter tudo nos padrões é a própria empresa.

“O princípio ético tem de estar acima de tudo, e a indústria está focada nisso, pois quem constrói a própria marca é a empresa. ”

 

         

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.065

 

 Indústria láctea gaúcha é ética e séria, afirma Guerra 
Depois de oito etapas da Operação Leite Compensado nos últimos dois anos, a semana passada marcou a chegada, também, dos derivados lácteos às fraudes descobertas na cadeia láctea gaúcha. O esquema de adulteração e sonegação fiscal na produção de queijos pela Laticínios Progresso, de Três de Maio, desmantelado na última terça-feira, 16, pelo Ministério Público (MP) e que se soma ao cenário de desconfiança dos consumidores com o segmento, também repercute mal, evidentemente, com os representantes do setor.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, a indústria gaúcha segue princípios éticos, investe em tecnologia para barrar falhas e teria, hoje, um dos melhores índices de conformidade do País. "São fatos isolados e que devem ser tratados, também, de maneira isolada, sem generalizar", argumenta o dirigente da entidade que responde, por meio das médias e grandes indústrias, a quase 90% da produção de laticínios do Estado. 
 
Para ler na íntegra a entrevista do presidente ao Jornal do Comércio, clique aqui.
 
 
 
Sindilat-RS e Embrapa discutem parceria para viabilizar Vitrine do Leite no RS
Projeto voltado ao público infantil já é desenvolvido pela Embrapa em Juiz de Fora (MG)
 
Representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat-RS) e do Núcleo Sul da Embrapa Gado de Leite discutiram nesta segunda-feira parceria para viabilizar o projeto da Vitrine do Leite no RS. A iniciativa já implantada pela Embrapa em Juiz de Fora (MG) foi apresentada pelo responsável do Núcleo, Rogério Dereti, e tem como foco o público infantil até 9-10 anos. "É uma forma de as crianças entenderem como funciona todo o processo, desde o campo até a sua chegada à mesa das famílias", destaca Dereti.
 A proposta é que a Vitrine do Leite seja um projeto de apoio didático itinerante e esteja presente nas principais feiras do setor, a começar pela Expointer 2015. "A criança é formadora de opinião e acaba levando toda essa informação para seus pais e parentes", destaca o secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini. A ideia é que o convênio envolva não apenas o trabalho junto ao público infantil, mas também junto aos produtores, através de ações como qualificação profissional. "Precisamos resgatar a importância do produtor de leite, a pessoa que está por trás desse processo", acrescenta Palharini.
A discussão fez parte da reunião do Comitê Técnico Operacional da Pecuária Leiteira, ocorrida na sede do Sindilat-RS, em Porto Alegre, e contou com representantes da Farsul (Federação da Agricultura do RS), Fetag  (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS), Secretaria da Agricultura e Pecuária e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Nos próximos dias, representantes do comitê deverão ir a Juiz de Fora conhecer in loco a Vitrine do Leite desenvolvida pela Embrapa. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
 
Sem medo dos grandes
 
Uma cooperativa de Nova Petrópolis, na serra gaúcha, deixa para trás gigantes como Nestlé, Danone e JBS (Vigor). Líder de mercado nos segmentos de produtos fermentados e bebidas lácteas, a Piá faturou R$ 663 milhões em 2014 e projeta crescer ao menos 15% neste ano marcado pela crise. É um desafio, admite o presidente da cooperativa, Gilberto Kny. Pondera que não se trata de ignorar o cenário difícil, mas de não se retrair frente ao quadro:

- Em época de fragilização da economia, em vez de recuar, precisamos progredir ainda com mais força, criando oportunidades.

LOGÍSTICA COMPLEXA

Uma das estratégias da Piá para crescer é aumentar sua presença em São Paulo. A marca estreou nesse mercado no ano passado e quer mais. Como vende produtos que exigem refrigeração, tem uma dificuldade logística extra.

- Da produção até o cliente, não pode passar mais de cinco dias, são produtos com vida útil de 45 a 70 dias. Nos últimos anos, investimos muito em câmaras frias - relata Kny.

TECNOLOGIA À MESA

Uma das apostas recentes da Piá são produtos sem lactose, para pessoas com intolerância. Kny explica que nada é retirado do leite. A tecnologia permite fazer, na indústria, o que um organismo saudável faria: separar a glicose da galactose e mantê-las, desdobradas, no produto.

- Isso dá um novo alento ao consumidor de laticínios. Vamos oferecer uma linha completa, de leite pasteurizado, iogurte e até nata até o final do ano.

A OUTRA CRISE

A projeção de forte crescimento é um desafio extra para quem tem outra crise para administrar, além da econômica. Há mais de um ano marcado por operações que expuseram fraudes no mercado de lácteos, garantir qualidade é crucial para manter o mercado. Segundo Kny, ajuda o fato de os produtores associados serem os donos da Piá.

- Fazemos 100 mil exames de laboratório por mês antes de todas as atividades industriais.

