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03/05/2021

Newsletter Sindilat_RS


Porto Alegre, 05 de maio de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.456


Secar e armazenar grãos para ração aumenta rentabilidade, diz Emater
Na região de Santa Rosa (RS), produtores tem adotado uma nova estratégia para secagem e armazenamento de grãos através de um projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar. O projeto buscar dar maior autonomia para os produtores e melhor controle na manutenção da qualidade dos grãos e ainda contemplar a necessidade e a realidade de cada propriedade, desde pequenas unidades, com baixo custo, até estruturas completas, automatizadas. Um dos projetos recém implantados foi na propriedade de João Eduardo Wille, no município de Linha Pitanga. Foram construídos dois silos com capacidade para armazenar duas mil sacas de milho, cujos grãos são destinados para ração do gado de leite, o que favorece para um menor custo de produção e maior qualidade na dieta fornecida. Junto aos silos secadores, foi construído uma fábrica de ração, que por sua vez já tritura e mistura os insumos automaticamente, reduzindo a necessidade de mão de obra. O produtor possui 120 vacas (99 vacas em lactação e 21 secas) e 45 novilhas e terneiras, sendo produzidos em média 78.250 litros de leite por mês. Na propriedade trabalham três membros da família e mais três colaboradores, uma vez que além do leite são terminados 1.700 suínos por lote e produzidos milho silagem, milho grão, feno e pastagens. O produtor ainda ressalta que após implantar o sistema, obteve uma redução do custo da ração, que é produzida e aproveitada na propriedade, além de ter maior autonomia e facilidade no trabalho. Para a instalação dos silos e da fábrica de ração, foram investidos aproximadamente R$ 270 mil, dos quais 165 mil foram financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% a 4% ao ano. O restante é oriundo de recursos próprios. O extensionista da Emater/RS-Ascar Elir Paulo Pasquetti, também destaca a aplicação do projeto na cidade de Nova Candelária, pois já foram construídos 14 silos secadores e armazenadores de alvenaria com capacidade de secar e armazenar 11.800 sacas, o que corresponde à produção de aproximadamente 98 hectares de milho, que está sendo estocada nas propriedades. Ele ainda ressalta que a secagem e a armazenagem dentro da propriedade reduzem custos com transporte, taxas de limpeza e secagem. Além disso, contribui para um milho de excelente qualidade a um custo menor ao produtor, possibilitando uma maior renda na produção do leite. (Canal Rural)


