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28/09/2017

 

Porto Alegre, 28 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.593

 

  Apesar de ano inconsistente, cenário é de alta na produção da Nova Zelândia
 
Os mais recentes dados de produção da Nova Zelândia mostram que, em agosto, o país produziu 1,3 milhão de toneladas de equivalente-leite (aproximadamente 1,28 milhão de litros), uma queda de 1,6% em relação a agosto de 2016. O mês de junho costuma marcar a entrada de uma nova safra na Nova Zelândia, mas como o mercado não "começa do zero" no início da safra, é interessante verificar o que vem ocorrendo mês a mês desde o início do ano. 

Apesar da queda em agosto, neste ano, o país vem 'lutando' para elevar a sua produção, mas enfrenta dificuldades devido às condições climáticas. No acumulado do ano (janeiro a agosto), a produção neozelandesa foi apenas 3% superior ao mesmo período de 2016. Porém, nos meses em que a produção foi superior à de 2016, ela subiu de forma acentuada. Como exemplo, o mês de março deste ano foi responsável por 61% do aumento no acumulado entre 2016 e 2017, sendo que, na comparação mensal, a produção foi quase 10% maior do que em março 2016. 

Além disso, outro fator que comprova esse esforço neozelandês em elevar sua produção, é o aumento das importações de insumos para o concentrado. Na safra 2016/17, o volume importado de grãos foi de 113 mil toneladas, contra 37 mil na safra anterior (aumento também impulsionado pela proibição do uso de farelo de palma). 

Gráfico 1. Evolução da produção mensal na Nova Zelândia. Fonte: DCANZ.

 

No primeiro semestre do ano, as precipitações foram abaixo da média histórica em quase todos os meses (impedindo um aumento ainda mais acentuado da produção), porém, a situação parece ter se revertido a partir de julho, o que pode ser um indício de safra cheia em 2017/2018. 

Este aumento que o país vem buscando em sua produção tem uma justificativa clara. Diferentemente do que o Brasil vem enfrentando, a Nova Zelândia (um exímio exportador de lácteos) registrou considerável aumento nos seus preços no último ano. Na última segunda-feira, a Fonterra anunciou que o preço pago na safra 2016/2017 por quilo de sólidos foi de US$ 6,52, 52% acima do valor médio da safra anterior, enquanto o preço pago ao produtor em dólares por litro foi 36,4% maior entre julho de 2017 (US$ 0,403) e julho de 2016 (US$ 0,296). Um dos maiores aumentos registrados para o período entre os principais produtores de leite do mundo. 

Dessa forma, a safra 2017/2018, que iniciou em junho e tem seu "pico" de produção programado para o último trimestre deste ano, se tiver clima favorável e demanda internacional consistente, tem tudo para se tornar uma safra histórica para a Nova Zelândia. (Milkpoint)

Tetra Pak 

A Tetra Pak participa do 6º Seminário Regional da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo - ABIQ, que ocorre em Foz do Iguaçu (PR), hoje, 28 de setembro de 2017. Com a palestra "Automação como melhoria na fabricação de queijos", a companhia estimula a percepção das empresas sobre os benefícios das tecnologias de automação e digitalização nas plantas produtivas do derivado lácteo.  

Por meio da medição de parâmetros relacionados à qualidade do leite e às implicações para a fermentação, sabor, textura e consistência do queijo, os sistemas de automação monitoram e rastreiam todas as etapas de fabricação do insumo, dando ao queijeiro a oportunidade de estar no controle da qualidade de seu produto final.  

"Os produtos lácteos em geral, e os de queijos em particular, sofrem uma concorrência bastante acirrada com os produtos importados, principalmente com relação à qualidade e padronização nas gôndolas dos supermercados. A automação vem contribuir justamente para esse salto de qualidade da produção nacional, fator essencial para a competitividade do mercado brasileiro", afirma Luis Shimabukuro, gerente comercial da Tetra Pak.  

Ao destacar os benefícios do investimento na tecnologia, a companhia pretende mobilizar também pequenas queijarias, que ainda desconhecem as oportunidades de uma cadeia nacional integrada. "Outra vantagem da automação é permitir a rastreabilidade total da matéria-prima até o consumidor. Isso significa ter controle da origem dos materiais, ingredientes, processamento e embalagem para registro completo e acompanhamento de todos os parâmetros de produção", complementa.

