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29/01/2016

 

         

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.196

 

  Projetos terão aproveitamento de Pis/Confins desde data do protocolo no Mapa

O Presidente em exercício do Sindilat/RS, Guilherme Portella, reuniu na manhã desta sexta-feira (29/01) representantes das empresas associadas e do Ministério da Agricultura, através dos fiscais federais Roberto Lucena e Leonardo Toss, para explicar e tirar dúvidas sobre os projetos protocolados no Ministério da Agricultura (MAPA) que preveem ações de fomento, assistência técnica e boas práticas agropecuárias, o que permite às empresas se creditarem de benefício tributário de pis/cofins e reinvestirem recursos na qualificação do processo produtivo.

O fiscal federal Roberto Lucena esclareceu dúvidas e forneceu informações sobre a validade dos protocolos. Segundo ele, o benefício passa a valer a partir da data em que os projetos foram entregues ao Ministério da Agricultura.

A aprovação do redirecionamento de aplicação de recursos, sem prejuízos na data do protocolo do projeto final, dados sobre o preenchimento do novo formulário constante na IN 45 do Mapa estão disponíveis no site do www.sindilat.com.br, na aba "Legislação". 
A legislação que permitiu o benefício fiscal foi uma conquista do Sindilat e exigiu meses de empenho da equipe técnica e articulação em Brasília. Além disso, os projetos ajudarão a melhorar a produção e a qualificação do leite por meio de avanços de assistência técnica.

As empresas cadastradas devem desenvolver ações e também comprovar que esses avanços estão realmente acontecendo na região de abrangência. "Nosso objetivo com esses projetos é facilitar o avanço na melhoria do leite e mostrar que temos indicadores que comprovam isso, nos habilitando para o mercado internacional", apontou Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 

 
Confiança do agronegócio cresce no 4º trimestre de 2015

A valorização das cotações de algumas commodities agrícolas, como açúcar, milho e café, trouxe mais otimismo para a cadeia produtiva ligada à agropecuária. O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), fechou o quarto trimestre de 2015 em 84,3 pontos. A melhora da confiança se deveu, principalmente, à percepção de otimismo do produtor agropecuário. O mesmo não ocorreu com a indústria de insumos que, no último trimestre do ano, se mostrou mais pessimista que no trimestre anterior.

A alta de 1,9 ponto para o ICAgro entre outubro e dezembro na comparação com o trimestre anterior pôs fim à sequência de três quedas consecutivas registradas ao longo de 2015. Apesar da recuperação, o índice geral ainda fecha o ano 9,2 pontos abaixo do registrado ao final de 2014, quando marcou 93,5 pontos.

A melhora observada no 4º trimestre, se deve ao aumento dos índices de confiança do produtor agropecuário (88,4 pontos, crescimento de 2,5 pontos) e da indústria depois da porteira (87,1, alta de 4,4 pontos), que reúne preponderantemente as indústrias de alimentos. Ambos os grupos compensaram a diminuição no indicador da indústria antes da porteira (67,8 pontos), constituída pelos fornecedores de insumos, como fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos agrícolas.

Conforme explicou em nota o gerente do departamento de Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa, a queda de 5,5 pontos apresentada neste elo da cadeia foi influenciada pela falta de confiança do produtor rural na economia e os receios com o cenário político. "Em um momento como o que estamos vivendo no país, o produtor age como qualquer consumidor, ou seja, pisa no freio e reduz os investimentos, ainda que a avaliação sobre o próprio negócio esteja em patamares elevados", resume Costa. Ele acrescenta que neste caso específico, o produtor ainda revê o seu pacote tecnológico e, por isso, "quem sofre mais diretamente com isso é a indústria de insumos."

Na média geral, os participantes da pesquisa mostraram-se mais confiantes no que diz respeito ao futuro próximo do que em relação ao presente: o indicador das expectativas cresceu de 84 para 88 pontos, enquanto o índice da situação atual caiu de 79 para 76 pontos. De acordo com a metodologia do estudo, resultados abaixo dos 100 pontos indicam baixo grau de confiança.

Tanto os produtores agrícolas como os pecuários -- elo "Dentro da Porteira" -- registraram aumento do nível de confiança. A alta, de 2,5 pontos em relação ao terceiro trimestre, fez com que o IC Agro do Produtor Agropecuário chegasse a 88,4 pontos, maior patamar registrado em 2015, conforme a Fiesp.

Os produtores agrícolas fecharam o período com o índice de confiança em 89,4 pontos, incremento de 2,6 pontos na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A valorização das cotações de algumas commodities do setor no período, como o açúcar e etanol, café, milho,  entre outras foi uma das principais responsáveis por esse resultado. Em contrapartida, conforme a Fiesp, o indicador ainda não conseguiu recuperar os níveis de 2014, quando esteve sempre acima de 90 pontos.
"Falta confiança nas condições da economia brasileira, que fechou o último trimestre do ano passado em 38 pontos, um patamar muito baixo", explicou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

"Apesar de o produtor continuar confiante com seus níveis de produtividade, ele enxerga com cautela os reflexos do atual cenário econômico em seu negócio, a exemplo dos impactos em seu custo de produção. Ainda persiste o receio em relação ao crédito rural, que apesar de ter se mantido estável em relação ao último levantamento, permanece em ambiente pessimista", observou Freitas.

