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01/03/2016

 

Porto Alegre, 01 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.215

 

    Leilão GDT: apesar de alta, leite em pó integral continua abaixo de US$2.000/ton

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (01/03) registrou alta de 1,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.253/tonelada.
O leite em pó integral foi comercializado a US$ 1.974/tonelada, apresentando alta de 5,5%. O leite em pó desnatado também registrou alta, chegando a US$ 1.802/tonelada (+1,3% sobre o último leilão). O queijo cheddar foi o único a registrar baixa, sendo comercializado a US$ 2.528/tonelada, valor 0,7% inferior ao do último leilão.

Foram vendidas 21.880 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 0,97% inferior ao mesmo período do ano passado. 

Com projeção de preço para agosto de US$ 2.121/tonelada, os contratos futuros de leite em pó integral demonstram que o mercado espera por reações nos preços de lácteos, pelo menos até o mês referido, tendo em vista que o último contrato disponível (setembro/2016) fechou a US$ 2.081/tonelada.

Apesar de dados terem indicado uma recuperação nas importações da China no mercado internacional, aparentemente tal movimento não foi suficiente para alterar as perspectivas do mercado. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

  
 
Produção encolhe, preço do leite sobre

Meses de baixa na produção de leite do Estado, janeiro e fevereiro têm surpreendido em 2016 com quedas mais acentuadas do que nos anos anteriores. Números consolidados de 2015 devem confirmar ainda redução de cerca de 1% no Rio Grande do Sul. Em anos anteriores, o quadro era de crescimento na casa de 6% a 7%. O fenômeno se repete no cenário nacional, com estimativa de recuo de 4% no ano passado.

Essa diminuição de volume pressiona preços para produtores e consumidores. No varejo, o produto deverá ficar 15% mais caro, projeta o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), na comparação do final de fevereiro com o mês de janeiro.

- Essa alta é uma recuperação necessária à indústria pela elevação dos custos - pondera Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.

Levantamento divulgado ontem pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP apontou recuo de 4,44% da captação de leite em janeiro, na comparação com dezembro. É a maior queda dos últimos 10 meses, na média Brasil - feita a partir de sete Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, onde caiu 5,6%.

Fatores econômicos e climáticos são as razões. O aumento no preço de insumos, em especial do milho, é um deles. A mudança de pastagens e o excesso de chuva, seguido de um início de ano em que houve estresse de calor para os animais impactaram no volume.

- O dólar na casa dos R$ 4 também encarece os custos - complementa Guerra.

Em março e abril a produção gaúcha costuma ter os menores níveis do ano - podendo cair entre 25% e 30%. Agosto e setembro são o pico. Para o cenário mudar, só a mesmo quando o inverno chegar. (Gisele Loeblein/Zero Hora)


Ritmo de tartaruga

O fato de o piso regional só ir a votação hoje diz muito sobre o ritmo do governo José Ivo Sartori. O piso vale a partir de 1º de fevereiro.

Quem paga empregados no último dia do mês não tinha base legal para conceder o reajuste ontem.

Detalhe: o mínimo regional não impacta nas contas do governo. Foi feito para a iniciativa privada, mas cabe ao Piratini encaminhar a proposta. (Rosane de Oliveira/Zero Hora)
 
 
Consumo familiar dá marcha ré e volta ao nível de 2010, caindo 2%

As quantidades consumidas de itens básicos, como alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza, deram marcha à ré no ano passado e voltaram para os níveis de 2010. Em 2015, o volume desses itens comprados pelas famílias caiu 2% em relação ao ano anterior. Já o valor gasto ficou estável, o que significa uma queda real de cerca de 10%, considerada a inflação. "Foi a primeira vez que efetivamente andamos para trás", diz Christine Pereira, diretora da Kantar Wordpanel, empresa de pesquisa que visita semanalmente 11 mil lares brasileiros para tirar uma fotografia do que os 51 milhões de domicílios espalhados pelo País, de fato, consomem de uma cesta com 150 categorias de produtos.

