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09/03/2016

         

Porto Alegre, 09 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.221

 

    Exportação é caminho para estabilidade do mercado

Presença de peso no Fórum Estadual do Leite na manhã desta quarta-feira (9/3), o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins, traçou um panorama do setor lácteo nacional, destacando a relevância que as exportações devem assumir nos próximos anos para garantir a estabilidade de mercado. Segundo ele, com o aumento da produção nacional na casa dos 4,1%, índice maior do que a expansão do consumo, os embarques de leite em pó e condensado tornaram-se uma saída para muitas empresas para assegurar o crescimento dos negócios. Contudo, a crise do mercado internacional vem freando o potencial do setor.

A expansão do setor lácteo, pontuou o especialista, vem sendo puxada pela Região Sul, que assumiu a liderança nacional, ao centralizar 34,7% da produção de lácteos. Enquanto o país registrou crescimento de 4,1% em 10 anos, o Rio Grande do Sul atingiu 7%, praticamente o dobro. "E a região Noroeste, onde estamos agora, cresceu quase 9%", acrescentou Martins.  Ele informou que tem convicção de que a cadeia vai sair fortalecida desse momento, quando todos os elos estão sendo demandados a serem "mais profissionais, competitivos e eficientes".

Participando do Fórum Estadual do Leite, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra,  reforçou a posição, defendendo a relevância das empresas vislumbrarem nossas potencialidades e mercados para seus  produtos lácteos. O Sindilat também foi representado pelo secretário-executivo, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Chocks/Divulgação Cotrijal
 

  
 
CCGL anuncia investimento em Cruz Alta

Ao abrir o Fórum Estadual do Leite na manhã desta quarta-feira (9/3), em Não-Me-Toque, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, anunciou um novo investimento na região. A CCGL, empresa associada ao Sindilat, está investindo R$ 140 milhões na ampliação da unidade fabril de Cruz Alta. A proposta é elevar a capacidade instalada de 1 milhão de litros/dia para 2 milhões de litros/dia. Confiante no potencial do setor lácteo gaúcho, o presidente da CCGL, Caio Vianna, destacou a presença dos participantes do fórum, pessoas que têm feito um trabalho sério para o setor lácteo. "Acreditamos no produtor e vamos trabalhar para que a rentabilidade da atividade seja garantida e para que ela se mantenha ao longo do tempo. Sabemos da importância que o setor tem para manter o homem no campo", frisou Vianna.

O otimismo também foi a tônica do discurso do secretário da Agricultura, Ernani Polo, que reforçou a relevância dos debates que estão sendo realizados na Expodireto Cotrijal. "Além dos negócios, esses momentos deixam um saldo positivo que se replica depois nas propriedades, onde se busca cada dia um resultado melhor",  destacou. Polo ainda salientou que o agronegócio gaúcho vive um momento de transformação, onde a  "necessidade de profissionalização é um caminho sem volta". Apesar de avanços substanciais em profissionalização, como os previstos e alinhados na Lei do Leite, ele garantiu que há uma forte preocupação do governo em proporcionar condições para que um maior número de agricultores continue na atividade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Santa Clara e Piá estão entre as marcas mais lembradas e preferidas dos gaúchos

As cooperativas Santa Clara e Piá foram, novamente, destaques na pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata Pesquisas e Conhecimento Estratégico. Ambas as empresas figuram entre as mais lembradas e preferidas dos gaúchos no que se refere a Queijo e Produtos Lácteos. A Santa Clara, ainda, aparece em terceiro lugar na categoria Cooperativa. 

Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra, o resultado da pesquisa é reflexo dos mais de cem anos de atuação da cooperativa, do compromisso com a qualidade em todas as etapas de produção e a preocupação com o bem-estar do consumidor. Com 42,7% da lembrança e 35,3% da preferência dos consumidores entrevistados, a Santa Clara é a marca de Queijos com maior destaque no setor. Em dezoito edições do projeto, esse é 12º ano consecutivo que a cooperativa se posiciona como líder do segmento. 

Já na categoria Produtos Lácteos, enquanto a Santa Clara garantiu o primeiro lugar na "preferência" do público com 25% dos votos, a cooperativa Piá conquistou a liderança na "lembrança" do consumidor com 25,6%. "Figurar como a empresa mais lembrada pelos gaúchos mostra o comprometimento da Piá em produzir um produto de qualidade. É a solidificação da nossa marca", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. 

