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17/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  17 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.488


Mapa avaliará seguro rural para pecuária de leite e corte

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizará no dia 25 de junho, às 15h, uma videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural, dedicada a apresentar os produtos disponíveis para a pecuária bovina de leite e de corte, além dos produtos de seguro para pastagem e milho silagem.

O intuito é avaliar e propor aperfeiçoamentos nos produtos e serviços ofertados pelas seguradoras, que estudam a criação de seguros para essas atividades com coberturas mais aderentes às necessidades dos produtores. Para participar da videoconferência basta acessar o link da plataforma Teams na data e horário agendados. 

O evento online será limitado a 350 participantes, permitindo interação do público com perguntas e propostas aos produtos de seguros apresentados. O trabalho é coordenado pelo Departamento de Gestão de Riscos do Mapa e terá a participação de produtores com o apoio das entidades representativas do setor, cooperativas, associações, revendas de insumos, companhias seguradoras, empresas resseguradoras, corretores, peritos e instituições financeiras.

O seguro rural de pecuária conta com subvenção ao prêmio de 40% e, em 2020, registrou 1.722 apólices contratadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). “Os seguros rurais de pecuária em geral precisam ser mais conhecidos pelos produtores. O monitor é uma oportunidade de dialogarem com as seguradoras para compreender as coberturas e propor melhorias ou até novos seguros”, disse Pedro Loyola,  Diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa.

Seguro de pecuária
No caso da pecuária de leite e de corte, quatro companhias de seguros (BrasilSeg, Fairfax, Mapfre, Swiss Re) estão habilitadas no PSR e, dependendo da seguradora e do produto, destina-se a animais registrados em associação de raça ou não registrados, podendo ser contratados nas modalidades seguro pecuário bovino ou rebanho vida em grupo, conforme as característica dos animais.

O seguro pretende garantir indenização ao segurado em caso de morte do animal, sendo os principais riscos cobertos: acidente, doenças infecto contagiosas endêmicas e epidêmicas preveníveis, (desde que comprovadas por exames laboratoriais), raio, eletrocussão, intoxicação, ingestão de corpos estranhos, picada de cobra, entre outras.

Até o momento, a BrasilSeg (seguradora que atende os clientes do Banco do Brasil) disponibiliza o seguro de faturamento ao produtor de pecuária de corte, que garante a indenização sempre que o faturamento obtido com o rebanho segurado for inferior ao faturamento garantido em apólice.

Seguro de pastagens e milho silagem
Apenas uma companhia de seguro habilitada no PSR, a Essor Seguros, começou a ofertar seguro de índices (paramétrico) de pastagens (subvenção de 20%) e o seguro de milho silagem na modalidade agrícola, que tem subvenção de 20% a 40%. Outras seguradoras estudam esses riscos para verificar a viabilidade de ofertar essas coberturas nos próximos anos. 

Monitor do Seguro Rural
O projeto já avaliou diversas modalidades de seguros rurais desde julho de 2020 atingindo mais de 1.600 participantes. As gravações e apresentações das edições anteriores do Monitor de Seguro Rural podem ser acessadas neste link. 

O cronograma de eventos por videoconferência do Monitor, que começou em julho de 2020 e se estende até final de 2022, tem a finalidade de identificar e propor melhorias nos serviços de seguro para mais de 60 atividades de grãos, frutas, olerícolas, pecuária, florestas, aquícola, café e outras. O monitor é uma oportunidade para os produtores e as cooperativas, com as entidades representativas, construírem soluções em conjunto com as seguradoras e o apoio do Mapa. Mais informações sobre o Monitor pelo e-mail: seguro@agricultura.gov.br. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Conforto e manejo alimentar aumentam produção de leite em 15 mil litros
O conforto do rebanho, o manejo alimentar e a genética fizeram com que a produção de leite na propriedade da família Frey, localizada em Linha Cecília, em Venâncio Aires, aumentasse em 15 mil litros por mês.

A produção é chefiada pela agricultora Marina Frey, que, desde seu retorno à propriedade rural da família, investiu no sistema de produção Compost Barn com robô. “A automatização veio devido à necessidade de mão de obra, que era a principal dificuldade que tínhamos na produção de leite. Esse sistema não é difícil de manejar, o trabalho maior é na manutenção da cama dos animais. Aqui as vacas estão abrigadas do tempo e têm alimentação equilibrada. O foco está no bem-estar dos animais”, relata Marina.

O Compost Barn tem como objetivo melhorar os índices produtivos e sanitários do rebanho e garantir conforto e um local seco para os animais. Também possibilita o uso correto dos dejetos. Antes de optar por esse sistema, a família Frey realizou visitas em propriedades rurais para conhecer essa forma de produção. Atualmente o plantel é formado por 200 animais da raça holandesa, 90 em lactação.

A média é de três ordenhas por animal ao dia, com uma produção média geral de 35 litros de leite por dia por animal. Com isso, a propriedade soma 3.150 litros diários. “Além de aumentar a produção, o compost trouxe maior controle do cio, redução de problemas de casco e de lesões de jarrete”, observa Marina, que tem o apoio dos pais Irio e Marlene e do filho Lucca para chefiar a produção na propriedade.

Outra vantagem observada é que, com a automação da ordenha, a família possui mais tempo disponível. “São seis horas a mais para fazer a gestão e as outras atividades.”

Aporte técnico proporcionou uma reviravolta na propriedade
A família Frey conta com a assistência técnica da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e há dois anos participa do Programa de Dietas para Vacas em Lactação, desenvolvido em 20 propriedades do município que são consideradas Unidades de Referência Técnica (URTs).

“O êxito do programa reflete o comprometimento de agricultores e extensionistas rurais, a partir de um olhar sistêmico, em aproveitar melhor os recursos e aptidões das unidades de produção e assim gerar renda às famílias”, explica o extensionista rural da Emater, Diego Barden dos Santos.

Marina Frey lembra que a produção de leite não correspondia ao real potencial produtivo. “Por meio das ações do programa, consegui organizar cada setor da propriedade. Tínhamos um grande número de animais, mas a produção não correspondia. Tínhamos ainda uma boa alimentação para o rebanho, mas precisávamos de aporte técnico. A Emater nos deu o caminho e nós executamos. São alternativas viáveis, trabalhamos com o que temos na propriedade. Só precisa força de vontade”, comenta.

A alimentação do rebanho é à base de silagem de milho, produzida na propriedade rural, e pré-secado de tifton, azevém e feno, complementada com ração. “A dieta é fundamental. Nosso enfoque desde o início foi a sanidade do rebanho”, observa a agricultora. “Nosso foco está em conseguir 140 animais em lactação e chegar a 5 mil litros de leite por dia”, projeta.

De acordo com o extensionista, a dieta equilibrada do rebanho está diretamente vinculada ao balanceamento dos alimentos fornecidos aos animais, utilizando um software ou planilha para realizar essa recomendação. “Ajustes de consumo de matéria seca, fibra, energia e proteína são os balanceamentos nutricionais mais importantes neste início de trabalho. Esse ajuste começa a gerar ótimos resultados em produção e saúde. Quando os animais passam a ter uma melhor alimentação, é possível observar a melhoria da sanidade”, ressalta.

Associado ao trabalho de nutrição, também é desenvolvido o controle do rebanho. Trata-se da organização das anotações sobre datas dos partos, inseminações, secagem das vacas e períodos pré-parto, a fim de buscar o melhor desempenho dos animais no gerenciamento da reprodução do rebanho.

“Tenho esse controle, com anotações sobre cada animal para avaliar suas necessidades. Com as temperaturas mais baixas desse período, a dieta equilibrada, a qualidade dos alimentos, a genética e o conforto do rebanho, nossa produção aumentou. É o resultado da soma dos fatores e da assistência técnica. Aqui na propriedade, não decidimos nada sem antes falar com a Emater”, revela Marina.

Ela também participou dos cursos de inseminação artificial, dieta alimentar e melhoramento genético oferecidos pela Emater nos centros de treinamento. “Os cursos foram importantes porque proporcionaram uma visão mais ampla da propriedade, ajudando a identificar os problemas e corrigi-los.” (As informações são do GAZ, adaptadas pela equipe MilkPoint)




Milho cai abaixo de R$ 90 na bolsa de São Paulo
No segundo dia da semana o mercado futuro do milho na Bolsa B3, de São Paulo, demonstrou novamente um grande recuo nos contratos de milho, com mais de quatro por cento de queda no vencimento do mês de Setembro.

De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, isso somente “mostra a força que dados da safra americana possuem no mercado”. 

“Não somente isto, mas também, a proximidade da safrinha aqui no Brasil, que apesar de seus atrasos e, talvez, por isso, pressiona as cotações físicas e posições financeiras.

Pesam também sobre o mercado, as importações de milho argentino, estimadas em 750 mil toneladas, que começam a chegar ao país e abastecer os grandes consumidores, diminuindo a demanda e arrefecendo, assim, os preços do mercado físico”, explicam os analistas de mercado.

Com isto, o fechamento foi mais uma vez negativo, com a cotação do mês de Julho caindo R$ 1,15/saca, para R$ 88,83. Já a de Setembro acabou recuando R$ 1,12, para R$ 89,72, enquanto a de novembro foi recuando R$ 1,29, para R$ 90,68.
Milho Chicago

Ainda de acordo com a TF Agroeconômica, compras de oportunidade após as quedas significativas permitiram ganhos na primeira posição.

“As perspectivas climáticas parecem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras nos EUA, com chuvas que amenizariam as condições de estiagem e reduziriam as temperaturas, gerando quedas no restante da faixa de preços. Com isto, os futuros do milho caíram para os meses restantes e ressurgiram no final do dia, já que um clima mais frio e úmido foi novamente esperado no Meio-Oeste dos EUA e contra os futuros mais fracos do trigo, que afastaram o interesse de compra de milho em potencial”. (As informações são da Agrolink, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Senar orienta para a qualidade
O Senar-RS está oferecendo o curso “Qualidade do Leite” para produtores que queiram aprender técnicas de manejo e higienização gratuitamente. “A ideia é trazer ensinamentos para que as propriedades estejam adequadas a todas as legislações e normas vigentes”, explica o técnico em formação profissional rural do Senar-RS, Pedro Faraco. O curso tem 10 horas de aulas no modelo de ensino a distância. Depois, o professor visita a propriedade do aluno para colocar em prática o que foi ensinado. Interessados devem entrar em contato com o Sindicato Rural municipal ou regional mais próximo e solicitar a participação nas aulas, que ocorrem sob demanda. As primeiras turmas devem abrir em breve. (Correio do Povo)


 

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