Essa freada interrompeu uma sequência de crescimento de quantidades consumidas de bens não duráveis que vinha praticamente desde 2008. Em termos de valor, o gasto sempre crescia, ano a ano, na casa de dois dígitos, lembra Christine. "À medida que o brasileiro ganhava mais, ele gastava mais", observa a especialista, ressaltando que, em 2015, por causa da crise da economia nacional, esse quadro mudou.

Outro dado que confirma esse cenário ruim foi o desempenho de vendas dos supermercados em 2015, que caíram 1,9%, descontada a inflação. Foi a primeira retração em nove anos.

Para 2016, a tendência do consumo de itens básicos não deve ser diferente. Em janeiro, as vendas dos supermercados brasileiros recuaram 3,38% ante o mesmo mês de 2015, já descontada a inflação do período, que foi de 1,27%, segundo o índice oficial (IPCA). "A queda de vendas de janeiro veio acima do esperado", afirma o presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, que atribui o péssimo desempenho à alta de preços dos alimentos, que ficaram 2,28% mais caros em janeiro. Diante do cenário de aumento do desemprego e da inflação, Honda espera nova retração nas vendas este ano entre 1,5% e 2%.

Christine explica que o consumo das famílias brasileiras é sustentado pelo trinômio inflação, renda e emprego, e que esses três pilares estão abalados pela crise. Tanto é que a pesquisa da Kantar revela que, em 2015, houve queda nas quantidades compradas de alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza em todos os estratos sociais em relação ao ano anterior, exceto entre a população de menor renda, das classes D e E. Essas classes ampliaram os volumes em 1% em relação a 2014.

Atacarejo. Diante do aperto no bolso, a diretora da Kantar observa que o consumidor está cada vez mais racional, reduzindo as visitas às lojas e a frequência de compras daqueles itens de maior valor que passaram a fazer parte da lista nos últimos tempos. São eles: fraldas, chocolate, creme de leite e molho para salada, por exemplo.

Foi nesse contexto de aperto que o atacarejo, modelo de loja que mistura atacado com varejo e vende produtos com preço unitário mais em conta, ganhou força em 2015. No ano passado, esse foi o único formato de loja que cresceu em vendas: 26% em número de unidades sobre o ano anterior e 32% em valor. "O atacarejo foi o canal que mais ganhou participação nos gastos das famílias em 2015", ressalta Christine. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)


Campanha nacional de vacinação contra febre aftosa se inicia nesta terça (1º)

Começa nesta terça-feira (1º) a campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2016. Neste mês de março, apenas o Amazonas e o Pará vacinam os rebanhos de bovinos e bubalinos. Juntos, os dois estados têm 22,17 milhões de cabeças (1,28 milhão o Amazonas e 20,88 o Pará), o que representa pouco mais de 10% do rebanho brasileiro, de 212,12 milhões de animais, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com a coordenadora-geral de Programas Sanitários do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Denise Euclydes Mariano da Costa, os produtores são os responsáveis pela vacinação dos rebanhos. Depois de vaciná-los, acrescentou, eles devem fazer uma declaração, contendo informações sobre a faixa etária dos animais imunizados, e entregá-las nas unidades locais de atenção veterinária de cada um dos dois estados. 

A maioria das unidades da Federação participa da campanha no mês de maio, conforme o calendário nacional de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa.

Na segunda etapa da campanha de 2015, a vacinação contra a aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17% do rebanho bovino e bubalino. (As informações são do Mapa)
 


Agrotóxicos
A produção sem o uso de agrotóxicos deve ganhar um novo marco no Estado. Nesta quinta-feira, será lançado o Rio Grande Agroecológico - Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica. Construído a partir de um comitê com 40 entidades, o projeto tem a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e será executado de 2016 a 2019. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

    

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