Porto Alegre, 10 de dezembro de 2021 Ano 15 - N° 3.559
Família altera horários de ordenha e facilita a mão de obra no leite
A bovinocultura leiteira vem passando por uma crise nos últimos anos, com diversas famílias abandonando a atividade, e a mão de obra exigida na atividade tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. Em Serafina Corrêa, ainda em maio de 2019, foi realizado um Encontro Municipal de Bovinocultores de Leite e nele os produtores a elencaram, junto dos custos de produção, como a maior dificuldade enfrentada por eles para se manter ou investir na atividade.
"De acordo com os produtores, o fato de ter sempre o compromisso de madrugar para ordenhar cedo pela manhã e à tarde, sem férias e finais de semana, acaba tornando a atividade menos atrativa aos jovens e dificultando a sucessão familiar, além de afetar a motivação das famílias em permanecer produzindo leite", explica o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.
De lá pra cá, com esse diagnóstico, a equipe da Emater/RS-Ascar passou a buscar formas de auxiliar essas famílias a tornar a atividade menos penosa e facilitar o seu dia a dia. Uma das proposições da Emater/RS-Ascar veio em discussão com o Grupo de Pesquisas em Ecologia do Pastejo da Ufrgs, através do professor Paulo Carvalho: a alteração dos horários de ordenha.
Ebert conta que a proposta inicialmente visava apenas aumentar o consumo de pasto nos horários em que ocorrem os picos de pastejo (nascer e pôr do sol), mantendo os animais no pasto nesses horários, alterando o manejo tradicional, onde, justamente nesses horários se realiza a ordenha. "Entretanto, o que acontece como consequência é que, além desse benefício de consumir mais pasto, os horários acabam ficando melhores para a rotina e o trabalho da família", ressalta.
A família Silvestrin, que é uma Unidade de Referência em produção de leite da Emater/RS-Ascar no município, foi a primeira que aceitou a proposta de alterar os horários de ordenha. Eles faziam a da manhã por volta das 5h30 e a da tarde às 16h30 e com a alteração passaram a recolher as vacas do pasto onde passaram a noite para ordenhar somente às 8h, deixando tempo para elas pastarem antes da ordenha, ao nascer do sol. À tarde, fazem a segunda ordenha às 16h, soltando logo depois das 17h para que pastem ao pôr do sol, permanecendo no pasto durante toda a noite para pastarem ao nascer do sol do dia seguinte.
De acordo com a produtora Ana Lice Silvestrin Martins, nos primeiros dias de alteração, a partir do final de setembro, foi preciso acostumar as vacas, mas depois de algumas semanas, elas se adaptaram à nova rotina. "Quando a gente olha de manhã cedo, elas estão lá pastando no piquete e, por volta das 8h, quando a gente vai buscar, elas já levantam e esperam a gente pra vir pra ordenha, então elas se adaptaram muito bem", destaca.
Com essas mudanças, a produtora explica que, ao contrário do que se imagina, não teve queda na produção de leite e agora ainda dá tempo até de levar as filhas para pegar o ônibus para a escola, antes de iniciar o trabalho da ordenha, o que antes, no horário tradicional de ordenha, era impossível. De tarde, ordenhando mais cedo, ela também conta que, por volta das 17h30 ela já terminou o serviço, as vacas já estão no pasto e ela pode ficar em casa. "Tá melhor do que eu pensava", relata a agricultora.
A família participa do Projeto Elite a Pasto com a Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa, que visa desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens, e essa é uma das técnicas que tem sido proposta nas propriedades para isto. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar)
A bovinocultura leiteira vem passando por uma crise nos últimos anos, com diversas famílias abandonando a atividade, e a mão de obra exigida na atividade tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. Em Serafina Corrêa, ainda em maio de 2019, foi realizado um Encontro Municipal de Bovinocultores de Leite e nele os produtores a elencaram, junto dos custos de produção, como a maior dificuldade enfrentada por eles para se manter ou investir na atividade.
"De acordo com os produtores, o fato de ter sempre o compromisso de madrugar para ordenhar cedo pela manhã e à tarde, sem férias e finais de semana, acaba tornando a atividade menos atrativa aos jovens e dificultando a sucessão familiar, além de afetar a motivação das famílias em permanecer produzindo leite", explica o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.
De lá pra cá, com esse diagnóstico, a equipe da Emater/RS-Ascar passou a buscar formas de auxiliar essas famílias a tornar a atividade menos penosa e facilitar o seu dia a dia. Uma das proposições da Emater/RS-Ascar veio em discussão com o Grupo de Pesquisas em Ecologia do Pastejo da Ufrgs, através do professor Paulo Carvalho: a alteração dos horários de ordenha.
Ebert conta que a proposta inicialmente visava apenas aumentar o consumo de pasto nos horários em que ocorrem os picos de pastejo (nascer e pôr do sol), mantendo os animais no pasto nesses horários, alterando o manejo tradicional, onde, justamente nesses horários se realiza a ordenha. "Entretanto, o que acontece como consequência é que, além desse benefício de consumir mais pasto, os horários acabam ficando melhores para a rotina e o trabalho da família", ressalta.
A família Silvestrin, que é uma Unidade de Referência em produção de leite da Emater/RS-Ascar no município, foi a primeira que aceitou a proposta de alterar os horários de ordenha. Eles faziam a da manhã por volta das 5h30 e a da tarde às 16h30 e com a alteração passaram a recolher as vacas do pasto onde passaram a noite para ordenhar somente às 8h, deixando tempo para elas pastarem antes da ordenha, ao nascer do sol. À tarde, fazem a segunda ordenha às 16h, soltando logo depois das 17h para que pastem ao pôr do sol, permanecendo no pasto durante toda a noite para pastarem ao nascer do sol do dia seguinte.
De acordo com a produtora Ana Lice Silvestrin Martins, nos primeiros dias de alteração, a partir do final de setembro, foi preciso acostumar as vacas, mas depois de algumas semanas, elas se adaptaram à nova rotina. "Quando a gente olha de manhã cedo, elas estão lá pastando no piquete e, por volta das 8h, quando a gente vai buscar, elas já levantam e esperam a gente pra vir pra ordenha, então elas se adaptaram muito bem", destaca.
Com essas mudanças, a produtora explica que, ao contrário do que se imagina, não teve queda na produção de leite e agora ainda dá tempo até de levar as filhas para pegar o ônibus para a escola, antes de iniciar o trabalho da ordenha, o que antes, no horário tradicional de ordenha, era impossível. De tarde, ordenhando mais cedo, ela também conta que, por volta das 17h30 ela já terminou o serviço, as vacas já estão no pasto e ela pode ficar em casa. "Tá melhor do que eu pensava", relata a agricultora.
A família participa do Projeto Elite a Pasto com a Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa, que visa desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens, e essa é uma das técnicas que tem sido proposta nas propriedades para isto. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar)
Previsão de poucas chuvas na maior parte do Estado para os próximos sete dias
Para os próximos sete dias, a previsão ainda é de pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 49/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga.
Nesta época do ano ocorre no centro do Brasil a formação de um fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Por causa desse fenômeno, grande parte da umidade disponível na atmosfera do Brasil é consumida nesse corredor úmido que provoca chuvas intensas desde a Amazônia até o Sudeste do País. Também não há previsão de entrada de nenhuma frente fria no Rio Grande do Sul nos próximos dias.
As chuvas que poderão ocorrer no Leste e Nordeste do Estado serão efeito da umidade que chegará do oceano Atlântico, trazida por ventos gerados por um ciclone subtropical em alto mar.
Entre a quinta-feira (9/12) e o domingo (12/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com sol e nebulosidade variável e temperaturas elevadas durante o dia, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No domingo à noite, o ingresso de ar quente favorecerá a elevação da temperatura, e a combinação de umidade e calor provocará pancadas de chuva e trovoadas isoladas em algumas regiões.
Entre segunda (13/12) e quarta-feira (15/12), a intensificação de uma área de baixa pressão sobre o Centro-Norte do Rio Grande do Sul pode provocar temporais com possibilidade de pancadas de chuva, típicas de primavera-verão, principalmente nos setores Leste e Nordeste. Na maioria das localidades do Estado, os volumes esperados são inferiores a 20 mm. Os maiores acumulados para a próxima semana deverão ocorrer na região Nordeste.
Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)
Leite: setor pede intervenção da Conab na compra de excedentes de lácteos
Excedentes de lácteos - Os desafios da cadeia do leite foram tema de uma audiência pública da comissão de desenvolvimento econômico, indústria, comércio e serviços da Câmara dos Deputados.
Na ocasião, os produtores apontaram problemas, como a falta de infraestrutura e de assistência técnica, e as dificuldades com os preços do leite. Também foram apresentadas algumas sugestões para auxiliar a cadeia.
“Tem algumas coisas internamente que podem ser feitas. A nossa parceira Conab precisa intervir mais nesse mercado e comprar os excedentes lácteos no final do ano. A indústria hoje, totalmente descapitalizada, não tem como sustentar altos estoques durante meses. Esses leilões auxiliam muito para que nós tenhamos um preço ao produtor mais perene no ano inteiro”, destacou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ).
Já para o analista de comércio exterior do departamento de políticas públicas do MAPA, Eduardo Mazzoleni, a solução para crise do setor não passa pela intervenção do Estado.
“Não acredito nessa política de intervir nos preços. O que eu acredito é na competitividade. Produzir fazendo sobrar mais dinheiro na cadeia produtiva no Brasil do que nos países concorrentes. Que a gente saiba usar melhor o nosso solo, o nosso sol, a nossa chuva. Produzindo capineiras melhores. Pegar o exemplo de produtores que conseguem fazer isso para que a gente tenha uma produção melhor. Essa é a única alternativa que nós temos: sermos mais competitivos”, finalizou. (Canal Rural)
Para os próximos sete dias, a previsão ainda é de pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 49/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga.
Nesta época do ano ocorre no centro do Brasil a formação de um fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Por causa desse fenômeno, grande parte da umidade disponível na atmosfera do Brasil é consumida nesse corredor úmido que provoca chuvas intensas desde a Amazônia até o Sudeste do País. Também não há previsão de entrada de nenhuma frente fria no Rio Grande do Sul nos próximos dias.
