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Os organizadores do Avisulat 2016 reuniram-se nesta quarta-feira (21/10) para alinhar as principais mudanças que serão implementadas no evento, o maior dos setores agroindustriais no Rio Grande do Sul. O Avisulat ocorrerá de 22 a 24 de novembro de 2016, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre Durante o encontro, realizado na sede da Asgav, foram acordadas algumas modificações no formato do congresso e a contratação de uma nova montadora para qualificar a infraestrutura a participantes e expositores. Um dos objetivos é elevar em 20% a participação do público e o volume de negócios fechados durante a exposição. 

Assim como em anos anteriores, o Avisulat integrará a 3º edição do Encontro Internacional de Negócios, que reúne fornecedores e importadores dos setores de aves, suínos e laticínios, e também contará com palestras, debates, apresentação de projetos da comunidade científica e resultados de pesquisas para tendências de mercado. O encontro contou com a participação do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, do presidente da Asgav, Nestor Freiberger, do diretor-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, e da representate do Sips Rejane Kieling.

 
Em face da Operação Leite Compen$ado 10, deflagrada nesta quarta-feira (21/10), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) informa que apoia o Ministério da Agricultura (Mapa), o Ministério Público (MP) e a Receita no combate às fraudes e repudia qualquer ação que prejudique a qualidade do produto e crie concorrência desleal no setor. É necessário que a fiscalização atue firme em casos como esse a fim de garantir a confiança do consumidor e diferenciar a industria ética e séria, que faz um trabalho constante no controle da matéria prima.
 
Diariamente, milhares de pessoas trabalham arduamente no campo e nas indústrias para garantir que o leite chegue à casa do consumidor com qualidade.  “Infelizmente, há pessoa que visam apenas o lucro. O Sindilat repudia qualquer ação que macule a produção e tente enganar o consumidor”, declarou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Segundo ele, ações como esta também são importantes para garantir uma concorrência justa entre as empresas, na medida em que coíbe fraudes fiscais que prejudicam o setor e o desenvolvimento econômico do Estado. 
 
Segundo informações do Ministério da Agricultura, o Rio Grande do Sul é líder nas testagens de leite, com mais de 105.000 amostras por mês, divididas nos três laboratórios credenciados: Embrapa (Pelotas), Univates (Lajeado) e Sarle (Passo Fundo). Também é destaque na qualidade dos resultados obtidos, uma vez que 99,7% das amostras estão dentro dos padrões da IN 62. “Toda e qualquer adulteração deve ser combatida e punida com o rigor da lei”, indicou Guerra. 

         

 
 


 

Porto Alegre, 21 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.130

 

 Leilão GDT: preços internacionais de leite caem após 2 meses em alta

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (20/10) apresentou queda de 3,1% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.735/tonelada. Foi a primeira queda desde o evento ocorrido em 18 de agosto, quando os preços de lácteos iniciaram um período de 2 meses de forte recuperação nas cotações.

O leite em pó integral apresentou queda de 4,6%, sendo comercializado a US$ 2.694/tonelada. O leite em pó desnatado também sofreu queda, indo a US$2.178/ton (-4,5%). O queijo cheddar também teve redução nos preços, chegando a US$3.163/tonelada (-2,2% sobre o último leilão).

Os volumes de venda no leilão GDT continuam em patamares significativamente abaixo de 2014. Neste leilão foram vendidas 34.519 toneladas de produtos lácteos, volume 32% inferior ao mesmo período do ano passado.

 

 
Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também tiveram quedas, com os preços futuros oscilando entre US$2.600 e US2.700/ton. (A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)
 
 
 
Preço Conseleite/MS 
Os preços finais do leite de setembro, no Mato Grosso do Sul, foram maiores que os projetados pelo Conseleite em agosto. No entanto, os valores de setembro de 2015 são menores que os recebidos pelos produtores no mesmo mês dos dois anos anteriores. A projeção para outubro não interrompe essa tendência, e o ano de 2015 deve fechar com o produtor recebendo a menor remuneração média dos dois últimos anos.
 
Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Fonte: - Farmasul/Texto: Terra Viva)
 
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em setembro de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de setembro é de R$ 0,8791/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br/conseleite/. (Fonte: Conseleite/PR) 
 
 
Produção de leite por vaca no RS é maior que no país
Dados do IBGE mostram que o RS teve a maior produtividade por vaca ao somar 3.034 litros, acima da média do país, de 1.525 litros em 2014. Também, pela primeira vez, a Região Sul superou a Sudeste em volume - juntas, respondem por 70% da produção nacional. Minas Gerais segue no topo do ranking em volume total - produziu 9,36 bilhões de litros -, apesar de ter produtividade por vaca inferior à do RS. O Estado do Sudeste tem rebanho maior, de quase 6 milhões de vacas. O Rio Grande do Sul tem 1,54 milhão de vacas e é o segundo maior produtor do país, com 4,68 bilhões de litros. Outro dado importante: das cem cidades com maior produtividade por vaca, 62 estão no RS. (Zero Hora)
 

Levantamento divulgado nesta terça-feira (20/10) pelo Conselho Paritário do Leite (Conseleite) indicou alta de 3,25% no preço do leite em pó projetado para outubro (R$ 0,8391) em relação ao valor consolidado em setembro (R$ 0,8127), uma sinalização de que o mercado externo está ajudando a segurar os preços ao produtor e a rentabilidade da indústria. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o preço do leite em pó apresentou uma reversão no mês de outubro, atingindo, pela primeira vez no ano, valores acima dos obtidos em 2014. Até então, os preços praticados em todos os meses de 2015 estavam abaixo dos valores do ano anterior.

