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05/10/2018

 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.834

Setor lácteo abre caminho para exportações

O setor lácteo brasileiro deu o pontapé inicial para a criação de uma política de exportação do leite brasileiro. Os primeiros alinhamentos foram traçados nesta quinta-feira, em Brasília, em reunião entre a Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), a Agência Nacional de Exportação (Apex), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e sindicatos.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a intenção é tornar a exportação viável e constante para equilibrar o mercado do leite no Brasil, que está em crescimento, principalmente no estado do RS, de SC e do PR. Desta forma, a produção excedente teria mercado certo e o produtor, uma previsibilidade maior sobre o preço mínimo remuneratório. "Só os três estados do Sul, até 2025, devem responder por 50% da produção nacional. Com o aumento da produtividade, será necessário regular estoque e ser competitivo no mercado nacional e internacional", argumenta.

O projeto conta com metas de curto, médio e longo prazos. Foram traçados seis pontos prioritários de discussão e análise: agenda regulatória, inteligência de mercado, promoção comercial, financiamento para produção, industrialização e capacitação para a exportação, competitividade e pesquisa e desenvolvimento. "Nossa ideia foi alinhar pensamentos e ações em âmbito nacional para que o setor, unido, consiga não ser mais refém das crises econômicas ou da oferta de leite, que tanto interfere no preço - para mais, ou para menos, no país", explica Palharini. As prioridades serão ações em prol da certificação sanitária da produção e do aumento de produtividade a custos competitivos, paritários com o mercado mundial. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Preço garantido da FrieslandCampina - outubro de 2018

FrieslandCampina - O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de outubro de 2018 foi de € 38/100 quilos de leite, [R$ 1,75/litro]. A FrieslandCampina aumentou €1,00 em relação ao mês anterior.

A elevação em outubro foi, parcialmente, motivada pela expectativa de aumento nos preços de alguns produtos lácteos. No preço garantido também está incluída uma correção de € 0,76 correspondente a estimativas feitas a menor no preço de referência em meses anteriores.

 

O preço garantido do leite orgânico para outubro de 2018 é de € 47,00 por 100 quilos, [R$ 2,16/litro]. O preço garantido do leite orgânico ficou estável em relação ao mês anterior. 


 
O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 800.000 quilos de leite por ano. Até 2016 o volume era de 600.000 quilos. A alteração do volume base de bonificação e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

Índice FAO dos produtos lácteos - setembro de 2018

Índice FAO dos Lácteos - O Índice FAO dos produtos lácteos fechou com 191,5 pontos em setembro. Houve um recuo de 4,7 pontos (2,4%) em relação ao mês anterior, prolongando a tendência de baixa pelo quarto mês consecutivo. Em setembro as cotações internacionais da manteiga, do queijo e do leite em pó integral contraíram, enquanto houve recuperação do leite em pó desnatado.

As perspectivas bem mais favoráveis em relação às disponibilidades para exportação pesaram sobre os preços internacionais da manteiga, do queijo e do leite em pó integral. O contrário ocorreu com o leite em pó integral que teve recuperação em setembro, registrando elevação de 16,2% desde o início do ano, em grande parte sobre o efeito da recuperação da demanda por leite em pó desnatado produzido recentemente. (FAO - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

 

O Rabobank reduz previsão dos preços dos lácteos, mesmo com modesto crescimento da produção

Preços/Rabobank - Enquanto a oferta combinada de leite crescia entre os exportadores mundiais de lácteos, 'Big 7', as exportações de lácteos desaceleraram no terceiro trimestre, e o início da temporada de produção de leite da Nova Zelândia registrou baixa demanda para os lácteos com origem na Oceania, diz o último relatório do Rabobank.

O banco agora prevê um preço mais baixo do que os projetados NZ$ 6,65/kgMs para 2018/19. O banco especializado em agronegócio disse que a desaceleração dos negócios combinada com o aumento de produção verificada no segundo trimestre de 2018 no 'Big 7' (União Europeia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Uruguai, Argentina e Brasil), resultou em alteração de apenas 1% na comparação anual, mas, refletindo no terceiro trimestre que também foi influenciado por outros fatores, incluindo a seca em parte do Norte da Europa.

O relatório aponta que a diminuição da produção de leite de áreas afetadas pela seca não condiz com o início da temporada na Nova Zelândia, onde o clima quase perfeito e mais vacas em lactação no inferno resultaram em crescimento de 5% na produção entre junho e agosto. A analista de laticínios, Emma Higgins, autora do relatório do Rabobank disse que o salto na oferta de leite na Nova Zelândia reduziu a urgência dos compradores de lácteos oriundos da Oceania no último trimestre e isso continua, refletindo, inclusive, no último GDT.

"Essa falta de urgência do comprador resultou na quebra dos preços, que subsidiaram a revisão para baixo da previsão de preço para a temporada 2018/19 de NZ$ 6,80/kgMS, para NZ$ 6,65/kgMS", disse ela.

Embora a previsão do preço do leite pelo Rabobank tenha sido reduzida, Higgins diz que a queda não foi maior porque o Rabobank tem a expectativa de que a oferta de leite será mais apertada no próximo ano.

"Em suma, a captação de leite nas maiores regiões exportadores crescerá modestamente nos próximo 12 meses em comparação com o ano anterior, em decorrência das margens apertadas para os fazendos e efeitos prolongados de climas adversos", acrescenta ela.

"A previsão é de que a disponibilidade de lácteos para exportação será significamente mais apertada nos próximos meses, o que proporcionará um aumento na cotação das commodities lácteas, particularmente durante 2019 - e isso foi levado em consideração na previsão revisada".

Emma Higgins também acredita que a demanda chinesa irá aumentar no restante de 2018, sendo um outro fator que sustentará o preço do leite na Nova Zelândia nesta temporada.

"Mesmo que a produção de leite local venham melhorando na China, a demanda por leite continua firme. Existe previsão de que haja aumento das importações chinesas em todo o final deste ano, o que ajudará a absorver parte do excesso de leite em estoque na Nova Zelândia", concluiu ela.

Crescimento mais lento da oferta global
Embora a produção de leite da Nova Zelândia tenha dado um saldo, o relatório diz que uma série de questões em outras regiões chave para a produção de leite contribuiu para desacelerar o crescimento da produção em todo o "Big 7" no terceiro trimestre.

"Tempo quente e seco reduziram as pastagens na Austrália, enquanto a falta de chuvas em partes importantes do norte e oeste reduzia o volume de leite na Europa. Outros lugares também foram afetados. A oferta de leite nos Estados Unidos continuou acompanhando as médias históricas. A greve dos caminhoneiros no primeiro semestre no Brasil diminuiu o crescimento da oferta de leite e os alimentos caros agora podem começar a prejudicar a produção da Argentina", explica Higgins.

"Como resultado, os fluxos estimados para os exportadores de lácteos "Big 7" no terceiro trimestre de 2018 teve crescimento anual de apenas 0,4% - o menor percentual desde 2016".

Emma Higgins diz que o impacto de uma alimentação animal mais cara, e margens muito apertadas para os produtores ao nível global são agora evidentes e o aperto continuará em 2019.

"Os rebanhos leiteiros nacionais encolhem na Austrália, Europa e Estados Unidos como resultado da dificuldade dos produtores em administrar os custos. Novos aumentos nos preços do leite ao produtor serão necessários para cobrir os custo maiores dos insumos e aumentar o crescimento do volume", acrescenta ela.

O que observar
A guerra comercial Estados Unidos/China; variações cambiais das moedas; e crescimento da produção na Nova Zelândia. Esses fatores têm o potencial de alterar os preços globais dos lácteos nos próximos meses.

"A extensão da guerra comercial sobre os laticínios ainda não foi totalmente sentida, como as incertezas em relação ao impacto sobre o crescimento econômico da China e nas exportações dos Estados Unidos, juntamente com o impacto nos custos de alimentação em ambos os países. A crescente valorização do dólar norte-americano contra a maioria das moedas é outro fator significativo observado. O fortalecimento do US$ contra as principais moedas de países importadores, provavelmente enfraquecerão o poder de compra de regiões importadoras chave", lembra Higgins.

Higgins disse que é preciso ficar alerta em relação à alta na produção da Nova Zelândia, depois de condições climáticas ideais no inverno e na primavera. "O Rabobank prevê crescimento de 2% na produção para a temporada 2018/19. No entanto, com a entrada em vigor das penalidades que a Fonterra estará aplicando para o uso da semente de palma (PKE), os níveis de produção de leite no primeiro semestre de 2019 poderá ficar comprometido", acrescenta Higgins. (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Fonterra: produção de leite na Nova Zelândia cresce 5% em agosto
Fonterra - A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, disse que a produção total de leite no país aumentou 5% em agosto ante igual período do ano passado. Esse desempenho foi motivado principalmente pelo clima favorável em algumas regiões, disse a empresa, lembrando que a temporada ainda está no início. Nos 12 meses até agosto, a produção ficou estável na comparação anual. Em agosto, a Fonterra coletou 97 mil toneladas de leite em pó, um aumento de 3% na comparação anual. Na Ilha Norte, foram coletadas 70 mil toneladas, em linha com o volume de agosto do ano passado. Na Ilha Sul, a coleta aumentou 13%, para 26 mil toneladas. As exportações totais de lácteos pela Nova Zelândia cresceram 6%, ou 17 mil toneladas, em julho ante igual mês do ano passado, disse a Fonterra. Os embarques de leite em pó integral e manteiga cresceram 32 mil toneladas, mas houve uma queda de 16 mil toneladas nas exportações de leite em pó desnatado. (Estadão)

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