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01/02/2016

         

Porto Alegre, 1º de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.197

 

  Leite pago ao produtor tem alta de 0,7% em janeiro

O preço do leite pago ao produtor teve alta de 0,7% no pagamento de janeiro, referente ao leite entregue em dezembro do ano passado. Foi a segunda alta consecutiva. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a média nacional na produção teve aumento de 1,5% e o produtor recebeu R$ 0,966 por litro. (Canal Rural)
 
 


MG: teor de matéria seca da forragem pode ser medida com forno de micro-ondas, diz Embrapa

A determinação da matéria seca (MS) de forrageiras é muito importante para se tomar decisões técnicas na propriedade. É uma informação essencial, por exemplo, para se determinar o ponto de ensilagem de plantas como capim-elefante, sorgo e milho. Também serve para medir a quantidade de forragem existente em uma pastagem.

Para fazer a medição do teor de MS não é mais necessário pagar caro e perder tempo enviando amostras para laboratórios. Um simples forno de micro-ondas pode facilmente medir o teor de umidade da forragem. É o que ensina o Comunicado Técnico número 77, lançado pela Embrapa Gado de Leite.

A publicação descreve o processo passo a passo. O pesquisador Pérsio Sandir DOliveira, um dos autores do documento, explica que a linguagem é simples e direta, para evitar dúvidas quando o produtor rural for adotar a prática. Em apenas seis páginas, o comunicado ricamente ilustrado detalha as etapas necessárias para realizar o trabalho.

O pesquisador reforça que os híbridos de milho estão tão avançados que o antigo método de avaliação pela "linha do leite" não é mais eficiente. Antes, quebrava-se a espiga ao meio para visualizar a linha no grão, a fim de verificar se a planta já se encontrava no ponto para a colheita. DOliveira reforça que as perdas podem ser significativas se a ensilagem for feita antes ou depois do ponto ideal. "A utilização do micro-ondas é rápida, barata e muito mais precisa", ressalta.

A linguagem do sistema passo a passo utilizada no comunicado técnico teve como base as cartilhas da coleção E-Rural, cujo objetivo é disponibilizar para os produtores informações técnicas, em linguagem acessível, com ilustração detalhada de cada etapa dos procedimentos. Além de Pérsio DOliveira, os pesquisadores da Embrapa Gado de Leite João Eustáquio Miranda, Jailton Carneiro e Jackson Oliveira estão são autores da publicação. A analista Vanessa Magalhães, que é editora das cartilhas da coleção E-Rural, atuou como supervisora editorial do comunicado técnico.

O documento impresso pode ser solicitado ao Serviço de Atendimento ao Cidadão da Embrapa (www.embrapa.br/fale-conosco/sac). O material também está disponível para download em www.embrapa.br/gado-de-leite/publicacoes. (Fonte: Embrapa Gado de Leite)

 
 
Embrapa terá nova unidade dedicada a alimentos funcionais, aromas e sabores

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou na última sexta-feira (29) a criação de uma nova unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) voltada à pesquisa de alimentos funcionais, aromas e sabores do Brasil. A sede será na capital alagoana, Maceió.

Os alimentos funcionais são aqueles enriquecidos com aditivos - como vitaminas, fibras e minerais dietéticos - que contribuem para a manutenção da saúde e a redução de risco de doenças. Esses produtos já são pesquisados pela Embrapa, mas agora ganharão atenção especial, disse a ministra durante entrevista coletiva à imprensa.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, afirmou que cada vez mais as populações de diferentes partes do mundo estão atentas à prevenção de doenças e à qualidade dos alimentos. Elas procuram produtos que forneçam mais do que as calorias necessárias à sobrevivência, mas também a possibilidade de uma vida mais saudável. "Essa tendência está em explosão no mundo, é um mercado potencial de bilhões de dólares", ressaltou.

"Nenhum país grande produtor e exportador de alimentos pode ignorar que há um movimento forte de integração do conceito de alimento, nutrição e saúde", acrescentou o presidente. A empresa, assinalou, já tem sólida base científica sobre alimentos funcionais, que relaciona nutrição e saúde à biodiversidade brasileira.

Valor agregado
A Embrapa Alimentos Funcionais, Aromas e Sabores faz parte da estratégia da ministra de aumentar a competitividade e a inovação na produção agropecuária brasileira. Alimentos que trazem maior densidade nutricional e novas funcionalidades agregam alto valor à produção. "Há um espaço valioso para novas cadeias de valor, novos produtos e bioindústrias que o Brasil tem que aproveitar", destacou Lopes.

