Pular para o conteúdo

10/01/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.573


De olho na saúde, consumidor compra mais bebidas funcionais

Esse mercado movimentou US$ 130,5 bilhões no mundo em 2021, segundo a consultoria Business Research Company, 7,7% mais do que em 2020

Nos quase dois anos convivendo com a covid-19, boa parte dos brasileiros mudou não apenas a forma de trabalhar, mas também a de abastecer a despensa. Buscando saúde e bem-estar, o consumidor comprou, ou quer comprar, mais bebidas funcionais.

Em linhas gerais, bebida funcional é um produto não alcoólico, com ingredientes que cumprem papéis específicos. Pode ser um suco rico em vitaminas e minerais, um leite com maior índice de proteína ou um café com mais cafeína. O consumidor bebe para melhorar a imunidade ou ter uma dose extra de energia, por exemplo.

Esse mercado movimentou US $130,5 bilhões no mundo em 2021, segundo a consultoria Business Research Company, 7,7% mais do que em 2020. A perspectiva é de que as vendas cheguem a US $173,2 bilhões em 2025.

Outro estudo, com dados do mercado brasileiro, mostra que essa demanda é crescente. Segundo a nova edição da pesquisa anual de tendências feita pela empresa de embalagens para alimentos e bebidas Tetra Pak, em que 2.300 brasileiros foram ouvidos, mais da metade (58%) aumentou o consumo de produtos que reforçam o sistema imunológico, outros 39% desejam fazer isso. E quase 60% manterão o volume de compra de produtos funcionais.

“Essa tendência por produtos mais funcionais vinha acontecendo, mas foi intensificada pelo cenário da covid, principalmente a busca por alimentos de imunidade”, diz Vivian Leite, diretora de marketing da Tetra Pak.

Quando se trata de bebidas funcionais, diz a executiva, o grande destaque é o suco. Na pesquisa, os sucos foram os mais citados entre as preferências, com 50% das respostas, produtos lácteos fermentados tiveram 37% e 31% citaram bebidas lácteas com alto valor de proteína, vitaminas e/ou cálcio.

Para os respondentes da pesquisa, o produto ideal para aumentar a imunidade deve ser: enriquecido com vitaminas, frutas cítricas, mel, zinco, fibras; livre de ingredientes artificiais; e causar sensação de energia. “O consumidor já tem uma noção boa do que pode trazer mais imunidade”, diz a diretora. Ela observa, no entanto, que o maior desafio é conseguir transmitir essas informações no rótulo do produto, cuja clareza foi um dos pontos citados como essenciais em um produto ideal.

A Tetra Pak não divulga resultados no Brasil. Em 2020, a operação global faturou 10,8 bilhões de euros. Os números de 2021 ainda não foram publicados pela companhia. A operação brasileira (segunda maior do grupo, atrás apenas da China) registrou em 2021 recuperação de algumas categorias, vendendo mais embalagens para sucos e água de coco, que foram produtos muito afetados durante 2020, disse a diretora.

Leites, que tinham crescido fortemente durante o primeiro ano da pandemia, agora têm leve retração. “Começamos a ver alguma queda, muito ligada à questão de preços, que subiram.” (Valor Econômico)


Balança comercial de lácteos: O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados vem perdendo força desde a segunda quinzena de setembro. Apesar da leve correção nos preços no último leilão de 2021, os resultados das negociações do evento 299 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +0,3% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.247/tonelada.

Os valores no mercado internacional elevados, associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido alta no país (R$ 5,67 em 04/01) e preços dos produtos lácteos no mercado interno não apresentando melhoras devido a uma demanda fragilizada, evidencia um cenário desfavorável para importações, que foi observado no mês de dezembro e tende a se manter para os próximos meses.

Além disso, contratos fechados nos meses anteriores, que serão entregues nos próximos meses, deverão refletir no saldo da balança de janeiro e fevereiro – com exportações se sustentando e baixo volume importado.

Mantendo-se esse cenário, as importações nos próximos meses tendem a ser menores, e mantém-se a oportunidade de janela de exportação para os produtos lácteos brasileiros.