Aguinaldo deve apresentar hoje parecer sobre reforma tributária 
O relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve apresentar seu relatório nesta segunda-feira e defender a votação de uma proposta ampla, diferente do que querem o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a equipe econômica e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).  O parlamentar paraibano ficou contrariado com a decisão de Lira de impor um prazo-limite publicamente, mas preferiu atender ao pedido para reforçar seu compromisso com a pauta. Além de apresentar o parecer, o líder da Maioria no Congresso deve fazer defesa enfática de uma reforma ampla, sob a justificativa de que essa foi a alternativa trabalhada desde 2019. Com a iniciativa, o objetivo é fazer frente ao fatiamento da proposta, defendido publicamente por Lira e Barros na semana passada.  Em discurso no plenário, o líder do governo indicou que a reforma seria apreciada em quatro etapas, começando pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui o PIS/Cofins. A ideia, de acordo com Barros, teria sido construída em um acordo entre líderes partidários, Lira e o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vamos começar pela simplificação tributária e depois avançar na direção de organizarmos o sistema tributário mais fácil para o contribuinte”.  O posicionamento gerou desconforto entre lideranças, o que obrigou o líder do governo a ir às redes sociais explicar que o martelo sobre o fatiamento ainda não estava batido e que dependia de consultas ao relator, ao presidente da comissão mista, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e também aos líderes partidários. Parlamentares admitiram que o clima pode azedar. Reservadamente, aliados de Aguinaldo destacam que o relator não acredita que o fatiamento seja a melhor solução para tirar a reforma do papel. “Acho que eles têm uma compreensão errada do que é mais fácil aprovar. A CBS é muito mais difícil aprovar do que a PEC”, pontuou um parlamentar alinhado com o deputado paraibano.  Essa resistência à CBS deve ser explorada pelo relator para defender que o Poder Legislativo desista de apostar na votação da reforma em partes. Entre integrantes da equipe econômica, a tese é que não há conflito entre reforma fatiada ou reforma ampla. A aposta na versão fatiada se baseia no fato que são projetos de lei. Portanto, têm mais chances de avançar.  Para aprovar uma emenda à Constituição, como é o caso das reformas amplas, é necessário o apoio de 308 deputados em dois turnos. Depois, disso, ainda precisa contar com o aval de 49 senadores em duas votações. As fatias da reforma são acopláveis às reformas mais amplas analisadas no Congresso, argumenta um interlocutor de Guedes. Para viabilizar a aprovação da CBS, que seria a primeira fatia, o ministro pretende colocar uma carta nova na mesa: a redução de alíquotas para o setor de serviços, principal opositor da proposta. O texto apresentado pelo governo em julho do ano passado menciona apenas uma alíquota única de 12%.  “Se a gente tem condições de votar uma reforma tributária que vai repercutir positivamente no PIB, com a PEC 45, com a compilação com a PEC 110 e a proposta da CBS, por que a gente não avança com a reforma completa, que tem o debate amadurecido, e parte para começar do zero com uma proposta mais tímida?”, disse o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), autor da PEC 45, uma das principais propostas em tramitação. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também demonstrou preferência por uma proposta mais abrangente. “Simplesmente unificar o PIS e o Cofins aumenta a carga tributária e terá efeito mínimo na simplificação”, escreveu em sua página oficial no Twitter.  Segundo aliados próximos de Lira, o momento de desenterrar a reforma subitamente foi escolhido a dedo pelo presidente da Câmara, com os objetivos de ter uma agenda para concorrer com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Além de ofuscar os trabalhos do colegiado, que tem como alvo o presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado, o avanço da reforma também devolveria protagonismo à Casa. Com a CPI, as atenções estão voltadas para o Senado e para o relator Renan Calheiros (MDB-AL), adversário de Lira em Alagoas. Ainda que rejeite a possibilidade oficialmente, nos bastidores, é crescente a expectativa de que Lira substitua Aguinaldo na relatoria da reforma tributária.  A manobra atenderia a um pedido do líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB), seu fiel escudeiro, que deve ser adversário do relator na disputa pelo Senado em 2022 na Paraíba. (Valor Econômico) 
 
 
Proteínas lácteas e nutrição: o que é importante saber?
Para saber a importância das proteínas lácteas na nutrição, a princípio, devemos compreender o que são proteínas. Em poucas palavras, proteínas são um grupo complexo de nutrientes. Sua composição, conformação e funcionalidade diversas suscitam uma gama de funções desempenhadas. No organismo humano, por exemplo, elas cumprem papéis estrutural, enzimático, de transporte, defesa e reserva energética. O adequado consumo proteico garante aporte de nitrogênio e de aminoácidos, necessários à manutenção da vida. Por estas razões, a Organização Mundial da Saúde (2007) recomenda, para adultos, o consumo diário de proteínas equivalente a 0,83g/kg de peso por dia. O conceito de valor nutricional das proteínas não é novo. Contudo, atualizações permitem conclusões cada vez mais confiáveis. O método recomendado para avaliação da qualidade proteica é o Escore de Aminoácidos Indispensáveis Digeríveis – DIAAS (FAO, 2013). Por intermédio da combinação entre a digestibilidade ileal e a composição de aminoácidos, é possível ter uma métrica mais acurada para avaliar a qualidade nutricional de diferentes fontes proteicas. Proteínas de origem animal, sobretudo proteínas lácteas, exibem maior qualidade nutricional, quando comparadas com as de origem vegetal, pelo DIAAS. As proteínas lácteas carreiam, em teores consideráveis, os aminoácidos indispensáveis. Este grupo de aminoácidos o organismo não é capaz de produzir, ocasionando a necessidade de obtê-los por meio da alimentação. Outra condição importante diz respeito à estrutura. As fontes alimentares proteicas animais não contém fibras. Consequentemente, as enzimas digestivas têm acesso facilitado ao sítio ativo das proteínas, otimizando o processo digestivo e absortivo. Voltando às proteínas lácteas, elas representam, aproximadamente, 3% dos constituintes do leite. Caseínas e proteínas do soro compõem os dois grupos basilares. As caseínas ocorrem como micelas, estabilizadas por fosfato de cálcio e várias formas de interação química, com diâmetro médio de 120nm. As soroproteínas são globulares, termolábeis e encontram-se como monômeros ou dímeros. Ambos os grupos são excepcionais para a manutenção e para o ganho de massa muscular. Um adequado perfil muscular reflete-se em força, equilíbrio e é fundamental no emagrecimento e no envelhecimento saudável. Ressalta-se, quanto às caseínas, a capacidade de carrear minerais primordiais ao sustento do metabolismo, como potássio, cálcio, fósforo e magnésio. As proteínas lácteas também são fontes de taurina e de glutationa. Respectivamente, elas desempenham proteção endotelial e defesa antioxidante. Neste último caso, os pulmões são um alvo importante, no que diz respeito às disfunções respiratórias. Assim sendo, as proteínas lácteas são recomendadas para garantir um adequado aporte nutricional ao organismo. Porém, não apenas tal fato torna essas proteínas singulares. Recentemente, autores têm abordado a bioatividade de certas frações proteicas, os peptídeos bioativos. No indispensável livro Química de Alimentos de Fennema, o autor David S. Horne (2019) aponta que tanto caseínas quanto soroproteínas são detentoras desses fragmentos. Nestes casos, a bioatividade pode ser considerada como a capacidade de atuar positivamente sobre os múltiplos sistemas do organismo humano. Efeitos anti-hipertensivo, antimicrobiano e imunomodulador foram observados. Para a saúde óssea, Bu e colaboradores (2021) afirmaram os benefícios do consumo de proteínas lácteas. Isso dado que, além da abundância de cálcio no leite, os peptídeos bioativos são capazes de modular estágios da remodelação óssea. Também, as proteínas associadas à membrana do glóbulo de gordura são relevantes. Por apresentarem atividade biológica, são consideradas promotoras de saúde. No tocante à vigente pandemia da Covid-19, o leite é descrito como uma escolha alimentar oportuna. Um dos aspectos que explica essa constatação é a presença de lactoferrina. Esta é uma proteína do soro do leite eficiente em regular o sistema imunológico e em exercer papel antimicrobiano (REN; CHENG; WANG, 2021). À vista disso, podemos depreender que as proteínas lácteas são fundamentais no que concerne à adequada nutrição e à promoção da qualidade de vida. (Milkpoint)

Jogo Rápido  

Retomada pode vir no 2º semestre

O economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Rodolpho Tobler avalia que, com o aumento da vacinação contra a Covid-19, a economia do país deve melhorar nos próximos meses, o que traria como resultado um recuo nas taxas de desemprego já no segundo semestre. Entretanto, o especialista observa: “recuperação mais robusta, mais completa, só para 2022 e principalmente com a ampliação da vacinação”, disse. Ele analisou os dados a partir dos números recentes da Pnad Contínua, do IBGE. Tobler explicou que naturalmente o mercado de trabalho reage de modo mais lento que a economia. No ano passado havia expectativa de que o emprego voltasse a ter resultado positivo já no primeiro semestre. “Com o início deste ano mais complicado, a taxa de desemprego tende a aumentar entre o segundo e o terceiro trimestre e só apresentará melhora, de fato, a partir do quarto trimestre de 2021”, pondera. Segundo o economista, os setores de serviços prestados às famílias, como alimentação fora de casa, hotelaria e transportes, foram bastante prejudicados: “Já há uma cautela natural das pessoas pela questão do vírus e, também, porque há medidas restritivas que afetam o funcionamento. As pessoas deixam de consumir algum tipo de serviço e trocam por consumo de bens porque não podem sair de casa”. A Pnad Contínua mostrou que no trimestre móvel de dezembro a fevereiro o desemprego chegou a 14,4%, revelando número recorde de 14,4 milhões de pessoas sem ocupação. (Correio do Povo)

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