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23/04/2018

Porto Alegre, 23 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.720

 

Necessidade de reforço na vigilância foi debatida em reunião da Cosalfa
A importância dos sistemas de vigilância passiva, com a notificação de suspeitas, foi reforçada durante a 45ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que ocorreu na semana passada (16, 17, 19 e 20/4), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O evento, que ocorre anualmente, contou com a participação de quatro técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi). Durante o encontro, foi debatido o recente caso de aftosa na Venezuela. 

"Precisamos reforçar a vigilância, para evitar que a doença reingresse, e cobrir os pontos de risco, priorizando ações de fiscalização na fronteira, por exemplo", explicou o veterinário Fernando Groff, coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa no Rio Grande do Sul, da Seapi. Em seu relato sobre o encontro, o técnico também destacou a importância de ter sistemas de compensação eficientes, citando como exemplo o Fundesa, que no Estado indeniza os produtores que eliminarem animais com a doença. 

Diante do atual cenário, Brasil e Rio Grande do Sul devem manter-se alerta. Segundo Groff, todos os atores envolvidos na cadeia produtiva, desde produtores, transportadores e indústria, incluindo as entidades ligadas ao Fundesa e o poder público, precisam estar alinhados à esta preocupação constante com a vigilância. Entre os cuidados que devem ser tomados, está a desinfecção dos equipamentos e a inspeção clínica dos animais. O coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa ressaltou ainda que os novos focos da doença na Venezuela impactam a médio e longo prazo nas diretrizes gerais previstas pelo plano estratégico com metas para 2020. "Mesmo que tenhamos áreas livres de aftosa, não podemos deixar de ter um plano. Temos que nos manter mobilizados", enfatizou, recordando episódio que ocorreu no Japão, país onde a doença retornou após mais de cem anos. Também participaram da reunião da Cosalfa os técnicos Graziane Rigon, Marcelo Goecks e Michele Maroso, todos da Seapi. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
UMAPARCERIA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CADEIAS DO TRIGO, ARROZ E LEITE

instabilidade de três importantes culturas do agronegócio gaúcho tem nos preocupado. Os problemas que trigo, arroz e leite vêm passando nos fizeram procurar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a elaboração de um projeto de desenvolvimento das culturas. Não se trata de encontrar medidas paliativas, mas um planejamento estruturante que envolva políticas agrícolas de caráter duradouro na busca por alterar um cenário que vem se mostrando nefasto para o desenvolvimento do setor. Um ponto em que as dificuldades convergem está no Mercosul. A nossa posição não é contrária ao bloco ou aos países irmãos, mas trata da necessidade de uma mudança na postura brasileira perante o acordo que, atualmente, atinge diretamente o setor produtivo.  Falamos de um tratado internacional e queremos que ele seja exercido na sua plenitude, garantindo a liberdade de mercado não apenas para produtos, mas também para insumos, nivelando a competitividade. Ainda no cenário internacional, é preciso viabilizar as exportações para que se busque novos mercados. Isso passa por uma questão muito complexa, o chamado Custo Brasil, uma carga tributária pesada que nos põem em desvantagem com nossos concorrentes. Ao olharmos pontualmente para o setor lácteo, entre as medidas a serem tomadas está a de trabalhar em cima da efetiva produção leiteira. 

Os recentes acontecimentos envolvendo o leite uruguaio foi um duro embargo para nossos produtores. O Mapa foi fortemente pressionado pelos Ministérios de Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) para sustar a proibição da entrada do produto do país vizinho. Isso mostra a necessidade de não apenas prospectar novos mercados, mas de estar sempre atento às importações, especialmente do Mercosul. No caso da triticultura, o pensamento está em proteger uma cultura que é extremamente importante nos três estados do Sul por ser complementar à soja. Mesmo que a nossa produção não seja suficiente para o abastecimento do consumo nacional, é preciso dar sustentabilidade a ela por meio de um caminho de preço, como os leilões PEP e Pepro, já antecipados como política agrícola. A cadeia não pode ser construída apenas na dependência de ser complementar a outra. O arroz é o tema mais complexo, pois possui um endividamento elevado. Mesmo que algumas medidas já tenham sido acenadas, são ações protelatórias. Atualmente, existe um passivo acumulado nos últimos anos que deixou um grande número de agricultores em dificuldades sendo financiados pela indústria, obrigando-os a entregar sua produção a um preço vil. Temos que sanar esse produtor para que ele volte para o sistema financeiro. (Correio do Povo)

União Europeia e México ampliam acordo comercial incluindo o setor lácteo

Às vésperas de outra rodada crucial de negociações com o Mercosul, esta semana em Bruxelas, a União Europeia (UE) anunciou a atualização de seu acordo de livre comércio com o México após dois anos de negociações. Segundo Bruxelas, pelo novo acordo praticamente todo o comércio de mercadorias com o México será agora livre de tarifas, incluindo no setor agrícola. Para os mexicanos, a ampliação das condições preferenciais de trocas com o bloco europeu é essencial para reduzir sua dependência em relação aos Estados Unidos. Atualmente, 80% das exportações mexicanas vão para os Estados Unidos, mas isso pode mudar diante da política protecionista de "America First" implementada pelo presidente americano, Donald Trump. Washington tenta arrancar concessões maiores do México e do Canadá na negociação da atualização do Nafta, o acordo de livre comércio entre as três economias. Em 1997, o México foi o primeiro país na América Latina a assinar um acordo global com a União Europeia. O tratado entrou em vigor em 2000, e agora foi atualizado. Conforme a União Europeia, o México melhora o acesso preferencial para vários tipos de queijos europeus como Gorgonzola e Roquefort, que atualmente são submetidos a tarifas de até 2%. Também ganhou uma cota de exportação para leite em pó, que começa com 30 mil toneladas e aumenta para 50 mil em cinco anos.

A Europa conta com um aumento substancial de suas exportações de carne suína, que agora ficam livres de tarifa de importação. Os mexicanos vão eliminar também as alíquotas para produtos como chocolate, hoje com taxa de 30%, e pasta, hoje com taxa de 20%. A Europa conseguiu a garantia de proteção de 340 indicações geográficas de alimentos e bebidas, desde queijo São Jorge, de Portugal, a salame Szegedi, da Hungria. De seu lado, o México diz ter obtido "acesso equitativo" para produtos de carnes, além de melhor acesso para exportar de suco de laranja, atum, aspargos, mel, entre outros produtos. As empresas dos dois lados vão ter maior acesso também a compras governamentais, um mercado gigantesco. Com a renovação do acordo com o México e os acordos com o Japão e Cingapura a ponto de entrar em fase de ratificação, a União Europeia concentrará agora os esforços para concluir a negociação do acordo de livre comércio com o Mercosul. Nesta semana, em Bruxelas, negociadores dos dois blocos esperam avançar significativamente nas barganhas. A expectativa é de anunciarem um acordo político até meados do ano. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
Produção/NZ

A produção de leite da Nova Zelândia no mês de março caiu 2% em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Associação das Indústrias de Laticínios da Nova Zelândia. No total, foram produzidos 174 milhões de quilos de sólidos (kgMS) em março de 2018, abaixo dos 178 milhões produzidos em março de 2017.  A queda na produção pode ser atribuída à prolongada seca que prejudica as condições de crescimento na maior parte da temporada e impactou principalmente na qualidade das pastagens. Este foi o quarto mês consecutivo em que a produção de leite cai na Nova Zelândia, quando comparada com o mês do ano anterior.

Previsão de produção de leite na UE
Enquanto isso, a expectativa é de que a captação de leite na União Europeia (UE) suba 1,4% em 2018 com a projeção de uma desaceleração do crescimento na coleta de leite apenas em 2019, principalmente por causa dos preços mais baixos, de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia sobre o setor lácteo. Se a captação para este ano está prevista para crescer 1,4%, para 2019, a projeção é de que tenha elevação de apenas 0,5%. (Farmers Journal - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Languiru distribui cerca de R$ 2,4 milhões em sobras aos associados - Cooperativa teutoniense também remunera o capital do quadro social e apresenta resultado líquido superior a R$ 17,6 milhões
Faturamento bruto de R$ 1,228 bilhão, resultado líquido de R$ 17,6 milhões, patrimônio líquido de R$ 192,4 milhões, sobras de aproximadamente R$ 2,4 milhões a serem distribuídas aos associados e remuneração do capital do quadro social. Essas foram algumas das boas notícias apresentadas pela Cooperativa Languiru na sua Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 08 de fevereiro, no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru, com a participação de mais de 200 pessoas, entre associados, colaboradores, autoridades e representantes de entidades parceiras. (Assessoria de Imprensa Languiru)

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