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25/04/2018

 

Porto Alegre, 25 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.722

 

  Secretário-executivo do Sindilat vai palestrar na 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires

O secretário-executivo do Sindicato Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Darlan Palharini, será o palestrante da 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires, que acontece nesta quinta-feira (26), a partir das 10h30min, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires.

A presença de Palharini, representando a indústria gaúcha, foi definida ainda em novembro de 2017, quando os pecuaristas da região manifestaram a intenção de conhecer mais a fundo o funcionamento do mercado de leite. O secretário-executivo do Sindilat vai abordar o tema “Mercado Futuro do Leite e Desafios da Cadeia”, em evento que promete casa cheia, com a participação que deve superar 100 produtores de leite de Venâncio Aires e municípios do entorno. 

Segundo o engenheiro agrícola do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos, o atual preço pago pelo litro do leite é o grande gargalo do produtor.  Mesmo com as dificuldades, conta o técnico, a produtividade vem se mantendo, e, em alguns casos, até crescendo na região. “Apesar da queda no número de produtores na nossa cidade, registramos uma maior produção e até mesmo ampliação do rebanho”, afirma Santos. Nos últimos anos, em função da crise, 16 criadores abandonaram a atividade. Hoje, o município conta com 160 propriedades leiteiras. A produção de leite na região de Venâncio Aires é realizada em propriedades com média de 9 a 10 hectares e, o rebanho médio, flutua entre 12 a 15 cabeças por produtor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Brasil e Paraguai simplificam regras para o comércio bilateral de bovinos

O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Marques, e o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA) do Paraguai, Hugo Frederico Benitez, assinaram acordo de simplificação do comércio de bovinos entre os dois países. Na prática, foi feita a revisão do Certificado Veterinário Internacional (CVI) para o comércio de bovinos para reprodução entre o Brasil e o Paraguai.

O ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Marcos Medina, participou da assinatura, realizada em agenda paralela à 45ª Reunião da Comissão Sul Americana para Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), realizada em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, durante esta semana. Participaram também representantes dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, envolvidos nesta movimentação internacional de animais, devido à sua proximidade com o Paraguai.

A revisão do Certificado Veterinário Internacional realizada pelo DSA, seguiu as normas da Comissão Regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para as Américas. Entre as simplificações, está a eliminação de exames laboratoriais que não eram mais exigidos pela OIE para o comércio internacional de bovinos. Mas o diretor do DSA afirma que “será mantido o nível de segurança sanitário necessário a este comércio”.

A estimativa é de que, com esta atualização, até o fim deste ano, deverão ser exportadas 45 mil cabeças de bovinos do Brasil para o mercado paraguaio. Os animais serão destinados à reprodução e melhoramento genético do rebanho daquele país. (As informações são do Mapa)

Preço/SC 

O setor leiteiro em Santa Catarina começa a demonstrar sinais de recuperação. Por quase um ano os preços praticados pelos laticínios na compra de leite dos produtores rurais foram de queda, mas o momento agora é outro.  Em reunião do Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite/SC), na última semana em Chapecó, os valores de referência para o mês de abril demonstraram crescimento de 3,3%.

O leite entregue em março para processamento industrial a ser pago em abril pelos laticínios terá aumento entre três e quatro centavos/litro. Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,2897/litro; leite padrão R$ 1,1215 e abaixo do padrão R$ 1,0195. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.

O aumento do consumo do leite UHT (longa vida) e do leite em pó foi um dos fatores que ocasionou a melhora. Segundo o conselheiro José Carlos Araújo a recuperação de preços do varejo do leite UHT foi de R$ 0,929, o queijo mussarela foi de R$ 0,612, o leite spot (comercializado entre as empresas) de R$ 0.1638 e o leite em pó de R$ 0,465.

As expectativas da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) são de que a retomada no setor seja lenta e gradativa. O vice-presidente do Conseleite e vice-presidente do extremo oeste da FAESC Adelar Maximiliano Zimmer mantém as perspectivas de alta nos preços até o mês de julho com preservação dos ganhos em setembro.

“Os ânimos estão sendo renovados. O momento vivenciado até então era prejudicial para indústrias e produtores, mas estamos superando uma fase difícil”, complementou, salientando que Santa Catarina conta, atualmente, com aproximadamente 80 mil produtores de leite, dos quais 60 mil são comerciais, que geram 8,3 milhões de litros/dia com capacidade industrial estruturada para processar até 10 milhões de litros de leite/dia. (Faesc)

Produção/UE 

O volume de leite denominado “fluxo da primavera”, o pico anual de produção decorrente das excepcionais condições sazonais das pastagens, ficou abaixo das expectativas este ano, devido o mau tempo, embora isso possa se tornar um lucro para os produtores. 

Neve e chuva através do Reino Unido fizeram com que as vacas permanecessem em estábulos mais tempo do que o normal, junto com pastagens escassas, e fazendeiros europeus, incluindo os da Irlanda e da França, também enfrentaram desafios similares. O Comitê britânico de Desenvolvimento Rural (AHDB) informa que a produção de leite da Grã-Bretanha na temporada 2017-18 foi 349 milhões de litros maior que a temporada anterior, destacando que as condições meteorológicas adversas fez com que 19 milhões de litros de leite não fossem captados em fevereiro e início de março, por causa da neve.

Crescimento desacelera
Embora a primavera pareça estar chegando agora, o atraso reduziu o volume de produção de leite em toda a Europa. De acordo com o AHDB, a produção em toda União Europeia (UE) aumentou entre 4-6% desde setembro. John Allen, consultor da Kite Consulting disse: “O tempo, provavelmente reduziu 2% no crescimento entre um ano e outro por toda a Europa e também no Reino Unido. “A produção europeu em seu conjunto cresceu 2%, na comparação anual”. A desaceleração significou que, da perspectiva do preço “foi relativamente bom. De um modo geral cresceu pouco”.

Embora Allen reconheça que as fazendas, ao nível individual foram durante atingidas pelo mau tempo, isto pode não ter sido totalmente ruim. “A maioria precisou manter as vacas em estábulos por mais três ou quatro semanas, isto pode não ter sido de todo ruim”. O “leite da primavera” deverá atingir seu pico na terceira semana de maio, em vez de na primeira ou na segunda, acrescentou. (Agrimoney – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Preços/EUA
“Estamos vendo uma contínua mudança na estrutura do setor lácteo, que vem sendo dominada por produtores cada vez maiores”, explica Scott Brown, economista da Universidade de Missouri. Como os produtores continuam a lutar contra os preços baixos do leite, a paisagem do setor continua mudando no país, à medida que a produção de leite passa das fazendas menores para as médias e destas para as grandes. “Estamos presenciando uma alteração estrutural contínua, que passa a ser dominada cada vez mais por grandes produtores”, explica Scott Brown. “recentemente participei da reunião anual da Federação dos Agricultores (DFA), e eles mostraram que 25% do leite captado é fornecido por 115 fazendas, e os últimos 25% são enviados por 7.800 produtores. Um quadro muito diferente para eles”. Brown espera que os produtores de leite ainda consigam ver o preço do leite se recuperar em relação às quedas acentuadas verificadas no início de 2018, mas, ele não acredita que a melhora seja muito grande, mesmo com a recuperação nas cotações dos queijos. “O preço atual do queijo no mercado é de US$ 1,60, e se continuar, penso que no máximo os preços do leite voltam ao que eram no final de 2017, no mercado das hipóteses, e apenas no segundo semestre deste ano”, acrescentou Brown. Ainda assim, como a maioria dos produtores se lembra, os preços de 2017 não ficaram acima da linha de equilíbrio para a maioria das fazendas. “Eu não acredito que os preços de 2018 propiciem maior rentabilidade, e o segundo semestre também deverá ser muito desafiador”, completa Brown. (Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)

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