Segundo o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, exportar é o caminho para a sustentabilidade do mercado, que vem enfrentando estabilidade de preços do litro apesar do aumento de custos no campo. Presente à reunião na sede da Fecoagro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também confia em uma retomada puxada pela questão cambial, que torna a produção brasileira extremamente atrativa no exterior.

Em relação ao Leite Padrão, depois de meses de queda no preço do Conseleite, o litro voltou a ter sinalização modesta de alta no Rio Grande do Sul. Apesar do consolidado de setembro (R$ 0,8192) ter ficado 0,22% menor do que o projetado (R$ 0,8214), o valor previsto para o leite padrão em outubro deve ficar em R$ 0,8208. O indicador representa uma alta de 0,20% em relação ao consolidado do mês anterior. “O indicativo para outubro sinaliza estabilidade mesmo em uma época de tradicional redução de captação “, alega Rodrigues.

Reunidos com o deputado estadual Gabriel Souza (PMDB), líderes do setor lácteo gaúcho alinharam nesta segunda-feira (19/10) como será encaminhada a fusão entre o Projeto de Lei (PL) nº 101/2015, que cria o Transleite, e a proposta do Executivo, o chamado Prolácteos. Apesar de estar em tramitação na Assembleia Legislativa com parecer favorável na CCJ, é consenso do setor que a matéria precisa de ajustes. Desta forma, Souza definiu, em conjunto com representantes do Sindilat, Farsul, Fetag, Apil-RS e IGL, pelo congelamento da tramitação do PL 101 até o dia 29 de outubro, quando os representantes do setor voltarão a se reunir para apresentarem novas propostas ao texto. O Sindilat foi representado no encontro pelo 1º vice-presidente, Guilherme Portella, e pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. “Precisamos de um projeto que harmonize todo o setor, contemplando os interesses de governo, produtores e indústria”, salientou Palharini.

Segundo Souza, como as propostas não são conflitantes, há apenas pequenos detalhes a serem discutidos. Ele lembra que a própria cadeia encaminhou a maioria das demandas e concorda com a criação de uma ampla legislação capaz de abranger todos os aspectos da cadeia.“Queremos que todo o setor olhe o projeto, discuta e faça as contribuições necessárias para que possamos ter uma fiscalização que realmente funcione”, destacou. Com relação à agilidade na aprovação, o parlamentar garantiu que as discussões ocorrerão de maneira rápida e que, assim que se chegar a um acordo, o governo encaminhará o novo projeto em regime de urgência para a Assembleia Legislativa. "Até o dia 29, vamos buscar o compromisso do governo em enviar a pauta à Assembleia em regime de urgência, porque o setor tem pressa para essa regulamentação. Tem que ser aprovado ainda neste ano", salientou.

Foto: Marluci Stein

         

 
 


 

Porto Alegre, 20 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.129

 

 Leite em pó tem alta e sinaliza ganho no mercado externo

Levantamento divulgado nesta terça-feira (20/10) pelo Conselho Paritário do Leite (Conseleite) indicou alta de 3,25% no preço do leite em pó projetado para outubro (R$ 0,8391) em relação ao valor consolidado em setembro (R$ 0,8127), uma sinalização de que o mercado externo está ajudando a segurar os preços ao produtor e a rentabilidade da indústria. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o preço do leite em pó apresentou uma reversão no mês de outubro, atingindo, pela primeira vez no ano, valores acima dos obtidos em 2014. Até então, os preços praticados em todos os meses de 2015 estavam abaixo dos valores do ano anterior. 

Segundo o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, exportar é o caminho para a sustentabilidade do mercado, que vem enfrentando estabilidade de preços do litro apesar do aumento de custos no campo. Presente à reunião na sede da Fecoagro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também confia em uma retomada puxada pela questão cambial, que torna a produção brasileira extremamente atrativa no exterior.

Em relação ao Leite Padrão, depois de meses de queda no preço do Conseleite, o litro voltou a ter sinalização modesta de alta no Rio Grande do Sul. Apesar do consolidado de setembro (R$ 0,8192) ter ficado 0,22% menor do que o projetado (R$ 0,8214), o valor previsto para o leite padrão em outubro deve ficar em R$ 0,8208. O indicador representa uma alta de 0,20% em relação ao consolidado do mês anterior. "O indicativo para outubro sinaliza estabilidade mesmo em uma época de tradicional redução de captação ", alega Rodrigues.


Na foto: Reunião Conseleite em 20/10/2015
Crédito: Carolina Jardine
 
Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Setembro de 2015.
Matéria-prima  -  Valores Projetados Setembro / 15
 
 
Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Outubro de 2015.
Matéria-prima  -  Outubro / 15 *
 
 
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Governo e entidades negociam fusão de projetos

Reunidos com o deputado estadual Gabriel Souza (PMDB), líderes do setor lácteo gaúcho alinharam nesta segunda-feira (19/10) como será encaminhada a fusão entre o Projeto de Lei (PL) nº 101/2015, que cria o Transleite, e a proposta do Executivo, o chamado Prolácteos. Apesar de estar em tramitação na Assembleia Legislativa com parecer favorável na CCJ, é consenso do setor que a matéria precisa de ajustes. Desta forma, Souza definiu, em conjunto com representantes do Sindilat, Farsul, Fetag, Apil-RS e IGL, pelo congelamento da tramitação do PL 101 até o dia 29 de outubro, quando os representantes do setor voltarão a se reunir para apresentarem novas propostas ao texto. O Sindilat foi representado no encontro pelo 1º vice-presidente, Guilherme Portella, e pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. "Precisamos de um projeto que harmonize todo o setor, contemplando os interesses de governo, produtores e indústria", salientou Palharini.

Segundo Souza, como as propostas não são conflitantes, há apenas pequenos detalhes a serem discutidos. Ele lembra que a própria cadeia encaminhou a maioria das demandas e concorda com a criação de uma ampla legislação capaz de abranger todos os aspectos da cadeia. "Queremos que todo o setor olhe o projeto, discuta e faça as contribuições necessárias para que possamos ter uma fiscalização que realmente funcione", destacou. Com relação à agilidade na aprovação, o parlamentar garantiu que as discussões ocorrerão de maneira rápida e que, assim que se chegar a um acordo, o governo encaminhará o novo projeto em regime de urgência para a Assembleia Legislativa.  "Até o dia 29, vamos buscar o compromisso do governo em enviar a pauta à Assembleia em regime de urgência, porque o setor tem pressa para essa regulamentação. Tem que ser aprovado ainda neste ano", salientou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: Marluci Stein
 
 
Produção Atolada
Por aqui, é o excesso de chuva que atrapalha. Em Minas Gerais, é a falta de precipitação que afeta produção de leite. O fato é que a combinação desses dois cenários impactará no volume produzido no país neste mês.
 
Crédito: Stefani Thums

No Rio Grande do Sul, a produção de outubro costuma ter leve queda, de 1,2% a 2% em relação a setembro. Neste ano, no entanto, com as enxurradas registradas, essa diminuição será três vezes maior.

Levantamento feito pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS) mostra que as empresas estão captando quantidade 6,5% menor diariamente, o que representa 850 mil litros - a produção no Rio Grande do Sul é de 13 milhões de litros por dia.

A redução reflete dificuldades dos produtores de colocarem o gado no pasto, para alimentação. Além disso, o excesso de umidade prejudica o desenvolvimento de plantas forrageiras e atrasa o plantio do milho que é destinado à silagem.

São situações que acabam por diminuir o rendimento das vacas. Na propriedade de Gelsi Belmiro Thums (foto acima), no interior de Carlos Barbosa, a produtividade média recuou de 35 litros para 30 litros por dia.

A chuvarada também faz com que, muitas vezes, a indústria não consiga ter acesso às propriedades para fazer o recolhimento do leite.

- As perdas que ocorreram não têm como ser recuperadas. Já houve um vazio neste período - diz o presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra.

Como o pico de produção no Estado em agosto e setembro, este período do ano seria de estabilidade e até queda nos preços do leite. Mas os efeitos da chuva poderão inverter essa curva.

- O preço do leite longa vida tinha tido queda, talvez possa reagir - completa Guerra. (Zero Hora)

 
 
Piá na maior feira de alimentos do mundo 
 
A Cooperativa Piá integrou uma missão organizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) que esteve este mês na Anuga, em Colônia (Alemanha), maior feira de alimentos prontos do mundo, com sete mil expositores e 280 mil metros quadrados de área de exposição. Estiveram presentes o presidente da Piá, Gilberto Kny, e o gerente de marketing, Tiago Merckel Haugg.
 
Segundo Tiago Haugg, o objetivo da visita à Anuga foi o de buscar tendências de produtos na área de lácteos, frutas, embalagens e na comunicação com os consumidores. "Notamos um crescimento expressivo dos produtos orgânicos e de leites e iogurtes com proteína extra para pessoas que praticam exercícios", destacou Haugg. Segundo ele, a feira serviu para mostrar que as embalagens da Piá estão alinhadas com as principais marcas mundiais de lácteos.
 
Os representantes da Piá também aproveitaram a viagem para a Alemanha para realizar uma visita técnica à uma unidade industrial da Friesland Campina, a segunda maior cooperativa de leite do mundo. Com sede na Holanda, a Friesland Campina processa 1,5 milhão de litros de leite por dia e possui um mix de produtos bastante semelhante ao oferecido pela Piá. (Assessoria de Imprensa Piá)
 
Aftosa
Começa em novembro a segunda etapa de vacinação contra aftosa no Estado. Até o dia 30, animais de zero a 24 meses devem receber a chamada dose de reforço. Ao todo, 5 milhões de terneiros deverão ser imunizados. Produtores enquadrados nos critérios do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Estadual de Pecuária Familiar (PecFam) e com até 30 animais têm direito às doses gratuitas, doadas pela Secretaria da Agricultura. (Zero Hora)

         

  


 

Porto Alegre, 19 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.128

 

 Chuva reduz captação de leite em 6,5% no RS
  

Produtor Gelsi Belmiro Thums, em Carlos Barbosa
Crédito: Stefani Thums

Os fortes temporais que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas e a chuva constante têm prejudicado em cheio a produção leiteira gaúcha. Segundo levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) entre seus associados, as indústrias estão captando, em média, 6,5% menos leite, o que representa um queda de 850 mil litros de leite/dia em relação à média estadual de 13 milhões de litros/dia. "A situação está difícil. Se as chuvas persistirem, podemos chegar a ter uma redução de produção mensal da ordem de 25 milhões de litros", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. A preocupação é compartilhada pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Carlos Joel da Silva. Ele informa que a chuva não está deixando as pastagens se desenvolverem no Interior.

