Porto Alegre, 18 de agosto de 2015 Ano 9 - N° 2.087
Projeção divulgada nesta terça-feira (18/8) pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do RS (Conseleite) indica que o preço do litro do leite padrão pago ao produtor em agosto deve ficar em 0,8291, valor 2,75% menor do que o consolidado de julho (R$ 0,8526), quando o resultado já apresentou queda de -0,89% em relação à projeção de 0,8602.Contudo, alerta o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, a tendência é de estabilidade uma vez que a produção durante a safra não deve atingir o crescimento histórico esperado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Audiência Pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo
A necessidade da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul foi discutida em audiência pública nesta segunda-feira (17/08) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O encontro contou com a participação de entidades e órgão públicos ligados à área. A questão é importante porque o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação permitiria o acesso da carne do RS a mercados hoje restritos. O status é entendido pela maioria dos participantes como uma meta a ser atingida. Atualmente, o Rio Grande do Sul é livre da doença com vacinação. Vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Sérgio Turra (PP), coordenou a audiência.
Segundo o chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado, Bernardo Todeschini, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que reconhece o status sanitário, exige um enfoque técnico-científico nesta decisão. "O primeiro passo será verificar quais as condições necessárias para o avanço de status. Cada item levantado será checado de maneira quantitativa e, a partir disso, monta-se um futuro plano de ação" explicou.
No Rio Grande do Sul, o último foco da doença foi registrado em 2001 e, desde o ano seguinte, não há circulação do vírus no território gaúcho. No Brasil, somente Santa Catarina tem a condição de livre de febre aftosa sem vacinação.
Para se enquadrar às normas exigidas pela OIE é preciso cumprir requisitos técnicos que vão da análise do sistema de vigilância sanitária, passando pelo controle eficiente até o volume de recursos necessários para cobrir esses gastos. "No momento em que se para de vacinar, por exemplo, a responsabilidade será toda do governo. Sem um grande consenso, não teremos condições de avançar. O estado, a União e os produtores rurais estão fazendo a sua parte, mas questões como imunização e eficiência vacinal fazem parte de um processo necessário e longo", advertiu o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado (Seapa), Ernani Polo, que participou do encontro.
Para o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, é preciso cautela para garantir segurança com a suspensão da vacinação. O presidente da o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli, disse que a decisão deve ser fruto de um consenso, mas que para atingir alguns mercados internacionais, o RS deverá avançar no status sanitário. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Fonte: Com informações da Assembleia Legislativa do RS)
Preço de Referência Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em agosto de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
O leite em pó integral apresentou forte alta de 19,1%, sendo comercializado a US$ 1.856/tonelada, voltando aos valores da segunda quinzena de julho.
O leite em pó desnatado também apresentou uma melhora em seus preços (8,5%), atingindo o preço de US$ 1.521/tonelada.
O preço do queijo cheddar também subiu, com de 4,40% sobre o último leilão, fechando a um preço médio de US$ 2.778/tonelada.
Gráfico 1 - Histórico de preços do leilão gDT.
Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.
Na comparação dos preços do Leilão GDT com os levantamentos realizados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o leite em pó integral (WMP) apresenta valores bem semelhantes para os valores praticados na Oceania. Já o produto originário da Europa apresenta um sobrepreço de 27% sobre os preços praticados na Oceania.
Gráfico 2 - Comparação preços de leite em pó integral GDT x USDA (Oceania e Europa)
Fontes: Global Dairy Trade e USDA; Elaboração: MilkPoint Inteligência.
Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também apresentaram significativa melhora, com o contrato de fevereiro de 2016 apontando para um valor próximo dos US$ 2000/ton. No final do ano, os contratos indicam persistência de um cenário de preços abaixo de US$2.000/ton, mas com valores um pouco melhores dos anteriormente projetados, que não chegavam a US$1.600/ton. (A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)
Tabela 1- Preços de leite em pó integral para entregas futuras
Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.
Lideranças do agronegócio de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul estarão reunidos nesta quarta-feira, 19, em Florianópolis, para tratar das ações de melhoria na qualidade do leite produzido nos três estados. O encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira acontecerá às 10h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). A reunião irá envolver os secretários da Agricultura, os serviços de assistência técnica e de defesa sanitária, além de representantes das agroindústrias dos três estados. Na pauta, estão as ações que irão resultar em melhorias na qualidade do leite, desde a propriedade rural até o processamento industrial. (Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC)