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18/03/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de março de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.619


Emater/RS: disponibilidade de água e temperaturas amenas favorecem rebanhos leiteiros

Com a melhora da situação das pastagens, já é possível notar o início da recuperação da condição corporal das matrizes. A situação dos rebanhos também está sendo favorecida pela disponibilidade adequada de água para dessedentação e pelas temperaturas amenas, que proporcionam maior conforto térmico para os animais.

Como muitos produtores concentram o período de parição para o outono no intuito de os terneiros aproveitarem as pastagens de inverno, há, no momento, um grande número de matrizes em ordenha, principalmente em fase final de lactação.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, Quaraí e São Gabriel, nota-se uma rápida resposta no desenvolvimento das pastagens, refletindo em aumento na produção de leite.

Na de Santa Rosa, a produção de leite diária voltou a subir, mas ainda de forma lenta, que é um reflexo da volta da oferta de forragens. Apesar da estagnação das perdas, diversos produtores relataram que houve atraso de cio das vacas, o que reduzirá as taxas de parição, trazendo consequências futuras na redução da produção leiteira.

Na regional de Pelotas, em São Lourenço do Sul, a produção continua abaixo da média, principalmente pelo fato das pastagens estivais estarem em final de ciclo, apresentando menor qualidade.

Na de Santa Maria, apesar da melhora na qualidade da água e do aumento do rebrote de pastagens, o setor ainda contabiliza perdas, pois grande parte dos rebanhos sofreram restrições alimentares nos últimos meses.

Na regional de Frederico Westphalen, as lavouras de milho destinadas à silagem apresentaram perdas significativas em quantidade e qualidade, e isso impactará negativamente na alimentação quando os silos forem abertos e a silagem for usada na dieta, trazendo reflexos importantes na produção do leite.

Na regional de Soledade, no Alto da Serra do Botucaraí, os produtores iniciaram a semeadura de pastagens de aveia e trigo duplo propósito. As lavouras de milho tardio para a silagem apresentam bom potencial produtivo. (As informações são da Emater/RS)

Apil elege novo presidente

Humberto Brustolin é sócio diretor da Kiformaggio

Humberto Doering Brustolin, sócio diretor da Kiformaggio, foi eleito presidente da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios (Apil) na tarde desta quinta-feira. Natural de Nonoai, o novo gestor tem 37 anos e trabalha desde os 11 na indústria da família. Ele deixa o cargo de vice-presidente da gestão de Délcio Giacomini para assumir a presidência.

Brustolin destaca o crescimento da entidade, que hoje representa 30 pequenas e médias indústrias, em seus 20 anos de existência. Segundo ele, entre as principais preocupações da gestão atual estão questões tributárias e ambientais. O presidente também reforça a importância da parceria entre indústria e produtores e a preocupação da entidade com esses últimos, em especial os pequenos, “que precisam ter uma voz dentro da entidade, porque hoje em dia está diminuindo a quantidade de produtores de leite por uma questão de sucessão familiar”, lembra. Outro desafio, segundo Brustolin, é colocar em prática o projeto do Memorial do Queijo Gaúcho, escultura de 14 metros que representa um queijo e deve ser construída no Parque Assis Brasil. O projeto está em fase de captação de recursos e tem o lançamento de sua pedra fundamental programado para a próxima Expointer, com conclusão da obra esperada para o final de 2023. (Correio do Povo)

Presidente: Humberto Doering Brustolin
Vice- Presidente: Daniel Cichelero
2º Vice- Presidente: Ricardo Augusto Stefanello
Diretor Secretário: Norton Alexandre Favretto
Vice Diretor Secretário: Filipe Dametto Signori
Diretor financeiro: Fernando Henrique Zimmermann
Vice- Diretor Financeiro: Ronis Carlos Frizzo
Conselho Fiscal: 
Percio Broco
Rodrigo Aloisio Satudt
Alessandra Hollmann
Suplentes Conselho Fiscal: 
Fabio Petry
Gian Carlos Beal
Manuel Angenor Vargas Gonçalves
Conselho Consultivo:
Delcio Roque Giacomini
Wladimir Pedro Dall”Bosco
Clóvis Marcelo Roesler
Ademar Steffenon
Iriovaldo Sgorla
Enzo Miguel Haubert






Produção mundial
No mundo, a captação de leite acompanha a tendência europeia. Em seu último “Tendência do leite e da carne” ‘l’Institut de l’élevage’ analisa o fim de 2021 e o início de 2022. 

No início de 2021 parecia que tudo ia bem, mas a captação de leite mundial recuou no segundo semestre. A razão foi a alta global dos custos de produção, e a seca no Hemisfério Sul que obrigaram os produtores a fazerem escolhas.

Uma produção baixa nos EUA: Em dezembro último, a captação de leite nos Estados Unidos da América (EUA) caiu 1% em relação ao mesmo mês de 2020. Diante de margens apertadas, muitos produtores optaram por reduzir seu plantel. Assim, depois do mês de outubro, o rebanho leiteiro estadunidense ficou -0,5% abaixo do nível de 2020.

A consequência direta foi a queda na captação, reduzindo em 21% a fabricação de leite em pó desnatado no mês de dezembro.

Na Nova Zelândia, outra grande região produtora mundial, a captação caiu 5% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2020. Essa baixa produção se explica, principalmente, pelo déficit hídrico em grande parte da ilha no fim do ano. Felizmente, as precipitações chegaram para permitir uma recuperação da produção. Hoje, o país registra preços recordes dos produtos lácteos.

A Austrália exporta mais para a China: Na Austrália, a captação também caiu. Foi -1% em dezembro e no acumulado do ano também. O leite foi prioritariamente para atender a demanda de exportação, em particular da China. Assim, o leite em pó integral e a manteiga foram privilegiados. É preciso observar que “as exportações australianas para a China em 2021 foram altas. De um ano para o outro houve aumento de 7,6% para o leite em pó integral, +60% para o leite em pó desnatado e +79% de manteiga”.

A Argentina, uma exceção: Para encontrar uma captação de leite em alta, é preciso ir para a Argentina. De fato, o país registrou alta de 3% em sua produção de leite em dezembro de 2021, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O leite é preferencialmente transformado em queijos e leite em pó integral.

Preços: Dentro desse contexto de pouca disponibilidade de leite a nível europeu e mundial, os preços médios atingem valores inéditos na União Europeia (UE). Na França a alta foi sentida já em dezembro, mas foi bem mais forte no início do ano.

Na França a captação de leite caiu 2,7% em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2020. Esta é a menor coleta desde 2009 para um mês de dezembro e o quarto mês consecutivo de queda na comparação interanual. No acumulado, 2021 caiu 1,3% em relação ao ano anterior. Em dezembro, o preço do leite era de € 379/1000 litros, [R$ 2,12/litro], um aumento de € 6 em um mês e de € 30 em um ano. Mas foi em janeiro que os preços dispararam: + 20€ em um mês e +50€ em um ano.

Forte alta dos preços na Alemanha e Holanda: Situação semelhante foi registrada na Alemanha, cuja captação em 2021 recuou 1,8%. O preço do leite ao produtor do outro lado do Reno foi de 395 €/1000 litros, [R$ 2,21/litro], em dezembro, um salto de 23% em um ano.

Na Holanda, a introdução das cotas de fosfatos e nitratos refletiu na produção, provocando uma diminuição de 4,2% no rebanho leiteiro em relação a 2020. A captação holandesa recuou 2,5% no período. O preço por tonelada de leite atingiu o pico de € 437,20, [R$ 2,53/litro], um aumento de 27% em um ano.

Queda na disponibilidade de produtos lácteos: Essa baixa generalizada da produção na Europa resultou que o leite disponível foi deslocado para a produção de creme e queijo, em detrimento de outros produtos. 150.000 toneladas de queijo adicionais foram fabricadas na UE, em relação ao ano anterior. Um aumento impulsionado pela Itália (+61.000 toneladas); França (+42.000 toneladas) e Polônia (+33.000 toneladas).

Por outro lado, a Holanda reduziu a produção de queijo para favorecer a produção de ingredientes lácteos. O mesmo ocorreu na Dinamarca, onde as exportações de leite a granel para a Alemanha foram favorecidas.

A elaboração dos leites em pó, por seu lado, sofreu, e houve queda de quase 75.000 toneladas na produção em relação a 2020. Só na Alemanha houve uma redução de 62.000 toneladas. (Fonte: Mon Cultivar – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Estado terá chuva significativa nos próximos dias
A próxima semana permanecerá com volumes significativos de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (18/03), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No sábado (19), a propagação de uma frente fria no mar vai aumentar a nebulosidade e provocar chuva em todo o Estado. No domingo (20), ainda poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva nos setores Norte e Nordeste, com tempo firme e temperaturas amenas nas demais regiões. Na segunda-feira (21), o ingresso de ar quente e úmido vai provocar a elevação das temperaturas e maior variação de nuvens. Entre terça (22) e quarta-feira (23), a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Fronteira Oeste e nas Missões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 45 mm na maioria das regiões. Na Metade Oeste, os totais oscilarão entre 50 e 80 mm, podendo superar 120 mm em localidades da Fronteira Oeste e Missões. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2022 clicando aqui. (SEAPDR)

 

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