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04/02/2016

 

         

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.199

 

  Preços globais dos alimentos atingem o menor patamar desde 2009 

Os preços globais dos alimentos recuaram em janeiro para o menor patamar desde abril de 2009, informou a Agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO). O índice mensal de preços da entidade, que monitora uma ampla cesta de commodities, recuou para 150,4 pontos, 3 pontos (1,9%) a menos que dezembro e 29 pontos (16%) a menos se comparado com janeiro de 2015. É também a 19ª queda nos últimos 22 meses. "O principal fator por trás dessa queda é a ampla condição de oferta de matérias--primas básicas, a desaceleração na economia global e a valorização do dólar em relação a outras moedas", afirmou a entidade, baseada em Roma.

O recuo global nos preços foi liderado, em janeiro, pelo segmento de açúcar, embora carnes, lácteos, grãos e óleos vegetais também tenham registrado queda mensal de 1% ou mais. Conforme o índice da FAO, os preços do açúcar atingiram a marca de 199,4 pontos em janeiro, uma queda de 8,4 pontos (4,1%) em relação a dezembro, o que marca o primeiro recuo depois de quatro meses de estabilidade. A redução foi puxada por condições climáticas melhores que as esperadas no Brasil, principal produtor e exportador mundial do adoçante. As perspectivas de redução na produção da Índia, Tailândia, África do Sul e China não foram suficientes ainda mexer nos preços globais, diz a entidade. Já os preços dos óleos vegetais ficaram em janeiro em 139,1 pontos, queda de 2,4 pontos (1,7%) em relação a dezembro. O recuo foi motivado principalmente pela queda nos preços do óleo de soja, diante de expectativa de uma ampla oferta mundial do produto. 

Os preços do óleo de palma ficaram estáveis, na medida em que as importações. Os preços globais de lácteos ficaram em janeiro em 145,1 pontos, com queda de 4,4 pontos (3%) em relação ao mês anterior. A produção maior de leite na União Europeia, combinada com mais oferta da Oceania e demanda por importação menor, levar ao recuo. Já os preços das carnes ficaram em 148,3 pontos no mês passado, queda de 1,7 ponto (1,1%) frente a dezembro. O recuo foi amplo, atingindo todos os tipos de carnes, exceto suínos. (Valor Econômico)

 
Rebanho de gado dos EUA sobe para 92 milhões de cabeças
Após recuar para um patamar inferior a 90 milhões de cabeças de gado, o rebanho dos Estados Unidos tem o segundo aumento anual consecutivo. Neste início do ano eram 92 milhões de cabeças, 3% mais do que em janeiro de 2015, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O rebanho dos Estados Unidos cresce devido a uma recomposição das pastagens, que haviam sido afetadas na seca de cinco anos atrás. Além disso, os custos, que haviam disparado devido à quebra de safra de grãos nos EUA, voltaram a patamares normais.

Conforme dados do USDA, as fêmeas compõem o maior número do rebanho. As que já pariram atingem 39,6 milhões de cabeças. Novilhas e novilhos somam outros 36,1 milhões de cabeças, 3% mais do que há um ano.

O rebanho dos Estados Unidos, que superava 103 milhões de cabeças de gado em 1996, está abaixo de 100 milhões há 18 anos. (As informações são da Folha de São Paulo)

Alta no preço do leite ao produtor. O que esperar para os próximos meses?

O preço do leite pago ao produtor teve alta de 0,7% no pagamento de janeiro de 2016, referente ao leite entregue em dezembro do ano passado. Foi a segunda alta consecutiva. O mercado firmou, com a produção mais ajustada nos últimos meses e aumento dos custos de produção. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,966 por litro, considerando a média nacional.

Os aumentos da produção foram menores na safra atual. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em dezembro de 2015, a produção, considerando a média nacional, aumentou 1,5% na comparação com o mês anterior. Para uma comparação, em dezembro de 2014, o aumento mensal foi de 2,6% na produção. Para o pagamento de fevereiro de 2016 (produção de janeiro/16), 43% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços ao produtor, 42% falam em manutenção e os 15% restante estimam queda para o produtor.
A expectativa é de mercado firme nos próximos meses. Os aumentos nos preços do leite devem ser mais fortes daqui para frente. A captação menor, com a curva de produção recuando nas principais regiões produtoras colabora com este cenário. Além disso, os laticínios, diante dos aumentos de custos produção, têm reajustados os preços aos produtores. Os aumentos dos preços no atacado têm permitido os repasses para o produtor.

Do lado do consumo, espera-se melhora a partir de fevereiro, com o final das festas e férias, mas de qualquer maneira 2016 ainda será um ano de demanda interna patinando. No mercado spot, os preços subiram na primeira e na segunda quinzena de janeiro de 2016, depois da estabilidade no final de 2015, o que corrobora com o cenário de oferta e demanda mais ajustadas no mercado interno. (Scot Consultoria)

EUA, Japão e mais 10 países assinam Acordo Transpacífico

Os ministros e representantes de 12 países assinaram nesta quinta-feira (04) na cidade de Auckland, na Nova Zelândia, o Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que representa cerca de 40% do PIB mundial. O TPP foi assinado pelos ministros e representantes de Estados Unidos, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Peru, Malásia, México, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã. O novo bloco econômico prevê que o processo de ratificação pelos diferentes parlamentos nacionais dure cerca de dois anos.

 
Ministros e representantes dos 12 países do bloco participam da cerimônia de assinatura em Auckland, na Nova Zelândia (Foto: Reuters/New Zealand Pool)

O acordo reflete "a confiança em que a abertura e a integração de nossos mercados e investimentos propiciará a prosperidade de nossos povos", disse o primeiro-ministro neozelandês, John Key, durante o ato. Key destacou que o pacto representa um terço das exportações mundiais e abrange um mercado de 800 milhões de pessoas, e antecipou que seu governo o apresentará ao parlamento na próxima terça-feira, para que seja ratificado.

Após a assinatura do TPP, que é considerado como um contrapeso à influência econômica da China na região, os países signatários se mostraram dispostos a que o tratado aceite mais membros no futuro, inclusive o gigante asiático. "O TPP não está voltado contra um país em particular, mas rumo ao estabelecimento de padrões mais altos para a região. Estamos vinculados à China, assim como todos os países da região, e é importante ter uma relação econômica construtiva com eles", disse o representante de Comércio Exterior dos EUA, Michael Froman.

Indonésia e Filipinas manifestaram nos últimos meses seu interesse em incorporar-se a este tratado comercial, assim como outros países latino-americanos como a Colômbia. O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, ressaltou, por sua vez, que o TPP é "perfeitamente compatível" com o avanço da Área de Livre-Comércio da Ásia-Pacífico, promovido pelo Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que inclui a China.

"A China é o principal parceiro comercial do Chile e esperamos aprofundar esta relação, por isso pensamos que devemos convergir ao invés de vê-lo como uma divergência", disse Muñoz em entrevista coletiva.

A assinatura do tratado aconteceu em meio a fortes medidas de segurança em Auckland, onde centenas de pessoas se manifestaram contra o acordo comercial levando cartazes nos quais se liam mensagens como "Se a injustiça é a lei, a rebelião é nosso dever". O TPP foi muito criticado pelo sigilo que rodeou as conversas, que começaram em 2010 e concluíram em outubro do ano passado. ONGs e centrais sindicais alertaram para a ameaça que esta aliança representa aos direitos trabalhistas, para o acesso aos remédios e para o meio ambiente.

Obama comemora
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou a assinatura do acordo e disse que este tratado daria ao país uma vantagem sobre outras economias líderes, especialmente sobre a China.

"O TPP permite que os Estados Unidos - e não países como a China - escrevam as normas de circulação no século XXI, o que é especialmente importante numa região tão dinâmica como a Ásia-Pacífico", afirmou Obama em comunicado após a assinatura do acordo na Nova Zelândia por 12 países, entre eles os Estados Unidos. (As informações são do jornal O Globo)

Agricultura
Diante de mais um ano de ajuste nas contas públicas do governo e da expectativa de mais cortes de orçamento, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, decidiu montar um plano de gestão para reduzir gastos com o mau uso da estrutura da Pasta no país. A missão foi dada à secretária¬ executiva, Mila Jaber, e visa a evitar novos cortes no orçamento do Ministério da Agricultura, que já perdeu R$ 414 milhões este ano. Em entrevista ao Valor, a secretária disse que uma das medidas prevê deslocar mais fiscais agropecuários e servidores para regiões com maior produção agropecuária e presença de agroindústrias. Além disso, o Ministério da Agricultura também prevê devolver à União 106 imóveis, avaliados até agora em cerca de R$ 1,38 bilhão, e que se encontram em péssimo estado de conservação ou estão abandonados ou ainda abrigam excesso de pessoal devido a indicações políticas sem critério de escolha, segundo Mila Jaber. A secretária¬-executiva disse que a economia a ser gerada com as medidas pode evitar novos contingenciamentos do governo, que já afetaram as áreas de pesquisa (Embrapa) e de defesa agropecuária este ano. As duas áreas sofreram juntas mais da metade dos R$ 414 milhões em cortes no orçamento do ministério, aprovados pelo Congresso no fim do ano passado. (Valor Econômico)
 
 

 

    

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