Oportunidade de expansão
Segundo a ABIQ, cada brasileiro consome em média 5,4 quilos de queijo por ano. A meta da entidade é, até 2020, chegar a um consumo de 7,5 quilos per capita. Para 2030, o objetivo é atingir a marca de 9,6 quilos de queijo por habitante/ano. Líder em processamento e envase de alimentos, a Tetra Pak também conta com um amplo portfólio de soluções para produção de diversos tipos de queijo e soro de leite. (JeffreyGroup Brasil)

 
 
Maggi quer intensificar comércio agrícola com o Peru

Em reunião com empresários durante viagem oficial ao Peru, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu maior aproximação comercial entre o país e o Brasil, especialmente os estados vizinhos, como Acre, Rondônia e Mato Grosso. "A ideia é destravar o que emperra o comércio bilateral", afirmou.

Maggi disse que há potencial a ser explorado, já que a relação no agronegócio entre os dois países ainda é muito pequena. O Peru é o 34º parceiro comercial do Brasil, sendo que no setor agropecuário foram registrados, no ano passado, US$ 179 milhões em exportações. No agronegócio como um todo, as vendas externas brasileiras para o mercado peruano totalizaram e US$ 392 milhões.

O Brasil tem condições de fornecer ao Peru alimentos que o país não produz, ressaltou o ministro, acrescentando que o Acre, por exemplo, vem desenvolvendo uma suinocultura moderna, além de ter terras para soja e milho, entre outros produtos.

Do lado do Peru, Maggi destacou o crescimento da produção de frutas, que rende ao país anualmente entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões. E observou que há um mercado interno consumidor no Brasil a ser explorado pelos peruanos. "Estamos voltando a crescer, com expectativa de que, neste ano, o índice seja de 1% e, no próximo, de 3%, o que significa muito para um país do nosso tamanho."

O ministro enfatizou que o Brasil é um fornecedor seguro de alimentos com produção crescente, sendo responsável por 6,6% do mercado mundial. Ao mesmo tempo, observou que toda a produção de algodão deste ano, de 1,2 milhão de toneladas, já estava vendida desde 2017, o que representa confiança do mercado internacional. "Tivemos pequena redução da fatia mundial do agro, mas por conta do preço das commodities e não do volume exportado", explicou. E a expectativa é ocupar mais espaço em mercados onde a participação brasileira tem muito para crescer, como em países asiáticos, em função do poder de compra da população, e no México, onde o Brasil tem participação de apenas 1,2% no agronegócio, "é um alvo específico".

O trabalho, segundo o ministro, é eliminar barreiras de comércio, já que a estimativa da produção brasileira é de continuar crescendo nos próximos anos.

Maggi destacou ainda que o Brasil segue cumprindo uma legislação ambiental rígida que precisa ser reconhecida pelos parceiros comerciais e que o aumento da produção se deve ao avanço de pesquisas, particularmente aquelas desenvolvidas pela Embrapa. Enfatizou como responsável por ganhos de produtividade a alternância de culturas, que permitem colher mais de uma safra por ano em uma mesma área, e entre a agricultura e a pecuária.

Nesta quinta-feira (28), Maggi viaja para a Bolívia. Na capital La Paz, terá encontros com o ministro do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, César Cocarico, e com o vice-ministro de Comércio e Integração boliviano, Walter Clarems.

A delegação chefiada pelo ministro ao Peru e à Bolívia é composta pelos secretários de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, e de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. Participam do evento com empresários o presidente da Abafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas), Luiz Roberto Maldonado; o presidente da Ceasa de Mato Grosso, Baltazar Ulrich; o senador Cidinho Santos e o deputado Adillton Sachetti. (As informações são do Mapa)

 

Natal 
As vendas durante o período do Natal, em 2017, devem movimentar R$ 34,3 bilhões no varejo - avanço de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para a data, os varejistas devem contratar 73,1 mil trabalhadores temporários - crescimento de 10% em relação aos 66,7 mil postos criados no ano passado. Entre os segmentos que mais contratam estão o de vestuário, com 48,9 mil vagas, e de supermercados com 10,4 mil vagas. As duas atividades representam 42% da força de trabalho do setor e respondem por cerca de 60% das vendas natalinas. O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.191, o equivalente a uma alta nominal de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. (Giro News)

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