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30/05/2018

 
 
 

Porto Alegre, 30 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.746

 

Prejuízos minam apoio à greve dos caminhoneiros
A paciência e até a simpatia com o movimento dos caminhoneiros acabou. A intransigência em dar passagem às cargas vivas e a produtos altamente perecíveis como o leite, desidratou o apoio oferecido por pessoas e entidades ligadas à produção. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) emitiu nota retirando o endosso feito na semana passada à paralisação.

- Entendemos que o movimento está perdendo o foco e o controle. Nós, como sindicalistas, jamais podemos apoiar grupo que está pregando a intervenção militar - diz Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.

Na Serra, houve relatos de intimidações feitas a motoristas que saíram para coletar leite. Dados do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS), contabilizam 51 milhões de litros de leite perdidos (leia mais abaixo).
Os prejuízos se multiplicam nos setores de aves, suínos, bovinos e hortifrutigranjeiros. Mais de cem mil famílias de agricultores estão sendo afetadas, estima a Fetag-RS.

- Não faz mais sentido, o pleito é legítimo, mas tem limites, não podemos ser irresponsáveis. Nas nossas manifestações, tentamos atrapalhar o mínimo possível as pessoas que têm o direito de ir e vir. Uma semana de greve dá para entender, continuar depois de um acordo, não faz nenhum sentido - opina Antoninho Rovaris, secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Conatg).

Em nota, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) diz respeitar o movimento, mas alerta para a situação que vem ocorrendo nos últimos dias no setor de proteína animal.

- Em tudo o que é ponto tem carga perecível. Hoje (ontem) vai fazer nove dias que não enxergo uma carga dos atacadistas - lamenta Sergio Di Salvo, presidente da Associação dos Atacadistas da Ceasa, que estima mil caminhões trancados.

No Vale do Taquari, entidades alertam para o risco iminente de emergência sanitária a instalar-se na região se a logística não for restabelecida.

Há um apelo aos manifestantes para que liberem o caminho para veículos com rações e cargas vivas. O argumento de que a categoria não suportava mais aumentos de combustíveis começou a se perder diante de tamanho prejuízo. (Zero Hora)

 
LEITE DERRAMADO

Esse é o caso de chorar pelo leite derramado. Produtores em diversas regiões do Estado seguem sem conseguir fazer a entrega, tendo de abrir os tanques de resfriamento para descartar a produção (na foto acima, propriedade em Mato Queimado, no Noroeste). São 51 milhões de litros de leite perdidos, segundo estimativa do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS). Em Paraí, na Serra, Arialdo Bristot teve de descartar 7,8 mil litros de leite. Ontem, o caminhão conseguiu coletar, mas não avançou nas estradas. As perdas que se acumulam estão fazendo a manifestação perder o apoio.

- A gente entende perfeitamente o movimento deles (caminhoneiros), mostraram que têm força e parcialmente foram ouvidos. Pediria sensibilidade ao leite, que é extremamente perecível. Para que possa ser escoado das nossas propriedades, porque cada dia que tu põe o leite fora, deixa o produtor ainda mais no vermelho - apelou Marcos Tang, presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), durante a cerimônia de posse da entidade para o período 2018-2020. (Zero Hora)

Empresa láctea da Arábia Saudita planeja investimento de US$ 2,8 bi em 5 anos

A Almarai, da Arábia Saudita, maior companhia de lácteos do Golfo, planeja gastar 10,6 bilhões de reais (US$ 2,8 bilhões) em investimento de capital sob um plano de negócios de cinco anos visando aumentar sua eficiência e expandir sua presença geográfica.

O investimento para o período de 2019 a 2023 será financiado através de um fluxo de caixa operacional crescente, financiamento bancário, programas locais e internacionais, bem como o Fundo de Desenvolvimento Industrial da Arábia Saudita e o Fundo de Desenvolvimento Agrícola, disse a empresa. "Dadas as persistentes condições econômicas desafiadoras em toda a região, o foco em medidas de eficiência e otimização de custos continuará durante todo o período do plano para garantir vantagem competitiva contínua", disse a empresa em um comunicado.

As empresas de bens de consumo e varejistas da Arábia Saudita sofreram com a combinação da introdução do imposto sobre valor agregado, preços mais altos de energia e um frágil mercado de trabalho que restringiu os gastos do consumidor. A Almarai e outros exportadores sauditas também foram afetados pelo corte do mercado do Catar como resultado de um conflito diplomático entre o país e a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito.
A Almarai disse que seu investimento se concentrará na substituição de ativos existentes, melhoria da produção dentro de fazendas e fábricas, instalações de distribuição e transporte, ampliação de sua área geográfica e inovação de produtos. (As informações são da Reuters, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Produção orgânica de leite é tema de curso da Embrapa

Leite orgânico - A Embrapa está oferecendo o curso Pecuária Leiteira Orgânica, que será realizado durante dois dias por mês, de junho a outubro, na Embrapa Sudeste em São Carlos (SP), e na Fazenda Nata da Serra em Serra Negra (SP). A Secretaria de Inovação e Negócios (Escritório de Campinas) da Embrapa firmou parceria com o Laticínio Nata da Serra para oferecer o curso, cujo objetivo é tratar de métodos sustentáveis no manejo pecuário e capacitar para atividades de produção e assistência técnica.

O curso será realizado em cinco módulos (um por mês), abrangendo tópicos, como manejo de pastagens, aspectos sanitários, ambiência animal, planejamento da propriedade, produção e conservação de forragens ministrados por profissionais da Embrapa, do Laticínio Nata da Serra e de parceiros de instituições públicas e privadas. A capacitação inclui o gerenciamento dos recursos naturais, a solução de problemas agropecuários, a conciliação da produtividade com conservação ambiental e a avaliação socioeconômica e ecológica do sistema orgânico de produção.

O curso inclui, além do conhecimento científico, a prática do campo, vivenciando o manejo na fazenda Sula do Laticínio Nata da Serra que produz nesse sistema há 20 anos. O público-alvo do curso de Pecuária Leiteira Orgânica é formado por produtores, agrônomos, zootecnistas, veterinários, técnicos agrícolas, empresários, administradores, comerciantes, biólogos e por quem mais tiver interesse.

As empresas Nestlé, e Socil do Grupo Neovia são patrocinadoras do Curso Pecuária Leiteira Orgânica e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Fundação Mokiti Okada, Gold Seeds Agronegócio Ltda e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apoiam o evento. Inscrições abertas, informações adicionais sobre o curso na Embrapa Pecuária Sudeste (16) 3411-5754 (Mapa)

 

Piracanjuba amplia linha Zero Lactose
A Piracanjuba amplia sua linha de produtos sem lactose com a Manteiga Piracanjuba com sal. O produto é acondicionado em embalagens de 200 gramas. A identidade visual do produto foi idealizada pela equipe de design interna da empresa. Outra novidade é o Doce de Leite Piracanjuba Zero Lactose, vendido em pote de 350 gramas. Em princípio, o doce de leite será comercializado apenas na Região Centro-Oeste do País. (Embalagem Marca)

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