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18/04/2018

Porto Alegre, 18 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.717

 

Sindilat participa do 2º Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai Gaúcho em maio, em Erechim
Com o objetivo de informar os produtores de leite do Estado sobre o setor lácteo por meio de uma linguagem de fácil entendimento, a Emater realizará o 2º Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai Gaúcho no dia 3 de maio, em Erechim (RS). O evento, que ocorre a partir das 9h, na Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), deve reunir entre 650 a 900 pessoas, especialmente pequenos agricultores de 32 municípios da região.  

Na ocasião, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, participará de debate sobre a conjuntura atual e a perspectiva da atividade leiteira. Segundo Palharini, eventos como este são uma oportunidade para conversar sobre as demandas do setor. Também participa do debate o veterinário Antonio Carlos Ferreira Zanini, coordenador de Bovinocultura da Cooperalfa, membro da Câmara Técnica do Conseleite-SC. Quem mediará o debate é o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico estadual da Emater.

O evento também contará com palestras sobre bezerra leiteira lactante e produção de leite com simplicidade através de ordenha robótica. Além disso, será tratado sobre fertilidade, manejo, conservação do solo para alta produção de forragem e para produção de alimentos conservados. As inscrições podem ser realizadas no dia do evento, a partir das 8h, ou antecipadamente no link:  Inscrições.(Assessoria de Imprensa Sindilat)   

 
Indústria sinaliza que acordo entre UE e Mercosul pode estar próximo

Várias questões que vinham bloqueando o avanço das negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para um acordo de livre comércio birregional parecem superadas e a reunião de negociadores, na semana que vem em Bruxelas, poderá determinar os próximos passos das barganhas, segundo expectativa de representante da indústria. "Entendo que os principais óbices foram superados, os temas complicados estão bem encaminhados", afirmou o diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto. Para a Fiesp, o momento é oportuno para concluir as negociações e resultará tanto no aumento do fluxo comercial quanto em benefícios intangíveis quanto a transferência de tecnologia, capitais e serviços para a indústria nacional. "Há uma janela de oportunidade e isso tem prazo de validade, porque senão ela tende a se fechar", diz Zanotto. Pelas informações que circulam no setor privado, os europeus sinalizaram com aumento da quota para importação de carne bovina para 110 mil toneladas. A UE tinha começado com quota de 70 mil e depois com 99 mil. Negociadores dizem que muito do que foi conversado com Bruxelas nas últimas semanas precisa ser formalizado.

Duas questões centrais envolvendo o setor automotivo parecem ter avançado. Primeiro, os europeus queriam eliminação das tarifas de importação para seus carros num prazo de oito anos, enquanto as montadoras do Mercosul pediam prazo de 15 anos. A avaliação agora é de que o fim das tarifas deve ocorrer entre 10 e 12 anos. Além disso, um dos princípios básicos da negociação é que não haveria prazo de carência, e a liberalização começaria desde o primeiro ano do acordo. O sentimento é de que, se houver carência, pela insistência de montadoras do Mercosul, será entre dois e três anos. Outra questão técnica sensível estava em discussão no campo das regras de origem. Ponto que, pela análise de Zanotto, prosperou. O setor têxtil brasileiro defendia que para se ter a tarifa menor pela regra de origem nesse segmento, o fio, o tecido e a roupa precisariam ser da região. A regra acertada agora manteve só duas etapas do conteúdo local: o tecido e a roupa. Os europeus alegam que são importadores de fio.

A questão de produtos remanufaturados fica fora do acordo. Os europeus queriam sua inclusão, por exemplo, porque países como a Alemanha têm um programa que incentiva a troca de máquinas com frequência - e a revenda do equipamento com pouco uso. Mas permitir tarifa menor para esse tipo de produção causaria problemas para setores no Brasil. É o mesmo caso de pneus, que os europeus, por causa dos ciclos do verão e interno, descartam o produto com mais frequência e procuram exportar o que em outros países é visto como seminovo. A avaliação é também de que a UE compreende a importância de se manter o regime de "drawback" - pelo qual há isenção na tarifa de importação para insumos usados na fabricação de bens industriais depois exportados. É um regime aduaneiro especial no Brasil e para o Paraguai com suas maquiladoras, por exemplo. A UE queria manter uma forte proteção de mais de 300 denominações de origem, incluindo queijos, azeites etc. Agora, isso foi reduzido para cerca de 10%, o que também facilita o avanço da negociação birregional.

Nas negociações ministeriais em Buenos Aires, em dezembro de 2017, a Argentina parecia querer fechar o acordo a qualquer preço, e coube ao Brasil esfriar um pouco os ânimos diante do que Bruxelas colocava na mesa. Mais tarde, alguns europeus procuraram representantes do setor privado brasileiro, indagando se o Brasil estava postergando a negociação para fazer o acordo em outro momento político. De seu lado, a Fiesp considera que o momento para fechar a negociação é oportuno inclusive por ver uma convergência inédita de políticas econômicas entre o Brasil e a Argentina, cujos governos coincidem na decisão de realizar reformas estruturais, buscar o equilíbrio fiscal e promover maior inserção externa da região. Thomas Zanotto destaca que, para a Fiesp, a negociação de acordos comerciais é o caminho mais seguro e inteligente para a abertura da economia brasileira. A entidade avalia que uma redução unilateral de tarifas de importação limita o poder de barganha do bloco com outros parceiros, como também ameaça a produção e emprego local, sobretudo de pequenas e médias empresas que terão dificuldade de se adaptar no curto prazo.

