Porto Alegre, 07 de dezembro de 2021 Ano 15 - N° 3.556
Balança comercial de lácteos: importações recuam em novembro
Segundo dados divulgados na sexta-feira (03/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -76 milhões de litros em equivalente-leite no mês de novembro, um aumento de 10 milhões, ou aproximadamente 12% em comparação ao mês anterior.
Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (nov/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -180 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 58%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
No mês de novembro as exportações se mantiveram estáveis, saindo de aproximadamente 6,7 milhões de litros em outubro, para 6,6 milhões em novembro. Ao se comparar ao ano de 2020, as exportações tiveram uma queda de 1,7 milhões de litros, conforme mostra o gráfico 2 a seguir:
Gráfico 2. Exportações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
Do lado das importações, ocorreu uma diminuição entre os meses de outubro e novembro, passando de 92,4 milhões para 82,9 milhões, um recuo de 9,5 milhões, ou aproximadamente 10%, conforme mostra o gráfico abaixo:
Gráfico 3. Importações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
Essa manutenção nas exportações e recuo nas importações acarretou em um saldo da balança no mês de novembro menos negativo em relação a outubro. Quando compararmos ao mesmo período de 2020, observa-se uma diminuição expressiva nas importações, passando de 188,8 milhões para 82,9 milhões, uma queda de aproximadamente 56%, o que impactou na diferença entre os períodos e resultou em um cenário mais favorável no ano de 2021.
A competitividade das importações segue perdendo força, conforme mostra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada, o cenário levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.
Gráfico 4. Custos do Leite em Pó Integral Importado vs Local (nacional).
Fonte: MilkPoint Mercado.
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em novembro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 73% do volume total importado. O iogurte e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 22% e 52%, respectivamente. Não ocorreram importações de leite UHT e houve uma diminuição de 26% nas importações do leite em pó integral.
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 84% da pauta exportadora.
Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de outubro foram o leite UHT, o leite modificado, o doce de leite e a manteiga, que tiveram aumento de 166%, 77%, 58% e 41%, respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Por outro lado, o leite em pó semidesnatado, o leite em pó integral e o leite condensado tiveram quedas nas exportações de 90%, 80% e 40%, respectivamente.
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano.
Tabela 1. Balança comercial láctea brasileira em novembro de 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
O que podemos esperar para o próximo mês?
Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados continua diminuindo. Os resultados das negociações do evento 296 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +1,9% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.287/tonelada.
Esse aumento nos valores internacionais associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido elevada no país (R$ 5,64 em 06/12) e preços dos produtos lácteos no mercado interno não apresentando melhoras, evidencia um cenário desfavorável para importações, que foi observado no mês de novembro e tende a se manter para os próximos meses.
Além disso, o elevado custo do petróleo, faz com que países petrolíferos tendam a importar mais produtos, dentre eles os lácteos. Dessa forma, nossos principais fornecedores do Mercosul tendem a direcionar suas exportações para esses países, como a Argélia – gerando menor disponibilidade para o mercado brasileiro.
Mantendo-se esse cenário, as importações nos próximos meses tendem a ser menores e mantém-se a oportunidade de exportação para os produtos lácteos brasileiros. Entretanto, um entrave enfrentado no caso das exportações é com relação à logística. Ocorreram diminuições nas rotas de transporte devido a pandemia de Covid-19 e o mundo está enfrentando uma escassez de containers, o que pode dificultar no processo. (Milkpoint)
Segundo dados divulgados na sexta-feira (03/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -76 milhões de litros em equivalente-leite no mês de novembro, um aumento de 10 milhões, ou aproximadamente 12% em comparação ao mês anterior.
Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (nov/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -180 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 58%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
No mês de novembro as exportações se mantiveram estáveis, saindo de aproximadamente 6,7 milhões de litros em outubro, para 6,6 milhões em novembro. Ao se comparar ao ano de 2020, as exportações tiveram uma queda de 1,7 milhões de litros, conforme mostra o gráfico 2 a seguir:
Gráfico 2. Exportações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
Do lado das importações, ocorreu uma diminuição entre os meses de outubro e novembro, passando de 92,4 milhões para 82,9 milhões, um recuo de 9,5 milhões, ou aproximadamente 10%, conforme mostra o gráfico abaixo:
Gráfico 3. Importações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
Essa manutenção nas exportações e recuo nas importações acarretou em um saldo da balança no mês de novembro menos negativo em relação a outubro. Quando compararmos ao mesmo período de 2020, observa-se uma diminuição expressiva nas importações, passando de 188,8 milhões para 82,9 milhões, uma queda de aproximadamente 56%, o que impactou na diferença entre os períodos e resultou em um cenário mais favorável no ano de 2021.
A competitividade das importações segue perdendo força, conforme mostra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada, o cenário levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.
Gráfico 4. Custos do Leite em Pó Integral Importado vs Local (nacional).
Fonte: MilkPoint Mercado.
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em novembro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 73% do volume total importado. O iogurte e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 22% e 52%, respectivamente. Não ocorreram importações de leite UHT e houve uma diminuição de 26% nas importações do leite em pó integral.
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 84% da pauta exportadora.
Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de outubro foram o leite UHT, o leite modificado, o doce de leite e a manteiga, que tiveram aumento de 166%, 77%, 58% e 41%, respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Por outro lado, o leite em pó semidesnatado, o leite em pó integral e o leite condensado tiveram quedas nas exportações de 90%, 80% e 40%, respectivamente.
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano.
Tabela 1. Balança comercial láctea brasileira em novembro de 2021.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
O que podemos esperar para o próximo mês?
Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados continua diminuindo. Os resultados das negociações do evento 296 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +1,9% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.287/tonelada.
Esse aumento nos valores internacionais associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido elevada no país (R$ 5,64 em 06/12) e preços dos produtos lácteos no mercado interno não apresentando melhoras, evidencia um cenário desfavorável para importações, que foi observado no mês de novembro e tende a se manter para os próximos meses.
Além disso, o elevado custo do petróleo, faz com que países petrolíferos tendam a importar mais produtos, dentre eles os lácteos. Dessa forma, nossos principais fornecedores do Mercosul tendem a direcionar suas exportações para esses países, como a Argélia – gerando menor disponibilidade para o mercado brasileiro.
Mantendo-se esse cenário, as importações nos próximos meses tendem a ser menores e mantém-se a oportunidade de exportação para os produtos lácteos brasileiros. Entretanto, um entrave enfrentado no caso das exportações é com relação à logística. Ocorreram diminuições nas rotas de transporte devido a pandemia de Covid-19 e o mundo está enfrentando uma escassez de containers, o que pode dificultar no processo. (Milkpoint)
GDT - Global Dairy Trade
Fonte: GDT, adaptado Sindilat/RS
Iniciativa de agricultora de Condor arrecada leite para o natal e incentiva a produção
Aliar a valorização da produção e consumo de leite, com o espírito solidário neste natal. Esse é o objetivo da campanha Natal com Leite em Condor, iniciativa da agricultora, Gabrieli Muraro de Oliveira, com apoio da prefeitura. Gabrieli comentou para a RPI que até dia 15 deste mês qualquer pessoa pode doar leite em caixinha ou em pó que, depois, a arrecadação vai ser repassada para famílias carentes de Condor. Existem pontos de arrecadação, por exemplo, na prefeitura, supermercado Cotripal de Condor e agência do Sicredi. Ela ainda frisou que pessoas de outros municípios também podem doar. Ainda é possível doar dinheiro por meio do PIX. Nesse último caso é preciso entrar em contato pelo fone 55 – 99166-1802 a fim de obter a chave do PIX.
Formada em Administração de Empresas, Gabrieli Muraro de Oliveira retornou há dois anos para a propriedade da família em Esquina Beck, interior de Condor, e promoveu investimentos para produção leiteira. Disse que recentemente houve construção de um galpão e aquisição de uma nova sala de ordenha. A agricultora observou que a produção de leite é tradicional na família e não pensa em abandonar a área, como ocorre com muitos produtores da região que constantemente desistem do segmento em razão das constantes quedas no preço recebido por litro. “Ou investe ou desiste da produção leiteira”, destacou Gabrieli Muraro de Oliveira, ao argumentar a aplicação de recursos na propriedade. Por outro lado, ela alerta para a importância de apoio da assistência técnica nas propriedades, como forma de melhorar a produtividade e rentabilidade do leite.
A produtora residente em Condor, da mesma forma que outros agricultores da região, constatou redução no preço recebido por litro de leite nos últimos tempos. No último pagamento a queda foi de 20 centavos, com preço de dois reais e quatro centavos por litro. Na região, a diminuição média é de 30 a 40 centavos no pagamento por litro de leite feito pelas empresas ou cooperativas, entre outubro e o mês passado. A explicação das empresas é que houve redução no consumo de leite por parte da população, por isso a baixa no preço pago para o agricultor.
Ontem pela manhã, Gabrieli Muraro de Oliveira concedeu entrevista no programa Progresso Rural da RPI, quando falou mais sobre a campanha Natal com Leite em Condor. Clique aqui e confira o programa na íntegra. (Rádio Progresso)
Jogo Rápido
O LEITE É BOM PARA SI - O Papel do Lácteo na Formação e Manutenção da Estrutura Muscular.
Entre as muitas funções do músculo esquelético, que começa a declinar a partir dos 30 anos de idade, estão a mobilidade e o controle metabólico. O consumo de leite, a principal fonte de cálcio, magnésio, fósforo, potássio, zinco, selênio, vitamina A, riboflavina, vitamina B12 e ácido pantoténico, participa directa e indirectamente na preservação da sua estrutura funcional, condiciona o seu desenvolvimento e funcionamento correcto, favorece a proliferação das células que compõem a maquinaria contractil e a força da junção neuromuscular no início da vida. Na idade adulta, melhora a saúde muscular esquelética e os efeitos do exercício sobre a força muscular e a resistência, atrasando a ruptura muscular. O leite, especialmente o leite de vaca, ajuda a preservar a massa muscular durante a perda de tecidos em caso de lesão, porque contém caseína e proteínas de soro de leite que estão envolvidas no processo de reparação dos danos. Podem também mitigar a deterioração relacionada com a idade. É importante mencionar que a força nutricional dos produtos lácteos é obtida graças à integração de todos os componentes que contêm; os resultados não seriam tão benéficos se os vários constituintes fossem ingeridos separadamente. A promoção da lactação e a adição de proteínas lácteas na dieta são cruciais para o bom desenvolvimento e manutenção do tecido muscular esquelético. O número de fibras musculares que um indivíduo nasce com as condições do seu metabolismo tem impacto na qualidade de vida na velhice. O consumo de leite durante a idade adulta melhora o desempenho físico e atenua a perda de força muscular à medida que envelhecemos. Os mecanismos pelos quais esta ação ocorre estão relacionados com o aumento da concentração de cálcio, magnésio, vitamina D, assim como aminoácidos e péptidos com boa biodisponibilidade, todos compostos chave na manutenção da estrutura muscular e no fortalecimento da densidade óssea. (Edairy)
Entre as muitas funções do músculo esquelético, que começa a declinar a partir dos 30 anos de idade, estão a mobilidade e o controle metabólico. O consumo de leite, a principal fonte de cálcio, magnésio, fósforo, potássio, zinco, selênio, vitamina A, riboflavina, vitamina B12 e ácido pantoténico, participa directa e indirectamente na preservação da sua estrutura funcional, condiciona o seu desenvolvimento e funcionamento correcto, favorece a proliferação das células que compõem a maquinaria contractil e a força da junção neuromuscular no início da vida. Na idade adulta, melhora a saúde muscular esquelética e os efeitos do exercício sobre a força muscular e a resistência, atrasando a ruptura muscular. O leite, especialmente o leite de vaca, ajuda a preservar a massa muscular durante a perda de tecidos em caso de lesão, porque contém caseína e proteínas de soro de leite que estão envolvidas no processo de reparação dos danos. Podem também mitigar a deterioração relacionada com a idade. É importante mencionar que a força nutricional dos produtos lácteos é obtida graças à integração de todos os componentes que contêm; os resultados não seriam tão benéficos se os vários constituintes fossem ingeridos separadamente. A promoção da lactação e a adição de proteínas lácteas na dieta são cruciais para o bom desenvolvimento e manutenção do tecido muscular esquelético. O número de fibras musculares que um indivíduo nasce com as condições do seu metabolismo tem impacto na qualidade de vida na velhice. O consumo de leite durante a idade adulta melhora o desempenho físico e atenua a perda de força muscular à medida que envelhecemos. Os mecanismos pelos quais esta ação ocorre estão relacionados com o aumento da concentração de cálcio, magnésio, vitamina D, assim como aminoácidos e péptidos com boa biodisponibilidade, todos compostos chave na manutenção da estrutura muscular e no fortalecimento da densidade óssea. (Edairy)