Uma das propriedades atingidas é a de Gelsi Belmiro Thums, na localidade de Santa Clara Baixa, interior de Carlos Barbosa (RS). Com as chuvas dos últimos três meses, ele viu a produtividade média das 24 vacas cair de 35 litros/dia para 30 litros/dia e os custos aumentarem. Cooperado da Santa Clara há 39 anos, ele conta que o solo ficou encharcado, prejudicando o desenvolvimento do azevém cultivado para alimentar o gado no inverno. Sem pasto, a alternativa foi ampliar a oferta de ração, silagem e feno aos animais, o que elevou os custos com alimentação. Além disso, diz o produtor, que entrega cerca de 10 mil litros à cooperativa por mês, sem a pastagem, a produção também fica menor. "Estamos enfrentando dificuldades com esse clima desfavorável. Há vezes que chove 200 milímetros e, quando o solo começa a secar, chove novamente. O azevém está apodrecendo embaixo da água e ainda temos pouca luminosidade", conta, lembrando que o próprio pisoteio das vacas sobre o solo molhado acaba agravando a situação. Além do aumento do gasto com ração, o produtor calcula que, computando despesas adicionais com combustível e energia, o custo de produção teve um incremento de 35% em 2015.

Para os próximos meses, a tendência nos tambos é de cautela. Apesar do preço do leite ao produtor vir se mantendo estável, Thums teme queda da rentabilidade, o que pode fazer muitos criadores cortarem até mesmo a ração dos animais. "Aí fica pior ainda. Vai ter muita gente parando. Produzir vai ficar muito caro", alertou.

As dificuldades climáticas ainda devem atingir a produção no verão. Isso porque, mesmo que as chuvas deem uma trégua, muitos produtores estão com o plantio das lavouras de milho destinadas à confecção de silagem atrasado. Processo esse que também está mais caro. Produtores indicam para aumento de 45% no custo da produção da silagem. Sem contar as perdas de quem já semeou. Só na propriedade de Thums, 90% de uma área de um hectare cultivada com aveia que seria destinada à alimentação de animais já foi perdida. "Isso representa um prejuízo de R$ 1,5 mil", calcula. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Sindilat mobiliza associados em campanha de doação

Frente ao drama de milhares de gaúchos que estão fora de suas casas devido à ocorrência de temporais e alagamentos, o Sindicato da Indústria do Leite e Derivados do RS (Sindilat) conclama seus associados a unirem-se à campanha de doações. A ajuda aos desabrigados pode ser feita por meio de repasses direto à Defesa Civil na Avenida Campos Velho, 426 - Porto Alegre. A coordenação informa que os itens de maior necessidade são os de higiene pessoal, limpeza e alimentos. Interessados em aderir podem entrar em contato pelo telefone (51) 3268-9026.

O movimento teve início no dia 15 de outubro, quando o Sindilat, a Associação Gaúcha dos Supermercadistas (Agas) e a empresa Orquídea realizaram doação de 5 mil litros de leite e 2 mil pacotes de biscoito à Defesa Civil. Também foram doados 500 pães por dia por meio da empresa Superpan. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, salientou que a ação busca auxiliar a comunidade gaúcha, e que o sindicato trabalha para sensibilizar outras empresas e setores a unirem-se à campanha. "Iniciamos um chamamento entre nossos associados para mobilizar o empresariado e novos colaboradores. Essas famílias precisam da ajuda de todos nós", frisou.

O coordenador geral da Defesa Civil, Nelcir Tessaro, agradeceu a ação solidárias das empresas do ramo de alimentação. "Mostra que o povo gaúcho é solidário e estende a mão ao próximo principalmente nesses horas. Só nas ilhas de Porto Alegre, temos 10 mil pessoas precisando do nosso braço, sem contar as zonas Norte e Leste. A solidariedade ajuda nesse movimento que, por si só, a prefeitura não poderia atender", pontua.

O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, disse que a doação demonstra o compromisso social das empresas e instituições envolvidas. "Além de vender alimentos e abastecer a população gaúcha, parabenizamos a atuação do Sindilat, da Orquídea, e da Superpan. Manter a alimentação é a base de tudo, e a sustentação para essas crianças". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Cresce exportação de lácteos para a Rússia

A retaliação da Rússia à União Europeia e a outros países do Ocidente, em resposta às sanções que vem sofrendo por conta do conflito na Ucrânia, abriu uma oportunidade para os exportadores brasileiros de lácteos. Desde julho deste ano, quando a Rússia abriu efetivamente seu mercado aos lácteos do Brasil, as negociações entre as empresas brasileiras e importadores russos para a venda de queijos e manteiga estão aquecidas e os embarques já concretizados também avançam. E a expectativa é que os volumes exportados cresçam nos próximos meses.

