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13/05/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.660


Fiscais agropecuários participam de curso para o diagnóstico de tuberculose e brucelose
 
Fiscais agropecuários gaúchos responsáveis pela fiscalização das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) participam, ao longo desta semana, do 27º Curso de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle de Brucelose e Tuberculose Animal e Noções de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis. O evento, que iniciou na última segunda-feira (9/5) e se encerra nesta sexta-feira (13/5), acontece em Eldorado do Sul (RS) e conta com a participação de 20 profissionais que serão capacitados para executar as atividades de diagnóstico a campo e participar do Programa. O curso é promovido pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor.
 
Os participantes estão recebendo treinamento para a execução dos testes de diagnóstico de tuberculose e brucelose, além de treinamento para colheita de encéfalo e remessa de encéfalo para diagnóstico e vigilância de raiva e Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”. Os profissionais, ainda, estão sendo capacitados para as demais ações de controle e vigilância dessas doenças. “É de extrema importância que tenhamos cada vez mais profissionais capacitados para trabalharem na erradicação e no controle dessas zoonoses a campo, garantindo a qualidade do produto entregue aos consumidores e maior lucratividade nas propriedades”, destaca o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini.
 
Segundo a pesquisadora do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (CEPVDF) Angélica Cavalheiro Bertagnolli Rodrigues, esses profissionais atuarão diretamente na prevenção e no controle da brucelose e tuberculose bovina, especialmente em rebanhos leiteiros. “Além da vacinação obrigatória de fêmeas bovinas contra a brucelose, a realização do diagnóstico dessas duas enfermidades, bem como a eliminação dos animais positivos e a Certificação de Propriedades Livres de Brucelose e Tuberculose, são algumas das atividades que os médicos veterinários habilitados junto ao PNCEBT desenvolvem visando auxiliar os produtores de leite”, explica.
 
A brucelose e a tuberculose são doenças que causam significativas perdas econômicas para a criação de bovinos, especialmente a pecuária leiteira, conforme Angélica. De acordo com a pesquisadora, elas são importantes zoonoses, doenças que podem ser transmitidas ao homem pelo contato com animais infectados e pela ingestão de produtos de origem animal, como o leite. “Por isso a importância da sanidade dos rebanhos leiteiros, para oferecer ao consumidor um produto de alta qualidade nutricional e baixo risco sanitário, além de agregar renda ao produtor de leite”, destaca.
 
O PNCEBT estabelece medidas de controle de caráter compulsório e outras de adesão voluntária a serem observadas pelo produtor. Por isso, segundo Angélica, é essencial que os produtores estejam atentos às normas e práticas estabelecidas pelo Regulamento do PNCEBT a fim de que as ações preconizadas pelo Programa sejam eficazes e que o impacto negativo dessas doenças seja minimizado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Balança comercial de lácteos: exportações voltam a ganhar força
 
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (12/05) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -20 milhões de litros em equivalente-leite no mês de abril, um aumento de 32 milhões, ou aproximadamente 61,5% em comparação ao mês anterior.
 
Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (abr/2021), o saldo foi próximo, porém menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -26 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 23,1%.
 
Esse resultado é o menos negativo desde 2014 para o mês, quando teve um saldo de 18 milhões de litros, e após após sofrer uma queda, o saldo da balança voltou a aumentar.
 
No mês de abril as exportações tiveram uma forte elevação, de aproximadamente 191% em relação ao mês anterior, com um acréscimo de 14,5 milhões de litros no volume exportado. Ao comparar com 2021, as exportações foram levemente inferiores este ano, com um decréscimo de -3,0 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -12% no volume exportado. Após passar por um recuo expressivo nos volumes de lácteos destinados às exportações, no mês de abril as exportações voltaram a ganhar força.
 
Do lado das importações, o cenário também foi reverso do que o observado em março. O mês de abril apresentou uma diminuição de 29% nas importações, com um decréscimo de 17,2 milhões de toneladas em equivalente-leite no volume de importações. Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se uma diminuição entre os volumes importados; em abril de 2021, 51 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve um recuo de aproximadamente 18%, totalizando um decréscimo de -9 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos.
 
Esse aumento nos volumes exportados e recuo das importações acarretou em um saldo mais positivo da balança comercial de lácteos para o mês de abril, que apresentou um resultado semelhante ao observado no mês de fevereiro. Conforme abordado, o resultado é o menos negativo desde o ano de 2014 para o período, e também está próximo ao observado para o mesmo mês em 2021.  
 
Este cenário é consequência da dinâmica que estava vigente ao longo dos últimos meses, com os preços internacionais elevados e os preços do dólar operando em alta. Como as negociações praticadas no mercado internacional muitas vezes são realizadas através de contratos, o cenário favorável as exportações e desfavorável as importações que estava vigente influenciou no saldo da balança para abril. Ou seja, negociações fechadas em meses anteriores (com preços mais elevados) refletiram no saldo da balança de abril
 
O dólar, que vinha sofrendo baixas consecutivas, voltou a ganhar força ao final do mês, devido a políticas monetárias, tanto do Brasil, quanto dos Estados Unidos, como por exemplo, a elevação da taxa de juros por parte da Federal Reserve (FED) no país norte-americano.
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em abril, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 92% do volume total importado. O leite em pó integral teve um recuo de 16% em seu volume importado. Os produtos que tiveram maior variação com relação a importação foram o leite UHT, o leite em pó desnatado e as manteigas com recuos de 100% (não houve importação de leite UHT neste mês), 63% e 63%, respectivamente.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o creme de leite, os queijos, e o leite UHT, que juntos, representaram 85% da pauta exportadora. O leite em pó integral teve um aumento de 5.689% em seu volume exportado, sendo o produto que mais variou entre os meses. 
 
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março deste ano.



O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme relatado, no artigo “GDT: preços internacionais dos lácteos sofrem um dos maiores recuos da história” os preços no mercado internacional de lácteos estão em queda, e no último leilão os preços médios sofreram um forte recuo. Os preços futuros também estão sofrendo pressão por baixa, e observa-se um cenário baixista, pelo menos a curto prazo.
 
Este cenário está ocorrendo em grande parte por conta da baixa demanda da China. O país asiático vem impondo diversos lockdowns em cidades estratégicas, levando a uma mudança nos hábitos de consumo, bem como problemas na logística interna, que vem afetando toda a cadeia de suprimentos mundial.
 
Caso a China altere a dinâmica, e cancele os lockdowns, uma disruptura na direção dos preços internacionais poderá ocorrer, com novos aumentos nos preços praticados. Porém no momento, a dinâmica não parece mudar, e os valores estão operando em patamares baixos, ocasionando uma maior competitividade dos produtos internacionais.
 
Fortalecendo este cenário, os preços dos derivados lácteos no mercado interno estão operando em patamares elevados, devido ao cenário de baixa disponibilidade de leite no mercado, e poderão seguir operando neste sentido, o que pode contribuir para aumentar a competitividade dos produtos internacionais.
 
Em contrapartida, o dólar, que vinha sofrendo recuos consecutivos, voltou a ganhar força, o que pode contribuir para agir no sentido contrário e elevar a competitividade dos produtos nacionais, estimulando às exportações e desestimulando as importações.
 
Vale ressaltar que os efeitos dessa mudança de cenário, entre importações e exportações, podem demorar meses para serem refletidos na balança comercial. (Milkpoint)
 



 
Embrapa lança Curso EAD sobre controle do carrapato dos bovinos
 
Estão abertas as inscrições para o curso de educação a distância (EAD) Prevenção e controle do carrapato dos bovinos em sistemas produtivos da região Sul do Brasil, desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sul, através da plataforma e-campo. Os interessados podem se inscrever até o dia 20 de maio no portal Embrapa (link abaixo). O treinamento é totalmente online e autoinstrucional, com carga horária de 30 horas e investimento de R$ 80,00. As vagas são limitadas em 200 inscrições.
 
Faça aqui sua inscrição
 
A capacitação, direcionada a profissionais e produtores que lidam com o desafio do controle do carrapato bovino em sistemas de produção da região Sul do Brasil, é composta por três módulos. Confira os assuntos abordados:
 
Módulo I. Bioecologia do carrapato dos bovinos aplicada à prevenção e controle
  • Aula 1. Biologia de R. microplus e a relação parasito-hospedeiro
  • Aula 2. Prejuízos causados pelo parasitismo
  • Aula 3. Influência do clima nas infestações dos campos e animais na região Sul
  • Aula 4. Relação entre o carrapato dos bovinos e os surtos de tristeza parasitária bovina
  • Aula 5. Formas de controle parasitário, vantagens e desvantagens
Módulo II. Controle químico do carrapato dos bovinos
  • Aula 1. Evolução do controle químico e a relação com o uso eficiente dos acaricidas
  • Aula 2. Tipos de controle químico
  • Aula 3. Acaricidas químicos
  • Aula 4. Cuidados no preparo e administração de acaricidas
  • Aula 5. Resistência aos acaricidas
Módulo III. Estruturando um plano de prevenção e controle do carrapato dos bovinos
  • Aula 1. Variáveis a serem consideradas na elaboração/revisão de um plano de prevenção/controle do carrapato dos bovinos
  • Aula 2. Plano para a prevenção/controle do carrapato dos bovinos na prática
 O período de acesso ao curso será entre os dias 30 de maio e 31 de julho de 2022. Os participantes receberão certificado ao concluir a capacitação. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail cppsul.e-campo@embrapa.br. (Fonte: Embrapa Pecuária Sul) 

Jogo Rápido 

Frio, vento forte e umidade previstos para os próximos sete dias no RS
 A próxima semana terá umidade, vento forte e frio no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 18/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (13/05), a presença do ar seco e frio manterá as temperaturas mínimas inferiores a 10°C na maioria das regiões, com sol e nebulosidade variável no decorrer do dia. No sábado (14) e domingo (15), a propagação de uma área de baixa pressão provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Entre segunda (16) e quarta-feira (18), a presença de um Ciclone Extratropical próximo do litoral manterá a chuva e provocará fortes rajadas de vento, com valores entre 60 e 80 km/h, que poderão alcançar e superar 100 km/h em algumas localidades, principalmente nos setores Leste, Nordeste e Sul. A presença do Ciclone Extratropical também favorecerá o ingresso de ar frio no continente, o que manterá a próxima semana com muito frio, onde são esperadas temperaturas mínimas próximas de 0°C em algumas regiões e máximas inferiores a 12°C em todo o Estado. Os volumes de chuva previstos deverão ser inferiores a 10 mm entre a Campanha e a Fronteira Oeste. No restante do Estado os valores oscilarão entre 15 e 35 mm e poderão alcançar 50 mm em diversas localidades da faixa Leste. Acompanhe todas as edições em Boletim Integrado Agrometeorológico clicando aqui. (SEAPDR)

 
 
 
 
 
 

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