A nova unidade também vai visar a integração entre produção agropecuária, gastronomia e turismo, a exemplo do que regiões do interior da França e da Itália já fazem, como a Toscana e Champagne. "A agricultura focada nos produtos, na culinária e nos hábitos regionais deu origem a uma indústria pujante nesses locais. Imagine o que se pode fazer no Nordeste, com a biodiversidade de sabores, temperos e culturas gastronômicas existentes ali", enfatizou o presidente da Embrapa.

A ministra disse que as equipes que darão início aos estudos para a nova Embrapa já estão sendo montadas. "Estamos começando o projeto. Vai ser um sucesso", comemorou. (As informações são do Mapa)


Novos mercados: agronegócio brasileiro vai responder por 10% do comércio mundial até 2018

A participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial saltará de 7,04% para 10% até 2018. A meta foi anunciada na última sexta-feira (29) pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante entrevista coletiva à imprensa. O crescimento das exportações do setor, afirmou, será baseado em garantias sanitárias, produtividade e conquista de novos mercados.

Para responder por 10% de todo o comércio agrícola no mundo - que em 2014 alcançou US$ 1,17 bilhão -, o Brasil continuará investindo em negociações comerciais e sanitárias com os 22 principais mercados internacionais que, juntos, representam 75% da atividade comercial mundial.

Fazem parte desse grupo parceiros tradicionais do Brasil e que compõem o chamado "Big 5", os cinco maiores importadores de alimentos no mundo: Estados Unidos, União Europeia, China, Rússia e Japão. "Somente essas nações são responsáveis por metade de todas as compras mundiais de produtos agropecuários", disse a ministra, que ressaltou que o país precisará negociar um "mix" de acordos, tanto sanitários quanto tarifários.

"Estamos com uma agenda bastante arrojada e agressiva para negociar barreiras sanitárias com nossos parceiros, mas isso não exclui a possibilidade de esses mesmos países também firmarem acordos tarifários", assinalou a ministra. "Nossa perspectiva é bastante real e conservadora para atingir a meta dos 10%."

Também fazem parte do hall de prioridades mercados ainda pouco acessados, mas que apresentam alto potencial de importação. Um exemplo é a Indonésia, que pode aumentar as compras de produtos brasileiros em 15% até 2018, principalmente de açúcar e soja. Destacam-se ainda a Arábia Saudita (com potencial de crescimento de 12,4%), a Tailândia (11,5%), o Egito (13,6%) e os Emirados Árabes Unidos (10,6%).

Barreiras tarifárias
A ministra apresentou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mostram que o comércio mundial é feito cada vez mais por meio de acordos comercias, o que indica a necessidade de o Brasil priorizar esse tipo de negociação. Em 1998, 20% do comércio agrícola estava inserido em acordos de tarifas ou de cotas. Em 2009, esse percentual saltou para 40%.

Em comparação com os 22 mercados prioritários mundiais, a média das tarifas brasileiras aplicadas a produtos agropecuários é baixa, de 10%. O pico está em 55%, provocado por apenas dois produtos, coco e pêssego em calda. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram ainda que o Brasil exporta mais para países com média de tarifária menor, com exceção dos Estados Unidos.

Acordos sanitários e fitossanitários
Os acordos sanitários e fitossanitários que serão conduzidos pelo Mapa em 2016 têm potencial para aumentar em US$ 2,5 bilhões ao ano as exportações do agronegócio brasileiro.

O Mapa negocia com parceiros acordos que visam a harmonizar regras e facilitar procedimentos sanitários e fitossanitários, sem envolver tarifas ou cotas comerciais. As negociações concluídas em 2015 representaram potencial anual de US$ 1,9 bilhão em exportações e, para 2016, a expectativa é ainda maior: US$ 2,5 bilhões.

A pasta projeta para 2016 a conclusão das negociações para exportação de carne suína para a Coreia do Sul, que se alonga há quase sete anos. Vai focar ainda no comércio de frutas para diversos países, como Japão, China e Índia e ainda abrir os mercados do Canadá e do México para a carne bovina in natura brasileira.

A ministra destacou a iniciativa da Junta Interamericana de Agricultura de fazer um acordo para harmonização de procedimentos de avaliação de risco sanitário e fitossanitário entre os 34 países americanos. "Essa proposta, que é muito ambiciosa, vai favorecer o posicionamento conjunto da região em fóruns internacionais e aumentar o fluxo comercial entre as nações."

Kátia Abreu também falou sobre o acordo de preferências tarifárias que atualmente o Brasil negocia com o México. A lista de ofertas entre os dois países poderá ser ampliada para mais de 5 mil produtos, sendo 673 agrícolas. Destacou também o acordo Mercosul-Índia, que está em negociação.