As chuvas que poderão ocorrer no Leste e Nordeste do Estado serão efeito da umidade que chegará do oceano Atlântico, trazida por ventos gerados por um ciclone subtropical em alto mar.
Entre a quinta-feira (9/12) e o domingo (12/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com sol e nebulosidade variável e temperaturas elevadas durante o dia, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No domingo à noite, o ingresso de ar quente favorecerá a elevação da temperatura, e a combinação de umidade e calor provocará pancadas de chuva e trovoadas isoladas em algumas regiões.
Entre segunda (13/12) e quarta-feira (15/12), a intensificação de uma área de baixa pressão sobre o Centro-Norte do Rio Grande do Sul pode provocar temporais com possibilidade de pancadas de chuva, típicas de primavera-verão, principalmente nos setores Leste e Nordeste. Na maioria das localidades do Estado, os volumes esperados são inferiores a 20 mm. Os maiores acumulados para a próxima semana deverão ocorrer na região Nordeste.
Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)
Leite: setor pede intervenção da Conab na compra de excedentes de lácteos
Excedentes de lácteos - Os desafios da cadeia do leite foram tema de uma audiência pública da comissão de desenvolvimento econômico, indústria, comércio e serviços da Câmara dos Deputados.
Na ocasião, os produtores apontaram problemas, como a falta de infraestrutura e de assistência técnica, e as dificuldades com os preços do leite. Também foram apresentadas algumas sugestões para auxiliar a cadeia.
“Tem algumas coisas internamente que podem ser feitas. A nossa parceira Conab precisa intervir mais nesse mercado e comprar os excedentes lácteos no final do ano. A indústria hoje, totalmente descapitalizada, não tem como sustentar altos estoques durante meses. Esses leilões auxiliam muito para que nós tenhamos um preço ao produtor mais perene no ano inteiro”, destacou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ).
Já para o analista de comércio exterior do departamento de políticas públicas do MAPA, Eduardo Mazzoleni, a solução para crise do setor não passa pela intervenção do Estado.
“Não acredito nessa política de intervir nos preços. O que eu acredito é na competitividade. Produzir fazendo sobrar mais dinheiro na cadeia produtiva no Brasil do que nos países concorrentes. Que a gente saiba usar melhor o nosso solo, o nosso sol, a nossa chuva. Produzindo capineiras melhores. Pegar o exemplo de produtores que conseguem fazer isso para que a gente tenha uma produção melhor. Essa é a única alternativa que nós temos: sermos mais competitivos”, finalizou. (Canal Rural)
Jogo Rápido
Evento gratuito com Valter Galan: quais as perspectivas para o mercado de lácteos em 2022?
Após um ano complicado para a cadeia de lácteos, não são poucas as dúvidas sobre o que irá acontecer em 2022. O cenário político e econômico brasileiro, as repercussões para o consumo, a situação atual e as expectativas da indústria, o mercado internacional, o clima, o mercado de grãos, os efeitos sobre a produção de leite. Temas para discussão não faltam! Neste contexto, a equipe responsável pelo MilkPoint Mercado e pelo Milk Monitor está aqui para te convidar para uma palestra exclusiva sobre as perspectivas do mercado lácteo brasileiro no próximo ano. Estaremos ao vivo no Youtube no dia 16/12, às 19h. Além da apresentação, conduzida por um dos mais importantes analistas do setor no país, Valter Galan, estaremos disponíveis para responder eventuais questões. Para participar, será bem simples: estamos buscando entender mais sobre as informações que você precisa para conduzir sua atividade de produção de leite. Pretendemos melhorar ainda mais os nossos serviços a partir das respostas obtidas em nossa pesquisa, e, para isso, contamos com você! Preenchendo o questionário disponível clicando aqui, você irá receber em seu e-mail, nos dias que antecederem o evento, o link para acesso. (Milkpoint)
Após um ano complicado para a cadeia de lácteos, não são poucas as dúvidas sobre o que irá acontecer em 2022. O cenário político e econômico brasileiro, as repercussões para o consumo, a situação atual e as expectativas da indústria, o mercado internacional, o clima, o mercado de grãos, os efeitos sobre a produção de leite. Temas para discussão não faltam! Neste contexto, a equipe responsável pelo MilkPoint Mercado e pelo Milk Monitor está aqui para te convidar para uma palestra exclusiva sobre as perspectivas do mercado lácteo brasileiro no próximo ano. Estaremos ao vivo no Youtube no dia 16/12, às 19h. Além da apresentação, conduzida por um dos mais importantes analistas do setor no país, Valter Galan, estaremos disponíveis para responder eventuais questões. Para participar, será bem simples: estamos buscando entender mais sobre as informações que você precisa para conduzir sua atividade de produção de leite. Pretendemos melhorar ainda mais os nossos serviços a partir das respostas obtidas em nossa pesquisa, e, para isso, contamos com você! Preenchendo o questionário disponível clicando aqui, você irá receber em seu e-mail, nos dias que antecederem o evento, o link para acesso. (Milkpoint)