Entre as novidades da 18ª edição do Marcas de Quem Decide, esteve a inclusão de 12 novos setores de pesquisa. Na categoria Cooperativa, a Santa Clara também aparece com destaque. A cooperativa ficou em terceiro lugar na lembrança e preferência dos entrevistados, atrás de Sicredi e Unimed. Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (8/3), em cerimônia realizada no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Marco Quintana/ JC

Fonterra revisa previsão de preço do leite para 2015/16

A Fonterra reduziu sua previsão de preço do leite para a estação de 2015/16 de NZ$ 4,15 (US$ 2,80) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,34 (US$ 0,23) por quilo de leite], para NZ$ 3,90 (US$ 2,64) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,32 (US$ 0,21) por quilo de leite]. 

Quando combinado com as previsões de lucros por ação, que são de 45-55 centavos (30,5 a 37,3 centavos de dólar), isso significa uma previsão total para pagamento de NZ$ 4,35 (US$ 2,95) a NZ$ 4,45 (US$ 3) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,36 (US$ 0,24) a NZ$ 0,37 (US$ 0,25) por quilo de leite] e equivaleria atualmente à previsão de pagamento em dinheiro de NZ$ 4,25 (US$ 2,88) a NZ$ 4,30 (US$ 2,91) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,35 (US$ 0,23) a NZ$ 0,36 (US$ 0,24) por quilo de leite] para o produtor após as retenções de impostos.

A Fonterra está prevendo que sua produção de leite na Nova Zelândia será pelo menos 4% menor do que na estação anterior, à medida que os produtores respondem aos baixos preços, reduzindo o tamanho do rebanho e fornecendo significativamente menos suplementos, o que deverá ter um impacto na produção desse outono.

O presidente, John Wilson, disse que as condições difíceis no mercado global de lácteos têm colocado mais pressão sobre a previsão. "Mais uma redução na previsão do preço do leite é a última coisa que os produtores querem ouvir em uma estação muito desafiadora. Em momentos como esse, os negócios precisam fazer tudo o que puderem para direcionar até o último centavo de volta aos produtores". "O manejo está totalmente focado na redução dos custos e na geração de dinheiro em todo o negócio. O aumento contínuo no desempenho financeiro e a força de nosso balanço patrimonial fornecerá oportunidades para dar suporte aos fluxos de caixa dos produtores. Forneceremos uma atualização sobre isso em nossos resultados provisórios no dia 23 de março".

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que as exportações e as importações estiveram desequilibradas nos últimos 18 meses devido ao aumento maior do que o esperado na produção da Europa e às menores importações da China e da Rússia - os dois maiores importadores de lácteos. "O período de tempo para reequilíbrio mudou e depende muito da redução na produção - particularmente na Europa - em resposta a esses preços globais dos lácteos insustentavelmente baixos".

"Os fundamentos em longo prazo para o setor de lácteos são positivos, com o aumento da demanda em mais de 2% ao ano devido ao crescimento da população mundial, aumento da classe média na Ásia, urbanização e condições demográficas favoráveis. Nossa previsão é baseada em ausência de mudanças significativas na oferta ou na demanda globais antes do final do ano. Entretanto, uma redução na oferta disponível para exportação antes disso poderia significar uma redução nos preços antes do que é esperado atualmente", disse Spierings.

Em 08/03/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,67826
1,47436 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Fonterra, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Expectativas para o mercado de leite
A produção de leite está em queda nas principais bacias do Sudeste e Sul do país. A concorrência entre os laticínios é grande. Com isso, a expectativa é de que mercado continue firme e os preços ao produtor em alta. Para o pagamento de março, referente à produção entregue em fevereiro, 75% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta dos preços ao produtor, 18% falam em manutenção e os 7% restante estimam queda para o produtor. Os laticínios que apontam para queda no preço do leite ao produtor estão no Ceará, Bahia e Pernambuco. No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, corroborando com o cenário de oferta mais ajustada à demanda no mercado interno. Os valores máximos em São Paulo e Minas Gerais ultrapassam R$1,30 por litro. No atacado, as cotações dos lácteos também subiram em janeiro e fevereiro deste ano e devem seguir firmes em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

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