Mercados considerados pequenos também estão no radar do agronegócio brasileiro, destacou a ministra. "Nenhum país deve ser descartado porque tem pouco consumo. O somatório de cada mercado acaba fazendo a diferença na nossa balança comercial." (As informações são do Mapa)


Exportadores vão atrás de US$ 600 bilhões

Embretado pela queda geral da atividade econômica dentro das suas fronteiras, o Brasil, e, por tabela, o Rio Grande do Sul, precisará, mais do que nunca, aumentar seu naco no apetitoso (e concorridíssimo) mercado mundial. Apesar de ter o 10º Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o País participa com menos de 1% das trocas. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e a Apex Brasil, uma espécie de embaixadora global do selo Made in Brazil, traçaram metas e estratégias para brigar por uma cifra estimada em US$ 600 bilhões entre 2016 (que já está em marcha) e 2018.

"É o potencial de compras que identificamos para produtos brasileiros", justifica o gerente de exportações da Apex Brasil, Christiano Braga. Os canais para conquistar divisas serão principalmente itens para casa e construção, alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, moda e serviços. Dois planos foram lançados em 2015 - um mais operacional e outro para formar a chamada cultura exportadora. No modelito mais pragmático, a tática foi armada para tentar elevar a conta de vendas brasileiras ao exterior que fecharam em US$ 191,1 bilhões em 2015 (depois de 2014 com déficit - mais importações que exportações) e em US$ 17,5 bilhões na frente gaúcha.

Foram eleitos 32 países, alvo da artilharia mais pesada e que somam 74% do PIB mundial, 72% das importações e 67% da população. A lista, na qual aparecem países como Estados Unidos, China, Cuba, Emirados Árabes Unidos e a persistente Venezuela, foi construída a partir da análise estatística de dados (inteligência comercial) e depois validada pelos setores econômicos que tentaram emplacar seus produtos e serviços. Ana Paula Repezza, gerente de estratégia de mercado da Apex Brasil, explica que a lista saiu após uma depuração de mais de 80 variáveis (PIB, tarifas, presença ou não de produtos brasileiros até demografia) sobre 170 nações com as quais já se faz negócios. Foi o primeiro plano para exportação que mobilizou o arsenal do banco de dados que vem sendo alimentado desde 2006 pelo órgão.

"Definimos pesos para cada quesito e atribuímos quatro notas sobre as chances dos produtos do Brasil. As notas variaram de -1 (não atrativo), 1 (atratividade na média de outros competidores), 3 (produtos que se destacam) e 5 (mais vantagens competitivas em favor do portfólio verde-amarelo." No mapa de potencialidades, a Apex Brasil também perfilou os setores que podem ter mais chance em cada um dos 32 países. "Não há um mercado melhor que outro, cada um tem sua peculiaridade", observa Ana Paula. A agência costuma desfilar o efeito da aplicação da inteligência comercial - as 12.212 empresas apoiadas em 2015 tiveram receita 14,8% maior no ano passado, enquanto o grupo exportador, que não tem a ação promocional, recuou 16% no faturamento.

Do lado das empresas, hipnotizadas pelo câmbio ascendente (dólar acima de R$ 4,00), o ano passado foi um pré-aquecimento. As veteranas, que não largaram o fluxo externo nem quando US$ 1 valia R$ 1,60 e agora tentam aproveitar a maré favorável, apontam a experiência e o conhecimento como trunfos nessa arrancada, mesmo que pela frente se tenha um mundo crescendo menos, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). "O câmbio beneficia, mas não é só isso. Vamos investir mais em marketing e relacionamento no exterior", revela Magnus Oliveira, gerente de exportação da Bibi Calçados, com sede em Parobé, no Rio Grande do Sul.

Os números atestam o plano Bibi, que atua exclusivamente no segmento infantil. O volume de vendas cresceu 25% no ano passado frente a 2014. "As empresas precisam buscar nichos e inovar, o que é bem mais difícil do que competir vendendo commodities", provoca Braga. No Estado, visto como um dos principais players na internacionalização, ganham força ramos de couro e calçados, carnes, automóveis e vinhos. "Apoiamos 700 empresas gaúchas, queremos aumentar", garante o gerente da Apex Brasil. (Jornal do Comércio)
 

 
Aviso Importante
Dia 02/02, em virtude do feriado de Nossa Senhora dos Navegantes, Padroeira de Porto Alegre, não haverá expediente no Sindilat.

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