Porto Alegre, 17 de outubro de 2019 Ano 13 - N° 3.089
SMP
O preço do leite em pó desnatado (SMP) ficou sem grandes mudanças por quatro meses (desde o mês de maio), mas, no final de agosto registrou recuperação, chegando a € 2.220/tonelada.
Segundo os últimos dados do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), atualizado em 9 de outubro, o preço em agosto foi de € 2.260/tonelada, o que representou aumento de 4,2% em comparação com o mês anterior.
Como pode ser visto no quadro sobre as cotações mundiais de produtos lácteos, os preços da UE continuam abaixo dos preços nos Estados Unidos e Oceania, o que torna as exportações comunitárias competitivas ao nível mundial.
O mercado europeu de produtos lácteos mostrou dinamismo no primeiro semestre. As exportações acumuladas de SMP e manteiga registraram elevações de 28% e 19%, respectivamente, nos primeiros sete meses do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As exportações de manteiga aumentaram para os três principais mercados (China, EUA e Japão) e as de SMP para a China e a Indonésia (Argélia, que é outro país entre os maiores importadores de SMP, reduziu suas compras). (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
Preços
A expectativa é de que em um futuro próximo não haja grandes mudanças dos preços internacionais. A oferta tem permanecido relativamente baixa em todas as regiões (exceto na Nova Zelândia) o que tem sido um fator fundamental para a sustentação dos preços.
Em particular, para o leite em pó integral (WMP), a Bolsa de Valores da Nova Zelândia espera um preço em torno dos níveis atuais, mais ou menos US$ 3.000 a tonelada nos próximos meses.
A primavera da Nova Zelândia pode impactar sobre estes preços. Mas, a situação não irá resultar em grande movimento dos preços, nem para cima, nem para baixo.
O Instituto Nacional do Leite (INALE), com base no relatório do Rabobank, analisa o mercado mundial de lácteos.
A produção nas principais regiões exportadoras vem caindo; seca na União Europeia, maior taxa de abate nos Estados Unidos para maior disponibilidade de caixa dos produtores, queda contínua da produção na Austrália e não se prevê recuperação da produção na Argentina.
A China importou de forma significativa. Mas, se for levado em conta que a produção interna está aumentando e o consumo encontra-se de certa forma estável, a expectativa é de que as importações sejam de menor envergadura no resto do ano, já que os estoques foram recompostos no primeiro semestre.
O Brasil, que é um destino chave dos produtos uruguaios, restringiu a oferta, principalmente por problemas climáticos. A economia apresenta certo grau de fragilidade que está impactando em um menor consumo geral, e dos lácteos em particular. Ainda que as importações tenham aumentado, a Argentina vem ganhando a quota de mercado no Brasil, enquanto o Uruguai está se voltando para outros mercados. Os queijos são os mais impactados pela situação. (Terra Viva)
Leite/Nota: Cepea focará no preço líquido do leite ao produtos a partir de 2020
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) assumiu a presidência da comissão que avaliará a medida provisória 897/2019, a MP do Agro. A criação oficial foi ontem. A relatoria ficará com o deputado Pedro Lupion (DEM-PR). Segundo o parlamentar gaúcho, nesta semana, ele o relator deverão se reunir para começar a filtrar as emendas recebidas. No total, foram 349. O cronograma de trabalho da comissão será estabelecido na próxima semana. - Tem vários temas importantes em discussão, como o fundo de aval fraterno e o patrimônio de afetação - observa Heinze. R$ 606,2 bilhões é o valor bruto da produção agropecuária estimado pelo Ministério da Agricultura com base nos dados de setembro. A quantia representa alta de 1,7% sobre os R$ 596,1 bilhões de 2018. (Zero Hora)