Já a confiança do produtor pecuário subiu 2,4 pontos, em relação ao trimestre anterior, chegando a 85,4 pontos. O indicador aumentou mais entre os pecuaristas de corte, chegando a 88,4 pontos, uma alta de 3,6 pontos, com destaque para a produtividade - no mesmo período, o índice entre os criadores de gado leiteiro permaneceu estável, em 80,1 pontos, com destaque negativo para o custo de produção. Dessa forma, foi interrompida uma sequência de quatro quedas. (As informações são do Valor Econômico)

Inspeção 

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou projeto que altera as regras de inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal.

O texto aprovado permite que os estados e municípios credenciem empresas prestadoras de serviços de medicina veterinária para fazer a vistoria, que hoje é realizada apenas por profissionais do setor público (União, estados e municípios). O projeto (PL 334/15) é de autoria do deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC) e foi aprovado na forma de um substitutivo, apresentado pelo deputado Roberto Balestra (PP-GO). Balestra acolheu emenda do deputado Dilceu Sperafico (PP-PR) que autoriza a entrada de veterinários do setor privado na fiscalização dos produtos de origem animal. A proposta altera a Lei 1.283/50, que regulamenta a inspeção dos produtos de origem animal. (Agência Câmara)

Fonterra 

A Fonterra cortou a previsão do preço do leite ao produtor para a temporada 2015/16 para apenas NZ$ 4,15/kgMS. O valor anterior era NZ$ 4,60/kgMS. Admite que será "muito difícil" para os agricultores. Os dividendos podem ser entre 35 e 40 centavos, significando um provável pagamento final de apenas NZ$ 4,50 - 4,55/kgMS.

O representante do Partido Trabalhista, Grant Robertson, disse que a medida custará "dezenas de milhares de dólares" aos agricultores, e muitos estarão "sob mais pressão ainda". A Fonterra esperou o quanto pode pelos resultados do GlobalDairyTrade, mas o preço permaneceu muito baixo e bem inferior às expectativas de mercado (alguns economistas do ASB previam uma queda até maior do preço NZ$ 4,10/kgMS). A gigante dos laticínios optou por NZ$ 4,60/kgMS anteriormente, na dependência de uma recuperação dos preços do mercado internacional de lácteos, no início deste ano. Mas, entrou o ano, e a recuperação, se vier, será muito tarde para salvar a temporada. O presidente da cooperativa, John Wilson disse que as condições econômicas mundiais continuam sendo desafiadores e impactando na demanda das commodities, incluindo os lácteos. (Interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Preços/AR

Uma atividade "pesificada" com parte do resultado dolarizado. O preço do leite medido pela moeda milho caiu 51% no último ano ao finalizar o subsídio indireto proveniente do setor agrícola.

O preço médio ponderado do leite recebido pelos produtores de Santa Fe foi, em dezembro último, 2,47 pesos/litro, versus 2,59 pesos/litro em novembro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Produção de Santa Fe. O dado é que no último mês de 2015 eram necessário, em média, 1,48 quilos de milho - posto em Rosário - para comprar um litro de leite, contra 2,01 quilos em novembro do ano passado, e 3,05 quilos em dezembro de 2014. A queda nominal do preço pago pelo leite, registrada no último ano pode ser suportada pela maior parte dos produtores - alguns ficaram pelo caminho - graças ao achatamento do preço interno do milho, gerado pelo coquetel integrado por retenções + desvalorização cambial. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Preços/Uruguai 
Em dezembro de 2015, o poder de compra do leite caiu 24% em relação a um ano atrás, segundo o indicador publicado pelo Inale [Instituto Nacional do Leite]. Comparando o preço do leite ao produtor e os preços dos produtos que entram no custo de produção, observa-se que a capacidade de compra do leite era 24% menor em dezembro de 2015, do que no mesmo mês de 2014. Isto ocorreu fundamentalmente em decorrência da forte queda do preço ao produtor (-17%) e em menor medida ao aumento do custo de produção, expresso em pesos (+9%). Entretanto, o poder de compra do leite se manteve estável desde julho do ano passado. A queda do preço ao produtor (-17%) se deve à transferência da baixa dos preços internacionais dos lácteos (observada desde o início de 2014) diante da alta dependência do mercado internacional do setor lácteo nacional, que é fortemente exportador - entre 70 e 75% do leite captado no Uruguai é exportado. (Tardaquila Agromercados - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

    

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