Porto Alegre, 03 de julho de 2018 Ano 12 - N° 2.769
Após forte alta em junho, mercado de leite começa a voltar ao normal
A paralisação dos caminhoneiros nos últimos 10 dias de maio fez os preços do leite pagos aos produtores do país dispararem no mês passado. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, em junho, os produtores brasileiros receberam, em média, R$ 1,165 pelo litro do leite entregue no mês anterior, uma alta mensal de 4,3%. O percentual de valorização superou o visto nos meses anteriores. O movimento dos caminhoneiros interrompeu a captação de leite pelos laticínios e cerca de 600 milhões de litros de leite cru foram descartados no país por produtores em decorrência da falta de meios para transportar a matéria-prima das propriedades até as empresas. Segundo o Índice Scot de Captação de Leite, em maio o volume coletado pelos laticínios do país diminuiu 7,6%, na média nacional, em comparação com abril deste ano por causa paralisação.
Dados parciais apontam para uma queda de 3,5% na captação em junho. Rafael Ribeiro, analista da Scot, afirma que o período de entressafra no Sudeste e Centro-Oeste do país também explica a queda na captação de leite pelas empresas. Ele observa que a paralisação levou a uma forte alta dos preços do leite no spot (negociação entre laticínios) em junho. Conforme a Scot, em São Paulo, a média no mês ficou em R$ 1,839 por litro, ante R$ 1,531 em maio. Como reflexo da paralisação, também houve alta expressiva nos preços do leite longa vida no atacado, sobretudo na primeira quinzena de junho, afirma Ribeiro. Na média mensal, o litro do leite saiu de R$ 2,38 em maio no atacado paulista para R$ 3,13 em junho, segundo a consultoria.
De acordo com Ribeiro, o mercado já dá sinais de normalização, uma vez que a demanda por lácteos "não está aquecida". Além disso, a produção de leite já está subindo nos Estados do Sul do país com o início da safra na região. Mas pesquisa da Scot em 18 Estados do país com 158 agentes, como laticínios e cooperativas, ainda indica que 92% esperam alta nos preços ao produtor no próximo pagamento enquanto 8% acreditam em estabilidade. (Valor Econômico)
O SIGNIFICADO DA ALTA DE 28% NO LEITE
À primeira vista, a alta de 28% verificada no preço do leite pago ao produtor no acumulado do primeiro semestre pode assustar o consumidor e ser motivo de alívio para o criador. Mas é preciso entender o que realmente significa esse aumento apontado por levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Primeiro, mostra cenário de recuperação de preços em 2018. Janeiro começou com valores inferiores a R$ 1 (veja abaixo). Ainda assim, o preço ainda está aquém do registrado em igual período do ano passado.
- Todo ano é consequência do anterior. Em 2017, houve grande amplitude de preços, com o primeiro semestre de valorização e o segundo de queda significativa. A receita do produtor ficou muito volátil - pondera Natália Grigol, pesquisadora do Cepea/Esalq.
O consumo em baixa - resultado da deterioração do poder aquisitivo da população - estava "mandando" na balança de formação de preços, compara Natália. O resultado foi o abandono da atividade por muitas famílias e um início de 2018 de preços reduzidos. Neste momento, a demanda ainda está fraca. Mas a restrição da oferta está pesando mais, impulsionando a valorização. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, acrescenta que o baixo crescimento da produção em junho e o vazio no mercado causado pela greve dos caminhoneiros ajudam a explicar o momento atual. Para julho, a estimativa da indústria é de manutenção dos preços, para produtores e consumidores. (Zero Hora)
Mapa mantém padrão de contagem bacteriana e de células somáticas do leite
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (2) a Instrução Normativa 31, que prorroga por mais um ano, os padrões de Contagem Bacteriana Total e Contagem de Células Somáticas presentes no leite cru refrigerado. Com isso, ficam mantidas as 500.000 cel/ml e 300.000 UFC/ml para Contagem de Células Somáticas e Contagem Bacteriana Total, respectivamente, para a produção leiteira das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste.
No dia 10 de janeiro, foi instituído Grupo de Trabalho responsável por revisar e apresentar propostas de melhorias para os regulamentos técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite tipo A. Também cabe ao grupo apresentar sugestões à proposta de nova Instrução Normativa estabelecendo critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção federal. O prazo de consulta pública encerrou em 25 de junho e os integrantes do GT estão avaliando as propostas encaminhadas. Assim que as novas normas forem publicadas, esta IN 31 e as demais referentes ao assunto serão revogadas. (MAPA)
Serão três dias de programação, de 17 a 19 de agosto. Uma verdadeira experiência gastronômica, com produtos especialmente preparados, valorizando a cadeia produtiva teutoniense e o turismo local. Essa é a expectativa para a 2ª Teutofrangofest, que ocorre nos dias 17, 18 e 19 de agosto, na Associação dos Funcionários da Languiru. A programação também conta com palestra técnica e atrações artístico-culturais. A 2ª Teutofrangofest é uma realização da CIC Teutônia, com patrocínio máster de Cooperativa Languiru e Sicredi Ouro Branco, e apoio da Prefeitura de Teutônia (Lei no. 13.019). Mais informações pelo fone (51) 3762-1233, na página do evento no Facebook - facebook.com/teutofrangofest - e nos sites www.teutofrangofest.com.br e www.cicteutonia.com.br. (CIC Teutônia)