Porto Alegre, 13 de novembro de 2018 Ano 12 - N° 2.858
SC: secretário da Agricultura vai coordenar a Aliança Láctea Sul-Brasileira
O secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, assumiu nesta segunda-feira, 12, a coordenação da Aliança Láctea Sul-Brasileira, formada pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Até 2020, metade do leite brasileiro será produzida no Sul. O leite da região precisa se tornar um produto industrial, senão nós vamos nos afogar em leite", explica Airton Spies, em nota, sobre a necessidade de ampliar os mercados para o produto.
"Os desafios são muito claros e passam por melhorias em tecnologia, sanidade dos rebanhos e organização logística da cadeia produtiva. Temos uma estratégia a médio e longo prazo e já temos excelentes exemplos a seguir, aqui mesmo no Estado, para tornar o leite competitivo no mercado internacional. Temos que fazer com o leite o que já fizemos com cadeias produtivas consolidadas como suinocultura, avicultura e tabaco", afirma Spies.
O secretário, que voltou de uma missão empresarial na China, avalia que o país asiático pode ser comprador do leite. "Os chineses consomem poucos lácteos ainda; cerca de seis vezes menos do que o Brasil. Mas este é um mercado em expansão e nós não podemos ficar fora desse mercado gigante" destaca Spies. Hoje os grandes fornecedores de leite para a China são Austrália, Nova Zelândia e Europa. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
Embrapa Gado de Leite consulta cadeia produtiva sobre prioridades do setor
Está disponível no site da Embrapa Gado de Leite (www.embrapa.br/gado-de-leite) um questionário voltado para os diferentes agentes do agronegócio do leite, que visa compreender quais as prioridades do setor. Segundo o chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da instituição, Pedro Arcuri, a consulta visa identificar quais as demandas da cadeia produtiva para a pesquisa nos próximos cinco anos. "Os recursos para P&D são limitados e precisamos alinhar nossas metas de inovação com as necessidades da sociedade", diz Arcuri.
O questionário pode ser respondido por qualquer agente dos diversos setores do agronegócio do leite. Entre o público-alvo, também estão incluídos pesquisadores, professores, técnicos e estudantes de ciências agropecuárias. O questionário é simples e rápido, o preenchimento não leva mais do que cinco minutos. As perguntas estão estruturadas em sete grandes temas:
- Saúde animal;
- Bem-estar animal;
- Qualidade do leite e derivados;
- Nutrição animal e forrageiras;
- Meio ambiente e geotecnologias;
- Melhoramento e reprodução animal;
- Gestão, sistemas de produção e mercado.
"São muitos os problemas e é importante que as pessoas se manifestem por meio dessa pesquisa para que possamos construir nossas metas de inovação em consonância com a realidade do setor", diz a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Marta Martins. O questionário pode ser acessado em computadores, tablets ou smartphones. Para ter acesso direto às questões é só acessar o endereço: http://bit.ly/2FabXB5 (As informações são da Embrapa)
A exportação de produtos lácteos gerou US$ 681 milhões nos últimos 12 meses, informou o Instituto Nacional do Leite. O valor das vendas foi 21% maior, devido ao aumento significativo na quantidade colocada de leite em pó integral, desnatado e manteiga. A Argélia, com 32%, e o Brasil, com 21%, são os principais destinos dos produtos lácteos uruguaios. O crescimento do volume de negócios deve-se ao aumento dos volumes exportados e não devido a melhores preços. O relatório do Instituto Nacional do Leite (Inale), baseado em registros da Direção Nacional de Aduanas, aponta que o valor das exportações de produtos lácteos aumentou 21% nos últimos doze meses e totalizou US$ 681 milhões.
A Argélia é o principal destino dos lácteos uruguaios, com 32%, seguido pelo Brasil, com 21%, Rússia e Cuba, com 7%, e México, com 6%. O preço médio do leite em pó integral nos últimos doze meses chegou a US$ 2.779 por tonelada e o principal mercado é a Argélia, com 63%. Enquanto isso, para o leite desnatado, o valor médio foi de US $ 2.122 e, com 63%, o Brasil ocupa o primeiro lugar no destino. Por outro lado, o valor dos queijos foi de US$ 2.224, sendo o Brasil o principal mercado, com 24%. Finalmente, para a manteiga, o valor médio em dólares por tonelada foi de US$ 4.638 e 50% do produto foi exportado para a Rússia.
O ministro da Economia e Finanças, Danilo Astori, afirmou que a exportação de produtos lácteos uruguaios "alcançou níveis extraordinariamente positivos", especialmente no leite em pó integral "com um preço adequado que havia caído muito antes". Astori salientou que o crescimento das exportações "é muito importante, naturalmente sobre uma base que sofreu uma deterioração. Quando a base sofre uma deterioração, o crescimento é mais positivo, mas em qualquer caso, se fortalecermos o motor de investimento e também o de exportação, acredito que o Uruguai possa manter sua meta de crescimento." (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Programa leva técnicos a propriedades do Noroeste do RS para melhorar qualidade do leite
Qualidade do leite/RS - Um programa que busca melhorar a qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul está levando técnicos a propriedades do Noroeste do estado para checar os sistemas de ordenha, máquinas de resfriamento e equipamentos de manutenção do leite. A iniciativa, com foco em 70 propriedades da região, foi desenvolvida pela Associação dos Produtores de Leite (APL) e pela Fundação de Capacitação e Desenvolvimento. O técnico Rogério Ressel visitou 35 terrenos nos últimos meses e, segundo ele, a incidência de problemas é muito grande. "Começando pela vedação, bomba de vácuo produzindo pouco, pulsadores batendo muito rápido e membranas de pulsadores muito antigas", afirma o técnico.
