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09/07/2015

         

 

 

Porto Alegre, 09 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.078

 

 Balança comercial: déficit no comércio de lácteos até junho já é o dobro do apresentado em 2014
 
A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de cerca de 17 milhões de dólares em junho, uma redução de 32,7% do déficit apresentado em maio, que havia sido de 26 milhões de dólares.

As importações ficaram relativamente estáveis, com queda de 0,2% em valor (US$ 39,4 milhões), enquanto as exportações tiveram aumento expressivo (62,1%, totalizando US$21,9 milhões), impulsionadas pela volta das compras de lácteos brasileiros por parte da Venezuela.

Tabela 1: Balança Comercial de Lácteos - Junho de 2015


Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

A evolução nas exportações em relação ao mês passado foi puxada pelo aumento do volume exportado de leite em pó integral, que subiu de cerca de 1.000 toneladas em maio (US$6,6 milhões) para cerca de 3.000 toneladas em junho (US$17,1 milhões, a um preço médio de US$5.748/ton), com praticamente todo o volume destinado ao mercado venezuelano.

Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$19,6 milhões, alta de 56,9% sobre maio, a um preço médio de US$2.968/ton), queijos (US$ 9,1 milhões, -1,3%) e leite em pó desnatado (US$ 6,3 milhões, -45,5%, a um preço médio de US$2.932/ton).

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (80,7%), seguido por Argentina (18,2%); os outros 1,1% foram importados dos EUA. Interessante notar o crescimento da participação do Uruguai, ao mesmo tempo em que as importações da Argentina tem diminuído.

Gráfico 1 - Origem das importações de leite em pó brasileiras


 Fonte: MDIC; Elaboração MilkPoint Inteligência

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 97 milhões de litros em junho, ligeira queda de 0,9% em relação a maio. Já as exportações em equivalente-leite tiveram alta de 42,4%, totalizando 34 milhões de litros.

De janeiro a junho deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 346 milhões de litros, é maior que o dobro do apresentado no total de 2014, que foi de 159 milhões de litros.

Os gráficos 2 e 3 a seguir apresentam este cenário, mostrando a comparação entre o déficit total de 2014 x o acumulado de janeiro a junho de 2015 (gráfico 2) e o histórico do saldo da balança de lácteos 2014 x 2015.

Gráfico 2: Déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite (milhões de litros)*


 * 2014: Total; 2015: acumulado até maio
Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Gráfico 3: Saldo mensal da balança comercial de lácteos em equivalente leite (milhões de litros/mês)


 Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência
*Dados sujeitos a revisão, o Sistema AliceWeb do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, teve problemas técnicos e irá divulgar novamente os dados de junho
 
 
Embrapa apresenta importância da luz para produzir carne e leite
Na produção de carne e leite, a luz é essencial. O crescimento e desenvolvimento das pastagens, principal alimento do rebanho bovino brasileiro, depende da incidência luminosa. A radiação solar também tem relação direta com o bem-estar animal. Durante o evento, os visitantes poderão ver em maquete a influência da luz em um sistema de ILPF.

A diminuição da incidência de luminosidade afeta o crescimento dessas plantas. O que pode ocasionar menor produtividade na pecuária, refletindo na diminuição da oferta ou no aumento do preço de alimentos, como carne e leite.

"Na região tropical a incidência luminosa é alta, portanto, o potencial da produção vegetal é elevado para a maioria das plantas cultivadas. Sistemas de produção agropecuários que favorecem a produtividade vegetal são responsáveis pela sustentabilidade da produção de alimentos, fibras e energia nos países com vocação rural, como o Brasil", explica o pesquisador da Embrapa, Luiz Adriano Cordeiro.

O sistema de integração lavoura-pecuária-floresta contribui para bem-estar animal propiciado pelas árvores em integração com pastagens. "Sistemas de ILPF possuem um microclima melhor, pois as árvores geram sombra que pode diminuir a radiação solar direta que atinge os animais em até 30%, a depender da espécie florestal", enfatiza Cordeiro.

Para não prejudicar o desenvolvimento das pastagens por falta de luz, a integração deve seguir alguns princípios, como o plantio das linhas de árvores em nível e, quando possível, em alinhamento leste-oeste e utilização de espaçamentos entrelinhas de árvores suficientes para que não ocorra sombreamento excessivo. Esses conceitos poderão ser vistos na maquete exposta no evento. (Milkpoint)

 
 
Russos habilitam laticínios brasileiros
Quatro cooperativas gaúchas estão na expectativa para integrar a lista 
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou ontem que a Rússia autorizou 11 laticínios brasileiros a exportarem leite em pó. O governo ainda não informou quais são as plantas habilitadas, mas a expectativa é que a liberação contemple unidades do Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), até então o Brasil não havia embarcado leite em pó ao país. A Rússia não fez vistoria e, de acordo com Kátia Abreu, essa "autorização automática" do governo russo "significa que temos um sistema de defesa agropecuário confiável e sólido". Em contrapartida ao acordo, o Mapa deve liberar a importação de pescado e de trigo da Rússia. 
Segundo o presidente do Sindital, Alexandre Guerra, as 11 unidades habilitadas somam¬se a outras 12 plantas que já tinham liberação para exportar manteiga e queijo, entre elas a gaúcha BRF, de Teutônia. Agora, no total, 23 laticínios têm autorização para exportar lácteos à Rússia. "É o momento para as indústrias gaúchas aproveitarem", avalia Guerra, que participa da comitiva brasileira que foi a Moscou negociar. Ele refere¬se ao fato de que, recentemente, a Rússia prorrogou até junho de 2016 a sanção a produtos dos Estados Unidos, Canadá e União Europeia. O presidente do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Gilberto Piccinini, também presidente da Cosuel, um dos laticínios candidatos à habilitação para exportar leite em pó, comemorou o anúncio. "Representa a possibilidade de abrir novos mercados para um futuro próximo", avalia. Além da Cosuel, CCGL e Cosulati também figuram entre as possíveis empresas habilitadas. A Rússia importa 630 mil toneladas de leite em pó por ano. A Associação Brasileira de Laticínios espera atingir metade desse mercado. (Correio do Povo)
 
 
Autorizada 
Ampliação de capacidade de leite para empresa em três de maio A Fepam concedeu licença de operação para a empresa Elebat Alimentos, localizada em Três de Maio, ampliar sua capacidade produtiva. A Elebat tinha capacidade de recebimento de 18 milhões de litros de leite por mês para processamento. Com a ampliação, a capacidade de recebimento de leite aumentou para 36,8 milhões de litros a cada mês. (Terra Viva)
 
 
 

SINDILAT CONVIDA
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal realiza, no dia 10 de julho, a audiência pública "Mercados e perspectivas para o futuro da produção leiteira do Brasil". O evento acontece às 14h, no auditório da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), em Ijuí (RS). O debate objetiva avaliar a situação atual e, especialmente, planejar ações para fortalecer e estimular a produção, garantindo a ampliação de mercados, o desenvolvimento de tecnologias e mais geração de renda. O evento contará com a participação de lideranças do setor, representantes do governo, senadores, deputados, prefeitos, vereadores e especialistas na área, além de produtores de todo o Estado.  Participe!
 
 
 

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