Porto Alegre, 24 de setembro de 2019 Ano 13 - N° 3.072
Conseleite indica estabilidade do leite no RS
Crédito: Carolina Jardine
O valor de referência projetado para o leite no mês de setembro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,0884, 1,57% abaixo do consolidado de agosto, que fechou em R$ 1,1058. Os dados do cenário lácteo no Estado foram debatidos na reunião mensal do Conseleite realizada nesta terça-feira (24/09) na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS). Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, apesar da leve queda em relação ao valor consolidado do mês anterior, a projeção para setembro é praticamente a mesma que foi estimada para agosto (R$ 1,0870), o que indica estabilidade do mercado. “Vivemos um momento delicado em que quem não for eficiente acabará saindo do processo, tanto no campo quanto na indústria. O mercado é soberano e estamos sempre suscetíveis aos movimentos do varejo”, pontuou. E lembrou que as peculiaridades e sazonalidades da produção láctea geram picos de produção - quando o setor industrial opera com capacidade plena -, mas, por outro lado, impõem meses de ociosidade que elevam muito os custos. “Precisamos tirar essa diferença. Só vamos conquistar o mercado externo se conseguirmos manter uma produção estável”.
No mês, apesar da alta de 2,19% do leite UHT, a tendência de redução de preços foi puxada pelo leite em pó (-2,72%) e pelo queijo mussarela (-2,99%). Ao apresentar os dados do levantamento realizado pela UPF, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indicou que vários produtos do mix iniciaram o ano com valores mais elevados, mas não mantiveram a cotação ao longo do ano, entre eles alguns queijos.
Durante a reunião, também foi alinhado que a Emater passará a realizar estudo de custos de produção para acrescentar esse indexador aos dados avaliados pelo setor produtivo na reunião do Conseleite. Para isso, a entidade de assistência técnica será incluída no colegiado como convidada especial. O vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, reforçou a importância de agregar esse levantamento às análises mensais uma vez que os custos impactam diretamente na rentabilidade da atividade. “É um dado essencial a ser apreciado para que possamos avaliar todas as nuances da atividade láctea”, disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado em com base em dados do IBGE.
Nos estados, Minas Gerais continuou como o maior produtor de leite do país, com uma produção de 8,9 bilhões de litros (26,4% do total nacional) apesar de manter praticamente estável o volume de produção, com crescimento de apenas 0,8% em relação a 2017. O Paraná e o Rio Grande do Sul vieram logo em seguida, com produção de 4,4 bilhões de litros e 4,2 bilhões de litros, respectivamente.
O presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, informou que o preço do leite teve uma estabilidade em relação ao mês de agosto. Abordou também a abertura de novos mercados para os lácteos. Clique aqui para ouvir a entrevista (Agert)