Isso ocorre, principalmente, porque, na maioria dos casos, é a primeira vez que um profissional visita a propriedade para realizar essa medição. No caso de Cristiane Pellenz, que trabalha com o marido na mesma sala de ordenha desde 2011, a manutenção é realizada periodicamente. A produção de leite é a principal fonte de renda da propriedade do casal que fica no interior de Santo Cristo. A produtora diz que sempre trabalhou para entregar um leite de boa qualidade. "É importante para nós e também para a indústria porque, para a indústria, para produzir produtos de qualidade, ela precisa de matéria-prima de qualidade. E nós, quando consumidores, também buscamos por um produto de qualidade", afirma Cristiane. Como a identificação da maior parte dos problemas exige equipamentos específicos, os produtores de leite que não recebem as visitas muitas vezes acabam não percebendo as alterações, o que prejudica a produção. Os ajustes que precisam ser realizados normalmente são simples e podem ser feitos pelo técnico da propriedade. O programa que propõe as visitas é pioneiro. Segundo o Diorgenes Albring, gestor da FUNCAP, a ideia surgiu graças a uma demanda da região. O principal objetivo é dar condições para que o produtor entenda o processo de funcionamento das máquinas.
"Nós queremos ter o produtor o mais próximo possível, no momento das aferições, e explicar para ele o que está acontecendo na máquina dele, quais ações ela realiza", afirma Diorgenes.
Segundo a Emater, a produção diária de leite na região é de 1,7 milhão de litros. Levando em conta a Fronteira Noroeste, a região é uma das maiores produtoras do país - são 234 litros por km² ao dia.
Qualificação para toda a cadeia leiteira
A APL Leite, em parceria com a Faculdade de Horizontina (FAHOR), está oferecendo cursos gratuitos em oito municípios da região. As especializações abordam gestão para indústria da cadeia do leite, boas práticas de fabricação para indústria e segurança no trabalho. A ideia é qualificar profissionais que atuam ou venham a atuar em empresas ligadas ao setor lácteo, contemplando todos os processos, desde insumos ao processamento de leite.
Para o professor Jonas Diogo Silva, os cursos contribuem para a qualificação profissional dos participantes. "Resulta em maior competitividade e aumento de riqueza, com empregos, renda e geração de tributos", entende o educador. Ao todo, 150 profissionais devem ser qualificados. A família do Leandro Cortiana sempre trabalhou com a produção de leite, mas foi há dois anos que ele começou a atuar na propriedade. "A questão é que tu tira um pouco de um lado e vai faltar do outro. A gente precisa saber administrar a propriedade, o negócio", acredita.
Já a vendedora Lindiana Leski está buscando qualificação. Ela trabalha em uma loja nos processos de faturamento e abertura de caixa, mas quer levar o conteúdo do curso para dentro de casa. "Eu vim aqui para adquirir um pouco mais de conhecimento, ajudar no meu trabalho e também o meu esposo, que é agricultor e administra as lavouras. Acho que o curso vai ajudar ele também", explica. O professor aponta que tanto o programa de aferimento das máquinas quanto os cursos buscam melhorar a cadeia como um todo. "Identificando os equipamentos que precisam ser melhorados na propriedade, a indústria pode fabricar melhor, gerar melhor condição de produtividade, e a qualidade do leite também melhora, o que possibilita que a indústria produza bons produtos, agregando valor e ganhos para toda a cadeia", completa Jonas. (G1/RS)
Trimestrais da pecuária - primeiros resultados: Abate de bovinos cresce 3,6% frente ao 3º trimestre de 2017 e 7,2% em relação ao 2º trimestre de 2018
Produção Trimestral/IBGE - No 3º trimestre de 2018, o abate de bovinos totalizou 8,28 milhões de cabeças, representando aumentos de 3,6% em relação ao 3º trimestre de 2017 e de 7,2% em relação ao 2° trimestre de 2018. Já o abate de suínos somou 11,52 milhões de cabeças, aumentos de 4,4% na comparação com o mesmo período de 2017 e de 6,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O abate de frangos, por sua vez, totalizou 1,42 bilhão de cabeças, com queda de 4,0% em relação ao 3º tri de 2017 e alta de 3,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de leite cru foi de 6,30 bilhões de litros, crescimento de 0,3% em relação ao 3º trimestre de 2017 e aumento de 15,1% frente ao segundo trimestre de 2018, comportamento típico de alta entre os dois períodos, de acordo com a série histórica. Mais informações. (IBGE)