De janeiro a setembro, a receita com os embarques dos dois produtos somou quase US$ 1 milhão. Foram 182 toneladas de manteiga e 118 de queijos. Ainda são volumes pouco significativos, mas o potencial é de crescimento, uma vez que a Rússia tem hoje poucas possibilidades de fornecedores no mercado e as vendas estão apenas começando. De acordo com Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que reúne empresas do segmento, a expectativa é que as exportações de manteiga alcancem 450 toneladas este ano e as de queijos, 350. "Para o ano que vem, se tudo andar bem, temos espaço para pelo menos dobrar essa quantidade", afirmou.

Gráfico 1 - Projeção de exportações de queijos e manteigas para a Rússia (até setembro/2015 e projeção total para o ano).

Fonte: Viva Lácteos

Uma das empresas que estão prestes a embarcar queijos para a Rússia é a Laticínios Tirolez. De acordo com Cícero Hegg, diretor comercial e de marketing da companhia, o primeiro embarque da Tirolez ao país será nesta segunda-feira. Serão 22 toneladas de queijo gorgonzola. No dia 26 de outubro, haverá outro embarque, mais uma vez de 22 toneladas, de queijos variados. "Os russos são grandes consumidores de lácteos e não são autossuficientes", observa Hegg. A expectativa, afirma o empresário, é embarcar à Rússia de 40 a 50 toneladas de queijos por mês, "pelo menos", nos próximos 12 meses.

Já a mineira Itambé, joint venture entre Vigor e Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), estima embarques mensais de 100 toneladas de manteiga à Rússia. Segundo Ricardo Cotta, diretor de relações institucionais da companhia, há demanda para volumes maiores, mas não há capacidade para atendê-la porque não há matéria gorda suficiente para produzir mais manteiga. Para isso, seria necessário ampliar a produção de leite desnatado, já que a gordura do leite é a matéria-prima para a manteiga.

Até o ano passado, o Brasil não podia exportar à Rússia, mas a impossibilidade de comprar de vários países por causa das sanções levou Moscou a rever as regras que norteiam a importação. Antes disso, a Rússia só permitia a compra de produtos lácteos (leite em pó, manteiga, queijo e outros) de países livres de brucelose e tuberculose no rebanho bovino. Mas pôs fim à exigência e assim foi possível firmar um certificado sanitário internacional com o Brasil, que ainda não é livre das duas doenças.

As negociações para o estabelecimento do certificado sanitário internacional para a exportação de lácteos à Rússia começaram em junho do ano passado, segundo Marcelo Costa Martins, da Viva Lácteos. Em um período de três meses, foram identificados os requisitos sanitários para a exportação e houve inspeção de unidades por parte dos russos. Então, em setembro do ano passado, foram habilitadas 12 unidades e os primeiros embarques começaram.

A BRF, que então ainda não tinha transferido sua área de lácteos para a Lactalis, teve planta habilitada, aproveitou seu conhecimento do mercado russo - para onde já exporta carnes - e vendeu volumes significativos de manteiga. Nos três últimos meses de 2014, quando a demanda russa já era forte em função das sanções, foram 838,4 toneladas. Além disso, a BRF também foi a responsável pela exportação, em maio, de 182 toneladas de manteiga àquele país. Em julho deste ano, outras 11 plantas de lácteos do Brasil foram habilitadas a exportar para a Rússia. Agora, são 23 autorizadas.

O diretor-executivo da Viva Lácteos admite que a recente valorização do dólar ante o real e a melhora dos preços dos lácteos no mercado internacional também favorecem os embarques brasileiros à Rússia. Ele avalia que o Brasil pode se tornar um fornecedor mais constante para a Rússia por conta do embargo do país a outros exportadores de lácteos. Ele afirma haver uma percepção de que os russos têm tentando diversificar seu leque de fornecedores. "Duas a três vezes por semana, recebemos consultas de importadores russos interessados em queijo e manteiga", afirma.

Hegg, do Tirolez, acredita que a demanda forte por produtos do Brasil "vai durar o tempo que durar o embargo" do Ocidente ao país. Mas o empresário se diz "realista" e observa que os lácteos produzidos nos países europeus, mais próximos da Rússia, têm preços mais competitivos. (Valor Econômico)

Com 'big data', governo gaúcho quer R$ 1 bilhão de receita extra em 2018 

A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul coloca em operação hoje um sistema de processamento de informações fiscais com uso de "big data" para combater fraudes e a sonegação. Com ele, o Estado pretende agregar R$ 1 bilhão a mais à arrecadação anual de ICMS a partir de 2018, o equivalente a 3,7% da receita esperada para 2015 com o tributo, informou o subsecretário da Receita Estadual, Mario Wunderlich dos Santos. O combate à sonegação é uma das estratégias do governo gaúcho para enfrentar a crise nas finanças públicas, que já provocou o parcelamento de salários dos servidores do poder Executivo em julho e agosto. Desde abril o Estado também vem atrasando o pagamento das parcelas mensais da dívida com a União e teve as contas bloqueadas cerca de dez dias por mês em agosto, setembro e outubro. O sistema de armazenamento de "big data" adotado foi adquirido da americana EMC por meio de licitação internacional. 

O investimento somou R$ 5,5 milhões, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como parte do Projeto de Fortalecimento da Gestão Fiscal do Estado (Profisco¬RS), lançado em 2009, informou a secretaria. A nova plataforma permitirá o monitoramento e cruzamento em tempo real de grandes volumes de dados dos contribuintes estaduais, incluindo consumo de energia, gastos com telefonia, compras de matérias¬primas, vendas e transporte de mercadorias. Será possível verificar até se o recolhimento do IPVA das frotas está em dia e quando os caminhões passam por postos de pedágio. "Passaremos de horas ou dias de análises de informações para questão de segundos", disse Wunderlich. "Uma análise de determinado setor, que hoje leva quatro meses, será concluída em meia hora". 

O governo do Estado faz o acompanhamento sistemático de 55 setores da economia para detectar anomalias na arrecadação entre empresas da mesma cadeia produtiva e o "big data" permitirá identificar alterações de padrões e fraudes de maneira precoce, disse. O governo gaúcho já adota a Nota Fiscal Eletrônica (NF¬e) desde 2006 e presta serviços de emissão e validação dos documentos para 13 Estados. Conforme a Secretaria da Fazenda, o Rio Grande do Sul acumula "bilhões de informações" fiscais obtidas por ferramentas como a própria NF¬e, a Escrita Fiscal Digital (EFD), os cartões de crédito dos contribuintes cadastrados e os dados repassados pelas concessionárias de energia e telefonia. Os investimentos em novas tecnologias nos últimos anos já vêm contribuindo para o combate à sonegação. De janeiro a setembro o valor dos autos de lançamento emitidos contra devedores de ICMS somou R$ 1,2 bilhão, alta de quase 30% sobre igual período de 2014. (Valor Econômico)

Leite/UE 
A Comissão Europeia implantou nova modalidade de armazenamento de leite em pó desnatado que permitirá contratos com prazo maiores, (acima de 365 dias, diante dos atuais períodos de 90 a 210 dias) e com uma quantia diária mais elevada. Foram as medidas anunciados pelo Comissário da Agricultura, Phil Hogan, para aliviar a crise do setor pecuário. Este novo armazenamento será um adicionado ao já existente, que foi aberto em setembro de 2014 para o leite em pó desnatado e a manteiga, diante do embargo russo. Uma vez que os preços se deterioram, o armazenamento foi sendo prorrogado sucessivamente até 29 de fevereiro de 2016. Com os atuais contratos de 90 a 210 dias, a ajuda é de € 8,86 por tonelada armazenada em custos fixos, mais 0,16 €/tonelada por dia. No novo programa, para os 365 dias, continua mantendo o valor de 15,57 €/tonelada como custo fixo de armazenamento, mas houve aumento no valor diário para 0,36 €/tonelada por dia. Nesta nova modalidade, as quantidades armazenadas podem ser retiradas no prazo mínimo de 270 dias, e neste caso a ajuda seria reduzida em 10%. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

Produtor Gelsi Belmiro Thums, em Carlos Barbosa./ Crédito: Stefani Thums

 

Os fortes temporais que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas e a chuva constante têm prejudicado em cheio a produção leiteira gaúcha. Segundo levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) entre seus associados, as indústrias estão captando, em média, 6,5% menos leite, o que representa um queda de 850 mil litros de leite/dia em relação à média estadual de 13 milhões de litros/dia. “A situação está difícil. Se as chuvas persistirem, podemos chegar a ter uma redução de produção mensal da ordem de 25 milhões de litros”, pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. A preocupação é compartilhada pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Carlos Joel da Silva. Ele informa que a chuva não está deixando as pastagens se desenvolverem no Interior.

Uma das propriedades atingidas é a de Gelsi Belmiro Thums, na localidade de Santa Clara Baixa, interior de Carlos Barbosa (RS). Com as chuvas dos últimos três meses, ele viu a produtividade média das 24 vacas cair de 35 litros/dia para 30 litros/dia e os custos aumentarem. Cooperado da Santa Clara há 39 anos, ele conta que o solo ficou encharcado, prejudicando o desenvolvimento do azevém cultivado para alimentar o gado no inverno. Sem pasto, a alternativa foi ampliar a oferta de ração, silagem e feno aos animais, o que elevou os custos com alimentação. Além disso, diz o produtor, que entrega cerca de 10 mil litros à cooperativa por mês, sem a pastagem, a produção também fica menor. “Estamos enfrentando dificuldades com esse clima desfavorável. Há vezes que chove 200 milímetros e, quando o solo começa a secar, chove novamente. O azevém está apodrecendo embaixo da água e ainda temos pouca luminosidade”, conta, lembrando que o próprio pisoteio das vacas sobre o solo molhado acaba agravando a situação. Além do aumento do gasto com ração, o produtor calcula que, computando despesas adicionais com combustível e energia, o custo de produção teve um incremento de 35% em 2015.

Para os próximos meses, a tendência nos tambos é de cautela. Apesar do preço do leite ao produtor vir se mantendo estável, Thums teme queda da rentabilidade, o que pode fazer muitos criadores cortarem até mesmo a ração dos animais. “Aí fica pior ainda. Vai ter muita gente parando. Produzir vai ficar muito caro”, alertou.

As dificuldades climáticas ainda devem atingir a produção no verão. Isso porque, mesmo que as chuvas deem uma trégua, muitos produtores estão com o plantio das lavouras de milho destinadas à confecção de silagem atrasado. Processo esse que também está mais caro. Produtores indicam para aumento de 45% no custo da produção da silagem. Sem contar as perdas de quem já semeou. Só na propriedade de Thums, 90% de uma área de um hectare cultivada com aveia que seria destinada à alimentação de animais já foi perdida. “Isso representa um prejuízo de R$ 1,5 mil”, calcula.

         

 
 


 

Porto Alegre, 16 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.127

 

Setores reforçam posição de manter os 100% dos créditos presumidos
Em reunião do dia 15/10, coordenada pelo secretário da Agricultura Ernani Polo juntamente com os secretários Carlos Burigo e Tarcisio Minetto e o deputado relator da PL 214/2015 Elton Weber, os presidentes das cadeias produtivas do leite, frangos, bovino de corte e suínos reiteraram que os setores não tem espaço para nenhuma redução dos créditos presumidos, caso contrário a indústria gaúcha vai perder a competitividade com os outros estados e consequentemente reduzir os seus investimentos bem como os produtores rurais poderão desistir das suas atividades. O secretário geral do Governo Sartori, Carlos Búrigo, informou que o Executivo não trabalha com corte de 30% dos créditos presumidos de forma integral a todos os setores envolvidos no PL 214. A matéria está em tramitação na Assembleia Legislativa. Segundo ele, o projeto em questão visa apenas dar condições do governo Sartori  fazer alterações naqueles segmentos onde há espaço para ajustes fisicais. E garantiu que qualquer mudança levará em conta as dificuldades enfrentadas pelos diferentes segmentos. "Não temos nada certo sobre as mudanças para os setores. Sabemos das dificuldades e que esse setor não tem nenhum espaço a ser mexido. Vamos levar isso em conta. O governador reconhece que esse é um setor importante", pontuou, referindo-se ao agronegócio.  Ao lado dos colegas  Ernani Polo (Agricultura), e Tarcísio Minetto (Desenvolvimento Rural) e do deputado Elton Weber, Búrigo ainda reconheceu a importância do setor primário para a economia do RS e a relevância dos setores ali representados. Contudo, pontuou as dificuldades financeiras do Estado e o esforço que vem sendo feito para evitar colapso nos serviços e das contas públicas. "O Rio Grande do Sul tem que ser competitivo. Tem que ser, no mínimo, igual aos outros estados. Esse conceito temos que divulgar entre as pessoas que trabalham com as legislações.", salientou. 
Durante o encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, juntamente com o seu primeiro vice-presidente Guilherme Portella e o diretor da Italac Lenormand da Silva pontuou a incerteza que tal projeto traz ao empresariado que pretende investir no Rio Grande do Sul. "Se tenho um investimento a ser feito, isso me traz uma grande insegurança. Nossos setores precisam de uma definição. Caso contrário, não se mexem", alertou ao lado do secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Guerra ainda sugeriu aos líderes do Executivo a ampliação da fiscalização sobre as agroindústrias de "beira de estrada", o que permitará uma concorrência mais justa entre os diferentes agentes de mercado. Tal medida, salienta o executivo, ainda ampliaria o potencial de arrecadação tributária do Estado, uma vez que incluiria diversas empresas que, hoje, atuam na ilegalidade. Pelo setor produtivo, também se fizeram presentes dirigentes da Asgav, Sips, Sicadergs e Apil. (Assessoria Sindilat)
 
(Caroline Jardine)
 
 
Chuva sobre chuva

O tamanho exato dos estragos causados pelo tempo na produção gaúcha só será conhecido depois que a chuva der trégua. Neste momento, equipes da Emater têm dificuldade até de chegar nas localidades afetadas para fazer um levantamento dos prejuízos. O mau tempo também impediu que o sistema criado para a comunicação de perdas por parte dos escritórios regionais fosse acessado ontem. Entre as culturas afetadas estão trigo, arroz, frutas, folhosas e tabaco (leia ao lado).
- Os pedidos de Proagro devem aumentar bastante - avalia Lino Moura, diretor técnico da Emater, em relação às solicitações de seguro feitas à entidade para o trigo, que chegavam a 1.862 há duas semanas. Prejudicado pela geada de setembro, o trigo deverá ter colheita reduzida em volume e qualidade. Nas lavouras de arroz, o plantio está atrasado. Ainda há tempo para recuperação e a possibilidade de replantio - isso, claro, quando o tempo colaborar. O diretor técnico da Emater estima que a retomada do trabalho só possa ocorrer dentro de 10 dias. Na Ceasa de Porto Alegre, antes mesmo dos temporais do últimos dias, a oferta de alface havia sido reduzida à metade, ainda reflexo do mau tempo registrado há duas semanas, e o preço estava 115% mais caro.- O produtor havia tido problemas com as chuvas registradas entre 20 de setembro e 1º de outubro. Alguns chegaram a perder 100%. Agora, esperava-se a recuperação. Mas a maioria está com as lavouras debaixo d'água - explica Ailton dos Santos Machado, que é diretor técnico e operacional da Ceasa. Também produtor de folhosas em Águas Claras, em Viamão, ele teve quebra de 70% na propriedade. Assim como a Emater, Machado estima que ainda serão necessários dias - pelo menos de dois a três - para que se tenha avaliação precisa dos danos causados pelos temporais de agora. (Fonte: Zero Hora)

Horário de verão começa no próximo domingo em nove Estados e no DF

BRASÍLIA ¬ 15/10/2015 às 14h45 Horário de verão começa no próximo domingo em nove Estados e no DF Atualizada às 16h45 para corrigir a informação sobre o Tocantis. O Ministério de Minas e Energia, diferentemente do que havia afirmado mais cedo, esclareceu que o Estado não terá a mudança de horário. Abaixo a nota corrigida: O horário de verão 2015/2016 terá início à zero hora do próximo domingo, dia 18, quando a população de nove Estados e do Distrito Federal deverá adiantar relógios em uma hora. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a mudança de horário vai durar até a meia¬noite do dia 21 de fevereiro de 2016, quando os ponteiros deverão ser atrasos em uma hora. O horário especial entrará em vigor nas regiões Sul, Sudeste e Centro¬Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Brasil, o horário de verão tem como principal objetivo racionalizar a infraestrutura energética, com postergação de investimentos em novas fontes de produção, conforme informou nesta quinta¬feira o ministério. Em nota, o órgão federal destacou que o horário diferenciado, no período do ano de maior incidência de raios solares, é adotado há décadas em dezenas de países do mundo, muitos deles com o propósito de economizar energia em sistemas onde a geração termelétrica, mais cara, é predominante. "Embora seja importante a economia absoluta no consumo de energia, especialmente no atual período de estiagem que levou ao acionamento de usinas térmicas mais caras, o horário de verão se justifica principalmente pela mudança do horário de pico de consumo, que normalmente ocorre das 18h às 21h", informou o MME. O ministério ressaltou que, além de poupar investimentos no sistema elétrico, o horário de verão traz outros benefícios, tais como: o aumento da segurança operacional ao evitar a sobrecarga das redes de transmissão, a maior flexibilidade operativa em manutenções e a redução de cortes no fornecimento em situações de emergência. O governo estima que o horário de verão evita um custo de investimento de R$ 7 bilhões no sistema elétrico. Este recurso seria necessário para atender a uma demanda adicional de 2.610 megawatts (MW). Ainda segundo o MME, a adoção da medida nos últimos dez anos tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda no horário de pico e uma economia total de 0,5%, o que equivale ao consumo mensal de energia da cidade de Brasília - com 2,8 milhões de habitantes. (Valor Econômico)

Supremo barra inclusão de 'emendas jabutis' em MPs

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional ontem a inclusão das chamadas "emendas jabutis" na votação de medidas provisórias (MPs) pelo Congresso, para conversão em lei. Os "jabutis" são emendas incluídas por parlamentares que não têm qualquer relação com o tema original da norma encaminhada pelo Executivo. A decisão do STF só vale daqui para a frente, ou seja, não anula emendas anteriores. Os ministros entenderam que, se o julgamento invalidasse artigos incluídos no passado, isso levaria à revogação de milhares de dispositivos legais, causando insegurança jurídica. O Supremo analisou ontem uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pela Confederação Nacional das Profissões Liberais para contestar o artigo 76 da Lei 12.249/2010, que altera regras do exercício da profissão contábil. O artigo foi inserido pelo Congresso na conversão em lei da Medida Provisória 472/2009, encaminhada pelo Executivo para tratar de um assunto totalmente diverso: a instituição de um regime especial de incentivos para o desenvolvimento da indústria petrolífera nas regiões Norte, Nordeste e Centro¬Oeste. Por sete votos a três, os ministros negaram o pedido da confederação de anular o artigo, mantendo sua validade. Ficaram vencidos os ministros Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que concordavam com a demanda da ação de derrubar o dispositivo. "Introduziu¬se um artigo nesta MP que não tem nada a ver com a profissão de contabilista. Contrabandearam uma matéria absolutamente estranha", sustentou Lewandowski. "Inconstitucionalidade mais clara que esta não pode existir. Essa introdução de matéria absolutamente estranha e que não tem nenhuma urgência", acrescentou. Mas a maioria dos ministros entendeu que não seria possível anular todas as emendas incluídas como jabutis no passado. O ministro Edson Fachin sugeriu que, para garantir segurança jurídica, o STF deveria deixar claro que o entendimento só vale para o futuro. Ao proclamar o resultado do julgamento, os ministros explicaram que a ação foi julgada "improcedente", mas com "cientificação do Poder Legislativo que o Supremo Tribunal Federal afirmou", com efeitos daqui para a frente, "não ser compatível com a Constituição a apresentação de emendas sem relação de pertinência temática com medida provisória submetida à sua apreciação." Diversos ministros criticaram a inclusão, nos textos de MPs, de artigos sem qualquer relação com o tema original da norma. "É um costume parlamentar que claramente se formou contra a Constituição e se mostrando juridicamente inadmissível", disse o ministro Celso de Mello. "Pela primeira vez estamos considerando inconstitucional um costume parlamentar, o que é interessante", comentou Lewandowski. O presidente do STF classificou a inclusão de contrabandos como "verdadeiro abuso legislativo, que distorce a função da medida provisória", ou seja, tratar de temas urgentes. (Valor Econômico)

Fundesa amplia indenizações

O Fundesa vai indenizar os criadores por casos de tuberculose e brucelose em bovinos machos com mais de 24 meses. A proposta do Conselho Técnico Operacional de Pecuária Leiteira foi homologada ontem. Até agora, eram indenizados apenas os casos de fêmeas com diagnóstico positivo. (Fonte: Correio do Povo)
 
No radar
O deputado Gabriel Souza (PMDB) tenta mediar acordo para os dois projetos de lei do leite - um na Assembleia e outro em análise na Casa Civil. Na segunda, reúne-se com representantes do setor e, depois, da Secretaria da Agricultura.
 (Fonte: Zero Hora)