Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2019 Ano 13 - N° 2.926
Depois de cair por cinco meses consecutivos, o preço médio do leite longa vida (UHT) negociado no mercado atacadista de São Paulo subiu em janeiro. No mês, o produto registrou média de R$ 2,4192/litro, sendo 14,4% acima da observada em dezembro/18 e 23,88% superior à de janeiro/18, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de janeiro/19).
A valorização mensal do UHT esteve atrelada à alta no preço observada na primeira quinzena de janeiro, quando a elevação acumulada foi de 7,34%. Nesse período, o impulso veio da maior competição entre indústrias em captar o leite no campo. As negociações envolvendo o derivado, porém, foram fracas, já que a demanda nesta época do ano é baixa, dentre outros motivos, devido às férias escolares. Já na segunda quinzena de janeiro, os estoques de laticínios começaram a subir e a valorização do derivado foi interrompida, com os preços passando a oscilar diariamente. No acumulado das duas últimas semanas do mês, a variação foi negativa, de 2,15%. Por outro lado, a tendência altista voltou a ser verificada na primeira quinzena de fevereiro, devido à disponibilidade limitada de leite no campo, à estabilização dos preços do leite spot e ao aquecimento da demanda. No acumulado deste período, os valores do UHT subiram 1,23%, com a média chegando a R$ 2,4298/litro.
QUEIJO MUÇARELA – A cotação do queijo muçarela apresentou alta mais controlada de dezembro para janeiro. O preço médio foi de R$ 17,10/kg no primeiro mês de 2019, sendo 1,93% superior ao de dezembro/18 e 15,27% acima do de janeiro/19, em termos reais. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações estiveram aquecidas e os estoques, controlados. Essa pesquisa é realizada diariamente pelo Cepea com apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Cepea)
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira (21.02) que a questão da taxa de importação do leite em pó da União Europeia “está superada”. Em entrevista a jornalistas após a abertura do Seminário Boas Práticas de Fabricação e Autocontrole, a ministra disse que o assunto está sendo monitorado diariamente.
A ministra comentou que o tema foi tratado ontem em reunião com o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, e que “as coisas estão evoluindo muito bem”. Ela lembrou que problema maior do leite para o Brasil é com o Mercosul.
“Nós estamos aguardando uma resposta da União Europeia, se ela não responder, deverá vir da OMC (Organização Mundial do Comércio). E nós estamos caminhando. Para mim, a questão do leite com a União Europeia está superada. Nós temos outras questões no Mercosul, que é onde mais nos atinge. Na verdade, é o leite que vem da Argentina e do Uruguai”.
Tereza Cristina comentou que o governo brasileiro já conversou com com o governo da Argentina e o assunto está sendo analisado por um grupo de trabalho formado depois da visita da comitiva do país vizinho ao Brasil.
Tereza explicou que o aumento da tarifa do leite em pó proposto pelo Mapa há duas semanas ainda não saiu devido aos trâmites e procedimentos legais necessários para formalizar a sobretaxa. O governo está fazendo um acompanhamento diário sobre as guias de importação. O objetivo é saber se a aplicação de nova tarifa será necessária.
A ministra confirmou que tratou também com o Ministério da Economia sobre problemas de importação de outras culturas, como o alho. Ela reiterou que os dois ministérios estão alinhados e farão reuniões frequentes para avaliar assuntos que tenham impacto no comércio exterior. “Os dois ministérios têm que andar muito alinhados para que a gente trabalhe numa agenda de abertura, mas sabendo cada lado os prós e contras do encaminhamento dessas ações no mercado internacional”, comentou. (MAPA)
Consumo/AR
O leite em pó é o produto mais afetado, com queda superior a 10% em 2018, em relação ao ano anterior. No ano passado, as vendas dos produtos lácteos no mercado interno caíram em relação a 2017.
Em média 2,3% em toneladas e 1,9% em equivalente litros de leite. Leite em pó foi o produto mais afetado, com queda de 11,4% em toneladas e em litros equivalentes leite. Os dados foram divulgados pelo Panel das indústrias de laticínios.
De acordo com os dados estatísticos e considerando os doze meses de 2018, o consumo de leite fluido caiu 1,7% tanto em toneladas como em litros equivalentes. Nos queijos, a queda foi de 1,9% em toneladas e de 1,7% em litros equivalentes, enquanto que outros produtos – como iogurtes, manteiga, e cremes – a queda em toneladas foi de 4,6% e em litros equivalentes 1,9%. Quanto ao nível de vendas, comparando dezembro de 2018 com dezembro de 2017, a queda foi de 5% em toneladas. A queda mais brutal ocorreu no leite em pó: 38,8% em toneladas e 11,9% em equivalente litros, comparando dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior. A variação dos queijos foi de -6,2% e -8%, respectivamente, enquanto em outros produtos a perda registrada foi de 13,5% e 11,9% em toneladas e litros, respectivamente.
Cabe destacar que as vendas acumuladas no ano de 2018 tiveram queda de 1,9% em litros equivalentes leite. O processo de queda das vendas no mercado doméstico (ao contrário do aumento dos volumes exportados) foi acelerando no correr do ano, e em dezembro de 2018 foi registrada redução de 13,9% em litros equivalentes leite, quando comparado com dezembro de 2017. (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Envase Brasil
Consolidada como um evento referencial para negócios e relacionamento no segmento de alimentos, embalagens, tecnologia e bebidas no Sul do país, a Envase Brasil chega a sua 14ª edição com a expectativa de superar o sucesso da edição de 2018.
A edição 2020 espera 170 expositores do Brasil e de outros 12 países, além de projetar 10.000 visitantes nos quatro dias de evento. Economicamente, a estimativa é a de superar a edição de 2018, com negócios da ordem de 130 milhões de reais.
A feira acontece no Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, região que é a maior produtora de vinhos do país; no Estado que já apresenta a maior oferta de cervejas artesanais do Brasil e que concentra a segunda bacia leiteira nacional. Mercados que estão em constante qualificação e expansão. E ainda ganham destaque no evento as indústrias de azeite de oliva, água mineral e sucos de diversas frutas, em especial, de uvas.
A Envase Brasil também se destaca pela geração de conteúdo e relacionamento com profissionais das áreas de atuação e afins com bebidas e alimentos. Os encontros setoriais têm contribuído para deixar o evento cada vez mais concorrido e qualitativo. “Cada vez mais ouvimos dos nossos expositores que esse é um fator de sucesso do evento: a Envase é uma feira tranquila e bem visitada. Você recebe público diversificado dos segmentos das indústrias de bebidas e alimentos, em especial do vinho, sucos, cerveja artesanal, cachaça e destilados, água mineral, laticínios e outros”, destaca Vicente Puerta, diretor presidente da feira.
A 14ª edição da Envase Brasil acontecerá em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, no período de 31 de Março a 3 de abril de 2020. (Fonte: Newtrade)
O conjunto de parlamentares que compõem a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo (CAPC) elegeram e deram posse, nesta quinta-feira, aos deputados Adolfo Brito (PP) e Ernani Polo (PP) para, respectivamente, presidência e vice-presidência do órgão técnico. Adolfo Brito dará continuidade ao trabalho que já vinha desenvolvendo à frente do grupo técnico, tendo presidido a comissão ao longo dos quatro anos da legislatura passada. Já Ernani Polo conduziu a Secretaria Estadual da Agricultura e Irrigação entre 2015 e 2018. (Jornal do Comércio)