NOVIDADES DE ROTINA

O segmento de iogurtes e bebidas lácteas é conhecido por ser o que mais lança produtos no mundo, observa Tiago Haugg, gerente de marketing da Piá. No ano passado, foram 30 produtos novos. Neste, serão mais 22.

- Fazemos gestão do mix. Às vezes substituímos produtos, mas o consumidor espera novidades, e temos de atender a essa expectativa - explica Tiago.

 
 
 
 
Entidades preparam cobranças a ministra 

Kátia Abreu estará na Capital hoje para detalhar o Plano Safra 2015/2016

Representantes do setor agropecuário pretendem aproveitar a vinda da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a Porto Alegre, hoje, para reforçar pleitos antigos. As principais reivindicações estão relacionadas ao Plano Safra 2015/2016, tema que Kátia irá abordar durante audiência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, com início às 15h no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. 

A Fecoagro, conforme o presidente Paulo Pires, quer aproveitar a oportunidade para reforçar a pressão para que os recursos previstos no Plano Safra cheguem aos produtores. Também é intenção da federação obter esclarecimentos sobre os mecanismos de comercialização. Entre esses mecanismos está o Programa de Garantia do Preço Mínimo (PGPM), "que não está claro no plano", segundo Pires, que também cobra melhorias no seguro agrícola, em que ele relata não ter havido evolução, e no Proagro. 

O Simers pedirá, novamente, agilidade na liberação de verbas dos bancos "porque sempre que é lançado o Plano Safra demora em torno de um mês e meio para liberação dos recursos", explica o presidente Cláudio  Bier. De acordo com ele, o pedido de agilização se deve às dificuldades enfrentadas pelo setor. 

Conforme o diretor da Farsul Francisco Schardong, a entidade quer ouvir o que a ministra tem a dizer. Como Kátia Abreu já tem as reivindicações do setor arrozeiro, Schardong acredita que ela deverá anunciar o custo de produção e o preço mínimo do arroz, calculados pela Conab. Conforme a senadora Ana Amélia Lemos, que preside a Comissão de Agricultura do Senado, a ministra abordará os recursos para custeio e investimentos previstos no Plano Safra e os produtores rurais poderão aproveitar para expor os problemas que estão enfrentando e falar da defasagem entre custo de produção das lavouras de arroz e o preço mínimo. O Plano Safra 2015/2016 foi lançado no dia 2 de junho pelo governo federal, com um volume total de recursos de R$ 187,7 e taxas de juros entre 7% e 8,75%. 

Após a audiência, Kátia Abreu vai acompanhar a assinatura do decreto com as regras relativas ao Bioma Pampa, às 17h30min, no Palácio Piratini. O texto visa a eliminar dificuldades encontradas por produtores no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

 
 
 
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 será lançado hoje, às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília. O montante de recursos destinado ao setor já foi confirmado pela presidente Dilma Rousseff, e deverá ficar em torno de 20%. Na ocasião, serão conhecidos também os novos critérios dos Seguros da Agricultura Familiar (Seaf) e do Programa Garantia-Safra. Há a expectativa de que seja oficializada a criação da Anater e que seja anunciada medida de apoio ao preenchimento do CAR. 
 
 

19/06/2015

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 18 de Junho de 2015 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Maio de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de Junho de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Conseleite/SC)

valor sc

19/06/2015

logo fb ttProposta que limita em 70% os valores originalmente concedidos por meio da apropriação de créditos presumidos relativos ao período de 2016 a 2018, apresentada pelo poder Executivo na Assembleia Legislativa, preocupa o setor agroindustrial. A principal queixa é que a redução dos benefícios fiscais vão tirar a competitividade. "Vai prejudicar muito os laticínios pois já não existem margens para o produto", comenta o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sobre o projeto de lei (PL) 214/2015, protocolado no dia 3 de junho. A medida faz parte dos ajustes estruturais previstos pelo Governo do Estado com a finalidade de buscar soluções para as dificuldades financeiras. De acordo com a justificativa, o objetivo é aumentar a arrecadação em R$ 300 milhões ao ano.

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips), Rogério Kerber, avalia que a medida vai repercutir de forma negativa na economia do Estado. "Abre espaço para produtos de fora", afirma. "O setor depende destes créditos para manter uma certa isonomia em outros estados produtores que têm benefícios fiscais mais agressivos", acrescenta. O presidente da Asgav, Nestor Freiberger, concorda que desta forma o Estado acabará concedendo incentivos para fora do Rio Grande do Sul. "É um desastre para a avicultura", afirma. Ele lamenta que a mudança seja implementada justo agora que o setor estava em fase de recuperação do mercado interno. "Chame-se como quiser, mas isso é aumento de carga tributária", avalia. O PL 214/2015 altera a lei 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que instituiu o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias. A justificativa da atual proposta prevê que o poder Executivo poderá, com vistas à proteção da economia do Estado, analisar casos específicos e excluí-los da redução. (Correio Povo)