O fluxo comercial entre a UE e o Mercosul alcançou US$ 80 bilhões em 2017, com deficit de US$ 362 milhões para o bloco do cone sul. As exportações do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai foram principalmente subprodutos das indústrias alimentícias (15%), minerais metálicos (10%) e soja (7%). As importações foram principalmente de reatores e caldeiras (19%), produtos farmacêuticos (11%) e máquinas e equipamentos elétricos (9%). No primeiro trimestre deste ano, as exportações de manufaturados brasileiros para a UE cresceram 74%, na comparação interanual, e totalizaram US$ 4,9 bilhões. Para a Fiesp, esse resultado mostra o potencial do mercado europeu para as vendas de produtos industrializados de origem brasileira. Do lado das importações, as compras de manufaturados europeus aumentaram 10% e totalizaram US$ 7,9 bilhões no período. Cerca de 60% da pauta de importações originárias da UE pode ser classificada como bens intermediários utilizados pela indústria de transformação no Brasil. Para Zanotto, se as barganhas entre UE e Mercosul avançarem na semana que vem, como é a expectativa, o passo seguinte será a realização de uma reunião ministerial para anunciar o acordo político e, talvez ainda este ano, concluir a negociação do acordo de livre comércio birregional. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Argentina - Consumo de lácteos é de 210 litros per capita/ano

Leite/AR - O atual momento da cadeia láctea da Argentina requer maior compromisso dos atores com a competitividade, como fator central para dar sustentabilidade e futuro para as empresas e a atividade. O aumento do preço do leite em março deixou uma sensação contraditória, dependendo do ângulo que se olha, pesos por litro, ou pesos por quilo de sólidos totais úteis (KSU), diz a Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires (CAPROLECOBA). Isto porque ao contrário de subir os percentuais da matéria gorda e da proteína do leite (como é o habitual nesses meses do ano) houve aumento de 2,5% no preço do litro do leite, mas, reduziram para um fraco 0,5% a bonificação pelos sólidos. Os preços médios na Bacia Oeste, em dólares caiu para US$ 0,29/litro.

Abril: Entre a cautela e as mudanças que virão
Com um aceitável consumo de 210 litros/habitante/ano, as indústrias parecem perceber que podem ampliar suas vendas no mercado local, desde que não alterem muito os preços. Por enquanto, o mercado externo não oferece  melhores margens, mas, ajuda a manter os estoques baixos. Assim, com este equilíbrio entre o que comprar e o que vender, é natural uma certa cautela em relação à demanda. Na realidade, a maioria das indústrias precisam de mais leite, e inclusive conhecem a situação dos produtores (que reivindicam melhores preços), mas, absorvidas em suas reestruturações, não se mostram dispostas a assumir mais riscos de imediato.

Além disso, existe a expectativa em relação ao que ocorrerá com a SanCor e a entrada da Adecoagro no mercado. Porque, por mais que tenha ponderação e escalonamento, está claro que para organizar um relançamento, terão que receber pelo menos um milhão de litros de leite nas plataformas das indústrias, e a Adecoagro só conta com 300.000, por enquanto. Por isso, não terá como evitar o aperto da oferta de leite nos próximos meses. Atores atentos já estão preparados para isso. E os produtores também devem ficar. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)

A produção mundial de leite continua subindo
Produção mundial - A produção de leite das cinco principais regiões exportadoras UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos aumentaram 2,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, com oferta média de 800 milhões de litros por dia. Estas cinco regiões representam mais de 65% da produção mundial de leite e cerca de 80% das exportações mundiais de produtos lácteos. A meteorologia desfavorável reduziu o crescimento da produção média diária na UE-28, que vinha aumentando entre 4 e 6% na comparação interanual, desde setembro. A maioria das regiões produtoras chave registraram um aumento interanual na produção, com exceção da Nova Zelândia, que caiu 2,3%. Em destaque ficou a forte recuperação da produção de leite da Argentina. Segundo um boletim do Rabobank, os preços do leite ao produtor caíram nas maiores regiões exportadoras, chegando a quedas de até 15%, desde o começo de 2018. O crescimento da oferta de leite está superando a demanda de importações e poderia continuar a tendência no segundo trimestre. Como resultado, os preços mundiais ficariam limitados, exercendo pressão para queda de cotações. O fato positivo para os preços mundiais, seria que os importadores poderiam começar a acelerar as compras para obter um estoque de curto prazo, com expectativas de mudanças no equilíbrio no segundo semestre. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

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