Entretanto, um entrave que pode vir a causar problemas logísticos (além dos problemas sanitários) é o avanço da Covid-19 no mundo, que pode gerar uma diminuição nas rotas marítimas, prejudicando as exportações. O mundo já vem enfrentando há um tempo problemas logísticos, que vem dificultando o escoamento dos produtos e um agravamento da pandemia pode fortalecer essas adversidades. (Milkpoint)





Alta dos custos de produção testa ‘resiliência’ do iogurte

Em 2021, indústria conteve repasses de preços a consumidores



O consumo de lácteos costuma diminuir no país em períodos de inflação e desemprego altos. Apesar disso, o iogurte tem mostrado certa “resiliência” na crise atual: o produto conquistou espaço nobre na cesta de perecíveis dos brasileiros e, assim como frangos, linguiças e queijos, passou a ser um dos itens que os consumidores demoram mais para abandonar, indicam dados da empresa de inteligência de mercado Kantar.

Mas, resiliência do produto à parte, a indústria de laticínios terá um desafio nada desprezível em 2022: manter a fidelidade dos consumidores de iogurte, posição consolidada na década passada, e aumentar as vendas em um momento em que precisa repassar os custos represados do último ano.

Os preços do leite cru - principal matéria-prima para esses fabricantes - e as despesas com energia, combustível e embalagens, entre outras, têm pesado nas planilhas de custos. “O ano passado será lembrado pelas altas no campo, pela baixa rentabilidade para o produtor e, também, pela dificuldade dos laticínios em repassar aos derivados o aumento do preço do leite cru ”, afirma Natália Grigol, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em boletim recente.

Na média Brasil, o preço do leite pago ao produtor - ou seja o desembolso da indústria - ficou em R$ 2,2596/litro no intervalo de janeiro a novembro, 18,1% acima da média do mesmo período de 2020 (dado deflacionado pelo IPCA de novembro). Nesse mesmo intervalo, os laticínios receberam apenas 1,7% a mais pelo UHT e 1,9% pelo muçarela, cita o Cepea.

A tendência é que o iogurte continue a ser um dos itens perecíveis mais presentes na lista de supermercado dos brasileiros, avalia Carolina Silvestre, diretora da divisão Worldpanel da Kantar. “O iogurte está entre os produtos que o brasileiro demora mais para abandonar por considerá-los importantes”, explica.

Entre outubro de 2020 e setembro de 2021, dado mais recente coletado pela empresa, a comercialização de iogurtes no país totalizou 592 mil toneladas, volume 1,3% maior que o dos 12 meses anteriores. O avanço, pequeno, é sintoma do cenário macroeconômico desfavorável, mas, em receita, o segmento movimentou R$ 6,6 bilhões, ou 13% a mais na mesma comparação. De outubro de 2019 a setembro de 2020, o volume havia diminuído quase 4%.

Esse aumento de receita foi resultado direto da alta de preços, diz a diretora da Kantar. Apenas no terceiro trimestre do ano passado, o preço médio das unidades comercializadas aumentou 11,6%.

Mesmo com a perda de poder de compra dos brasileiros, o iogurte ainda está na lista de supermercado de mais de 70% das famílias do país, de acordo com a Kantar. No verão de 2021, informa a empresa, o alcance chegou a 72,8%.

Neste verão, estação em que o consumo do produto costuma crescer, a demanda deverá seguir firme, diz Carolina Silvestre. Quem consome e tem condições de manter o produto na lista de compras, explica, reduz o volume de compra ou troca de marca antes de abrir mão do produto.

As informações são do Valor Econômico


Jogo Rápido 

Mercado Livre divulga os produtos mais comprados em 2021 e leite condensado lidera
 O leite condensado apareceu entre os mais vendidos em oito dos 12 meses do ano, ficando à frente da cerveja (quatro meses) e de máscaras descartáveis ou N95 (três meses). Ao que tudo indica, o brasileiro quis adoçar a vida, em meio à pandemia de covid-19. O item mais adquirido ao longo de 2021, no Mercado Livre, foi leite condensado. O produto apareceu entre os mais vendidos em oito dos 12 meses do ano, ficando à frente da cerveja (quatro meses) e de máscaras descartáveis ou N95 (três meses). Entre os itens mais vendidos pelo marketplace, também se destacam biscoitos de chocolate, azeite e café moído. Mais comprados no Brasil no Mercado Livre. (As informações são do Valor Econômico)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *